TRABALHO UNOPAR PTI

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licenciatura em matemática 
isnar dantas longuinho
RA- 1044288409
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
O USO DOS JOGOS DIGITAIS COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO CONTEXTO EDUCACIONAL DURANTE A PANDEMIA.
BRASÍLIA - DF
2021
ISNAR DANTAS LONGUINHO
RA- 1044288409
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
Trabalho apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à aprovação no 8º semestre do curso de Licenciatura em Matemática.
BRASÍLIA - DF
2021
Sumário 
Introdução	3
Desenvolvimento	4
Considerações Finais	5
Referências	6
1. Introdução
Nessa Produção Textual Interdisciplinar (PTI) será apresentado um plano de aula que tem por escopo promover reflexões sobre o uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC) como ferramenta pedagógica, propondo uma atividade que viabilize a aprendizagem por meio da interação e fortalecimento da relação entre professores e alunos numa perspectiva inclusiva.
Desde a popularização do acesso a computadores e aparelhos móveis de telefone vimos um crescimento exponencial do interesse por jogos eletrônicos que a cada dia estão mais presentes no dia a dia das pessoas. Esses jogos são diversos e se utilizados com critérios são capazes de promover as mais variadas habilidades, como a interação, raciocínio, arbítrio, memorização, capacidade de planejamento, acuidade visual, entre outras. 
A pergunta é, se já comprovadas essas características, por que as escolas se utilizam tão pouco dessa ferramenta? Educadores espalhados por todo mundo tentam incluir o uso das TIC, com destaque para os jogos eletrônicos nos planejamentos pedagógicos. Essa busca fez surgir movimentos educativos fundamentados no que conhecemos atualmente como “Gamificação” palavra derivada de game (jogo em inglês) que é, de forma simplificada, o uso de jogos com o objetivo de aperfeiçoar o aprendizado, motivando os alunos a participarem por meio de desafios e hierarquização de acontecimentos, fundamentais ao processo de aprendizagem. 
Considerando o contexto que atravessamos, onde o distanciamento social tornou-se necessário, a utilização de planejamentos pedagógicos a partir das TIC e do uso de jogos pode trazer excelentes resultados pedagógicos. ALVES, PORTO e SANTOS indicam que:
Portanto, no atual cenário da educação nacional, em que governo e sociedade civil procuram alternativas para melhorá-la em todos os seus níveis, as TIC podem atuar para auxiliar o docente em sua tarefa de ensinar, motivo pelo qual se faz necessária a compreensão do binômio educação e tecnologia no processo de apropriação do conhecimento em sala de aula. ALVES, PORTO e SANTOS (2018)
Outrossim, também cabe a escola reestabelecer a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais que foi prejudicada nesse momento de crise na qual a educação está submetida. Professores e comunidade escolar em geral precisam e devem estar atentos para que esses alunos não se sintam alijados do processo de ensino e que também possuem potencialidades para desenvolverem habilidades. 
2. Desenvolvimento
A nova realidade educacional imposta pela pandemia do novo Corona Vírus causador da doença Covid-19 suscitou algumas situações com as quais os professores, profissionais em educação e instituições de ensino não estavam preparados. Dentre as quais podemos destacar a falta de capacitação docente em lidar com TIC no âmbito da escola, falta de condições e recursos para implantação de laboratórios e espaços tecnológicos apropriados e a exclusão digital das famílias brasileiras. 
Além desses fatores, ainda há a necessidade urgente de mudança de paradigma já que as práticas educativas ainda estão muito alicerçadas numa pedagogia tradicional e pouco diversificada. A imprescindibilidade da inserção das TIC no planejamento pedagógico da escola tornou-se ainda mais urgente, devendo perpassar por toda a estrutura pedagógica e por toda comunidade escolar. Contudo, Vieira aponte que:
[...] a implantação da informática como auxiliar do processo de construção do conhecimento implica mudanças na escola que vão além da formação do professor. É necessário que todos os segmentos da escola –alunos, professores, administradores e comunidades de pais estejam preparados e suportem as mudanças educacionais necessárias para a formação de um novo profissional. Nesse sentido, a informática é um dos elementos que deverão fazer parte da mudança, porém essa mudança é mais profunda do que simplesmente montar laboratórios de computadores na escola e formar professores para utilização dos mesmos. (VIEIRA, 2011, p. 4).
