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Trabalho de Monografia Licenciatura plena em Matemática

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UNIP – Universidade Paulista 
Polo – Oriximiná Curso: 
MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fagner Luiz Torres de Souza 
RA: 1831457 
 
 
 
Fagner Luiz Torres de Souza 
 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIA 
 
 
MATEMÁTICA 
 
 
 
Trabalho Monográfico – Curso de Graduação 
 
 
 
- Licenciatura em Matemática, apresentado à 
comissão julgadora da UNIP – Oriximiná, sob a 
orientação do professor Reginaldo B. Ferreira 
 
 
Oriximiná-Pá 
 
 
FAGNER LUIZ TORRES DE SOUZA 
 
 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIA 
 
 
Relatório final, apresentado à comissão 
julgadora da UNIP – Oriximiná, como 
parte das exigências para a obtenção do 
título de Licenciado em Matemática 
 
Oriximiná, 27 de Outubro de 2020. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
________________________________________ 
Prof. (Nome do orientador) 
Afiliações 
________________________________________ 
Prof. (Nome do professor avaliador) 
Afiliações 
________________________________________ 
Prof. (Nome do professor avaliador) 
Afiliações 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico esse trabalho de monografia a todos os professores do curso, a 
Universidade Paulista – UNIP, ao orientador do trabalho, Polo Unip-Oriximiná, aos 
familiares, amigos e a todos que de certa forma contribuíram para a realização 
deste projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 - RESUMO............................................................................................................6 
2 - INTRODUÇÃO....................................................................................................8 
3 - DESENVOLVIMENTO......................................................................................11 
3.1 - Desafios da educação em tempos de pandemia: a importância do uso e adequação de 
tecnologias digitais como forma de conectar professores e alunos. ......................................11 
3.2 – O ensino não presencial.......................................................................................25 
3.3 - Alunos sem acesso ou com acesso limitado a internet.................................................26 
3.4 – Capacitação dos Professores Diante dos desafios impostos pela pandemia. ..................28 
3.5 - A importância da família no processo de ensino aprendizagem no período de pandemia....29 
3.6 - Rumos da educação pós pandemia.........................................................................30 
3.7 – Considerações...................................................................................................34 
4 – METODOLOGIA ..............................................................................................36 
5 - CONCLUSÃO...................................................................................................37 
6 - REFERÊNCIAS.................................................................................................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar os pontos negativos e positivos 
que atualmente estamos enfrentando na vida social e escolar, na qual dia após dia 
temos que saber lhe dar e tentar de alguma forma resolver ou pelo menos amenizar 
a situação. Após sermos atingindo de surpresa por um vírus chamado Covid-19, 
mais conhecido como “Corona Vírus”, vírus este que causou a paralização de vários 
setores, inclusive as escolas, que neste período foram fechadas no mundo todo, 
afetando assim, o desenvolvimento da educação. Porém por outro lado, diante 
dessa nova realidade na qual estamos vivendo, nasce a necessidade de refletir e 
analisar sobre o futuro do aluno, do professor, da escola e sociedade. Certamente 
precisamos inovar e impulsionar os métodos de ensino-aprendizagem em 
matemática e para isso contamos com a ajuda de ferramenta tecnológicas 
educacionais que por sua vez traz consigo grandes benefícios para o aprendizado, 
tanto para o aluno quanto para o professor. Porém, com a ajuda das tecnologias 
deve haver uma grande transformação em relação aos métodos de ensino; é 
fundamental que haja nesse momento parceria entre escola, professor, aluno, entre 
outros, para que ambos possam ter qualidade nos processos a serem executados, 
contribuindo para as necessidades reais e assegurar que as tecnologias 
educacionais sejam realmente inclusivas e não exclusivas. Diante dessa situação 
ao qual enfrentamos devemos sim, buscar novos conhecimentos e inovar o método 
de ensino-aprendizagem com intuito de melhorar a qualidade de ensino-
aprendizagem nas escolas e possivelmente transformar a vida dos alunos, 
capacitando-os a serem grandes profissionais em sua carreira podendo assim 
contribuir com a sociedade em geral. 
 
Palavras-chave: matemática. Ensino da matemática. Ensino-aprendizagem. Novas 
tecnologias. Pandemia. 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
This work aims to present the negative and positive points that we are currently 
facing in social and school life, in which day after day we have to know how to give 
it and try to somehow resolve or at least alleviate the situation. After being hit by 
surprise by a virus called Covid-19, better known as “Corona Virus”, a virus that 
caused the paralysis of several sectors, including schools, which in this period were 
closed worldwide, thus affecting the development of education. However, on the 
other hand, in the face of this new reality in which we are living, the need arises to 
reflect and analyze the future of the student, the teacher, the school and society. 
We certainly need to innovate and boost the teaching-learning methods in 
mathematics and for that we count on the help of educational technological tools 
that in turn bring great benefits for learning, both for the student and the teacher. 
However, with the help of technologies, there must be a major transformation in 
relation to teaching methods; it is essential that there is a partnership between 
school, teacher, student, among others, so that both can have quality in the 
processes to be executed, contributing to real needs and ensuring that educational 
technologies are really inclusive and not exclusive. Given this situation that we face, 
we must seek new knowledge and innovate the teaching-learning method in order 
to improve the quality of teaching-learning in schools and possibly transform the 
lives of students, enabling them to be great professionals in their career thus being 
able to contribute to society in general. 
 
Keywords: Mathematics. Teaching of mathematics. Teaching-learning. New 
technologies. Pandemic. 
 
 
 
 
 
8 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
 A pandemia do novo corona vírus, o Covid-19, fechou as portas das 
escolas de ensino regular e profissionalizante em todo o Brasil. Trata-se de uma 
das medidas de contenção da doença e diminuição do contágio. De acordo com o 
relatório do Banco Mundial, mais de 1,5 bilhões de alunos ficaram sem estudos 
presenciais em 160 países. 
 Diante do quadro mundial imposto pela Pandemia/covid 19, foi 
preciso rapidamente reinventar e ressignificar a prática pedagógica tanto do ensino 
aprendizagem da matemática, quanto das demais disciplinas, desenvolvida nas 
escolas buscando formas para garantir a continuidade da aprendizagem dos 
alunos. A readequação do planejamento, com a urgência requerida, foi uma 
estratégia para assegurar o direito universal à educação, conforme prevê a 
legislação vigente, por meio de um conjunto de ações que chamamos de atividades 
não presenciais. Desde o início do processo, deixamos claro que não estávamos 
falando de EAD porquê a Educação a distância como conhecemos, pressupõe que 
ambos os atores tenham acesso à tecnologia para alcance dos resultados e as 
informações apresentadas anteriormente, apontam que essa não era a realidade 
da totalidade de todos estudantes. 
 Com essecenário, muitos gestores escolares tiveram que buscar 
saídas emergenciais para continuar as atividades. Principalmente, com o auxílio de 
suportes remotos de ensino e a introdução de novas metodologias, apoiadas em 
tecnologias digitais. Inovar também é aprender! E quando falamos em inovar, 
podemos pensar em como iremos a partir desse momento melhorar o que já 
fazíamos antes. 
 Certamente, precisamos impulsionar e melhorar o sistema de 
ensino-aprendizagem na Matemática, em especial nas escolas de rede pública. A 
matemática é um dos grandes desafios na vida dos alunos e em toda região do 
Brasil e devemos melhorar e superar esse desafio inovando e ampliando seus 
leques de conhecimento, entre a educação matemática e tecnologia. Devemos dar 
credibilidade na inovação dos estudos para os alunos no Brasil todo. Precisamos 
9 
 
estar atento e acreditar que a inovação pode ampliar o conhecimento, contribuindo 
para a vida do aluno, complementando seu processo de ensino. De modo geral, 
segundo LINDA PHIPPS “há um considerável entusiasmo pelo papel que a 
informação e a tecnologia da informação podem desempenhar no combate à 
exclusão social e na promoção da inclusão social” (1999). Sabemos que há uma 
grande expectativa sobre as contribuições sociais que podem ser construídas com 
o uso dessas novas tecnologias. Elas fortalecem a ideias de que é possível, além 
de melhorar a qualidade da educação, resolver as demandas sociais, 
especialmente no que se refere à capacidade de incluir os apartados. 
 Grandes são os benefícios da tecnologia hoje em dia sabendo 
utilizá-la de forma correta, principalmente no ensino-aprendizagem do aluno. Cada 
vez mais a tecnologia está presente no cotidiano das pessoas, e também fazendo 
parte do ambiente escolar o que gera novas responsabilidades diante desse 
processo de modernização. A situação atual, exige novas reformulações de 
professores em suas práticas, redefinição de estratégia e inclusão de novas 
ferramentas de ensino-aprendizagem, fazendo da tecnologia seu grande aliado. 
Porém, dessa forma a tecnologia e ferramentas educacionais precisam estar a 
favor da realidade das escolas, contribuindo para as necessidades reais e 
assegurar que as tecnologias educacionais sejam realmente inclusivas e não 
exclusivas, por exemplo: para que tudo seja um sucesso a escola precisa contar 
com excelentes soluções on-line, nesse caso deve-se com o apoio geral de todos 
entre comunidades, escolas, entre outros, para que isso torne-se uma ação 
positiva. 
 Portanto, para que possamos seguir em frente e poder nortear 
situações como essas que estamos passando hoje em dia com a paralização das 
aulas, devemos sim, repensar, reorganizar, reformular as práticas de ensino nas 
escolas, e fazer da tecnologia, que é uma grande ferramenta utilizada como meios 
de comunicação através de celular, tabletes, computador entre outros, nossa aliada 
para uma nova história e recomeço de métodos inovadores que possam melhorar 
e da mais credibilidades aos alunos no seus estudos podendo assim ajudá-los a 
como manusear suas ferramentas educacionais tecnológicas. 
10 
 
