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- Índice Fundamental do Direito Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários - Grades Limites de Penas - Limite das Penas - Art. 75, Limite das Penas - Aplicação da Pena - Penas - Código Penal - CP - DL-002.848-1940 - Art. 81, Limite da Pena Unificada - Aplicação da Pena - Penas - Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969 - Limites das Penas - Contravenções Penais - DL-003.688-1941 - Penas Limites de Penas "Tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade: não pode ser superior a 30 anos (CP, art. 75). Tal dispositivo encontra-se em sintonia com o art. 5º,XLVII, b, da Constituição, que proíbe penas de caráter perpétuo. Ainda que a pena imposta na condenação ultrapasse 30 anos, o juízo da execução deve proceder à unificação para o máximo permitido em lei. Esse limite só se refere ao tempo de cumprimento de pena, não podendo servir de base para o cálculo de outros benefícios, como livramento condicional e progressão de regime. Nesse sentido é o teor da Súmula 715 do STF, editada em 14-10-2003: "A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução". Dessa forma, se o agente for condenado a 900 anos, só poderá obter o livramento condicional após o cumprimento de 1/3 ou metade de 900, e não de 30. Assim, só sairia em liberdade condicional após cumprir 300 ou 450 anos de pena (não conseguiria o benefício). Trata-se, portanto, da imposição de um limite máximo de cumprimento de pena, sem qualquer efeito quanto à progressão de regime, a qual continuará tendo por base a pena total imposta na sentença (Nesse sentido: STJ, RHC 2.162-0, Rel. Min. Edson Vidigal, DJU, 1 Q-3-1993; STJ, 5" T, RHC 3.927-2-SP, Rel. Min. Edson Vidigal, unânime, DJU, 7- 11-1994; STJ, cf. RT, 700/398; STF, HC 69.330-0, Rel. Min. Francisco Rezek, DJU, 16-10-1992, p. 18043; STF, RE 111.489-4, Rel. Min. Néri da Silveira, DJU, 24-4-1992, p. 5379; STF, HC 70.0349, Rel. Min. Celso de Mello, DJU, 16-4-1993, p. 6436; STF, HC 66.212-9-SP, DJU, 16-21990, Rel. Min. Néri da Silveira; HC 65.522-0, DJU, 11-12-1987, Rel. Min. Sydney Sanches; STJ, HC 194- SP, DJU, 18-6-1990, Rel. Min. José Cândido; STF, 2' T., HC 69. 161- 7/SP, Rel. Min. Néri da Silveira, DJU, Seção I, 12-3-1993, p. 3560; STJ, 5ª T, RHC 2.162-0/SP, Rel. Min. Edson Vidigal, Ementário STJ, 7/749.). Há, porém, entendimento em sentido contrário, sob o fundamento de que a nossa Constituição veda a pena perpétua (art. 5º, XLVII) (6" T, RHC 3.808-0-SP, Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, maioria, DJU, 1912-1994.). Nova condenação: sobrevindo nova condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando- se, para esse fim, o período de pena já cumprido. Exemplo: "A" é Referências e/ou Doutrinas Relacionadas: Ação Penal Agravantes no Caso de Concurso de Pessoas Agravo Criminal Analogia Antijuridicidade Antijurídico Aplicação da Lei Penal Aplicação da Pena Arrependimento Posterior Atenuação Especial da Pena Aumento de Pena Cálculo da Pena Características das Penas Causas de Aumento e Diminuição da Pena Causas de Extinção da Punibilidade Centro de Observação na Execução Penal Circunstâncias Circunstâncias Agravantes Circunstâncias Atenuantes Classificação dos Crimes condenado a 150 anos de reclusão. Procedida a unificação, cumpre 30. Após cumprir 12 anos, é condenado por fato posterior ao início do cumprimento da pena. Nessa nova condenação, é-lhe imposta pena de 20 anos. Somam-se os 18 que faltavam para cumprir os 30 anos com os 20 anos impostos pela nova condenação. Dessa soma resultará a pena de 38 anos. Procede-se a nova unificação para o limite de 30 anos. Agora, além dos 12 já cumpridos, terá de cumprir mais 30. Observe-se que a unificação das penas nesse limite traz um inconveniente: deixa