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Questionario TGP

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Questionário de História do Direito
Sumário
1.	Fale sobre os povos antigos e dê exemplos de figuras jurídicas relativas a seus sistemas jurídicos.	2
2.	Comente os aspectos jurídicos do povo Egípcio. Qual o sistema de governo que os egípcios adotaram.	3
3.	Fale sobre os períodos do direito Egípcio, apresentando suas características gerais.	3
4.	Quais as principais características dos povos da Mesopotâmia. Por que o direito ali era chamado Direito Cuneiforme?	4
5.	Quais as principais contribuições ao Direito pelos sumérios e pelos babilônios	6
6.	Fale sobre a Bíblia do ponto de vista jurídico. Quais são os seus textos jurídicos?	8
7.	Quais são as fontes formais do direito hebráico. Comente.	9
8.	Fale sobre o direito grego. Indique três características do direito privado grego	10
9.	Fale sobre a filosofia e a ciência política para os gregos Antigos. Indique dois pensadores gregos e comente seus trabalhos.	11
10.	Relacione a ética, a política e o direito gregos, comentando cada um deles.	12
11.	Fale sobre a formação de Roma e como ela se deu.	12
12.	Quais as principais características do povo romano na época de sua formação. Explique-as.	13
13.	Quais os órgãos políticos no período da realeza? Comente.	13
14.	Em quantas classes o povo romano dividia-se? Explique	13
15.	Quais as fontes do Direito no período da realeza. Comente.	14
16.	O que é jurisprudência para os romanos?	15
17.	Quais foram os fatos marcantes que ensejaram a passagem da realeza para a república?	15
18.	Fale sobre a magistratura romana e indique o nome e as atribuições dos principais cargos dela.	16
19.	Quais eram os órgãos políticos no período da república? Comente.	16
20.	Quais as formas de dominação romana, explique	17
21.	Quais as fontes do direito no período da república? Comente.	17
22.	Fale sobre a lei das doze tábuas. Como ela foi constituída? Em que período ela foi editada e qual a sua importância.	17
23.	Quais de as características do principado? Comente.	18
24.	Como eram organizados, politicamente, o principado?	18
25.	Qual a importância dos prínceps no império? Explique.	19
26.	Quais as principais causas da derrocada do Império Romano? Comente.	19
27.	Quais as fontes do direito no principado? Comente cada uma delas.	22
28.	Indique alguns dos principais jurisconsultos do período, falando sobre seus trabalhos.	23
29.	Quais as principais características do Dominato? Comente.	24
30.	Como se deu a organização política no Dominato?	24
31.	Quais as principais fontes do direito no Dominato?	25
32.	Fale sobre Corpus Iuris Ciuvilis. Como ele foi editado, de quantos livros ele é composto e qual sua importância para o direito?	25
33.	O que são interpolações? Quais os métodos de sua identificação?	25
34.	Fale sobre as escolas jurídicas que surgiram após a queda de Roma.	26
35.	Fale sobre o direito canônico. Qual a relação entre igreja e Estado? Quais as suas principais fontes jurídicas. Explique-as.	26
36.	Fale sobre o direito na idade moderna: A formação dos Estados nacionais no movimento modificador.	26
37.	Comente sobre o direito no Brasil. Dê exemplo.	26
1. Fale sobre os povos antigos e dê exemplos de figuras jurídicas relativas a seus sistemas jurídicos.  
 
 Os povos antigos, destacados pelos Egípcios, Sumérios , Babilônios, Gregos, Romanos, Hebreus, principalmente, tiveram participação fundamental na construção do sistema jurídico moderno, como o brasileiro e ocidental em geral. 
Tendo os Egípcios o papel de contribuinte histórico inicial, passando pelos Romanos, vemos que estes iniciaram a história do Direito com a criação do sistema jurídico individualizado / individualista, enquanto os romanos, sintetizando os conhecimentos Gregos e Egípcios, foram os primeiros que deram uma visão técnica e metodológica ao direito, como a Jurisprudência, que é a ciência do Direito. Mas as contribuições, em maior ou menor grau, também fluíram entre outras civilizações, como os mesopotâmios que registram as primeiras formulações de direito escritas, além de abstratas, passando pelos Sumérios com a escrita cuneiformes registrando a história, leis, normas e contratos em artefatos de barro, madeira ou outro material. 
Se aumentarmos nosso espectro geográfico podemos considerar os Hebreus, um povo bastante religioso, que buscaram nas leis divinas e mosaicas a moral, um dos componentes do direito moderno, sendo um dos povos que contribuíram para a construção da Bíblia que conhecemos, o que não pode ser desconsiderado como uma grande contribuição para a edificação do Direito. 
 A ciência filosófica, desenvolvida pelos Gregos, das questões humanas, que contribuiu para que o homem questionasse o mundo ao seu redor, sua convivência com os semelhantes, seu papel na sociedade que o cerca, a ordem social, a ciência humana, foi a grande contribuição para a formatação do Direito, utilizada mais tarde pelos romanos e novas civilizações. 
 Entre gerações e civilizações as figuras jurídicas foram sendo criadas, aprimoradas ou substituídas, amadurecendo as relações das pessoas físicas, jurídicas entre as partes e/ou o Estado, o poder público, dando trato às questões da propriedade, posse, direito e dever, vida social, proteção do Estado, incluindo associações, religião ou cultos e mesmo relações entre os povos e gestão das riquezas naturais, fabris e manutenção da sua integridade territorial. 
 
2. Comente os aspectos jurídicos do povo Egípcio. Qual o sistema de governo que os egípcios adotaram. 
 
O Egito foi um bom exemplo de um sistema de governo centralizado, tendo na figura do Faraó a personagem que detinhaa o poder decisório absoluto nos temas gerais e de grande envergadura e importância vital para a sobrevivência do império, embora tenha sido criado ao passar das dinastias os tribunais, que foi uma das contribuições para o Direito moderno, onde existiam tribunais fiscais, das terras, de contendas civis e criminais, incluindo tribunais que tratavam dos cuidados dos mortos e suas tumbas, visto que o povo egípcio dava grande importância à questão última. 
 No curso da história e criação dos tribunais podemos atribuir aos egípcios também a adoção da lei como uma das principais fontes do Direito, suplantando os costumes, estabelecendo normas jurídicas para o Direito Público e Privado, garantindo o direito à propriedade da terra e produção, mesmo havendo aí os tributos impostos pelo Faraó, controlado pelo Vizir que era uma espécie de auditores e cobradores de impostos, entre outras funções. 
 Por fim, a sociedade egípcia promoveu o arcabouço do Direito que temos hoje, nos tempos modernos, com a criação dos Tribunais, Presunção de Inocência, Julgamento e Condenação, havendo aqui uma discussão sobre a não adoção da pena de morte, como pena capital. 
 
3. Fale sobre os períodos do direito Egípcio, apresentando suas características gerais. 
 
O Egito se apresenta como um grande contribuinte histórico para o Direito ocidental atual, juntamente com os povos da mesopotâmia, como os Sumérios, Hititas, Assírios, que contam com documentação jurídica com data anterior a 3.000 anos, sistemas jurídicos complexos e registrados em documentos cunhados o que originou o termo Direito Cuneiforme. 
 O Egito Antigo, formado pelas civilizações do Nilo, deixou quase nada escrito sobre direito, compilações de leis ou sobre seus costumes. Encontraram-se instruções, sabedorias que contêm o elemento da teoria jurídica para assegurar o respeito das pessoas e dos bens. Inauguram o sistema jurídico individualista. 
Sendo um povo politeísta, consideram o Maât, como a deusa responsável pela manutenção da ordem cósmica e social, como se fosse uma verdadeira justiça, para se manter o equilíbrio entre as partes interessadas e na Terra esse papel dera feito pelos Faraós. 
Durante o curso da história, o Direito egípcio apresentou alternâncias entre período individualista e período feudal. No Antigo Império (em torno de 3.200 a.C. - 2.300 a.C.) a monarquia se tornara influente e poderosa, enquanto que o direito privado conhecera um grau avançado de individualismo devido ao sistemade mercado, intercâmbio de mercadorias e negócios. Já no antigo império, durante a dinastia VI, prevaleceu um regime senhorial, em parte feudal, enquanto no direito privado voltou-se à sociedade de clãs e de aldeias, com o sistema econômico fechado. 
 
DIREITO DO ANTIGO IMPÉRIO 
Entre as dinastias III e V foi desenvolvido o primeiro sistema jurídico da humanidade. O poder pertencia ao faraó e foi decretado o fim da nobreza feudal. O faraó contava com seus funcionários para gerir o império, que gerenciavam os departamentos de finanças, registros, domínios, obras públicas, culto religioso. Os djet, uma ordem real, nomeavam os funcionários , remunerados e podiam conquistar cargos altos na carreira administrativa. 
Para administrar a ordem publica, dando garantias de sobrevivência legal à sociedade, o Egito contava com tribunais organizados pelo Conselho de Legislação e promulgado pelo Rei (Faraó). Desse forma deu-se o fim dos clãs e todos os habitantes seriam iguais perante o direito, cujo as leis foram sua maior fonte, com algumas exceções como os prisioneiros de guerras, que eram usados nas construções públicas e nas minas.  
Com exceção ao rei, todos os demais cidadãos deveriam obedecer a monogamia e no tocante aos filhos, todos seriam iguais perante a lei, embora na IV dinastia fosse criado o conceito de herança. 
O direito penal não parece severo em comparação com outros direitos da Antiguidade. Praticamente não se encontra nada representando a pena de morte. 
Após o Médio Império (XII dinastia), durante o II período Intermédio, o Egito é invadido pelos povos Hicsos. Depois da dinastia XXVI, na qual predominava o poder real centralizado, ocorreram outras duas ocupações: primeiro a ocupação persa e por último a ocupação romana. O sistema jurídico egípcio, então, subsiste parcialmente e acaba exercendo uma considerável influência nos direitos helenísticos e romanos. 
 
