Buscar

Formação do Blastocisto e Implantação Uterina

Prévia do material em texto

FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 
Por volta do período em que a mórula entra na cavidade 
uterina, um fluido começa a penetrar os espaços intercelulares 
da massa celular interna através da zona pelúcida. 
Gradualmente, esses espaços intercelulares se tornam 
confluentes e, finalmente, é formada uma única cavidade, 
a blastocele .Nesse período, o embrião é 
denominado blastocisto. As células da massa celular interna, 
chamada agora de embrioblasto, estão em um polo, e as da 
massa celular externa, ou trofoblasto, achatam-se e formam a 
parede epitelial do blastocisto). A zona pelúcida desaparece, 
possibilitando que a implantação comece. Nos seres humanos, 
as células trofoblásticas sobre o polo do embrioblasto 
começam a penetrar entre as células epiteliais da mucosa 
uterina por volta do sexto dia). Estudos recentes sugerem que 
a selectina L nas células trofoblásticas e seus receptores de 
carboidratos no epitélio uterino medeiem a ligação inicial do 
blastocisto ao útero. As selectinas são proteínas que se ligam 
a carboidratos, envolvidas nas interações entre leucócitos e 
células endoteliais, e que viabilizam a “captura” dos 
leucócitos do sangue circulante. Um mecanismo semelhante é 
proposto, então, para a “captura” do blastocisto da cavidade 
uterina pelo epitélio uterino. Após a captura pelas selectinas, 
a ligação adicional e a invasão pelo trofoblasto envolvem as 
integrinas expressas pelo trofoblasto e as moléculas de matriz 
extracelular laminina e fibronectina. Os receptores de 
integrina para a laminina promovem a ligação, enquanto os 
para a fibronectina estimulam a migração. Essas moléculas 
também interagem com vias de transdução de sinal para 
regular a diferenciação do trofoblasto, de modo que a 
implantação é o resultado da ação mútua entre o trofoblasto e 
o endométrio. Assim, até o final da primeira semana do 
desenvolvimento, o zigoto humano já passou pelos estágios 
de mórula e de blastocisto, e teve início a implantação na 
mucosa uterina.

Continue navegando