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A HISTÓRIA DO EXAMINANDO- ENTREVISTA DE ANAMNESE

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A HISTÓRIA DO EXAMINANDO
entrevista de anamnese
· Um dos objetivos da anamnese é compreender a história de vida do sujeito relacionada a queixa que ele apresenta.
· A pessoa chegou na minha clínica, de onde ela veio? Encaminhamento de outros profissionais-psiquiatra, nutricionistas, escolas, outras instituições. Nem sempre o motivo pelo qual ela foi encaminhada é o verdadeiro motivo; em casos de adulto, conseguimos perguntar para pessoa a versão dela, o que a pessoa entende pela queixa dele. Às vezes a pessoa chega por uma busca espontânea-adultos ou adolescentes de 16 anos ou +. 
· A entrevista de anamnese pode ser semiestruturada, com planejamento de perguntas que o profissional julgue como necessário, mas nada impede de que faça perguntas para esclarecer dúvidas que aparecem durante as conversas, a fim de compor o processo. De fato, a anamnese possui perguntas estruturadas, mas nada impede de que se acrescente novas perguntas. 
· Exame do estado mental do paciente-recurso p/ diagnóstico-contexto de entrevista. 
· Entrevista clínica psiquiátrica-voltada para um modelo nosológico (utilizada por médicos)
· História e exame do paciente permitem coleta de subsídios introdutórios que fundamentam o psicodiagnóstico (psicologia) 
· Psicólogo pode se restringir à utilização destes recursos, dependendo das condições do paciente e/ ou os objetivos do exame
· Na medida que o paciente relata sua história, o clínico tem condições de avaliar alguns aspectos que constam do estado mental do paciente -analisa tom de voz, ritmo da fala, aparência, maneira como fala, o que fala, o que o psicólogo vê e o que o paciente apresenta;
· A anamnese envolve levantamento normativo do desenvolvimento -compara o sujeito com aquilo que é esperado pra idade da pessoa.
· As várias perspectivas são áreas de informações tão integradas -olha-se a parte social, as relações, questões físicas, psicológicas, cognitivas, de forma integrada a fim de que se chegue em um diagnóstico. 
· Completar os dados com perguntas suplementares e registros sistemáticos de cada uma;
· Avaliação deve ser feita com ênfase especiais, em sujeitos de faixas etárias diversas. -Como foi a gravidez da mãe, como a criança foi alimentada, o pai estava envolvido nos cuidados? Se a mãe conseguia alimentar a criança, sono da criança-não só da criança, mas dos pais também. Com que idade a criança começou a falar, ela já desenvolveu autonomia? Com que idade começou a engatinhar, andar, ela teve alguma doença de ordem fisiológica que, talvez, possa ter comprometido o desenvolvimento dela?
HISTÓRIA CLÍNICA
· História da “doença atual”;
· Emergência de sintomas ou de mudanças comportamentais, numa determinada época e sua evolução até o momento atual;
· Paciente por vezes não consegue determinar o início de seus problemas = investigar a história de vida pessoal;
· Funcionamento social, profissional, acadêmico etc. 
· Comparar vários momentos da vida em diferentes áreas a fim de entender se isso já aconteceu outras vezes e quando começou os sintomas.
· Importante entender, ouvir a versão do próprio paciente sobre as queixas, motivos que pode ser diferente dos motivos que foram colocados no encaminhamento. Pode ser que o incômodo esteja mais no outro que encaminhou do que no paciente ou pode ser que a pessoa não consiga enxergar suas questões, devido a negação. 
