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Hipertensão Arterial Sistêmica - CASO CLÍNICO

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Nathália C. Moreira – Clínica Médica – 8º período (Medicina) 
 
 
Hipertensão Arterial Sistêmica 
CASO CLÍNICO: 
MAS, 46 anos, sexo feminino, negra, separada, diarista, natural e residente em Caeté. 
 
• Paciente previamente hígida, procura serviço médico devido quadro de cefaléias 
frequentes e sensação de “cabeça vazia’’ há 6 meses. Nega outros sintomas. Nega 
uso de medicação. Não faz exames laboratoriais há mais de 2 anos. G01P01A01 
(parto normal). 
 
• Nega alergias e cirurgias. Nega Etilismo. Tabagista 26anos/maço. Não realiza 
atividades físicas. Pai e mãe hipertensos. 
 
• Ao exame: 
– Paciente lúcida, BOTE, hidratada, corada, acianótica e anictérica; 
– PA: 175 x 109mmhg (inicio da consulta – paciente sentado) – PA: 160x 105mmhg 
(final da consulta – paciente deitada); 
– FC: 106bpm FR: 18irpm Tax: 36,3oC SatO2: 97%(AA) – IMC: 34kg/M2 CA: 100cm; 
– AR: MV diminuído difusamente, raros roncos. 
– ACV: RCR, desdobramento de B2, sem sopros; 
– ABD: globoso, RHA+, indolor á palpação superficial e profunda, sem 
visceromegalias, Giordano negativo. 
– MMII: sem edemas, sem varizes. 
 
Perguntas: 
1- Esta paciente é hipertensa? JUSTIFIQUE. 
É possível que ela seja, mas para diagnóstico é necessário a média de 2 ou 
mais medidas de pressão arterial em pelo menos 3 dias diferentes. Por isso, é 
interessante solicitar MAPA, AMPA ou MRPA. 
 
2- Esta paciente apresenta Fatores de Risco para HAS? Quais? 
Sim. Os fatores de risco são: 
 Raça não branca; 
 Obesidade (Grau 1); 
 História familiar de HAS; 
 Sedentarismo; 
 Tabagismo; 
 Baixo nível socioeconômico; 
 Circunferência abdominal (para mulher deve ser menor que 88cm). 
 
3- Qual o impacto médico/social da HAS não tratada? 
A HAS não tratada leva ao aumento da morbidade devido a lesões de órgãos 
alvo (coração, cérebro, rins, vascular)  acarretando em aposentarias por 
invalidez, gastos com tratamentos de saúde sobrecarregando o sistema único 
de saúde e mortalidade. 
 
4- Qual a Propedêutica adequada? 
 Mudança de hábitos de vida: atividade física (30 minutos por dia), dieta e 
cessar tabagismo; 
Nathália C. Moreira – Clínica Médica – 8º período (Medicina) 
 
 
 Exames Laboratoriais: Uréia e creatinina, Potássio, Glicemia de jejum, 
Colesterol total e frações; Albuminúria em amostra única; 
 EAS (urina – bioquímica e sedimento); 
 ECG; 
 
5- Terapêutica adequada se confirmar o diagnóstico de HAS? 
1) Mudança no estilo de vida; 
2) Farmacológico: Tiazídico (Hidroclorotiazida) e BRA; 
**Furosemida se lesão de órgão alvo. 
 
6- Qual Alvo pressórico ideal do tratamento? Tempo ideal para reavaliação? 
- Alvo pressórico: PA menor que 130x80 mmHg; 
- Avaliação em 1 mês. 
 
7- Quando encaminhar para o especialista? 
A paciente deve ser encaminhada para o especialista se resposta inadequada 
ao tratamento, lesão em órgão alvo e suspeitas de causas secundárias de 
HAS.

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