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Teoria da pena

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DATA: 16/08/21 AULA 1: TEORIA DA PENA 
 
TEMA 1: Teorias e Transformações Históricas da Sanção Penal. 
> Avaliar as transformações históricas da sanção penal desde sua antiguidade 
até os dias atuais, a partir da investigação do desenvolvimento do Direito 
Penal. 
Referências: 
1 – BECCARIA, Cesare Bonesana Marques. Dos deleitos e das penas. São 
Paulo: Martin Claret, 2000, p. 126. 
2 – FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Nascimento da prisão. 1987. 
>Situação-problema sobre Vigiar e Punir, obra de Michel Foucault. 
(...) 
a) O decorrer da história da legislação penal brasileira, a sanção penal 
vivenciou em algum momento a execução que repousasse no corpo do 
indivíduo? Você identificou alguma semelhança nos dias atuais? Sim, houve 
sim. Hoje em dia, não mais. 
Há uma visão sobre o brasileiro como um povo pacífico, alegre e tolerante, 
contudo, não se confirma em nossa história. Pois, fomos uma colônia de 
Portugal e um país formado pelo trabalho escravo, por assim sustentando por 
leis penais extremamente rigorosos. 
As Ordenações Filipinas, vigoraram de 1603 até 1830. 
O famoso livro V do mais longo Código Penal brasileiro descrevia as possíveis 
penalidades: 
“... morte natural, morte natural com crueldade, morte pelo fogo, açoites...” 
>Com a independência do Brasil, as Ordenações Filipinas passaram a ser 
questionadas pela crueldade... —> em 1830 foi promulgado o primeiro Código 
Criminal do Brasil. 
>Código Criminal foi feito para aquietar a sociedade, reestabelecer o equilíbrio 
político. 
>O mais importante a ser destacado é que esse Código Penal marcou o 
nascimento da prisão no Brasil. 
Até 1830, era usado um tipo de prisão cautelar, uma maneira de impedir que o 
prisioneiro fugisse antes de ser punido. 
>A primeira instituição carcerária construída foi a Casa de Correção da Corte. 
A ideia era humanizar as sentenças e, “corrigir” os infratores. A inspiração 
arquitetônica foi o projeto carcerário de Jeremy – sistema panóptico. 
*Como era o sistema panóptico? Ficava uma torre no centro do carcerário, 
com um responsável vigiando tudo. Porém, isso não deu muito certo porque 
havia “pontos escuros”, que não podiam ser vigiados por um único olhar. 
>A Casa de Correção do Rio de Janeiro, também chamada Casa de Correção 
da Corte, foi criada em 6 de julho de 1850 pelo decreto n. 678. 
>A maioria dos detentos contava entre 21 e 40 anos. A Casa de Correção vinha 
para conter os negros libertos (pelos seus senhores) e disciplinar. 
>A Casa de Correção, não deu certo, mesmo com suas “melhorias”, que não 
adiantavam de nada e em 2010, a antiga prisão, que se transformara no 
Complexo Penitenciário Frei Caneca, foi desativada. 
O que BECCARIA fala em sua obra: 
>Prisão cautelar como “ultimo ratio” 
>Não se admite um processo penal inquisitório (é aquele que não tem uma 
defesa), atualmente temos um processo penal acusatório (proteção e 
averiguação do acusador) 
>Direito penal: vingança coletiva —> humanismo 
Principais premissas: 
>Fim da pena de morte 
>Igualdade entre réus que praticaram o mesmo crime 
>Fim da tortura como um dos mecanismos de prova 
>Direito penal mínimo —> D. penal não pode regular muitas condutas —> a 
consequência é a fragilização do D. penal —> não se deve banalizar o D. penal 
>Cesare Beccaria propõe reestruturação do D. penal 
>Penas humanas —> o réu é um sujeito de direitos 
>Proporcionalidade —> entre a conduta praticada e o escalonamento entre as 
penas 
>Separação dos poderes —> 3 poderes no direito penal: legislação (elabora a 
leis), judiciário (julgar a conduta e sua adaptação a lei) e executivo (para 
executar a pena que foi imposta); 
>Para Beccaria, a pena veria do pacto social. 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DATA: 23/08/21 
• CONTINUAÇÃO DA AULA 1: 
>Silogismo (é uma conclusão) a ser feito pelo juiz: 
• Premissa maior: lei geral; ex.: art. 155 CP 
• Premissa menor: conduta 
Ex.: Enzo estava na balada, e avistou uma moça, logo ele pensou que a 
mesma é maior de idade, por estar em uma balada, e se relacionou com ela. Já 
no dia seguinte, Enzo é denunciado pelo pai da moça, por estupro de 
vulnerável, pois a moça tem menos de 14 anos. 
