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RESUMOS AV1 1. FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS. TIPOS DE CONHECIMENTO a) Conhecimento mítico: Busca explicar o mundo a partir da ação de entidades - ou seja, forças, energias, criaturas, personagens que estão além do mundo natural, que são sobrenaturais. Ex: Mitos Gregos. Função dos mitos: fornecer uma compreensão sobre o mundo, organiza-lo e atribuir-lhe sentido. b) Conhecimento religioso: Se dá a partir da separação entre a esfera do sagrado e do profano. Questiona o real. É baseado na fé. O sagrado é tudo aquilo que é relativo a essa estrutura religiosa; o profano é algo que está fora dessa esfera sagrada, do excepcional, do sobrenatural, superior. c) Conhecimento filosófico: Pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento por meio do questionamento da reflexão. Este conhecimento não está ligado aos fatos. d) Conhecimento do senso comum: É um tipo de conhecimento espontâneo, passado de geração a geração. Tem por finalidade orientar os homens a enfrentar os desafios cotidianos, sem questionar as causas. • É baseado nas aparências; • Faz afirmações rápidas sobre as coisas; • Modo de pensar da maioria das pessoas; • Sentido dado coletivamente a coisas vividas; e) Conhecimento científico: Estabelece métodos de estudos por meio da razão com o intuito de alcançar respostas para os fenômenos existentes. É verificável através de experiências e possuindo um método específico. Existe uma necessidade de ir aos fatos para responder suas perguntas. Método científico é o caminho para se obter o conhecimento científico. • É provisório; • Busca ir além das aparências e desconfia daquilo que é a aparência; • Só faz uma afirmação depois de ter visto feito inúmeras vezes; SENSO COMUM CIENTIFICO Tem um caráter subjetivo, uma vez que depende dos valores pessoais do sujeito envolvido. Existe uma imparcialidade do sujeito que investiga, sem o uso de emoções ou juízos de valores. É um saber acrítico, pois não pergunta como e por que as coisas acontecem. É produzido a partir de métodos que correspondem a objetos de estudo específico. É um saber assistemático, ou seja, não é estruturado racionalmente, não supõe o Suas formulações são sistemáticas, baseadas em fatos verificáveis e uso de método. controláveis através de experiências. É um tipo de conhecimento empírico, pois se vale da observação imediata das coisas, não conseguindo ultrapassar as aparências. As conclusões obtidas são objetivas, uma vez que uma mesma experiência é repetida por dois ou mais cientistas em locais distintos. CIÊNCIAS SOCIAIS X NATURAIS a) Ciências sociais: É o conjunto de saberes relativos às disciplinas de antropologia, ciência política e sociologia. Não se baseia apenas no fato, mas na concepção do fato. Lidam não apenas com o que se chama de realidade, com fatos exteriores ao indivíduo, mas do mesmo modo com as interpretações que são feitas sobre a realidade. Buscam investigar as ações dos indivíduos em sociedade, suas crenças, sentimentos, valores e etc. O objeto de estudo das ciências sociais é a sociedade em suas dimensões sociológicas, antropológicas e políticas. As ciências sociais nos ajudam a "limpar a lente" para enxergarmos melhor as diferentes realidades com que convivemos. Os fenômenos que compõem a matéria prima das Ciências Sociais são complexos pois embora observados, não podem ser reproduzidos. Por isso deve ser considerado o contexto em que o fenômeno ocorre, fazendo do cientista social uma interpretação. b) Ciências naturais: As ciências naturais e exatas estudam fatos simples, ou seja, eventos que são facilmente isoláveis. O objeto de estudo das ciências naturais é a própria natureza, uma realidade dada, exterior ao homem; e o sujeito do conhecimento se põe fora dela para estuda-la. As ciências naturais e as sociais são diferentes, e tal diferença, suscita de intensos debates quanto a validade e o rigor científico do conhecimento produzido pelas ciências sociais. Os argumentos têm como princípio a dificuldade de reconhecê-la como verdadeiras ciências, à medida que elas tratam com eventos complexos que envolvem valores e significados socialmente dados. Outra questão reside no fato de estar, o pesquisador social, de alguma forma envolvido com os fenômenos, o que impossibilita a imparcialidade, objetividade e neutralidade cientifica. ANÁLISE DE ROBERTO DA MATTA: As ciências naturais estudam fatos simples, eventos isoláveis. Tais fenômenos seriam, por isso mesmo, recorrentes e da mesma época, na medida em que podem ser vistos, isolados e, assim, reproduzidos dentro de condições de controle razoáveis, em laboratório. Outro fato dessa ciência é que a prova ou teste de uma dada teoria possa ser feita por dois observadores diferentes, situados em locais diversos e até mesmo com perspectivas opostas. Em contraste, as ciências sociais estudam fenômenos complexos situados em planos de causalidade e determinação complicados. Não é fácil isolar causas e motivações exclusivas, mesmo quando o sujeito está apenas desejando realizar uma ação aparentemente inocente e basicamente simples. Nas naturais os fenômenos podem ser percebidos, divididos, classificados e explicados, objetivamente. Nas sociais os eventos estudados são complexos por poderem ocorrer em ambientes diferenciados, não existe uma maneira de se estabelecer leis universais a casos particulares, como é o caso da sociedade humana. CIÊNCIAS SOCIAIS CIÊNCIAS NATURAIS Não consegue isolar as causas, pois são multicausais. Consegue isolar as causas dos fenômenos. Não tem só o fato, mas também a concepção do fato. Fato simples, eventos isoláveis. São irreproduzíveis. São reproduzíveis. Embutem sua visão de mundo junto ao objeto do conhecimento. Exterior ao sujeito. Seus dados não são experimentais, mas sim, observacionais. Seus dados são experimentais. SOCIABILIDADE: capacidade natural de viver em sociedade. SOCIALIZAÇÃO: aprender a viver em sociedade. 1) Antropologia: Na antropologia privilegiam-se os aspectos culturais do comportamento de grupos e comunidades. Questões cruciais para o entendimento da vida em grupo, como alteridade, diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo cultural, são tratadas por essa ciência, que em seus primórdios estudava povos e grupos geográfica e culturalmente distantes dos povos ocidentais. 2) Sociologia: Analisa as inter-relações entre os diversos fenômenos sociais. Nesse campo de conhecimento, a vida social é analisada a partir de diferentes perspectivas teóricas, seguindo disso, estudam os fatos sociais, as ações sociais, as classes sociais, as relações sociais, de trabalho e etc. 3) Ciência política: Analisam-se as questões ligadas às instituições políticas. Conceitos de poder, autoridade e dominação são estudados por essa ciência. Analisam também a diferença entre povo, nação, população e governo, bem como o papel do Estado. O CONCEITO ANTROPOLÓGICO DE CULTURA Edward Tylor foi um dos primeiros antropólogos a sistematizar o conceito de cultura. Segundo ele, a cultura poderia ser definida como todo aquele conjunto de conhecimentos, que inclui crenças, arte, moral, lei, costumes e outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro de um grupo ou sociedade. A cultura é um conjunto de regras- no sentido antropológico-que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado. Vista assim, a cultura parece ser um bom instrumento para compreender as diferenças entre os homens e as sociedades. Ela nos permite traduzir melhor essa diferença entre nós e os outros, e, assim fazendo, resgatar a nossa humanidade no outro e a do outro em nós mesmos. CONCEITO: É um conjunto complexo de regras, conhecimento, comportamentos e costumes que nos indicam como o mundo pode e deve ser classificado; é a herança social de um povo, a memória coletiva;funciona como um texto teatral, não tem como prever totalmente como nos sentiremos em cada papel social que devemos desempenhar ma sociedade, porém indica exemplos de como outras pessoas que viveram antes de nós desempenharam tais papéis. INDIVÍDUO E SOCIEDADE A relação indivíduo e sociedade depende de um aprendizado ao qual chamamos socialização. Socialização: Compreende-se os processos através dos quais os seres humanos são induzidos a adotar padrões de comportamento, normas, regras e valores do seu mundo social. Elas começam na infância e prosseguem ao longo da vida. A socialização é um processo de aprendizagem. É, pois, da relação entre os indivíduos que nasce a sociedade, ao mesmo passo que é a partir da sociedade que se constituem os indivíduos. Isto significa dizer que o ser humano