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Relatório UBS - Completo (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
CAMPUS ALPHAVILLE 
ICS – CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
REGINA GOMES DE LIMA LOPES FILHA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTANA DE PARNAÍBA 
2021
 
REGINA GOMES DE LIMA LOPES FILHA C5778B-0 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 
 
 
Relatório de estágio em saúde pública do curso de 
Nutrição para obtenção de aprovação em estágio 
curricular obrigatório apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
Orientadora: Prof. Hellen Coelho 
 
 
 
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SANTANA DE PARNAÍBA 
2021 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
 1.1. Atenção primária a saúde .................................................................................. 4 
 1.1.1. O Sistema Único de Saúde (SUS) ................................................................... 4 
 1.1.2. Ações e Programas ......................................................................................... 5 
 1.2. Atendimento de pessoas com deficiência em Instituições beneficentes ............. 7 
1.3. Histórico sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência ......... 7 
 1.3.1 Suas Diretrizes .................................................................................................. 8 
1.4. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência – Estatuto da Pessoa com Deficiência) ................................................... 8 
 1.4.1. Capítulo III – Do Direito à Saúde ..................................................................... 9 
 1.5. Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.................................................. 10 
 1.5.1. Suas Diretrizes ............................................................................................... 10 
 1.5.2. Seus Objetivos ............................................................................................... 11 
1.6. Reabilitação de pessoas com deficiência .......................................................... 12 
 1.6.1 Centros Especializados em Reabilitação (CER) ............................................. 12 
1.7. Diretrizes de Atenção à Pessoa com Paralisia Cerebral ................................... 12 
 1.7.1. Estado nutricional e avaliação antropométrica de pessoas com paralisia 
cerebral (PC) ............................................................................................................... 12 
 1.8. Atuação do nutricionista na atenção primária .................................................. 13 
 1.8.2. Junto às pessoas com deficiência ................................................................. 14 
 1.8.3. Efeito de terapias nutricionais na reabilitação de pessoas com deficiência. .. 14 
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 16 
 2.1 Descrição do município e período de estágio.................................................... 16 
 2.2. Atendimento clínico ambulatorial aos assistidos com deficiência .................... 17 
 2.3. Atividades desenvolvidas na instituição ........................................................... 17 
 2.3.2. Elaboração do artigo ...................................................................................... 18 
3. AVALIAÇÃO CRÍTICA DA REALIDADE ENCONTRADA NA INSTITUIÇÃO .......... 19 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 20 
5. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 21 
6. ANEXOS .................................................................................................................. 24 
 6.1 ANEXO 01 ......................................................................................................... 24 
 6.2. ANEXO 02 ........................................................................................................ 29 
 6.3. ANEXO 03 ........................................................................................................ 34 
 6.4. ANEXO 04 ........................................................................................................ 35 
 6.5. ANEXO 05 ........................................................................................................ 42 
 6.6. ANEXO 06 ........................................................................................................ 47 
 6.7. ANEXO 07 ........................................................................................................ 48 
 6.8. ANEXO 8 .......................................................................................................... 50 
 6.9. ANEXO 9 .......................................................................................................... 52 
 6.10. ANEXO 10 ...................................................................................................... 53 
 6.11. ANEXO 11....................................................................................................... 
Erro! Indicador não definido. 
 6.12. ANEXO 12....................................................................................................... 55 
4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1. Atenção primária a saúde 
A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de atenção em saúde e se 
caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que 
abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo 
de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde 
das coletividades. (BRASIL, 2021) 
Trata-se da principal porta de entrada do SUS e do centro de comunicação com 
toda a Rede de Atenção dos SUS, devendo se orientar pelos princípios da 
universalidade, da acessibilidade, da continuidade do cuidado, da integralidade da 
atenção, da responsabilização, da humanização e da equidade. Isso significa dizer que 
a APS funciona como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de 
saúde, dos mais simples aos mais complexos. (BRASIL, 2021) 
No Brasil, a Atenção Primária é desenvolvida com o mais alto grau de 
descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. 
Há diversas estratégias governamentais relacionadas, sendo uma delas a Estratégia de 
Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio 
das Unidades de Saúde da Família (USF), por exemplo. Consultas, exames, vacinas, 
radiografias e outros procedimentos são disponibilizados aos usuários nas USF. 
(BRASIL, 2021) 
 
