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Livro_REDES_DE_COMPUTADORES_I_EAD_UNIVERSO

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Prévia do material em texto

Fisiologia 
 
Redes de Computadores I 
 
 
 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
 Manuel de Souza Esteves 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Tatiane Aparecida Gomes Pereira 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo Campus Niterói 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
P436r Pereira, Tatiane Aparecida Gomes. 
Redes de computadores I / Tatiane Aparecida Gomes Pereira ; revisão 
de Rafael Dias de Carvalho Moraes. – 1. ed. – Niterói, RJ: UNIVERSO: 
Departamento de Ensino à Distância, 2017. 
199 p. : il. 
 
1. Redes de computadores. 2. Redes locais de computadores. 3. 
Internet - História. 4. Correio eletrônico. 5. Redes (Computadores) - 
Protocolos. 6. Ensino à distância. I. Moraes, Rafael Dias de Carvalho. II. 
Título. 
CDD 004.68 
 
Bibliotecária responsável: Elizabeth Franco Martins - CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se responsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, exigente 
e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de Oliveira 
(UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes segmentos do 
ensino a distância na universidade. Nosso programa foi desenvolvido segundo as 
diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero bem-sucedidas 
mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio dessa 
modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço presentes nos 
dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio tempo e 
gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se responsável 
pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que permite 
que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo momento 
ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de nossa 
plataforma. 
 Palavra da Reitora 
 
 
 
 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bemsucedido 
projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo de 
atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, graduação 
ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando as 
novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Redes de Computadores I 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
...................................................................................................... 7 
Plano da Disciplina 
..................................................................................................................... 9 
Unidade 1 - Conhecendo a Rede de Computadores ....................................................... 
11 
Unidade 2 - Camada de Aplicação 
....................................................................................... 45 
Unidade 3 - Camada de Transporte 
..................................................................................... 71 
Unidade 4 - Camada de Rede 
................................................................................................ 97 
Unidade 5 - Endereçamento 
...............................................................................................121 
Unidade 6 - Roteamento 
......................................................................................................155 
Considerações finais 
..............................................................................................................187 
Conhecendo o autor 
..............................................................................................................189 
Anexos 
 ...................................................................................................................................193 
 
 
 
 Sumário 
Redes de Computadores I 
 
 
6 
 
A constante evolução da tecnologia 
e o avanço do uso de computadores e 
suas tecnologias, sobretudo, no mercado 
de trabalho fez surgir a necessidade de interconexão de diversas máquinas para 
facilitar o acesso e compartilhamento tanto de equipamentos quanto informações. 
Esse tipo de procedimento que visa conectar diversos equipamentos de forma a 
permitir o compartilhamento de dispositivos, recursos, softwares e informações. 
A utilização de redes de computadores é um importante mecanismo para a 
interconexão de hardware e software, permitindo, assim, a disseminação e o 
compartilhamento de ambos de forma a melhorar o desempenho no uso destes. 
Assim, o compartilhamento tanto de dispositivos quanto de recursos em uma rede é 
essencial para as empresas, pois permite que todos os envolvidos no processo tenham 
tais recursos à sua disposição para o acesso e sua utilização. 
Assim, torna-se necessário o conhecimento de redes de computadores a fim de 
entendermos como se dá a interligação de todos os recursos dentro de uma rede e 
como são o acesso e o compartilhamento de todos os tipos de recursos disponíveis 
nesta rede de computadores. Desta forma, será possível entender o funcionamento 
de uma rede de computadores, conhecer sua estrutura e compreender como se dá o 
compartilhamento de hardware, software e informações nesta rede. 
Tal mecanismo, a rede de computadores, é indispensável no mundo globalizado, 
pois este tipo de tecnologia facilita a comunicação, a interação e o compartilhamento, 
assim podemos fazer uso desde uma rede de computadores doméstica, no trabalho 
ou uma rede mundial, como é o caso da Internet. As inúmeras possibilidades de 
interconexão para a interação no espaço das redes de computadores permite-nos o 
uso de recursos de comunicação que interligam diversos tipos de equipamentos, 
contribuindo para a obtenção de respostas mais rápidas e precisas conforme a 
dinâmica atual. 
 
 
 Apresentação da disciplina 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
7 
Neste estudo, iremos conhecer a 
estrutura de uma rede de computadores, 
recurso tão presente atualmente em nossas 
vidas, pois hoje, é comum a interligação de 
dois ou mais equipamentos e recursos, seja em casa, no comércio ou no trabalho. 
Assim, torna-se importante conhecer como é possível fazer a interconexão de diversosequipamentos em uma única rede de computadores para assim ser possível o acesso 
e compartilhamento tanto de recursos quanto de informações, por isso iremos ao 
longo deste livro conhecer o funcionamento da maior rede de computadores da qual 
se tem notícias, a Internet, entendendo o seu funcionamento e os meios de 
transmissão de dados nesta rede. 
Será possível ainda compreender a configuração, a utilização de protocolos para 
transmissão e transferência de dados na rede Internet. Ao longo do estudo, 
aprenderemos sobre os protocolos utilizados na rede que permitem a interação entre 
máquina cliente e máquina servidor, a partir da qual é possível que o cliente possa 
buscar recursos e informações que estão disponíveis na máquina servidor. 
Outro ponto importante é conhecer as diversas camadas de uma rede de 
computadores, entender a função de cada uma destas camadas, analisar como é o 
funcionamento de todas as camadas da rede e, por fim conhecer os protocolos 
utilizados para a interconexão da rede e transmissão de dados dentro da rede. 
 
Bons estudos! 
 
 
 Plano da Disciplina 
 
 
 
8 
 
Redes de Computadores I 
 
1 
 
Conhecendo a Rede de 
Computadores 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
9 
Nesta unidade, conheceremos um pouco 
da história da mais famosa rede de computadores, a Internet. A Internet é uma rede 
de computadores mundial, que permite a interligação de diversos computadores ao 
redor do mundo e a comunicação entre estes computadores, mesmo que os 
dispositivos estejam distantes geograficamente. Além disso, na Internet é possível 
disseminar e compartilhar informações, além da interação e comunicação de 
inúmeras máquinas dispersas por diversos pontos da rede, em diversas partes do 
mundo. 
 
Objetivos da unidade: 
Conhecer a história da rede mundial de computadores, a Internet; 
Compreender os recursos disponíveis nesta rede; 
Analisar a transmissão e o fluxo de dados dentro da rede; 
Aprender sobre as camadas de protocolos; 
Discutir as entidades na camada de rede. 
 