 Durante a discussão do presente trabalho, apresentamos algumas 
considerações acerca da reflexão da educação durante a pandemia, inclusive com 
assertivas práticas e questionamentos para o pensar docente para o pós-pandemia. 
Em meio a um turbilhão de problemas, com tantas dificuldades e afastamento para 
se evitar a disseminação do vírus, pensar na educação também se torna 
necessário, tendo em vista a busca de se manter o foco na aprendizagem do aluno 
e nos instrumentos de ensino construídos pelo professor. Propomos algumas 
páginas de reflexão sobre esse tema, bastante atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
3.1 - DESAFIOS DA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: A 
IMPORTÂNCIA DO USO E ADEQUAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS COMO 
FORMA DE CONECTAR PROFESSORES E ALUNOS. 
 
 Com a grande expansão da tecnologia digital, passamos a 
experimentar uma relação sem precedentes entre quantidade, velocidade e 
métodos de criação e disseminação de informações, alcançando mudanças sociais 
e culturais, promovendo o surgimento de novas formas de pensar, sentir, agir e 
viver. A existência dessas tecnologias no cotidiano das pessoas sempre foi um fator 
de mudança e formação de novos hábitos. Estamos em um tempo em que a 
velocidade do uso de tecnologias está influenciando o nosso modo de vida atual. 
Nos comunicamos e consumimos mídias sociais, aplicativos tomam conta de 
empresas através de sistemas de gestão, as relações com seus clientes e 
fornecedores, isso em falar nas casas inteligentes e aplicativos de gestão do tempo. 
Por fim, fica fácil de entender que a educação também vive uma mudança, que 
determinará os novos processos de ensino e aprendizagem. 
 A grande mudança se iniciou com o desenvolvimento da Internet 
nos anos 90. Mídia como jornais, rádio e televisão, como a conhecíamos, 
gradualmente se tornaram obsoletas. Porém, ao longo desse processo, foi 
introduzida uma nova tecnologia, que define o processo de integração de todos 
esses métodos, nem todos os métodos. SEGUNDO JENKINS 2008, passamos por 
um tempo de convergência cultural, digital e midiática. Vivemos hoje um grande 
aumento do fluxo de conteúdos em diversas plataformas digitais e por fim uma 
grande migração e diferenciação dos meios de comunicação. Este processo se 
refere a uma transformação cultural à medida que os professores, os consumidores 
dessa nossa forma de ensinar, são incentivados a procurar novas informações e 
assim, criar novas conexões com estes conteúdos de mídias. Santaela (2008, p. 
113), 
Documentos em forma de textos, imagens, sons e vídeos 
reproduzidos com auxílio de softwares e hardwares dos 
computadores foram um dos motores da (r)evolução tecnológica 
12 
 
contemporânea, produzindo mudanças sociais e outros hábitos nos 
quais todos podem ser autores e emissores no compartilhamento de 
projetos e ideais no modelo todos-todos. Os sites passaram a 
compor o cotidiano dos internautas, que navegam pelo ciberespaço 
com movimentos livres, toques e clicks dos mouses, no intermédio 
harmônico entre os sistemas lineares e não lineares dos espaços de 
conversas textuais, sonoras e visuais na produção de culturas. 
 A inovação e melhoria nos processos advém de dois pilares: uma 
boa ideia que após desenvolvida chega ao mercado e traz dividendos para as 
empresas ou pela necessidade; muitas das inovações que usamos em nossa rotina 
foram desenvolvidas a partir das necessidades do cenário e do contexto. Foi assim 
que, em função da pandemia que os envolvidos na educação, tiveram que, pela 
necessidade, se apropriar muito rapidamente, de todo um conjunto tecnológico de 
modo a darem conta da grande responsabilidade de levar o conteúdo pedagógico 
aos estudantes. Neste trabalho, buscamos apresentar como a Pandemia do 
COVID-19 causou a alteração das atividades escolares e quais os modelos e 
estratégias foram adotadas tanto para a prática docente, quanto a relação dos 
alunos com a escola 
 Independentemente de qualquer situação a educação é 
fundamental para todos. E isso a escola ao longo dos tempos tenta manter o 
processo de ensino-aprendizagem para todos os alunos com intuito de transmitir 
conhecimentos, oportunizando vida melhores. Porém nem sempre é tão fácil 
manter esse processo de ensino e aprendizagem. Pois é a partir do conhecimento 
acumulado pela cultura, seus avanços e retrocessos, que os seres humanos são 
capazes de compreender o universo e atuar na sociedade. 
 Segundo o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 
a partir da Prova Brasil, o nível de aprendizado dos alunos está adequado à sua 
etapa escolar. Os números mostram que no 5º ano do Ensino Fundamental apenas 
39% dos alunos têm o aprendizado adequado em matemática. Quando vamos para 
o 9ºano esse número cai para 14%. 
 Os resultados também são preocupantes no PISA (Programa 
Internacional de Avaliação de Estudantes) que acontece em 70 países. Na 
13 
 
avaliação, nós ocupamos a 66ª colocação em matemática. O PISA é dividido em 
sete níveis de proficiência e 70,3% dos nossos estudantes estão abaixo do nível 2 
em matemática - patamar mínimo para os alunos exercerem sua cidadania. 
 Certamente, sabemos que há um grande desafio quando se trata 
da educação matemática, e que isso acontece em toda região. Porém precisamos 
buscar soluções. 
 O ensino e a aprendizagem são processos diferentes, complexos 
e interdependentes que compõem as atividades educativas. Não há na literatura 
um consenso sobre o que são esses processos, contudo pode ser encontrado um 
vasto espectro de correntes teóricas que postulam princípios para essas atividades 
(SAVIANI, 2013). 
 Com certeza a educação em si é fundamental para vida dos seres 
humanos, porém, atualmente estamos em um momento delicado em relação ao 
processo de ensino-aprendizagem em que todas as escolas e aulas foram 
paralisadas como devido à grande pandemia causada pelo covid-19 (Corna Vírus). 
 Mas de que forma a educação foi afetada no decorrer dessa 
pandemia? Para responder essa pergunta, é necessário ir em busca de uma 
pesquisa para um melhor esclarecimento e que a partir da mesma podemos dizer 
que: Em todos os países, estudantes tiveram as aulas paralisadas devido à 
necessidade de distanciamento social. 
 No começo do mês, a Unesco, órgão da ONU para a educação e 
cultura, realizou a primeira contagem global da situação educacional impactada 
pelo novo corona vírus. No relatório, foram registrados quase 300 milhões de 
alunos afetados em 22 países de três continentes pelo fechamento de escolas 
devido à expansão do vírus. De lá para cá, os números cresceram e mais 
instituições de ensino ao redor do mundo suspenderam as aulas. 
 Segundo a Unesco a partir de um relatório recente, o fechamento 
de escolas devido às medidas de isolamento social tomadas para evitar a 
propagação do corona vírus atingiu 91% dos estudantes em todo o mundo. No 
Brasil, foram 52,8 milhões de alunos afetados, da educação infantil ao ensino 
superior. 
14 
 