4. Quais as principais características dos povos da Mesopotâmia. Por que o direito ali era chamado Direito Cuneiforme? 
Vários povos antigos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios, sendo civilização que conheceu as primeiras formulações do direito.  No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa ( imperador ou rei ) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas. 
 O sistema jurídico mesopotâmico, por exemplo, apresentou uma influência para muito além de sua época e espaço. Para se ter ideia, muitas das questões normatizadas no nosso atual Código Penal estabelecem uma equivalência comparativa com o Código de Hamurabi, como a testemunha; o furto; a difamação; o estrupo; a vingança etc.  Este código jurídico antigo, de 1750 a.C, compõe-se de três partes: introdução, texto propriamente dito e conclusão. Em 282 artigos estão as determinações respeitantes aos delitos, à família, à propriedade, à herança, às obrigações, muitos artigos de direito comunitário e outros relativos à escravatura. Essas leis defendiam, especialmente, os direitos e interesses de cúpula da sociedade babilônica. Esta, à época de Hamurabi, estava dividida em três classes sociais: Awilum (homens livres, cidadãos); Muskênum (funcionários públicos); Wardum (escravos, prisioneiros de guerra). No topo da pirâmide social estava o Imperador e sua família, seguidos pelos nobres, sacerdotes, militares e comerciantes.  O direito para a camada menos privilegiada como os Artesãos, camponeses e escravos, objetivava manter a ordem estabelecida e garantir a permanência da estrutura sócio-política das Cidades-Estado.  
 Haja vista a divisão da sociedade em classes e o desejo de poder dos líderes políticos, não seria difícil constatar o princípio da desigualdade perante a lei. Mas não podemos esquecer que este conjunto de leis sistematizadas apresentou algumas tentativas primeiras de garantias dos direitos humanos.  
No sistema babilônico a posição da mulher na sociedade já lhe concedia direitos equiparados aos do homem. 
De uma ou de outra forma o certo é que esse sistema jurídico serviu de orientação aos aplicadores do direito e manteve por um considerável período a coesão social. Dada a inexistência da gradação da pena, crimes das mais diversas espécies (uns menos outros mais graves) eram punidos com a pena de morte, e a lei de talião ("olho por olho e dente por dente") era o princípio básico que regia a aplicação das leis.  
Direitos Cuneiformes 
Os direitos cuneiformes são o conjunto de direitos de alguns povos do Oriente da Antiguidade que se serviram de um processo de escrita em forma de cunha, daí a palavra “cuneiforme” . Diversidade de povos. Civilizações parecidas. Língua acádica era usada como língua diplomática e língua culta. Não há um direito cuneiforme único, mas um conjunto de sistemas jurídicos, de períodos e regiões diferentes, apresentando certa unidade. 
A evolução dos direitos cuneiformes ocorre em grande parte na época de Hammurabi. Sociedade estruturada nas cidades templos sumérias: Eridu, Ur, Larsa, etc. O poder estava nas mãos de assembleias e seus sacerdotes. Urukagina, rei de Lagas, por volta de 2400 é o primeiro reformador social da história. Nos textos de seu reinado constata-se uma forte tendência de igualdade jurídica. 
OS GRANDES CÓDIGOS DOS DIREITOS CUNEIFORMES 
A maior parte desses códigos foram descoberto há poucas décadas. 
Para GILISSEN são chamados erradamente de códigos pois não são uma compilação completa do direito e sim uma média de 30 a 60 artigos com leis. Parecem mais com textos jurídicos. 
Ur-Nammu: o mais antigo código jurídico, cerca de 2040 a.C. 
O código de Esnunna: 1930 antes de Cristo. 
O código de Hammurabi: o mais importante código jurídico antes de Roma. Redigido por volta de 1964 antes de Cristo 
CÓDIGO DE UR-NAMMU 
Col. VI : Se um cidadão acusa outro cidadão de feitiçaria e o leva perante o deus rio (e se) o deus o declara puro, aquele que o levou... 
Col. VIII. Um cidadão fraturou o pé ou uma mão do outro cidadão durante uma rixa pelo que pagará 10 siclos de prata... 
LEIS DE ESNUNNA 
5. Se um barqueiro é negligente e deixa afundar um barco, ele responderá por tudo aquilo que deixou afundar.57. Se um cão é conhecido como perigoso, e as autoridades preveniram o seu proprietário e este não vigia seu cão, e o cão morde um cidadão, o proprietário deve pagar dois terço de uma mina de prata. 
CÓDIGO DE HAMMURABI 
Sistema jurídico muito desenvolvido. Especialidade com contratos. Os mesopotâmicos praticaram a venda mesmo a crédito), o arrendamento (de casas, de serviços), o empréstimo a juros, etc. Os romanos herdaram essas técnicas dos contratos e conseguiram sistematizá-las depois. 
 
CÓDIGO DE HAMMURABI 
Se alguém acusou um homem, imputando-lhe um homicídio, mas se ele não pôde convencê-lo disso, o acusador será morto. 
133. Se um homem desaparecer e na sua casa há de comer, a sua esposa manterá a sua casa e tomará conta de si; não entrará na casa de outrem. Se essa mulher não tomou conta de si e se entrou na casa de outro, essa mulher será condenada e será deitada à água.134. Se um homem desapareceu e se não há de que comer na sua casa, a sua esposa poderá entrar na casa de outro; essa mulher não é culpada 
5. Quais as principais contribuições ao Direito pelos sumérios e pelos babilônios
 Sumérios. 
Estudando a justiça entre os sumérios, Kramer escreve: “A lei e a justiça foram conceitos fundamentais na antiga Suméria, que impregnavam a vida social e econômica sumeriana tanto na teoria como na prática. No decurso do século passado, os arqueólogos revelaram, à luz do dia, milhares de tabuinhas de argila representando toda espécie de documentos de ordem jurídica: centradas, atas, testamentos, notas promissórias, recibos, acordos de tribunais. Entre os sumérios, o estudante mais adiantado consagrava uma grande partedo seu tempo ao estudo das leis e exercitava-se regularmente na prática de uma terminologia altamente especializada, bem como na transcrição dos códigos legais e dos julgamentos que tinham formado jurisprudência”. 
O direito privado sumeriano reconhecia à mulher bastante independência em relação ao marido. O divórcio era admitido por decisão judicial que podia ser favorável a qualquer um dos cônjuges. O adultério era considerado delito, porém não tinha consequências se havia a perdão do marido. O repúdio da esposa pelo marido acarretava na indenização pecuniária e só era permitido por razões de ordem legal. Os filhos estavam sob a dependência do pai e da mãe. Admitia-se a adoção. O filho que renegasse seu pai seria vendido como escravo. Por motivos de dividas, os pais podiam vender os filhos como escravos; a esposa, apesar de sua independência jurídica, era responsável pelas dividas do marido. 
Escrita Cuneiforme 
Uma enorme contribuição cultural dos sumérios foi o a criação do sistema de escrita cuneiforme , por volta de 4000 a.C. Neste sistema, os sinais representavam idéias e objetos. Usavam placas de argila (barro), onde cunhavam (marcavam com cunhas) esta escrita. Muito do que sabemos atualmente, sobre este período da história, devemos as placas de barro com registros cotidianos, econômicos, administrativos e políticos deste período. 
Trouxe contribuição no meio jurídico. 
Lei do Talião 
Olho por olho, dente por dente é a ideia por tras, o conceito, mas estabelecia uma lista de sanções em acordo com o grau e gravidade do crime.  
Começa a ideia de justiça, em consonância ou não com a moral, mas é um esforço sumério para implantar a justiça. 
A solução da contenda passava pelo Estado e punição proporcional. 
Foi um avanço para o momento histórico, a questão de não ser a sanção igual o ato ilícito, como vingança, mas proporcional, mas podendo ser de outra natureza. 
Administração da justiça em caráter semiprivado 
Convivência entre a Justiça do Estado e Entidades Privadas. A aplicação das normas e sanções eram atribuições do Estado e de pessoas, famílias.... 
Desigualdade perante a lei. 
As punições eram aplicadas de forma diferente para o mesmo ilícito, de acordo com as classes sociais. 
Distinção insuficiente entre o homicídio acidental e o homicídio intencional 
Babilônios 
http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/ 
 
