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Embriologia - 1º e 2º semana

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Maria Paula M. Mattei 
Embriologia 
1° Semana 
Fecundação +/- 24h depois da ovulação 
Fusão do espermatozóide com o ovócito. Ocorre na 
ampola da tuba uterina. 
Antes da fertilização ocorre a fase de capacitação do 
espermatozoide no trato genital feminino, quando ele 
ativa suas enzimas. 
 
Na cabeça do espermatozoide tem pronúcleo, 
centríolo e acrossoma. O acrossoma é formado por 3 
constituintes: membrana acrossômica externa, 
interna e enzimas hidrolíticas como hialuronidase e 
acrosina. Na membrana encontram-se glicocálix com 
proteínas fertilizinas. 
 
Reação acrossômica: acrossomo se funde com a 
membrana plasmática do espermatozoide liberando 
enzima hialuronidase na coroa radiata. (Primeiros 5 
min após ejaculação). Somente os espermatozoides 
que sofreram a reação podem entrar em contato com 
a zona pelúcida. 
Na zona pelúcida existem proteínas ZP3 que 
reconhece proteínas integrais da membrana 
plasmática do espermatozoide e que se liga a 
proteínas receptoras localizadas na cabeça do 
espermatozoide. Enzimas são liberadas de novo, 
dessa vez acrosinas que digerem a zona pelúcida. (10 
min) 
A fusão do espermatozoide com o ovócito II ocorre 
quando as fertilinas (glicocálix) da cabeça do 
espermatozoide são reconhecidas pelas CD9 e 
integrina do ovócito. 
Reação Cortical: É o contato entre espermatozoide e 
ovócito, o qual previne a polispermia (mais de um 
espermatozoide fundir ao ovócito). Rapidamente 
ocorre uma alteração no potencial de repouso da 
membrana do ovócito e depois mais devagar ocorre a 
liberação das enzimas dos grânulos corticais, que 
atuam na hidrólise das moléculas ZP3 na zona 
pelúcida. 
Neste momento, a entrada do núcleo do 
espermatozoide induz o ovócito secundário a retomar 
e completar sua segunda divisão meiótica, formando 
duas células haploides, o óvulo e o segundo 
corpúsculo polar. 
Os pronúcleos feminino e masculino liberam seus 
cromossomos que já vão para a fase de metáfase e no 
final forma uma célula diploide, o zigoto. Uma 
proteína imunossupressora EPF – fator do início da 
gravidez – é secretada pelas células do trofoblasto. 
Clivagem (segmentação) +/- 30h depois da 
fertilização 
 
É a divisão mitótica do zigoto que leva ao rápido 
aumento do número de células que se chamam 
blastômeros. Esses blastômeros se tornam menores a 
cada divisão. 
Maria Paula M. Mattei 
Normalmente a clivagem ocorre enquanto o zigoto 
avança pela tuba uterina em direção ao útero. 
Durante a clivagem o zigoto ainda está contido dentro 
da zona pelúcida. 
Primeiro o zigoto se divide em dois blastômeros, 
depois estas células se dividem em quatro 
blastômeros, oito blastômeros, e assim por diante. 
Depois do estágio de nove células, os blastômeros 
mudam de forma e se ajustam firmemente uns aos 
outros, formando uma bola compacta de células. Isso 
possibilita uma maior interação célula-célula e é um 
pré-requisito para a segregação das células internas 
que formam a massa celular interna (embrioblasto) do 
blastocisto. 
Mórula: quando já tem entre 12 a 15 blastômeros. 
Maciço de células. Demora +/- 3 dias após 
fecundação. Ela que penetra na cavidade uterina. 
 
Blastocisto: o fluido da cavidade uterina vai entrando 
dentro da mórula formando a cavidade blastocística e 
a medida que o fluido vai entrando, os blastômeros 
se separam em duas partes: 
• Trofoblasto: camada externa de células que 
dá origem à placenta e secreta β-HCG 
• Embrioblasto (massa celular interna): grupo 
de blastômeros localizados centralmente que 
dá origem ao embrião. 
Nessa etapa a zona pelúcida se degenera, o que 
permite o blastocisto aumentar de tamanho. 
Enquanto isso ocorre, o blastocisto fica flutuando 
livremente na cavidade uterina e se nutre das 
secreções das glândulas uterinas. 
 