• Consequência: pena ou liberdade após análise das provas. 
Assim sustenta Cesare Beccaria sobre aplicação da pena: 
Direito de punir nasce da necessidade da segurança geral da sociedade. A 
aplicação das penas não deve traduzir vingança coletiva, mas, antes, ter em 
mira a justiça, a prevenção do crime, e a recuperação do criminoso. 
Até o séc. XVIII: Após o séc. XVIII: 
Suplícios Disciplina 
Corpo ------------------------------> Racionalidade 
Crueldade Iluminismo Alma 
Exemplo Domesticação 
 
CÓDIGO CRIMINAL – 1830 
INSURREIÇÃO 
Art. 113 – Julgar-se-há commettido este crime, retinindo-se vinte ou mais 
escravos para haverem a liberdade por meio da força. 
Penas – Aos cabeças - de morte no gráo maximo; de galés perpetuas no 
minimo; e por quinze annos no minimo; - aos mais - açoutes. 
—> Apesar de os tribunais continuarem sentenciando a pena de morte até o 
fim do Império, em 1889, as forcas foram definitivamente aposentadas uma 
década antes. 
No Brasil existe pena de morte? Sim, salvo em caso de guerra declarada. 
Art. 5 CF/88 XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
—> Não vai ficar preso para sempre 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimentos; 
e) cruéis; 
Na doutrina a história do Direito Penal possui divisão em fases. E segundo 
Cleber Masson são elas: 
>Vingança privada: envolve você e sua família 
>Vingança divina: quem te puni e o representante da igreja 
>Vingança pública: enforcamento em praça pública com plateia 
O art. 5 da CF, por exemplo, contém inúmeros dispositivos da matéria de 
direito penal que objetiva resguardar a dignidade da Pessoa humana, entre 
eles estão: 
XL – Anterioridade da lei penal 
XLVI - individualização da pena 
XLV - proibição da punição passar da pessoa do condenado 
XLVII - proibição de banimento, prisão perpétua, trabalhos forçados, morte, 
salvo em guerra declarada e cruéis. 
Questão 1: 
O sistema das penas sempre esteve em transformação para acompanhar a 
evolução social. Sobre a história das penas, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
Alternativas: 
 
A) Nos tempos medievais o castigo tinha a finalidade de provocar o medo 
coletivo, com a aplicação de penas bárbaras, como torturas, amputação de 
órgãos e mutilações. 
B) Para Cesar Beccaria, na sua obra Dos delitos e das penas, a pena tinha 
como origem o pacto social, ideia originalmente vinda da teoria clássica do 
contrato social, em que só as leis poderiam decretar as penas dos delitos. 
C) A caracterização da prisão como sanção penal somente se deu na Idade 
Média, momento em que se começa a disseminar a utilização de castelos e 
outros estabelecimentos como verdadeiras casas de recolhimento para o 
crescente número de delinquentes e mendigos. 
D) Na vingança pública, a pena de morte é vista como uma sanção largamente 
difundida e aplicada por motivos que hoje são considerados insignificantes. 
RESPOSTA: C 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
AULA 2: CONCEITO DA PENA – TEORIAS ABSOLUTAS, RELATIVAS E 
MISTAS – TIPOS DE PREVENÇÃO 
—> Medida de segurança: Àquele que não possua sanidade 
• Teorias absolutas: Quem pratica um mal deve sofrer um mal. A pena se 
funda na justa retribuição. 
• Teorias relativas: Prevenir a ocorrência de novas infrações penais 
A prevenção opera-se de duas formas: 
—> Prevenção geral:É para todos (pode ser negativa ou positiva) 
—> Prevenção especial: É para o indivíduo que já praticou o crime, pra não 
fazer novamente (negativo) 
—> Pena positiva: Introduzir valores éticos e morais para o condenado 
• Teorias mistas ou unitárias: Combinam as teorias absolutas e as relativas 
Os fundamentos contidos nas citadas teorias estabelecem uma ideia global da 
função da pena: 
• realização de justiça (teoria retributiva, absoluta); 
• proteção da sociedade por meio da ameaça da pena (prevenção geral) 
•proteção da sociedade evitando a reincidência do delinquente (prevenção 
especial) 
Questão 1: 
Assinale a alternativa correta sobre a Teoria absoluta da pena: 
Alternativas: 
A) foi desenvolvida na Idade Média, com o único propósito de punir o 
condenado, para que entendesse que estava sendo penalizado em razão de 
seu desrespeito para com as normas jurídicas e para com seus iguais. 