 Diante desta situação, há um grande impacto na educação 
comprometendo todo ano letivo dos alunos, e com a suspensão das aulas 
precisamos cada vez mais dar credibilidade as ferramentas tecnológicas 
educacionais para o ensino-aprendizagem, já que por motivos maiores não 
podemos está em aglomerações dentro da sala de aula. 
 Portanto, acredita-se que um sistema educacional aberto à 
inovação, com foco na aprendizagem, precisa ser pensado e urgentemente 
colocado em prática dentro do ambiente educacional. 
 Contudo, é necessário garantir que as tecnologias educacionais 
sejam realmente inclusivas. Pois nem sempre todo o aluno tem acesso à internet, 
e com isso é necessária uma atenção redobrada para questões como essa para 
que não haja exclusão dos alunos. 
 Certamente, a pandemia de covid-19 trouxe à tona uma realidade 
que sempre foi ignorada no Brasil: a falta de acesso à internet. Diante 
da necessidade do isolamento social por conta do novo corona vírus, torna o 
momento decisivo para se aprofundar na discussão sobre o tema e conhecer quem 
está sendo deixado de lado. 
 De acordo com o Centro Regional e Estudos para Desenvolvimento 
da Sociedade da Informação (CETIC), em 2019, 74% da população tinha acesso à 
internet, o que correspondia a 134 milhões de pessoas e 71% dos lares do país. E 
a pesquisa ainda afirma que, a cada cinco pessoas, uma afirma que só consegue 
acessar a internet através da rede emprestada do vizinho. 
 Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica 
Aplicada (IPEA), cerca de seis milhões de estudantes, desde a pré-escola até a 
pós-graduação, não têm acesso à internet banda larga ou 3G/4G em casa e, 
consequentemente, não conseguem participar do ensino remoto. Desses, 5,8 
milhões são alunos de instituições públicas de ensino. É o que diz o estudo "Acesso 
Domiciliar à Internet e Ensino Remoto Durante a Pandemia", feito pelo Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 
 De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 
os alunos do ensino fundamental são os mais afetados. Somando os anos iniciais 
https://www.brasildefato.com.br/minuto-a-minuto/coronavirus-no-brasil
https://www.brasildefato.com.br/2020/08/09/sem-isolamento-brasil-pode-ultrapassar-sete-milhoes-de-casos-da-covid-em-um-mes
http://cetic.br/
http://cetic.br/
15 
 
e finais do ensino fundamental isso dá um total de mais de 4,35 milhões de 
estudantes sem acesso, sendo 4,23 milhões de escolas públicas. No ensino médio, 
estima-se que, de 780 mil adolescentes que não dispõem de internet em casa, 740 
mil são da rede pública. Já a pré-escola pode ter até 800 mil crianças sem conexão, 
sendo que 720 mil frequentam o ensino público. 
 A pesquisa também aponta que dos 5,8 milhões de estudantes de 
escolas públicas que não têm conexão, apenas 2,6 milhões dispunham de sinal de 
rede móvel celular. O estudo afirma que, destes, aproximadamente 800 mil 
precisam somente de um chip de dados, porque já dispõem de computador, tablet, 
celular ou notebook. 
 Portanto é necessário que se faça das ferramentas tecnológicas 
uma grande aliada entre professor, aluno, escola entre outros, para que realmente 
esse novo método de ensino utilizado por meio das tecnologias venham realmente 
suprir as necessidades dos alunos com intuito de inclusão e não exclusão perante 
as diversidades ocorridas. 
 O EAD (ensino à distância) é a solução mais óbvia quando se 
pensa na questão de como o corona vírus afeta a educação. O Comitê Gestor da 
Internet no Brasil (CGI.br) revelou em uma pesquisa divulgada em 2019 que 58% 
dos domicílios no Brasil não têm acesso a computadores e 33% não dispõem de 
internet. Os dados apontam ainda que, nas áreas rurais, 43% das escolas não têm 
acesso à internet. Além disso, a desigualdade no acesso à rede é ainda maior nas 
classes mais baixas. 
 Assim, as desigualdades do acesso ao ensino à distância ficam 
bem expostas. Há alguns anos o EAD já era permitido para o ensino superior no 
Brasil, porém no caso do ensino fundamental, só é permitido em situações 
emergenciais, como a que vivemos com a pandemia de corona vírus. 
 Diante dessa situação nasce a necessidade de inovar o método de 
ensino-aprendizagem nas escolas para buscar um melhor desempenho com 
qualidade na educação escolar, em especial na disciplina de Matemática. 
 Porém, além de toda essa crise causada pela pandemia, há 
também uma grande dificuldade entre meios esses processos para ser 
https://cgi.br/noticia/releases/acesso-a-internet-por-banda-larga-volta-a-crescer-nos-domicilios-brasileiros/
https://cgi.br/noticia/releases/acesso-a-internet-por-banda-larga-volta-a-crescer-nos-domicilios-brasileiros/
16 
 
desenvolvidos. Além da questão do acesso dos alunos à internet, outro ponto que 
vem sendo discutido com relação à implementação do EAD como solução para as 
aulas em tempos de corona vírus é a necessidade de preparação dos professores 
para que lidar com esse novo método de aulas. Não basta o acesso, é preciso uma 
nova metodologia para aulas. 
 A partir dessa problemática nasce uma pergunta, pode até parecer 
simples, mas que tem grande importância. Será que os professores estão 
preparados para lidar com esses novos tipos de metodologias disponíveis pelas 
ferramentas tecnológicas educacionais? 
 Um dos grandes obstáculos encontrado pelo professor é a falta de 
capacitação encontrada para a utilização das tecnologias em sala de aula. Para que 
as novas tecnologias no ensino da Matemática possam ser satisfatórias é preciso 
equipar e manter nossos estabelecimentos de ensino com condições adequadas 
para o pleno atendimento da demanda escolar, oferecer qualificação profissional 
aos professorese, promover mudanças culturais, valorizando o educador. 
 Precisamos entender e compreender que a educação está 
passando por um processo de evolução, onde a tecnologia está cada vez mais 
vinculada com a escola. Porém, existe também a grande dificuldade em fazer a 
interligação prática, entre professor, aluno e escola. 
 De acordo com Marques (s.a): A escola, nesse contexto, tem em 
seu escopo também essa responsabilidade, já que a mudança de perfil do professor 
não ocorre com tanta desenvoltura quanto nos jovens, que praticamente nasceram 
"plugados" na rede. O que exige que os gestores da educação invistam em 
capacitação e treinamento do corpo docente para que o educador possa tirar 
proveito das ferramentas que a internet proporciona de maneira eficiente e 
produtiva. 
 A própria visão do professor disseminada na sociedade, com 
salários baixos, falta de reconhecimento e de condições de trabalho diferenciado, 
e os longos períodos de greve por piso salarial, ao mesmo tempo em que fizeram 
avançar a luta dos professores da rede pública, serviram também para expor 
publicamente a condição de trabalho e as necessidades básicas da educação, não 
atendidas (SOARES, 2006, p. 106). 
17 
 
 Segundo a pesquisadora em tecnologias da educação Martha 
Gabriel, na reportagem O desafio da classe digital, para o site do Estadão. Outra 
dificuldade é a falta de infraestrutura adequada nas instituições. A pesquisadora 
cita escolas de ensino fundamental e médio, mas as mesmas dificuldades podem 
ser encontradas nas universidades do país. 
 Paralelo à mudança de comportamento, os professores precisam 
buscar capacitação para enfrentar um novo momento da educação. Em entrevista 
ao site Porvir, o professor universitário e especialista em marketing e comunicação, 
Dado Schneider, afirma que se antes era preciso ter curso de datilografia, hoje, o 
educador do século XXI precisa aprender a lidar com a tecnologia. 
 Para ele, o principal responsável pelo aperfeiçoamento é o 
docente. “A escola pode dar força ao professor. Mas acho que depende dele querer 
de fato ser um professor atraente, do século XXI. O aluno do século XXI não é o 
aluno do século XX”, comenta. Mesmo que o coordenador do processo seja o 
educador, os gestores podem e devem dar subsídios para que estes estejam 
preparados para promover o conhecimento. Incentivar trocas de conhecimento 
entre os cursos na própria universidade, criar redes de conhecimento com 
professores de outras instituições. Isso pode ser o primeiro passo para uma 
educação mais alinhada com as necessidades do século XXI. 
 Por incrível que pareça, essas questões voltadas para a educação 
no processo de ensino-aprendizagem, por meio das ferramentas tecnológicas 
ainda não estão amadurecidas no meio dos profissionais da educação, 
principalmente quando se trata das escolas públicas. Além de tudo, o ensino de 
matemática no Brasil e no mundo enfrenta uma profunda crise, exigindo dos 
professores a reformulação de suas práticas, a redefinição das estratégias e a 
inclusão de novas ferramentas de ensino. 
 Porém, de acordo com o avanço e a expansão da tecnologia geram 
posturas diferenciadas e que os professores, escolas e o poder público precisam 
adaptar-se para que a mesma se torne uma grande ferramenta aliada para a 
qualidade de ensino. 
https://www.martha.com.br/
https://www.martha.com.br/
https://www.estadao.com.br/noticias/vidae,o-desafio-da-classe-digital,1075427,0.htm
https://porvir.org/porpensar/professor-precisa-se-tornar-um-digiriatra/20130523
18 
 