praticamente impune o sujeito que, condenado a uma pena de 30 anos de reclusão, comete novo crime logo no início do cumprimento dessa sanção. Reforce-se que o art. 75 do CP refere-se apenas à duração do cumprimento das penas impostas antes e durante a execução da pena, de modo que, havendo um hiato entre a satisfação das penas anteriores cumpridas pelo sentenciado e o começo de novas penas, impostas após o cumprimento daquelas, não se aplica o mencionado artigo. Art. 9º da Lei n. 8.072/90 (Lei de Crimes Hediondos): é preciso tomar cuidado para não confundir a regra desse dispositivo com a que está sendo presentemente estudada. No caso da Lei n. 8.072/90, foi estabelecido o limite de 30 anos como o máximo que o juiz da condenação poderá impor ao réu na sentença condenatória por crime previsto nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal. O limite, portanto, não é para o cumprimento da pena imposta, mas para sua imposição na sentença (máximo de 30 anos para cada crime). Exemplo: o latroCÍnio é punido com pena de 20 a 30 anos de reclusão. Caso seja cometido contra vítima não maior de 14 anos (uma das hipóteses do art. 224), o art. 9º manda acrescer a pena de metade, mas, por outro lado, impede o juiz de condenar o réu a mais de 30 anos, embora, em tese, o máximo cominado chegasse a 45 anos (30 + metade de 30). Assim, o limite de que trata a legislação especial é para a pena aplicada na sentença e não para a pena a ser executada, regra distinta da do art. 75 do Código Penal. Por conseguinte, o condenado por um crime previsto na mencionada lei especial pode obter os benefícios legais (progressão, livramento condicional, indulto etc.) tendo como base uma pena de 30 anos, ao contrário do que ocorre nos demais crimes, segundo o entendimento jurisprudencial que se firmou a respeito do art. 71, § I º, do Código Penal. Limite da pena de multa: a pena de multa tem seu limite máximo em 360 dias-multa, no valor de 5 salários mínimos (CP, art. 49, § 1º), podendo ser triplicada se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. Poderá atingir, assim, 5.400 salários mínimos (o vigente no País na época do crime), atualizado pelos índices de correção monetária (CP, art. 49, § 2º). Jurisprudência: "A Constituição Federal, art. 5º, XLVII, b, não admitindo pena de caráter perpétuo, possibilita que o condenado, por exemplo, a mais de 100 anos de reclusão possa, por unificação, reduzi-Ia a 30 anos. Porém, o limite máximo de 30 anos de reclusão, resultante de unificação Cláusula Penal Comissão Técnica do Controle da Pena Cominação das Penas Comunicabilidade e Incomunicabilidade de Elementares e Circunstâncias Comutação da Pena Concepção do Direito Penal Concurso de Crimes Concurso de Infrações Concurso de Pessoas Concurso entre Causas de Aumento de Pena Concurso Formal Concurso Material Condenação Penal Conduta Contagem do Prazo Conversões de Penas Conversão das Penas Restritivas de Direitos Crime Consumado Crime Continuado Crime Impossível Crime Preterdoloso Critérios Especiais da Pena de Multa Culpabilidade Cumprimento da Pena Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz Detração Penal Diminuição da Pena Direito Penal no Estado Democrático de Direito Efeitos da Condenação Eficácia de Sentença Estrangeira das penas, não assegura ao condenado o direito a progressão, a liberdade condicional ou qualquer outro instituto, tipo remição, comutação etc. (precedentes do STF, HC 66.212-9/SP, DJU de 16-2- 90, Rel. Min. Néri da Silveira; HC 65.522-0, DJU de 11-12-87, Rel. Min. Sydney Sanches; STJ, HC 194/SP, DJU de 18-6-90, Rel. Min. José Cândido). Institutos estes que serão regulados pela pena total. Condenado, por responder a dezesseis processos, à pena de cento e oito anos de reclusão. Desse limite não reluta qualquer outro efeito,