Por volta de 1900 a.C., um novo processo de invasão territorial dizimou a dominação dos sumérios e acádios na região mesopotâmica. Dessa vez, os amoritas, povo oriundo da região sul do deserto árabe, fundaram uma nova civilização que tinha a Babilônia como sua cidade principal. Somente no século XVIII o rei babilônico Hamurábi conseguiu pacificar a região e instituir o Primeiro Império Babilônico. 
Além de promover a unificação dos territórios mesopotâmicos, o rei Hamurábi também foi imprescindível na elaboração do mais antigo código de leis escrito do mundo. O chamado Código de Hamurábi era conhecido por seus vários artigos que tratavam de crimes domésticos, comerciais, o direito de herança, falsas acusações e preservação das propriedades 
DIREITO NA MESOPOTÂMIA as codificações eram baseadas na compilação de casos concretos. 
PRINCIPAIS CÓDIGOS: UR-NAMMU este código surgiu a cerca de 2040 anos A.C. na região da Suméria, ele basicamente traduziu o perfil dos costumes da época. Suas normas eram basicamente ligadas ao direito penal. ESHNUNNA esse código surgiu certa de 1930 A.C., este código continha cerca de 60 artigos sendo uma mistura de Direito Penal e Direito Civil.  
CÓDIGO DE HAMMURABI este código surgiu cerca de 1694 A.C., porém foi descoberto por arqueólogos apenas no ano de 1901 d.C. Este código possui 282 artigos, traduzindo várias modalidades de contratos e negócios jurídicos. 
Uma das punições do código é a Lei de TALIÃO, que consiste em uma retaliação a algum ato praticado onde a pena para o delito é equivalente ao dano causado, ou seja, a punição é impor ao criminoso o mesmo sofrimento causado pelo crime. 
DIREITO DOS CONTRATOS a venda e compra, o arrendamento, o depósito, o empréstimo a juros e os títulos de crédito surgiram em decorrência da economia de troca e das relações comerciais destes povos. 
DIREITO DE FAMÍLIA o sistema familiar era monogâmico e patriarcal. A mulher aqui é dotada de personalidade jurídica, ou seja, ela possuía direitos tendo como seu direito principal manter-se proprietária de seu dote, mesmo após o casamento, com liberdade de gestão de seus bens. 
DIREITO DE SUCESSÃO os filhos deveriam receber a herança em partes iguais. 
 
DIREITO PENAL aqui o direito penal é mais severo do que o Direito Egípcio com previsão de pena de morte para muitos crimes. 
 
6. Fale sobre a Bíblia do ponto de vista jurídico. Quais são os seus textos jurídicos? 
  
As leis que direcionaram o povo hebreu surgiram através de Moisés, quando este, subindo ao monte Sinai, recebeu do Alto, por Deus, tal lei, estabelecendo a aliança entre Deus e o povo que Moisés salvou da opressão egípcia. 
“Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa da servidão: não terás outros deuses diante de mim (...) honra teu pai e tua mãe, a fim de que teus dias se prolonguem sobre a terra que o Senhor, teu Deus, te dá. Não cometerás homicídio. Não cometerás adultério. Não raptaras. Não prestarás testemunho mentiroso contra teu próximo. Não cobiçaras a casa de teu próximo. Não cobiçaras a mulher de teu próximo, nem o teu servo, sua serva, seu boi ou seu jumento, nada que pertença a teu próximo” (Êxodo, 20 1-17) 
A partir da lei recebidas por Moisés, notamos as semelhanças no nosso ordenamento jurídico brasileiro, especialmente as que fazem referência ao homicídio, rapto, falso testemunho, e a cobiça (que naquele momento era considerado crime) que pode ser deduzidos alguns crimes. 
 Versa a doutrina de Mirabete sobre o homicídio, mencionando que: 
“O homicídio, punido desde a época dos direitos mais antigos, era definido por Carara como a destruição do homem injustamente cometida por outro homem (...) morte de um homem ocasionada por outro homem com um comportamento doloso ou culposo e sem o concurso de causa de justificação” (MIRABETE, p.62, 2001) 
 
Direito à vida: 
O artigo 121, do Código Penal Brasileiro, define o homicídio simples como “Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos” (CPB- art.121, caput). Diante disto, podemos analisar que a lei que Moisés recebeu de Deus, já se atribuía tamanha importância à vida. Atualmente a vida representa um dos bens jurídicos protegido pelo Estado mais importante. Protege-a também o nosso texto constitucional no caput do artigo 5º. 
Sequestro, rapto 
 
Também mencionado na Bíblia, era tratado pelo nosso CP no artigo 219, que foi revogado pela lei 11.106 de 2005.  Esta prática é uma conduta que significa “subtrair, sequestrar, privar de liberdade, arrebatar, tirar a vitima da esfera de proteção” (MIRABETE, 436, 2001). Portanto o rapto sempre coloca a vitima em estado de perigo, por tal motivo, possui consequências jurídicas em nosso ordenamento, assim como já havia no direito Hebreu.  
 O principal objetivo de qualificar o rapto como crime é que esta conduta entra em contraposição com a liberdade de locomoção da vitima, além de expô-la a perigo, neste sentido reza a Constituição.
 
Falso Testemunho 
 Considerado crime, e possui consequências caso fosse visualizado, o que não modificou atualmente. Sabe-se que no decorrer de um processo, ele se prestar de testemunhas, esta em momento algum poderá mentir para prejudicar outrem, caso ocorra, sofrerá as cabíveis penalidades. 
 
Reparação de danos 
  
Em Deuteronômios já vemos citação sobre o reparo as danos morais, como identificado na Bíblia: “Se um homem encontrar uma donzela virgem, que não tem esposo, e tomando-a a força a desonrar, e a causa for levada a Juízo, o que a desonrou dará ao pai da donzela cinqüenta siclos de prata, tê-la-á por mulher, porque a humilhou, não poderá repudiá-la em todos os dias de sua vida”. 
 Vê-se, portanto, que no presente documentojá se encontrava algumas normas referentes aos danos morais e, inclusive sua reparação. Atualmente o dano moral também é tratado com seriedade e caso sendo comprovado, aquele que causou terá conseqüências jurídicas. Versa o artigo 927, 186 e 187, onde aquele que comete um determinado ato ilícito e causa dano a outrem fica incumbido, ou seja, responsabilizado por sua reparação. Logo, podemos fielmente dizer que a religião, influenciou o Direto que presenciamos agora. 
 
 
NORMAS SOBRE A CORRUPÇÃO 
  
 “Não espalharas (ou receberás, se juiz) boatos sem fundamento. Não tomes o partido de um culpado, dando um testemunho falso. Não seguirás uma maioria que quer o mal, e não intervirás num processo inclinando-te a favor de uma maioria parcial. Não favorecerás com parcialidade um fraco no seu processo (...) Não falsificarás o direito do teu pobre no seu processo. Manterás a distancia de uma causa mentirosa (...) Não aceitarás propinas, tais a propina cega as pessoas lúcidas e compromete a causa dos justos” (Bíblia Sagrada, Êxodo citado por MORAES, p.15, 2007) 
 Atualmente na aplicação do Direito versa contra a corrupção a Lei 8.492/92, no Decreto-lei nº 201/67, e o Código Penal sob o Titulo IX, dos Crimes Contra a Paz Pública, e no Título X. Dos Crimes Contra a Fé Publica, inclusive nossa Constituição no Capitulo VII, Da Administração Pública, Seção  I Disposições Gerais do artigo 37 em diante. 
7. Quais são as fontes formais do direito hebráico. Comente. 
 
HEBREUS 
 O Direito hebraico é um Direito religioso que, diferente dos demais povos, era baseado em uma religião monoteísta, dessa forma o Direito é dado por Deus a seu povo e só Deus pode modificar esse Direito. Os intérpretes e os rabinos poderiam adaptá-lo a evolução social, mas, sem modificar os seus fundamentos básicos. A Bíblia hebraica é um livro sagrado que contém as bases jurídicas do povo hebraico. O “antigo testamento” é dividido em três partes: Pentateuco [torá – 5 livros], profetas [histórico] e hagiógrafos [costumes, tradições]. Os hebreus são semitas que viviam em tribos nômades entre os quais se destacavam: os árabes descendentes de Sem (filho de Noé). 
 O DIREITO HEBREU 
Os hebreus criaram três tribunais, cada um com suas funções específicas: 
Tribunal dos três [Pecuniário]: Julgava alguns delitos e todas as causas de interesse pecuniário. 
Tribunal dos vinte e três: Recebia as apelações e julgava os delitos com pena de morte. 
Tribunal dos setenta [Sinédrio]: Era o tribunal supremo dos hebreus, tinha como competência interpretar as leis e julgar os senadores, profetas e chefes militares. 
 DIREITO DE FAMÍLIA 
A estrutura era patriarcal, o pai respondia pelos atos ilícitos praticados por seus filhos. As filhas podiam ser vendidas como escravas pelos seus pais, havendo também a possibilidade por servidão por dívidas. Os filhos das escravas pertenciam ao dono destas. Comprava-se a futura esposa cujo valor podia ser pago em dinheiro ou em serviços. Em caso de adultério com mulher casada a ofensa era contra o marido desta.  As mulheres não tinham direitos sucessórios, o único que tinha direito à herança era o filho primogênito. 
 
