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Resumo do artigo Adolescência Através dos Séculos

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RESUMO DO ARTIGO “ADOLESCÊNCIA ATRAVÉS DOS SÉCULOS” 
As autoras Teresa Helena Schoen-Ferreira, Maria Aznar-Farias e Edwiges Ferreira de 
Mattos Silvares, no artigo intitulado “Adolescência Através dos Séculos”, apontam as 
mudanças que foram acontecendo na forma como o adolescente é visto e tratado desde a 
antiguidade até os dias atuais, a partir da análise de textos literários, filosóficos e estudos 
científicos. Inicialmente, as autoras apresentam o conceito de adolescência como um período 
biopsicossocial e a diferença na determinação do início e do fim dessa fase: para a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) a adolescência vai dos 10 aos 20 anos, enquanto que para o Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA) vai dos 12 aos 18 anos. 
O texto aponta que existem várias formas de se viver a adolescência e que a inserção 
histórica e cultural influencia essa vivência. Na Antiguidade, a adolescência era entendida como 
período de impulsividade e excitabilidade. “Na Grécia Antiga, os jovens eram submetidos a um 
verdadeiro adestramento, cujo fim seria inculcar-lhes as virtudes cívicas e militares” (p.228). 
Já em Roma não existia maioridade legal, quem definia isso era o pai do jovem. 
Na Idade Média, o adolescente, assim como a criança, era visto como um adulto em 
miniatura que precisava crescer quantitativamente nos aspectos físicos e mentais. Os jovens 
adquiriam uma profissão através das chamadas Corporações de Ofício e os de origem nobre se 
preparavam para ser cavaleiros. Ainda na Idade Média surge a ideia de idades da vida, sendo a 
adolescência a terceira idade, indo até os 21 ou 28 anos. A Idade Moderna é caracterizada por 
uma maior intervenção do Estado na esfera social e o colégio passou a ser uma instituição 
essencial. As práticas escolares não distinguiam infância e adolescência e havia uma indiferença 
acerca das mudanças biológicas provocadas pela puberdade. 
No século XIX “a figura do adolescente é delineada com precisão” (p.230) tendo 
marcos diferentes para o menino e a menina. Ainda nesse século, a adolescência é encarada 
como um momento crítico. Houve um aumento de movimentos da juventude que questionavam 
as estruturas adultas do momento. 
O século XX foi marcado pelas guerras e isso proporcionou uma mudança de 
perspectiva sobre a adolescência, como o reconhecimento da importância do trabalho dos 
adolescentes para manter a sociedade. Durante as décadas de 20 e 30, estudos longitudinais 
sobre o ciclo vital foram iniciados e os resultados apareceram nas décadas de 40 e 50. Os 
estudos da equipe de Havighurst (1957) trazem a ideia de que em cada fase do desenvolvimento 
o ser humano precisa realizar algumas tarefas evolutivas e no período da adolescência essas 
tarefas estão relacionadas a conquista da independência, escolha de uma ocupação, conquista 
da identidade pessoal e exercício da cidadania. Os anos 50 e 60 foram marcados pelos 
movimentos de contestação social dos quais os jovens faziam parte, entre eles a contracultura. 
Na transição do século XX para o século XXI há o entendimento de que a adolescência 
é uma invenção cultural que está relacionada à democratização da educação e surgimento de 
leis trabalhistas. Atualmente, o período da adolescência foi estendido, pois precisa-se de mais 
tempo para cumprir as tarefas desse período e o adolescente demora mais tempo para ingressar 
nas estruturas sociais. A educação mudou de um enfoque profissionalizante para um enfoque 
no desenvolvimento pleno do ser humano. A adolescência é vista como mais uma etapa do ciclo 
vital que tem suas particularidades apesar de existirem diversas formas de vivê-la de acordo 
com cada cultura.

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