precisa e depende da sociedade e ela só existe em razão dos indivíduos. O indivíduo e a sociedade constituem duas faces da mesma moeda, nos mesmos atos e relações, nos tornamos pessoas e fazemos a sociedade. O objetivo principal de todo e qualquer processo de socialização está na interiorização da cultura da sociedade em que nasce e cresce o indivíduo. O EQUÍVOCO DAS VISÕES DETERMINISTAS SOBRE A CULTURA a) Determinismo biológico: Afirma que as características físicas e psicológicas do ser humano são determinadas por sua raça, nacionalidade ou por qualquer outro grupo específico a qual ele pertença. Fazer uso do determinismo biológico é afirmar, por exemplo, que todos os chineses, sem exceção, possuem inteligência acima da média, assim como afirmar que todos os africanos são negros, ou que todos os europeus são brancos. b) Determinismo geográfico: Colocava o homem numa condição de submissão aos aspectos naturais (a natureza é que determina a ação humana), ou seja, sugeria que o meio ambiente em que uma pessoa vive é o que define suas características físicas e psicológicas. Fazer uso do determinismo geográfico é afirmar, por exemplo, que todos que moram na favela, sem exceção, tornam-se criminosos, assim como afirmar que os brasileiros são calorosos e comunicativos porque vivem em um país de clima tropical. MÉTODO ANTROPOLÓGICO Etnografia e Antropologia de Gabinete são duas formas diferentes para estudar a cultura. a) Etnografia: Método em que o pesquisador vai ao local (campo de estudos) e investiga os costumes, as regras e os valores que se estabelecem na sociedade em que se deseja estudar. b) Antropologia de Gabinete: O antropólogo não vivencia a cultura estudada, fazendo sua analise a partir de relatos de terceiros. ETNOCENTRISMO O etnocentrismo se caracteriza quando julgamos a cultura alheia tomando como base nossos valores, Conhecimentos e tudo aquilo que nos leva a crer que nossa postura é a mais correta. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de enxergarmos a diferença. Toda sociedade é etnocêntrica, ou seja, acredita que ela própria é o centro do mundo e olha para os outros grupos somente a partir dos seus próprios valores. RELATIVISMO CULTURAL É a postura, privilegiada pela Antropologia contemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se aceitamos ou não esta outra forma de ver o mundo, a Antropologia nos convida a compreendê-la e verificar que ao seu jeito outra vida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumes. Para isso, faz-se necessário o exercício da alteridade, ou seja, a postura de apreender a visão do outro na plenitude de seu significado. Alteridade pressupõe a valorização da diversidade cultural, da diferença. Dessa forma, não hierarquizamos formas e estilos de vida, mas reconhecemos que é justamente na variedade de formas de viver que reside a riqueza da vida humana. Toda cultura deve ser estudada em seus próprios termos, e não mais a partir dos parâmetros culturais e valorativos daquele que a estuda. Nada é absoluto. A antropologia não hierarquiza formas culturais; quando compara grupos culturais, não inferioriza formas de vida. ANTROPOLOGIA COMO CIÊNCIA DA ALTERIDADE Estudar o outro, se colocar no lugar do outro. Quando o antropólogo vai estudar o seu grupo social, ele precisa se afastar e estudar como se fosse outra sociedade. Se for um grupo distinto, ele vai até o mesmo. Alteridade -> Empatia. DIVERSIDADE CULTURAL É a multiplicidade de formas de ver, sentir e se inserir no mundo. Entre todas as sociedades humanas conhecidas existem diversos hábitos, costumes, línguas, crenças, saberes, etc. Compreendem-se as diferenças culturais existentes entre os seres humanos. GLOBALIZAÇÃO Define-se pela intensificação das relações sociais mundiais que unem localidades distantes de tal modo que os acontecimentos locais são condicionados por eventos que acontecem milhas de distância. Contudo, não houve uma padronização total da cultura ao redor do mundo. Como resposta, houve o que se conheceu como movimentos antiglobalização, que visam contestar não apenas o domínio econômico norte americano, mas também sua dominação cultural. MULTICULTURALISMO É a existência de muitas culturas numa região. Baseado na convivência de culturas diversas em uma mesma sociedade, buscando não hierarquizar as diferentes culturas, reconhecendo a diferença como algo positivo. DARWINISMO SOCIAL Defendia a ideia de "superioridade natural" dos povos europeus sob os outros, justificando assim, a intervenção europeia nesses países com o objetivo de ajudá- las no seu "desenvolvimento" e levar a "missão civilizadora", eufemismo utilizado para mascarar a conquista e dominação. Este conceito foi bastante utilizado para tentar explicar a pobreza durante o período pós -Revolução Industrial. Os que permaneceram ou ficaram pobres seriam os menos aptos na linha evolutiva, de acordo com o darwinismo social. • Utiliza a ideia de sobrevivência dos mais fortes; • Base ideológica do neocolonialismo; NEOCOLONIALISMO Neocolonialismo representa a dominação política, econômica, cultura e social das potências capitalistas europeias sobre algumas regiões do continente africano e asiático, principalmente. Com o desenvolvimento da Segunda Revolução Industrial, as nações europeias presenciavam uma intensa expansão dos setores econômicos. A partir deste cenário, as potências da Europa começaram a buscar meios de ampliar os seus mercados, seja para buscar matérias-primas diferenciadas, mão de obra barata e novos locais para comercializar os produtos que produziam. Com o argumento falacioso de que os europeus seriam " Intelectualmente mais desenvolvidos" do que os povos asiáticos e, principalmente, os africanos, as potências da Europa interferiram nessas regiões com o discurso de "levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo". Foi neste cenário de expansão imperialista que surgem inéditas tentativas de explicação da realidade social. A primeira delas, foi o chamado darwinismo social. OS MOVIMENTOS REVOLUCIONÁRIOS DO SÉC XVIII O iluminismo: Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica do mundo, que predominava na Europa desde o período medieval. O próprio homem deveria passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé. A Revolução Francesa: Nome dado ao conjunto de acontecimentos que, em 1789, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime, marcado pela autoridade da nobreza e do clero. Foi influenciada pelos ideais do iluminismo e pela independência americana. No mundo ocidental marca o início da chamada idade contemporânea. A Revolução Industrial: Teve início na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ela marca o início da mecanização dos sistemas de produção, que consistiu na substituição da energia humana pela energia motrizno processo de fabricação de mercadorias. 2. HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO. CIVIL LAW x COMMON LAW As tradições Civil law e Commom Law constituem os dois principais modelos jurídicos existentes, formando dois sistemas de justiça voltados para garantir a segurança jurídica. Enquanto a Civil Law almeja a segurança jurídica por meio de leis, a Commom Law busca a segurança jurídica por meio de precedentes judiciais. O direito brasileiro é baseado na tradição romano-germânica (civil law) que prega que o direito deve ser criada por agentes legislativos de forma geral e apenas aplicadas pelos juízes. Ao contrário do common law, direito de tradição anglo- saxônica onde a base é a jurisprudência, ou seja, o direito é criado pelos juízes quando estes criando um precedente, esse precedente irá nortear decisões futuras. CIVIL LAW: Tradição romano-germânica. Predomina a codificação e a lei (em sentido estrito), descende do Direito Romano e possui um raciocínio logico- abstrato. Possui uma dificuldade de aceitar a jurisprudência e é um direito legislado (produzido pelo legislador) . COMMON LAW: Tradição anglo-saxônica, é mais moderna, desvinculada de Roma, insurgente. É um direito de "essência jurisprudencial", possui um raciocínio concreto e é um direito judicialista (produzido pelo juiz) . O sistema jurídico português está filiado ao sistema da Civil Law. Ao Juiz cabe tão somente aplicar as regras produzidas. Aqui a fonte mais importante do Direito é a LEI. O principal motivo do Brasil ter adotado o sistema romano -germânico é pela colonização do país, que foi portuguesa, e o sistema de direito adotado em Portugal era esse. O Brasil adotou aquilo o que ele encontrou. DIREITO VIGENTE NA AMÉRICA PORTUGUESA OU BRASIL COLONIAL No período colonial brasileiro, o Direito vigente era o lusitano, que se expressava na forma de compilações e costumes entendida como Ordenações do Reino. Ordenações Lusitanas: ✓ OrdenaçõesAfonsinas-1446 ✓ Ordenações Manuelinas-1512 ✓ Ordenações Filipinas -1603 As ordenações levaram o nome de seus mandantes régios e três foram essas compilações. ORDENAÇÕES AFONSINAS: (1446) Finalizada no mesmo ano em que Afonso V assume o poder, constituíram a primeira compilação oficial do direito do país. Com a publicação das Ordenações Afonsinas, as leis tornaram-se uniformes para todo o país impedindo, desta forma, os abusos praticados pela nobreza no que respeita à sua interpretação, permitindo ao rei amplificar a sua política centralizadora. ORDENAÇÕES MANUELINAS: as Manuelinas datam de 1521 que foram finalizadas no reinado de D. Manuel, "O Venturoso", mantendo a mesma sistematização da Ordenação do Reino anterior. Substituíram as Afonsinas no período da expansão marítima. Obs: Interesses que levaram às Grandes Navegações e influenciaram a revisão do Direito português: reis buscavam mais impostos, prestígio e terras; nobreza, terras e prestígio; comerciantes, lucros; Igreja queria mais fiéis. 