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Avaliação A2 - Filosofia e direitos humanos

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Avaliação A2 – Filosofia do direito e direitos humanos
No Brasil, a Constituição Federal é não só a lei fundamental, como também suprema do Estado. A sua natureza é normativa, reinando de forma absoluta no nosso ordenamento, devendo ter preferência sobre qualquer disposição convencional. É de se destacar que, como regra, o tratado só será considerado como norma a ser seguida no sistema brasileiro, se for aceito e inserto no ordenamento pelas vias próprias e seguindo o procedimento adequado. No entanto, há uma problemática envolvendo os tratados internacionais de direitos humanos no Brasil. Pergunta-se:
a) Qual a posição hierárquica de equivalência dos tratados internacionais e de direitos humanos no ordenamento jurídico brasileiro? Explique.
Resposta: Os tratados internacionais possuem no ordenamento jurídico hierarquia de lei ordinária, podendo ser revogados posteriormente, sendo que esse posicionamento foi consolidado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 80.004.
Os tratados internacionais de direitos humanos aprovados por quórum qualificado, presente no artigo 5°, §3° da Constituição Federal, qual seja, em cada Casa do Congresso Nacional por dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros serão recepcionados como Emenda Constitucional, regra definida na Emenda Constitucional 45 de 2004.
Caso o tratado internacional não obtenha esse quórum de votação terá eficácia de lei supralegal, abaixo somente da Constituição Federal.
b) Há diferença hierárquica entre os tratados internacionais de direitos humanos no Brasil? Explique.
Resposta: Sim, existe diferença hierárquica entre tratados internacionais de direitos humanos no ordenamento jurídico brasileiro, pois aprovado com quórum qualificado do artigo 5°, §3° da Constituição Federal, ele terá status de Emenda Constitucional e caso seja aprovado com quórum inferior terá status de norma supralegal, ou seja, acima das leis e abaixo da Constituição Federal, não perdendo sua eficácia em razão de norma posterior.
2. Os direitos humanos podem ser objeto de classificação, o que significa dizer que há um ou mais critérios de análise, sem que eles percam sua essência. Um dos critérios adotados cuida das “gerações” de direitos humanos. Pergunta-se:
a) A denominação “gerações” é adequada para classificar os direitos humanos? Explique.
Resposta: Segundo a doutrina o termo é imperfeito, tendo em vista que passa a ideia de que uma geração nova substitui a anterior, não sendo essa a característica dos direitos humanos, pois cada direito complementa o outro, não havendo hierarquia entre eles. 
Destaca-se que o termo mais adequado segundo doutrinadores é “dimensão”.
b) Quais são as “gerações” de direitos humanos. Explique cada uma delas.
Resposta: Há no ordenamento jurídico cinco dimensões, sendo que a primeira dimensão diz respeito aos direitos de liberdade, que engloba direitos civis e políticos, que possuem características subjetivas, pois todos os seres humanos possuem esse direito reconhecido.
A segurança dimensão traz os direitos de igualdade, sendo composta por direitos econômicos, sociais e culturais, que buscam regulamentar as relações de trabalho, educação, cultura, saúde, moradia, previdência e alimentação.
A terceira dimensão destaca os direitos de solidariedade ou fraternidade, sendo composta pelos interesses difusos e coletivos, ou seja, trata sobre os interesses da coletividade, sendo eles o direito a paz, ao desenvolvimento, ao meio ambiente, ao patrimônio comum da humanidade, autodeterminação e o direito à comunicação.
A quarta dimensão trata sobre o direito dos povos, tendo como objetivo a preservação do homem, sendo que direitos a biossegurança, direito a democracia, contra a globalização descontrolada e a inclusão digital.
Há ainda a quinta geração, que coloca a paz como um direito, em razão de terrorismos internacionais, mas ressalta-se que há doutrinadores que apenas reconhecem três dimensões, estando a paz dentro da terceira dimensão. 
3. Em Filosofia do Direito, explique a Teoria das Leis, de acordo com Tomás de Aquino (1225-1274).
Resposta: O Tratado das leis, obra de Tomás de Aquino, traz a teoria das leis, que dispõe que a lei possui diversos sentidos, possuindo-a 4 origens, sendo elas, a lei eterna, a lei divina, a natural e a lei humana. 
A lei eterna é a promulgada por Deus, sendo que não possibilidade de alterações humanas, tendo em vista que são incompreensivas para os homens, em razão do pecado original. 
A lei divida é aquela expressada por Deus, que foi dada ao ser humano através do novo e antigo testamento, passando noções de moralidade e justiça.
A lei natural é aquela que o ser humano exterioriza motivado pela razão.
A lei humana é aquela oriunda das relações humanas, que geram acordos entre membros da sociedade, devendo seguir parâmetros determinados na lei natural, caso não aconteça serão considerados como injustos e ilegítimos.

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