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Fisiologia do Sistema Respiratório

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– º
 
Fisiologia do Sistema Respiratório 
 
Objetivo 1: Descrever a anatomia e a histologia do sistema respiratório. 
 
⇨ Histologia 
 
- O sistema respiratório se divide em: 
 
 1) porção condutora: constituída pelas cavidades nasais (durante a respiração forçada, a cavidade oral também 
faz parte dessa porção), faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos; 
 
2) porção respiratória: formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e 
alvéolos. 
 
- A porção condutora tem a função de acondicionar o ar, fazendo com que ele seja aquecido, umidificado, 
além disso, tem a função de retirar do ar as partículas indesejadas. Já a porção respiratória é aquele local onde 
ocorre a troca gasosa entre o ar e o sangue. 
 
⤔ Fossas nasais 
 
- Vestíbulo: 
 
✓ Epitélio plano estratificado não-queratinizado e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo denso. 
✓ Nesse local existem pêlos e glândulas cutâneas, que constituem uma primeira barreira à entrada de partículas 
grosseiras de pó nas vias aéreas. 
 
- Área respiratória 
✓ Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado, com muitas células caliciformes. Esse tipo de epitélio reveste 
a maioria das vias aéreas, por isso freqüentemente é chamado de epitélio do tipo respiratório. 
✓ O epitélio respiratório repousa sobre uma lâmina basal, abaixo observam-se uma lâmina própria fibrosa rica 
em glândulas do tipo misto, cuja secreção ajuda a manter úmidas as paredes das cavidades nasais. A lâmina 
própria por sua vez se apóia no periósteo subjacente. 
✓ O epitélio respiratório típico consiste em 5 tipos celulares: Caliciforme, Basal, Ciliada, Granular e Em 
escova . 
- Área olfatória 
 
✓ Está localizada na região superior das fossas nasais e é responsável pela sensibilidade olfativa. 
✓ O epitélio que compõe essa região é o epitélio olfatório formado por três tipos distintos de células: 1) células de 
sustentação 2) células basais 3) células olfatórias 
 
– º
 
 
⤔ Seios paranasais 
 
- Revestidos por um epitélio respiratório, isto é, pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes. 
 
- As secreções se dirigem dos seios para as cavidades nasais através de uma atividade ciliar coordenada. 
 
⤔ Faringe 
 
- A nasofaringe é a primeira parte da faringe, continuando caudalmente com a orofaringe, porção oral desse 
órgão. A nasofaringe, que é separada incompletamente da orofaringe pelo palato mole, é revestida por epitélio 
respiratório. Na orofaringe o epitélio é pavimentoso estratificado 
 
⤔ Laringe 
 
A mucosa da faringe forma dois pares de pregas que fazem saliência na luz: 
 
✓ o primeiro par de pregas constitui as falsas cordas vocais ou pregas vestibulares (essa região tem lâmina 
própria frouxa e numerosas glândulas); 
✓ o segundo par de pregas constitui as cordas vocais verdadeiras (com eixo de tecido conjuntivo elástico, ao qual 
se seguem, externamente, os chamados músculos intrínsecos da laringe). 
 
- Este epitélio está sob uma lâmina própria rica em fibras elásticas e contém pequenas glândulas do tipo misto. 
A lâmina própria normalmente é rica em mastócitos. Os mastócitos participam das reações de hipersensibilidade 
que levam ao edema e à obstrução da laringe. 
 
⤔ Traqueia 
 
- A parede da traquéia é constituída das seguintes camadas: mucosa, submucosa, anel de cartilagem hialina e 
adventícia. 
 
- Ela é revestida internamente por um epitélio do tipo respiratório que está sob uma lâmina própria de tecido 
conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas, caracterizando a camada mucosa. Contém glândulas seromucosas, 
cujos ductos se abrem na luz traqueal, na camada submucosa. 
 
- A principal característica da mucosa traqueal é ser secretora. O muco produzido forma um tubo mucoso que 
funciona como uma barreira mucosa às partículas de pó que entram junto com o ar inspirado, nesse tubo o 
muco é transportado em direção à faringe pelo batimento ciliar, das células cilíndricas ciliadas. 
 
⤔ Brônquios 
 
- A mucosa que reveste os brônquios é idêntica à da traquéia; já nos ramos menores o epitélio pode ser 
cilíndrico simples ciliado. 
 
- Camada submucosa com a presença das glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem na luz brônquica. 
 
– º
 
- O brônquio apresenta uma musculatura lisa bem desenvolvida na camada mucosa, esta estrutura está ausente 
na traquéia. 
 
- A traquéia apresenta anel de cartilagem hialina, nos brônquios observam-se as placas de cartilagem hialina. 
 
⤔ Bronquiolos 
 
- Os bronquíolos são originados de divisões repetidas dos brônquios. 
 
- Como observação, podemos dizer que a musculatura da parede dos bronquíolos é relativamente mais 
espessa que a musculatura da parede dos brônquios. 
 
- Cada bronquíolo penetra num lóbulo pulmonar, onde se ramifica, formando de cinco a sete bronquíolos 
terminais. 
 
- bronquíolos apresentam células da Clara, as quais produzem um material surfactante que reveste a superfície 
do epitélio bronquiolar evitando o colabamento dos alvéolos. 
 
- O bronquíolo terminal origina um ou mais bronquíolos respiratórios, os quais marcam a transição para a 
porção respiratória. 
 
⤔ Alvéolos 
 
- Encontradoss nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios. O ducto alveolar termina 
em um alvéolo simples ou em sacos alveolares formados por inúmeros alvéolos. 
 
- Apresentam as células: 
 
1- Endoteliais dos capilares 
2- Pneumócitos tipos I 
3- Pneumócitos tipos II 
4- Macrófagos alveolares 
 
⤔ Pleura 
 
- Camada serosa que envolve o pulmão 
 
- Ela é formada por dois folhetos: o parietal e o visceral, os quais são contínuos no hilo pulmonar. 
 
- Esses dois folhetos são capazes de delimitar, para cada pulmão, uma cavidade pleural independente e revestida 
pelo mesotélio. 
 
