Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistemas respiratório das aves · Grande habilidade em obter oxigênio da atmosfera: tolerar baixas PO2 atmosféricas; atinge até 11 km de altura; tolera mudanças de CO2 e pH sanguíneos · Aves selecionadas para a produção (rápido ganho de peso): menor volume e área de superfície pulmonares em relação ao peso corpóreo; diferenças fisiológicas entre as aves selvagens e domesticadas · Cavidade celomática: único compartimento para todos os órgãos. Sem diafragma · Pulmões: rígidos de volume fixo, localizados dorsalmente na região do torácica · Traqueia: localizadas no pescoço caudal dentro da quilha ou do tórax e quilha · Mais longa, mais larga comparada com a dos mamíferos · É comparável a resistência ao fluxo aéreo pela traqueia a dos mamíferos · Formada por anéis completos · Espaço morto maior porem: · Maior volume corrente proporcionalmente ao peso; maior volume expansível e maior complacência do sistema respiratório (sacos aéreos); menor gasto energético por movimento respiratório · Sacos aéreos: contem nove sacos, cinco craniais (2 cervicais, 1 clavicular e 2 torácicos craniais) e 4 caudais (2 aéreos torácicos caudais e 2 abdominais) · Parede fina: epitélio simples pavimentoso; mal vascularizados; emergem dos brônquios secundários; sacos aéreos fazem a areação (das vértebras cervicais e de algumas torácicas; das costelas, do esterno, do úmero, da pelve, do fêmur; dos músculos peitorais); promovem fluxo de ar corrente para o pulmão rígido; são complacentes; os volumes dos sacos aéreos se distribuem de forma aproximadamente igual · Divertículos: extensão dos sacos aéreos que penetrem em alguns ossos · Brônquios · Brônquio primário: extra e intrapulmonar; camada bem desenvolvida de musculatura lisa; · Brônquios secundários: sacos aéreos emergem deles · Brônquios terciários (parabrônquios neopulmonares e paleopulmonares): musculo liso circunda sua entrada (controlado pelo n.vago); contem capilares aéreos que faz troca com capilares sanguíneos; superfície interna perfurada contendo musculatura lisa nas aberturas (átrios), separadas por septos interatriais · Parabrônquios paleopulmonares: encontrados em todas as aves e são pilhas paralelas de parabrônquios · Neopulmonares: malha de parabrônquios localizados na porção caudolateral do pulmão; o desenvolvimento é dependente de cada espécie · Mecânica da ventilação: dependem dos músculos cervicais, torácicos e abdominais para inspiração e expiração · Inspiração: músculos inspiratórios se contraem e o volume interno da cavidade toracoabdominal aumenta e a pressão nos sacos aéreos diminui · Expiração: músculos expiratórios se contraem e acontece o inverso da inspiração; na expiração o ar “novo” sai dos sacos aéreos caudais para os pulmões e o ar “velho” sai dos sacos aéreos craniais para fora · Movimento do esterno como as aves não possuem diafragma, a respiração se faz a custas de músculos que movimentam as costelas e o esterno · Durante a inspiração e expiração, a direção do fluxo de gás nos parabrônquios paleopumonares é uni (reduz o desvio de ar e aumenta a eficiência da ventilação), mas nos neopulmonares é bidirecional · Pulmão parabronquial (junção do paleo e neopulmonar): estrutura apresenta baixa complacência · Capilares aéreos e capilares sanguíneos: · Aéreos: rede anastomosante intimamente entrelaçada com uma rede estruturada de capilares sanguíneos (trocas gasosas) · Área de superfície de trocas gasosa e espessura da barreira hematogasosa variam de uma espécie para outra · Transporte de gases: as aves têm dois tipos de hemoglobina a Hb A (baixa afinidade ao O2) e a Hb D (alta afinidade); portanto as hemácias das aves possuem maior variação de pressões parciais de O2 sobreas quais pode ser ligado e desligado · Fluxo sanguíneo cerebral (resistência dos vasos cerebrais) · CO2 é um vasodilatador das arteríolas sistêmicas que aumenta o fluxo sanguíneo cerebral (controle metabólico do fluxo) · As aves hiperventilam durante o vôo: reduz muito a PCO2 · Aferências que controlam a respiração · Quimiorreceptores: há também os intrapulmonares: são ativos em queda da PCO2 pulmonar, reduzindo a ventilação · Termorreceptores: centrais e periféricos (nas aves, a principal via de perda de calor e evaporativa pelas vias respiratórias) · Repercussões clínicas: · Cuidados na contenção; nas castrações de frangos; o decúbito dorsal prejudica a ventilação; estresse térmico (hiperventilação) e com dificuldade de dissipar calor podem diminuir o grau de calcificação da casca do ovo; Fisiologia do mergulho · Mamíferos, aves e répteis com modo de total ou parcialmente aquático permanecem dependentes do ar como meio respiratório; a cada 10m de profundidade na água +1 atm; a solubilidade do gás reduz com o aumento da temperatura (alta solubilidade em temperaturas frias); logo, os mergulhos mais profundos induzem maior solubilidade dos gases no sangue; · Estoque de oxigênio · No sangue (maior parte ligada à Hb) · Ligado à mioglobina no músculo (alta afinidade ao O2, retirando O2 da hb, liberando-o para as mitocôndrias musculares apenas em baixas PO2) · No pulmão: mergulhos profundos podem aumentar a difusão de nitrogênio para a circulação sanguínea; acredita- se que N2 atue de forma similar ao anestésico óxido nitroso, alterando a atividade do SN · estratégias para aumentar o tempo de mergulho: reserva de O2 aumentada; maior volume sanguíneo; conteúdo mais elevado de Hb; conteúdo mais elevado de mioglobina; sequestro de hemácia pelo baço durante o repouso; · Respostas ao mergulho · Vasoconstrição das arteríolas e até de artérias calibrosas da pele, musculatura esquelética, rins e intestinos; · Desvio de sangue ao coração cérebro e pulmões · Musculo liso do baço contrai · Frequência cardíaca reduzida: bradicardia de mergulho é maior em mergulhos longos · Redução de taxa metabólica: hipotermia sem tremor na água · A pressão de água aumentada faz reduzir o volume pulmonar: animais marinhos apresentam caixa torácica e pulmões compressíveis: ar é transferido para as vias aéreas de condução · A pressão de água aumentada eleva a pressão parcial de gases nos pulmões: aumenta o O2 na circulação e aumenta o nitrogênio sanguíneo · Grande capacidade de tamponamento do sangue: há a tendência de acidificar o pH sanguíneo em longos mergulhos; esse tamponamento com ácido lático exige grande tempo de recuperação entre mergulhos · Baixa resposta ventilatória ao CO2 · Doença da descompressão em mergulho com ar comprimido/ sob pressão (aeroembolia): causada por bolhas de gás especialmente N2 nos tecidos e na corrente sanguínea formadas quando do retorno rápido a superfície após período em grande profundidade (alta pressão); mas os marinhos não sofrem descompressão pois o colapso alveolar durante o mergulho empurra o ar opara o espaço morto que expiram antes do mergulho.
Compartilhar