B) a pena se justifica não para retribuir o fato delitivo cometido, mas, pela 
necessidade de evitar a prática de delitos. Assim, a pena era vista como 
instrumento apto à prevenção de possíveis delitos, tinha, pois, um nítido 
caráter utilitário de prevenção. 
C) a pena seria aplicada para impor o medo. Todavia, muitas vezes, tal medo 
era incapaz de coagir a prática do delito, já que o condenado agia com 
confiança de que não seria descoberto. 
D) consiste no estabelecimento de diretrizes de conduta para a sociedade, 
através da demonstração do especial valor de determinados bens jurídicos, 
que se faz por meio da criação dos tipos penais, da cominação das penas 
correspondentes e do estabelecimento dos critérios de persecução penal. 
RESPOSTA: A 
Questão 2: 
Sobre a Teoria da Pena, assinale a alternativa INCORRETA: 
Alternativas: 
A) A teoria relativa da pena tem a finalidade de impedir o cometimento de 
novos ilícitos, a partir da aplicação imediata da pena. 
B) Para a teoria mista ou eclética, a pena é tanto uma retribuição ao 
condenado pela realização de um delito, como uma forma de prevenir a 
realização de novos delitos. 
C) Segundo a teoria da prevenção especial, a pena destina-se diretamente à 
coletividade, como forma de intimidação. 
D) De acordo com a prevenção geral positiva, o objetivo da pena não é 
intimidar, e sim demonstrar a vigência da lei, a fim de restaurar a confiança da 
coletividade na organização na execução do ordenamento jurídico. 
E) Na prevenção geral negativa, a finalidade da pena dar-se-ia por intimidação, 
para fazer a comunidade refletir antes de realizar qualquer ilícito penal. 
RESPOSTA: C 
 
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------- 
AULA 3: O SISTEMA PENAL BRASILEIRO. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA 
PENA E PENAS ADMITIDAS NO DIREITO BRASILEIRO. 
A Constituição Federal possui alguns dispositivos relacionados com a 
disciplina das penas. 
• Princípio da personalidade (intranscendência) da pena: a pena não passará 
da pessoa do condenado (art. 5 XLV CF) 
—> limitação dos efeitos da punição ao condenado, não atingindo terceiros, 
como seus descendentes 
• Princípio da individualização da pena: todo indivíduo tem o direito de ter a 
pena a ele aplicada individualmente (art. 59) 
—> Não pode haver uma aplicação de sanção idêntica todos (art. 5 XLVI CF) 
*Quem cria crime é o Congresso Nacional 
FASE DE EXECUÇÃO: 
Lei 7210/84 —> Lei Federal 
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e 
personalidade, para orientar a individualização da execução penal. 
Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
(....) 
⦁ Princípio da inderrogabilidade da pena 
“O juiz poderá deixar de aplicar a pena quando....” →perdão judicial 
EX: 
Art. 121 CP § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de 
aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de 
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária 
Art. 129 CP § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. 
Art. 5° CR XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre 
outras, as seguintes: PENAS ADMITIDAS NO BRASIL. 
a) privação ou restrição da liberdade; 
—> reclusão; detenção 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
Art. 32 CP: 
As penas são: 
 I - privativas de liberdade; 
 II - restritivas de direitos; 
 III - de multa. 
• P. da legalidade (reserva legal) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
PENAS PROIBIDAS: 
XLVII - não haverá penas: (P. da humanidade) 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o período de amamentação; 
Questão 1: 
1) Com o advento da Constituição Federal de 1988, adota-se o princípio da 
dignidade humana, pilar da república federativa do Brasil, instituindo que é 
proibido aplicação de penas que sejam degradantes, que violem a dignidade 
humana. Sendo assim, está INCORRETA a alternativa: 
Alternativas: 
A) A proibição de que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante é uma decorrência do princípio da humanidade. 
B) O cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado, quando 
cumprido em respeito aos pilares da dignidade da pessoa humana, é 
permitido no ordenamento jurídico brasileiro. 