 
⇨ Anatomia 
 
 
- Cavidade nasal, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios principais, brônquios secundários e terciários 
 
– º
 
- As vias respiratórias, onde o oxigênio do ar inspirado já pode ser trocado pelo CO2 do ar oriundo da circulação 
sistêmica, são representadas pelos bronquíolos respiratórios e sacos alveolares (conjunto de alvéolos) 
 
⤔ Pulmões 
 
- Localizados na cavidade torácica que contém os brônquios terminais e os bronquíolos do sistema 
respiratório 
 
- Ele contem via de entrada e saída pulmonar, as artéria pulmonares (que levam sangue rico em CO2 do 
coração) e as veias pulmonares (que trazem sangue oxigenado de volta ao coração) 
 
 
⤔ Cavidade nasal 
 
- Delimitada anteriormente pelas narinas e posteriormente pela nasofaringe 
 
- No seu interior tem conchas nasais, responsáveis por aumentar a superfície de contato entre o ar e a mucosa, 
auxiliando na umidificação e aquecimento do ar 
 
- No teto das fossas nasais, existem célula sensoriais que compõe o nervo olfatório, responsável pela olfação 
 
- Na mucosa nasal, tem vários vasos sanguíneos, que aquecem o ar e assim ele chega aquecido nas demais 
vias respiratórias e os pulmões 
 
- Na mucosa tem cílios e células caliciformes que produzem muco, que tem as funções de lubrificar a mucosa, 
retêm microrganismos e partículas de poeira, funcionando com filtro 
 
- A mucosa nasal portanto tem funções de: 
 
✓ Aquecimento e umidificação do ar e Limpeza e filtração do ar 
 
⤔ Faringe 
 
- É comum aos sistemas respiratório e digestório 
 
- Responsável por separar e conduzir o ar para traqueia e o alimento para o esôfago 
 
- Quando o alimento toca o palato mole, as pregas vocais são fechadas, a epiglote é fechada e 
consequentemente o alimento passa para o esôfago, evitando que alcance as vias aéreas 
 
 
⤔ Laringe 
 
- Órgão envolvido tanto com a respiração (impedindo a entrada de corpos estranhos nas vias respiratórias 
e permitindo a passagem de ar para a traqueia) como na fonação (graças a vibração das pregas vocais 
durante a passagem de ar na laringe) 
 
– º
 
⤔ Traqueiae Bronquíolos 
 
- Responsáveis por manter as vias aéreas sempre abertas, graças a presença dos anéis cartilaginosos e de 
músculo liso 
 
- A estrutura muscular é responsável pela broncodilatação ou broncoconstrição, que depende de impulsos 
simpáticos ou parassimpáticos 
 
- Esses órgãos tem a função de conduzir ar para a zona respiratória 
 
- A parede bronqueal é recoberta de cílios, que tem a função de eliminar partículas juntamente com o muco, 
produzindo-o para manter a integridade da parede mucosa da árvore respiratória 
 
 
CASO CLÍNICO: Os brônquios e a traqueia são tão sensíveis ao toque, que até mesmo quantidades muito 
pequenas de matéria estranha, ou outra causa de irritação, desencadeia o reflexo da tosse. Esse reflexo é 
desencadeado pelo impulso nervoso. Os nervos frênicos são ativados e fazem com que uma grande 
quantidade de ar (devido o aumento da pressão exercida pelo diafragma e pelos músculos intercostais) seja 
direcionada de encontro a glote e epiglote, que se encontram fechadas. Este fenômeno faz com que a glote 
seja forçada a abrir de forma súbita e capaz de expulsar elementos estranhos. O espirro tem o mesmo 
mecanismo a não ser pelo estímulo ocorrer na cavidade nasal e ser caracterizado pelo abaixamento do palato 
mole e úvula, para que o ar se direcione pelo nariz, limpando-o 
 
⤔ Bronquíolos 
 
- A medida que vão se aproximando da porção respiratória, os bronquíolos vão diminuindo a luz e a cartilagem 
hialina vai sendo substituída por fibras de colágeno 
 
- O calibre dos bronquíolos é controlada pela demanda de O2 necessária ao organismo, em casos de 
exercício há uma broncodilatação para chegar mais ar nas zonas respiratórias e nas situações de repouso, 
os brônquios sofrem uma broncoconsrição, para evitar gasto desnecessário de energia 
 
- A luz dos bronquíolos é mantida graças a contração do músculo liso brônquico que é mediado pela ação 
de neurotransmissores e citocinas: 
 
✓ SNAS: A adrenal secreta noraepinefrina e epinefrina, causam dilatações nas paredes dos bronquíolos 
✓ SNAP: Libera acetilcolina que causa a broncoconstrição 
✓ Histamina: Secretada pelos mastócitos do parênquima pulmonar, causa a broncoconstrição, geralmente por 
respostas alérgicas 
 
 
CASO CLÍNICO: Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela obstrução crônica ao fluxo 
de ar nas vias respiratórias. Sua fisiopatologia está relacionada ao edema da mucosa brônquica, a 
hiperprodução de muco nas vias aéreas, com diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo) e edema dos 
brônquios e bronquíolos. Sintomas: dispneia, tosse, sibilos (sons agudos resultantes da resistência a passagem 
do fluxo aéreo), principalmente a noite. O estreitamento das vias aéreas geralmente é reversível, porém em 
pacientes com asma crônica, a inflamação pode determinar obstruções irreversíveis. Caracteristicas patológicas: 
– º
 
Células inflamatórias nas vias aéreas, exsudação de plasma, edema, hipertrofia. O tratamento é com drogas 
que melhorem o fluxo aéreo na crise asmática e anti-inflamatório a base de corticoide 
 
Asma na reação alérgica: A reação alérgica que causa a asma é mediada pela histamina, que é liberada pelos 
mastócitos. Isso leva a constrição brônquica e aumento de secreção de muco e líquidos, tornando a 
respiração mais dificultada, pelo aprisionamento de ar nos pulmões. A resposta alérgica não para, acarretando 
a liberação de citocinas e histamina responsáveis por causar a broncoconstrição (redução do calibre dos 
brônquios, o que dificulta a saída de ar) e vasodilatação (aumenta a permeabilidade dos vasos, gerando 
edema). Esses efeitos dificultam a saída de ar rico em CO2 dos pulmões, o que diminui a entrada de ar 
oxigenado, causando cianose 
 
Medicamentos para tratar a asma: 
 