1.1.1. O Sistema Único de Saúde (SUS) 
A Constituição Federal de 1988 definiu, em seu artigo 196, que a saúde é direito 
de todos e dever do Estado. Com o intuito de alcançar este objetivo, foi criado o Sistema 
Único de Saúde (SUS). O SUS é o maior sistema público de saúde do mundo, 
atendendo a cerca de 190 milhões de pessoas, sendo que 80% delas dependem 
unicamente do sistema para tratar da saúde (BRASIL) 
Com a sua criação, o Sistema Único de Saúde proporcionou o acesso universal 
ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não 
apenas os cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde 
a gestação e por toda a vida, com enfoco na saúde e qualidade de vida. Dessa 
maneira, o SUS, juntamente com as demais políticas, deve agir na promoção da 
saúde, prevenção de agravos e recuperação da saúde. (BRASIL. 2017). 
A Lei n. 8.080/90, Art. 7º descreve que as ações e serviçospúblicos de saúde 
5 
 
e os serviços privados contratados ou conveniados que agregam o Sistema Único de 
Saúde (SUS), são desenvolvidos conforme as diretrizes previstas no art. 198 da 
Constituição Federal. 
O SUS é um projeto que adota e consagra os princípios da Universalidade, 
Equidade e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira, capaz de garantir 
o acesso universal da população a bens e serviços que garantam sua saúde e bem-
estar, de forma equitativa e integral (BRASIL,2000). 
A descentralização é entendida como uma redistribuição das responsabilidades 
quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia 
de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. 
A regionalização e a hierarquização implicam que a rede de serviços do SUS 
deve ser organizada de forma que todas as regiões contem com serviços de saúde de 
diferentes níveis de atenção que se articulam a partir da sua hierarquização, permitindo 
conhecimento maior dos problemas de saúde em uma área delimitada (GOMES et 
al.,2008). 
 
1.1.2. Ações e Programas 
No Brasil, há diversos programas governamentais relacionados à atenção básica, 
sendo um deles a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços 
multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 
por exemplo. Consultas, exames, vacinas, radiografias e outros procedimentos são 
disponibilizados aos usuários nas UBSs. 
A atenção básica também envolve outras iniciativas, como: as Equipes de 
Consultórios de Rua, que atendem pessoas em situação de rua; o Programa Melhor em 
Casa, de atendimento domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o 
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), que busca alternativas para 
melhorar as condições de saúde de suas comunidades. (BRASIL, 2021) 
 Estratégia Saúde da Família (ESF) - a Estratégia de Saúde da Família tem como 
objetivo reorganizar a atenção básica em todo território brasileiro, seguindo as leis do 
SUS, reconhecida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais 
(CONASS E CONASEMS), como uma estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da atenção básica por favorecer a reorientação do processo de trabalho 
com potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, 
de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, 
além de melhorar a relação custo-efetividade. Essas equipes são formadas por no 
6 
 
mínimo um médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico em enfermagem, e agentes 
comunitários, podendo ser acrescentados profissionais de saúde bucal. (BRASIL, 2012) 
 Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF) - foram criados 
com o objetivo de ampliar a abrangência e aumentar a resolubilidade das ações da 
atenção básica. Essas equipes fazem parte da atenção básica, mas não são 
consideradas unidades físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso, 
necessitam de regulação pelas equipes da atenção básica, e são compostas por 
multiprofissionais que atuam diretamente com as equipes de Saúde da Família (ESF), 
equipes de atenção primaria, e com o Programa Academia da Saúde, o que possibilita 
o compartilhamento do atendimento entre os profissionais, tanto na UBS, como nos 
indivíduos e coletividade que recebe visitas domiciliares, permitindo assim ações 
conjuntas para melhora das intervenções na saúde, com foco na prevenção e promoção 
de saúde, em trabalho conjunto com as Equipes de Saúde da Família busca contribuir 
para a integralidade do atendimento aos usuários do SUS, bem como a equidade deste 
atendimento (BRASIL, 2013) 
 Assistência Farmacêutica no SUS - No ano de 1998, foi publicada a 
Política Nacional de Medicamentos (PNM), por meio da Portaria GM/MS n. 3916, tendo 
como finalidades principais: 
- Garantir a necessária segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos. 
- A promoção do uso racional dos medicamentos. 
- O acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais. 
(CONASS, 2007) 
A reorientação da Assistência Farmacêutica está fundamentada na 
descentralização da gestão, na promoção do uso racional dos medicamentos, na 
otimização e eficácia do sistema de distribuição no setor público e no desenvolvimento 
de iniciativas que possibilitem a redução nos preços dos produtos. A Política Nacional 
de Medicamentos estabelece as responsabilidades para cada uma das três esferas de 
gestão. No que tange à estadual, cabe em caráter suplementar, formular, executar, 
acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde. (CONASS, 
2007) 
 Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) - o Estado Brasileiro, 
ocupado com a construção de uma nova abordagem para atuar no combate à fome, à 
pobreza e na promoção da alimentação adequada e saudável, publicou a Lei 
11.346/2006 – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (BRASIL, 2006a) e o 
Decreto 7.272/2010 - Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Tanto a 
Lei como o Decreto apresentam, entre as suas bases diretivas, o fortalecimento das 
7 
 
ações de alimentação e nutrição no sistema de saúde, sendo assim, a Política Nacional 
de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das condições de 
alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas 
alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e 
o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. (BRASIL, 2013) 
 