 Sampaio & Leite (1999), afirmam que exatamente na tentativa de 
entender e interpretar o recente fenômeno, vários autores discutem, desde os anos 
60, o caráter positivo ou nocivo das tecnologias e suas consequências. 
 Segundo Schwartz, essas transformações tecnológicas produzem 
desdobramentos históricos e sugerem, para além do processo de comunicação, 
“(...) novas relações sociais e processos econômicos (ou seja, de criação e 
acumulação de valor)” (2001). 
 Percebe-se que há uma grande expectativa sobre as contribuições 
sociais que podem ser construídas com o uso dessas novas tecnologias. E essas 
expectativas não se limitam apenas ao ambiente escolar. Elas fortalecem a ideia 
de que é possível, além melhorar a qualidade da educação, resolver as demandas 
sociais, especialmente no que se refere à capacidade de incluir os apartados. 
 Como afirma Linda Phipps “há um considerável entusiasmo pelo 
papel que a informação e a tecnologia da informação podem desempenhar no 
combate à exclusão social e na promoção da inclusão social” (1999). 
 Com isso a tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano 
das pessoas, nos meios de produção e exercendo forte influência nas concepções 
da sociedade atual, e que por sua vez a escola e o professor exerce um papel 
importante ao qual os mesmos tornam-se responsável diante desse processo de 
modernização. 
 As instituições escolares precisam evoluir e acompanhar o 
desenvolvimento social do país, onde as novas tecnologias da informação estão 
cada vez mais presentes e transformando espetacularmente a comunicação, o 
trabalho, a decisão e modo de pensar das pessoas (PERRENOUD, 2000). 
 O surgimento das Novas Tecnologias na Educação Matemática 
teve início no ano de 1970 por meio de programas implantados pelo Ministério da 
Educação e Cultura com o intuito de promover inovação e evolução no ensino. O 
Programa Nacional de Informática na educação (PROINFO) foi criado e lançado no 
país por volta de 1997, pela secretária de Educação à distância do Ministério da 
educação. Esse programa é responsável em implantar dentro das escolas o serviço 
19 
 
de informática, desencadeando a verdadeira inclusão das Novas Tecnologias na 
sala de aula (BRASIL, 2000). 
 Porém essas adaptações quase nunca ocorrem de forma 
sistemática. E isto pode ser atribuído a vários fatores. Podemos citar como primeiro 
deles, a orientação das políticas públicas implementadas no sistema educacional. 
No caso do Brasil, todas as instâncias de poder – Federal, Estadual e Municipal – 
exercem influência sobre as ações educacionais através de iniciativas legais, 
programas e planejamentos criados pelo poder público de acordo com as 
peculiaridades que cada período tem marcado a evolução histórica da educação 
no Brasil. 
 De ordem prática, é possível incluir como uma dessas iniciativas 
institucionais a distribuição de equipamentos tecnológicos às escolas, como TV’s, 
vídeos, antenas e, mais recentemente, em alguns casos, os computadores. 
Acrescenta-se ainda, a introdução nos livros didáticos, de calculadoras como 
ferramenta para resolução de problemas e operações. Tais ações, ainda que 
resumidas, evidenciam o esforço governamental na tentativa de enfrentar os 
desafios. 
 Por seu lado, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), 
direcionados ao ensino da matemática, já incluem como um dos Objetivos do 
Ensino Fundamental a necessidade dos alunos serem capazes de “saber utilizar 
diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir 
conhecimentos”. Nesse sentido, apontam algumas possibilidades de uso das novas 
tecnologias em salas de aula. Isso reforça, ainda que teoricamente, o tema “novas 
tecnologias” como assunto presente na estrutura e nas diretrizes educacionais do 
ensino brasileiro. 
 Sendo assim, para que isso possa somar com a educação, precisa-
se do apoio geral das políticas públicas, afim de suprir as necessidades com 
recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. 
 A tecnologia ou objetos tecnológicos são de suma importância no 
ensino de Matemática e na educação geral. Diante de uma sociedade globalizada 
e dinâmica, além da disputa no mercado por espaço no mercado de trabalho tem 
exigido das pessoas uma melhor preparação, inclusive na área profissional da 
20 
 
educação. As tecnologias da informação e comunicação estão presentesem 
diversos setores, atingindo de forma direta e indireta aqueles que atuam nessas 
áreas. 
 Atualmente as salas de aula possuem um modelo pedagógico 
estático e restrito, onde alunos e professores vivem numa realidade presa a livros 
didáticos e aulas puramente expositivas. E se tratando de tecnologia de 
informações esse modelo de aprendizagem está totalmente ultrapassado. 
A presença isolada e desarticulada dos computadores na escola não 
é, jamais, sinal de qualidade de ensino; mal comparando, a 
existência de alguns aparelhos ultramodernos de tomografia e 
ressonância magnética em determinado hospital ou rede de saúde 
não expressa, por si só, a qualidade geral do serviço prestado à 
população. É necessário estarmos muito alertas para o risco da 
transformação dos computadores no bezerro de ouro â ser adorado 
em Educação. (CORTELLA, 1995, p. 34). 
 Sendo assim devemos reconhecer a importância das mudanças na 
educação, em especial, na matemática, dando credibilidade para a tecnologia, pois 
a mesma tem grande potencial em levar e divulgar informações, e ter a certeza de 
que o mundo virtual pode proporcionar melhor qualidade na educação. 
 Diante de todos esses recursos que a tecnologia pode promover no 
ensino de matemática levando o aluno a obter um conhecimento rápido, fácil, 
interativo e acompanhado de um raciocínio – lógico, depende tanto do professor 
quanto do aluno, que devem estar por dentro e acompanhar essa evolução 
tecnológica. 
 De acordo com Valente (1999, p.34-35), ensinar Matemática dentro 
das nossas escolas hoje, é promover o desenvolvimento disciplinado do raciocínio 
lógico dedutivo, ou seja, o ensino tradicional de Matemática está ultrapassado e 
fora de uso. 
 O professor de matemática, e em geral todos os outros de 
diferentes disciplinas precisam assumir seu papel de mediador do saber, ou seja, 
ser o responsável em mostrar como se busca o conhecimento, motivando o aluno 
a desenvolver sua capacidade, construir seus próprios conceitos e ter autonomia 
21 
 
para decidir e resolver os seus problemas, participando ativamente da sociedade 
em que vive. 
 A partir das mudanças ocorridas com a tecnologia digital, há 
também necessidades de introduzi-las nas atividades de sala de aula para que o 
ensino acompanhe as transformações e para que se adquiram os instrumentos 
aptos para a comunicação intersubjetiva (SAVIANI, 2007). 
 De acordo com Moran, as mudanças na educação dependem 
também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam enormemente o 
processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se 
interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador. Alunos 
motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los 
melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apoiam as mudanças, que 
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos, 
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais 
produtivas (MORAN, 2000, p.17-18). 
 As inovações podem proporcionar ao aluno múltiplas 
possibilidades de representações de problemas, por exemplo, em estilo moderno, 
distanciando-se, da educação baseada na mera transmissão, isto é, ensino teórico 
e aulas expositivas de explicações e teorias, no adestramento (ensino prático com 
exercícios repetitivos) em técnicas e em habilidades. Alternativas equivocadas em 
vista dos avanços mais recentes do nosso entendimento dos processos cognitivos 
(D‟AMBRÓSIO, 2012). 
 Para que a educação matemática alcance o objetivo de transformar 
o ensino em um saber lógico por meio do exercício do raciocínio, é necessário 
oferecer uma aprendizagem centrada nas evoluções tecnológicas e na 
interdisciplinaridade, formando seres capazes e preparados para viver e agir nesse 
mundo cada vez mais complexo, onde as coisas evoluem e modificam rapidamente. 
Sendo assim as tecnologias educacionais devem ser tratadas como novas 
linguagens a serem desenvolvidas pela escola porque estão presentes na vida dos 
alunos, e que se faz necessários desenvolver as habilidades de leitura, de 
compreensão, e de interpretação desse tipo de texto. 
22 
 