✓ Broncodilatadores: Aumentam a luz dos brônquios, usado quando o asmático está com falta de ar, chiado 
no peito, crise de tosse. Ex: Beta2-agonistas (uns tem efeito de até 12h), teofilinas, anticolinérgicos (impedem 
a broncocostrição) 
 
✓ Anti-inflamatórios: Corticoides que inibem a ação da histamina. São atualmente a melhor conduta para 
combater a inflamação, só não usados pelos pacientes com asma leve. Eles diminuem a resposta imunológica 
da asma, esses medicamentos são utilizados no intuito de prevenir exacerbações. Eles devem ser utilizados de 
maneira contínua. Deve-se fazer o uso principalmente de Anti Histamínicos 
 
*OBS: As prostaglandinas tem efeito broncoconstritor e devem ser bloqueadas por corticoides em crises 
asmáticas 
 
 
*As bombinhas, aparelho utilizado para perfurar capsulas medicamentosas inalantes, geralmente combinam 
esses dois tipos de medicamentos, é administrado de forma inalatória para que o medicamento aja 
diretamente nos bronquíolos 
 
 
⤔ Alvéolos 
 
- Estruturas de pequena dimensão mais bastante numerosa 
 
- Localizadas no final dos bronquíolos, onde se realizar a hematose pulmonar 
 
- Os alvéolos são revestidos por 2 tipos de células, pneumócitos tipo I (macrófago) e pneumócito tipo II (a 
própria célula de revestimento alveolar) 
 
- O pneumócito tipo II é responsável pela produção de surfactante 
 
- Há cerca de 10 a 30 alvéolos por ducto ou saco alveolar 
 
- Alguns autores afirmam que a dispneia só se manifesta quando 50% da capacidade pulmonar está 
comprometida, por essa razão, o diagnóstico de doenças pulmonares geralmente se da de forma tardia 
 
– º
 
CASO CLÍNICO: Síndrome da Angústia Respiratória Recém-nascido- Por ser um aparelho tardiamente 
maturado, crianças prematuras estão propensas a falta de surfactante devido ao pouco desenvolvimento dos 
pneumócitos. Isso faz com que os alvéolos se colabem, incapacitando as trocas gasosas 
 
CASO CLÍNICO: Síndrome da Angústia Respiratória no Adulto (SARA): É um tipo de insuficiência 
pulmonar provocado por diversos distúrbios que causam acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar). 
É considerada uma emergência médica, que pode ocorrer mesmo em pessoas que anteriormente apresentavam 
pulmões normais 
 
 
⤔ Árvore respiratória (Brônquica) e Alvéolos 
 
 
- Os brônquios se ramificam de forma constante dentro dos pulmões para formar a árvore brônquica 
 
- Da traqueia até os bronquíolos -> Zona de condução -> Brônquios principais -> Brônquios lobares (3 no 
direito e 2 no esquerdo) -> Brônquios segmentares -> Bronquios terminais -> Zona respiratória -> 
Bronquíolos respiratórios -> Ductos alveolares -> 5 a 6 sacos alveolares -> Alvéolo 
 
 
- Os bronquíolos são vias aéreas desprovidos de cartilagem , apresentam porção condutora e alvéolos na sua 
parede. 
 
- Zona de condução: Traqueia -> Brônquio primário -> Árvore bronquial -> Bronquios terminais 
- Zona respiratória: Brônquios respiratórios -> Sacos alveolares -> Alvéolos 
 
 
⤔ Pleura Pulmonar 
 
 
- A pleura é uma fina capa membranosa formada por dois folhetos: 
 
✓ Pleura parietal: Recobre internamente a parede costal da cavidade torácica 
✓ Pleura visceral recobre os pulmões, o mediastino (pleura mediastinal) e o diafragma (pleura 
diafragmática) 
 
- A cavidade pleural ou espaço pleural, espaço virtual entre os dois folhetos da pleura, é ocupado por uma 
pequena quantidade de líquido para a lubrificação das pleuras denominado de líquido pleural 
 
- A função desse líquido seroso que é segregado pela pleura é a lubrificação e facilitação dos movimentos dos 
pulmões durante a mecânica da ventilação pulmonar, bem como na manutenção do vácuo interpleural, que 
consiste em uma pressão negativa existente entre os dois folhetos. 
 
- Essa pressão negativa se faz importante para a expansão pulmonar: quando a caixa torácica se expande, a 
pleura parietal se afasta da visceral, o que diminui ainda mais a pressão e e pleura visceral é puxada, o que 
faz com que o pulmão se expanda junto aos movimentos de expansão da caixa torácica, mesmo sem que haja 
nenhuma ligamento anatômicoentre as duas pleuras 
– º
 
 
- Essa cavidade pleural em casos patológicos pode ser ocupado com a formação de coleção de gases ou ar 
(pneumotórax) ou líquido (derrame pleural, empiema pleural, hemotórax, quilotórax) 
 
- As doenças que acometem as pleuras podem provocar sequelas com aderência pleural e espessamento 
pleural, com encarceramento pulmonar, como por exemplo, o que ocorre no empiema e na tuberculose 
 
 
⤔ Músculos da respiração 
 
- A entrada de ar (inspiração) no pulmão está relacionada a expansão da caixa torácica pelo auxílio de músculos 
respiratórios, bem como a saída de ar (expiração), está ligada com a diminuição dessa caixa 
 
- Músculo inspiratório: Ao se contraírem produz o aumento do volume da caixa torácica 
 
✓ Diafragma 
✓ Intercostais externos 
✓ Músculos do pescoço (Esternocleidomastoideo e escalenos) 
 
 
- Músculos expiratórios: Ao se contraírem produzem diminuição do volume da caixa torácica 
 
✓ Músculos abdominais (Transverso, Oblíquo externo e interno) 
✓ Músculos intercostais internos 
 
- Ao expandir o tórax por meio da ação dos músculos inspiratórios, o pulmão acompanha essa expansão 
devido ao vácuo interpleural (que fica mais negativo devido o aumento do volume torácico). 
 
- Esse vácuo é responsável por gerar essa sicronia de expansão entre a pleura parietal e visceral 
 
 
CASO CLÍNICO: Miastenia grave: Doença autoimune caracterizada pela presença de anticorpos que ataca 
os receptores de acetilcolina (causa uma broncoconstrição). A acetilcolina é importante na passagem do 
estímulo nervoso ao músculo e provocar as contrações musculares. Pode causar falta de ar, durante uma infecção 
respiratória , caracterizando uma “crise miastênica” na qual a pessoa pode precisar de ventilação mecânica. Essa 
doença afeta apenas a parte mecânica da respiração, diferente da asma 
 
 
Objetivo 2: Descrever a hematose e o transporte de gases no sangue. 
 