8. Fale sobre o direito grego. Indique três características do direito privado grego 
 
Para entendermos o direito grego e seu nascimento precisamos compreender que alguns pontos da história tiveram participação na formação dos conceitos e auxiliaram no surgimento de ambiente ideal para que o direito florescesse na sociedade ateniense. 
Com o aparecimento da moeda, que foi logo adotada pelos gregos, contribuindo para incrementar o comércio e permitir a acumulação de riquezas. Com o aparecimento dos plutocratas como uma nova classe, a aristocracia perdeu o poder econômico, embora ainda mantivesse o poder político, que seria por ela controlado, contudo finalmente retirado com as reformas introduzidas pelos legisladores e tiranos. 
A escrita surge como nova tecnologia, permitindo a codificação de leis e sua divulgação através de inscrições nos muros das cidades. Dessa forma, junto com as instituições democráticas que passaram a contar com a participação do povo, os aristocratas perdem também o monopólio da justiça. 
 Coube aos legisladores o papel de não só tirar o poder das mãos dos aristocratas, como compilar a tradição e os costumes, modifica-los e apresentar uma estrutura legal em forma de leis codificadas. 
 Primeiro Código de leis, que ficou conhecido por sua severidade e cuja lei relativa ao homicídio foi mantida pela reforma de Sólon, legislador ateniense. Deve-se a Drácon, outro legislador, a introdução de importante princípio de Direito Penal: a distinção entre os diversos tipos de homicídio, diferenciando entre homicídio voluntário, homicídio involuntário e o homicídio em legítima defesa. 
 No aspecto social, entre as várias medidas, são de particular interesse aquelas que obrigavam os pais a ensinarem um ofício aos filhos; caso contrário, estes ficariam desobrigados de os tratarem na velhice; a eliminação de hipotecas por dívidas e a libertação dos escravos pelas mesmas e a divisão da sociedade em classes.
 Apesar de ter sido o berço da democracia, da filosofia, do teatro e da escrita alfabética fonética, a civilização grega tinha algumas características bastante particulares. Duas delas podem ter contribuído para o obscurecimento do direito grego ao longo da história. A primeira é a recusa do grego em aceitar a profissionalização do direito e da figura do advogado que, quando existia, não podia receber pagamento. A segunda é a de que preferia falar a escrever. Parece até um paradoxo que o povo que inventou a escrita dessa primazia à fala. 
 Exemplos de ações privadas: assassinato, perjúrio, propriedade, assalto, ação envolvendo violência sexual, ilegalidade, roubo. 
 
 
9. Fale sobre a filosofia e a ciência política para os gregos Antigos. Indique dois pensadores gregos e comente seus trabalhos. 
A filosofia grega, que é a própria filosofia em si, entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego.
Surge quando se descobriu que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso, que precisasse ser revelado por divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrário, podia ser conhecida por todos, através da razão, que é a mesma em todos; quando se descobriu que tal conhecimento depende do uso correto da razão ou do pensamento e que, além de a verdade poder ser conhecida por todos, podia, pelo mesmo motivo, ser ensinada ou transmitida.
Através da filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as bases e os princípios fundamentais do que chamamos de razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte. Aliás, basta observarmos que palavras como lógica, técnica, ética, política, monarquia, anarquia, democracia, física, zoológico, farmácia, entre muitas outras, são palavras gregas, para percebemos a influência decisiva e predominante da filosofia grega sobre a formação do pensamento e das instituições das sociedades europeias ocidentais.
Dos filósofos, destacamos Sócrates e Platão, sendo o primeiro
Sócrates, foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma figura enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de escritores que viveram mais tarde, especialmente dois de seus alunos, Platão e Xenofonte, bem como pelas peças teatrais de seu contemporâneo Aristófanes. Muitos defendem que os diálogos de Platão seriam o relato mais abrangente de Sócrates a ter perdurado da Antiguidade aos dias de hoje.
Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas de sua cidade. Ao contrário de seus predecessores, ele não fundou uma escola, preferindo também realizar seu trabalho em locais públicos (principalmente nas praças públicas e ginásios), agindo de forma descontraída e descompromissada,dialogando com todas as pessoas, o que fascinava jovens, mulheres e políticos de sua época.
Diz-se que Sócrates acreditava que as ideias pertenciam a um mundo que somente os sábios conseguiam entender, fazendo com que o filósofo se tornasse o perfeito governante para um Estado. Opunha-se à democracia aristocrática que era praticada em Atenas durante sua época; essa mesma ideia surge nas Leis de Platão, seu discípulo. Sócrates acreditava que ao se relacionar com os membros de um parlamento a própria pessoa estaria fazendo-se hipócrita.
 
10. Relacione a ética, a política e o direito gregos, comentando cada um deles. 
O sistema jurídico da Grécia antiga é uma das principais fontes históricas dos direitos da Europa Ocidental. Os Gregos não foram, no entanto, grandes juristas, não souberam construir uma ciência do direito, nem sequer descrever de uma maneira sistemática as suas instituições de direito privado; neste domínio, continuaram as tradições dos direitos cuneiformes e transmitiram-nas aos romanos. Os gregos foram, porém, os grandes pensadores políticos e filósofos da antiguidade.
Já no tocante à ciência política, a principal contribuição dos gregos deve-se aos seus trabalhos sobre o governo ideal da cidade. Foram os inventores da ciência política, a ciência do governo da polis. Os seus melhores escritores e filósofos analisaram as instituições das cidades gregas para fazerem a sua crítica e contraporem-lhe formas ideia de governo.
A doutrina de Platão, exerceu uma influência considerável, sobretudo por intermédio do seu discípulo Aristóteles, sobre o pensamento político medieval e moderno. As suas obras, sobre ciência política e ética, que repercutiram e ainda repercutem foram a República e A política e as leis. A República é a descrição da cidade ideal, dividia em três classes, como os governantes, os guardiões-guerreiros e o povo. Deve ser governada por profissionais, os Filósofos, insto é, os que tem sabedoria e inteligência necessária. Para os formar, é necessário criar uma classe de guardiães que se consagram ao ofício das armas. Os guardiães mais velhos tornam-se Filósofos e Governo.
E por fim, Platão, defende o fim moral da organização da cidade; a política é assim uma subdivisão da ética.
 
11. Fale sobre a formação de Roma e como ela se deu. 
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.   De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia. A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas. 
 
12. Quais as principais características do povo romano na época de sua formação. Explique-as. 
 
Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina. 
   