1.2. Atendimento de pessoas com deficiência em Instituições beneficentes 
A assistência de pessoas com deficiência segue o instrumento que orienta as 
ações do setor Saúde voltadas a esse segmento populacional, adota o conceito fixado 
pelo Decreto n.º 3.298/99, que considera “deficiência – toda perda ou anormalidade de 
uma estrutura e/ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade 
para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser 
humano; deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um 
período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que 
se altere apesar de novos tratamentos; e incapacidade – uma redução efetiva e 
acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, 
adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência 
possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao 
desempenho de função ou atividade a ser exercida”. (BRASIL, 2008) 
O atendimento de pessoas com deficiência em instituições beneficentes está 
regulamentado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei nº 13.146 
de 06 de julho de 2015. São classificadas como entidades de apoio, de abrigo ou de 
longa permanência. O artigo nº 186 define que “as entidades não-governamentais de 
atendimento à pessoa com deficiência devem proceder à inscrição de seus programas, 
especificando o regime de atendimento, junto ao Conselho Municipal dos Direitos das 
Pessoas com Deficiência, o qual manterá registro das inscrições e de suas alterações”. 
Para a inscrição, devem atender alguns requisitos, como oferecer instalações físicas em 
condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança, de acordo 
com as normas previstas em lei e com as especificidades das respectivas áreas de 
atuação. (BRASIL, 2019) 
 
1.3. Histórico sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência 
Os dados sobre deficiências no Brasil indicam que, até a última década do século 
XX, o país ressentia-se da inexistência de dados oficiais sobre a população com 
deficiência. Os estudos, as pesquisas e os projetos voltados para essa população 
8 
 
tomavam como referência a estimativa da OMS segundo a qual 10% da população deum país, em tempos de paz, possui algum tipo de deficiência. (BRASIL, 2008) 
 
1.3.1 Suas Diretrizes 
Para que as Políticas Nacionais de Saúde da Pessoa Deficiente funcionem, são 
estabelecidas as seguintes diretrizes, as quais orientarão a definição ou a readequação 
dos planos, dos programas, dos projetos e das atividades voltados à operacionalização 
da presente Política Nacional: 
• Promoção da qualidade de vida das pessoas portadoras de deficiência; 
• Assistência integral à saúde da pessoa portadora de deficiência; 
• Prevenção de deficiências; 
• Ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação; 
• Organização e funcionamento dos serviços de atenção à pessoa portadora 
de deficiência; 
• Capacitação de recursos humanos. (BRASIL, 2008) 
É de responsabilidade do Ministério da Saúde (MS) coordenar o processo de 
formulação, implementação, acompanhamento, monitoramento e avaliação da política 
de saúde da pessoa com deficiência, observados os princípios e diretrizes do SUS, por 
meio de cooperação/assessoria técnica a Estados, Municípios e ao Distrito Federal para 
o desenvolvimento de ações e da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. 
É de fundamental importância a articulação intra e intersetorial, incluindo os 
movimentos sociais, organizações não governamentais e instituições afins e a 
transversalização para o desenvolvimento das ações da política de saúde para a pessoa 
com deficiência, que inclui o fomento e a promoção de mecanismos para a formação, a 
capacitação de recursos humanos, assim como pesquisas relacionadas à atenção à 
saúde da pessoa com deficiência. (BRASIL, 2020) 
 
1.4. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência – Estatuto da Pessoa com Deficiência) 
Conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a Lei nº 
13.146, de 6 de julho de 2015 objetiva assegurar e promover, em condições de 
igualdade, os exercícios dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com 
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Para tal, é considerada pessoa 
com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, 
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir 
9 
 
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as 
demais pessoas. (BRASIL, 2019). 
 