⇨ Hematose 
 
- Troca de gás carbônico, que é eliminado, por oxigênio, que passa para a circulação sanguínea 
 
- A hematose consiste na troca do sangue venoso (rico em gás carbônico) em sangue arterial (rico em 
oxigênio). 
– º
 
 
 
➔ Passo a passo da hematose 
 
1- Os alvéolos (meio rico em oxigênio) passa o mesmo para as hemácias (meio pobre em oxigênio) por 
difusão (meio + concentrado para meio – concentrado) 
 
2- O oxigênio penetra as hemácias e se liga a hemoglobina 
 
3- A hemoglobina se combina com moléculas de oxigênio e forma a oxiemoglobina 
 
4- A oxiemoglobina transporta o oxigênio para todas as células do corpo 
 
5- Nos tecidos o oxigênio se dissocia com da oxiemoglobina e se espalha para o citoplasma da célula, 
sendo utilizado pelas mitocôndrias no processo de respiração celular 
 
6- Ao realizar respiração celular, as células produzem gás carbônico, que tem concentração maior no 
interior das células 
 
7- Atraves dos capilares o gás carbônico se liga a hemoglobina formando a carboemoglobina 
 
8- O gaás carbônico reage com a água no interior das hemácias, formando o ácido carbônico (H2CO3), 
 
9- O ácidos carbônico se quebra em íons de H+ e ìons de bicarbonato 
 
10- Os íons de bicarbonato chega até os alvéolos pulmonares penetra as hemácias novamente e formam 
novamente o ácidos carbônico, que é transformado em água e gás carbônico 
 
11- O gás carbônico é eliminado dos alvéolos pelo processo de expiração 
 
- O monóxido de carbono (CO) que é lançado pelos escapamentos dos automóveis é um gás inodoro altamente 
tóxico produzido pela combustão incompleta de substâncias orgânicas. Esse gás é capaz de se combinar com a 
hemoglobina, originando a carboxiemoglobina. Uma vez combinada com o monóxido de carbono, a 
hemoglobina se inutiliza de forma irreversível, não conseguindo mais transportar oxigênio, necessário a 
todas as células do corpo. A alta concentração de monóxido de carbono pode levar à morte por asfixia. 
 
 
⇨ Princípios físicos da troca gasosa, difusão de O2 e CO2 através da membrana respiratória 
 
- O O2 se difunde dos alvéolos para o sangue pulmonar. 
 
- O CO2 se difunde do sangue pulmonar para os alvéolos. 
 
 
⤔ Física da difusão e das pressões parciais dos gases: 
 
- Os gases se difundem das áreas de pressão mais elevada para os as áreas de pressão menos elevada. 
– º
 
 
 
 
⇝ Membrana respiratória: 
 
- Estão presentes em toda a borda do pulmão e realizam troca gasosa. 
- Através dessa membrana que o O2 vai para os capilares e o CO2 entra nos alvéolos 
 
- Camadas da membrana: 
 
1. camada de líquido ao redor dos alvéolos que contenha surfactante. 
 
2. epitélio alveolar: composto por células epiteliais finas. 
3. membrana basal epitelial. 
4. espaço intersticial fino: entre epitélio alveolar e membrana capilar endotelial. 
5. membrana basal capilar fundida em alguns locais com a membrana basal epitelial 
6. membrana endotelial capilar. 
 
 
 
 
 
⇝ Fatores que determinam a rapidez da passagem de um gás pela membrana: 
 
1. Espessura da membrana: apesar do grande número de camadas a espessura da membrana respiratória é 
consideravelmente pequena; quanto mais espessa a membrana, menor é a taxa de difusão; patologias como 
edema, e fibrose pulmonar interferem nesse quesito na membrana. 
 
2. Área de superfície da membrana: área total da membrana; a diminuição da superfície diminui a difusão; 
patologias como o enfisema restringem essa área em até 5x. 
 
3. Coeficiente de difusão: depende da solubilidade da membrana e, inversamente, da raiz quadrada do seu peso 
molecular. 
 
– º
 
4. Diferença de pressão através da membrana: a diferença da pressão parcial do gás nos alvéolos e a do gás no sangue 
é diretamente proporcional a mobilidade do gás pela membrana em qualquer direção. 
 
⇝ Capacidade de difusão da membrana respiratória: 
 
- É expressa como o volume de um gás que se difunde através da membrana por minuto para 1mmHg na pressão 
parcial. 
- A capacidade de difusão do CO2 é 20x maior do que a do oxigênio. 
 
OBS: durante o exercício físico a capacidade de difusão do O2 aumenta em até 3x o seu valor. Esse aumento é 
causado pelo aumento da área de superfície da membrana(os capilares que estavam fechados se abrem e os que já 
estavam aberto se dilatam) e melhora da relação ventilação-perfusão. 
 
⤔ Efeito da proporção ventilação-perfusão na concentração de gás alveolar: 
 
- Va/Q : razão entre a ventilação alveolar e o fluxo sanguíneo pulmonar. 
 
✓ Va/Q = 0, não há ventilação alveolar, de modo que o ar entra em equilíbrio com o CO2 e O2 no sangue. 
✓ Va/Q = ∞, não há fluxo de sangue no capilar para levar O2 para os tecidos e trazer CO2 para os alvéolos. 
✓ Va/Q = está normal, o fluxo sanguíneo e a pressão alveolar estão normais e as trocas gasosas estão quase que 
ideais. 
 
⇝ Conceito de espaço morto fisiológico: quando a ventilação alveolar estiver normal, mas o fluxo alveolar estiver baixo, é 
sinal que há mais O2 nos alvéolos do que pode ser transportado pelo sangue; a concentração de ventilação dos alvéolos não 
perfundidos é considerada desperdiçada porque o O2 não pode ir para o sangue. A ventilação das vias respiratórias de 
espaço morto anatômico é considerada desperdiçada também. A soma dessas duas ventilações perdidas é chamada de 
espaço morto fisiológico. 
 