1581: juramento de tomar: o Felipe assumiu o trono português, sendo espanhol teve que jurar para os portugueses que respeitaria os cargos públicos, costumes, o direito português. ORDENAÇÕES FILIPINAS: Sua sistematização quanto aos assuntos jurídicos é a mesma das Ordenações anteriores, onde encontram-se cinco livros, subdivididos em títulos e parágrafos. Desse modo, as Ordenações foram compilações jurídicas organizadas pelos monarcas da época, com o in tuito de reunir em um só corpo legislativo as diversas leis extravagantes e outras fontes do direito, que por estarem avulsas dificultava a correta aplicação do Direito. Livros das Ordenações Filipinas: ✓ Livro I: regulamentava o direito administrativo e a organização judiciária. ✓ Livro II: regulamentava acerca dos direitos dos eclesiásticos e fidalgos. Basicamente regulamentava as relações entre Igreja e Estado, assim como os direitos fiscais de ambos. ✓ Livro III: trata de ações processuais cíveis e criminais. ✓ Livro IV: matérias de direito civil e comercial: regras de contrato (compra e venda, sociedades, aluguéis, etc.), relações entre servos e amos, aforamentos, censos, sesmarias, questões maritais, empréstimos, doações, etc. ✓ Livro V: trata da legislação penal e processo penal. As Ordenações Filipinas se destacavam, principalmente, pela a questão penal (que na época era tratada como Direito Criminal). Qual tipo de penas estava previsto nas Ordenações Filipinas no livro V? O livro V das Ordenações Filipinas previa uma série de penas: perda e confisco dos bens e multas, prisão simples, prisão com trabalhos forçados, galês temporárias ou perpétuas, desterro (cidadão perde direito à nacionalidade de um país, passando a ser um apátrida) degredo (pena de desterro ou exílio imposta judicialmente em caráter excepcional como punição de um crime grave, constituindo uma forma de banimento), banimento ou exílio (degredo perpétuo), os açoites, a decapitação do membro e as várias formas de pena de morte - morte natural (forca), morte natural com crueldade (com tortura prévia) e morte natural para sempre (com exposição do cadáver), além da morte atroz (com cadáver esquartejado). 1500-1530 PRÉ COLONIAL (feitorias) 1531-1548 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS (donatários) 1548-1759 GOVERNO GERAL A ideia era que as Ordenações Afonsinas fossem aplicadas ao Brasil, porém não foi possível, já que viviam tempos de repreensão a ataques e invasores. (Estado de exceção, conflitos constantes). - Sistema de colonização privada por utilizar os ordenatários – capitanias. LEI DA BOA RAZÃO A Lei da Boa Razão surge para regulamentar a interpretação do direito e em especial tratar o processo judicial de modo a proporcionar uma interpretação legal mais próxima do fato social e abrindo a oportunidade para acrescer novas fontes do Direito. ✓ Foi uma primeira reação da aplicação do Direito em si. ✓ A Lei foi uma medida de suavizar, conjugar as interpretações das Ordenações Filipinas. CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Sistema que consistia na doação de um extenso lote de terra a uma pessoa ilustre e influente do reino, que passava a ser o donatário e ficava responsável em empreender na terra recebida, investindo nela seus próprios recursos e pagando impostos para a Coroa. Os donatários não eram os proprietários e sim os administradores daquela terra, ainda assim, apresentavam muitas vantagens para eles. Podiam escravizar e comercializar índios, fundar povoações, conceder sesmarias (arrendamento de terra - instituto jurídico português que normatizava a distribuição de terras destinadas à produção agrícola.), produzir no solo e comercializar os produtos. Além disso, tinham poder para julgar e condenar quem estivesse em seu território (homens livres e escravos). O território foi dividido em 15 capitanias e doadas a 12 donatários. DOCUMENTOS JURÍDICOS Regulamentação das Capitanias Hereditárias: Carta de Doação: Pela a carta de doação, a coroa portuguesa fazia concessão de determinada faixa de terra, capitanias hereditárias, a determinadas pessoas com o intuito de promover desenvolvimento local e manter a unidade territorial da colônia. A propriedade das terras continuava a pertencer a Coroa. Como funcionava a carta de doação? A Carta de Doação atribuía ao donatário a posse hereditária da capitania, sendo proibida a sua venda. O sistema de capitanias pode ser considerado um empreendimento privado de colonização dirigido á burocratas e militares portugueses. Carta Foral: Documento Jurídico que regulamentava os direitos e deveres fiscais e os privilégios dos donatários, além de estabelecer os tributos régios. A Carta Foral como um documento jurídico, histórico e hereditário, produz efeitos até hoje. Observação: A Carta de Doação era um documento mais genérico. O documento mais jurídico e mais importante, ainda era, a chamada Carta Floral.Lei das Sesmarias: Utilizada para a distribuição das terras nas colônias portuguesas. Como não havia nenhum tipo de fiscalização por parte de Portugal nas terras da colônia, começam as irregularidades e as fraudes tributárias, praticadas pelos donatários, que tinham que pagar pesados tributos à Coroa. A Coroa percebe que está sendo roubada e decide mudar a gestão administrativa da sua colônia, agora já percebendo a riqueza de suas terras. O regime de capitanias durou somente 14 anos. Principais causas de sua derrocada: falta de fiscalização, levando à fraude tributária; não havia direito unificado, já que cada capitania possuía o seu ordenamento, através do foral. (O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar - e suas obrigações - a falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas). GOVERNO GERAL Diante do fracasso do antigo sistema administrativo colonial, tratou a Metrópole Lusitana de fornecer à Colônia nova orientação administrativo jurídica. Objetivos do Governo-Geral : ✓ Centralizar a administração das capitanias ✓ Limitar a autonomia dos donatários ✓ Garanti r a segurança dos colonos ✓ Zelar pela ocupação estratégica do território ✓ Harmonizar as relações entre os colonos e indígenas ADMINISTRAÇÃO GERAL DA COLÔNIA Governador-Geral: sediado em Salvador, respondia pela administração perante o rei. Provedor-Mor: responsável pela administração fazendária (arrecadação e recursos financeiros). Ouvidor-Mor: responsável pela Justiça Colonial. Capitão-Mor: responsável pela segurança interna e pela manutenção da defesa da colônia. Organização Judiciária no Brasil Colonial - séc. XVI Terceira Instância Casa da Suplicação: Tribunal Supremo da época, Lisboa, constituindo suas decisões que deveriam ser acolhidos pelas instâncias inferiores como jurisprudência vinculante. Desembargo do Paço: Originariamente fazia parte da Casa da Suplicação, para despachar as matérias reservadas ao Rei em Lisboa; clemência nos casos de penas de morte e outras. Mesa da Consciência e Ordens: Para as questões relativas às ordens religiosas e de consciência do rei = aconselhamentos reais. Segunda Instância Composta de juízes colegiados que atuavam nos chamados Tribunais da Relação (apreciavam os recursos e embargos). O primeiro Tribunal de Relação for criado na Bahia. Composto por dez Desembargadores. Depois, Rio de Janeiro, Maranhão e Pernambuco. Competência - compreendia basicamente três situações processuais: i) era uma instância recursal e, em grau de recurso, recebia dois tipos de recursos: apelações e agravos; ii) competência para ações originárias nas áreas cível, criminal e do patrimônio estatal; iii) competência avocatória - o juiz de instância superior ou tribunal avoca feito aforado em juízo inferior, por entender a matéria de competência criminal. Primeira Instância Formada por juízes singulares que eram distribuídos nas categorias de ouvidores, juízes ordinários, juízes de vintena, de fora, de órfãos, de sesmarias. BRASIL IMPÉRIO – CONSTITUIÇÃO DE 1824 A Constituição atual (CRFB/1998) é a mais importante lei do ordenamento jurídico (lei maior); afirma no inciso XLVII do art. 5º que, sendo a pessoa condenada por cometimento de crime a pena NÃO poderá ser: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimentos; e) cruéis. 