1.4.1. Capítulo III – Do Direito à Saúde 
A lei prevê que a atenção integral à saúde da pessoa com deficiência seja 
assegurada em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantindo 
acesso universal e igualitário. Assim como, sua participação na elaboração das políticas 
de saúde a ela destinada, atendimento especializado de acordo com as suas 
especificidades. É fornecido aos profissionais que prestam a assistência a esses 
indivíduos, capacitação inicial e continuada, principalmente em serviços de habilitação 
e reabilitação. (BRASIL, 2019) 
A lei deve assegurar ações e serviços de saúde pública como: 
- Diagnostico e intervenção precoce, realizados por equipe multidisciplinar; 
- Serviços de habilitação e reabilitação sempre que necessário; 
- Atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação; 
- Campanhas de vacinação; 
- Atendimento psicológico, inclusive para familiares e atendentes pessoais; 
- Respeito à especificidade, à identidade de gênero e a orientação sexual da 
pessoa com deficiência; 
- Atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; 
- Informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares 
sobre sua condição de saúde; 
- Serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de 
deficiências e agravos adicionais; 
- Promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam 
no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem 
como orientação a seus atendentes pessoais; 
- Oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, 
insumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde. 
As diretrizes deste artigo aplicam-se também a instituições privadas que 
participam de forma complementar do SUS, ou que recebam recursos públicos para sua 
manutenção, sendo assim, as operadoras de planos e seguros de saúde são obrigadas 
a garantir à pessoa com deficiência, todos os serviços e produtos ofertados aos demais 
clientes, sendo vedado todas as formas de discriminação contra a pessoa com 
deficiência, inclusive por meio de valores diferenciados em razão de sua condição. 
Quando esgotados os meios de atenção à saúde domiciliar do indivíduo com deficiência, 
10 
 
este, sera prestado fora do domicilio, garantidos o transporte e a acomodação da pessoa 
com deficiência e de seu acompanhante, bem como o direito ao acompanhante em caso 
de internação. (BRASIL, 2019) 
Os espaços dos serviços de saúde, seja ele público ou privado, sevem assegurar 
o acesso do indivíduo com deficiência , mediante a remoção de barreiras, por meio de 
projetos arquitetônicos, de ambientação de interior e de comunicação que atendem as 
especificidades dos indivíduos com deficiência física, sensorial, intelectual, e mental. 
(BRASIL, 2019) 
 
1.5. Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência 
O direito universal à saúde, consolidado a partir do Sistema Único de Saúde 
(SUS), possibilitou a incorporação das necessidades das Pessoas com Deficiência 
(PcD) às políticas públicas de saúde. Neste contexto, foi instituída, por meio da Portaria 
nº 793 de 24 de abril de 2012, a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD) 
no âmbito do SUS com o objetivo de ampliar o acesso, qualificar o atendimento em 
saúde, promover a vinculação das PcD e suas famílias aos pontos de atenção à saúde 
e garantir a articulação e a integração desses pontos nos territórios, a implantação 
dessa política como meio de ampliar a capacidade de acolhimento, cuidado à saúde e 
qualidade de vida das PcD exige pesquisas, debates e reflexões contínuas sobre os 
desenhos da rede nas diferentes realidades regionais frente à diversificação e às 
dimensões do Brasil. (DUBOW, 2018) 
 
1.5.1. Suas Diretrizes 
São diretrizes da rede para as pessoas com deficiência: 
 I - Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das 
pessoas; 
II - Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; 
III – Enfrentamento aos estigmas e preconceitos, promovendo o respeito pela 
diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência; IV - Garantia do acesso e da 
qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a 
lógica interdisciplinar; 
V - Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; 
VI - Diversificação das estratégias de cuidado; 
VII- Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social 
com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; 
11 
 
VIII- Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e 
controle social dos usuários e de seus familiares; 
IX - Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com 
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; 
X - Promoção de estratégias de educação permanente; 
XI - Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com deficiência física, 
auditiva, intelectual, visual, ostomia e múltiplas deficiências, tendo como eixo central a 
construção do projeto terapêutico singular; XII- Desenvolvimento de pesquisa clínica e 
inovação tecnológica em reabilitação, articuladas às ações do Centro Nacional em 
Tecnologia Assistiva (MCT). (CONASS, 2012) 
 
1.5.2. Seus Objetivos 
A rede tem como objetivos gerais a ampliação do acesso com o acolhimento, 
classificação de risco, e a qualificação do atendimento às pessoas com deficiência 
auditiva, física, intelectual,ostomias e múltiplas deficiências, temporária e permanente, 
progressiva, regressiva ou estável; intermitente e contínua com foco na organização de 
rede e na atenção integral á saúde, tendo como objetivos: 
I - Promover cuidados em saúde especialmente dos processos de reabilitação 
auditiva, física, intelectual, visual, ostomia e múltiplas deficiências; 
II - Desenvolver ações de prevenção e identificação precoce de deficiências na 
fase pré, peri e pós natal, infância, adolescência e vida adulta; 
III – Ampliar a oferta e os itens de Órtese, Prótese e Meios Auxiliares de 
Locomoção (OPM); 
IV – Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com deficiência, por 
meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária, através da articulação com os 
órgãos de assistência social; 
V - Promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde; 
VI - Desenvolver ações intersetoriais de promoção e prevenção à saúde em 
parceria com organizações governamentais e da sociedade civil; 
VII - Produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de 
prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede, por meio de cadernos, cartilhas 
e manuais; 
VIII - Organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Cuidados à 
Pessoa com Deficiência; 
IX – Construir indicadores capazes de monitorar e avaliar a qualidade dos 
serviços. 
12 
 