 
 
⇨ Transporte de gases no sangue 
 
 
⤔ Difusão de O2 dos alvéolos para o sangue capilar pulmonar: 
 
1- A pressão do O2 tecidual é determinada pela taxa de transporte de oxigênio para os tecidos e pela taxa de utilização do 
O2 por esses tecidos. Pode ser afetada por: 
 
✓ Taxa de fluxo sanguíneo: aumento do fluxo em determinado tecido aumenta também a PO2 tecidual. 
✓ Taxa do metabolismo tecidual: se as células usam mais O2 para o metabolismo que o normal, a PO2 tende a diminuir. 
 
2- A diferença entre as pressões de O2 no alvéolo (104mmHg) e no sangue venoso (40mmHg) permitem a difusãodo gás. 
 
 
OBS: Vale ressaltar que, além de ter uma capacidade de difusão 20x maior, o CO2 se difunde em direção contrária ao 
O2. 
 
 
⤔ Curva de dissociação de oxigênio-hemoglobina 
 
– º
 
- Mostra a saturação da hemoglobina ao distribuir o sangue para os tecidos. (vai liberando O2, diminuindo a 
saturação ao longo da circulação) 
 
- O formato sigmoide da curva gráfica é explicado pela maior afinidade do O2 com a hemoglobina, ou seja, quando 
um oxigênio se liga a hemoglobina o próximo terá mais facilidade de se ligar a ela também e assim sucessivamente, 
uma vez que cada hemoglobina pode se ligar a até quatro moléculas de O2. 
 
OBS: a quantidade máxima de oxigênio transportada pela hemoglobina é cerca de 20ml de O2 a 100ml de sangue. 
No sangue arterial a hemoglobina normalmente está saturada em 97% o que corresponde a 19,4ml de O2 em 100ml 
de sangue. Já no sangue venoso, chega, em média a 70% o que contabiliza 14,4ml de O2 a cada 100ml de sangue. 
 
 
 
⤔ Sistema de tamponamento de oxigênio tecidual: 
 
- A hemoglobina atua mantendo a PO2 constante nos tecidos. 
 
 
⤔ Desvios da curva de dissociação de oxigênio-hemoglobina: 
 
- Os desvios para a direita ocorrem quando a afinidade com o oxigênio está baixa, o que facilita a descarga de O2 
pela hemoglobina. 
 
- Acurva é desviada para a direita em casos como o de adaptação à hipoxemia crônica relacionada a vida em altitude 
elevada. (aumento da síntese de 2,3-difosfoglicerato, ou BPG, reduzindo a afinidade da hemoglobina com o oxigênio) 
 
– º
 
 
 
 
⤔ Transporte de CO2 no sangue: 
 
- No repouso, 4ml de CO2 são transportados dos tecidos para os pulmões em 100ml de sangue. 
 
 
 
 
⤔ Efeito haldane: 
 
- É quando o O2 se liga à hemoglobina e o CO2 é liberado. (Inspiração) 
 
- A combinação do O2 com a hemoglobina faz com que ela se torne um ácido mais forte. Essa característica, adquirida 
pela ligação entre ambas, reflete em: 
 
✓ Quanto mais ácida a hemoglobina, menos ela tenderá a se ligar ao CO2, deslocando a parte da carbamino no sangue. 
✓ A maior acidez também favorece a liberação de íons H+ que se ligam ao bicarbonato formando o H2CO3. 
✓ Por fim, o H2CO3 se dissocia em água que, por sua vez, dissocia-se em H+ e dióxido de carbono que é liberado do 
sangue para os alvéolos e, posteriormente, para o ar. 
 
– º
 
⤔ Efeito bohr: o CO2 desloca o O2 para se ligar a hemoglobina. 
 
 
Objetivo 3: Explicar os aspectos mecânicos da respiração (volumes e capacidades). 
 
 
 
⇨ Mecânica da respiração 
 
- Os pulmões acompanham a expansão torácica e sua diminuição, formando assim, diferentes sistemas e sistemas 
obedece algumas leis para que a mecânica da respiração seja possível 
 
⤔ Lei de Boyle 
 
- A lei de Boyle-MAriotte diz que: Sob temperatura constante (condições isotermas) o produto da pressão e do volume de 
uma massa gasosa é constante, sendo portanto, inversamente proporcional 
 
- Qualquer aumento de pressão produz uma diminuição de volume e qualquer aumento de volume produz uma 
diminuição de pressão 
 
- Com o aumento do volume pulmonar, diminui a pressão alveolar em relação a pressão atmosférica, promovendo a 
entrada de ar para os pulmões 
 
- Com a diminuição do volume pulmonar, aumenta a pressão Alveolar em relação a pressão atmosférica, promovendo 
a saída de ar dos pulmões 
 
⤔ Lei de Hooke 
 
- Os corpos perfeitamente elásticos exibem uma relação linear entre força aplicada e a deformação obtida até ser 
alcançado o módulo de elasticidade 
 
- Quantos pulmões com a caixa torácica são elásticas e armazenar energia quando se distendem 
 
- Grande parte do chamado comportamento elástico pulmonar se deve a tensão superficial da interface líquido-gás e 
características do parênquima pulmonar 
 
- Tensão Superficial: A tendência da lâmina líquida que recobre os alvéolos internamente é de contrair devido a tensão 
superficial de alguns líquidos (efeito que ocorre na camada superficial de um líquido que leva a sua superfície a se 
comportar como uma membrana elástica, em que as moléculas situadas no interior de um líquido são atraídas em todas as 
direções pelas moléculas vizinhas e por isso a resultante das forças que atuam sobre cada molécula é praticamente 
nula). Com a entrada de ar nos alvéolos, essa tensão superficial existentes fossa saída do mesmo devido a essa tendência 
natural de colabamento dos alvéolos. os alvéolos não colaboram graças a existência de surfactante pulmonar agente 
tensoativo na água produzido pelos pneumócitos tipo 2 dos alvéolos, que reduz acentuadamente a tensão superficial da 
água que encobre os alvéolos. O surfactante é uma mistura complexa de vários fosfolipídios, proteínas e Íons de cálcio, 
que não se dissolvem uniformemente em Água, espalhando-se sobre a superfície da mesma uma vez que alguns de seus 
componentes apresentam áreas hidrofílicas (que reagirão com a água) e outras áreas hidrofóbicas (que não se dissolve, 
orientando e organizando de outra forma as partículas de água) 
 
- Parênquima pulmonar: Presença de fibras de elastina e colágeno entrelaçadas 
 
⤔ Lei de Laplace e fenômeno da interdependência 
– º
 
 
- La place afirmava que, em um sistema fechado de bolhas comunicantes como os alvéolos, as bolhas menores 
tendenciais basear-se nas maiores. Isso é importante pois quanto menor o tamanho dos alvéolos, maior a sua tensão 
superficial, a mais facilmente ele se colabam 
 
- O fenômeno de interdependência, mais um fator que estabiliza os alvéolos pulmonares evitando que ele se 
colapsem, afirma que os alveolos Mas distendidos tracionam os os alvéolos colapsadas, abrindo-se outra vez 
 
 
 
⤔ Complacência pulmonar: 
 
- Na fisiologia, complacência é uma medida da tendência de um órgão oco a resistir ao recuo as suas dimensões 
originais com a remoção de uma força compressiva ou distensiva. 
 