1824: É de fato o primeiro documento político e jurídico produzido pelo o império do Brasil e dividia o nosso país em províncias. Adotou um regime político monárquico e possuía quatro poderes constitucionais: executivo, legislativo, judicial e moderador (determinante para a instauração de um regime semi absolutista). O estado estabeleceu o catolicismo como a religião oficial, sendo a igreja subordinada ao Estado. O voto era censitário, baseado pela renda financeira, masculino (homens livres), indireto e aberto. Era considerada uma constituição liberal. Tinha uma sombra da investigação polidal para candidatos. Humanizou a pena de morte (extinguiu as penas de esquartejamento vivo, esquartejamento após a morte). PODER JUDICIAL No império brasileiro havia a dualidade de jurisdição, que significava a realização de justiça por julgamentos e decisões do poder judicial e pela chamada justiça administrativa, atrelada ao poder executivo fazendo parte da administração pública. PODER MODERADOR Caracterizou-se um amplo poder sobre os demais, uma vez que o seu exercício ficava a cargo do imperador e seu conselho. Apesar da divisão formal, não havia imparcialidade, autonomia e liberdade de agir entre os referidos poderes. * Chefe do executivo era também o imperador (exercido pelos ministros, escolhidos pelo imperador) * Monarquia unitarista -> poder legislativo organizado em uma assembleia geral (Senadores e Deputados escolhidos por voto censitário – renda) ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO PERÍODO IMPERIAL Terceira Instância: Supremo Tribunal da Justiça: para revista de determinadas causas e solução de conflitos de jurisdição entre relações provinciais. (Antiga Casa de suplicação, Desembargo do Paço e Mesa da Consciência e Ordens). Segunda Instância: Tribunais de relação (provinciais): eram quatro (RJ, MG, PE e MAO e serviam para julgamento dos recursos das sentenças(revisão das decisões). Primeira Instância: Juízes da Paz, previsto na Carta: para conciliação previa das contendas cíveis e para instrução iniciai das causas criminais, sendo eleitos em cada distrito. Juízes de Direito: para julgamento das contendas cíveis e criminais, sendo nomeados pelo imperador, sem inamovibilidade (podia ser transferido de comarca pelo Imperador).Com relação ao poder Judiciário, o Imperador podia nomear e suspender os Juízes e Desembargadores. Com relação aos Juízes o Imperador podia inclusive move-los para outra comarca (os juízes não possuíam inamovibilidade). Os Juízes tinham já desde esta época a vitaliciedade e a irredutibilidade de vencimentos (rendimentos) garantidos na lei. O Imperador podia também comutar penas ou reformar qualquer sentença, seja ela de qualquer nível (Juiz, Tribunal de Relação e Supremo Tribunal Federal). Com relação ao poder Legislativo, o Imperador tinha o poder de aprovar ou não as decisões da Assembleia Geral (Câmara Geral e Senado), sendo que o Imperador poderia também convocar ou dissolver a Câmara Geral. DIREITOS FUNDAMENTAIS – CONSTITUIÇÃO DE 1824 Este era o último título da Constituição. Também o art. 179, que trazia uma extensa lista de direitos civis e políticos dos cidadãos brasileiros, era o último artigo da Constituição. Isso demonstra que a Constituição não destinou um espaço de relevância para os direitos fundamentais. O JULGAMENTO DE TIRADENTES Tiradentes foi considerado o marte da Inconfidência Mine ira e sua condenação foi em base nas Ordenações Filipinas, especificamente o livro V, como um crime de alta traição. A publicidade do julgamento de Tiradentes teve a finalidade de intimidar, ameaçar a população local, e não transmitir transparência aos atos do poder público. Atualmente, os processos judiciais são públicos, ocorrendo apenas restrições Previsto em lei. A condenação de Tiradentes, viola hoje em dia o principio da dignidade da pessoa humana, seja pelo tipo de exposição do réu, seja pela a morte propriamente dita. A utilização de partes do seu corpo como um troféu, a extensão da condenação patrimonial e moral a seus filhos e netos viola também a limitação da pena a própria pessoa. O processo judicial não gozava dos princípios de imparcialidade, legalidade, inocência, contraditório e ampla defesa. Ainda que, com etapas e previsãoformal, normalmente o réu e seu defensor apenas cumpriam um ritual com o final sabido. A condenação e a pena aplicadas a Tiradentes não foram influenciadas pelas ideias de Cesare Beccaria, pois a condenação não atendeu aos anseios de humanização da pena. A morte de Tiradentes foi realizada com requintes de crueldade e violência. CONSTITUIÇÃO IMPERIAL 1824 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 1888 Monarquia República Quatro poderes: moderador, legislativo, executivo, judiciário. Três poderes: executivo, legislativo e judiciário (o poder moderador "sai" e se junto ao poder judiciário.) Estado Católico - religião oficial. Estado Laico - sem religião= liberdade de culto. Voto Censitário. Voto Universal. Sombra da investigação policial para candidatos. Ficha Limpa Era considerada uma constituição liberal. VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL Portugal estava prestes a ser invadido pelos franceses, sob a liderança de Napoleão Bonaparte, que tinha como objetivo conquistar a Europa, e determinar o fim de todas as monarquias absolutistas. Sem condições militares para esse enfrentamento, a corte real portuguesa veio para o Brasil, sua principal colônia, contando com a ajuda de seus aliados ingleses (Espanha já havia rompido sua aliança com Portugal). Em 1808, meses após a chegada da Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro, foi decretada a abertura dos portos brasileiros para as nações amigas de Portugal e a criação da casa de suplicação, demonstrando o claro interesse da Corte em ter mais autonomia no Brasil 3. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO. SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO SENSO COMUM: É um conhecimento superficial, não técnico, passado de geração em geração e que tem “força de verdade”. CIÊNCIA: É um conhecimento profundo, sistemático, objetivo rigoroso e técnico, que tem como propósito explicar, descrever e justificar os fenômenos em geral. DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA: É a ciência que estuda o comportamento humano e não humano, bem como os processos mentais (tudo que acontece na nossa cabeça). • Processos mentais contribuem significativamente no nosso comportamento. • Somos facilmente influenciados pelo que ocorre em nossas vidas. OBJETO DE ESTUDO: É o foco principal de pesquisa de uma ciência. Ex: Biologia -> seres vivos; Direito -> ordenamento jurídico e a conduta humana OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA: O Homem em sua humanidade/ Comportamento/ Processos mentais/ Subjetividade humana. SUBJETIVIDADE DO HOMEM: a)Visível: Comportamento, conduta. b)Invisível: Pensamentos. INTERFACE ENTRE A PSICOLOGIA E O DIREITO Primórdios - A Psicologia tentava auxiliar o Direito para verificar a fidedignidade dos testemunhos, ou seja, saber se a testemunha estava mentindo ou não (Psicologia dos Testemunhos). Agia também na área criminal, avaliando o criminoso, para saber se o mesmo tinha algum transtorno mental que justificasse sua agressividade ou ato violento. Hoje - A Psicologia ampliou-se no campo buscando humanizar o sistema de justiça. Sua atuação junto ao Direito acontece de forma interdisciplinar e horizontal. Uma de suas grandes atuações, se dá na vara de família (guarda de filhos/alienação parental/adoção/violência doméstica...), administrando conflitos em geral. A FUNDAÇÃO DA PSICOLOGIA NO MUNDO: Foi fundada em Leipzig (Alemanha), no século XIX, 1879, por Willian Wundt, que foi considerado o pai da psicologia, além de fundador do primeiro laboratório de psicologia experimental. A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO NO BRASIL: lei 4119/62 – (27/08/1962) -> dia da promulgação. DESENVOLVIMENTO