Surgem assim, algumas questões e serem encaminhadas: como fazer tais mudanças sem promover ainda mais exclusões e com recursos tão escassos? Como promover de forma tão abrupta as TIC como protagonistas no processo ensino-aprendizagem? Devemos nos debruçar sobre questionamentos e tentar encontrar respostas.
Atualmente é comum ouvirmos que vivemos na era da informação ou na sociedade da informação, termos usados com frequência para designar variados avanços conquistados pelo avanço da informática e democratização do acesso à internet, que tiveram origem a partir da terceira revolução industrial. Contudo, o que observamos é que quando se trata das escolas, sobretudo das instituições públicas, esses avanços ainda se mostram tímidos e pouco têm influenciado as práticas docentes, seja por resistência ou, na grande maioria dos casos, pela ausência de políticas educacionais direcionadas ao avanço das TIC.
O fato é que a vivemos uma realidade onde a informatização está presente em tudo e, através da Internet, os smartphones, tabletes e notebooks abrem as portas do mundo para todos, enchendo os olhos de crianças, adolescentes e adultos. É consenso entre educadores do mundo inteiro que esse cenário amplia as possibilidades de aprendizagem e podem sim revolucionar o processo ensino-aprendizagem. Para isso, é necessário romper com as dificuldades e superar entraves de modo a promover as ferramentas tecnológicas como forma de resgatar o interesse dos alunos pela educação formal.
O elemento complicador foi que em meio a um processo extremamente lento de adaptação das escolas públicas e de seus atores à informatização e ao uso de tecnologias de informação, veio a necessidade de suspensão das aulas presenciais estabelecidas pela pandemia e com ela a urgência em reorganizar o trabalho pedagógico utilizando a informática e suas tecnologias, o que trouxe à tona a carência e inadequação das escolas e de seus atores.
Observamos nesse processo que as comunidades carentes e periféricas foram as mais prejudicadas já que têm iminentemente menos acesso a equipamentos e, por conseguinte, menos conexão com a rede mundial de computadores. Esse tem sido o maior obstáculo para a educação em tempos de pandemia. Essa situação tem produzido um aumento na distância entre as escolas públicas e privadas, mais exclusão e, para piorar impactado a qualidade da educação para níveis abaixo do que tínhamos ao final da década passada. 
Outro importante fator de deterioração da qualidade do ensino nesses tempos é o enfraquecimento das relações interpessoais, sobretudo da relação professor/aluno que é bem presente no ambiente escolar presencial. Considerado o lado mais forte da escola, tem sido prejudicado pela baixa incidência na participação dos alunos. Sabemos que as relações pessoais e a socialização pilares para uma educação de qualidade. Nesse sentido Freire (1996, p. 103) aponta que: “O clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se assumem eticamente, autentica o caráter formador do espaço pedagógico”. Essa relação precisa ser minimamente resgatada, e esse trabalho, por meio de uma proposta de plano de aula pode sim ser vista como uma iniciativa em busca desse objetivo.
Percebemos ainda, que nesse imperativo processo de distanciamento que outros importantes atores foram prejudicados, aqueles com necessidades educativas especiais como equipamentosadaptados, tradutores de LBS e adequações curriculares que perderam parte de importantes conquistas que alcançadas nos últimos anos, especialmente pela dificuldade da escola em adequar o atendimento ao formato remoto. Em meio e todos os desafios apresentados propomos por meio desse trabalho uma tentativa de minimizar tais impactos, promovendo interação entre professor e aluno na perspectiva da inclusão.
3. Plano de Aula 
3.1. Dados de Identificação
Nome fictício da Escola: COLÉGIO ESTADUAL THERESINHA LONGUINHO SANTOS
Etapa de ensino: ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS Ano: 7° Ano
Período: Segunda quinzena do mês de Abril de 2021
Número de alunos: 25 
Data: abril de 2021
tema: introdução a álgebra (equações algébricas)
3.2. Objetivo Geral:
Promover o ensino da Matemática utilizando a “GAMIFICAÇÃO” dos conteúdos proposta no pelo site KHAN ACADEMY de forma a resolver e problemas que possam ser representados por equações polinomiais de 1º grau, redutíveis à forma ax + b = c, fazendo uso das propriedades da igualdade. 