- É a capacidade de extensão\dimensão desse órgão quando ele é expandido por um aumento de pressão 
transpulmonar 
 
- A complacência em um pulmão adulto normal é de 200ml de ar|cmH2O, isto é, a cada 1cmH2O, o volume 
pulmonar, após 10 a 20 segundos, expande 200ml 
 
CASOS CLÍNICOS: A fibrose pulmonar é uma condição clínica que está associada com uma diminuição da 
complacência pulmonar, enquanto enfisema|DPOC estão associados com um aumento da complacência 
 
- O surfactante pulmonar aumenta a complacência 
 
- A complacência é máxima em volumes pulmonares moderados e muito baixa em volumes que são muito baixo 
ou muito altos 
 
 
 
⇨ Movimentos respiratórios 
 
Inspiração 
 
✓ Consiste na entrada de ar (com alta concentração de O2 e baixa concentração de CO2) para os pulmões 
✓ Durante a inspiração com a expansão da caixa torácica, a pressão alveolar diminui em cerca de 3mmHg em 
relação a atmosférica (760mmHg) 
✓ A pressão interpleural se torna mais negativa (-8mmHg) 
 
Expiração- 
 
✓ Saída do ar (alta concentração de Co2 e baixa concentração de O2) dos pulmões 
– º
 
✓ A pressão alveolar aumentam em cerca de 3mmHg em relação a pressão atmosférica 
✓ A pressão intrapleural torna-se menos negativa (-2mmHg) 
✓ 
 
Inspiração normal: 
 
✓ Contrai o diafragma 
✓ Pressão intrapulmonar reduz em cerca de 3mmHg 
✓ Aumentam o volume do tórax e do pulmão 
 
Inspiração forçada: 
 
✓ Auxiliada pela contração dos músculos acessórios (escalenos e ECM), reduzindo a pressão pulmonar em 
20mmHg ou menos 
 
 
Expiração normal: 
 
✓ Relaxa o diafragma 
✓ Relaxam músculos intercostais e a elasticidade dos pulmões reduz o volume do tórax e do pulmão 
✓ Pressão intrapulmonar aumentam em cerca de 3mmHg 
 
Expiração forçada: 
 
✓ Expiração auxiliada pela contração dos músculos abdominais e intercostais internos que aumentam a 
pressão intrapulmonar em 30mmHg ou mais 
 
⇨ Volumes e capacidades pulmonares 
 
- Os volumes e as capacidades pulmonares são medidos por meio da espirometria 
 
-A espirometria consiste em medir a entrada e a saída de ar nos pulmões, ou seja, afere as capacidades e 
volumes pulmonares 
 
- O espirometro é um equipamento composto por uma escala indicadora de volume, uma campânula flutuante, 
um tranque com água e um bucal 
 
- Pode ser medido 4 volumes: 
 
✓ Volume corrente 
✓ Volume de reserva inspiratório 
✓ Volume de reserva expiratório 
✓ Volume residual 
 
– º
 
- Pode ser medido 4 capacidades: 
 
✓ Capacidades inspiratória 
✓ Capacidade funcional 
✓ Capacidade vital 
✓ Capacidade pulmonar total 
 
 
 
 
 
 
 
⇨ Volumes pulmonares 
 
- Quantidade de ar que o indivíduo é capaz de inspirar ou expirar de acordo com a espirometria 
 
1- Volume corrente (VC=500ml) 
 
- Volume de ar inspirado e expirado em casa ciclo respiratório em condições basais (em repouso) 
 
2- Volume de reserva inspiratória (VRI=300ml) 
 
- É o volume de ar extra que ainda se consegue inspirar depois de já ter inspirado o volume corrente, não 
incluindo-o então 
 
– º
 
3- Volume de Reserva Expiratória (VRE=110ml) 
 
- Volume de ar que por meio de uma expiração forçada, ainda pode ser exalado ao final da expiração do 
volume correte normal 
 
4- Volume Residual (VR=120ml) 
 
- Volume de ar que permanece nos pulmões mesmo ao final da mais vigorosa das expirações (mesmo assim, 
é constantemente renovado) 
 
- Ele é sempre renovado por difusão 
 
- Ele está em equilíbrio com o sangue, pois ele nunca sai do alvéolo para os vasos 
 
 
⇨ Capacidades pulmonares 
 
- São as somas de dois ou mais volumes pulmonares 
 
1- Capacidade Inspiratória (CI= VC + VRI = 3500ml) 
 
- É a quantidade de ar que um indivíduo pode inspira, partindo do nível expiratório basal e enchendo ao 
máximo os pulmões 
 
2- Capacidade residual Funcional (CRF=VRE + VR=2300ml) 
 
- Quantidade de ar que, em condições normais, permanece nos pulmões ao final da expiração normal. Não 
pode ser calculado por espirometria 
 
3- Capacidade Vital (CV=VRI+VC+VRE=4600ml) 
 
- Amplitude total de uma inspiração máxima e uma expiração máxima, passando pelo volume corrente 
 
- Maior quantidade de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões, após eles serem enchido ao máximo, 
em seguida expirado totalmente 
 
4- Capacidade Pulmonar Total (CPT= VC+VRI+VR=5800ml ou CPT=CV+VR) 
 
- Somatório de todos os volumes pulmonares 
 
- Todo o volume de ar existente no pulmão 
 
⇨ Volume Respiratório por minuto (VRM) 
 