HUMANO - PERSONALIDADE DEFINIÇÃO DE PERSONALIDADE, PERSONA: É a maneira de ser de cada indivíduo de forma única e exclusiva. • Não existe personalidade “forte” ou “fraca” e ninguém com personalidade igual a outro. • Entre 7 e 10 anos de idade, 80% da personalidade de uma pessoa já está formada, os outros 20% se dará até os 21 anos (usando idade como parâmetro, na prática a idade pode não significar nada para o desenvolvimento da personalidade). FATORES QUE DETERMINAM A PERSONALIDADE: a) Hereditariedade: Primeiro fator que forma a nossa personalidade. Comportamentos adquiridos hereditariamente não são reversíveis e permanecem até a morte. Por conta do GRAU DE PARENTESCO que se dá por linha reta e colateral, no direito só se considera algum grau de parentesco até primos de primeiro grau. b) Ambiente: Se leva em consideração desde a vida intrauterina. Na nidação já encontra-se o fator ambiental. Não se pode afirmar que o Homem é único e exclusivamente fruto de somente ambiente ou somente hereditariedade. Os dois caminham junto na determinação da personalidade. PERSONALIDADE PSICOPATA/ PSICOPÁTICA (PP) Psicopata é a designação atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental e/ou traço de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial, diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida. Esse tipo de comportamento agonista é relacionado com a ocorrência de delinquência, crime, falta de remorso e dominância, mas também é associado com competência social e liderança. A psicopatia, descrita como um padrão de alta ocorrência de comportamentos violentos e manipulatórios, é frequentemente considerada uma expressão patológica da agressão instrumental, além da falta de remorso e de empatia. Sujeito desafiador Vítimas em decorrência de traumas que quem comete o crime tem Modo operante Indícios aos 6 anos e confirmação da psicopatia aos 16 anos Muito comuns, fáceis de achar PP não é doente mental (não possui sintomalogia de um deficiente mental – art. 26 Código Penal) Não tem tratamento, cura Sem a consciência de que é um psicopata, mas com desejo de perversidade PP sem personalidade de matar, dependendo da situação, pode sim matar SINTOMAS DE UM DOENTE MENTAL: Alucinações em geral (5 sentidos), conversa incoerente, desconexa, ideias delirantes. PERSONALIDADE MÚLTIPLA Probabilidade de encontrar alguém com esse transtorno é muito baixa. As personas não se comunicam, não sabem o que cada uma fez. Patológico e doentio Não há cura mas há tratamento, controle com medicamentos Não entra no artigo 26 do Código Penal – IMPUTABILIDADE Não se nasce com personalidade múltipla, ela é originada de traumas. DIFERENÇAS ENTRE PSICOSE, PSICOPATIA E DEFICIÊNCIA MENTAL PSICOSE: doença mental – esquizofrenia PSICOPATIA: personalidade psicopata DEFICIÊNCIA MENTAL: problema neurológico, não é psíquico. Problema mental que impossibilita a aprendizagem, raciocínio prejudicado. Não tem cura. Não tem discernimento do que faz, são INIMPUTÁVEIS. LEI ANTIMANICOMIAL (10216/2001) Lei sancionada com o objetivo de lançar diretrizes com relação aos tratamentos de hospitais psiquiátricos. O tratamento não era HUMANIZADO, era praticamente asilar e se assemelhava a uma prisão. - Essa lei fala de três tipos de internamento: TIPOS DE INTERNAMENTO 1) Voluntário: Solicitação de entrada e saída de forma voluntária. 2) Involuntária: Não quer ser internado mas é realizado por terceiros (geralmente familiares). 3) Compulsório: Obrigatório. Quem determina esse internamento é o JUDICIÁRIO. Ex: doente mental comete um crime. ESTERIÓTIPO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO 1) Esteriótipo: Visão generalizada (vê a pessoa em um grupo e deduz algo). 2) Preconceito: Processo de exclusão, injúria preconceituosa. “Você é isso, você é aquilo” Pela fala Componente afetivo: gostar ou não de alguém Xingamento, raça, cor, etnia Liberação após o depoimento 3) Discriminação: (impedir, recusar, retirar) Possibilidade de detenção Pelo ato Componente comportamental: ação RELAÇÕES AFETIVAS – FAMÍLIA DEFINIÇÃO DE FAMÍLIA:Duas ou mais pessoas que mantêm vínculos afetivos sejam eles por consanguinidade ou convivência. TIPOS DE FAMÍLIA 1) NUCLEAR OU TRADICIONAL: É formada por um homem e uma mulher que são casados e tem filho ou filhos. 2) MONOPARENTAL OU MONONUCLEAR: Um ascendente com seu descendente(s) – separação, adoção, morte... - quantidade de filhos não importa 3) RECOMPOSTA, RECONSTRUÍDA, RECONSTITUÍDA: Em regra e advinda da família monoparental, uma vez que haverá a necessidade de uma recomposição, ou seja, de pai, mãe ou filhos. - União estável ou família tradicional 4) UNIÃO ESTÁVEL: Caracteriza-se por um relacionamento que tem o objetivo de formar família de forma contínua, ininterrupta, duradoura e pública. - declaração de união estável - relações homoafetivas são incluídas por analogia. 5) HOMOAFETIVA: (pode fazer certidão de casamento) Com ou sem filho(s), casados ou não. OBS: certidão: cartório declara; declaração: a pessoa declara. Casamento: cônjuge União estável: companheiro 4. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. A IMPORTÂNCIA E O OBJETO DA DISCIPLINA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. A Introdução ao Estudo do Direito é o elo entre a cultura geral e a jurídica. Fornecer as noções básicas do “método jurídico”. Mas, o que vem a ser um método? Método é o caminho que deve ser percorrido para a aquisição da verdade, ou, por outras palavras, de um resultado exato ou rigorosamente verificado. Sem método não há ciência. Cada ciência tem a sua forma de verificação, que não é apenas o modelo físico matemático. Depois disso, que tal começar perguntando: O que é Direito? E qual a sua importância em nossa sociedade? O QUE É DIREITO? Mas os conceitos básicos de Direito mudaram. Eles mudam de acordo com os padrões individuais e sociais de cada época vivida. Assim, hoje: [...]O direito é uma ordem da conduta humana. Uma "ordem" é um sistema de regras. O Direito não é, como às vezes se diz, uma regra. É um conjunto de regras que possui o tipo de unidade que entendemos por sistema. É impossível conhecermos a natureza do Direito se restringirmos nossa atenção a uma regra isolada. As relações que concatenam as regras específicas de uma ordem jurídica também são essenciais à natureza do Direito. "Apenas com base numa compreensão clara das relações que constituem a ordem jurídica é que a natureza do Direito pode ser plenamente entendida" O CONCEITO DE DIREITO CONCEITO DE DIREITO Conjunto de normas, impostas pelo Estado, cujo objetivo é regular o convívio social. O senso comum dos juristas faz uma estreita ligação entre direito e Estado, entendendo que o direito é "o conjunto de normas de conduta obrigatórias estabelecidas ou autorizadas pelo próprio Estado e garantidas pelo seu poder". Para acentuar o fato de que o direito não é um conjunto desorganizado de normas, mas um sistema ordenado, os juristas referem-se frequentemente ao direito utilizando as expressões ordenamento jurídico ou ordem jurídica. Com isso, transmite-se a ideia de que as normas jurídicas constituem um sistema harmônico, um conjunto ordenado e hierarquizado de leis. Dessa forma, o direito é visto como "lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros“ Se apostilas voltadas para concursos públicos podem contentar-se com repetir as lições do senso comum e definir o direito como o conjunto das regras impostas pelo poder estatal, o mesmo não pode ocorrer em uma disciplina universitária. Quando um jurista pergunta o que é o direito, ele não quer saber apenas o que as pessoas normalmente entendem por direito. Embora as noções do senso comum sejam a base necessária para a construção de conhecimentos mais aprofundados, isso não significa que as preocupações do jurista devem esgotar-se na mera descrição do senso comum. Mas o que mais quer ele saber? 1. O que são normas e em que medida é o direito uma questão de normas? A teoria clássica do direito entendia as regras jurídicas como ordens dos soberanos aos súditos. Todavia, será possível reduzir as normas a espécies de comandos ou são as regras outro tipo de enunciados? Serão as normas prescrições de conduta ou há outros tipos de enunciados linguísticos que também podem ser chamados de regras? Qual é a estrutura lógica das normas jurídicas? Podemos considerar que o direito é um conjunto de normas ou é essa visão demasiadamente simplista e enganadora? Questões como essa serão analisadas NO DECORRER DO CURSO. 