C) O princípio da humanidade das penas garante que o indivíduo que cometeu 
crime seja punido pelo Estado de acordo com as normas legais, haja vista a 
existência do Estado Democrático de Direito. 
D) Não se admite no ordenamento jurídico a imposição de penas restritivas de 
direitos consistentes na proibição de frequentar determinados lugares e 
limitação de fim de semana. 
RESPOTA: D 
Questão 2: 
Este princípio está diretamente relacionado com o sistema trifásico da pena. 
Na dosimetria da pena, o juiz tem que analisar subjetivamente o condenado, 
isto é, sua conduta, culpabilidade, personalidade e demais aspectos 
subjetivos. Esta individualização se manifesta também em não transpor à 
pessoa do condenado a sua pena, seja ela privativa de liberdade ou mesmo 
pecuniária. Precipuamente, trata-se do postulado da: 
Alternativas: 
A) pessoalidade. 
B) legalidade. 
C) proporcionalidade. 
D) individualização. 
E) culpabilidade 
RESPOSTA: A 
 
5. São penas proibidas no direito brasileiro, exceto: 
a) Banimento. 
b) Cruéis. 
c) Trabalho não remunerado. 
d) De caráter perpétuo. 
e) Infamantes. 
RESPOSTA: C 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DATA: 30/08/21 
Aula 4: Pena Privativa de Liberdade – Analisar a função da pena privativa de 
liberdade, a partir de sua classificação e dos regimes de cumprimento da 
pena. 
•A prisão como pena é de aparecimento tardio na história do direito penal. 
—> Prisão preventiva: Pessoa que foi presa mais ainda não foi julgada. 
—> Prisão pena é depois do julgamento. 
Na Idade Antiga, o encarceramento fazia-se em poços, masmorras, em 
monteiros e castelos, como etapa preliminar da aplicação de penas corporais. 
•A pena de prisão se difundiu no século XVIII (18), junto com o Iluminismo, 
quando desapareceu o corpo como alvo principal de repressão penal e 
passou-se a controlar e a dominar a alma, por meio da disciplina e da 
correção. 
•A prisão-pena significa a legítima privação do direito à liberdade do 
condenado. O ordenamentojurídico brasileiro prevê três espécies dessa 
forma de punição: 
>Reclusão: crimes mais graves (homicídio). 
>Detenção: crime menos grave. 
>Prisão simples (contravenções penais): crimes menos graves ainda. 
•Sanção penal: pena (privação de liberdade, restrição de direitos e multa) e 
medida de segurança (inimputável e semi-imputáveis). 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE: 
Espécies: Reclusão, detenção e prisão simples. 
REGIMES PENIENCIÁRIOS: 
>Fechado: superior a 8 anos. 
>Semi-aberto: superior a 4 até 8 anos, salvo se reincidente. 
—> Já foi condenado anteriormente. 
>Aberto: até 4 anos, salvo se reincidente. 
Deve avaliar: a pena / a reincidente / circunstâncias judiciais (fatos 
relacionados ao indivíduo) Art. 59 CP. 
Observações: 
•Súmula n° 719 STF 
—> Por exemplo, tem uma pena de 7 anos, que seria semi-aberto, mas o juiz 
entende pela agressividade, pela culpabilidade, pelos seus antecedentes do 
indivíduo, o juiz vai juntando tudo do art. 59 CP e coloca o condenado para 
iniciar no fechado. 
•Súmula n° 718 STF 
—> No código penal diz que até 4 anos é aberto e o juiz colocava o indivíduo 
no fechado porque não foi com a cara do mesmo. 
Progressão de regime: O Brasil adotou o modelo inglês > a progressão de 
regime permite a reinserção e a ressocialização do condenado. 
Requisitos objetivos e subjetivos (art. 112, part. 1°). 
•Objetivos 
Lei 7210/84 Lei da execuções penais (LEP) 
Art. 112 
Art. 33, § 4º CP – O condenado por crime contra administração pública 
(corrupção, desvio de verba) terá a progressão de regime do cumprimento da 
pena condicionada à reparação do nado que causou, ou a devolução do 
produto do ilícito praticada... (requisito objetivo) 
Remição da pena: significa o direito daquele que cumpri pena, em regime 
fechado ou semi-aberto, de abater, do trabalho ou estudo, parte do tempo da 
pena que tem que ser cumprida. (Art. 126 LEP) 
Trabalho: a cada 3 dias > 1 dia de pena. 