- Quantidade total de ar que se movimenta pelas vias respiratórias a cada minuto 
 
VRM= Volume corrente (VC) x Frequência Respiratória 
– º
 
VRM= 500ml x 12 ciclos.min= 6000ml.min ou 6 litros por minuto 
 
Volume Espaço morto (VEM-150ml) 
 
- 6 litros de sangue percorrem as vias aéreas por minuto 
 
- Nem todo ar inspirado participa das trocas gasosas (aproximadamente 150ml) 
 
- Este volume corresponde ao volume do espaço morto, que ocupa apenas a zona que não participa da difusão aérea, isto é, 
a zona de condução 
 
- É o volume de ar que entra nos pulmões e não atinge os alveolos 
 
- Ar que está no nariz, laringe, faringe, brônquios e que será insipirado sem nunca ter entrado nos alveolos 
 
⇨ Ventilação alveolar 
 
- É o volume total de ar que chega nos alvéolos a cada minutos 
 
- VA = FR (VC-VEM) 
Vem 150ml 
Va= 4200ml.min ou 4,2L.min 
 
 
 
Objetivo 4: Explicar a circulação com a dinâmica pulmonar (falar de perfusão,edema, líquido pleural). 
 
⇨ Princípios físicos das trocas gasosas 
 
- Os alvéolos são estruturas saculares que se formam no final de cada bronquíolo e tem em sua volta os 
capilares pulmonar 
 
- Nos alvéolos ocorre a hematose pulmonar, em que entra oxigênio na hemoglobina e saída do gás carbônico 
com dois capilares para o alvéolo 
 
⇨ Circulação pulmonar 
- A circulação pulmonar tem início com o sangue rico em CO2 proveniente do ventrículo direito, 
que passa para o pulmão por meio do tronco pulmonar e artérias pulmonares. 
 
- Essa circulação tem a função de transportar o sangue venoso rico em CO2 até os capilares 
pulmonares, onde o CO2 é expelido para dentro dos alvéolos para ser eliminado na expiração e o O2 é 
absorvido para dentro dos capilares para seguir na circulação sistêmica. 
 
- A distribuição do fluxo depende da inter-relação das artérias e veias pulmonares e as pressões 
alveolares. Os pulmões normais apresentam um gradiente de perfusão entre os ápices e bases dependendo dos 
efeitos da gravidade. 
 
- Na posição ortostática, a pressão hidrostática na base é de cerca de 25 a 30 cmH2O, enquanto que no 
– º
 
ápice é praticamente zero. Existe, então, um gradiente de concentração entre a base e o ápice. Assim, são 
definidas três zonas de perfusão nos pulmões: 
 
*Perfusão é o mecanismo que bombeia sangue nos pulmões. 
 
*Área mais perfundida do pulmão- Base (que chega mais sangue do que ar) 
Áreas mais ventiladas- Ápice (que chega mais ar do que sangue) 
 
 
 
 Zona 1: Nos terços superiores, a maior pressão do alvéolo determina um colapso das veias e artérias, 
oferecendo portanto, uma maior resistência ao fluxo sanguíneo. Logo, nessa zona, a pressão alveolar excede 
a pressão arterial e o fluxo de sangue é muito reduzido nessa área. Isso acontece devido o fato do ar ser 
menos denso que o sangue, concentrando-se então, no ápice dos pulmões, fazendo dessa região a zona mais 
hiperventilada, mas nem tanto hiperperfundida do órgão. 
 
 Zona 2: No terço médio do pulmão, a pressão do alvéolo é superada pelo pico de pressão da arteríola durante 
a sístole ventricular. Assim, nesta região, a perfusão se faz principalmente durante a sístole, parte do ciclo 
cardíaco. Logo, nessa região, a pressão arterial excede a pressão alveolar, e o fluxo sanguíneo aumenta 
em direção a base. 
 
 
 Zona 3: Nos terços inferiores, a pressão alveolar é superada pelas pressões das veias e arteríolas, que 
permanecem dilatados, havendo maior perfusão dessa região durante todo o ciclo cardíaco (a base recebe 4x 
mais sangue que o ápice). Logo, nessa região, a pressão arterial e venosa excedem a pressão alveolar e 
aumentam em direção a base. A resistência ao fluxo sanguíneo é mínima, fazendo com que os capilares 
permaneçam distendidos. Isso ocorre devido à ação da gravidade, que pelo sangue ser mais denso que o ar, 
concentra-se mais facilmente na região da base. Isso faz com que essa região seja a mais hiperfundida (chega 
mais sangue nela), mas não é tão hiperventilada do pulmão. 
 
 
 
 
OBS10: Por esta razão, doenças pulmonares de disseminação hematogênica, como trombose, infarto ou pneumonias, acometem, 
principalmente, as áreas mais perfundidas do pulmão, como a base. Doenças que estão ligadas a regiões mais ventiladas, como 
atelectasia ou tuberculose, acometem mais os ápices pulmonares. 
 
 Tuberculose: doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. A tuberculose se dissemina através de gotículas no 
ar que são expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem, espirram, falam ou cantam. A infecção pelo M. 
tuberculosis se inicia quando o bacilo atinge os alvéolos pulmonares e pode se espalhar para os nódulos linfáticos e daí, através 
da corrente sanguínea para tecidos mais distantes onde a doença pode se desenvolver: a parte superior dos pulmões, os rins, 
o cérebro e os ossos. A resposta imunológica do organismo se dá por meio de macrófagos que matam a maioria dos bacilos, 
levando à formação de tecido fibroso cicatricial ("tubérculos"), formando nódulos de tuberculose, que são pequenas lesões que 
consistem em tecidos mortos de cor acinzentada contendo a bactéria da tuberculose. O problema é que geralmente, essa resposta 
imunológica falha e os bacilos se espalham por todo o pulmão, acarretando na formação de muitos tubérculos, diminuindo 
a capacidade de trocas gasosas. 
 
 Pneumonia são infecções que se instalam nos pulmões que podem acometer a regiãodos alvéolos pulmonares onde desembocam 
as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias 
são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no 
espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. O tipo mais comum é a pneumonia bacteriana, causada pelos Pneumococcus. Esse 
local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contacto do ar com o sangue. Porém, na 
– º
 
pneumonia, os alvéolos estão repletos de hemácias, leucócitos e líquidos, devido à inflamação infecciosa e fragilidade da 
membrna do alvéolo. Isso causa uma redução da superfície respiratória e diminui a ventilação dessas áreas, causando hipóxia 
(↓O2) e hipercapnia (↑CO2). Diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não 
costumam ser transmitidos facilmente. 
 