1.6. Reabilitação de pessoas com deficiência 
A habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência engloba um conjunto de 
ações e serviços que tem por objetivo desenvolver potencialidades, talentos, 
habilidades e aptidões físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, profissionais e 
artísticas que possa contribuir de alguma forma para a conquista da autonomia e a 
inclusão social, através de uma abordagem interdisciplinar, envolvendo profissionais, 
cuidadores e familiares nos processos de cuidado desses indivíduos. (BRASIL, 2020) 
 
1.6.1 Centros Especializados em Reabilitação (CER) 
O CER são centros de atenção ambulatorial que, concentram a oferta de serviços 
especializados em reabilitação que realiza diagnostico, tratamento, concessão, 
adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, ofertadas pela rede de atenção básica 
de saúde, com abrangência regional e qualificados. Formado por equipes 
multidisciplinar composta por assistentes sociais, enfermeiros, fisioterapeutas, 
fonoaudiólogos, médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros. 
 
1.7. Diretrizes de Atenção à Pessoa com Paralisia Cerebral 
A paralisia cerebral descreve um grupo de desordens permanentes do 
desenvolvimento do movimento e postura atribuídos a um distúrbio não progressivo que 
ocorre durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou infantil, podendo contribuir para 
limitações no perfil de funcionalidade da pessoa. A desordem motora na paralisia 
cerebral pode ser acompanhada por distúrbios sensoriais, perceptivos, cognitivos, de 
comunicação e comportamental, por epilepsia e por problemas musculoesqueléticos 
secundários. Estes distúrbios nem sempre estão presentes, assim como não há 
correlação direta entre o repertório neuromotor e o repertório cognitivo, podendo ser 
minimizados com a utilização de tecnologia assistiva adequada à pessoa com paralisia 
cerebral. (BRASIL., 2013) 
 
1.7.1. Estado nutricional e avaliação antropométrica de pessoas com 
paralisia cerebral (PC) 
As bases da atenção à saúde das crianças incluem a avaliação do estado 
nutricional e a identificação precoce de fatores de risco para desenvolvimento de 
deficiências nutricionais. Portadores de Paralisia Cerebral (PC) são, reconhecidamente, 
pacientes com risco para comprometimento nutricional. Relatos na literatura 
internacional identificaram altas frequências de desnutrição, e os distúrbios da 
13 
 
deglutição são apontados como um fator de risco associado ao agravo nutricional. 
(CARAM, 2010) 
Para a avaliação do estado nutricional de um indivíduo ou grupo populacional, é 
necessária a utilização de métodos de coleta e procedimentos diagnósticos que 
possibilitem determinar o estado nutricional, assim como as causas prováveis que 
deram origem ao(s) problema(s) nutricional(is), para que medidas de intervenção sejam 
planejadas, executadas e monitoradas nos âmbitos individual ou coletivo. A avaliação 
do estado nutricional tem como objetivo identificar distúrbios e riscos nutricionais, e 
também a gravidade desses, para então traçar condutas que possibilitem a recuperação 
ou manutenção adequada do estado de saúde. O monitoramento do paciente, através 
da avaliação nutricional, também é muito importante para acompanhar as respostas do 
indivíduo às intervenções nutricionais. Outros usos da avaliação nutricional de grande 
relevância: na vigilância alimentar e nutricional nos diferentes ciclos da vida; no 
diagnóstico da magnitude e distribuição geográfica dos problemas nutricionais; na 
tomada de decisão para intervenção nutricional no âmbito das políticas e dos programas 
públicos de combate aos problemas nutricionais mais relevantes considerados como 
sendo de saúde pública e no monitoramento dos efeitos da intervenção nutricional nos 
âmbitos individual e coletivo. (SAMPAIO, 2012) 
 
1.8. Atuação do nutricionista na atenção primária 
O nutricionista deve atuar em acordo com os demais profissionais do NASF e das 
equipes de Saúde da Família e com a área/setor responsável pela gestão das ações de 
alimentação e nutrição no município, visando qualificar a atenção à saúde e melhorar a 
sua resolubilidade. Além disso, deve atuar de forma efetiva sobre os determinantes dos 
agravos e dos distúrbios alimentares e nutricionais que acometem a população, 
contribuindo para a segurança alimentar e nutricional da população atendida. São 
exemplos de ações que podem ser desenvolvidas pelo nutricionista nesse setor: 
Realizar o diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população com a 
identificação de áreas geográficas e segmentos de maior risco aos agravos nutricionais; 
Desenvolver ações de distintas naturezas para a promoção de práticas alimentares 
saudáveis em todas as fases do curso da vida; Elaborar, em conjunto com a equipe de 
saúde, rotinas de atenção nutricional e atendimento para doenças relacionadas à 
alimentação e à nutrição, entre outras. 
 