Plano da unidade: 
• Histórico da Internet 
• Rede de Computadores e a Internet 
• Periferia da rede 
• Núcleo da Rede 
• Redes de Acesso e meios físicos 
• Atraso e perda em redes de comutação de pacotes 
• Camada de protocolos e seus modelos de serviço 
• Entidades na camada de rede 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
10 
Bons 
estudos! 
A Internet surgiu no período da Guerra Fria 
que aconteceu entre 1945 e 1991, onde as duas potências mundiais estavam 
envolvidas – Estados Unidos e a ex União Soviética (URSS). Divididos nos blocos 
socialista e capitalista, estas potências disputavam poderes e hegemonias. Os Estados 
Unidos temendo que a Rússia o atacasse desenvolveu um sistema de 
compartilhamento de informações, que seria utilizado de modo a facilitar as 
estratégias de guerra do país, o bloco capitalista. 
Assim, iniciou-se a Arpanet – Advanced Research Projects Agency, o primeiro 
protótipo da Internet. Em 29 de outubro de 1969 estabeleceu-se a primeira conexão 
através desta rede entre a Unidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de 
Standford, momento em que foi enviado o primeiro e-mail no mundo. 
Criada em 1958, pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a Arpa surgiu 
com a função de angariar recursos para pesquisa no campo universitário a fim de 
adquirir importantes conquistas na seara tecnológica. Segundo Manuel Castells 
A ARPA foi formada em 1958 pelo Departamento de Defesa 
dos Estados Unidos com a missão de mobilizar recursos de 
pesquisa, particularmente do mundo universitário, com o 
objetivo de alcançar superioridade tecnológica militar em 
relação à União Soviética na esteira do lançamento do 
primeiro Sputnik em 1957. A Arpanet não passava de um 
pequeno programa que surgiu de um dos departamentos da 
ARPA, o Information Processing Techniques Office (IPTO), 
fundado em 1962 com base numa unidade preexistente. O 
objetivo desse departamento, tal como definido por seu 
primeiro diretor, Joseph Licklider, um psicólogo 
transformado em cientista da computação no 
Massachusetts Institute of Technology (MIT), era estimular a 
pesquisa em computação interativa. Como parte desse 
esforço, a montagem da Arpanet foi justificada como uma 
maneira de permitir aos vários centros de computadores e 
grupos de pesquisa que trabalhavam para a agência 
compartilhar on-line tempo de computação. Para montar 
uma rede interativa de computadores, o IPTO valeu-se de 
uma tecnologia revolucionária de transmissão de 
telecomunicações, a comutação por pacote, desenvolvida 
independentemente por Paul Baran na Rand Corporation (um 
centro de pesquisas californiano que frequentemente 
 Histórico da Internet 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
11 
trabalhava para o 
Pentágono) e por Donald Davies no British National Physical 
Laboratory. O projeto de Baran de uma rede de comunicação 
descentralizada, flexível, foi uma proposta que a Rand 
Corporation fez ao Departamento de Defesa para a 
construção de um sistema militar de comunicações capaz de 
sobreviver a um ataque nuclear, embora esse nunca tenha 
sido o objetivo por trás do desenvolvimento da Arpanet. O 
IPTO usou essa tecnologia de comutação por pacote no 
projeto da Arpanet. 
(CASTELLS, 2003, p.13-14) 
Nesta rede, a Universidade da Califórnia em Los Angeles, o SRI, a Universidade da 
Califórnia em Santa Barbara e a Universidade de Utah, localizavam os primeiros nós, 
tal feito aconteceu em 1969. Dois anos mais tarde, em 1971, a rede contava com 15 
nós. Citando ainda Manuel Castells, o autor informa que 
O projeto da Arpanet foi implementado por Bolt, Beranek and 
Newman (BBN), uma firma de engenharia acústica de Boston 
que passou a realizar trabalhos em ciência da computação 
aplicada; fundada por professores do MIT era integrada em 
geral por cientistas e engenheiros dessa instituição e de 
Harvard. Em 1972, a primeira demonstração bem-sucedida 
da Arpanet teve lugar numa conferência internacional em 
Washington. O passo seguinte foi tornar possível a conexão 
da Arpanet com outras redes de computadores, a começar 
pelas redes de comunicação que a ARPA estava 
administrando, a PRNET e a SATNET. Isso introduziu um novo 
conceito: uma rede de redes. Em 1973, dois cientistas da 
computação, Robert Kahn, da ARPA, e Vint Cerf, então na 
Universidade Stanford, escreveram um artigo delineando a 
arquitetura básica da Internet. Basearam-se nos esforços do 
Network Working Group, um grupo técnico cooperativo 
formado na década de 1960 por representantes dos vários 
centros de computação ligados pela Arpanet, como o próprio 
Cerf, Steve Crocker e Jon Postel, entre outros. Para que 
pudessem falar umas com as outras, as redes de 
computadores precisavam de protocolos de comunicação 
padronizados. Isso foi conseguido em parte em 1973, num 
seminário em Stanford, por um grupo liderado por Cerf, 
Gerard Lelann (do grupo de pesquisa francês Cyclades), e 
Robert Metcalfe (então no Xerox PARC), com o projeto do 
protocolo de controle de transmissão (TCP). Em 1978 Cerf, 
Postel e Crocker, trabalhando na Universidade da Califórnia 
do Sul, dividiram o TCP em duas partes, acrescentando um 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
12 
protocolo 
intrarrede (IP), o que gerou o protocolo TCP/IP, o padrão 
segundo o qual a Internet continua operando até hoje. A 
Arpanet, no entanto, continuou por algum tempo a operar 
com um protocolo diferente, o NCP. Em 1975, a 
Arpanet foi transferida para a Defense Communication 
Agency (DCA). Para tornar a comunicação por computador 
disponível para os diferentes ramos das forças armadas, a 
DCA decidiu criar uma conexão entre várias redes sob seu 
controle. Estabeleceu a chamada Defense Data Network, 
operando com protocolos TCP/IP. Em 1983 o Departamento 
de Defesa, preocupado com possíveis brechas de segurança, 
resolveu criar a MILNET,uma rede independente para usos 
militares específicos. (CASTELLS, 2003, p. 14) 
A Arpanet transformou-se em uma rede dedicada à pesquisa e ganhou o nome de 
Arpa-Internet e em 1988 passou a ser utilizada como backbone pela Fundação 
Nacional de Ciências, o NSF, que possuía sua própria rede de comunicação de 
computadores desde 1984. A Arpanet saiu de operação em 1990 por ser nessa época 
uma rede já obsoleta. Segundo informações do livro “A Galáxia da Internet” de 
Manuel Castells, a partir de 1990, a internet não tinha mais cunho militar e passou a 
ser administrada pelo NSF, conforme informa Manuel Castells: 
[...]o controle da NSF sobre a Net durou pouco. Com a 
tecnologia de redes de computadores no domínio público, e 
as telecomunicações plenamente desreguladas, a NSF tratou 
logo de encaminhar a privatização da Internet. O 
Departamento de Defesa decidira anteriormente 
comercializar a tecnologia da Internet, financiando 
fabricantes de computadores dos EUA para incluir o TCP/IP 
em seus protocolos na década de 1980. Na altura da década 
de 1990, a maioria dos computadores nos EUA tinha 
capacidade de entrar em rede, o que lançou os alicerces para 
a difusão da interconexão de redes. Em 1995, a NSFNET foi 
extinta, abrindo caminho para a operação privada da 
Internet. (CASTELLS, 2003, p. 15) 
Isso porque o crescimento do número de nós e usuários da Arpanet e o 
enfraquecimento da Guerra Fria, a Arpanet perdeu seu caráter militar, mas por seu 
grande potencial, a rede foi dividida em 1983, criando a MILNET, que passou a ter a 
função de cuidar da parte bélica do país e a Arpanet continuou cuidando das questões 
científicas. Em 1989, um cientista, físico e professor britânico chamado Tim Berners-
 
 
 Redes de Computadores I 
 
13 
Lee desenvolveu o que revolucionou a Internet, 
um navegador ou borwser. Tim Berners-Lee propôs um projeto de hipertextos para 
que se dinamizasse a troca de texto de maneira mais rápida e dinâmica em um sistema 
que foi batizado como WWW – World Wide Web, a rede mundial de computadores. 
Para entender melhor a história da Internet, insta dizer que em 1977, deuse mais 
um importante passo ao desenvolvimento e avanço da Internet, dois estudantes de 
Chicago escreveram um programa que recebeu o nome de Modem, com este 
programa era possível realizar a transferência de arquivos entre os computadores 
pessoais dos desenvolvedores. No ano seguinte desenvolveram o Computer Bulletin 
Board System, cuja função era armazenar e transmitir mensagens. Tanto o modem 
quando o Computer Bulletin Board System foram liberados para o domínio público. Já 
em 1983, Tom Jennings criou o programa o FIDO e iniciou a rede FIDONET, que é uma 
rede de comunicação entre computadores barata e acessível, em que os PC’s se 
conectam por ligações de linhas telefônicas convencionais. 
Já no ano 2000, esta rede compreendia mais de 40.000 nós e uma média de três 
milhões de usuários. Um fator importante para o avanço desta tecnologia na 
construção de redes de computadores foi o software livre, mais precisamente o UNIX, 
sistema operacional desenvolvido nos Laboratórios Bell. Este sistema foi liberados 
para universidades em 1974, com o seu código-fonte, o que permitia a alteração do 
programa e seu melhoramento. No livro de Manuel Castells, descrevese que o Unix 
[...]tornou-se a língua franca da maior parte dos 
departamentos de ciência da computação, e os estudantes 
logo se tornaram peritos na sua manipulação. Depois, em 
1978, o Bell distribuiu seu programa UUCP (UNIX-to-UNIX 
copy) permitindo a computadores copiar arquivos uns dos 
outros. Com base no UUCP, em 1979, quatro estudantes na 
Carolina do Norte (Truscott, Ellis, Bellavin e Rockwell) 
projetaram um programa para comunicação entre 
computadores UNIX. Uma versão aperfeiçoada desse 
programa foi distribuída gratuitamente numa conferência de 
usuários de UNIX em 1980. Isso permitiu a formação de redes 
de comunicação entre computadores — a Usenet News — 
fora do backbone da Arpanet, ampliando assim 
consideravelmente a prática da comunicação entre 
computadores. No verão de 1980, a Usenet News chegou ao 
departamento de ciência da computação na Universidade da 
Califórnia em Berkeley, onde um grupo brilhante de 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
14 
estudantes de 
pós-graduação (entre os quais Mark Horton e Bill Joy) 
trabalhava com adaptações e aplicações do UNIX. Como 
Berkeley era um nó da Arpanet, esse grupo de estudantes 
desenvolveu um programa para fazer uma ponte entre as 
duas redes. Dali em diante, a Usenet ficou vinculada à 
Arpanet, as duas tradições gradualmente se fundiram e várias 
redes de computadores passaram a poder se comunicar 
entre si, muitas vezes partilhando o mesmo backbone 
(cortesia de uma universidade). Finalmente essas redes se 
congregaram na forma da Internet. Outro desenvolvimento 
notável que resultou da tradição dos usuários do UNIX foi o 
“movimento da fonte aberta” — uma tentativa deliberada de 
manter aberto o acesso a toda a informação relativa a 
sistemas de software. No capítulo 2 analisarei em maior 
detalhe o movimento da fonte aberta e a cultura dos hackers 
como tendências essenciais na 
configuração social e técnica da Internet. Mas preciso 
referirme brevemente a isso neste relato sumário da 
sequência de eventos que levou à formação da Internet. Em 
1984, Richard Stallman, programador no Laboratório de 
Inteligência Artificial do MIT, numa reação à decisão da AT&T 
de reivindicar direitos de propriedade sobre o UNIX, lançou a 
Free Software Foundation, propondo a substituição do 
copyright pelo que chamou de “copyleft”. Por “copyleft”, 
entendia-se que qualquer pessoa que usasse um software 
gratuito deveria, em retribuição, distribuir pela Net o código 
daquele software aperfeiçoado. Stallman criou um sistema 
operacional, o GNU, como alternativa ao UNIX, e o tornou 
disponível na Net sob uma licença que permitia seu uso desde 
que respeitada a cláusula do copyleft. Em 1991, pondo esse 
princípio em prática, Linus Torvalds, um estudante de 22 anos 
da Universidade de Helsinki, desenvolveu um novo sistema 
operacional baseado no UNIX, chamado Linux, e o distribuiu 
gratuitamente pela Internet, pedindo aos usuários que o 
aperfeiçoassem e enviassem os resultados obtidos de volta 
para a Net. O resultado dessa iniciativa foi o desenvolvimento 
de um robusto sistema operacional Linux, constantemente 
aperfeiçoado pelo trabalho de milhares de hackers e milhões 
de usuários, a tal ponto que o Linux é agora geralmente 
considerado um dos sistemas operacionais mais avançados 
do mundo, em particular para a computação baseada na 
Internet. Outros grupos de desenvolvimento cooperativo de 
software com base em fonte aberta brotaram da cultura dos 
usuários do UNIX. Assim, em 2001, mais de 60% dos 
servidores da www no mundo estavam rodando com Apache, 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
15 
que é um 
programa de servidor de fonte aberta desenvolvido por uma 
rede cooperativa de programadores do UNIX. (CASTELLS, 
2003, p. 17) 
 
