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LITÍASE URINÁRIA @iaraportelas Þ Processo De Biomineralização (Cristais e Matriz Orgânica - Proteína e Sangue). Þ Cristalização que ocorre em um Sistema Biológico, e é in- fluenciado por ele. PATOGÊNESE: FATORES FÍSICO-QUÍMICOS: Þ Saturação: Elevação da Concentração do Soluto. Þ Nucleação (Nicho): Ponto de Concentração > Kf. Þ Crescimento: Valores > Kps (Novas Camadas). Þ Agregação: Cristais juntam-se para formação de uma par- tícula maior. Þ Adesão: Facilitado por Interações com Células Tubulares Renais. TEORIA DA FORMAÇÃO DE CÁLCULOS: Þ Os Agregados de Cristal, tornam-se grandes o suficiente para serem Ancorados (Ductos Coletores), em locais de Le- são de Células Epiteliais, talvez Induzida pelos Próprios Cris- tais. Þ Cristais de Fosfato de Cálcio, podem se formar no In- terstício e eventualmente geextruir a Papila Renal, formando a Placa de Randall Clássica e então se depositando no topo desse nicho, permanecendo presa à papila. Þ É teoricamente possível que uma Placa de Randall possa resultar na Obstrução Intraparenquimatosa de um Ducto de Bellini e Causar Dor. Þ Normalmente, existem 12 a 15 Ductos de Bellini em cada Papila localizada Centralmente transportando Urina para o Sistema Coletor. Þ As Placas de Randall, podem ser em parte um Fenômeno Vascular. Essa hipótese é baseada no fato de que a Papila contém apenas alguns Ductos Coletores, mas centenas de Vasos Retos. Þ Esses minúsculos Vasos são a continuação das Arteríolas Eferentes, à medida que fluem em direção à ponta da Papila a caminho de retornar à Veia Renal. Transições de Fluxo Sanguíneo Laminar para Turbulento. Þ A Curva de 180 graus cria uma transição, predispondo a área a Alterações Inflamatórias e subsequente Formação de Placa. Þ Há um aumento de >= 10 vezes na Osmolalidade, o Mi- croambiente Hiperosmolar suporta um Ambiente de Citocinas e Proteínas Inflamatórias, onde as alterações relacionadas à Inflamação são causadas por Lesão Vascular. ATIVIDADE INIBITÓRIA: Þ Capacidade da Urina em Impedir a Nucleação Espontânea dos Cristais. EPIDEMIOLOGIA: Þ População: - EUA (12%). - Arábia (20%) - Ásia (01% a 05%). - Europa (05% a 09%). Þ Prevalência Variável. Þ Cor: Branco > Não Branco. Þ Sexo: Homem / Mulher (3:1). Þ Temperatura: Climas Quentes. Þ Idade: 3 ou 4 Década, 15 - 50 anos. Þ 7 a 10/1000 Admissões Hospitalares. Þ Fatores Genéticos/Familiares: Risco Maior (2,57). Þ 12% dos Homens. 05% das Mulheres. (Um Episódio até 70 anos). Þ História Prévia de Cálculo: Recidiva {1 ano (15%), 5 anos (35% a 40%), 10 anos (50%), 20 anos (75%)}. Þ Medicamentos: Sulfadiazina, Triantereno, Sulfato de Indinavir. Vitamina A, C e D. Þ Associações Sem Explicação: HAS, DM, Vasectomia, Obesidade, Síndrome Metabólica, Gota. Þ Imobilização Prolongada: Ingestão Excessiva de Açúcar (Sacarose e Frutose), que pode Aumentar a Excreção de Cálcio e / ou Oxalato. Þ Hábitos: Alto Consumo de Proteína Animal e Sal, Sedentarismo, Ar Refrigerado, Exercícios