OBS11: Note que a tuberculose acomete mais o ápice do pulmão por ser uma região hiperventilada, pois o bacilo é adquirido 
pelo ar. Já a pneumonia acomete mais a base por ser uma região hiperfundida, pois boa parte das pneumonias é de origem 
hematogênica (a bactéria vem pelo sangue). 
 
 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR PELA VENTILAÇÃO PULMONAR 
 
O controle do fluxo sanguíneo pulmonar é função da ventilação pulmonar. Áreas pouco ventiladas (hipóxia) causa 
vasocontricção com diminuição do fluxo sanguíneo local, e redistribuiçãoi do sangue para áreas mais ventiladas. A maior 
parte do sangue da circulação pulmonar flui através de áreas bem ventiladas. 
 
PERFUSÃO SANGUÍNEA REGULADA PELA MUDANÇA DA VENTILAÇÃO PULMONAR 
- Uma queda da ventilação pulmonar causa redução do PO2 no sangue, gerando uma vasoconstricção dos vasos 
pulmonares, decaindo o fluxo sanguíneo (diferentmente da vasodilatação que ocorre nos capilares sistêmicos). 
 
- Quando há aumento da ventilação pulmonar, haverá uma maior PO2 sanguínea, gerando vasodilatação de vasos 
pulmonares, aumentando, assim, o fluxo sanguíneo para essa região. 
 
VENTILAÇÃO SANGUÍNEA REGULADA PELA MUDANÇA DA CIRCULAÇÃO PULMONAR 
 
- Quando o fluxo sanguíneo aumenta, aumenta-se a hematose e o PCO2 nos alvéolos, dilatando os bronquíolos para 
aumentar o fluxo de ar entrando no pulmão. 
 
- Quando o fluxo sanguíneo diminui, há uma redução na PCO2 dos alvéolos, causando constricção dos bronquíolos, 
diminuindo o fluxo de ar 
 
*A ventilação pulmonar depende do fluxo sanguíneo (vice-versa) 
 
 
TROCA DE LÍQUIDOS NOS CAPILARES PULMONARES 
 
A dinâmica das trocas de líquidos através das membranas dos capilares pulmonares é qualitativamente a mesma que ocorre 
nos tecidos periféricos. Entretanto, do ponto de vista quantitativo, existem diferenças importantes, que incluem as seguintes: 
 
✓ A pressão capilar pulmonar é baixa, de cerca de 7mmHg, em 
comparação com a pressão do capilar funcional dos tecidos periféricos, 
que atinge cerca de 17mmHg. 
 
✓ A pressão coloidosmótica do líquido intersticial é ligeiramente mais 
negativa do que no tecido subcutâneo periférico, sendo cerca de -
14mmHg. 
 
 
✓ Os capilares pulmonares são relativamente permeáveis às proteínas, de 
modo que a pressão coloidosmótica do liquido intesticial pulmonar é de 
cerca de 14 mmHg. 
 
✓ As paredes alveolares tão finas que qualquer pressão positiva nos 
espaços intesticiais maior do que a pessão alveolar (superio a 0 mmHg), 
permite a passagem de líquidos dos espaços intesticiais para o interior 
dos alvéolos. O líquido intersticial exerce pressão coloidosmótica 
negativa de -8 mmHg. 
 
Logo, tem-se: 
PRESSÃO DE FILTRAÇÃO = FORÇA DE EXPULSÃO (29) – FORÇA DE ABSORÇÃO (28) = +1 
 
– º
 
OBS12: A pressão intesticial negativa dos pulmões serve como mecanismo para manter os alvéolos “secos”. Isso serve como 
explicação para intender o porquê que os alvéolos não se enchem de líquidos, uma vez que sua membrana é muito frágil. Isso 
não acontece porque os capilares pulmonares e o sistema linfático pulmonar normalmente mantêm uma ligeira pressão negativa nos 
espaços intersticiais, o que mostra que qualquer excesso de líquido dentro do alvéolo será simplesmente sugado para o 
interstício. Uma pequena quantidade de líquidos exsuda do epitélio sobre a superfície de revestimento dos alvéolos para mantê-los 
úmidos. 
 
 Edema pulmonar: qualquer fator capaz de elevar a pessão dos líquidos intersticiais fará com que haja extravasamento deles 
para dentro dos alvéolos, dificultanto o processo da hematose. As causas mais comuns são insuficiência cardíaca esquerda 
(causa grande aumento da pressão venosa pulmonar e inundação dos espaços intesticiais), insuficiência hepática (por 
diminuição da albumina sérica) e lesões da membrana dos capilares pulmonares (causada por infecções como a pneumonia 
ou por inalação de substâncias nocivas, como gás cloro e dióxido de enxofre). Para diminuir e tratar edemas pulmonares, 
aumeta-se a pessão dos gases respiratórios e administra-se albumina, fazendo com que o líquido intesticial volte para os 
capilares por pessão aérea e osmótica. 
 
 
REGULAÇÃO NEUROLÓGICA DA RESPIRAÇÃO 
A molécula de O2 se liga fracamente com a porção heme da hemoglobina, que transporta 97% do O2. Quando a PO2 nos 
capilares alveolares está elevada o O2 se liga a hemoglobina, e quando a PO2 cai nos tecidos, o O2 se dissocia da hemoglobina. 
O centro respiratório é composto por neurônios localizados no bulbo e na ponte e ajuda no ajuste da respiração. Existem 
grupos de neurônios dorsais do bulbo responsáveis pela inspiração e neurônios ventrais responsáveis pela expiração. 
O O2 não exerce efeito direto sobre o centro respiratório, porém atua antes sobre os quimioreceptores periféricos 
(carotídeos e aórticos) os quais transmitem sinais nervosos ao centro respiratório via nervos vago e glossofaríngeo. O excesso 
de dióxido (ou de íons de hidrogênio) exerce ação direta sobre o próprio centro respiratório, estimulando os movimentos de inspiração 
e expiração. 
Uma vez alteradas, as concentrações dos gases estimulam o centro respiratório, o qual promove o aumento ou a diminuição 
da ventilação, regulando o equilíbrio entre os gases respiratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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