Então, na década de 90 surgiram muitos provedores de serviços de Internet que 
montavam suas próprias redes e estabeleciam suas portas de comunicação em base 
comercial. Com tais avanços, a internet passou a ser uma rede global de 
computadores, a partir do projeto da Arpanet que possuía arquitetura em múltiplas 
camadas, era descentralizada e contava com protocolos para comunicação. Manuel 
Castells acrescenta que 
Nessas condições a Net pôde se expandir pela adição de 
novos nós e a reconfiguração infinita da rede para acomodar 
necessidades de comunicação. Mas a Arpanet não foi a única 
fonte da Internet tal como a conhecemos hoje. O formato 
atual da Internet é também o resultado de uma tradição de 
base de formação de redes de computadores. Um 
componente dessa tradição foi o bulletin board systems 
(BBS), ou sistema de quadro de avisos, um movimento quebrotou da interconexão de computadores pessoais no final da 
década de 1970. Em 1977, dois estudantes de Chicago, Ward 
Christensen e Randy Suess, escreveram um programa, que 
batizaram de MODEM, que permitia a transferência de 
arquivos entre seus computadores pessoais; em 1978 fizeram 
um outro, o Computer Bulletin Board System, que permitia 
aos computadores armazenar e transmitir mensagens. 
Liberaram ambos os programas para o domínio público. Em 
1983, Tom Jennings, um programador que na época 
trabalhava na Califórnia, criou seu próprio programa de BBS, 
o FIDO, e iniciou uma rede de BBSs, a FIDONET. Até hoje a 
FIDONET é a rede de comunicação por computadores mais 
barata e mais acessível no mundo, baseando-se em PCs e 
ligações por linhas telefônicas convencionais. Em 2000, 
compreendia mais de 40.000 nós e cerca de três milhões de 
usuários. Embora isso represente apenas uma minúscula 
fração do uso total da Internet, a prática dos BBSs e a cultura 
exemplificada pela FIDONET foram fatores influentes na 
configuração da Internet global. Em 1981, Ira Fuchs, na 
Universidade Municipal de Nova York, e Greydan Freeman, 
em Yale, iniciaram uma rede experimental com base no 
protocolo RJE da IBM, montando assim uma rede para 
usuários de IBM, em sua maioria baseados em universidades, 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
16 
que se tornou 
conhecida como BITNET (BIT de “Because it's there” em 
referência ao slogan da IBM; representa também “Because 
it's time”). Quando a IBM deixou de subvencioná-la em 1986, 
a rede passou a ser sustentada por taxas pagas pelos 
usuários. Ela ainda arrola 30.000 nós ativos. (CASTELLS, 2003, 
p. 15-16) 
Mas foi Tim Berners-Lee que, utilizando a estrutura já existente da Arpanet, 
conseguiu implementar um software que permitia tanto a aquisição quanto 
acrescentar informação de e para qualquer um dos computadores que estivessem 
conectados por meio da Internet, utilizando os protocolos HTTP, MTML e o URI, que 
mais tarde passou a ser denominado URL. Mais tarde, Tim Berners-Lee e Robert 
Cailliau construíram um navegador/editor que passou a ser chamado de sistema de 
hipertexto da WWW. Ressalte-se que 
O software do navegador da web foi lançado na Net pelo 
CERN em agosto de 1991. Muitos hackers do mundo inteiro 
passaram a tentar desenvolver seus próprios navegadores a 
partir do trabalho de Berners-Lee. A primeira versão 
modificada foi o Erwise, desenvolvido no Instituto de 
Tecnologia de Helsinki em abril de 1992. Pouco depois, Viola, 
na Universidade da Califórnia em Berkeley, produziu sua 
própria adaptação. Dessas versões modificadas da www, a 
mais orientada para o produto foi o Mosaic, projetado por 
um estudante, Marc Andreessen, e um profissional, Eric Bina, 
no National Center for Supercomputer Applications da 
Universidade de Illinois. Eles incorporaram ao Mosaic uma 
avançada capacidade gráfica, tornando possível captar e 
distribuir imagens pela Internet, bem como várias técnicas de 
interface importadas do mundo da multimídia. Divulgaram 
seu software na Usenet em janeiro de 1993. Depois disso, 
Andreessen passou a trabalhar como programador numa 
pequena firma de Palo Alto. Enquanto estava lá, foi 
procurado por um destacado empresário do Vale do Silício, 
Jim Clark, que estava deixando a companhia que fundara, a 
Silicon Graphics, à procura de novas aventuras empresariais. 
Clark recrutou Andreessen, Bina e seus colegas de trabalho 
para formar uma nova companhia, a Mosaic 
Communications, que mais tarde foi obrigada a mudar seu 
nome para Netscape 
Communications. A companhia tornou disponível na Net o 
primeiro navegador comercial, o Netscape Navigator em 
outubro de 1994, e despachou o primeiro produto no dia 15 
de dezembro de 1994. Em 1995, lançaram o software 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
17 
Navigator através 
da Net, gratuitamente para fins educacionais e ao custo de 39 
dólares para uso comercial. (CASTELLS, 2003, p.18) 
 
 
 