2. Como o direito se relaciona com as diversas ordens de poder e sistemas normativos existentes em uma sociedade? Toda sociedade é organizada por meio de normas que estabelecem padrões obrigatórios de comportamento. Todavia, nem todas as normas vigentes em uma sociedade podem ser qualificadas como jurídicas, havendo também regras morais, religiosas, convenções sociais etc. Cada um desses tipos de regras forma um conjunto mais ou menos ordenado de regras, as quais podem ser obrigatórias em vários sentidos diferentes. 3. Como difere a obrigação jurídica da obrigação moral e como está relacionada com ela? A questão da diferença entre direito e moral tem longa história e várias foram as respostas a ela oferecidas tanto por juristas como por filósofos. Em aulas posteriores, utilizaremos essa problemática como pano de fundo para a análise de vários conceitos relevantes à caracterização do direito e para buscar uma definição mais clara das principais características que deve ter uma norma para que possamos qualificá-la como jurídica. 4. Como difere o direito das ordens baseadas em ameaças e como se relaciona com elas? É o direito um modelo de organização social da violência ou uma forma de organização social da liberdade? É o direito uma ordem de coação e dominação ou é ele a garantia de uma sociedade harmônica e justa? É o direito uma ordem de ameaças dotadas de legitimidade ou é simplesmente um conjunto de ordens oriundas das classes dominantes com o objetivo de perpetuar o seu poder? DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO Como a palavra direito tem muitos significados, uma pessoa que não conheça as várias acepções do termo pode ser levada a compreender mal certos enunciados. Assim, antes de passarmos adiante, convém fazer uma diferenciação entre dois sentidos diversos do vocábulo direito, para evitar confusões meramente linguísticas. Tomemos a frase: de acordo com o direito, eu tenho direito a uma indenização. Nesse caso, o termo direito é utilizado em dois sentidos diferentes. Na sua primeira ocorrência, o termo direito designa um determinado conjunto de padrões obrigatórios de comportamento e é nesse sentido que falamos do direito brasileiro, do direito francês ou dos direitos da antiguidade clássica. Esse é o uso da palavra direito no sentido objetivo, ou simplesmente o direito objetivo. Devemos ressaltar que o uso da expressão direito objetivo é bastante raro na linguagem jurídica, sendo comum utilizar simplesmente a palavra direito, muitas vezes escrita com a inicial maiúscula: Direito. Na segunda ocorrência, o termo direito não designa um conjunto de padrões de conduta que obriga a todos, mas a possibilidade de uma pessoa exigir de outra um certo tipo de comportamento. É nesse sentido que podemos falar de direito à vida, de direito de propriedade ou de direito a receber uma indenização. Em todos esses casos, trata-se da palavra direito usada no sentido subjetivo, ou simplesmente direito subjetivo. Ao contrário do que ocorre com a expressão direito objetivo, direito subjetivo é uma expressão bastante utilizada na linguagem jurídica comum. Assim, poderíamos reescrever da seguinte forma a frase acima: de acordo com o direito objetivo, eu tenho direito subjetivo a uma indenização. PORTANTO…. O Direito Objetivo podeser entendido como a norma propriamente dita. Exemplo: O Direito Civil busca a defesa das partes nas relações jurídicas interpessoais. ISTO É... O direito pode ser dividido em dois ramos, objetivo e subjetivo, dependendo da forma de análise que se deseja fazer. É considerado como direito objetivo, "o conjunto de regras jurídicas obrigatórias, em vigor no país, numa dada época" (José Cretella Júnior). Em outras palavras, o direito objetivo são as normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os homens que vivem na sociedade que adota essas leis. O descumprimento dá origem a sanções. Já o Direito Subjetivo é a possibilidade que a norma dá de um indivíduo exercer determinado conduta descrita na lei. É a lei, que aplicada ao caso concreto autoriza a conduta de uma parte. Exemplo: se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te concede o direito de cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução. ISTO É ... O direito subjetivo pode ser definido como "a faculdade ou possibilidade que tem uma pessoa de fazer prevalecer em juízo a sua vontade, consubstanciada num interesse." Ou, "o interesse protegido pela lei, mediante o recolhimento da vontade individual." Em outras palavras, é a capacidade que o homem tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento de normas jurídicas existentes na sociedade onde vive, todas as vezes que, de alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro de seus objetivos e possam protegê-lo. Por ex.: o seu veículo, parado no semáforo, é atingido na traseira por outro. Há normas no Código Brasileiro de Trânsito (direito objetivo), aos quais você pode recorrer, através de uma ação, para fazer valer seu direito. Você está utilizando seu direito subjetivo de utilizar a regra jurídica do direito objetivo para garantir seu interesse atingido. CONCEITOS Método: é o caminho que deve ser percorrido para a aquisição da verdade, ou, por outras palavras, de um resultado exato ou rigorosamente verificado. Sem método não há ciência. Acepções: 1) NORMA: Normas elaboradas pela sociedade ou Estado. 2) FACULDADE: Possibilidade de agir. Apesar do que vem escrito no inciso II do artigo 5º da constituição federal "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtudes de lei". Nem todas as leis tem o caráter da obrigatoriedade, existe lei que apenas conceituam determinadas situações, também existem leis que não nos obrigam a qualquer coisa limitando- nos a permitir determinado comportamento, estas leis são chamadas permissivas teremos uma situação de direito significando faculdade, opção possibilidade de escolha quando a palavra direito for assim empregada. 3) EXPRESSÃO DO JUSTO: Justiça. Justiça = consiste em dar a cada um o que lhe pertence "Significa nunca ninguém pretender alguma coisa senão seja sua, nem que não possa ser legitimamente adquirida." São Tomás de Aquino. 4) CIÊNCIA: Ramo do conhecimento científico. "O estudo do direito requer métodos próprios." 5) FATO SOCIAL: O direito é um setor da vida social. "O fato social direito é a fonte principal das normas que regulam nosso comportamento enquanto vivendo em sociedade." - Fato: qualquer acontecimento. - Fato jurídico: qualquer acontecimento regulado pelo direito (LEI), é um acontecimento especial, porque o direito regulou aquele acontecimento. ato -> ação -> fazer alguma coisa omissão -> deixar de fazer alguma coisa - Ato: qualquer acontecimento originado de nossa vontade. Ex: ato- namoro - Ato jurídico: qualquer acontecimento originado de nossa vontade e regulado pelo direito. Ex: ato jurídico- casamento 6) CERTO: Cálculo direito. 7) Oposto a esquerdo. 8) CORRETO: Homem direito, moral. DIREITO COMO LEI: É uma norma, uma regra de comportamento ou ainda um conjunto de regras que tem por objetivo regular o comportamento das pessoas que vivem em sociedade essas regras são elaboradas pela própria sociedade através de seus representantes que quando prontas são entregues ao governo para que cuide de sua aplicação e é feita de forma coercitiva. Ver constituição federal artigo 5º inciso II: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se não em virtude de lei". "O Direito Brasileiro não admite a pena de morte em tempo de paz." CF Art. 5º Ins. XLVI "Quem trabalha tem por direito pelo menos ao salário mínimo ou ao piso salarial de sua categoria Profissional." Mandamentos do advogado - Eduardo Coutre "Advogado, o teu dever é lutar pelo direito, mas no dia que encontrares o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça."(neste caso direito é lei). DIREITO OBJETIVO (LEI). Prescrito na norma que determina uma conduta. É uma norma, uma regra de comportamento ou ainda um conjunto de regras que tem por objetivo regular o comportamento das pessoas que vivem em sociedade. Essas regras são elaboradas pela própria sociedade através de seus representantes que quando prontas são entregues ao governo para que cuide de sua aplicação e é feita de forma coercitiva. DIREITO SUBJETIVO (FACULDADE) Faculdade de ter o direito objetivo. CASO CONCRETO 1: Identifique as diversas acepções da palavra direito no texto abaixo, estabelecendo correspondência com os seguintes significados: O Direito (1) brasileiro determina que cabe ao Estado cuidar da saúde dos cidadãos. Com base nisto, Petrônio teve reconhecido o direito (2) a receber medicamentos do Estado para o tratamento de uma doença que contraíra. Realmente, não parece direito (3) deixar um cidadão desassistido. Isto mostra o avanço do estudo do direito (4). 