13. Quais os órgãos políticos no período da realeza? Comente.
O Rei romano era um monarca vitalício, nomeado. Reunia poderes religiosos, militares e administrativo-judiciários. Era, portanto, ao mesmo tempo, o sumo sacerdote, supremo chefe militar, principal administrador público e juiz maior. No desempenho destas suas funções, era assistido por alguns auxiliares. 
O Senado, composto pelos anciãos (senes). Constituía na verdade, primitivamente, uma assembleia composta pelos chefes (paires) de cada um dos agrupamentos familiares (gentes). Tinha uma função consultiva em relação ao rei, e confirmatória no tocante às deliberações da assembleia popular.
As Cúrias (curiae), compostas apenas pelos patrícios, consistiam nas circunscrições político-administrativas mais antigas da civitas. Eram organizadas em assembleias populares, chamadas, por isto mesmo, "Comícios por Cúrias" (comitia curiata). Estes comícios se ocupavam de assuntos político-administrativos, como a incorporação de uma família (então equiparável, como acima referido, a um grupo político ou miniEstado) a outra (adrogatio) ou a aprovação de testamentos públicos (com a nomeação do paterfamilias herdeiro, vale dizer do novo chefe político deste miniEstado). Segundo alguns, tais assembleias talvez tenham tido também, originariamente, a função de eleger o novo Rei.
14. Em quantas classes o povo romano dividia-se? Explique
A Roma antiga contava com classes sociais, a saber:
Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos, possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da população. 
Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuiam poucos direitos políticos e de participação na vida religiosa.
Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio econômico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos e questões militares.
Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária.
Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono.
15. Quais as fontes do Direito no período da realeza. Comente.
O DIREITO ROMANO NA REALEZA
Trata-se do período histórico em que Roma foi governada pelos reis, compreendendo uma faixa de aproximadamente 250 anos, segundo os cálculos de VARRÂO, desde a fundação de Roma, em 753 a.C., até o desaparecimento do trono, com Tarquínio, o Soberbo, em 510 a.C.
Havia duas classes bem distintas e opostas entre os habitantes da cidade de Roma: os patrícios e os plebeus. Os primeiros, homens livres, descendentes de homens livres, agrupados em clãs familiares patriarcais, que recebiam o nome de gentes, formavam a classe detentora do poder e privilegiada. Os plebeus, por sua vez, não faziam parte das gentes, estando, no entanto, sob a proteção do rei. Até o reinado de Sérvio Túlio, os plebeus não faziam parte da organização política de Roma.
Durante a Realeza, o Poder Público em Roma era composto por três elementos: o Rei (rex), o Senado (senatus) e oPovo (populus romanus), este último, como acima mencionado, constituído apenas por patrícios. Enquanto o rei, indicado por seu antecessor ou por um senador, era detentor de um poder absoluto, ou imperium, com atribuições políticas, militares e religiosas, sendo ao mesmo tempo chefe de governo e de Estado, o Senado era um órgão de assessoria do rei, com função predominantemente consultiva. Era, pois, o Senado detentor da auctoritas, sendo ouvido pelo rei nos grandes negócios do Estado.
O povo romano (somente patrícios, inicialmente) reunia-se em assembléias, que recebiam o nome de comícios curiatos, com o objetivo de discutir e votar as propostas de lei, sempre de iniciativa do rei. A unidade de voto recebia a denominação de cúria. A lei, assim votada e aprovada, recebia o nome de leges curiatae. No entanto, com as reformas empreendidas pelo rei Sérvio Túlio, a plebe foi favorecida, quando a riqueza de cada um, e não mais apenas as suas origens, passou a ser base para a distinção entre as pessoas. Com isso, ganhavam o direito de voto os plebeus contribuintes, sendo por estes entendidos aqueles que dispunham de meios para pagar impostos e que agora tinham direito de prestar serviço militar. Estes plebeus contribuintes votavam nos comícios centuriatos, sendo a unidade de voto a centúria. Ao mesmo tempo, adquiriam os plebeus o direito de praticar atividade comercial, o que favorecia, conseqüentemente, o contato com outros povos e outras culturas, culturas estas que mais tarde viriam a ser incorporados pelo Império Romano, ao mesmo tempo em que ganhava o povo romano poder econômico, passo fundamental para se alcançar o poder político.
São duas as principais fontes do Direito Romano na Realeza: o costume e a lei. O costume, ou jus non scriptum, uso repetido e prolongado da norma jurídica tradicional não proclamada pelo Poder Legislativo, é a principal delas. A lei, de menor importância neste período, nascia com a proposta do rei ao povo, que, reunido em comícios curiatos ou centuriatos, aceitavam ou rejeitavam a iniciativa do rei. Se aceita, a regra de direito, depois de ratificada pelo Senado, tornava-se obrigatória. Vale ainda ressaltar que as leis, durante este período, eram particulares, e não gerais, regendo verdadeiros contratos entre patres da cidade.
16. O que é jurisprudência para os romanos?
A jurisprudência, no sentido romano, era o conhecimento das regras e a sua atuação pelo uso prático. é antes aquilo que nas línguas novilatinas se designa por doutrina; porque a jurisprudência designa nestas língas o conjunto das decisões judiciais; o termo inglês jurisprudence tem um sentido mais próximo do sentido romano. A jurisprudência era a obra dos jurisconsultos que desempenharam um papel capital na fixação das regras jurídicas. Na verdade, os jurisconsultos eram homens muito experientes na prática do direito, quer enquanto davam consultas jurídicas (responsa), quer enquanto redigiam atos e orientavam as partes nos processos, embora aí não interviessem. A autoridade das suas consultas decorria do seu valor pessoal e do seu prestígio social. A partir de Augusto, o imperador teria concedido a certos jursconsultos o benefício (beneficium) do ius respondendi ex auctoriate principis, o direito de resposta sob a autoridade do príncipe; as responsa dos juristas investidos desta nova autoridade continuaram, no entanto puramente privadas, sem valor oficial; não foi senão a partir de adriano que os juízes foram obrigados pela responsa, mas somente em caso de unanimidade dos juristas autorizados.
Apesar do seu caráter privado, os escritos dos jurisconsultos constituíram uma verdadeira fonte do direito na época clássica, não somente pelos seus comentários de textos legislativos e de edito do preto, mas sobretudo pela sua maneira de resolver as lacunas do direito. Pela abundância de matérias tratadas, e pela construção lógica das suas obras, os jurisconsultos elaboraram uma verdadeira ciência do direito.
Ela aparece nos séculos II e I antes de cristo, mas o seu apogeu situa-se nos séculos II e III da nossa era, são conhecidos uns sessenta jurisconsultos desta época, dos quais cerca de metade teria obtido o ius respondendi do imperador, as suas obras chegaram até nós apenas pelos fragmentos recolhidos no Digesto de Justiniano. Apenas as Instituitiones de Gaio, cerca de 160, foram encontradas (só em 1816) quase interamente; é uma obra de caráter didático, que expõe de maneira simples o conjunto do direito privado romano.
Entre as outras obras de jurisconsultos, citemos as Questiones e as Responsa de Papiniano (morto em 212dC), as Sentiae de Paulo, as Regulae de Ulpiano, as obras de Modestino.
17. Quais foram os fatos marcantes que ensejaram a passagem da realeza para a república?
O monopólio do poder pelos patrícios acarretou problemas para a plebe: constantes mobilizações para a guerra, impostos elevados, endividamento e escravidão por dívidas. Para os patrícios, a guerra trazia espólios em terras e escravos. Por isso a plebe começou a fazer reivindicações.
Para forçar os patrícios às concessões, os plebeus fizeram greves e ameaçaram abandonar a cidade. Por esse meio, obtiveram várias concessões: os Tribunos da Plebe ‘494 a.C.); a Lei das Doze Tábuas (450 a.C.), que transformava as leis orais em escritas; a Lei Canuléia (445 a.C.), que autorizava o casamento interestamental, até então proibido.
Mais tarde, os plebeus obtiveram o direito de ocupar as magistraturas inferiores até chegar ao consulado e à ditadura. A Lei Licínia Sextia proibia a escravidão por dívidas; a Assembléia da Plebe (Comitium Plebis), enfim, escolhia os tribunos plebeus e discutia decisões senatoriais do interesse da plebe, votando o plebiscito.
18. Fale sobre a magistratura romana e indique o nome e as atribuições dos principais cargos dela.
Os magistrados eram indicados anualmente e possuíam funções específicas de natureza judiciária e executiva. A seguir as principais magistraturas de Roma:
-Consulado: magistratura mais importante, ocupado por dois militares. Um agia em Roma e outro fora de Roma. Em casos de extrema gravidade interna ou externa, esta magistratura - como de resto, as outras também - era substituída pela DITADURA uma magistratura legal com duração de seis meses.
- Tribunos da plebe: representantes da plebe junto ao Senado. Possuíam o poder de vetar as decisões do Senado que afetassem os plebeus, assegurando assim seus direitos.
- Questor: responsável pela arrecadação de impostos.
- Pretor: encarregado da justiça civil.
- Censor: zelava pela moral pública ( a censura) e realizava a contagem da população ( o censo ).
- Edil: cuidava da manutenção pública -obras, festas, policiamento, abastecimento.
Para completar a organização política, restam as Assembléias que eram em número de três:
-Assembleia Centuriata: a mais importante da República. Responsável pela votação de todas as leis. Monopolizada pelos patrícios.
-Assembleia Tribunícia: composta pelas tribos de Roma. Aqui a votação era coletiva, pela tribo. O número de tribos de patrícios era maior do que de plebeus.
-Assembleia da Plebe: uma conquista dos plebeus. Tinha por finalidade escolher os tribunos da plebe.
As leis votadas nesta assembleia serão válidas a todos os cidadãos, trata-se do plesbicito.
19. Quais eram os órgãos políticos no período da república? Comente.
Os patrícios organizaram o governo republicano de forma a, simultaneamente, monopolizar o poder político em relação à plebe e evitar qualquer tentativa absolutista.
As instituições básicas da República eram o Senado, as Magistraturas e a Assembléia Centuriata.
O Senado era o órgão principal de governo, composto pelos patrícios mais ilustres. Conduzia a política interna e externa. Escolhia os magistrados e controlava o tesouro público. Os senadores eram vitalícios, mas não hereditários.
Os magistrados, escolhidos pelo Senado, eram referendados pela Assembléia Centuriata. Eram anuais (não podiam repetir a magistratura), de origem patrícia e nunca em número de apenas um para cada cargo.
Entre as magistraturas,o Consulado era a mais importante, com dois cônsules dotados de iguais poderes: dentro de Roma, o poder civil (potestas); fora de Roma, o poder militar (imperium). Assim, neutralizavam-se mutuamente, não havendo perigo de um deles assumir o poder absoluto. Em caso de crise interna ou externa excepcionalmente grave, os cônsules eram substituídos por um ditador. A ditadura era uma magistratura legal.
Um só homem tinha poderes absolutos delegados pelo Senado, por um prazo máximo de seis meses, improrrogáveis.
Outros magistrados completavam o quadro das magistraturas: Questores, arrecadadores de impostos; Pretores, incumbidos da justiça civil; Edis, que cuidavam das obras públicas; Pontífices, encarregados das cerimônias religiosas oficiais. Estas magistraturas existiam em 509 a.C. Posteriormente surgiram os Censores, que faziam o recenseamento da população e vigiavam a moral pública, e os Tribunos da Plebe, representantes da plebe junto ao Senado.
20. Quais as formas de dominação romana, explique
21. Quais as fontes do direito no período da república? Comente.
Na república, as fontes de direito são três: costume, a lei e os editos dos magistrados. O costume é a fonte preponderante do direito privado, graças à atividade dos jurisconsultos, que disciplinaram as novas relações sociais pela adaptação das normas primitivas que a tradição transmitira de geração em geração, mas cuja origem se perdera nas brumas de um passado remoto. Os juristas republicanos não formularam doutrina sobre o costume como fonte de direito, o que somente foi realizado pelos jurisconsultos do principado. A lei, que se apresenta em duas formas, a lex rogata (a proposta de magistadro aprovada pelo tribuno da plebe votadas pelos concilia plebe) a lex data (lei emanada de um magistrado pelo poder concedido a ele através dos comícios) e por fim, os editos dos magistrados que tinham a faculdade de promulgar editos (ius edicentdi), dos quais os mais importantes, para a formação do direito, foram os dos magistrados com função judiciária. O edito, a princípio, era uma proclamação oral de uma espécie de programa do magistrado, que posteriormente foi editada numa tábua pintada de branco que recebeu o nome de álbum.