 O papel das tecnologias digitais na sala de aula não é somente 
para tornar-se mais interessante, nem para facilitar o trabalho do professor, mas, 
sobretudo, porque são novas linguagens que o aluno precisa aprender a ler, a 
compreender e a interpretar (SOARES, 2008). 
 Mediante relação entre educação e tecnologia, a educação não 
pode ser a que “deposita” conteúdos na cabeça “vazia” dos educandos, mas a que, 
pelo contrário, os desafia a pensar certo. Por isso, cabe ao educador ou à 
educadora a tarefa de, ensinando conteúdos aos educandos, ensinar-lhes a pensar 
criticamente (FREIRE, 1983). 
 Nesse processo, o professor conhece novas formas de lidar, de 
avaliar o seu aluno, possibilitando que ele amplie novo saberes e impulsione a 
novos conceitos, podendo as mídias tornar uma ferramenta de interação para a 
informação (SANTOS, 2004, p.16). 
 As tecnologias digitais, por exemplo, podem auxiliar na formação 
dos alunos, possibilitando o desenvolvimento de habilidades fundamentais na 
sociedade do conhecimento (VALENTE, 1999). 
 Com o passar do tempo percebemos que a tecnologia vem 
evoluindo de uma forma significativamente e que os estudantes estão tendo acesso 
à internet, a tecnologia consideravelmente cedo, pois muitos têm acesso em sua 
residência, por meio de Smartphone. Porém, vale ressaltar que também muitos não 
têm acesso frequentemente a internet, e nem muito menos aparelhos compatíveis 
com a internet. 
 Segundo dados da 8ª edição da pesquisa TIC Educação 2017, 
organizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da 
Sociedade da Informação (Cetic.br). 97% dos estudantes brasileiros – de escolas 
públicas e privadas das regiões urbanas – acessam a Internet por meio de seus 
celulares. O número não muda por região. Para 18% dos alunos o smartphone é o 
dispositivo exclusivo de acesso à rede. 
 Os números se distanciam quando separamos por região ou por 
escola. Na região Sul do País, 10% dos alunos usam apenas os celulares para 
acessar a Internet, enquanto que na região Norte são 32% dos estudantes. Na 
23 
 
região Sul do País, 10% dos alunos usam apenas os celulares para acessar a 
Internet, enquanto que na região Norte são 32% dos estudantes. E, entre as 
escolas particulares 2% usam os smartphones de forma exclusiva para acesso à 
rede, enquanto que 22% dos alunos das escolas públicas não têm outra opção. 
 Segundo Fabio Senne, coordenador da pesquisa, o celular de fato 
se transformou no principal dispositivo de acesso à Internet, em especial para 
crianças e adolescentes em faixa etária escolar. 
 Se bem utilizada podemos fazer da tecnologia uma grande aliada 
para o ensino-aprendizagem, fazendo dela uma ferramenta de trabalho que ajuda 
na preparação e no desenvolvimento das aulas, despertando o interesse do aluno, 
fazendo com que ele se motive participando ativamente da aula e dessa forma 
sanando mais facilmente suas dúvidas. 
 As inovações podem proporcionar ao aluno múltiplas 
possibilidades de representações de problemas, por exemplo, em estilo moderno, 
distanciando-se, da educação baseada na mera transmissão, isto é, ensino teórico 
e aulas expositivas de explicações e teorias, no adestramento (ensino prático com 
exercícios repetitivos) em técnicas e em habilidades. 
 De acordo com Andrade, em seu trabalho “O Advento das 
Tecnologias na Educação” (S.A), afirma que: A introdução de softwares 
educacionais, em especial softwares Matemáticos, que propõe uma aula atrativa 
dinâmica e eficiente, facilita a compreensão de alguns conteúdos Matemáticos. Há 
uma nova forma de refazer à aprendizagem matemática, que, com a chegada dos 
computadores à escola diminui-se a distância para o aprendizado desde as 
formações continuadas, até mesmo para os conteúdosaplicados na sala de aula 
na fase de formação da educação básica. 
 Possivelmente, quando usamos os softwares matemáticos em sala 
de aula, para o aluno muitas vezes fica mais fácil entender o conteúdo. Como 
exemplo podemos citar o jogo de bilhar, que provavelmente pode se tornar uma 
aula de estatística, onde os alunos através da pontuação elaboraram tabelas e 
efetuam cálculos de probabilidades, além de devolver o raciocínio lógico enquanto 
criam estratégias para vencer os adversários. 
24 
 
 Sendo assim podemos transformar uma aula simples, ou seja, 
onde a única ferramenta de trabalho é o livro didático e o quadro, em uma aula mais 
dinâmica, prazerosa e interessante, pelo simples fato de que a tecnologia é uma 
ferramenta que está no dia a dia do aluno. Como já citado antes, se a tecnologia 
for utilizada de forma correta, o aluno poderá compreender e entender o conteúdo 
com mais facilidade, será proveitoso tanto para o professor como para o aluno. 
 Ao diversificar os espaços de construção do conhecimento, os 
processos e as metodologias de aprendizagem, permite à escola um novo diálogo 
com os indivíduos e com o mundo (MERCADO, 2001). 
 Certamente muitos alunos possuem redes sociais, e que não 
conseguem ficar sem acessa-las. E que em período de aula se ficarem acessando 
redes sociais não conseguirão se concentrar e realizar as atividades propostas e, 
assim, não agregarão nada ao conhecimento. 
 A tecnologia é uma ferramenta de trabalho que veio para agregar 
tanto positivamente como negativamente, pois sabemos que existem pessoas que 
as usam para roubar senhas, fazer uma brincadeirinha de mau gosto, para 
prejudicar outras pessoas. 
 Porém é necessário conscientizar o aluno que em período de aula 
devem efetuar as atividades propostas pelo professor, evitando o uso de sites não 
indicados e redes sociais, para não desfocar o objetivo da aula. Podendo assim 
utilizar a tecnologia como ferramenta de ensino. 
 
 Portanto, ao incluir a tecnologia nas aulas de Matemática, há 
contribuição para o desenvolvimento do aprendizado dos alunos. O computador 
também pode ser considerado um grande aliado do desenvolvimento cognitivo dos 
alunos, principalmente na medida em que possibilita o desenvolvimento de um 
trabalho que se adapta a distintos ritmos de aprendizagem e favorece que o aluno 
aprenda com seus erros (GLADCHEF; ZUFFI; SILVA, 2001, p.2). 
 Porém, se faz necessário que haja uma capacitação tanto para o 
professor quanto para o aluno e escola para que ambos possam usufruir dos 
aproveitamentos das ferramentas tecnológicas educacionais, visando promover o 
25 
 
melhor ensino de qualidade ao que se faz necessário em momentos delicados 
como o que estamos vivendo hoje em dia em decorrer da pandemia, motivo esta 
que causou paralização das escolas, afetando a todas as pessoas que se fazem 
presente na sociedade, principalmente a vida dos alunos. Pois muitos, de certa 
forma foram atingindo com peso maior em relação quando se trata de ensino a 
distância, uma vez que nem todos tem acesso e nem aparelhos compatíveis com 
a internet. E por esse motivo devemos ter um olhar mais críticos em relação a 
educação matemática e tecnologia, para que possamos alcançar o objetivo que 
melhorar e educação de ensino-aprendizagem por meio das ferramentas 
tecnológicas, com intuito de incluir de forma geral todos os alunos, e evitar a 
exclusão dos outros. E fazer da tecnologia nossa grande aliada na educação 
Matemática. 
 
3.2 – O ensino não presencial 
 Com o isolamento social, advindo da política de distanciamento as 
escolas e, por conseguinte alunos e professores se viram com a necessidade da 
utilização maciça de ferramentas digitais em substituição às aulas presenciais. Este 
evento, expôs severamente as insuficiências da educação no país. Podemos 
afirmar que algumas dessas insuficiências são a falta de formação específica para 
professores e o entendimento por parte da sociedade e o precário acesso da 
comunidade escolar a recursos tecnológicos, como computadores e internet de 
qualidade. Para se estruturar a estratégia e a plataforma que as Secretarias de 
Educação planejaram, foi necessário conhecer as características quanto ao acesso 
a internet por parte dos professores e alunos. É crucial o uso das novas tecnologias 
para conectar professores e alunos, de forma que esse novo método de educar, 
não se torne um meio de exclusão, levando em consideração que nem todos (seja 
professores ou alunos) dispõem de equipamentos e internet para essa nova forma 
de ensino (não presencial). 
 É preciso o poder público tomar medidas e encontrar maneiras de 
satisfazer as necessidades básicas para que esse novo sistema de educação 
funcione de fato, e não deixe de contemplar nenhum dos atores dessa dinâmica. O 
ensino não presencial está ai, é presente e pode sim ser nosso “novo normal”, cabe 
26 
 
a todos, tanto poder público, comunidade escolar e sociedade de modo geral fazer 
valer seus direitos e assim garantir de fato uma educação de qualidade, garantida 
pela constituição. 
 