1.__________________________________________________________________________________ 2.__________________________________________________________________________________ 3.__________________________________________________________________________________ 4.__________________________________________________________________________________ DIREITO E A MORAL DIREITO COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL. A finalidade do Estado de Direito, é manter pacífica a convivência social, através de "regras de conduta“ capazes e eficazes de sustentar e manter a solidez social. E, quando vamos além, e falamos em Estado Democrático de Direito, estamos nos referindo a um Estado de participação ampla, a ponto de fornecer ao indivíduo mecanismos de defesa, de preservação de direitos, de respeito às garantias e liberdades, passíveis de serem invocados até mesmo contra o próprio Estado. E, de tal forma, a sociedade é, pois, um sistema único que integraliza as relações humanas, dirigido à satisfação de suas necessidades. Segundo Kant, por amor à humanidade devemos sempre dizer a verdade. O que você diria a um assassino que procura um amigo seu que, por estar sendo perseguido pela polícia necessita da ajuda dele e só você sabe o paradeiro do amigo? E se esse assassino fosse seu amigo e pedisse para se esconder em sua casa? Você falaria a verdade? Qual a posição defendida por Kant nas duas hipóteses? UTILIZANDO-SE DO CASO CONCRETO a partir da afirmação segundo a qual, dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência, ao tu deves, enquanto o dever jurídico deve ser observado sob pena de sofrer o devedor os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade. Assim, no direito, o dever é exigível, enquanto na moral, não. O direito, apesar de acolher alguns preceitos morais fundamentais, garantidos com sanções eficazes, aplicáveis por órgãos institucionais, tem campo mais vasto que a moral, pois disciplina também matéria técnica e econômica indiferente à moral, muitas vezes com ela incompatíveis, como por exemplo, alguns princípios orientadores do direito contratual, fundados no individualismo e no liberalismo, inconciliáveis com a moralcristã e, portanto, com a moral ocidental. Mas, apesar disso, o jurídico não está excluído de julgamentos éticos. CONCEITO DE MORAL A moral pode ser conceituada como o conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta, formadores da ambiência ética. A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum. Assim, moral é um conjunto normativo social de construção histórica por uma sociedade que objetiva a formação de um conjunto de condutas que pautem a vida social. O Direito por sua vez, abordado em seu sentido positivado, isto é, válido enquanto norma jurídica legislada por poder soberano legítimo e competente, é um conjunto de normas que pautam, também, a conduta social humana, também de caráter imperativo, mas prevendo uma sanção para sua violação, procurando estabelecer com isso obrigatoriedade à conduta. Hans Kelsen afirma muito coerentemente que a lei não obriga o indivíduo, facultando a ele cumpri-la ou não, mas, uma vez optado por violá-la, deve estar ele preparado às sanções previstas pela mesma. Essa afirmação também vale para o campo normativo moral, que mesmo não prevendo sanções coercitivas às suas violação, tem consequências sociais ao individuo de acordo com sua conduta. A Ética, por fim, é termo derivada da palavra grega éthos, com duas traduções possíveis. A primeira, como sinônimo de “costume”, o que serviu de base para a construção do conceito latino de “Moral”, enquanto a segunda tradução seria algo como “propriedade do caráter”, que orienta a utilização contemporânea da palavra “Ética”. A SOCIEDADE E O DIREITO - RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA DIREITO - Manifesta-se mediante um conjunto de normas que definem a dimensão da conduta humana exigida, que especificam a fórmula do agir. Enquanto a Moral se preocupa pela vida interior das pessoas, como a consciência, julgando os atos exteriores apenas como meio de aferir a intencionalidade, o Direito cuida das ações humanas em primeiro plano e, em função destas, quando necessário, investiga o animus (intenção) do agente. ÉTICA E MORAL EM KANT Kant, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, reconheceu, pela primeira vez em uma ética filosófica, que todo ser racional possui um valor absoluto. Mesmo considerando-o como um ser finito e limitado, Kant ressalvou que o ser humano possui o privilégio de reger-se por leis assumidas livremente por sua própria razão. IMPERATIVO CATEGÓRICO É o dever de toda pessoa agir conforme princípios os quais considera que seriam benéficos caso fossem seguidos por todos os seres humanos: se é desejado que um princípio seja uma lei da natureza humana, deve-se colocá-lo à prova, realizando-o para consigo mesmo antes de impor tal princípio aos outros. Em suas obras, Kant afirma que é necessário tomar decisões como um ato moral, ou seja, sem agredir ou afetar outras pessoas. O imperativo categórico é enunciado com três diferentes fórmulas (e suas variantes). São elas: Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza." Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio." Legislador Universal (ou da Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins." CONCEITOS DIREITO E A MORAL: Ambos são mecanismos de controle social, embora o Direito seja caracterizado pela exterioridade enquanto que a Moral, pela interioridade. O dever moral não é exigível em juízo, reduzindo-se a dever de consciência. O dever jurídico deve ser observado sob pena de o transgressor sofrer os efeitos da sanção organizada. O Direito é o dever exigível, enquanto a Moral não. MORAL: Conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta formadores da ambiência ética. É autônoma, é de foro intimo, cada um tem seus próprios valores morais e que, não necessariamente, são iguais aos demais indivíduos. DIREITO: Conjunto de normas, postas pela Sociedade e pelo Estado a fim de prevenir, compor e, em última instância, punir os conflitos de interesses. É heterônomo, ou seja, se impõe a vontade do indivíduo, é exterior a ele. DIREITO MORAL Restrito Mais ampla É coercível Incoercível Visa a abstenção do mal e prática do bem. Visa evitar que se lese ou prejudique a outrem. Ato exteriorizado Ato psíquico, intenção Bilateral: impõe deveres e confere direitos Unilateral: impõe deveres ÉTICA: Ciência em forma específica de comportamento humano; AMORAL: Moralmente neutro (nem moral, nem imoral); que não leva em consideração preceitos morais; estranho à moral. IMORAL: Contrário à moral, às regras de conduta vigentes em dada época ou sociedade ou ainda àquelas que um indivíduo estabelece para si próprio; falto de moralidade; indecoroso, vergonhoso. (existe mas não é usada). ORDENAMENTO JURÍDICO: é o conjunto de normas de um estado expressas em lei. É um sistema normativo, que estabelece uma ordem na qual o direito deve respeitar em relação às leis e normas estabelecidas no país, de forma que o Poder Jurídico realize seu trabalho com base nestas. NORMA: Comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos, das pessoas jurídicas e demais entes. ANTINOMIA: A norma tem que ter o mesmo âmbito de validade. As duas tem que ser no mesmo ordenamento. Antinomia é quando há o conflito aparente entre normas. EX: Quando existem duas leis, uma permitindo (ou obrigando) e a outra proibindo o mesmo tipo de comportamento. MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL NORMAS TÉCNICAS - são normas operativas, regras instrumentais, são neutras em relação a juízo de valor. NORMAS ÉTICAS- são essas que preservam os significados das coisas que conhecemos. EXERCE CONTROLE. Um exemplo prático de normas técnicas e normas éticas. A utilização de explosivos, por exemplo, pode ser para eliminar obstáculos e propiciar a construção de estradas, mas, também podem ser utilizados para fins criminosos. Neste caso, as normas técnicas estabeleceram como lidar com os explosivos para obter o resultado desejável e as normas éticas indicarão quais os fins lícitos e justos que admitem a utilização dos explosivos, bem como indicarão quais os fins ilícitos e injustos que tornam punível a sua utilização. A acomodação da convivência social se dá através dos chamados mecanismos ou instrumentos de controle social. Através de normas éticas que podem ser: 1) Normas religiosas - visam o aprimoramento da alma, do seu espírito. Estabelece o controle no âmbito espiritual (unilateral). 