Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RECOMBINAÇÃO DE GENES 1. SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE Processos meióticos que causam recombinação: a) SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE dos genes em pares diferentes de cromossomos. b) CROSSING-OVER entre genes no mesmo par de cromossomos. A B a b P X A B a b Gametas A B a b F1 A B a b ½ B ¼ A ; B Parental ½ A ½ b ¼ A ; b Recombinante ½ B ¼ a ; B Recombinante ½ a ½ b ¼ a ; b Parental Freqüência de recombinantes (RF)= ¼ + ¼ = ½ = 50% RF = 50% segregação independente Genes ligados < 0,5 > Genes não ligados Dois tipos de Diíbridos DIÍBRIDOS CIS alelos mutantes dos dois genes estão no A B mesmo homólogo parental Heterozigoto envolvendo dois sítios mutantes dentro de um gene ou dentro a b de um grupo gênico DIÍBRIDOS TRANS alelos mutantes dos dois genes estão em A b homólogo diferentes Heterozigoto com dois sítios mutantes dentro de um gene ou grupamento de genes a B COMO SABER COM QUAL DOS ARRANJOS (CIS OU TRANS) ESTAMOS TRABALHANDO ? (1) Em geral os genitores são diíbridos puros, o que determina a disposição alélica na sua prole. P. Ab/Ab X aB/aB Gametas: Ab aB F1 Ab/aB Diíbrido TRANS P. AB/AB X ab/ab Gametas: AB ab F1 AB/ab Diíbrido CIS (2) Trabalhar reversamente a partir das proporções da prole Ex: usando um diíbrido CIS (AB/ab) Recombinantes Ab e aB CIS AB/ab TRANS Ab/aB 2. MAPAS DE LIGAÇÃO IMPORTÂNCIA LOCALIZAR ONDE UM GENE ESTÁ SITUADO NO GENOMA POSSIBILIDADE DE FAZER ANÁLISE MOLECULAR DO GENE E IDENTIFICAR A PROTEÍNA PRODUZIDA CONSTRUÇÃO DE LINHAGENS ESPECIAIS PARA FINS EXPERIMENTAIS ESPECÍFICOS TÉCNICAS DE MAPEAMENTO ANÁLISE DE RECOMBINAÇÃO Alfred Sturtevant 1911 , publicação 1913 Estudante de graduação no laboratório de Thomas Hunt Morgan Olho Asas Vermilion rudimentares Olho branco Corpo Asas Preto miniatura 0 1,0 30,7 33,7 57,6 Cromossomo X de Drosophila FREQUÊNCIA DE RECOMBINANTES (RF) Proporcional a distância física entre os genes no cromossomo 1% = 1u.m. =1cM 106 pares de base (1000Kb) UNIDADE DE MAPA (u.m.) GENÉTICO = CENTIMORGAN (cM) Distância entre genes para os quais um produto de meiose, em cada 100 , é recombinante. C 3u.m. A 5u.m. C A C B 3u.m. 2u.m. A 5u.m. B A 3u.m. C MAPEAMENTO USANDO UM CRUZAMENTO TESTE TRIÍBRIDO = CRUZAMENTO TESTE DE TRÊS PONTOS DROSOPHILA (1) v olhos vermelion v+ olhos vermelhos (2) cv (crossveinless) ausência de veias cruzadas na asa cv+ presença de veias cruzadas na asa (3) ct (cut) bodas cortadas nas asas ct+ bordas normais das asas INICIALMENTE não sabemos se os genes estão ligados e eles não podem ser escritos em nenhuma ordem em particular. ESTOQUES PARENTAIS DISPONÍVEIS: a) moscas duplamente homozigotas recessivas com genótipos: v+/v+ . cv/cv . ct/ct b) moscas recessivas únicas com genótipo: v/v . cv+/cv+ . ct+/ct+ P. v+/v+ . cv/cv. ct/ct X v/v . cv+/cv+. ct+/ct+ Gametas: v+. cv. ct v. cv+. ct+ F1 Triíbrido : v/v + . cv/cv+ . ct/ct+ TRIÍBRIDO X TRIPLA RECESSIVA cruzamento teste v/v+ . cv/cv+ . ct/ct+ X v/v. cv/cv. ct/ct 3 pares de alelos 2x2x2 = 8 genótipos gaméticos possíveis nas fêmeas EXEMPLO: Genes autossômicos de Drosophila P = vermelho Cor do olho p = púrpura V = longa Tamanho das asas v = vestigial P V 11cM CRUZAMENTO TESTE: Diíbrido TRANS: Pv/pV X pv/pv Gametas: PV pv Pv pV pv 5,5% 11% recombinantes 89% não recombinantes 5,5% Gametas PV Pv pV pv pv PV/pv Pv/pv pV/pv pv/pv 44,5% 5,5% 5,5% 44,5% DIÍBRIDO DE GENES LIGADOS RF estará entre 0% e 50% Parentais Duplos recombinantes AVALIAÇÃO POR LOCI dois loci de cada vez a) Loci v e cv RF = (45 + 40 + 89 + 94)/1448 x 100 = 26800/1448 = 18,5% b) Loci v e ct RF = (89 + 94 + 3 + 5)/1448 x 100 = 19100/1448 = 13,2% c) Loci cv e ct RF = (45 + 40 + 3 + 5)/1448 x 100 = 9300/1448 = 6,4% Todos RF < 50% genes ligados v ct cv 