22. Fale sobre a lei das doze tábuas. Como ela foi constituída? Em que período ela foi editada e qual a sua importância.
A marginalização política, a discriminação social e a desigualdade econômica levaram a plebe romana a se rebelar marcando um longo período (dois séculos desde o início da República) de lutas contra os patrícios – ao longo desde período os patrícios tentavam reduzir a revolta popular lançando mão da política do pão e circo, tentando fazer crer que o expansionismo iniciado gerava riquezas, também, à plebe.
Em 493 a.C., a revolta do Monte Sagrado desencadeou as lutas sociais em Roma: os plebeus abandonaram a cidade e somente retornaram após várias concessões feitas pelos patrícios. As camadas populares conquistaram o direito de eleger seus próprios magistrados (tribunos da plebe) que, eleitos através de plebiscitos podiam vetar ou suspender aplicação de atos dos magistrados ou decisões do senado que viessem a prejudicar interesses dos plebeus.
Em 450 a.C., com a criação da Lei das 12 Tábuas, os plebeus conquistaram a igualdade jurídica impondo a transformação das leis orais em leis escritas, tal legislação seria aplicada a ambas as classes.
23. Quais de as características do principado? Comente.
O principado apresentava dupla faceta em Roma e nas províncias. Em Roma, era monarquia mitigada, pois o príncipe era apenas o primeiro cidadão, que respeita as instituições políticas da república. Nas províncias imperiais, era verdadeira monarquia absoluta, porque o príncipe tinha, lá, poderes discricionários.
Mas o principado, como regime de transição da república à monarquia absoluta, encaminhou-se, paulatinamente, para o absolutismo.
Em face das peculiaridades que apresenta o principado, há controvérsia entre os autores modernos sobre a natureza desse regime. Mommsen pretende que ele seja uma diarquia: de um lado o príncipe, e, do outro, o senado. Para Arangio-Ruiz e outros, como Lauria, é o principado um protetorado, em que o príncipe é o protetor e o Estado Romano o protegido. Já De Francisci vê nele a superposição de um novo órgão (o príncipe) às instituições republicanas.
No principado as províncias se dividiam em senatoriais, que são governadas por procônsules, que exercem as funções geralmente de um ano. São auxiliares os legados e um questor. Nelas, continua formalmente o sistema de governo observado na república e as províncias imperiais, mais numerosas, são administradas pelos Legati Augusti, designados, por tempo indeterminado, pelo imperador, e auxiliados pelos comitês e um procurator.
As instituições políticas da república foram, sistematicamente, substituídas com ações mais restritas e cada vez mais, num papel transitório para o absolutismo, diminuindo o poder e raio de ação das magistraturas, como o q, que de anual, passa a semestral, quadrimestral e trimestral até chegar a bimestral, com Nero. Além da Pretura que apesar de resistir ao desmanche de poder e atribuições e a Censura que ficou restrita às funções de redação das listas dos cidadãos romanos, sem contar com a Questura, Edilidade e Tribunato da Plebe que deixaram de exercer os papéis que tinham na república para serem meros coadjuvantes do Principado.
Senado, Comício foram desmantelados e reduzidos de número e importância.
24. Como eram organizados, politicamente, o principado?
As instituições políticas da república foram, sistematicamente, substituídas com ações mais restritas e cada vez mais, num papel transitório para o absolutismo, diminuindo o poder e raio de ação das entidades, além de a organização política sofrer mudanças, como a Magistratura que foi uma sombra da era republicana, não dispondo de comando militar, poderes civis limitados pela tribuna potestas do príncipe. Da magistratura anual, vai diminuindo a vigência, até chegar a bimestral, na época de Nero.
A Pretura, apesar de resistir ao desmanche de poder e atribuições sendo os pretores urbano e peregrino a jurisdição civil. A urbana resiste, a peregrina desaparece no principado, mas outros pretores aparecem como, pretor tutelarisi, encarregado de nomeação dos tutores.
A Censura, nessa época, é reduzida em suas atribuições ficando apenas com as funções de atualização de listas de cidadãos romanos e de coordenação dos recenseamentos realizados por magistrados municipais.
A Questura que contava com 20 magistrados estavam com suas funções, também, reduzidas, sendo que dois deles serviam como secretários do príncipe e os demais limitavam às funções pecuniárias, depois responsáveis por calçamento de ruas e por fim, pelo gerenciamento de lutas.
A Edilidade curul e da plebe, também sofrem o desmantelamento, que antes eram 6, divide-se em duplas de três categorias, edis curuis, plebeus e ceriales e pouco a pouco vão deixando de existir, até sua extinção no século III d.C.
O Senado foi reduzindo-se de 1.000 para 600 e sua influência e funções, na mesma velocidade e proporção, mas na aparência política sua força se apresentava, mesmo sendo direcionada pelo príncipe.
O Comício também é assediado e perde suas funções legislativas, eleitorais e judiciárias. Desde então povo, reunido em comício limitava a aprovar, por aclamação, a lex de império, que proposta pelo Senado, conferia poderes ao novo princeps.
Para que a administração, no principado, pudesse funcionar fazia-se mister, tendo em vista a decadência das magistraturas republicanas que não se coadunavam com o regime pessoal, a organização de aparelhamento administrativo à altura do império com especial atenção ao Modo de Designação, Prerrogativas, Poderes que o príncipe utilizada para consultar suas decisões o consilium princips, órgão estável a partir de Adriano.
25. Qual a importância dos prínceps no império? Explique.
Para que a administração, no principado, pudesse funcionar fazia-se mister, tendo em vista a decadênciadas magistraturas republicanas que não se coadunavam com o regime pessoal, a organização de aparelhamento administrativo à altura do império com especial atenção ao Modo de Designação, Prerrogativas, Poderes que o príncipe utilizada para consultar suas decisões o consilium princeps, órgão estável a partir de Adriano.
A administração criou uma escala hierárquica de funcionários que auxiliavam o Princeps e acima deles, o príncipe, cujo modo de designação, prerrogativas e poderes eram divididos em, Modo de designação, onde não vigorava o princípio da hereditariedade, nem o puramente eletivo: o sucesso era designado, normalmente pelo antecessor. Já as Prerrogativas, que dava ao princeps à cadeira curul, ocupando um local de honra entre os dois Cônsules, vestia, geralmente toga e usava coroa de louros. Os Poderes além da tribunicia potesta, celebravam a paz, declaravam guerra, concluída tratados e fundava e organizava colônias, entre outras atribuições.
26. Quais as principais causas da derrocada do Império Romano? Comente.
Antagonismo entre o Senado e o Imperador 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi o antagonismo entre o Senado e o Imperador. O imperador romano tinha o poder legal para governar os assuntos religiosos, civis e militares de Roma com o Senado atuando como um órgão consultivo. O imperador tinha o poder sobre a vida e a morte. Os poderosos, estragado, ricos imperadores romanos, inevitavelmente se tornaram corruptos e muitos viviam um estilo de vida devassa, iludido e imoral. O Império Romano viu muitos exemplos de antagonismo entre os senadores e os imperadores. Ou os senadores não gostavam do imperador e os Imperadores estavam em desacordo com os senadores.
Declínio nos valores morais 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi o declínio da moral. O declínio da moral, especialmente dos ricos e classes superiores, nobreza e os imperadores, tiveram um impacto devastador sobre os romanos. Comportamento sexual imoral e promíscuo incluindo adultério e orgias. Imperadores como Tibério mantiveram grupos de rapazes para o seu prazer, o incesto por Nero, que também tinha um escravo homem castrado para que ele pudesse levá-lo como sua esposa, Heliogábalo que forçaram uma Virgem Vestal em casamento. Commodus com seus haréns de concubinas enfurecidos romanos sentados no cinema ou nos jogos vestidos com roupas de uma mulher. O declínio moral também aconteceu nas classes mais baixas e os escravos. Festas religiosas, como a Saturnalia e Bacchanalia onde eram praticados sacrifícios, cânticos obscenos, atos obscenos e promiscuidade sexual. Bestialidades e outros atos indecentes e sexualmente explícito foram exibidas no Coliseu arena para divertir a multidão. Bordéis e prostituição forçada floresceram. Jogatinas generalizadas nas corridas de bigas e combates de gladiadores. Consumo massivo de álcool. A crueldade sádica para com o homem e os animais na arena.
A corrupção política e a Guarda Pretoriana   
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi a corrupção política e da Guarda Pretoriana. O poder da Guarda Pretoriana , os soldados de elite que compunham o guarda-costas do imperador, levou a corrupção política e cresceu a tal ponto que este grupo enorme de soldados decidiam se um imperador deveria ser eliminado e quem deveria se tornar o novo Imperador! A história de Sejano, que era o comandante da Guarda Pretoriana durante o reinado de Tibério , ilustra a extensão do poder dos pretorianos. Em um ponto a Guarda Pretoriana vendido em leilão no trono do mundo para o maior lance.
A rápida expansão do Império 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi a expansão rápida do Império. O rápido crescimento nas terras conquistadas pelo Império levou à necessidade de defender as fronteiras e territórios de Roma. Os povos das terras conquistadas, a maioria dos quais eram chamados de bárbaros, odiava os romanos. Os impostos sobre os não-romanos eram altos e constantemente aumentado. Freqüentes rebeliões surgiram.
As guerras constantes e pesados ​​gastos militares 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi a guerras constantes e pesados ​​gastos militares. Guerra constante necessários gastos militares pesados. O exército romano tornou-se sobrecarregados e precisava de mais e mais soldados. Os bárbaros, que havia sido conquistada, e outros mercenários estrangeiros foram autorizados a entrar no exército romano.
Os Bárbaros aprenderam as táticas militares romanas 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foram os Bárbaros conhecerem as táticas militares romanas. O conhecimento que os bárbaros obtiveram do estilo romano da guerra e táticas militares servindo no exército romano finalmente virou-se contra o Império e levou ao saque de Roma pelos visigodos liderados por um ex-soldado do exército, Alaric.
As falhas na economia e alta inflação 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi a economia falha e alta inflação. O Governo foi constantemente ameaçado por falência devido ao custo de defender o Império, a economia na sua falta, tributação pesada e alta da inflação foi mais causas para a queda do Império Romano. A maioria dos habitantes do Império Romano não conseguiu compartilhar a incrível prosperidade de Roma. A quantidade de ouro enviado para o Oriente para pagar por bens de luxo levou a uma escassez de ouro para fazer moedas romanas. Moeda romana foi desvalorizado, a tal ponto que um sistema de troca voltou a uma das maiores civilizações que o mundo já conheceu.
O desemprego das classes trabalhadoras 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi o desemprego das classes trabalhadoras. Trabalho escravo barato resultou no desemprego da plebe em Roma que se tornou dependente de mão-outs do Estado. Os romanos tentaram uma política de comércio irrestrito, mas isso tornou a plebe incapazes de competir com o comércio exterior. O governo, portanto, foi forçado a subsidiar a classe de Romanos trabalhando para compensar as diferenças de preços. Isto resultou em milhares de romanos escolher apenas para viver o desaparecimento sacrificando seu padrão de vida com uma vida ociosa de facilidade. O fosso enorme entre os romanos ricos e os pobres romanos aumentou ainda mais.
O MOB e o custo dos jogos de gladiadores 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano era o "Mob" e o custo dos jogos de gladiadores. Se os milhares de desempregados romanos se tornaram entediados, isso levou a distúrbios civis e tumultos nas ruas. O 'Mob' precisava ser divertido - jogos de gladiadores espetaculares tinham de ser fornecidos. O custo dos jogos de gladiadores nasceu pelos imperadores e, portanto, o Estado, e os políticos corruptos que patrocinaram os jogos de favores e apoio com o 'Mob'. O custo dos jogos de gladiadores finalmente chegou a um terço da renda total do Império Romano.