3.3 - ALUNOS SEM ACESSO OU COM ACESSO LIMITADO A INTERNET 
 
 Sabendo-se que para que os meios que foram encontrados para 
solucionar a falta de aulas presenciais depende principalmente de conexão com a 
internet. Entretanto, sabemos que uma parcela dos alunos não possui acesso ou 
possuem esse acesso à internet de forma limitada. Nesse cenário, o quantitativo 
consolidado de atendimento dos estudantes, durante o regime especial de 
atividades pedagógicas escolares não presenciais, no contexto gerado pela 
Pandemia COVID-19, foi focado no protagonismo do professor, zelando pelo 
relacionamento dele com os estudantes. Sendo assim, cada professor, dentro de 
suas possibilidades e com o suporte de suas escolas e, também, por meio de 
capacitações online, encontrou formas mais adequadas de envio das atividades 
para seus respectivos alunos. 
 É correto afirmarmos que a falta da tecnologia para ter aulas 
durante o necessário distanciamento social ocasionado pela pandemia, ficou 
escancarada. Nas escolas públicas os jovens têm pouco acesso à internet. O 
problema já tinha sido apontado na pesquisa TIC Educação 2019, divulgada em 
junho desse ano de 2020 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). 
Segundo o levantamento, quase 40% dos estudantes da rede pública de ensino 
não contam com um computador e internet em casa. 
 Nas escolas rurais a situação é ainda mais complexa, já que 
apenas 40% delas contam com pelo menos um computador com acesso à internet. 
Segundo dados da pesquisa, 65% dos diretores de escolas rurais utilizam o próprio 
celular e o plano de dados particular para realizar atividades administrativas. 
27 
 
 
Figura 1. Escolas, acesso a computadores e á internet pela comunidade que reside e em seu 
entorno. 
 
 Nesse contexto, percebemos que as necessidades provocadas 
pela pandemia evidenciaram ainda mais o problema da desigualdade na 
conectividade ao mesmo tempo em que mostraram uma variedade de 
possibilidades proporcionadas pela tecnologia. Essa possibilidade de poder 
interagir com os alunos, de interagir entre eles, de planejar atividades mais 
participativas, chama a atenção dos estudantes. Pode ser que agora, no período 
pós-pandemia, tenhamos uso mais intenso dessas tecnologias. Contudo, primeiro, 
precisamos superar esse problema das desigualdades de acesso e de uso. Essa 
distinção já existia, elas se tornaram mais evidentes agora na pandemia. No 
período pós-pandemia precisa-se pensar em como resolver essas desigualdades 
para que possa ter um acesso mais inclusivo e equitativo para alunos, professores 
e toda a comunidade escolar. 
 Nesse contexto, deve-se ainda considerar o fato de que a condição 
familiar de acesso à internet é uma variável que pode, inclusive, alterar diversas 
vezes durante um determinado período. Ou seja, um mesmo estudante pode 
receber suasatividades de maneira virtual em uma disciplina e de maneira 
28 
 
impressa em outra, ou ainda, durante um período, acessar o material virtualmente, 
e no outro impresso. 
 O que vale ressaltar aqui, é a necessidade de atenção a todos os 
alunos, tentando ao máximo atender a todos, inclusive os que não tem acesso a 
internet, ou ainda os que te, mas de forma limitada. Essas novas formas de ensinar, 
não devem de forma alguma ser um meio de exclusão social. 
 
3.4 – CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES DIANTE DOS DESAFIOS 
IMPOSTOS PELA PANDEMIA. 
 
 A pandemia causada pelo novo corona vírus impôs a necessidade 
de formação continuada para docentes e de contemplar pontos essenciais na 
construção de aprendizagem, principalmente nos aspectos de tendências 
tecnológicas e de metodologias ativas. É de suma importância a preparação dos 
quadros de educadores para lidar com estes novos tempos e com a nova maneira 
de imaginar a aprendizagem, e assim ter uma melhora significativa na maneira de 
ensinar a matemática e claro, servindo também para as demais disciplinas que 
fazem parte da grade curricular dos mais variados estudantes das mais diversas 
localidade. 
 Nota-se que, neste período de quarentena, os profissionais se 
voltaram para o ensino online e, em poucas semanas, tiveram que se adequar a 
essa nova realidade e tiveram que se adaptar a rotina diária para conseguir oferecer 
conteúdo de qualidade aos alunos de forma remota. 
 Diante dessa nova realidade, a capacitação dos professores torna-
se necessária abordar as principais características das aulas síncronas (online, em 
tempo real) e assíncronas (aulas gravadas e disponibilizadas em plataformas) para 
intensificar o desenvolvimento de competências e habilidades. Atividades práticas 
e avaliação processual devem estar entre os temas abordados. Percebemos que 
essa capacitação é imprescindível em tempos de ensino remoto, uma vez que tudo 
é muito novo, uma nova realidade nos foi imposta, fazendo com que possamos 
buscar novos meios de adquirir recursos para oferecer um ensino de qualidade. 
29 
 
 Diante de todo o exposto, acredita-se que um dos pilares de 
sustentação da prática pedagógica é o professor, por isso, investir em capacitação 
é uma premissa primordial, é parte fundamental para evolução da educação. Vimos 
que a pandemia nos trouxe novos desafios e adaptamos a capacitação para 
reforçar as competências necessárias para este novo cenário de distanciamento 
social e aulas remotas. É claro que ainda é um grande desafio criar um modelo de 
aulas remotas – utilizando recursos digitais, a partir da casa dos estudantes – e 
também para desenvolver competências e habilidades dos educadores e 
profissionais da educação, é um processo de transformação que diz respeito a 
novas e melhores maneiras de ensinar, em uma efetiva ressignificação e entrega 
de todo o corpo docente. 
 
3.5 - A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE ENSINO 
APRENDIZAGEM NO PERÍODO DE PANDEMIA. 
 
 No contexto da pandemia do novo corona vírus, vimos como as 
escolas tiveram que se reinventar, ao invés da lousa, a tela do computador por 
exemplo. Professores precisaram experimentar novas possibilidades de ensinar 
através da aula online. Os pais também precisaram adaptar-se ao "novo normal" 
que tudo indica, não vai ser temporário. Crianças e adolescentes usam e abusam 
da criatividade para aprender. Como medida de distanciamento social, com o 
fechamento das salas de aula, a orientação inicial era que os professores revissem 
conteúdos já estudados em sala de aula, já que todo mundo acreditava que as 
aulas iam voltar logo. Mas foi preciso mudar o plano de aula conforme a quarentena 
que foi se estendendo. 
 A vivência do estudo online em tempos de crise era até então 
atípica e não era vista como o futuro da educação, mas sim como um novo 
aprendizado fora da sala de aula, haja vista que, até então, pensava-se que o nível 
e a quantidade de aprendizado não seriam os mesmos que o aluno teria fora da 
pandemia. 
30 
 
 Passados os primeiros meses de adaptação, alunos e professores 
já trabalham com uma aprendizagem diferente, mais interessante e integrada. A 
pandemia ensinou, em pouco tempo, como as pessoas utilizam de criatividade, 
colaboração e adaptabilidade. A convivência com a família, o ambiente com o lar 
passou a ser utilizado de uma forma que o aluno relacione o que o professor está 
tentando ensinar com o momento em que ele vive dentro de casa. Mas claro que 
todo esse processo mesmo depois de meses do início do isolamento social ainda 
é difícil. Há relatos de pais, por exemplo, se sentiram perdidos num primeiro 
momento com o ensino dentro de casa. Percebe-se com o passar dos tempos que 
não é para o pai assumir o papel do professor e nem alfabetizar o filho, mas a 
escola ajudar o pai a criar oportunidade de desenvolvimento de competências e 
habilidades que ajudam e favorecem a alfabetização. 
Na incerteza dos rumos do processo de ensino aprendizagem no período pós 
pandemia, é notório e podemos presumir que o processo pedagógico não será o 
mesmo de antes, agora teremos um “novo normal” em que Escola e família nunca 
estiveram tão unidas em prol dos alunos. 
 