18 
 Redes de Computadores I 
O avanço da Internet se deu graças ao 
desenvolvimento da WWW. Programa de compartilhamento de informação. A 
Internet, portanto, é uma grande rede de computadores. É a rede mundial de 
computadores na qual é possível trocar informações com diversos computadores 
espalhados pelo mundo afora. Pela Internet, é possível o compartilhamento e 
disseminação de informações. Manuel Castells declara que 
A Internet é um meio de comunicação que permite, pela 
primeira vez, a comunicação de muitos com muitos, num 
momento escolhido, em escala global. Assim como a difusão 
da máquina impressora no Ocidente criou o que MacLuhan 
chamou de a “Galáxia de Gutenberg”, ingressamos agora 
num novo mundo de comunicação: a Galáxia da Internet. O 
uso da Internet como sistema de comunicação e forma de 
organização explodiu nos últimos anos do segundo milênio. 
No final de 1995, o primeiro ano de uso disseminado da world 
wide web, havia cerca de 16 milhões de usuários de redes de 
comunicação por computador no mundo. No início de 2001, 
eles eram mais de 400 milhões; previsões confiáveis apontam 
que haverá cerca de um bilhão de usuários em 2005, e é 
possível que estejamos nos aproximando da marca dos dois 
bilhões por volta de 2010, mesmo levando em conta uma 
desaceleração da difusão da Internet quando ela penetrar no 
mundo da pobreza e do atraso tecnológico. A influência das 
redes baseadas na Internet vai além do número de seus 
usuários: diz respeito também à qualidade do uso. Atividades 
econômicas, sociais, políticas, e culturais essenciais por todo 
o planeta estão sendo estruturadas pela Internet e em torno 
dela, como por outras redes de computadores. De fato, ser 
excluído dessas redes é sofrer uma das formas mais danosas 
de exclusão em nossa economia e em nossa cultura. 
(CASTELLS, 2003, p. 8) 
A partir dos anos 90, a Internet passou a se popularizar no mundo todo, assim 
aconteceu o desenvolvimento de novos browsers como o Internet Explorer, Mozilla 
Firefox e outros como vemos hoje em dia. Além disso, o aumento do número de 
usuários torna esta uma rede de grande alcance, se tornando uma rede de 
computadores global. 
Destaca-se, que a Internet é uma grande rede de computadores conectados em 
que é possível realizar o compartilhamento de informações. Estes computadores se 
comunicam por meio de protocolos de comunicação específicos como o TCP/IP. TCP 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
19 
significa Transmission Control Protocol – 
Protocolo de Controle de Transmissão e IP é Internet Protocol - Protocolo de Internet. 
Possui grande escala de alcance interligando computadores no mundo todo para o 
compartilhamento de todo o tipo de informações: texto, vídeo, áudio e imagem. 
 O surgimento e avanço da Internet revolucionou o mundo, justamente por 
permitir o acesso de qualquer pessoa que esteja conectada à rede a todo o tipo de 
informação que esteja disponível. É atualmente um importante meio de comunicação 
e interação entre pessoas geograficamente distantes. E sua principal característica, é 
a arquitetura aberta e descentralizada. A Internet, portanto, é o conjunto de inúmeras 
outras redes de computadores capazes de se comunicarem a partir da utilização dos 
protocolos TCP/IP. Neste conjunto, englobam-se tanto redes públicas quanto 
privadas. (Correia, 2007). A figura 1 mostra-nos a estrutura a rede Internet. 
Figura 1: Estrutura de funcionamento da Internet. 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
20 
Fonte: KUROSE, James. F; ROSS, Keith W. Redes de 
computadores e a Internet: uma abordagem topdown/ 6. ed. – São Paulo: Pearson Education do 
Brasil, 2013, p. 2. 
Nesta rede, há a comutação de pacotes, meio que permite o compartilhamento 
de um caminho ou partes de um caminho com múltiplos sistemas finais comunicantes. 
Sua estrutura de interconexão é hierárquica, onde os sistemas finais estão conectados 
aos servidores de Internet, os ISPs (InternetService Provider) através de redes de 
acesso. Esta rede de acesso pode ser local, sendo de uma empresa ou universidade, 
pode ser uma linha telefônica acoplada a um modem ou ainda uma rede de acesso 
com alta velocidade dedicada ou comutada. Os provedores de acesso local conectam-
se a provedores de acesso regionais, que se conectam a provedores de acesso 
internacionais, neste caso, os ISPs tanto nacionais quanto internacionais 
correspondem ao nível mais 
alto de hierarquia desta 
rede. (CORREIA, 2007). 
A Internet é atualmente a maior rede de conexão existente no mundo, é um 
importante sistema em que milhões de computadores estão conectados e com uma 
imensa quantidade de usuários que se conectam por diversos equipamentos: PCs, 
laptops, tables, smartphones, televisões e outros. Assim, pode-se dizer que a Internet 
é uma ampla rede com imensa capacidade de utilização. Os equipamentos conectados 
à Internet são chamados de hospedeiros ou sistema finais, que são conectados entre 
si por enlaces, os links de comunicação, e, por comutadores de pactos, os switches. 
(KUROSE; ROSS, 2013). Segundo James F. Kurose e Keith W. Ross (2013, p.4) 
Enlaces diferentes podem transmitir dados em taxas 
diferentes, sendo a taxa de transmissão de um enlace 
medida em bits por segundo. Quando um sistema final possui 
dados para enviar a outro sistema final, o sistema emissor 
segmenta esses dados e adiciona bytes de cabeçalho a cada 
segmento. Os pacotes de informações resultantes, 
conhecidos como pacotes no jargão de rede de 
computadores, são enviados através da rede ao sistema final 
de destino, onde são remontados para os dados originais. Um 
comutador de pacotes encaminha o pacote que esta 
chegando a um de seus enlaces de comunicação de entrada 
para um de seus enlaces de comunicação de saída. Ha 
comutadores de pacotes de todos os tipos e formas, mas os 
dois mais proeminentes na Internet de hoje são roteadores e 
 Rede de Computadores e a Internet 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
21 
comutadores de 
camada de enlace. Esses dois tipos de comutadores 
encaminham pacotes a seus destinos finais. Os comutadores 
de camada de enlace geralmente são utilizados em redes de 
acesso, enquanto os roteadores são utilizados 
principalmente no núcleo da rede. A sequência de enlaces de 
comunicação e comutadores de pacotes que um pacote 
percorre desde o sistema final remetente até o sistema final 
receptor e conhecida como rota ou caminho através da rede. 
E difícil de estimar a exata quantidade de tráfego na Internet, 
mas a Cisco [Cisco VNI, 2011] estima que o tráfego global da 
Internet esteve perto do 40 exabytes por mês em 2012. 1 
Os serviços finais se conectam aos ISPs para acessar a Internet. Os ISPs podem ser 
residenciais, corporativos, universidades e aqueles que fornecem acesso sem fio. Tais 
ISPs são redes de comutadores de pactos e enlaces de comunicação e oferecem 
acesso à rede por banda larga como modem, a cabo ou linha digital de assinantes 
(DSL), além do acesso por rede local (LAN) de alta velocidade, acesso sem fio e por 
modem discado. Podem ainda, oferecer acesso para provedores de conteúdo ao 
conectar sites à Internet. James F. Kurose e Keith W. Ross (2013, p.3-4) informam que 
Esses ISPs de nível mais baixo são interconectados por meio 
de ISPs de nível mais alto, nacionais e internacionais, como 
Level 3 Communications, AT&T, Sprint e NTT. Um ISP de nível 
mais alto consiste em roteadores de alta velocidade 
interconectados com enlaces de fibra ótica de alta 
velocidade. Cada rede ISP, seja de nível mais alto ou mais 
baixo, e gerenciada de forma independente, executa o 
protocolo IP (ver adiante) e obedece a certas convenções de 
nomeação e endereço. 
O envio e recebimento de informações se dá mediante à execução de protocolos. 
Estes protocolos são executados pelos sistemas finais, pelos comutadores e por outras 
peças da Internet. Neste caso, o protocolo é o já citado TCP que é o protocolo de 
controle de transmissão e pelo protocolo IP, o protocolo da Internet, responsável por 
determinar o formato dos pacotes enviados e recebidos entre roteadores e sistemas 
finais. Para o desenvolvimento da Internet tornou-se necessário o estabelecimento de 
padrões da Internet, neste caso tem-se o IETF (Internet Engineering Task Force – Força 
 
1 Grifos do autor 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
22 
de Trabalho de Engenharia de Internet) que 
possui documentos que definem os padrões do IETF, estes documentos são os RFCs 
(Request For Comments – Pedido de Comentários), que a princípios solicitavam 
comentários para solucionar problemas da arquitetura do sistema anterior à Internet. 
No RFC estão definidos os protocolos TPC, IP, HTTP (Web) e SMTP (e-mail). (CORREIA, 
2007) 
A Internet é também uma infraestrutura para serviços e aplicações, aplicações tais 
como correio eletrônico, navegação Web, redes sociais, mensagens instantâneas, 
VoIP (Voz sobre IP), vídeo em tempo real, jogos distribuídos, compartilhamento de 
arquivos ponto a ponto (peer-to-peer ou P2P), televisão pela Internet, login remoto e 
tantas outras aplicações. Destarte, os sistemas finais conectados à Internet oferecem 
uma API (Interface de Programação de Aplicação), um conjunto de regras que devem 
ser cumpridas pelo software emissor de forma a possibilitar que a Internet consiga 
enviar os dados ao destino, esta API determina como o programa executado no 
sistema final solicita a infraestrutura da Internet para 
enviar dados a um programa destino específico, que 
está sendo executado em um outro sistema final. 
(KUROSE; ROSS, 2013) 
Os sistemas finais conectados à Internet encontram-se na periferia desta rede. 
Estão inclusos neste rol os computadores de mesa, os servidores Web e de e-mail, por 
exemplo, e computadores móveis. Tais sistemas também denominados de 
hospedeiros ou hosts já que guardam programas de aplicação, programa servidor da 
Web e servidor de e-mail. 
Estes sistemas finais são subdivididos em clientes (PCs, computadores portáteis e 
outros) e servidores, máquinas com maior poder para armazenamento e distribuição 
de páginas Web, vídeo em tempo real, e-mails e inúmeras outras funções, estes 
servidores localizam-se em datacenters, que comportam centenas de servidores. 
 
O núcleo da rede refere-se à rede de comutadores de pacote e enlaces que tem a 
função de realizar a interconexão dos sistemas finais. A troca de mensagens entre os 
sistemas finais é um serviço de aplicação de rede. Estas mensagens podem, por 
 Periferia da rede 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
23 
exemplo, ter a 
função de controle ou conter dados, como uma imagem 
ou um áudio. Para que aconteça o envio desta mensagem 
entre sistemas finais, o sistema final de origem fragmenta tal mensagem em 
mensagens menores com dados menores, os chamados pacotes. Na figura 2, pode-se 
visualizar os núcleos da rede em destaque: 
Figura 2: Núcleo da rede 
 
Fonte: KUROSE, James. F; ROSS, Keith W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-
down/ 6. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013, p. 17. 
Durante o tráfego entre o sistema final de origem e o sistema final destino, cada 
pacote percorre enlaces de comunicação e comutadores de pacotes, estes podem ser 
 Núcleo da Rede 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
24 
roteadores ou comutadores de camada de 
enlace. Conforme esclarece James F. Kurose e Keith W. Ross 
Pacotes são transmitidos por cada enlace de comunicação a 
uma taxa igual a de transmissão total. Assim, se um sistema 
final de origem ou um comutador de pacotes estiver 
enviando um pacote de L bits por um enlace com taxa de 
transmissão de R bits/s, então o tempo para transmitir o 
pacote e L/R segundos. (KUROSE; ROSS, 2013, p. 16) 
Alguns comutadores de pacotes fazem a transmissão armazena-e-reenvia (store-
and-forward) nas entradas do enlace. Na transmissão armazena-e-reenvia,o 
comutador de pacotes recebe-o inteiro antes de começar a transmitir o primeiro bit 
para o enlace de saída. 
Um roteador em geral terá muitos enlaces incidentes, pois 
sua função e comutar um pacote que chega para um enlace 
de saída; neste exemplo simples, o roteador tem a tarefa de 
transferir um pacote de um enlace (entrada) para o único 
outro enlace conectado. Aqui, a origem tem três pacotes, 
cada um consistindo em L bits, para enviar ao destino. [...] 
Como emprega a transmissão armazena -ereenvia, nesse 
momento, o roteador não pode transmitir os bits que 
recebeu; em vez disso, ele precisa primeiro manter em buffer 
(isto e, “armazenar”) os bits do pacote. Somente depois que 
o roteador tiver recebido todos os bits, poderá começar a 
transmitir (isto e, “reenviar”) o pacote para o enlace de saída. 
Para ter uma ideia da transmissão armazena-e-reenvia, 
vamos agora calcular a quantidade de tempo decorrido desde 
quando a origem começa a enviar ate que o destino tenha 
recebido o pacote inteiro. 
(KUROSE; ROSS, 2013, p. 17-18) 
 
 
 
25 
 Redes de Computadores I 
A figura 3 mostra como funciona a transmissão armazena-e-reenvia: 
Figura 3: Comutação pelo método armazena-e-reenvia. 
 