3.3. Objetivos Específicos:
AULA 01 – Ao final da aula os alunos deverão entender o que é uma expressão algébrica, e conceitos como variável, coeficiente e fatores.
AULA 02 – Ao final de aula os alunos deverão escrever expressões básicas com variáveis.
AULA 03 - Ao final da aula os alunos deverão testar soluções para equações.
3.4. Conteúdos: 
AULA 01 - Partes de expressões algébricas (BNCC Matemática: EF07MA13)
AULA 02 - Introdução à escrita das expressões algébricas (BNCC Matemática: EF07MA13)
AULA 03 - Conceitos básicos sobre equações algébricas (BNCC Matemática: EF07MA13)
3.5. Metodologia
Para atividades em turma o aplicativo pede para cadastrar os participantes, alunos e professores. Isso deverá ser feito num momento pré-aula. Todo o cronograma será previamente envido para os alunos via aplicativo de mensagens e o primeiro encontro numa aula prevista no calendário escolar da escola. O vídeo convite que servirá de chamamento à participação será gravado e adaptado com tradução em libras para que o aluno João Carlos seja devidamente comtemplado.
Em um segundo momento a plataforma Khan Academy será apresentado aos alunos, iniciativa que faz parte de uma organização sem fins lucrativos com a missão de oferecer uma educação gratuita e de qualidade de forma simples utilizando um conceito hierarquização de conteúdos através de gamificação. Ainda nesse momento (da primeira aula) será apresentado um tutorial de como realizar o Download do Khan Academy, tanto no computador quando em dispositivos móveis como Tablets e Smartphones. 
A aula online (pelo Google Meet) terá início enfatizando a importância da participação de todos com destaque para o trabalho colaborativo e responsável, de tal forma que todos os alunos consigam ter acesso as explicações e orientações no desenvolvimento do trabalho. Vale destacar, que todos os momentos serão devidamente traduzidos para a Língua Brasileira de Sinais de forma simultânea pelo professor tradutor que deverá estar presente em todas as etapas. 
Começaremos a atividade com uma conversa acolhedora, onde será perguntado a todos, individualmente, como estão se sentindo em relação a suspensão das aulas presenciais e sobre eventuais problemas em relação ao modelo de trabalho a distância. Tentaremos dar destaque a manifestação do aluno João Carlos que possui deficiência auditiva e pode contribuir muito com a turma ao expor suas impressões e dificuldades. 
Em todas as etapas é muito importante destacar o papel da Matemática para a melhor compreensão da realidade, do mundo e das constantes transformações nas quais é submetido. Tal como destaca Sampaio:
A Matemática reconhece a representação de um conceito, estuda medidas, quantidades, espaços, variações, estatísticas, estruturas e buscam regularidades que por meio das teorias explicam as relações observadas, a mesma é essencial em diversas áreas do conhecimento e sua aplicabilidade faz parte da rotina diária dos cidadãos na sociedade. (SAMPAIO, 2017, p.1)
Durante três aulas serão realizadas as atividades da unidade do 
3.6. Recursos
Os resursos a serem utilizados são o aplicativo/plataforma Khan Academy, o aplicativo de mensagens (WhatApp ou Telegran), Google Meet e apoio técnico do tradutor de Libras.
3.7. Avaliação
A avaliação estará centrada na efetiva participação dos alunos
3.8. Referências
4. Considerações Finais
5. Referências
Freire, P.(1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra
Como afirma Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia(1996), não há educação sem comunicação.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998):O papel da matemática no ensino fundamental pela proposição de objetivos que evidenciam a importância de o aluno valorizá-lacomo instrumental para compreender o mundo a sua volta e de vê-la como área do conhecimento que estimule o interesse, a curiosidade, o 
espirito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas. (BRASIL, 1998, p. 15)
Segundo Sampaio:
SAMPAIO, T. M. S.. A mediação do ensino da matemática para alunos surdos. Revista acadêmica online, [online],ISSN 2359-5787, 2017. Disponível em: <http://www.revistaacademicaonline.com/products/a-mediacao-do-ensino-da-matematica-para-alunos-surdos/ >, acessado em: 28/05/17.
VIEIRA, Rosângela Souza. O papel das tecnologias da informação e comunicação na educação: um estudo sobre a percepção do professor/aluno. Formoso - BA: Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), 2011. v. 10, p.66-72.
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