Estudo: a cada 12h distribuídas > 1 dia de pena. 
Recomendação n° 44 CNJ Segundo a norma, o preso deve ter o prazo de 22 a 
30 dias para a leitura de uma obra, apresentando ao final do período uma 
resenha a respeito do assunto, que deverá ser avaliada pela comissão 
organizadora do projeto. Cada obra lida possibilita a remição de quatro dias 
de pena, com limite de doze obras por ano, ou seja, no máximo 48 dias de 
remição, por leitura a cada doze meses. 
Detração penal: abatimento da pena condenatória da pena preventiva. 
—> Ex.: Ana ficou 1 ano na prisão preventiva até ser condenada, foi 
condenada a 5 anos no final do processo, ela não ficara por mais de 5 anos, 
vai sofrer uma detração. 
Reclusão e detenção: 
 Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-
aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo 
necessidade de transferência a regime fechado. 
 § 1º - Considera-se: 
 a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança 
máxima ou média; 
 b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial 
ou estabelecimento similar; 
 c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou 
estabelecimento adequado. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DATA: 06/09/21 
AULA 5: Penas Restritivas de direitos e Multa 
Art. 32, CP – As penas são: 
I – privativa de liberdade; 
II – restritivas de direitos; 
III – de multa. 
—> Praticou um crime sem violência. Ex.: Furto. 
•Súmula vinculante 56 STF: 
—> Não pode colocar o condenado no regime fechado quando não há 
estabelecimento adequado, deve-se colocar em prisão domiciliar e 
tornozeleira. 
Seção II: Das Penas Restritivas de Direitos. (art. 43 ao 48 CP) 
Art. 43 – As penas restritivas de direito são: 
I- prestação pecuniária; 
—> É pagamento a vista ao lesado, seus dependentes ou, eventualmente, a 
entidades públicas ou privadas com destinação social. A multa, por seu turno, 
destina-se sempre ao Estado. 
*Todas as penas restritivas de direito quando não são cumpridas podem ser 
convertidas (conversão) em privativa de liberdade, o que não ocorre com a 
pena de multa. 
II- perda de bens e valores; 
—> A perda de bens e valores podem ser extintas aos herdeiros desde que o 
orbito ocorra APÓS o trânsito o julgado da sentença condenatória. 
III 
IV- prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
—> Pintar muros; trabalhar na lei-seca. 
V- interdição temporária de direitos (art. 47, I, II, III, IV, V, CP); 
VI- limitação de fim de semana (art. 48, parágrafo único). 
Requisitos cumulativos para aplicação: 
Art. 44 – As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as 
privativas de liberdade, quando: 
—> Pena não superior a 4 anos nos crimes dolosos; 
—> O crime não pode ser praticado com violência ou grave ameaça à pessoa; 
—> O réu não pode ser reincidente específico; 
—> Ex.: O indivíduo foi condenado por estelionato, cumpriu a pena e, logo 
após, foi preso novamente pelo mesmo crime, isto é reincidente específico. 
—> Deve ser analisado as circunstâncias judiciais. 
OBS: No crime culposo não existe limitação de pena, e pode ser superior a 4 
anos. 
• O juiz só pode negar a substituição com base no art. 59 se ele objetivar o 
requisito que é subjetivo (comprovar, justificar, motivar). 
—> Culpabilidade: Grau de reprovação social da conduta. 
—> Antecedentes: Sentença penal condenatória transitada em julgado. 
—> Conduta Social: Comportamento sociais do sujeito. 
—> Personalidade: Juiz pode determinar que um psicólogo ou psiquiatra trace 
a personalidade do indivíduo. 
—> Motivos para o crime: Qual era o motivo, se era fútil, se foi sem motivo. 
—> Circunstâncias: Situação, particularidade que caracterizam o crime. 
Reincidência ≠ Antecedentes 
• É possível uma pessoa ter maus antecedentes e não ser reincidente. Isso 
porque, a reincidência dura 5 anos, no Brasil. 
• Ter maus antecedentes significa possuir S.P.C.T.J 
Natureza jurídica: substitutividade e autonomia 
1) Autônomas 
—> Ser autônomas é o contrário de ser acessória. As P.R.D não são aplicadas 
em complementação, em conjunto com as penas privativas de liberdade. 
2) Substitutiva 
—> Ninguém é condenado a uma pena restritiva de direitos, ela vem em 
substituição à pena privativa de liberdade. Significa dizer, a pena privativa de 
liberdade é substituída pela pena restritiva de direitos. 