Fonte: KUROSE, James. F; ROSS, Keith W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem 
topdown/ 6. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013, p. 17. 
 
A transmissão começa na origem a partir do tempo 0. No tempo L/R segundos, já 
terá acontecido a transmissão do pacote inteiro. Tal pacote é recebido e armazenado 
no roteador. Então no tempo L/R segundos, o roteador terá recebido todo o pacote e 
então começa a transmiti-lo para o enlace de saída para o destino. O roteador terá 
realizado a transmissão do pacto inteiro no tempo 2L/R, momento em que o destino 
terá recebido todo o pacote. Assim, o atraso total é 2L/R. 
A rede de acesso é uma rede 
física em que se conecta um 
sistema final ao roteador de borda, construindo um caminho de um sistema final ao 
outro. Existem diversos tipos de redes de acesso: redes de ambientes doméstico, 
corporativo e móvel sem fio. 
Uma rede doméstica pode se dar mediante a conexão por linha digital assinante 
(DSL), por cabo, por FTTH, discado e via satélite. No ambiente residencial, os tipos 
mais comuns de rede de acesso é o DSL ou a cabo. 
A rede DSL é fornecida por empresa de serviço telefônico local com fio. Cada 
cliente utiliza um modem DSL, que utiliza a linha telefônica para trocar dados com um 
multiplexador digital que permite acessar a linha do assinante. 
 Redes de Acesso e meios físicos 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
26 
O modem DSL da casa apanha dados digitais e os traduz para 
sons de alta frequência, para transmissão pelos fios de 
telefone ate a CT; os sinais analógicos de muitas dessas 
residências são traduzidos de volta para o formato digital no 
DSLAM. A linha telefônica conduz, simultaneamente, dados 
e sinais telefônicos tradicionais, que são codificados em 
frequências diferentes: • um canal downstream de alta 
velocidade, com uma banda de 50 kHz a 1 MHZ; • um canal 
upstream de velocidade media, com uma banda de 4 kHz a 50 
kHz; • um canal de telefone bidirecional comum, com uma 
banda de 0 a 4 kHz. Essa abordagem faz que a conexão DSL 
pareça três conexões distintas, de modo que um telefonema 
e a conexão com a Internet podem compartilhar a DSL ao 
mesmo tempo. (KUROSE; ROSS, 2013, p.10) 
O cliente, que é consumidor, recebe o sinal de Internet que é separado do sinal 
telefônico por um distribuidor e conduz o sinal de Internet com os dados ao modem 
DSL. As taxas de transmissão no padrão DSL são de 12 Mbits/s em downstream e 
1,8Mbtis/s upstream [ITU, 1999] as taxas são 24 Mbits/s downstream e 2,5 Mbits/s 
upstream [ITU, 2003], essa diferenciação de taxas de trasmissão define o acesso como 
assimétrico . A figura 4 mostra como é a composição dessa rede de acesso: 
Figura 4: Rede de acesso DSL 
 
Fonte: KUROSE, James. F; ROSS, Keith W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem 
topdown/ 6. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013, p. 10. 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
27 
Já na rede de acesso a cabo, o acesso à Internet se dá por meio da infraestrutura 
da TV a cabo. Assim, o usuário usa a rede de acesso de sua televisão para obter acesso 
à Internet. 
Para este tipo de acesso, é necessária a utilização de modems a cabo, que é um 
aparelho externo que fará a conexão do computador residencial por uma porta 
Ethernet. A rede Híbrida de Fibra-Coaxial (HFC) é dividida em dois canais sendo um de 
transmissão (douwnstream) e um de recebimento (upstream), o acesso geralmente é 
assimétrico. 
Uma característica importante do acesso a cabo e o fato de 
ser um meio de transmissão compartilhado. Em especial, cada 
pacote enviado pelo terminal viaja pelos enlaces downstream 
ate cada residência e cada pacote enviado por uma residência 
percorre o canal upstream ate o terminal de transmissão. Por 
essa razão, se diversos usuários estiverem fazendo o 
download de um arquivo em vídeo ao mesmo tempo no canal 
downstream, cada um recebera o arquivo a uma taxa bem 
menor do que a taxa de transmissão a cabo agregada. Por 
outro lado, se ha somente alguns usuários ativos navegando, 
então cada um poderá receber paginas da Web a uma taxa de 
downstream máxima, pois esses usuários raramente 
solicitarão uma pagina ao mesmo tempo. Como o canal 
upstream também e compartilhado, e necessário um 
protocolo de acesso múltiplo distribuído para coordenar as 
transmissões e evitar colisões. (KUROSE; ROSS, 2013, p. 11) 
A figura 5 mostra a estrutura da rede HFC: 
Figura 5: Rede de acesso FHC 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
28 
Fonte: KUROSE, James. F; ROSS, Keith W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem 
topdown/ 6. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013, p. 11. 
Outro modelo de rede de acesso é por meio FTTH ( Fiber To The Home), que possui 
maior velocidade que as anteriores. É uma rede que oferece o caminho de acesso por 
meio de fibra ótica do centro de transmissão à residência. Uma forma de distribuição 
é com a fibra direta, cuja fibra da central telefônica é compartilhada com diversas 
residências e depois é dividida em fibras individuais para cada cliente. Existem ainda 
duas arquiteturas desta rede de distribuição ótica: redes óticas ativas (AONs): 
semelhante à Ethernet comutada e, redes óticas passivas (PONs): as redes PONs são 
compostas tanto de fibras óticas quanto de dispositivos óticos e sistema, neste caso 
têm-se o ONUs, OLTs, filtros, divisores passivos e ainda lasers. A figura 6 mostra a rede 
PON: 
Figura 6: Rede TFFH na arquitetura PON 
 
Fonte: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialropassiva1/pagina_3.asp> 
 
Há ainda rede de acesso Ethernet e Wi-Fi. Na rede Ethernet, os usuários fazem uso 
de um par de fios de cobre trançado para realizar a conexão com o comutador 
Ethernet. Esse comutador está conectado a uma rede Internet maior. A taxa neste tipo 
de rede é consideravelmente pequena, os usuário da Ethernet tem acesso a 
100Mbits/s enquanto servidores de acesso possuem alcançam até 10 Gbit/s. A figura 
7 representa uma rede Ethernet 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
29 
Figura 7: Rede Ethernet 
 
Fonte: TANENBAUM, Andrew S.; WETHERALL, David. Redes de computadores. Tradução Daniel 
Vieira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011, p.13. 
 
Conforme informa Andrew S. Tanenbaum e David Wetherall 
A topologia de muitas LANs com fios é embutida a partir de 
enlaces ponto a ponto. O IEEE 802.3, popularmente chamado 
Ethernet, é de longe o tipo mais comum de LAN com fios. A 
Figura 1.6(b) mostra uma topologia de exemplo da Ethernet 
comutada. Cada computador troca informações usando o 
protocolo Ethernet e se conecta a um dispositivo de rede 
chamado switch, com um enlace ponto a ponto. Daí onome. 
Um switch tem várias portas, cada qual podendo se conectar 
a um computador. A função do switch é repassar os pacotes 
entre os computadores que estão conectados a ela, usando o 
endereço em cada pacote para determinar para qual 
computador enviá-lo. 2 (TANENBAUM; WETHERALL, 2011, 
p.12) 
Atualmente, o modo mais comum de acesso é a rede Wi-Fi, sem fio. Neste tipo de 
rede dentro de uma LAN, os usuários conseguem transmitir e receber pacotes de e 
para um ponto de acesso que está conectado à rede local que está conectada à 
Internet com fio. A rede Wi-Fi funciona por ondas de rádio, que são transmitidas de 
um adaptador, conhecido como roteador. Este roteador recebe sinas, decodifica-os e 
 
2 Grifos do autor 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
30 
os emite a partir de uma antena. Para acessar esta rede é necessário estar próximo ao 
hotspot. 
 
Outra forma de acesso é o sem fio a longa distância. Mais recentemente tem o 4G. 
Este 
tipo de 
tecnologia é mais comum em Iphones, Blackberrys e outros. Esta tecnologia utiliza a 
infraestrutura sem fio da telefonia de celular, podendo assim enviar e receber pacotes 
por uma estação-base controlada pela operadora do celular. 
Atrasos 
Para entender melhor como é o funcionamento de um comutador, note a 
explicação de James F. Kurose e Keith W. Ross 
A cada comutador de pacotes estão ligados vários enlaces. 
Para cada um destes, o comutador de pacotes tem um buffer 
de saída (também denominado fila de saída), que armazena 
pacotes prestes a serem enviados pelo roteador para aquele 
enlace. Os buffers de saída desempenham um papel 
fundamental na comutação de pacotes. Se um pacote que 
esta chegando precisa ser transmitido por um enlace, mas o 
encontra ocupado com a transmissão de outro pacote, deve 
aguardar no buffer de saída. Desse modo, alem dos atrasos 
de armazenagem e reenvio, os pacotes sofrem atrasos de fila 
no buffer de saída. Esses atrasos são variáveis e dependem do 
grau de congestionamento da rede. Como o espaço do buffer 
e finito, um pacote que esta chegando pode encontra-lo 
lotado de outros que estão esperando transmissão. Nesse 
caso, ocorrera uma perda de pacote — um pacote que esta 
chegando ou um dos que já estão na fila e descartado. 
3(KUROSE; ROSS, 2013, p.18) 
Em uma rede simples de comutação de pacotes, os pacotes são como placas, 
sendo que a largura da placa corresponde à quantidade de bits deste pacote. Assim, 
ao envia-los com o mesmo tamanho na camada de enlace Ethernet de 10 Mbits/s até 
 
3 Grifos do autor 
 Atraso e perda em redes de comutação de pacotes 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
31 
o primeiro comutador que tem a função de encaminhá-los ao enlace de 1,5 Mbits/s, 
se em um intervalo de tempo, a taxa de chegada destes pacotes ao roteador for 
superior a 1,5 Mbits/s acontecerá um congestionamento no roteador, assim os 
pacotes ficarão em fila no buffer de saída do enlace até serem transmitidos ao enlace. 
(KUROSE; ROSS, 2013). A figura 8 mostra o funcionamento da comutação de pacotes: 
 
 
32 
 Redes de Computadores I 
Figura 8: Comutação de pacotes em rede 
simples 
 
Fonte: KUROSE, James. F; ROSS, Keith W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem 
topdown/ 6. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013, p. 19. 
 