Diminuir em Ética e Valores 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi o declínio da ética e valores. A vida tornou-se barato - sangue derramado levou a mais derramamento de sangue e crueldade extrema. Os valores, os ideais, costumes, tradições e instituições dos romanos diminuíram. Os princípios básicos, normas e julgamentos sobre o que é valioso ou importante na vida diminuiu. O total desprezo pela vida humana e animal resultou em uma falta de ética - uma visão pervertida do que era certo e errado, bom e mau, desejável e indesejável. Qualquer conformidade com as regras ou padrões aceitáveis ​​de comportamento humano estavam sendo perdidos.
O trabalho escravo 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi o trabalho escravo. O número de escravos aumentou dramaticamente durante os primeiros dois séculos do Império Romano. A dependência do Romano sobre o trabalho escravo levou não só ao declínio na moral, valores e ética, mas também para a estagnação de qualquer nova tecnologia para produzir bens de forma mais eficiente. Os Romanos podiam contar com a mão de obra escravapara todas as suas necessidades, mas essa dependência inibia a mudança tecnológica e o crescimento. O tratamento dos escravos levou a rebeliões e várias (Slave) Guerras Civis, sendo a mais famosa a revolta liderada pelo escravo gladiador Spartacus. Nos séculos posteriores do Império e o advento do cristianismo as atitudes em relação aos escravos mudaram. Com alforria (o ato de libertar um escravo), o número de escravos declinou juntamente com a mão de obra que Roma era dependente.
Os desastres Naturais 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foram os desastres naturais. Durante o tempo do Império Romano, havia não só as guerras estrangeiras, guerras civis, lutas de rua, incêndios e revoltas também houveram desastres naturais, como pragas, fomes e terremotos. Como em todas as épocas e sociedades as pessoas procuravam por alguém para culpar e religiões diferentes a quem recorrer.
O cristianismo 
Uma das principais causas para a queda do Império Romano foi o cristianismo. A vida e o futuro parecia sem esperança para as milhões de pessoas que foram governados por Roma, onde uma morte prematura era quase inevitável. O cristianismo ensina a crença na vida após a morte, que deu esperança e coragem para os desesperados. Eventualmente, o imperador romano, Constantino, o Grande , proclamou-se a um decreto Christian e emitiu prometendo aos cristãos seu favor e proteção. Atitudes no Império Romano mudou passou ser antagônico ao tornar-se pacifista.
Invasões Bárbaras 
A última das causas para a queda do Império Romano foi a invasão bárbara. Roma tinha inimigos estrangeiros ferozes. Havia grandes exércitos bárbaros que consiste de guerreiros, como os visigodos, hunos e vândalos. O golpe de morte final para o Império Romano foi causado por esses bárbaros. A cidade de Roma foi saqueada pelos visigodos em 410 e pelos vândalos em 455 de sinalização a desintegração da autoridade romana ea Queda do Império Romano.
Império Romano 
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27. Quais as fontes do direito no principado? Comente cada uma delas.
Costume: Alguns juristas entendem que o Costume não seja uma fonte em si, mas um fato, tendo em vista que logo que um costume começava a ser formado um Pretor podia acolhê-lo em seu edito, dando característica de norma.
Leis Comiciais: No tempo de Augusto, os comícios votam uma série de leis propostas por ele com base em sua Tribunicia Ordinibus. Caiu em desuso com a ascensão de Tibério e Claudio, sendo abolido e deixado de ser exercido pelos comícios.
Edito dos Magistrados: Na república tinha um peso maior, editado e proclamado pelos Pretores, passou a ser uma cópia das edições do passado, perdendo importância pela imutabilidade dos textos, sendo fixados por Sálvio, a mando de Adriano. A partir de então o pretor só poderia criar novos meios processuais por solicitação do Princeps ou do Senado.
Senatusconsultos: Pelo desgaste dos poderes legislativos dos comícios e tendo um passado renegado à segundo plano na república, os senatusconsultos passariam de consultores às fontes do direito no Principado, enquanto os Princeps não amadureciam as bases para usurpar o poder do legislativo.
Constituições imperiais: Embora, formalmente, não tenha recebido o poder de legislar, o Principe utilizou de artifícios e conquistou tais direitos, depois de absorver as funções de magistrados chave, mesmo não sendo considerado uma fonte do direito a qualquer momento, o era, se em sua proposta houvesse um novo preceito jurídico.
Responsa Prudentium: O que nasceu como atividades particulares dos Jurisconsultos, dando assistências às partes da lide, Augusto transformou em fonte do Direito, criando o ius respondendi ex auctoritate principis, pela qual o príncipe outorgava alguns juristas uma espécie de patente, pela qual suas respostas tinham valor maior que a dos juristas sem o ius respondendi.
28. Indique alguns dos principais jurisconsultos do período, falando sobre seus trabalhos.
Gaius (Gaio), deixou mais de 500 fragmentos, cuja obra máxima, as Institutas, em 4 livros, que serviram de modelo para as Institutas de Justiniano. Gaio, também é autor das Res cottidianae sive aureae;
Definições claras, simples e diretas, como, por exemplo, a de "lei", de "plebiscito" e de "edito", estão presente em seu texto. Também aqui há divisão do direito em três partes, usual na época: "pessoas", "coisas" e “ações”.
Dentre outras coisas, Gaio trata das relações entre senhores e escravos na Roma Antiga. Segundo o jurista: ele não possuía nada, era apenas uma propriedade e instrumento do senhor. Essa é a base da relação senhor-escravo, no modo de produção escravista. Justifica a submissão dos escravos ao poder do Dominus, argumentando que a dominação é consagrada no direito dos povos. Ele recomenda que ela não seja absoluta pois os cidadãos de sua época, Império Antonino, não deveriam castigar um escravo em excesso e sem motivo.
Papinianus (Papiniano), denominado o ―príncipe dos jurisconsultos‖, deixou perto de 600 fragmentos, cheios de sabedoria jurídica. ―Sempre que se verificava empate entre opiniões de Gaio, Paulo, Ulpiano e Modestino, o parecer de Papiniano é que prevalecia, nesse verdadeiro tribunal dos mortos, invocado na chamada Lei das citações, da época dos imperadores Teodósio II e Valentiniano III; Juntamente com as obras de outros famosos juristas como Gaio, Paulo, Ulpiano, Modestino e Tribuniano, convenceram o Imperador de Romano (211-217) Caracala (188-217) estender o direito de cidadania a todos os habitantes das províncias. Dessa medida inclusive resultou a melhoria para o tesouro. Dentro de um estilo muito sóbrio escreveu Responsa (19 livros), Quastiones (37 livros) e Definitionis (2 livros). Os juristas romanos como ele, Paulo e Gaio, influenciaram na economia positivamente com suas investigações sobre a escravatura, natureza e significado do dinheiro, os interesses da população, separação e direito a liberdade de culto etc. Pregaram o direito a propriedade com a característica de uso e o reconhecimento à imunidade do indivíduo ante os atos arbitrários do Estado. 
Ulpianus (Ulpiano), autor da obra Regularum Libre e da clássica divisão do Direito em Público e Privado, é colocado logo após Papiniano por sua grande cultura, clareza e precisão; Caracterizado por seu espírito humanista e eqüitativo, cuja obra foi fundamental na evolução do direito romano e bizantino.Banido por Heliogábalus (203-222), depois da morte de Caracala (217), voltou a Roma a chamado de Alexandre Severo e, nomeado como seu principal conselheiro e que, responsabilizando-se pelas petições, trouxe para Roma a tolerância para com os cristãos. Foi nomeado prefeito do suprimento de trigo e prefeito pretoriano, ou seja, comandante da guarda pretoriana (222). Ao procurar limitar o poder dos pretorianos, infelizmente foi assassinado por eles em Roma. Destacam-se em sua obra as coleções Libri ad Sabinum (Livros contra Sabino) e Libri ad edictum praetoris urbani (Livros sobre os editos dos pretores urbanos), comentários sobre direito privado, penal e administrativo.
Paulus (Paulo), autor das Sententiae, um dos remodeladores do Direito Romano pelos seus comentários dos textos legislativos e pela sua maneira de resolver as lacunas do Direito; Paulo faz a clássica distinção entre justo natural e justo positivo, resgatando aos romanos , desta forma, a distinção aristotélica entre justo em si e justo civil, originário das opiniões e convenções entre homens determinadas cidades. 
Modestino, autor de várias obras e comentários jurídicos, último dos jurisconsultos clássicos, viveu no século III d.C. Autor de 19 livros de Reponsae, várias monografias sobre diversos temas como, por exemplo, matrimônios;
DIVISÃODAS LEIS POR MODESTINO
Imperativas: Determinavam o comportamento;
Proibitivas: Proibiam o comportamento;
Permissivas: Permitiam o comportamento;
Punitivas: Aplicavam sanção ao descumprimento legal.
29. Quais as principais características do Dominato? Comente.
O Dominato era uma monarquia despótica e militar, semelhante ao helenístico, ou seja, o poder do governante tinha uma fundamentação religiosa. O nome dessa instituição derivou de dominus (senhor), que foi como passaram a se intitular os imperadores a partir de Diocleciano.
No governo de Diocleciano, foi criada a Tetrarquia. Para melhorar a defesa das fronteiras, principalmente com a pressão dos bárbaros, o Império foi dividido em quatro partes, cada uma delas com governo próprio. Na economia, Diocleciano tentou reduzir a inflação, por meio do Edito Máximo que consistia na fixação dos preços máximos para os produtos comercializados e um limite de ganhos sobre a jornada de trabalhos.
Em 313, Constantino assumiu o poder e restabeleceu a unidade imperial, valorizando a ideia de que a base do Império estava fundada nas províncias do Oriente. Instituiu o Edito de Milão, no qual reconheceu a religião cristã, transformando-a na mais importante de Roma. Ainda no século IV, os bárbaros iniciaram as invasões em busca de terras férteis. Em 378, os visigodos investiram contra o Império Romano, vencendo-o na batalha de Adrianópolis.
Teodósio foi o último imperador uno, instituindo o Edito de Tessalônica, em 330, pelo qual a religião cristã tornava-se oficial do Império.
30. Como se deu a organização política no Dominato? 
Regime de transição entre república e monarquia absoluta. Se em Roma, os príncipes eram, somente, o primeiro cidadão, nas províncias era ela o monarca. Com o passar do tempo os príncipes vão firmando seu poder também dentro de Roma. A rotatividade de imperadores era grande, pois não conseguiam se firmar como tal, até que Dioclesiano terminou com a crise, deixando de lado a política seguida por Augusto, bem como a antiga constituição. Constantino aprimorou e manteve as bases da obra iniciada por Dioclesiano.
Devido a vastidão do império e problemas estruturais da organização causada por essa complexidade, Dioclesiano resolveu dividir o império em Ocidental e Oriental, continuando, ele, ainda uno nas questões jurídicas. Por manutenção de poder, Dioclesiano não passou à Maximiniano todo poder prometido no Ocidente, ficando este sob o primeiro. A essa organização deu-se o nome de Tetrarquia, pois haviam dois césares e dois augustos.
Instituições políticas: Abaixo do Imperador, encontra-se os dignates, palatinae e dignates do Estado. À primeira, pertenciam os magister officiorum, quaestor sacri palatii, comes sacrarum, largitionum. Comes rerum priuatarum. Os dignatários do Estado ou eram funcionários civis ou militares, como exemplos da formação do corpo de dignitários.
Organização provincial: Como as antigas provicias era muito extensa para que pudesse haver integral subordinação aos delegados do poder central foram elas fracionadas em novas província com território reduzido.
31. Quais as principais fontes do direito no Dominato?
No principado, por ser período de transição, encontramos o maior número de fontes de direito que Roma conheceu sob determinado redime. No dominato (monarquia absoluta), há apenas uma fonte atuante de criação organizada do direito: a constituição imperial (então denominada lex). A seu lado, persiste o costume como fonte espontânea de direito, mas limitado a preencher as lacunas das constituições imperiais, sendo pequena sua importância para o direito privado. No entanto continuavam em vigor as normas decorrentes das fontes de direito dos períodos anteriores, desde que não revogadas.
Há uma decadência da jurisprudência, pois há falta de juristas, mas práticos, que por sua vez detém-se à continuidade de normas e decisões já em vigor.
Com isso, advogados habilidosos, invocavam as normas e jurisprudências escritas no passado, por jurisconsultos anteriores para induzir juízes ao erro.
Com o aumento de falhas, induzidas ou não, Teodósio II , quase um século depois, determinou que apenas os escritos de cinco jurisconsultos, já mortos, poderiam ser utilizados como fonte (Gaio, Papiniano, Ulpiano, Paulo e Modestino
 