13,2 cM 6,4cM v cv+ ct+ 580 v+ cv ct 592 v cv ct+ 45 v+ cv+ ct 40 v cv ct 89 v+ cv+ ct+ 94 v cv+ ct 3 v+ cv Ct+ 5 1448 PONTOS A OBSERVAR (1) Ordem de genes diferentes da usada quando citamos os genótipos parentais da prole. Só foi possível determinar a seqüência no final dos cálculos; (2) O mapa pode ser invertido: vct cv cv ct v (3) Quando somamos 13,2 cM + 6,4 cM = 19,6 cM ≠ 18,5 cM Não contamos os duplos recombinantes quando calculamos a distância entre v e cv RF = (45 + 40 + 89 + 94 + 3 + 3 + 5 + 5)/1448 x 100 = 19,6% (4) Apenas mapeamos os loci uns em relação aos outros. Não sabemos em que cromossomo específico estão os genes. 3. INTERFERÊNCIA Um CROSSING-OVER em uma região afeta a probabilidade de haver outro em uma região adjacente v ------ ct RF = 0,132 ct ------ cv RF = 0,064 0,132 x 0,064 = 0,0084 0,0084 x 1448 = 12 12 RECOMBINANTES DUPLOS ESPERADOS 4. COINCIDÊNCIA Coeficiente de coincidência (c.o.c) No de recombinantes duplos observados c.o.c = No de recombinantes duplos esperados Interferência = 1 – c.o.c 1- 8/12 1- 2/3 = 1/3 Interferência = 33 Freqüência de recombinantes duplos é igual ao produto das freqüências de recombinação nas regiões adjacentes ETAPAS DA CONSTRUÇÃO DE MAPAS DE LIGAÇÃO 1. CRUZAMENTO DE LINHAGENS PURAS 2. OBTENÇÂO DE DIÍBRIDOS F1 3. CRUZAMENTO TESTE OU AUTOFECUNDAÇÃO DA F1 4. CÁLCULO DA RF determinação da distância entre os genes 5. ESTUDOS CITOGENÉTICOS E MOLECULARES PARA DETERMINAR EM QUE CROMOSSOMO ESTÃO OS GENES 6. CONFECÇÃO DO MAPA DE LIGAÇÃO EXEMPLO: Larva causadora da miíase Cochliomyia hominivorax Verme parasita de feridas em mamíferos (rebanhos) 6 pares de cromossomos 11 fenótipos variantes (Figura 5.13) 5.TESTE DO 2 (qui-quadrado) No observados experimentalmente Pesquisa comparar No previstos baseados em alguma hipótese no observados suficientemente no esperados próximos muito próximo não apresenta problemas muito distante nem muito próximo dificulta a análise nem muito distante 2 ajuda a decidir se deve manter ou rejeitar a hipótese “Esses resultados experimentais são compatíveis com a proporção 3:1 esperada, com base na hipótese de autofecundação de um monoíbrido ?” HIPÓTESE NULA ausência de ligação entre os genes - não é possível testar a ligação diretamente - não ter uma distância exata de ligação para usar na hipótese POR QUÊ ? - se os resultados observados causam rejeição da hipótese “não ligação”, então poderá ser aceito a “ligação” 2 um modo de quantificar os vários desvios esperados por acaso se a hipótese for verdadeira HIPÓTESE proporção 1:1 Nem sempre esperamos uma proporção exata Barril cheio de bolas de gude vermelhas e azuis 52 vermelhas 100 bola pequenos desvios 48 azuis 60 vermelhas grandes desvios 40 azuis rejeita se o desvio for < 5% P. A/A . B/B x a/a . b/b F1 A/a. . B/b CRUZAMENTO TESTE: A/a. B/b x a/a . b/b A.B 140 parental RF = (110+115)/500 x100 a.b 135 parental RF = 45% A.b 110 recombinante RF < 50% a.B 115 recombinante Parece genes ligados 2 = total de (O – E)2 para todas as classes E O números observados em uma classe E número esperado para a mesma classe com base da hipótese HIPÓTESE NULA - alelos segregando independentemente - cruzamento teste 1:1:1:1 Tabela de contingência para genes A/a e B/b B b Total A.B A.b A O = 140 O = 110 250 E = 255 x 250/500 E = 245 x 250/500 = 127,5 = 122,5 a.B a.b a O = 115 O = 135 250 E = 255 x 250/500 E = 245 x 250/500 = 127,5 = 122,5 Total 255 245 Classe O E (O-E)2/E AB 140 127,5 1,23 ab 135 122,5 1,28 Ab 110 122,5 1,28 aB 115 127,5 1,23 Total = 2 = 5,02 Valor do 2 convertido em um valor de probabilidade usando a tabela do 2 Grau de liberdade: gl no de desvios independentes, (O-E) (12,5) No de classes, representadas nas filas, menos um , vezes o no de classes representadas nas colunas menos um gl = (2 – 1) x (2 – 1) = 1 Probabilidade de obter um desvio do esperado deste tamanho (ou maior) apenas por acaso é 0,025 2,5% < 5% REJEITA HIPÓTESE 7. CROSSING-OVER MITÓTICO - Seguimentos de cromossomos homólogos são acidentalmente pareados em células não-sexuais, diplóides - Raro - Importante fonte de variação para fungos que não têm ciclo sexual - Câncer humano permitem que as mutações recessivas se expressem - Alelos recessivos expressos, inesperadamente, no fenótipo onde grupos de células tendem a permanecerem juntas causando manchas ou pontos no corpo 8. O MECANISMO DO CROSSING-OVER Ainda não é bem conhecido DNA Heteroduplex modelo mais aceito Explica tanto o crossing-over quanto a conversão gênica supondo a produção de um trecho curto de DNA heteroduplex (formado de ambos os DNAs parentais) na vizinhança de um quiasma. LIGAÇÃO, PERMUTA E MAPEAMENTO CROMOSSÔMICO EXERCÍCIOS 1) No tomateiro a altura da planta é devida a um gene com dominância do alelo D, que condiciona planta alta em relação a d para planta anã. A presença de pilosidade no fruto depende do alelo recessivo p, enquanto o alelo P condiciona frutos lisos. Foi realizado um cruzamento teste e obtido o seguinte resultado: anã lisa 5; anã pilosa 118; alta e pilosa 5; alta e lisa 161. a) Qual a freqüência esperada de cada fenótipo, no cruzamento teste, se os genes apresentassem distribuição independente ? b) Como você explica os resultados obtidos ? c) Qual a freqüência de permuta ? 2) No caupi, o alelo I, dominante, é responsável pela resistência ao vírus da mancha anelar e está ligado ao alelo C, também dominante, que confere resistência ao vírus do mosaico. O cruzamento de uma planta resistente às duas doenças com outra suscetível produziu a seguinte descendência: 145 plantas resistentes aos dois vírus;151 plantas suscetíveis aos dois vírus; 450 plantas resistentes apenas ao vírus da mancha anelar; 440 plantas resistentes apenas ao vírus do mosaico. a) Qual a distância entre os genes? b) Indique os genótipos dos pais e dos descendentes do cruzamento. c) Qual a fase de ligação dos genes, no progenitor resistente ? 3) A cor do aquênio(fruto seco indescente) em alface é controlada por um gene com dominância do alelo que condiciona aquênio preto (W) sobre o branco (w). A ocorrência de folhas com bordos ondulados é condicionada por um alelo recessivo (fr) e o alelo dominante condiciona folha lisa (Fr). Considerando que estes dois genes estão situados no mesmo cromossomo a 34 cM, pergunta-se: a) Qual a proporção fenotípica esperada na geração F2 do seguinte cruzamento: P1(aquênios pretos e folhas onduladas) X P2 (aquênios brancos e folhas lisas) b) Se fosse realizado o cruzamento teste, qual seria a proporção esperada ? 4) Em soja o alelo dominante R confere nodulação normal e seu alelo recessivo r restringe a nodulação. O alelo F , também dominante, é responsável por caule cilíndrico e seu alelo f , por caule fasciado. O cruzamento entre o cultivar Clark e o T 248 produziu os seguintes resultados: Geração Nódulo normal Caule cilíndrico Nódulo normal Caule fasciado Nódulo reduzido Caule cilíndrico Nódulo reduzido Caule fasciado P1 40 - - - P2 - - - 20 F1 25 - - - F2 820 228 227 52 RC1 250 - - - RC2 102 68 72 108 a) Como você interpreta esses resultados? b) Qual a freqüência de permuta ? c) Determine a fase de ligação dos genes. d) Determine a distância entre esses dois genes. 5) No cromossomo 5 do milho estão localizados os seguintes genes e respectivas freqüências de recombinação: lu – gj - 5 gl – ps - 5 lu – ps -10 lu – vp2 – 9 gl – bv - 13 vp2 – bv – 9 ps – bm - 2 bv – ps - 8 bm – bv - 6 a) Construa o mapa genético mostrando a posição desses 6 genes. b) Quais as distâncias entre os genes lu – bm ; lu – bv ; gl – vp2 ; gl – bm ; vp2 – ps ; vp2 – bm ?
Compartilhar