A transferência de um pacote se dá desde o seu sistema final de origem, passando 
por vários roteadores até chegar ao sistema final destino. Durante essa transferência, 
acontecem diversos tipos de atrasados em cada nó, como: atraso de processamento 
nodal, atraso de fila, atraso de transmissão e atraso de propagação. Estes atrasos 
juntos formam o atraso nodal total. As funções de aplicações na Internet são afetadas 
pelos atrasos. (KUROSE; ROSS, 2013) 
O atraso de processamento nodal corresponde ao tempo exigido para que se 
examine o cabeçalho do pacote e então seja determinada qual a sua direção. Pode 
haver neste tipo de atraso fatores adicionais, como o tempo que será gasto para 
verificar erros em bits que podem estar no pacote e que tenham acontecido no 
momento da transmissão dos bits do nó anterior ao roteador final. Estes atrasos se 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
33 
dão em ordem de microssegundos e, após o 
processamento nodal, o roteador consegue direcionar o pacote para a fila que precede 
o enlace com o roteador final. 
O atraso de fila ocorre quando um pacote fica esperando para ser transmitido ao 
enlace. James F. Kurose e Keith W. Ross declaram que 
O tamanho desse atraso dependa da quantidade de outros 
pacotes que chegarem antes e que já estiverem na fila 
esperando pela transmissão no enlace. Se a fila estiver vazia, 
e nenhum outro pacote estiver sendo transmitido naquele 
momento, então o tempo de fila de nosso pacote será zero. 
Por outro lado, se o trafego estiver intenso e houver muitos 
pacotes também esperando para ser transmitidos, o atraso de 
fila será longo. (KUROSE; ROSS, 2013, p.27) 
Este tipo de atraso pode ser na ordem de micro a milissegundos. O pacote não é 
transmitido imediatamente ao próximo nó, ele tem que passar pela fila, que pode já 
conter outros pacotes aguardando para serem transmitidos, neste caso os atrasos 
podem ser maiores. 
Há ainda o atraso de transmissão. Neste caso há que se considerar que os pacotes 
são transmitidos segundo a ordem de chegada. O atraso de transmissão é o tempo 
necessário para transmitir todos os bits do pacto para o enlace. 
E o outro tipo de atraso é o de propagação, é o tempo necessário para que o bit se 
propague no meio de transmissão, ou seja, ao lançar um bit no enlace, este irá se 
propagar até o roteador do sistema final destino. Portanto, o tempo gasto para 
propagar o bit do início do enlace até o roteador final, é o que se denomina de atraso 
de propagação. A taxa de propagação depende do meio físico da rede, estando na 
faixa de 
“2 ∙ 108 
m/s a 3 ∙ 
108 
m/s”, ou seja, a velocidade de propagação aproximasse da velocidade da luz. Em redes 
WAN, a taxa de atraso de propagação está na ordem de milissegundos. 
Perda de pacote 
 Atraso e perda em redes de comutação de pacotes 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
34 
A perda de pacote acontece porque a fila 
que precede um enlace tem tamanho finito, ou seja, tem um limite de aceitação de 
pacotes; assim, havendo um atraso na transmissão destes pacotes é possível 
acontecer a perda do pacote que chegar por último e encontrar a fila lotada. Neste 
sentido, James F. Kurose e Keith W. Ross 
(2013, p.30) informam que 
A capacidade da fila que precede um enlace e finita, embora 
a sua formação dependa bastante do projeto e do custo do 
comutador. Como a capacidade da fila e finita, na verdade os 
atrasos de pacote não se aproximam do infinito quando a 
intensidade de trafego se aproxima de 1. O que acontece de 
fato e que um pacote pode chegar e encontrar uma fila cheia. 
Sem espaço disponível para armazena-lo, o roteador o 
descartará; 
isto e, ele 
será 
perdido.4 
O sistema final, porém, entende que o pacote perdido foi transmitido 
para o núcleo de rede, mas este pacote não emergiu dele no destino. A quantidade de 
pacotes perdidos pode ser maior se o tráfego for ou estiver intenso. Importante 
considerar é que o desempenho do nó pode ser medido tanto pelo atraso quando pela 
probabilidade de perda de pacote. 
A Internet é organizada em uma arquitetura de camadas que permite reduzir a 
complexidade do projeto. A organização por camadas permite que cada camada 
ofereça um serviço à camada superior, isolando-as da implementação dos recursos. 
As camadas neste tipo de rede são: Camada de protocolo; Camada de aplicação; 
Camada de transporte; Camada de rede; Camada de enlace e Camada física. 
Na camada de protocolo, hardware e software são os executores. Cada protocolo 
pertence a uma camada, que é executada no software ou no hardware, ou ainda em 
uma combinaçãodestes dois. Os protocolos desta camada são: HTTP e SMTP, estes 
protocolos geralmente são realizados no software no sistema final. Os autores James 
F. Kurose e Keith W. Ross (2013, p.37) esclarecem que 
O sistema de camadas de protocolos tem vantagens 
conceituais e estruturais [RFC 3439]. Como vimos, a divisão 
 Camada de protocolos e seus modelos de serviço 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
35 
em camadas 
proporciona um modo estruturado de discutir componentes 
de sistemas. A modularidade facilita a atualização de 
componentes de sistema. Devemos mencionar, no entanto, 
que alguns pesquisadores e engenheiros de rede se opõem 
veementemente ao sistema de camadas [Wakeman, 1992]. 
Uma desvantagem potencial e que uma camada pode 
duplicar a funcionalidade de uma inferior. Por exemplo, 
muitas pilhas de protocolos oferecem serviço de recuperação 
de erros para cada enlace 
 
4 Grifos do autor 
e também de fim a fim. Uma segunda desvantagem e que a 
funcionalidade em uma camada pode necessitar de 
informações (por exemplo, um valor de carimbo de tempo) 
que estão presentes somente em outra, o que infringe o 
objetivo de separação de camadas. Quando tomados em 
conjunto, os protocolos das varias camadas são denominados 
pilha de protocolos. A pilha de protocolos da Internet e 
formada por cinco camadas: física, de enlace, de rede, de 
transporte e de aplicação[...]4 
Na camada de aplicação estão as chamadas aplicações de rede e os seus 
protocolos. Em se tratando de camada de aplicação da Internet, é composta por 
diversos protocolos como: HTTP; SMTP e o FTP. O protocolo HTTP é o responsável por 
promover a requisição e também transferência de documentos pela Web; o protocolo 
SMTP, no entanto, faz a transferência de mensagem de correio eletrônico enquanto o 
protocolo FTP é responsável pela transferência de arquivos entre dois sistemas finais. 
Um protocolo desta camada é distribuído pelos sistemas finais e, esta aplicação utiliza 
o protocolo como meio de troca de pacotes de informação com a camada de aplicação 
de outro sistema final. 
A camada de transporte carrega mensagens da camada de aplicação entre o 
cliente e o servidor de uma aplicação. Nesta camada existem dois protocolos, o TCP e 
o UDP, ambos podem levar as mensagens da camada. O protocolo TCP é responsável 
por serviços orientados à conexão para as aplicações equivalentes, os serviços são: 
 