32. Fale sobre Corpus Iuris Ciuvilis. Como ele foi editado, de quantos livros ele é composto e qual sua importância para o direito?
Pouco depois de assumir o poder, Justiniano, além de perceber a importância de salvaguardar a herança representada pelo direito romano, viu também a necessidade de reorganizar a legislação que se mantinha em vigor na época e a indispensabilidade de se manter as normas de direito romano,e assim, em 528, um ano após ter-se tornado imperador, nomeou uma comissão de dez membros para realizar um trabalho de seleção, catalogação e compilação das constituições imperiais vigentes (leis emanadas dos imperadores desde o governo do imperador Adriano, um confuso amontoado legislativo). O encarregado dessa comissão foi Triboniano, ministro da justiça do imperador, professor de direito da escola de Constantinopla e jurisconsulto de grande mérito. Triboniano podia nomear uma comissão para ajudá-lo e cercou-se de juristas, advogados e quatro professores, dentre os quais se destacaram Teófilo, professor da escola de Constantinopla, e Leôncio, professor da escola de direito de Berito (Beirute), com os quais inicia o enorme trabalho de compilação.
A missão dos compiladores completou-se em dois anos. O Código era destinado a substituir o Gregoriano, o Hermogeniano, asconstituições particulares e o Código Teodosiano de 438. Em 7 de abril de 529, com a constituição Summa rei publicae, o imperador publica o código, intitulado Novus Justinianus Codex (Código Novo de Justiniano), e estabelece que entraria em vigor em 16 de abrildaquele ano. Essa primeira obra não chegou até nós pois foi substituída por outra, já em 534. Assim, ficou conhecido por Codex Vetus(Código Velho), em contraposição ao de 534, chamado de Código Novo.
Quatro Livros – institutas (material escolar), Digesto (compilação dos iura (direito contido nas obras dos jurisconsultos clássicos), Código (compilação das leges, constituições imperiais) e Novelas (reunião das constituições promulgadas por Justiniano)
Institutas, manual escola, resumo do Digesto, divididas em quatro livros, em título e estes em parte inicial e parágrafos.
Digesto, compilação dos iura, compostos por 50 livros, divididos em títulos, subdivididos em leis ou fragmentos, parte inicial e parágrafos.
Código, compilação das leges, constituído de 12 livros, divididos em títulos, subdivididos em leis, parte inicial e parágrafos.
Novelas, reunião das constituições promulgadas por Justiniano, se integram de constituições imperiais que apresentam prefácio, capítulos e epílogo.
Em 1538, toda essa obra recebeu o nome de Corpus Iuris Ciuvilis.
33. O que são interpolações? Quais os métodos de sua identificação?
Para que tudo isso entrasse em prática, foram necessários ajustes textuais, fragmentos, supressões ou acréscimos nos fragmentos dos jurisconsultos clássicos ou nas constituições imperiais. São as interpolações, que podem ser identificadas através de método, estudados e definidos ao longo dos séculos.
Das interpolações distinguem-se as glossemas, denominação dada em geral aos erros dos copistas, ou então, às alterações introduzidas, antes da época de Justiniano, nas obras de juristas clássicos por particulares ou comissões legislativas como o que organizou o Código Teodosiano.
O estudo das interpolações iniciou-se quando os jurisconsultos da Escola Culta procuraram, com a identificação das substituições, supressões e acréscimos introduzidos nos textos que integram o Corpus Iuris Civilis, restaurar o direito clássico romano em sua pureza.
Os métodos de identificação utilizados era, o textual, quando a interpolação pode ser demonstrada quando o mesmo texto clássico chegou, apenas com redações diferentes. A interpolação histórica, anacronismo em texto do período clássico.

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