· CARACTERÍSTICAS
· Levantamento da sintomatologia e condições de vida do paciente;
· Localizar no tempo seu aparecimento e associá-lo a circunstâncias de vida no momento;
· Investigar sua rede social, trabalho, acadêmico, sexual, matrimonial e pré-matrimonial, ou extramatrimoniais; 
· Impacto em diferentes áreas da vida pessoal e demais (atividades e relações);
· Situação funcional: se trabalha, desempenho profissional/ acadêmico;
· Considera-se também, relações homo ou heterossexuais, escolhas de parceiros ou na própria relação -padrão de relacionamentos abusivos;
· Analisa-se a estabilidade ou não das relações;
· Temas são trazidos espontaneamente e devem ser abordados pelo psicólogo;
· Mulheres: devem ser abordados assuntos sobre menstruação e/ ou menopausa;
· A entrevista pode ser mais ou menos diretiva -perguntar mais- a condução, dependendo do paciente e do psicólogo. 
ANAMNESE OU HISTÓRIA PESSOAL
· História pessoal enfocada conforme os objetivos do exame e dependendo do tipo e da idade do paciente;
· Vai refletir na natureza e quantidade de dados que devem constar ou não no laudo -coloca-se aquilo que importa para o questionamento inicial: “meu filho tem ou não TDH?” Consta no laudo se tem ou não, caso seja identificado algo diferente, além informa-se no laudo e para os responsáveis da criança ou do adulto. 
· Contexto familiar: 
· Descrever esse contexto por ocasião da concepção (ou da adoção da criança) 
· O status marital -se estão juntos, separados, se brigam, como se relacionam com a criança
· Condições socioculturais (nível de instrução, nível socioeconômico, rede de apoio social);
· Clima das relações afetivas do casal ou da família;
· Expectativas quanto à vinda de um bebê ou a existência de algum tipo de planejamento familiar;
· Reações ante a gravidez -planejada? Como foi a reação dos pais? Se não foi planejada, como os pais ficaram quando souberam disso? 
HISTÓRIA PRÉ-NATAL E PERINATAL
· Gestação (ou processo de adoção) aspectos físicos e psicológicos;
· Classificação do “normal” (houve acompanhamento médico sistemático? Pré-natal?)
· Aspectos nutricionais, doenças, acidentes, uso de drogas, fatos significativos na vida do casal, em especial a mãe;
· Estado psicológico da mãe;
· Parto;
· Condições da criança ao nascer, necessidades de algum atendimento especial;
· Reações dos pais com relação ao bebê, quanto à sua aparência, sexo e estado geral;
· Experiências iniciais (sucção, deglutição, qualidade da relação mãe-filho;
· Como a mãe amamentava a criança e qual a participação paterna ou de outras pessoas na nova rotina;
PRIMEIRA INFÂNCIA (ATÉ OS 3 ANOS)
· Relação materno-infantil: é uma relação acolhedora, de negligência;
· Hábitos e problemas alimentares: se a criança teve dificuldade para se adaptar a amamentação, ou a mãe teve dificuldade para amamentar, criança demorou para engolir alimentos mais sólidos ou se teve algum problema físico, alimentar;
· Experiencia afetiva e problemas na amamentação ou nos sintomas exacerbados de cólicas;
· Distúrbios precoces nos padrões de sono ou sinais de necessidades não satisfeitas (indícios sobre possível privação materna); 
· Papel desempenhado pelas pessoas no lar (em termos de afeto ou disciplina) -geralmente, os pais descrevem quem é + afetivo, + carinhoso, quem acompanha mais a rotina da criança, quem estabelece mais limites, mais regras ou pode ser que seja equilibrado;
· Qualidade dos cuidados em creches (caso a criança esteja): quem é responsável pelo cuidado, que horas a criança entra e sai, quanto tempo permanece ali, como ela é alimentada lá, como se relaciona com outras crianças-analisando os primeiros sinais de socialização importantes p/ o desenvolvimento;
· Reação da criança a estranhos ou a períodos de separação: se essas reações exacerbadas continuaram, pode ser que a criança desenvolva um transtorno de ansiedade de separação, possuindo uma dificuldade muito grande de ficar longe dos pais ou de um dos pais por muito tempo;
· Aprendizado de normas: informações sobre o treinamento da higiene. A ideia em que ocorreu o controle dos esfíncteres -transição da fralda pro peniquinho, horários que fica longe da fralda, se dorme sem, se retira só durante o dia, se a criança sinaliza quando quer ir ao banheiro -se tudo isso foi tranquilo, se a criança demorou mais, dificuldades nesses casos;
· Sintomas especiais -se a criança rói unha, xixi noturno, tiques, medo de dormir sozinha, chupa o dedo e como os pais percebem isso e se sim, como manejam isso.