4 Grifos do autor 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
36 
entrega garantia da mensagem da camada de 
aplicação para o destino, faz ainda o controle de fluxo e ainda fragmenta as mensagens 
mais longas em fragmentos curtos, provendo mecanismo de controle de 
congestionamento a fim de que a origem reduza a velocidade de transmissão sempre 
que a rede estiver congestionada. Já o protocolo UDP, tem a função de prover serviço 
não orientado à conexão para as aplicações, este tipo de serviço garante segurança, 
sem controle de fluxo e de congestionamento. (KUROSE; ROSS, 2013). 
Enquanto isso, a camada de rede da Internet deve movimentar pacotes da camada 
de rede, de um hospedeiro a outro. Esses pacotes são chamados de datagramas. 
Segundo James F. Kurose e Keith W. Ross 
A camada de rede da Internet e responsável pela 
movimentação, de um hospedeiro para outro, de pacotes da 
camada de rede, conhecidos como datagramas. O protocolo 
de camada de transporte da Internet (TCP ou UDP) em um 
hospedeiro de origem passa um segmento da camada de 
transporte e um endereço de destino à camada de rede, 
exatamente como você passaria ao serviço de correios uma 
carta com um endereço de destinatário. A camada de rede 
então prove o serviço de entrega do segmento à camada de 
transporte no hospedeiro de destino. (KUROSE; ROSS, 2013, 
p.38) 
Na camada de rede, o protocolo utilizado é o IP que irá definir nos datagramas, os 
campos e o modo como os sistemas finais e roteadores agirão nestes campos. Para 
James F. Kurose e Keith W. Ross (2013, p.38) “Embora a camada de rede contenha o 
protocolo IP e também numerosos outros de roteamento, ela quase sempre e 
denominada apenas camada IP, refletindo o fato de que ele e o elemento fundamental 
que mantém a integridade da Internet.” Todos os componentes da Internet que 
possuem essa camada de rede devem possuir protocolos de roteamento, responsáveis 
por determinar as rotas que os datagramas seguirão entre o sistema final de origem e 
destino. A camada de rede depende dos serviços da camada de enlace. 
Já a camada de enlace, os protocolos garantem a entrega entre enlaces, desde o 
transmissor até o receptor, passando por um só enlace, assim, os serviços de enlace 
dependem do protocolo utilizado na camada. 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
37 
Note que esse 
serviço confiável de entrega e diferente do de entrega 
garantida do TCP, que prove serviço de entrega garantida de 
um sistema final a outro. Exemplos de protocolos de camadas 
de enlace são Ethernet, Wi-Fi e o protocolo DOCSIS da rede 
de acesso por cabo. Como datagramas normalmente 
precisam transitar por diversos enlaces para irem da origem 
ao destino, serão manuseados por diferentes protocolos de 
camada de enlace em diversos enlaces ao longo de sua rota, 
podendo ser manuseados por Ethernet em um e por PPP no 
seguinte. A camada de rede recebera um serviço diferente de 
cada um dos variados protocolos de camada de enlace. Neste 
livro, pacotes de camada de enlace serão denominados 
quadros. (KUROSE; ROSS, 2013, p.38) 
 
Essa camada, portanto, tem a função de transferir um datagrama de um nó a outro 
adjacente sobre um enlace. 
E a camada física possui os 
requisitos necessários para proceder 
ao transporte no meio físico, dos bits 
que formam o quadro da camada de enlace. James F. Kurose e Keith W. Ross explicam 
melhor: 
Enquanto a tarefa da camada de enlace e movimentar 
quadros inteiros de um elemento da rede até um elemento 
adjacente, a da camada física e movimentar os bits individuais 
que estão dentro do quadro de um no para o seguinte. Os 
protocolos nessa camada de novo dependem do enlace e, 
além disso, do próprio meio de transmissão do enlace (por 
exemplo, fios de cobre trancado ou fibra ótica monomodal). 
Por exemplo, a Ethernet tem muitos protocolos de camada 
física: um para par de fios de cobre trancado, outro para cabo 
coaxial, mais um para fibra e assim por diante. Em cada caso, 
o bit atravessa o enlace de um modo diferente. (KUROSE; 
ROSS, 2013, p.39) 
Esta camada corresponde a um conjunto de operações implementados por 
protocolo mediante uma interface, sendo oferecido à camada superior. Os serviços 
desta camada são utilizados por aplicações distintas, sendo possível, que uma 
aplicação utilize vários serviços, como por exemplo, o HTTP, SHTTP e o DNS. 
 Entidades na camada de rede 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
38 
Esta camada possui serviços que podem ser 
orientados à conexão ou não. Os serviços relacionados ao TCP são orientados à 
conexão, já os serviços do protocolo UDP não são orientados à conexão. 
As entidades desta camada correspondem aos elementos de hardware ou 
software, placas ou processos, respectivamente, que atuam nesta camada. As 
entidades desta camada residem em máquinas diferentes e são denominadas pares. 
Na camada de rede se duas entidades possuem um número de rede igual significa 
que estas entidades estão na mesma rede IP, que estão no mesmo domínio de 
broadcast, significa ainda que estão em uma mesma rede lógica. Tais entidades podem 
comunicar-se sem auxílio de outra entidade da rede. 
Porém se estas entidades possuem números de rede distintos significa que elas 
estão em redes IP diferentes e só podem comunicar-se mediante o processo de 
roteamento necessitando assim, do auxílio de outra entidade de rede, o roteador. 
Estamos encerrando a unidade. Sempre que tiver uma dúvida entre em contato 
com seututor virtual através do ambiente virtual de aprendizagem e consulte sempre 
a biblioteca do seu polo. 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo 
de ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
39 
1. As 
características: 
 
I. Protocolo sem estado e cliente-servidor orientado à transação; II. 
Uso típico na comunicação entre o navegador e o servidor Web; 
III. Utiliza o TCP para garantir a confiabilidade. 
São pertinentes a: 
a) URI. 
b) HTML. 
c) URL. 
d) HTTP. 
e) UAS. 
 
2. O protocolo TCP: 
I. executa o empacotamento, fragmentando os dados em pacotes menores, 
numerando-os, garantindo que cada pacote seja entregue no destino em 
segurança e na ordem adequada; 
II. pertence à camada de transporte; 
III. executa o endereçamento e o roteamento; 
IV. pertence à camada de rede. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e IV. 
b) I e IV. 
c) I e II. 
d) II e III. 
e) III. 
 Exercícios – Unidade 1 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
40 
3. Na comunicação TCP/IP, usando o 
protocolo TCP para o transporte de dados, têm-se: 
I. Serviço orientado por conexão; uma sessão é estabelecida entre os hosts; 
II. Garantia da entrega através do uso de confirmações e entrega sequenciada 
dos dados; 
III. Maior rapidez que o UDP, necessitando de baixa sobrecarga e podendo 
oferecer suporte à comunicação ponto a ponto e ponto a vários pontos; É correto o 
que consta em: 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
d)II e III, apenas. 
e)I, II e III. 
4. Em relação à Internet 
I-É uma grande rede de computadores; 
II- É a rede mundial de computadores na qual é possível trocar informações 
com diversos computadores espalhados pelo mundo afora; 
III- É um protocolo de comunicação; 
IV- A Internet é um meio de comunicação que permite, pela primeira vez, a 
comunicação de muitos com muitos, num momento escolhido, em escala global. 
 
As afirmativas corretas são: 
a)Apenas em I. 
b)I,II,III. 
c)Todas as alternativas. 
d)Apenas I e IV. 
e)I,II e IV. 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
41 
5. Em relação aos tipos de atrasos e perda 
em redes. Marque a alternativa correta. 
a) O atraso de fila ocorre quando um pacote fica esperando para ser 
transmitido ao enlace. 
b) Atraso se refere ao momento em que a transmissão cai. 
c) Atraso de fila se refere ao momento em que se há um congestionamento na 
camada de transmissão. 
d) Atraso nodal se refere à não capacidade de decidir se a transmissão será 
transportada. 
e) O atraso se caracteriza pelo acesso momentâneo de vários usuários a um 
mesmo site. 
 
6. Todas estão corretas exceto: 
a) A perda de pacote acontece porque a fila que precede um enlace tem 
tamanho finito, ou seja, tem um limite de aceitação de pacotes. 
b) A organização por camadas permite que cada camada ofereça um serviço à 
camada superior, isolando-as da implementação dos recursos. 
c) O atraso de transmissão é o tempo necessário para transmitir todos os bits 
do pacto para o enlace. 
d) A camada de protocolo é executada no núcleo da rede. 
e) Na camada de aplicação estão as chamadas aplicações de rede e os seus 
protocolos. 
 
7. Em relação à camada de redes é correto afirma que: 
I - As camadas de redes são: Camada de protocolo; Camada de aplicação; Camada 
de transporte; Camada de rede; Camada de enlace e Camada física. 
II- Os protocolos: HTTP e SMTP pertencem a camada de protocolos. 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
42 
III- A camada de transporte carrega 
mensagens da camada de aplicação entre o cliente e o servidor de uma aplicação 
IV-Para fazer a transmissão pela camada de transporte utiliza-se os protocolos UDP 
e HTTP. 
a) Somente a alternativa IV é a correta. 
b) As alternativas I e II são as únicas incorretas. 
c) As alternativas II e III são as únicas corretas. 
d) I,II e III são as alternativas corretas. 
e) Todas as alternativas são corretas. 
 
8. Em relação aos protocolos, marque a alternativa que define a quais camadas 
cada um pertence, respectivamente: 
TCP, IP, HTTP, UDP 
a)Protocolo-Aplicação- Rede-Transporte. 
b)Transporte- Rede-Enlace-Transporte. 
c)Transporte- Rede- Protocolo- Transporte. 
d)Protocolo- Aplicação- Rede- Protocolo. 
e)Aplicação-Rede-Enlace-Aplicação. 
 
9. Explique o que é a Perda de Pacote: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
43 
 
___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10. Fale sobre os meios de acesso à Internet: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
44 
 
Redes de Computadores I 
 
2 
 
Camada de Aplicação 
 
 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
45 
 
Nesta unidade, conheceremos os protocolos existentes na camada de aplicação 
que permitem que a camada realize diversos serviços. As aplicações são essenciais 
para as redes e, assim movem a rede Internet. Diversas são as aplicações existentes 
como aplicações de textos, correio eletrônico e outros. 
 
Objetivos da unidade: 
Entender seu funcionamento da camada de aplicação; 
Conhecer os protocolos existentes nesta camada; 
Analisar as aplicações disponíveis na camada de aplicação. 
 