3.6 - RUMOS DA EDUCAÇÃO PÓS PANDEMIA 
 
 Ainda é cedo para traçar os rumos que a educação tomará em um 
momento pós-pandemia. Com relação às previsões ou conclusões sobre o futuro 
do Brasil, para vencermos os três maiores desafios, sejam na educação, saúde e 
economia, Casara (2020, p. 2), resume, afirmando que, 
O mundo pós-pandemia vai ser definido a partir da resolução de uma 
questão prévia: a manutenção ou não da racionalidade neoliberal. 
Insistir na naturalização do modo de pensar e atuar neoliberal, que 
considera a busca do lucro e de vantagens pessoais o único objetivo 
“racional”, e ao mesmo tempo em que trata as pessoas como objetos 
negociáveis, pode levar a dois horizontes catastróficos, 
apresentados como naturais e inevitáveis, como toda manifestação 
neoliberal. Nos países em que o pensamento autoritário se instaura 
sem maiores dificuldades, nos quais o conhecimento e a ciência são 
31 
 
demonizados enquanto a violência é sacralizada, as mortes 
causadas pela covid-19 são tratadas como positividades, da mesma 
maneira que a eugenia era tratada como uma positividade pelos 
nazistas no século passado. Com isso, nos países de baixa 
densidade democrática, haverá o aprofundamento de um paradigma 
repressivo de governo baseado no poder disciplinar, no 
obscurantismo e na naturalização de mortes evitáveis em nome dos 
interesses de poucos. 
 É chegado o momento que almejamos um mundo pós-pandemia, 
mais fraterno, solidário e cooperativo. Na educação, o professor é um dos 
profissionais mais vulneráveis ao Covid-19, e, diante desse quadro, as aulas 
presenciais não devem reiniciar no presente ano de 2020. O médico Silva (2020, p. 
1), em entrevista, enfatiza o problema, afirmando que, 
contra os mestres pesam basicamente dois fatores, aliás, três, no 
caso de alguns. O primeiro é que muitos adquirem ou agravam várias 
doenças no exercício da profissão, como problemas na garganta, 
doenças respiratórias, hipertensão, diabetes, dores nas costas, 
esgotamento físico e mental, depressão etc. Isto baixa a imunidade 
dos mesmos e os torna, naturalmente, muito mais frágeis nessa 
guerra contra a pandemia. 
 Ao fator descrito temos mais dois fatores que pesam fortemente 
contra a saúde do professor, que no dizer de Silva (2020, p.1-2), são motivados, 
porque, 
A escolas são espaços naturais de aglomeração, e as salas de aula 
mais ainda. Já imaginou uma professora ou professor numa sala com 
20, 30, 40 ou mais alunos? Um perigo! Se não estiverem todos muito 
bem protegidos, o risco de contaminação é enorme. Um terceiro fator 
também importantíssimo é que muitos professores têm mais de 50 
anos e já estão debilitados por causa de outras doenças. Idade e 
doençaspreexistentes compõem um coquetel que pode ser mortal 
para eles, caso se contaminem com corona vírus. 
 O retorno às aulas, conforme recomendam a maioria dos médicos 
comprometidos com a pesquisa, ciência e saúde no Brasil e da Organização 
32 
 
Mundial da Saúde (OMS), não é aconselhado por ainda ser arriscado demais, 
quando o assunto é retorno às aulas presenciais. A segurança, portanto, é a torcida 
pelo advento de uma vacina ou um medicamento eficiente no combate ao Covid-
19. 
 Refletindo sobre a tecnologia, que ganhou centralidade na 
comunicação e se tornou ferramenta para a aprendizagem, temas centrais deste 
trabalho, acredita-se que a escola incorporará parte do que aprendeu nesse 
período, principalmente no que diz respeito em termos uma escola com ensino 
híbrido, ou seja, um modelo misto de educação do que tínhamos antes da 
pandemia. Isso não significa que todo mundo migrará para o EAD. Tudo o que 
estamos passando é um grande experimento de um EAD forçado em todos os 
níveis da educação. Com essa fase de experimentação, é possível termos uma 
ideia de como seria o mundo 100% on-line, mas também estamos descobrindo os 
percalços, a parte ruim da falta de convívio. Mas ficará muito evidente em um 
cenário pós-pandemia que é perfeitamente possível transmitir conhecimento de 
base de forma remota. Genuinamente, o futuro da educação será um híbrido do 
que era o mundo pré-pandemia com o período pandêmico. Teremos muito on-line, 
até por redução de custo, deslocamento e trânsito. Os alunos vão querer, os 
profissionais de ensino também. Porém, não podemos esquecer que a parte da 
experimentação é insubstituível. 
 É notório que a crise atual pode ajudar na evolução dos modelos 
de aprendizado para que deixem de ser limitados no espaço e no tempo. No futuro, 
o aluno poderá aprender onde e quando quiser, pois, o acesso à conectividade e à 
educação serão direitos universais e o papel do professor será amplamente 
habilitado pelo uso de novas tecnologias. A educação terá um modelo híbrido com 
o melhor dos dois mundos: a experiência vivencial da escola e a riqueza de 
recursos on-line. A escola deverá ter um papel consolidado como um ambiente de 
aprendizado, socialização e comunicação em que o aluno vai encontrar colegas e 
professores que se importam com sua educação integral como parte da família 
estendida. 
 Vale ressaltar que o aprendizado propiciado pelo ensino híbrido é 
mais personalizado, mais dinâmico. E, o mais importante, confere a pais e 
33 
 
professores a possibilidade de acompanhar o processo de aprendizado e 
engajamento do aluno. A partir dessas evidências, os educadores conseguem fazer 
intervenções mais rápidas. Interessante notar que o contexto das aulas online – 
que levou a sala de aula para dentro de casa, forçaram as famílias a 
acompanharem mais de perto o processo de educação das crianças e adolescentes 
–, gerou uma aproximação maior. Os pais, hoje, podem assistir aulas dos 
professores, sabem o nível de engajamento dos filhos. Essa também é uma grande 
mudança. 
Outro fator importante, é que a aprendizagem é um processo e como tal de nada 
adiantará querer retomar todo o conteúdo não trabalhado em muitas horas, para 
compensar os dias perdidos presencialmente. Ao retornarmos da pandemia do 
Covid-19, será essencial focarmos nas competências, habilidades e conceitos 
científicos essenciais. Não poderemos estar presos demais aos conteúdos 
programáticos. Na reorganização do calendário escolar e do currículo escolar a 
criatividade e a flexibilidade são vitais para todos se inserirem bem e se 
contextualizarem na retomada dos trabalhos, sem sobrecarregarmos demais os 
alunos com conteúdos, como tijolos, que não preparam para o trabalho e cidadania. 
 A expectativa é de que, terminada a pandemia, os professores e 
alunos voltarão diferentes ao ambiente escolar, do que quando a deixaram. Devido 
ao isolamento, sacrifícios, regras, ritmos diferentes de trabalho, descanso, 
disciplina, ansiedade, cuidados com a higiene, distanciamento entre as pessoas, 
falta de perspectiva de aumento e valorização salarial e profissional, falta de ânimo, 
fará com que os profissionais da educação e alunos estejam diferentes, ao menos 
do ponto de vista psicológico e comportamental. A autora Cardoso (2020, p.2), 
afirma que “será um novo tempo de acolher os professores e alunos, daí a 
necessidade de uma abordagem multidisciplinar e intersetorial, envolvendo 
educadores, médicos, psicólogos, assistentes sociais etc.” Além do mais, será 
necessário o diálogo da escola e professores com os pais. A presença dos pais na 
escola, mais do que nunca, participando e interagindo nas atividades e 
programações, será de suma importância. 
 Muito importante será a busca de um trabalho entre a escola e os 
pais para trazer de volta o aluno evadido. Muito provavelmente haverá a emigração 
34 
 
de alunos das escolas particulares para a rede pública de ensino. Com a crise, a 
classe média perdeu renda, emprego e poder aquisitivo. A rede pública de ensino 
precisará se desdobrar; com menos recursos, precisará atender mais alunos e 
superar mais problemas. O aluno pobre está na rede pública de ensino; e é a ele 
que devemos dar mais como profissionais da educação, se quisermos animá-lo 
com o “sonho de viver bem”, conforme ensina Gadotti (2009, p. 14), e mencionado 
no correr do texto. A escola como espaço social para a aprendizagem estará 
valorizada depois da pandemia. O professor voltará mais valorizado pelas famílias, 
pela dimensão da complexidade que envolveu os pais em lidarem com os filhos nas 
tarefas escolares. É hora de valorizar os professores, pilar da educação. 
Precisamos urgentemente de uma revolução na educação do Brasil, para 
enfrentarmos melhor e com mais preparo outras pandemias e crises que vierem 
pela frente. 
 