14 
 
1.8.2. Junto às pessoas com deficiência 
Compete ao nutricionista, enquanto profissional da saúde, garantir a 
preservação, promoção e recuperação da saúde, diante disto, o exposto na Resolução 
CFN nº600 de 25 de fevereiro de 2018, entende-se que o trabalho do nutricionista junto 
às pessoas com deficiência pode proceder a partir das ações e atividades citadas a 
seguir: avaliação do estado nutricional (por dados diretos e indiretos), determinação de 
necessidades nutricionais específicas, prescrição de suplementos nutricionais, 
prescrição dietética, solicitação de exames laboratoriais, realização de exames físicos, 
registro em prontuário, encaminhar os indivíduos a outros profissionais habilitados, 
quando necessário; referenciar os indivíduos a outros estabelecimentos de atenção à 
saúde, promoção de ações de educação alimentar e nutricional, orientação de 
procedimentos de aquisição, armazenamento, pré-preparo e preparo dos alimentos; 
entre outros. Os fatores nutricionais têm interferência nos procedimentos de prevenção, 
cura, controle ou melhoria do quadro clínico desses pacientes. (BRASIL, 2018) 
 
1.8.3. Efeito de terapias nutricionais na reabilitação de pessoas com 
deficiência. 
A alimentação de pessoas com deficiência necessita de uma atenção especial, 
pois, além de terem maior prevalência de obesidade e consequente risco de doenças 
crônicas não transmissíveis, também são mais suscetíveis a apresentar urolitíase e 
osteopenia. A elaboração de um plano alimentar para um indivíduo com deficiência deve 
ter os mesmos cuidados que para um indivíduo não deficiente, ou seja, compreenderas 
suas características individuais, qual tipo da deficiência que apresenta, enfim, traçar o 
seu perfil clínico por meio de uma equipe multidisciplinar. (ABREU, 2011) 
Quatro instrumentos são os mais utilizados na prática para avaliação do consumo 
alimentar: recordatório de 24 horas, registro alimentar, questionário de frequência 
alimentar e história alimentar. A princípio, pessoas com deficiências físicas não 
possuem restrições ao uso de nenhuma destas técnicas disponíveis. Pessoas com 
deficiência visual podem apresentar dificuldades em relatar as quantidades ingeridas 
quando avaliadas com o recordatório de 24 horas, assim como apresentam dificuldades 
para preencher o registro alimentar. Sempre que possível, devem receber assistência 
para esta tarefa específica. Já pessoas com deficiência auditiva precisam de auxílio 
para esta avaliação quando o profissional desconhece a linguagem de sinais. 
Entretanto, a pessoa que venha a auxiliar, por conhecer a linguagem de sinais ou por 
ter maior condição de comunicar-se com o paciente, deve ser uma pessoa que conviva 
15 
 
