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Lei e Sociedade!

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O exercício da medicina nem sempre foi restrito a 
profissionais diplomados. A determinação desse 
padrão é relativamente moderna. 
Essa normatização em leis é determinada pela 
Esfera Legislativa, sempre em caráter federal, 
estadual e municipal. 
O nazismo traz compreensões de moralidade 
maneira clara, porque a ausência dela nesse meio 
ideológico escancara os verdadeiros valores de 
qualquer determinação moral humana. 
Hannah Arendt, escritora alemã e judia, 
contemporânea do regime nazista, apresenta-nos 
algumas compreensões acerca dessa mazela de 
forma ímpar. 
Eichmann: 
Hannah foi convidada ao julgamento de Eichmann 
no tribunal de Nuremberg para analisa-lo. Essa 
análise é o livro Eichmann em Jerusalém. 
Determinação de cumplicidade quase ubíqua, que 
se estendera muito além das alas “dos membros 
do Partido”. 
Isso quer dizer que o Eichmann agia de maneira tal 
qual a norma e o meio o determinavam. Não era 
possível para ele viver num meio nazista sem ser 
nazista. 
A justificativa de Eichmann é a plena obediência às 
normas locais. 
“Eichmann se considera culpado perante Deus, 
mas não perante a Lei.” 
“O que ele fizera era crime só retrospectivamente, 
e ele sempre fora um cidadão respeitador das leis, 
porque as ordens de Hitler, que, sem dúvidas 
executou o melhor que pôde, possuíam ‘força da 
Lei’ no 3º Reich” 
Isso nos dá um impasse: como julgar um cidadão 
que cumpria as leis que outrora eram vigentes, mas 
que agora não são mais? 
Não havia como condená-lo em âmbitos legais, já 
que não quebrava as leis. A possibilidade era sair 
de um padrão de julgamento normativista e entrar 
em um tipo de julgamento moral. 
 
NORMAS OFICIAIS x NORMAS SOCIAIS 
Oficiais: as que passam por processo legislativo ou 
administrativo do Estado (Constituição Federal, 
leis federais, estaduais e municipais, regulamentos 
administrativos). 
→ Em tese, deveriam acompanhar a moral 
social. 
→ Muitas normas oficiais não conseguem 
atingir o patamar de se tornar norma social! 
→ São imperativas, coercitivas, dever-ser, 
obrigam a todos no território nacional! 
→ Decisão clássica – direito civil (tributário, 
ambiental, societário), penal, 
administrativo. 
→ Contratualismo de Hobbes – Estado 
representa o interesse de todos (Leviatã – o 
monstro feito de pessoas) 
→ Teoria da Representatividade – pessoas 
escolhidas representam as frações sociais. 
→ Teoria Crítica – crise da representatividade 
– grupos de poder têm maior determinação 
sobre a escolha dos representantes e seus 
atos. 
→ Multiplicidade de normas sociais – como 
padronizar em normas oficiais? 
→ Exemplo do ES: indígenas, quilombolas, 
pomeranos, alemães, italianos, 
interioranos, metropolitanos – 
pluralidade! Todos estão inclusos no 
padrão proposto? 
Sociais: regras que funcionam de fato, mas não 
estão necessariamente vinculadas às normas 
oficiais. 
→ Normas oficiais podem produzir normas 
sociais, mas isso não é absoluto. 
→ Podem atender, desprezar ou ir contra a 
norma oficial. 
→ Ex.: pirataria e crimes de colarinho branco. 
→ Normas sociais sem previsão legal: 
religiosas. 
→ Várias normas são tão normalizadas que 
sua vigência é inconsciente – moda. 
 
 
Lei de Introdução ao Código Civil 
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais do direito. 
Positivismo normativista – Hans Kelsen 
Normas jurídicas (Direito) X Normas morais (Ética) 
Ao jurista cabe apenas compreender a mecânica 
das normas jurídicas. 
Um direito injusto cabe apenas compreende a 
mecânica das normas jurídicas. 
Um direito injusto (imoral) não perde validade: 
basta que o legislador tenha criado a norma 
conforme as regras procedimentais e hierárquicas. 
A norma devidamente instituída se supõe ter sido 
criada na lógica democrática – interesse geral, 
representado no voto dos legisladores. 
Se o juiz puder decidir conforme seus valores, o 
sistema pede segurança jurídica – cada um decide 
de uma forma; incoerências. 
Princípios morais 
Moral: idealizada como sendo o espaço de 
liberdade individual – direito não deveria se 
introduzir nas escolhas morais das pessoas. 
Liberalismo político e jurídico: trouxe a lógica 
jurídica dos direitos individuais X poder do Estado. 
Liberdade Individual: âmbito moral não pode ser 
violado pelo Estado ou por terceiros. 
O problema é quando um princípio moral atua 
sobre outro, restringindo a liberdade alheia.

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