Plano da unidade: 
• Camada de aplicação 
• Protocolos da camada de aplicação 
• WWW / HTTP 
• Web Cache ( servidores Proxy ) 
• FTP 
• Correio Eletrônico ( SMTP, POP3 e IMAP ) 
• DNS 
 
Bons estudos! 
 
A popularização da Internet seu deu inclusive pela criação de aplicações que 
tornaram o acesso e uso muito mais fácil e interessante. As aplicações da Internet se 
popularizaram entre 1970 e 1980, neste período surgiram aplicações de textos, correio 
eletrônico, acesso remoto, transferência de arquivos e grupos de discussão. 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
46 
Algumas importantes aplicações são: a 
WWW – World Wide Web, onde é possível 
navegar na Internet, utilizar o correio eletrônico e 
outros; e a partir da WWW a mensagem instantânea, compartilhamento de arquivos 
Peer to Peer; e nos últimos anos aplicações de voz e vídeo, que tem feito enorme 
sucesso no mundo virtual da Internet, neste caso pode-se citar a Voz sobre IP (VoIP), 
videoconferência sobre IP, distribuição de vídeo como no Youtube, filmes por 
demanda, jogos online além das aplicações para redes sociais, como facebook, Twiter 
e outros. Toda essa variedade de aplicações foi criada em cima darede de roteadores 
e elances de comunicação da Internet. 
A figura 9 contém os protocolos utilizados na camada de aplicação para cada tipo 
de aplicação. 
Figura 9: Protocolos da camada de aplicação e sua respectiva aplicação. 
Aplicação Protocolo de camada de aplicação 
Correio eletrônico SMTP [ RFC 5321 ] 
Acesso a terminal remoto Telnet [ RFC 854 ] 
Web HTTP [ RFC 2616 ] 
Transferência de arquivos FTP [ RFC 959 ] 
Multimídia em fluxo contínuo HTTP (por exemplo, Youtube) 
Telefonia por Internet 
SIP [ RFC 3261 ], RTP [ RFC 3550 ] ou 
proprietária (por exemplo, Skype) 
Fonte: KUROSE, James. F; ROSS, Keith W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem 
topdown/ 6. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013, p. 70. 
 
A camada de aplicação faz uso de protocolos que são responsáveis por definir 
como os processos daquela aplicação, que estão funcionando em sistemas finais 
 
Protocolos da camada de aplicação 
 Camada de Aplicação 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
47 
diferentes, conseguem trocar mensagens entre 
si. Um protocolo nesta camada é capaz de definir os tipos de mensagens trocadas; a 
sintaxe dos variados tipos de mensagens; a semântica dos campos e as regras que 
determinam quando e como o processo enviará e responderá as mensagens. (CANTÚ, 
2009) 
Os protocolos HTTP e SMTP são componentes da camada da Web e são de domínio 
público. Enquanto outros protocolos são próprios não estando assim disponíveis para 
o domínio público, como é o caso do protocolo utilizado para o Skype. 
Já a aplicação de correio eletrônico possui como protocolo o SMTP (Simple Mail 
Transfer Protocol) 
Na camada de aplicação da Web um dos protocolos existente é o HTTP, cuja função 
é definir tanto o formato quanto a sequência de mensagens 
passadas entre navegador e servidor. Até a década de 
1990, a Internet era conhecida somente por comunidades 
acadêmicas e de pesquisa, somente no início dos anos 1990, surgiu a WWW, aplicação 
que modificou o meio de interação das pessoas de modo geral. Um importante 
atrativo da Internet atualmente é o seu funcionamento por demanda, em que os 
usuários recebem o que querem e no momento que quiserem. Mas, esta aplicação 
possui como comonentes ainda o HTML (Hyper Text Markup Language), navegadores 
Web, servidores de páginas Web (por exemplo: Apache do sistema operacional Linux), 
além do protocolo HTTP já citado. (CANTÚ, 2009) 
O protocolo HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) ou protocolo de transferência de 
hipertexto que é executado nos sistemas finais cliente e servidor e mesmo sendo 
executados em sistemas finais diferentes conversam entre si através de troca de 
mensagens HTTP. 
Este protocolo é responsável por definir a estrutura das mensagens trocadas entre 
os sistemas finais cliente e servidor, bem como o modo como será a troca entre o 
cliente e o servidor. James F. Kurose e Keith W. Ross informa que 
 
Os servidores Web, que executam o lado servidor do HTTP, 
abrigam objetos Web, cada um endereçado por um URL. São 
 WWW / HTTP 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
48 
servidores Web 
populares o Apache e o Microsoft Internet Information 
Server. O HTTP define como os clientes requisitam paginas 
aos servidores e como eles as transferem aos clientes.[...] 
Quando um usuário requisita uma pagina Web (por exemplo, 
clica sobre um hiperenlace), o navegador envia ao servidor 
mensagens de requisição HTTP para os objetos da pagina. O 
servidor recebe as requisições e responde com mensagens de 
resposta HTTP que contem os objetos. O HTTP usa o TCP 
como seu protocolo de transporte subjacente (em vez de 
rodar em cima do UDP). O cliente HTTP primeiro inicia uma 
conexão TCP com o servidor. Uma vez estabelecida, os 
processos do navegador e do servidor acessam o TCP por 
meio de suas interfaces de socket. [...], no lado cliente a 
interface socket e a porta entre o processo cliente e a conexão 
TCP; no lado servidor, ela e a porta entre o processo servidor 
e a conexão TCP. O cliente envia mensagens de requisição 
HTTP para sua interface socket e recebe mensagens de 
resposta HTTP de sua interface socket. De maneira 
semelhante, o servidor HTTP recebe mensagens de requisição 
de sua interface socket e envia mensagens de resposta para 
sua interface socket. Assim que o cliente envia uma 
mensagem para sua interface socket, a mensagem sai de suas 
mãos e passa a estar “nas mãos” do TCP.5 (KUROSE; ROSS, 
2013, p. 72-73) 
Este protocolo garante um serviço totalmente confiável para transferência de 
dados, assim, as mensagens emitidas pelo processo cliente será recebida pelo servidor 
intacta e, igualmente, a mensagem emitida pelo processo servidor chegará intacta ao 
cliente. Importante destacar que o HTTP não preocupa com os dados perdidos, essa 
tarefa é do TCP e dos protocolos de camadas inferiores da pilha de protocolos, que 
deve se recuperar da perda de dados ou reordená-los na rede. Como este protocolo 
tem por base tanto a requisição quanto a resposta, existe para o seu funcionamento 
dois tipos de mensagem, uma de requisição e uma de resposta. Note a estrutura da 
mensagem de requisição ou request: 
 
Figura 10: Formato da mensagem de requisição HTTP 
 
5 Grifos como nos originais 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
49 
 
GET /diretório/pagina.html 
Host: www.ifsc.edu.br 
Connection: close 
User-agent: Mozilla/4.0 
Accept-language: pt 
(extra carriage return, line feed) 
 
Fonte: CANTÚ, Evandro. Redes de computadores e a Internet.Santa Catarina: IFES Campus São José, 
2009, p.24 
A mensagem de requisição tem uma estrutura básica: na primeira linha, há um 
comando básico que faz a requisição de uma determinada página Web, onde consta 
parte do URL da página solicitada, o que indica o caminho e o nome do objeto desejado 
(GET/diretório/pagina.html);na segunda linha, consta o nome do computador em que 
reside o objeto solicitado (HOST:www.universo.edu.br), na terceira linha consta o 
comando para fechar a conexão assim que a resposta for enviada (Connection: close), 
já na quarta linha está indicado o tipo do agente de usuário (User-agent:MOzzila/4.0), 
na linha cinco indica a língua preerencial (Acceptlanguage:pt). Apesar de toda essa 
estrutura da requisição feita pelo usuário, o mesmo só consegue enxergar o endereço 
URL que o mesmo digitou no navegador, todo esse processo é transparente ao 
usuário. (CANTÚ, 2009) 
O outro tipo de mensagem é a de resposta ou response. Veja sua estrutura 
apresenta na figura 11: 
Figura 11: Estrutura da resposta à solicitação do usuário 
 
HTTP/1.1 200 OK 
Connection: close 
Date: Thu, 06 Aug 1998 12:00:15 GMT 
Server: Apache/1.3.0 (Unix) 
Last-Modified: Mon, 22 Jun 1998 09:23:24 GMT 
Content-Length: 6821 
Content-Type: text/html 
 
(data data data data data . . .) 
 
 
 Redes de Computadores I 
 
50 
 
Fonte: CANTÚ, Evandro. Redes de computadores e a Internet. Santa Catarina: IFES Campus São José, 
2009, p.24 
A resposta enviada ao usuário possui três partes: a primeira linha informa o estado 
da solicitação, possui ainda seis linhas de cabeçalho e os dados que compõem o objeto 
requisitado. Na primeira linha é indicada a versão do protocolo, o código e o estado 
da mensagem (HTTP/1.1 200 ok), na segunda linha está a indicação para o 
encerramento da conexão (Connection: close), na terceira linha é informada a data da 
última modificação no objeto que foi solicitado, é utilizada pelo servidor Proxy (Date: 
Thu, 28 jun 2017 11:00:55 GMT), a quarta linha trata do tipo de servidor (Server: 
Apache/2.520 (Unix)), a quinta linha contém a indicação do tamanho do objeto em 
bytes (Content-Length: 6821) e na sexta linha é informado o conteúdo da mensagem 
(Content-Type: text/HTML). Em seguida vêm os dados. 
Neste tipo de mensagem de resposta o estado pode ser variado, seguem alguns 
códigos que representam estes estados:

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