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APS FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOS HUMANOS FERNANDA PASCUCCI DOS ANJOS | RA: 8900902 | TURMA 3209C02 Os comentários foram feitos a uma decisão da Corte do caso “Irmãos Landaeta Mejías e outros” contra a República Bolivariana da Venezuela, em que os irmãos Igmar Landaeta e Eduardo Landaeta de 18 e 17 anos, respectivamente, foram executados de forma ilegal por funcionários Corpo de Segurança e Ordem Pública do Estado de Aragua, Venezuela. A morte de Igmar Landaeta foi em dezembro de 1996 e o processo penal contra as autoridades foi arquivado. Já seu irmão foi executado no dia seguinte e seu o processo ainda se encontrava, na época, em andamento. As petições iniciais perante a Comissão foram recebidas em setembro de 2004 referente a Igmar e, seu irmão Eduardo foi recebido em junho do 2006, sendo as partes do processo de ambos os irmãos foram juntadas na mesma época pela Corte. Analisando os fatos, a Comissão no mérito, alegou que que o caso dos irmãos tem aspectos execuções ocorridas na Venezuela, que levam a crer a impunidade na força policial possui uma problemática nas execuções extralegais que ferem A Convenção, bem como a falta do Estado em promover serviço a população sem violar obrigações. A comissão também alega que houve uso excessivo da força policial, abuso de poder, sem justificar o motivo de atitudes violentas, mesmo sob alegações resistência do autor. Observou ainda que houve ilegalidade nos atos policiais em andar sem identificação e como civis, levar um corpo morto ao médico sem prestar esclarecimento sobre o ocorrido. O voto ainda consta que não houve garantias e proteção no direito a vida e a falta do Estado intervir em ações que melhorem a qualidade do serviço policial, bem como a disponibilização de equipamentos e treinamentos com protocolos que assegurem a vida tanto dos policiais quanto dos indivíduos para melhor abordagem. A corte ainda alegou violação no art. 2 da Convenção Americana, mesmo que as partes não tenham alegado, mas pelo princípio iura novit curia, fosse possível APS FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOS HUMANOS FERNANDA PASCUCCI DOS ANJOS | RA: 8900902 | TURMA 3209C02 analisar e a violação com base na jurisprudência Internacional sob a perspectiva dos fatos alegados. Ponderou ainda que houve grave falha do Estado em cumprir comas obrigações em pelo direito a vida e adequada utilização do uso da força na abordagem feita, bem como a falha na capacitação profissional dos agentes em treinamentos e material. No caso do Igmar Landeata foi localizado que não houve a utilização da força em comunhão com os princípios da finalidade e absoluta necessidade e proporcionalidade nos atos praticados e violação do direito a Integridade Pessoal do agente motivado pelo sofrimento prévio a sua morte. Em relação a seu irmão, Eduardo Landeata foi posto que houve ilegalidade em sua detenção de forma imotivada e indevida, retirando o direito a liberdade de ir e vir, com lembrete que acusado ainda não tinha atingido sua maioridade penal uma vez que estava com 17 anos, infringindo os direitos da criança e do adolescente. Notório ainda que não houve esforços estatal para garantir proteção a direito de vida, posto que sua vida foi incluída em situação de vulnerabilidade em razão de ser criança e em razão de ter recebidos ameaças prévias de morte, situação no qual sua mãe avisou os agentes policiais que ignoraram suas palavras. O Estado, por sua vez, negligenciou as ações para proteção e não realizou investigação para dar responder os atos que levaram a sua morte de forma injustificada. Em autopsia foram indicados que houve tortura e outros tratamentos cruéis, além de ferimentos causados por arma de fogo, em que a Corte também alega quebra do direito a Integridade Pessoal. Em considerações finais, foi posto que a Comissão propõe medidas de satisfação para sentença em que: 1. seja publicado uma nota de reparação do Estado no prazo de 6 meses, na parte provada em que houve falha grave. APS FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOS HUMANOS FERNANDA PASCUCCI DOS ANJOS | RA: 8900902 | TURMA 3209C02 2. Que os representantes solicitem ao Estado ato publico de reconhecimento de responsabilidade internacional, bem como compromisso em não repetir os atos e desculpas aos familiares e a sociedade Venezuelana em ato coberta pela mídia social em horário de elevada audiência 3. Treinamentos e disponibilização de equipamentos para não repetição dos atos proferidos pelos agentes policiais e adequação da norma sobre a detenção de menores de idade. 4. Indenização por danos morais e materiais no valor de US$ 177.540,00 de Igmar Landaeta e US$ 180.840,00 por Eduardo Landaeta, mais o valor de US$ 500,00 referente aos gatos funerários a favor de seus pais, quantia a ser paga pelo Estado. 5. Deve o Estado investigar e esclarecer os fatos com relação a morte de Igmar Landaeta, bem como determinar os possíveis responsáveis, desarquivando o processo administrativo, bem como a conclusão em prazo razoável a investigação sobre a morte de Eduardo Landaeta.
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