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Resposta à Acusação - Estágio de Prática Jurídica Criminal

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Profa. Roberta Carolina de Afonseca e Silva 
Estágio Supervisionado de Prática Jurídica Criminal I 
Aula 8 - Exercício 
 
Atividade: 
 
Paulo, que tem 20 anos de idade, foi denunciado como incurso nas sanções do art. 234 do 
CP, porque, em data de 13.03.2012, foram encontradas dentro de sua mochila, inúmeras 
revistas de conteúdo pornográfico. Paulo, embora tenha assumido a propriedade das 
revistas, declarou que elas se destinavam a entretenimento pessoal. O Promotor de Justiça 
ofereceu denúncia em 10.03.2014, perante a 6ª Vara Criminal de Londrina. A denúncia foi 
recebida em 14.03.2014, tendo o Juiz determinado a citação de Paulo para oferecer 
resposta. 
 
Questão: Elaborar a peça apta a solucionar a situação de Paulo, levando em conta que o 
réu não deseja aceitar a proposta de suspensão condicional do processo formulada pelo 
Promotor de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 
6° VARA CRIMINAL DA COMARCA DE LONDRINA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autos nº ... 
 
 
 
 
 
PAULO, estado civil..., nacionalidade..., inscrito no CPF n°..., profissão..., 
domicílio..., vem respeitosamente por meio de suas advogadas que esta 
subscrevem (procuração anexa) perante V. Exa., apresentar: 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
Com fulcro no arts. 396 e 396-A, ambos do Código de Processo Penal, pelos 
motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
I - DOS FATOS 
 
No dia 13 de março de 2012, o réu, aos 20 anos de idade, foi denunciado pela 
prática do crime descrito pelo art. 234 do CP, visto que possuía revistas de 
conteúdo pornográfico em sua mochila. 
 
O réu alegou se tratarem de revistas suas para entretenimento pessoal. No dia 
10 de março de 2014, o Promotor de Justiça ofereceu a denúncia. 
 
II – DO DIREITO 
 
a) Incompetência do juízo 
 
Trata-se de um crime de menor potencial ofensivo, uma vez que o crime em 
questão possui pena máxima de 2 (dois) anos. 
 
Assim, a competência é do juizado especial, em razão do disposto no art. 98, I, 
da CF/1988 e o art. 60 da Lei 9099/1995, incidindo a nulidade conforme art. 
564, I, do CPP, a seguir expostos: 
 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, 
competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis 
de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, 
mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses 
previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes 
de primeiro grau; 
 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e 
leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das 
infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de 
conexão e continência. 
 
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal 
do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, 
observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos 
civis. 
 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; 
 
Logo, requer-se a anulação do processo, com fulcro no art. 564, I, do CPP, e 
remessa dos autos ao juizado especial criminal. 
 
b) Atipicidade da conduta 
 
A conduta de Paulo não encontra tipicidade no art. 234 do CP, porque um dos 
elementos constitutivos do tipo é ter a finalidade de comércio, distribuição ou 
exposição pública, e não é esse o caso, visto que Paulo declarou que as 
revistas se destinavam a entretenimento pessoal. 
 
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de 
comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, 
estampa ou qualquer objeto obsceno 
 
No mesmo sentido, o Código de Processo Penal estatui: 
 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste 
Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; 
 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, 
desde que reconheça: 
III - não constituir o fato infração penal; 
 
Logo, requer absolvição pela atipicidade da conduta pela ausência de elemento 
subjetivo especial do tipo descrita no art. 234, CP. 
 
c) Circunstância atenuante 
 
Conforme o art. 65, do Código Penal, a situação se enquadra como uma 
circunstância atenuante, visto que tinha 20 anos de idade na data dos fatos. 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 
(setenta) anos, na data da sentença; 
 
 Logo, requer-se, subsidiariamente, que seja aplicada a atenuante, com 
base no art. 65, I, do CP. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
a) Anulação do processo com fulcro no art. 564, I, do CPP, e remessa dos 
autos ao juizado especial criminal; 
c) Absolvição sumária com fulcro no art. 397 III, e art. 386, III, do CPP, por 
ausência de tipicidade; 
d) Subsidiariamente, que seja aplicada a atenuante, com base no art. 65, I, do 
CP. 
d) Intimação das testemunhas. 
 
Nestes termos, 
 
Pede deferimento, 
 
Londrina, data... 
 
Advogadas... 
 
OAB... 
 
Rol de testemunhas: 
1) ..., domiciliado em ... 
2) .., domiciliado em ... 
3) ..., domiciliado em ... 
 
Alunas: Cindy Inouye e Laiane Damasceno

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