diariamente com a pessoa com deficiência e que possa ajudá-la demonstrando e 
informando as quantidades ingeridas com correção. (ABREU, 2011) 
Diante do exposto entende-se que a atenção nutricional de pessoas com 
deficiências físicas necessita ser realizada a partir de uma associação de indicadores, 
tendo em vista que cada um apresenta limitações, as quais devem ser complementadas, 
e avaliadas individualmente. (ABREU, 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Descrição Instituição de estágio 
O Estágio foi realizado no município de Suru, em uma Instituição beneficente para 
tratamento e reabilitação de pessoas com paralisia cerebral PC, com início em 
17/08/2021 à 10/09/2021, nos horários de 07h às 13h15min., com intervalos de 15 
minutos, das 10h às 10h15min. 
A instituição é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos e tem 
como missão acolher, reabilitar, melhorando a qualidade de vida, resgatar a cidadania 
e a dignidade de pessoas com deficiência e de suas famílias através de tratamento e 
acompanhamento nas diversas áreas terapêuticas, atividades, programas sociais e 
oficinas dirigidas. 
Todo serviço oferecido na Organização é gratuito, sendo garantido o atendimento 
as famílias em situação de vulnerabilidade social que tiveram suas limitações agravadas 
por violações de direitos, como isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias e 
preconceituosas, falta de cuidados adequados por parte do cuidador, entre outras 
situações que aumentam a dependência e comprometem o desenvolvimento da 
autonomia. 
A “Associação Beneficente Comunidade de Amor Rainha da Paz” está localizada 
na Estrada Ecoturistica do Suru, no 1833, Suru - Santana de Parnaíba, CEP: 06509-
001. 
Quanto a estrutura a comunidade de amor rainha da paz dispõe de 2 recepções, 
1 sala de espera, 2 salas de administração, uma sala de captação de recursos, uma 
sala de comunicação e marketing, uma sala de coordenação técnica, uma sala do 
serviço social, uma sala de odontologia, duas salas de reunião, três salas de 
informática/TI, duas salas de fonoaudiologia, uma sala de apoio psicológico, duas salas 
de psicologia, uma sala de musicalização, uma sala de enfermagem, cinco salas de 
atividades, três salas de terapia ocupacional, duas salas de fisioterapia, duas salas de 
nutrição, uma sala de hipoterapia, uma sala do projeto Aula de inglês e alfabetização, 
um consultório médico, um laboratório de citogenética, uma oficina ortopédica, Piscina 
aquecida + área de recreação, duas baias para cavalos, salão do bazar, arquivo de 
documentos, lavanderia, cozinha, padaria, dispensa, estoque de produtos, dois 
refeitórios, uma capela, dois vestiários exclusivos para os usuários, dezoito banheiros e 
vestiários. 
A instituição funciona em horário comercial, 08hs às 17hs, nos dias úteis 
(segunda à sexta). O Rainha da Paz emprega aproximadamente 59 funcionários, sendo 
17 
 
estes: pedagogos, auxiliares e assistentes administrativos, monitores, cozinheiras, 
auxiliares de limpeza e manutenção, encarregado geral, zelador e motorista. O foco 
principal da instituição é prestar apoio a famílias que com jovens e crianças portadores 
de deficiência física, paralisia cerebral, distrofia muscular, síndrome de Down e dentre 
outras síndromes, estas em situação de vulnerabilidade econômica. 
Atualmente a instituição Rainha da Paz oferece atendimentos a cerca de 400 
famílias de 18 municípios (Araçariguama, Barueri, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, 
Cotia, Embu das Artes, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira e 
Mairinque, Osasco, Pirapora de Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Paulo, São 
Roque, Vargem Grande Paulista). 
 Oferecendo atendimentos nas áreas da: nutrição, fisioterapia, biomedicina, 
odontologia, fonoaudiologia, educação física, enfermagem, psicologia, dentre outros; a 
ONG figurou nos últimos dois anos consecutivos entre as 100 melhores ONGS do Brasil, 
prêmio este realizado desde 2017, é uma parceria do Instituto Doar, da agência de 
projetos socioambientais O Mundo Que Queremos e da AmBev, com respaldo técnico 
de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e apoio da Fundação Toyota do 
Brasil. 
 
2.2. Atendimento clínico ambulatorial aos assistidos com deficiência 
Devido a pandemia Covid-19 podemos acompanhar poucos atendimentos 
presencialmente com toda a segurança exigida com relação a higiene e distanciamento 
onde podemos ter noção geral da realidade dos atendidos na instituição. 
 
 
2.3. Atividades desenvolvidas na instituição 
Realizamos um resumo da diretriz referente à Paralisia Cerebral desenvolvido 
pelo ministério da saúde, com o objetivo de aprender mais sobre as pessoas portadoras 
de paralisia cerebral, saber a melhor forma de trabalhar com os portadores de PC 
(ANEXO 1). 
Tivemos um treinamento junto a supervisora de estágio referente a diretriz, onde 
podemos aprender sobre como devemos aferir medidas antropométricas, tais como 
peso, altura dos pacientes e como são classificados o grau de paralisia cerebral. 
Realizamos estudos de caso baseados nos pacientes assistidos pela instituição 
com o intuito de verificar o estado nutricional de cada um para atender conforme sua 
necessidade nutricional e dificuldade alimentar (ANEXO 2). 
18 
 
Conhecemos toda a estrutura do local, salas de atendimento, cozinha, padaria, 
estoque dos alimentos, refeitórios, horta e pátio. Conhecemos a sala da nutricionista 
responsável para instituição, onde podemos usar os prontuários dos pacientes 
assistidos que contém todas as informações nutricionais referentes as consultas. 
Elaboramos um folder com informações referente ao consumo adequado de 
vitamina D com o objetivo de auxiliar as mães do pacientes assistidos pela instituição 
com orientações dos alimentos que contém o nutriente e seus benefícios (ANEXO 3). 
 