No entando, para proceder com a substituição, o juiz deve seguir uma tabela. 
(art. 44, parágrafo 2) 
Art.44, §2 CP: “Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode 
ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um 
ano, a pena privativa de liberdade por ser substituída por uma pena restritiva 
de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos” 
Conversão (Art.44, §4) 
“A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando 
ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. 
—> Só falta 5 dias para terminar sua pena, você decide não cumprir mais, será 
como pena cumprir mais 30 dias de detenção ou reclusão. 
*A contraversão da pena de liberdade em restritiva de direito ocorre após a 
dosimetria da pena. 
•Súmula 588 do STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a 
mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a 
substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
SEÇÃO III: DA PENA DE MULTA 
Multa 
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da 
quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 
(dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a 
um trigésimo do maior salário-mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem 
superior a 5 (cinco) vezes esse salário. 
----------------------------------------------------------------------------------------------DATA: 13/09/21 
AULA 6: Sistemas de Aplicação de Pena 
Avaliar os sistemas de aplicação da pena, a partir da dosimetria da pena, para 
fins de valoração da individualização e execução da pena em conformidade 
com os limites constitucionais 
Pena privativa de liberdade ou multa 
Se escolher a pena privativa de liberdade: 
1°- calcula o quantum da pena privativa de liberdade → qual o regime prisional 
para cumprimento inicial da pena → analisar a possibilidade de substituir a 
prisão por penas alternativas (penas restritivas de direito) ou suspender 
condicionalmente a execução penal. 
1° fixa o juiz a pena base a partir da análise das circunstâncias judiciais. 
—> Pena base é o preceito secundário > é a pena. 
2° analisar as circunstâncias atenuantes (art. 65) e agravantes (art. 61; art. 121) 
de pena→ fixa uma pena intermediária. 
*Na primeira e segunda fase da dosimetria da pena, não pode ultrapassar os 
elementos do preceito secundário (pena). 
*Na concorrência entre circunstâncias agravantes e atenuantes, a 
circunstância agravante deve ser considerada anteriormente e atenuante 
posterior. 
3° analisar as causas de aumento e diminuição da pena. 
—> Vai estar sempre em frações 
—> As frações são calculadas na 3° fase da dosimetria da pena. 
As três etapas permitem que o condenado conheça o que foi considerado em 
seu favor e em seu desfavor → facilitando o direito de defesa 
1ª fase da dosimetria: 
As normas incriminadoras compõem-se de dois preceitos: um preceito 
primário e um preceito secundário. O preceito primário descreve com 
objetividade, clareza e precisão, a infração penal. Já o preceito secundário 
representa a cominação abstrata e individualizada da respectiva sanção penal. 
→ Nesta etapa deve respeitar a pena base, não podendo ser superior ou 
inferior 
Ex: Furto 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Furto qualificado 
 § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é 
cometido: 
 I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
 II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
 III - com emprego de chave falsa; 
 IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas 
2ª fase da dosimetria: 
Sobre a pena base vai aplicar as agravantes e as atenuantes. 
O juiz está adstrito aos limites mínimo e máximo (não pode extrapolar o 
preceito secundário) nas duas primeiras fases da dosimetria. 
3ª fase da dosimetria: 
A pena definitiva pode ficar aquém ou além do máximo previsto no preceito 
secundário. 
Ex: tentativa 
Art. 14 - Diz-se o crime: 
 Crime consumado 
 I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua 
definição legal; 
 Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias 
alheias à vontade do agente. 
 Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a 
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços 
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DATA: 20/09/21 
AULA 7: 
Lei n° 9.099/95 é uma lei inovadora, são causas menos complexas 
JEC/JECRIM —> Vai aborda infrações de menor potencial ofensivo (IMPO) 
—> São modalidades de contravenções penais 
—> Contravenção penal não é crime, é infração penal 
O STF já declarou “estado de coisas inconstitucional” quanto ao regime de 
cumprimento de pena no Brasil. 
Devemos associar – penas alternativas a política criminal. 