 
Final da 1° semana 
Implantação 6 dias após fertilização 
Processo que ocorre quando o blastocisto se insere no 
endométrio. 
O blastocisto se prende ao epitélio do endométrio, 
geralmente pelo Iado adjacente a massa celular 
interna. 
Logo depois de prender-se ao epitélio do endométrio, 
o trofoblasto começa a se proliferar com rapidez e 
diferencia-se em duas camadas: 
• Citotrofoblasto: camada interna e 
mitoticamente ativa. 
• Sinciciotrofoblasto: camada externa mais 
espessa com células multinucleadas que não 
sofrem mitose. Não se observa limite celular. 
Os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto 
estendem-se através do epitélio do endométrio e 
invadem o tecido conjuntivo dele (estroma). 
Ao fim da primeira semana, o blastocisto está 
implantado superficialmente no endométrio e nutre-
se dos tecidos maternos erodidos. 
O sinciciotrofoblasto produz enzimas que fazem a 
erosão dos tecidos maternos, possibilitando a 
penetração do blastocisto no endométrio de forma 
mais profunda. 
Mais ou menos no 7° dia uma camada de células 
cuboides, o hipoblasto, aparece na superfície da 
massa celular interna voltada para a cavidade 
blastocística. O epiblasto formado por células 
colunares e está em cima do hipoblasto, voltada para 
o endométrio. 
Maria Paula M. Mattei 
 
 
 
Implantação 2° semana 
O blastocisto está penetrando de forma lenta no 
endométrio. 
As células do estroma (tecido conjuntivo) em torno do 
local de implantação acumulam glicogênio e lipídios e 
assumem um aspecto poliédrico, então chamadas de 
células da decídua. Elas começam a se degenerar nas 
adjacências do sinciciotrofoblasto que as captura 
criando uma fonte de nutrição para o embrião. 
A partir desse momento o sinciciotrofoblasto começa 
a produzir HCG que penetra no sangue materno das 
lacunas. Esse hormônio mantém a atividade 
endócrina do corpo lúteo. 
 
Conforme a implantação vai avançando, a cavidade 
amniótica vai surgindo. Então as células amniogênicas 
(amnioblastos), que produzem o líquido amniótico, se 
separam do epiblasto e se organizam formando uma 
membrana fina, o âmnio. 
Conforme a cavidade vai aumentando, o epiblasto e o 
hipoblasto vão se separando, formando o disco 
embrionário bilaminar. O hipoblasto forma o teto da 
cavidade exocelômica (antiga cavidade blastocística). 
O nome muda porque as células do hipoblasto 
começam a realizar mitose e forma uma membrana 
colada no citotrofoblasto chamada membrana 
exocelômica. Essa cavidade mais tarde vai formar o 
saco vitelino. 
O saco vitelino e a cavidade amniótica possibilitam os 
movimentos morfogenéticos das células do disco 
embrionário. 
Células do endoderma do saco vitelino dão origem a 
uma camada de tecido conjuntivo frouxo chamado 
mesoderma extraembrionário, que envolve o âmnio 
e o saco vitelino. 
Conforme o sinciciotrofoblasto aumenta de tamanho, 
em meio à sua estrutura vão se formando vacúolos 
que coalescem em grandes espaços labirínticos, 
denominados lacunas. A erosão do endométrio 
provoca rompimento dos vasos sanguíneos maternos, 
o sangue então deságua nas lacunas que envolvem o 
embrião promovendo a nutrição dele. Isso representa 
o início da circulação uteroplacentária. 
Maria Paula M. Mattei 
Isso tudo ocorre em 10 dias depois da fecundação. 
Agora o blastocisto está inteiramente dentro do 
endométrio. 
12 dias após fecundação: 
 
Caracteriza-se pela comunicação entre as lacunas 
cheias de sangue e aparecimento de cavidades no 
mesoderma. 
Essas cavidades vão crescer e se fundir formando a 
cavidade coriônica ou celoma extraembrionário. Ela 
envolve o âmnio e o saco vitelino, menos onde eles 
estão inseridos ao córion (futuramente será a 
placenta) através do pedículo do embrião 
(futuramente será o cordão umbilical). 13 dias 
 
Com a formação desse celoma, o saco vitelino 
diminui, formando o saco vitelino secundário 
(definitivo). Com isso forma-se o cisto exocelômico. O 
saco vitelino definitivo pode realizar a transferência 
seletiva de nutrientes para o disco embrionário. 
O celoma extra-embrionário divide o mesodermaextra-embrionário em duas camadas: 
• Mesoderma somático extra-embrionário: 
forra o trofoblasto e reveste o âmnio. 
• Mesoderma esplâncnico extra-embrionário: 
envolve o saco vitelino 
Outra coisa que acontece é que as células do 
hipoblasto começam a se igualar às células do 
epiblasto, formando uma estrutura chamada placa 
pré-cordal ou membrana orofaríngea que indica o 
futuro local da boca do embrião, ou seja, uma região 
cefálica. O lado oposto indica a região caudal do 
embrião. 14 dias. 
 
 
Referências: 
MOORE, Keith L; PERSAUD, T V N. Embriologia Básica. 
5. ed. Saunders Elsevier, 2004. 
Maria Paula M. Mattei 
GARTNER, Leslie P.; HIATT, James L. Tratados de 
Histologia em Cores. 3a edição. Rio de Janeiro: 
Elsevier Inc., 2007 
BIROLI, Flávia. Família: Novos Conceitos. São Paulo: 
Fundação Perseu Abramo, 2014. Disponível em: 
<https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-
content/uploads/sites/5/2017/05/colecaooquesaber-
05-com-capa.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2019. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Co
nstituicao.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm

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