Físicos Intensos, Baixo Consumo de Água e de Cálcio. Imagem Endoscópica de uma Papila Renal com a aparência Cremosa Típica de uma Placa de Randall na Porção Central da Papila. LITÍASE URINÁRIA @iaraportelas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ACHADOS CASUAIS: Þ Grande parte nunca irá apresentar sintomas. CÓLICA NEFRÉTICA: Þ 90% dos pacientes tem Hematúria. Þ Dor em Região Lombar, Flanco ou Fossa Ilíaca. Súbita. Moderada a Intensa. Geralmente Unilateral, em Cólica ou Constante. Não Aliviada pelo Repouso ou Posição. Com Du- ração de 20 a 60 min. Irradiada para Trajeto Ureteral, Bexiga e Genitália Externa, nunca abaixo do Joelho. CÁLCULOS QUE NÃO MIGRAM, NÃO APRESENTAM DOR EM LOCALIZAÇÃO PRECISA. SÍTIOS DE OBSTRUÇÃO: Þ Bexiga ou Uretra: Disúria e Urgência. Þ Pelve Renal ou Ureter Superior: Flanco. Þ Ureter Baixo: Irradiação para Ligamento Inguinal, Testícu- lo ou Grandes Lábios. SINTOMAS ATÍPICOS: Þ Dor Peniana. Þ Dor Abdominal Vaga. Þ Dor Abdominal Aguda. Þ Dificuldade para Urinar. SINTOMAS ASSOCIADOS: Þ Diarréia. Þ Vômitos. Þ Náuseas. SINAIS CLÍNICOS: Þ Palidez. Þ Sudorese. Þ Taquicardia. Þ Dor a Palpação Costo - Vertebral. Þ Distensão Abdominal Leve Sem Irritação Peritoneal. ACHADOS LABORATORIAIS: Þ Leucócitos: Podem ser encontrados. Þ Função Renal: Normal, exceto Obstrução. Þ Hematúria (80% a 90%): Microscópica ou Macroscópica. EAS: Þ Cristais de Cálcio e Ácido Úrico. Þ Cristais de Estruvita: Coffin Lid. Þ Cristais de Cistina: Hexagonais. URINOCULTURA: Þ Sintomatologia de ITU: - Bacteriúria. - Nitrito Positivo. - Leucocitúria Importante. - Cálculo Coraliforme/Obstrutivo. TIPOS DE CÁLCULOS: OXALATO DE CÁLCIO: Þ Dihydrate (Weddellite). Þ Monohydrate (Whewellite). Þ Cristalização entre PH de 4,5 a 8. Þ Normocalcemia e/ou Hipofosfatemia. Þ Excreção Urinária > 4 mg/kg/dia; > 200 mg/dia. Þ Nucleação com Ácido Úrico ou Fosfato de Cálcio. HIPERCALCIÚRIA PRIMÁRIA OU IDIOPÁTICA: Þ 40% História Familiar Positiva. Þ Primário na Reabsorção Óssea. Þ da Absorção Intestinal de Cálcio. Þ dos Níveis Séricos de Vitamina D. Þ 05% da população, 50% dos Litiásicos. Þ da Densidade (Receptores Intestinais de Cálcio) Re- absorção Tubular de Cálcio. ÁREAS CROMOSSÔMICAS 9q33.2-q34.2 e 1q23-q24. HIPERCALCIÚRIA HIPERCALCÊMICA (05%): Þ Hiperparatireoidismo Primário (90%). Þ Sarcoidose, Imobilização Prolongada. Þ Intoxicação por Vitamina D, Hipertireoidismo. OXALATO DE CÁLCIO MONOHIDRATADO. FOSFATO DE CÁLCIO: Þ Apatita (Carbonato de Apatita). Þ Precipita em Urina Alcalina PH > 6,6. Þ Brushite (Fosfato de Hidrogênio de Cálcio). LITÍASE URINÁRIA @iaraportelas ÁCIDO ÚRICO: Þ Precipita em PH Ácido < 5,5. Þ Puro (40%) ou Misto com Cálcio. Þ Absorção de Inibidores da Cristalúria. Þ Homem > 750 mg/dia; Mulher > 800 mg/dia. ESTRUVITA (FOSFATO AMÔNIO MAGNESIANO): Þ Claro. Þ Estruvita = Mg + NH + PO4 + 6 H2O. Þ Ureia = 2 Amônias + 1 Ácido Carbônico. Þ Precipita em Urina Alcalina (PH 8 a 8,5). Þ Bactéria produtora de Urease: Proteus, Providencia, Klebsiela, Pseudomonas, Cepas de E.Coli. CISTINA (GROUND - GLASS): Þ Estável em PH Alcalino. Þ Excreção Urinária Normal: Até 20 mg/dia. Þ Hiperabsorção de Aminoácidos Dibásicos: Cistina, Or- nitina, Lisina, Arginina. Þ Autossômica Recessiva Cromossomos 2 e 19 Proteí- nas Transportadoras TP e Intestinais. HIPEROXALÚRIA: Þ Primária: - > 120 mg/dia. - Hiperoxalúria Hereditária 01, 02, 03. - Genético: Síntese da Deficiência Enzimática. Þ Entérica: - 60 a 120 mg/dia. - Restrição de Cálcio. - Cálcio + Gordura Intestinal. - Consumo > 02g VItamina C. - Absorção de Oxalato Livre. Þ Dietética: 40 a 60 mg/dia. Þ Metabolismo Endógeno: - 10% a 20%da Dieta. - Glicina, Glioxalato, Hidroxiprolina, Ácido Ascórbico. Þ Oxalúria Normal: < 40 mg/dia. HIPOCITRATÚRIA: Þ Inibidores da Cristalização. Þ Ciclo de Krebs, Leite, Frutas Cítricas. Þ Ácido Orgânico mais abudante na Urina. Þ 10% a 40% Casos Litíase Idiopática < 450 mg. Þ Nefrolitíase Recorrente e Sem Anormalidade Metabólica. Þ Hipocalemia, Insuficiência Renal, Diarréias Crônicas, ATR Distal, Anti-Convulsivantes. Þ O Citrato, atua no Lúmen Tubular, combinando-se com o Cálcio para formar um Complexo Não Dissociável, mas Solú- vel. DIAGNÓSTICO: AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA: Þ Raio X Simples, UE, US: - < 1mm. - Padrão Ouro. - Sem Contraste. - TC de energia dupla (DECT). - TC Helicoidal do Abdome e Pelve. Þ Raio X Simples de Abdome: - 90% dos Cálculos são Radiopacos. - 34% dos Cálculos não são Detectados. - Ter no Mínimo 02 mm no Maior Diâmetro. ULTRASSONOGRAFIA: UROGRAFIA EXCRETORA: LITÍASE URINÁRIA @iaraportelas COMPOSIÇÃO DE PEDRA EM TC (PADRÃO OURO): Þ A Densidade é medida em Hounsfield. Þ O Tamanho e a Forma não fornecem informações sobre a Composição Específica do Cristal. Þ Os Cálculos de Ácido Úrico tendem a apresentar Densida- de Mais Baixa do que os Cálculos de Cálcio. Þ A Nefrocalcinose, sugestiva de Acidose Tubular Renal, está Associada a Cálculos de Fosfato de Cálcio. Þ O Rim, Esponja Medular Com Calcificações Bilaterais na Junção Corticomedular está Associado a Pedras de Oxalato de Cálcio ou Fosfato de Cálcio.Þ O Fosfato de Magnésio e Amônio e os Cálculos de Cistina costumam ser Radiopacos na TC, mas não são tão Densos quanto os Cálculos compostos de Oxalato de Cálcio ou Fos- fato de Cálcio. CÁLCULO CORALIFORME: Þ Até 02% dos Cânceres nos Estados Unidos hoje podem ser atribuídos à Radiação relacionada à TC. Þ Os Cálculos Radiolúcidos, que podem passar despercebi- dos mesmo na TC, são compostos de Inibidores da Protease (por exemplo, Indinavir, Atazanavir), Xantina ou Diidroxiadeni- na. Þ A Radiação IV Não Tem Energia Suficiente para Excitar os Elétrons e Provocar Transições Eletrônicas, Átomos Vi- bram e se Deformam como Molas. Quando a Ligação absor- ve Energia, ela Sofre Alterações e, ao retornar ao Estado Ori- ginal, libera essa Energia, que então é detectada pelo Espec- tofotômetro. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: GLOMERULAR: Þ Não Forma Coágulo. Þ Dor Não Característica. GINECOLÓGICA: Þ Anexite. Þ Cisto Ovariano. Þ Gravidez Ectópica. VASCULARES: Þ Infarto Intestinal. Þ Aneurisma de Aorta Abdominal. GASTRINTESTINAIS: Þ Colecistite. Þ Diverticulite. Þ Úlcera Péptica. Þ Apendicite Aguda. Þ Pancreatite Aguda. Þ Obstrução Intestinal Aguda. CAUSAS MÉDICAS: Þ IAM. Þ Cetoacidose Diabética. DOR LOMBAR QUE PRECEDE FEBRE E CALAFRIOS PIELONEFRITE OBSTRUTIVA CALCULOSA (SEPSE, MORBIMORTALIDADE ELEVADA). COMPLICAÇÕES: Þ Urosepsse. Þ ITU de Repetição. Þ Abscessos Perinefréticos. Þ Nefropatia Obstrutiva: Estrutiva Bilateral IRC 28% em 7,7 anos. TRATAMENTO: HIPERCALCIÚRIA IDIOPÁTICA: DIURÉTICOS TIAZÍDICOS (HCTZ): Þ 12,5 A 25 mg/dia. Þ TP, TD, de Na no TP. Þ Reabsorção de Cálcio. CITRATO DE POTÁSSIO: Þ Complexo Cálcio - Citrato. Þ Aumento do PH Urinário > 6,0. Þ 01 a 02 mEq/Kg/dia - 30 a 60 mEq. Þ Hipocitratúria Primária ou Secundária. Þ Epigastralgia, Pirose, Diarréia, Plenitude Gástrica (20%). CHÁ DE QUEBRA PEDRA (PHYLLANTUS NIRURI: Þ Aumenta a Eliminação de Cálculos. Þ Redução do Tamanho dos Cálculos em Ratos. Þ Sem Toxicidade, Relaxamento da Musculatura Lisa. Þ Antilitiásico, Antiespasmódico, Antiinflamatório, Diurético, Abortivo, Hipoglicemiante. LITOTRIPSIA PRECOCE: Þ A Litotripsia Precoce, em vez de Tardia, é melhor para pacientes com Cálculos Ureterais Obstrutivos e Sintomáticos, de acordo com um novo estudo. LITÍASE URINÁRIA @iaraportelas CÓLICA RENAL: ANALGESIA: Þ Analgésicos Parenterais frequentes. Þ Vômitos Persistentes, PNA, Disfunção Renal. HIDRATAÇÃO: Þ VO ou EV?. Þ Pressão Hidrostática e Dor. Þ Evitar grandes quantidades de Líquidos. INDICAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO: Þ AINES: Primeira Escolha. Þ Alfabloqueadores: Tansulosina 0,4 mg. Þ Antiespasmódicos - N - Butil - Escopolamina: EV. Þ Análogos da Morfina: Hidrocloreto de Petidina (0,05 mh/Kg; Eliminação do Cálculo < 10 mm). DIETÉTICO: Þ Evitar Hipocalemia: Aumenta a Excreção Urinária de Cálcio e Reduz o Citrato Urinário. Þ Aumento da Ingestão Líquida (02 a 03 L): Evitar Diurese < 2000 ml/dia. Água e Sucos Cítricos. Þ Ingestão de Cálcio, Sal e Proteína: Sexo: Homem / Mulher (3:1). Temperatura: Climas Quentes. Idade: 3 ou 4 Década, 15 - 50 anos. 7 a 10/1000 Admissões Hospitalares. Fatores Genéticos/Familiares: Risco Maior (2,57). 12% dos Homens. 05% das Mulheres. (Um Episódio até 70 anos). História Prévia de Cálculo: Recidiva {1 ano (15%), 5 anos (35% a 40%), 10 anos (50%), 20 anos (75%)}. Medicamentos: Sulfadiazina, Triantereno, Sulfato de Indinavir. Vitamina A, C e D. Associações Sem Explicação: HAS, DM, Vasectomia, Obesidade, Síndrome Metabólica, Gota. Imobilização Prolongada: Ingestão Excessiva de Açúcar (Sacarose e Frutose), que pode Aumentar a Excreção de Cálcio e / ou Oxalato. Hábitos: Alto Consumo de Proteína Animal e Sal, Sedentarismo, Ar Refrigerado, Exercícios Físicos Intensos, Baixo Consumo de Água e de Cálcio.
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