INFÂNCIA INTERMEDIÁRIA (3 a 11 anos)
· Alargamento da rede de relações sociais da criança;
· Analisar a sensibilidade do ambiente no manejo de suas expressões afetivas (de amor, ódio);
· Responsáveispor recompensas ou castigos usuais;
· Desempenho escolar;
· Mudanças na escola;
· Reforços para a aprendizagem e atividades extracurriculares (interesses específicos);
· Histórias de pesadelos, fobias, enurese, crueldade e masturbação compulsiva -manipulação dos órgãos genitais, identificar que tem, querem saber de onde vem.
PRÉ-PUBERDADE, PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA (12 a 18 anos)
· Fase de exploração, sexualidade, ideia de pertencimento-pertenço a um grupo ou não pertenço; pode-se observar características da personalidade, adolescente mais introvertidos com mais dificuldade de socializar, extrovertidos. Questões afetivas, amorosa. E o papel dos educadores nessa fase é de acolher e estabelecer limites.
· Relações sociais: irmãos, colegas, amigos;
· Facilidade de estabelecer e manter relações;
· Na clínica, o psicólogo consegue verbalizar com mais facilidade com a essa faixa etária, pois já possui uma consciência maior de certas questões, das relações 
· Extensão de rede de amizades, grau de intimidade;
· Papel desempenhado nos grupos, tendência de participar de grupos que se envolvem em atividades não aceitas pelas normas sociais;
· Organizações com interesses artísticos, políticos, religiosos;
· Características, conflitos na relação com os pais, professores;
· E outras figuras;
· Figuras idealizadas no contexto familiar ou na sociedade mais ampla;
· Histórico escolar;
· Expectativas quanto ao futuro acadêmico e profissional;
· Área sexual;
· Repercussões de ordem emocional, física ou social;
· Problemas comuns são sentimentos de inferioridade, se relacionando com a aparência, comportamentos de atuação (fugas de casa, infrações legais, uso, dependência e abuso de drogas ou álcool); 
· Ocorrência de doenças, acidentes ou de experiencias comuns.
VIDA ADULTA
· HISTÓRIA OCUPACIONAL: se a pessoa trabalha, como são as relações de trabalho tanto com colegas quanto com chefe; nível de satisfação; como foi a escolha desse emprego. Número de empregos, quanto tempo, as vezes a pessoa pode ter dificuldade de tolerar regras/ normas da empresa
· RELAÇÕES SOCIAIS: fala-se de uma rede social ainda mais extensiva ou menor, mas a partir de outras vivências. Quem esse adulto conta como rede de apoio (familiares, esposa, marido, filhos, pais, amigos); qual a qualidade dessas relações, duração, profundidade. Se existe relacionamentos abusivos. Se existem motivos pelos quais ela mantem as relações; se existe dificuldade para manter relações, compartilhar coisas em comum.
· ÁREA SEXUAL: história conjugal -se é casado, se não é, se já foi e como isso afeta a sua vida, como afetou no passado. E em alguns casos, ralações extraconjugais. Satisfação ou insatisfação em relação ao parceiro, rotina. Se tem filhos, como que lida com esse ambiente familiar. Como essa pessoa escolhe os parceiros, que tipo de parceiros ela escolhe. 
FONTES SUBSIDIÁRIAS
· Nem sempre o paciente dispõe de todos os dados;
· Entrevista com a família;
· Pessoa de convívio;
· Professores, orientadores;
· Boletins;
· Exames médicos ou de outros profissionais;
· Produções artísticas, literárias, diários.

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