>Alternativas da pena 
—> Cesta básica; Multa 
Lei 9.099/95 
A partir do art. 60, traz 3 institutos despenalizadores: 
74 —> Composição civil dos danos 
—> É entre o acusado e ofendido 
76 —> Transação penal 
—> É proposta apresentada pelo Ministério Público; É entre o acusado e 
Ministério Público 
89 —> Suspensão condicional do processo 
—> Não tem processo 
—> Não vai cumprir preso 
Art. 1° ao 59 – Juizado Especial Cível / Art. 60 – JECRIM 
Sequência do procedimento 
Art. 394 CPP – O procedimento será comum ou especial 
§ 1° O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
I- ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual 
ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
II- sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja 
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
III- sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma 
da lei. (lei 9.099/95) 
Quanto menor a pena mais célere deve ser o procedimento. 
Critérios do JECRIM: 
>Oralidade 
—> Por meio da qual se privilegia a palavra oral sobre a palavra escrita, o que 
torna o procedimento mais célere e muito menos burocrático. 
>Informalidade 
—> Estabelece formas menos rígidas para os atos processuais. 
>Economia processual 
—> Incentiva a rápida resolução da demanda mediante o afastamento de atos 
protelatórios e desprovidos de relevância prática. 
>Celeridade 
—> Processo célere é aquele no qual os atos procedimentais realizados com 
menor complexidade e no menor tempo possível. 
IMPO —> Contravenção ou crime cuja pena máxima não seja superior a 2 
anos, cumulada ou não com multa. (Art. 61) 
Ex.: Ameaça 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro 
meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
—> Vítima vai a delegacia —> termo circunstanciado (fazendo com que o autor 
do crime se comprometa a comparecer no juizado e evita a prisão em 
flagrante). 
—> Para evitar a prisão em flagrante, terá que assinar o termo 
circunstanciado. 
—> No judiciário —> audiência preliminar com a presença de autor, defensor, 
vítima, juiz e MP. 
2 principais objetivos da audiência preliminar: Oferecimento da composição 
civil dos danos e transação penal (são medidas despenalizadores) 
1° ato: 
Composição civil —> acordo civil entre autor do crime e a vítima 
—>Ex.: Pagamento em dinheiro, pedido formal de desculpas, determinação 
que faça um post em meio social se retratando da ameaça, proibição de se 
aproximar da pessoa... 
Não é um acordo sobre o crime em si: é um acordo civil que vai ter reflexo na 
apuração daquele crime. 
•Quando feita o acordo 
—> Caso for aceita, esta será reduzida a termo e submetida à apreciação do 
juiz, que homologará, a renúncia ao direito de queixa ou representação e 
gerando extinção da punibilidade. 
•Quando o acordo foi descumprido 
—> Caso a parti descumpri o acordo, a vítima não poderá exercer seu direito 
de queixa ou representar contra o autor do fato, pois ao aceitar a proposta 
houve a renúncia tácita ao direito de queixa e representação. 
•Se for ação penal pública incondicionada 
—> Não vai ocorrer a renúncia ou extinção da punibilidade, continuando a 
ação, embora seja possível a composição civil. 
•Ação penal 
—> É processo iniciado pelo Ministério Público ou pela própria vítima do 
crime. 
—> O processo criminal é iniciado pelo Ministério Público, dá-se o nome de 
“ação penal pública”. 
•Classificação da “ação penal pública” 
>Ação penal pública incondicionada 
—> Nesse caso, se o Ministério Público souber que aconteceu um crime, ele 
poderá iniciar o processo criminal, desde que possua elementos para isso 
(por exemplo: saber quem é o possível criminoso para acusar, como teria 
ocorrido o fato e quem teria sido a vítima). 
>Ação penal pública condicionada à representação 
—> Nesse caso, o Ministério Público somente pode iniciar o processo criminal 
se a vítima do crime pedir para que a investigação e um eventual processo se 
iniciem. 
>Ação penal privada 
—> É iniciada pela própria vítima do crime, por queixa-crime.>A.P Pública incondicionada ou condicionada à representação 
—> Ambas são iniciadas pelo Ministério Público, por denúncia. 
•Não aceito o acordo 
—> É feito a representação oralmente (se não representar naquele momento 
não vai decair, ou seja, permanece o prazo de 6 meses a contar da ciência da 
autoria). 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá 
propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser 
especificada na proposta. 
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá 
reduzi-la até a metade. 
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena 
privativa de liberdade, por sentença definitiva; 
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente 
a adoção da medida. 
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à 
apreciação do Juiz. 
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, 
o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em 
reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo 
benefício no prazo de cinco anos. 
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no 
art. 82 desta Lei. 
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de 
certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo 
dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação 
cabível no juízo cível.

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