3.7 – CONSIDERAÇÕES 
 
 Durante muito tempo a educação na escola, foi definida por uma 
metodologia pedagógica ancorada em processos baseados na replicação de 
informações de maneira uniforme, muitas vezes mecânica, sem considerar a 
individualidade de cada estudante. Essa forma de ensinar, chamado simplesmente 
de “tradicional” perdeu o seu sentido em um tempo em que a informação está ao 
alcance de um ou dois toques. 
 Com o cenário imposto pela pandemia do Covid-19, é fato que 
causou a alteração das atividades escolares e impôs uma mudança profunda na 
forma que os estudantes e o professores enxergam a educação. 
 Em função da urgência e da necessidade, em um curto período de 
tempo, toda a comunidade escolar passou por uma aceleração e uma imersão em 
um mundo de conhecimento e competência que, por vezes, não se havia dado a 
real importância e que, em ritmo normal de processo, levaria bem mais tempo para 
se concretizar. A tecnologia hoje é onipresente em diversos aspectos, desde a 
maneira como acessamos, buscamos e trocamos conhecimentos e informações, 
35 
 
bem como na forma que nos comunicamos e fazer bom uso dessa tecnologia em 
nosso favor e para facilitar a forma como nos relacionamos e ensinamos, nos 
proporciona ganhos significativos. 
 Educação é uma ação de todos os atores envolvidos, família, 
escola, professores e alunos; se essa ação já é determinante em tempos de aulas 
presenciais, ganha ainda mais relevância nesse período de pandemia. Uma prática 
dessa magnitude exige acompanhamento e pequenos ajustes que se fazem 
necessários, de forma permanente. Diante deste novo cenário, mostra que, com o 
envolvimento e participação de todos é possível sim termos um ensino de 
qualidade, mesmo com todos os desafios enfrentados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
4 – METODOLOGIA 
 
 A pesquisa realizada pode ser considerada de acordo com Gil 
(2010), como um estudo descritivo, onde apresentam-se particularidades de 
pessoas ou fenômenos. Objetiva-se, com isso, tratar das necessidades subjetivas 
de umadeterminada comunidade escolar. 
 Quanto aos meios, pode-se considerar como pesquisa de campo, 
pois, foram feitos questionamentos a um grupo de pessoas pertencentes a uma 
comunidade escolar. 
 Para isso, foi realizada uma investigação mediante um estudo de 
caso que envolveu cem pessoas diretamente afetadas pela nova forma de ensino 
(educação à distância devido às medidas de prevenção adotadas em todo o 
território nacional.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
5 - CONCLUSÃO 
 Analisar a situação gerada pelo COVID-19 evidenciou 
questões já existentes no ensino presencial, agravou-se estas situações, e, ainda, 
antecipou outras, demonstrando a necessidade urgente de investimento massivo, 
em estrutura física e pessoal, para que possamos honrar o que determina nossa 
Constituição. Trouxe à tona, também, de forma bastante escancarada, a 
necessidade de formação docente para este “reinventar da escola”, uma vez posta, 
de forma que nos parece incontornável, a necessidade de finalmente invertermos 
a chave das práticas pedagógicas, promovendo um ensino ativo - cuja expressão, 
apesar de repisada, não encontra aplicabilidade efetiva na maior parte dos sistemas 
educativos - e tornando, a pedagogia, usuária ativa e indutora das tecnologias. 
 Entendemos que assentir à estas mudanças não significa aderir à 
ideia da substituição das escolas por plataformas EAD. Mesmo porque, sem dúvida, 
outra lição deste momento de isolamento é a de que a mobilização de tecnologias 
para as aprendizagens escolares exige a presença ativa, constante e competente 
do professor. 
 Ademais, mais do que nunca é inegável que a interação é ponto 
primordial das relações de ensino-aprendizagem e que a escola, muito mais do que 
um espaço onde depositam-se textos inertes aos estudantes, é espaço de atuação 
autônoma e coletiva, de vivências e interação, de relacionamento com o outro de 
forma física, presencial e humana, mas também uma instância onde as tecnologias 
podem e devem cumprir o importante papel de apoio dos processos de ensino e de 
aprendizagem. Isso porque o processo de aprendizagem é coletivo, conta com a 
curiosidade mútua, com a liberdade e interação que os estudantes precisam ter 
para aprender. A escola é muito mais do que aprender por si mesmo! Transcende 
a posição de espaço de aprendizagem: é uma comunidade onde os professores e 
alunos relacionam-se, interagem e aprendem mutuamente, por meio do contato 
pessoal, das experiências vivenciadas no coletivo, das confidências, do 
relacionamento. É fato que os estudantes que têm bom relacionamento na escola, 
na sala de aula, inevitavelmente, aprendem melhor. Os professores sabem disso, 
e agora, isto está sendo comprovado por esta crise pandêmica. 
38 
 
 Além disso, diante do desafio de alcance e manutenção do 
engajamento dos estudantes durante o regime especial de atividades, bem como 
de promoção do uso correto das plataformas digitais, para o alcance da 
aprendizagem significativa, quebrou-se o mito de que os estudantes desta geração 
são nativos que dominam com destreza qualquer tipo de tecnologia. Evidenciou-se 
que não temos angariado êxito na tarefa de preparar nossos alunos para que sejam 
aprendizes e estabeleçam uma relação ativa e investigativa com o conhecimento, 
tampouco para que usem as tecnologias para esta finalidade. Logo, existe também 
uma reflexão provocada pela percepção da importância desta motivação para os 
processos de aprendizagem e de ensino. Este período de atividades escolares em 
casa evidenciou que a aprendizagem , além de envolver planejamento e mediação 
competente de um profissional com formação para tanto, o que, por si só, já é tarefa 
dificílima, envolve também a capacidade de motivar os estudantes para que se 
engajem aos processos de aprendizagem - e os pais, em sua maioria, ainda que 
recebam conteúdos devidamente selecionados e planejados, não conseguem 
promover esta motivação de modo que seus filhos sejam independentes e 
autodeterminados para aprenderem, o que dificulta a realização das atividades e a 
aprendizagem em casa. 
 O contágio pelo COVID-19 foi promotor de uma crise mundial nos 
diversos campos, ocasionando mortes, desemprego e instabilidade social. Além 
disso, restou evidente que a proclamada educação como direito de todos, ainda 
está longe de ser um direito efetivado, existindo, nos diferentes países, de forma 
mais ou menos acentuada, um abismo entre o direito anunciado e o direito 
efetivamente desfrutado. Contudo, a pandemia provocou também reflexões 
profundas em todas as instâncias sociais e, logo, também, em relação ao modelo 
educacional vigente. 
 Diante das dificuldades encontradas, tornou-se claro que assentir 
às mudanças do campo educacional no ensino da matemática e às tecnologias 
exige um grande movimento, que envolve investimento massivo, tanto em Políticas 
Sociais - uma vez que a igualdade e equidade de acesso aos bens sociais 
conversam com esta questão -, quanto em Políticas Educacionais e de formação e 
valorização docente. Apenas munidos por este cenário e tendo desenvolvido as 
39 
 
competências necessárias para o letramento em cultura digital, poder-se-á cessar 
com tranquilidade e segurança o combate às tecnologias, adotando os recursos 
digitais como auxiliares da aprendizagem. Acreditamos que o mundo não será o 
mesmo, e o termo “voltar à normalidade” não fará sentido, pelo menos não em 
relação ao modelo de “normalidade” que vivemos até fevereiro de 2020. É 
necessário que o caminho percorrido e as aprendizagens desenvolvidas pelas 
redes e profissionais da educação para enfrentamento deste período de pandemia 
sejam mantidos como heranças vivas, permitindo-nos melhor configurar a escola 
pós-pandemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
6 - REFERÊNCIAS 
 
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no Brasil e no mundo. Associação Brasileira de Educação a Distância. 2011. 
Disponível em: 
<http://www.abed.org.br/revistacientifica/revista_pdf_doc/2011/artigo_07.pdf> 
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BHABHA, Homi K. O Local da Cultura.5ª reimpressão. Belo Horizonte: Editora da 
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CASARA, Rubens. O descuido com a vida no Brasil é um projeto político. Nada 
tem de natural. Entrevista à Revista Esquinas. Disponível em: 
https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br/politica/odescuido-com-a-vida-no-
brasil-e-um-projeto-politico-afirma-juiz-dotjrj-sobre-fanatismo-
politico/?fbclid=IwAR0euycUEEJwTltTyJ2Goe1 
ATnttfuwdF3G7syvMXVOUutBPLvAncB89dmE . Revista Esquinas. Revista Digital 
Laboratório da Faculdade Cásper Líbero. Entrevista feita por: Letícia Keller, 18 de 
junho de 2020. 
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Disponível em:<https://fundacaolemann.org.br/noticias/educacao-
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GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década 
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NOGUEIRA, Maria Alice. Relação Família-escola : novo objeto na sociologia da 
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