2.3.2. Elaboração do artigo 
Realizamos uma coleta de dados referente a informações nutricionais contidadas 
no prontuario do pacientes assistidos pela instituição, onde realizamos uma análise em 
forma de artigo com o objetivo de verificar a preferência alimentar das crianças 
assistidas de 5 a 10 anos divididas por sexo (meninos e meninas) coforme o (ANEXO 
4). 
Para análise de dados coletamos as seguintes informações, ID, sexo, idade, 
peso, altura, IMC, grau de classificação de paralisia cerebral, preferencia alimentar e 
dificuldade alimentar. 
Através da análise obtivemos os seguintes resultados que os prontuários 
analisados em ambos os sexos, tem maior preferência por doces e outros. Porém o 
consumo de frutas e pães, que são benéficos e auxiliam na promoção do estado 
nutricional e principalmente do trânsito intestinal, encontra-se em menor preferência.19 
 
3. AVALIAÇÃO CRÍTICA DA REALIDADE ENCONTRADA NA INSTITUIÇÃO 
 
A instituição tem uma ótima estrutura para atender seus pacientes e familiares 
que os acompanham, os ambientes são bem distribuídos, aproveitados e arejados 
mantendo a segurança para todos ainda mais neste momento de pandemia que 
estamos vivenciando. 
O local tem uma equipe multidisciplinar que trata com toda atenção os pacientes, 
todos os funcionários são muito atenciosos e tratam todos com muita empatia. 
Diante do objetivo proposto pela organização tudo é comprido com muito cuidado 
e respeito. Uma ótima experiência para os estagiários poderem ver de perto a realidade 
dessas pessoas e ver o quanto é importante o trabalho com o olhar humano. 
 
 
 
20 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Devido a pandemia conseguimos acompanhar poucos atendimentos aos 
pacientes, mas mesmo com a restrição em respeitos a segurança de todos foi muito 
importante a realização do estágio na instituição. Aprendemos a olhar cada vez mais os 
pacientes com mais empatia, trata-los da melhor forma possível e principalmente com 
olha humano. 
Podemos perceber que não só os pacientes precisam de ajuda com tratamentos 
psicológicos e outros cuidados e sim toda a família, principalmente a as mães que do 
grupo familiar é a pessoa mais presente na instituição. Podemos perceber que todos 
podem ser ajudados. 
O trabalho de cada profissional contribui muito na vida dessas pessoas, pois a 
grande maioria são pessoas carentes que não podem pagar por atendimentos a seus 
filhos. 
Podemos observar também a importância do profissional de nutrição, pois muitos 
pacientes têm dificuldades no ato da alimentação, a atenção do profissional e 
orientações corretas a famílias podem ajudar cada vez mais a alimentação dos 
pacientes e promoção nutricional deles. 
Como estagiaria foi uma ótima experiência trabalhar com este público portados 
de paralisia cerebral, contribuiu muito a vida acadêmica e profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
ABREU, E. A. Aspectos fisiopatológicos e avaliação do estado nutricional de 
indivíduos com deficiências físicas. REVISTA HCPA, Porto Alegre, v. 31, n. 3, p. 345 
- 352, 2011. 
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Acesso em: 06 mar. 2021. 
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2021. 
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Atenção Básica., 2012. Disponivel em: 
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2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde. 1. ed. Brasília: Departamento de Atenção Básica, v. 1, 
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<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_alimentacao_nutricao.p
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Saúde da Família (NASF), 2013. Disponivel em: <https://www.saude.gov.br/acoes-e-
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maio 2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS). 
Modalidades NASF, 2013. Disponivel em: 
<https://aps.saude.gov.br/ape/nasf/modalidades/#:~:text=Para%20efeito%20de%20rep
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Especializada e Temática. Manual de terapia nutricional na atenção 
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22 
 
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SAMPAIO, L. R. Avaliação Nutricional. Salvador: EDUFBA, v. 1, 2012. 
PAIO, L. R. Avaliação Nutricional. Salvador: EDUFBA, v. 1, 2012. 
 
24 
 
6. ANEXOS 
 
6.1 ANEXO 1 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
29 
 
6.2. ANEXO 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
6.3. ANEXO 03 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
6.4. ANEXO 04 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
42 
 
6.5. ANEXO 05 
 
43 
 
 
44 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
47 
 
6.6. ANEXO 06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
6.7. ANEXO 07 
 
 
 
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
6.8. ANEXO 08 
 
 
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
6.9. ANEXO 9 
 
53 
 
 
6.10. ANEXO 10 
 
 
54 
 
6.11. ANEXO 11 
 
 
 
55 
 
6.12. ANEXO 12

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