2) Normas morais - estabelece o controle no âmbito das virtudes (lealdade, honestidade, etc.), formando a consciência social/ coletiva e individual. No campo da moral o comportamento tem de ser sincero. a) Coletiva/ Social - visam a lapidação do caráter, bilateral. b) Individual -visam a lapidação do caráter, mas é unilateral, são regras internas, instituídas pelo indivíduo para ser cumpridas por ele. "O indivíduo se coloca como legislador das suas próprias atitudes. " Paulo Nader. 3) Normas de trato social - Convencionalismo Social, facilitam a sociabilidade, se adequar ao ambiente ao qual quer fazer parte. Fazer o ambiente ser mais agradável. 4) Normas Jurídicas - é a última, é coercível - reserva de forças. São normas institucionalizadas.Principais características das normas jurídicas: a) Generalidade - preceito de ordem geral, que obriga a todos que se acham em igual situação jurídica; b) Abstração - forma padrão aplicável a qualquer membro da sociedade; c) Imperatividade - imposição de vontade do Estado; d) Obrigatoriedade - não é facultativa; e) Alteridade - todo o homem social interage e interdepende de outros indivíduos. f) Bilateralidade/ Bilateralidade Atributiva - possui dois lados: direito subjetivo e dever jurídico; g) Sanção prévia determinada ou pré-ordenada - A punição referente à desobediência ou à execução de uma lei. h) Heterônomo - O comando de fazer ou não alguma coisa não vem do próprio indivíduo, mas do outro. No caso, vem do Estado. É o Estado que diz a conduta que o indivíduo deve ter. i) Coerção - uso de força, se necessário. FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO 1ª preventiva - disciplinamento, estabelecimento de regras de condutas, direitos e deveres; 2ª compositiva - Compor conflitos; 3ª punitiva - Socializador em última instância, quando a conduta humana já alcançou o nível ilícito ou do crime. DIREITO NATURAL x POSITIVO (JUSNATURALISMO, JUSPOSITIVISMO) O direito natural é a ideia universal de justiça. É o conjunto de normas e direitos que já nascem incorporados ao homem, como o direito à vida. Pode ser entendido como os princípios do Direito e é também chamado de jusnaturalismo. Origem do direito natural: O estudo do direito natural teve suas primeiras manifestações entre os filósofos gregos. Estes ditavam o direito natural enquanto as normas ideias e não-escritas, constituídas no mundo das ideias. Para os Romanos, era a ordem natural das coisas, determinadas pelas leis da natureza. Durante a Idade Média, a relação entre Estado e Igreja influenciou a concepção de direito natural, sendo reconhecido como as leis de Deus. Enquanto que ao chegar o Iluminismo, a fonte do direito natural se torna a razão. Para o pensamento iluminista, o direito natural seria a descoberta da razão por trás da natureza. Ou seja, a percepção de que as ações até então entendidas como instinto animal, como amamentar o filhote por exemplo, na verdade fazem parte de um conjunto de normas da natureza racionalizadas por todos os seres. É a razão que faz com que a fêmea alimente o filhote porque sabe que ele necessita para viver. A origem do conjunto de normas jusnaturalistas foi discutida ao longo de muitos séculos, mas seu conteúdo é permanente e absoluto. Suas implicações estão entre as discussões da Filosofia do Direito enquanto uma abstração da própria disciplina, uma forma de pensar sobre um tipo de ordenamento ideal. Características do direito natural: As principais características do Direito Natural são a estabilidade e imutabilidade. Ou seja, não sofre alterações ao longo da história e do desenvolvimento da sociedade, diferente das teorias do direito posteriores. O Direito Natural antecede todas as outras teorias do direito, deve ser maior até que o poder do Estado, e nenhuma lei pode ir contra este ordenamento. Exemplos de direito natural: Direito à vida Direito à defesa Direito à liberdade O DECLÍNIO DO DIREITO NATURAL No Século XIX deu-se, pela primeira vez uma separação rigorosa entre o Direito e a Moral. Com as revoluções burguesas da segunda metade do Século XVIII, principalmente a Revolução Francesa de 1789, afirmaram-se princípios jurídicos como legalidade, separação de poderes e isonomia. Direito natural e direito positivo: O Direito Natural é o conjunto de normas que estabelece pela razão o que é justo, de forma universal. É anterior e superior a todas as outras teorias do Direito. Já o Direito Positivo é o conjunto de leis instituídas por um Estado, considera as variações da vida social e dos Estados como influenciadoras das leis criadas pelos homens, fundamentadas no Direito Natural. Em síntese, o Direito Positivo vai regulamentar as questões intrínsecas a uma determinada sociedade, como por exemplo a brasileira. Já o Direito Natural é o mesmo em qualquer lugar e para qualquer pessoa. Por isso que as leis do Direito Positivo não devem ser superiores às normas jusnaturalistas. E portanto, as leis reguladas pelo positivismo devem ser subordinadas ao Direito Natural. JUSNATURALISMO –Direito Natural ➔ Direito Superior, imutável, eterno, não escrito, universal, tem força na Antiguidade e período Medieval. ► Lei Natural Primária - decorre da providência divina e escapa do controle dos homens; ► Lei Natural Secundária - É resultado direto da vontade dos seres humanos, devendo estar em concordância com a vontade de Deus, mas podendo na prática dela se afastar, por ser uma criação da sociedade. ESCOLA DO DIREITO NATURAL Séc. XVII e XVIII De Direitos Naturais Inatos ➔ Cada um nasce com determinados direitos que preexistem e independem da vontade do Estado, cabendo apenas a este declará-los. De um Estado de Natureza ➔ um momento hipotético antecedente à formação da sociedade política, em que não havia limites à atuação dos indivíduos na satisfação de seus interesses. De Contrato Social ➔ representa um pacto fundacional da sociedade política, onde os indivíduos abririam mão de parte de sua liberdade plena no estado natural em prol de um Poder Soberano, em trocada preservação de sua integridade e de seu patrimônio. O Positivismo jurídico: Na visão positivista, a Ciência do Direito tem por missão estudar a correlação entre as normas que compõem a ordem jurídica vigente. Em relação à justiça, a atitude do positivismo jurídico é a de um ceticismo absoluto. Cepticismo ou ceticismo é qualquer atitude de questionamento para o conhecimento, fatos, opiniões ou crenças estabelecidas como fatos. Filosoficamente, é a doutrina da qual a mente humana pode não atingir certeza alguma a respeito da verdade. Ceticismo é um estado de quem duvida de tudo, de quem é descrente. Um indivíduo cético caracteriza-se por ter predisposição constante para a dúvida, para a incredulidade. CORRENTES DO POSITIVISMO JURÍDICO a) Escola da Exegese: A Escola da Exegese surgiu no início do século XIX em meio ao caos político e social da França revolucionária. Nessa época, as diversas trocas de governo no Estado Francês, principalmente durante o período do Terror, provocaram uma grande desordem no ordenamento jurídico deste país, o que causava grandes prejuízos aos negócios da classe social mais favorecida pela Revolução: a burguesia. Contudo, com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, a burguesia patrocinou a criação de um código civil que consolidou as conquistas burguesas da Revolução e que trouxe ordem e segurança ao ordenamento jurídico francês. Nascia, assim, o Código Napoleônico. Sobre ele, Norberto Bobbio (1961) afirma: Este projeto nasce da convicção de que possa existir um legislador universal (isto é, um legislador que dita leis válidas para todos os tempos e para todos os lugares) e da exigência de realizar um direito simples e unitário [grifo do autor]. A simplicidade e a unidade do direito é o Leitmotiv [grifo do autor], a ideia de fundo, que guia os juristas, que nesse período se batem pela codificação. Contribuições da escola da exegese: A Escola da Exegese é, com razão, muito criticada por várias de suas características. Dentre elas, podemos destacar: a idolatria da lei, a negação da existência de lacunas no Código Napoleônico, a redução do direito à lei e a visão do Estado como única fonte do direito. Muitas das ideias dessa corrente científica foram superadas pelas ideias das correntes posteriores a ela. Entretanto, tal fato não significa que o ordenamento jurídico brasileiro não possui algum tipo contribuição advinda da Escola da Exegese. Dentre essas contribuições, podemos destacar: a ênfase na importância da lei na busca pela segurança jurídica, a importância na criação do conceitode estado democrático de direito e o fortalecimento do princípio da legalidade, que é considerado importantíssimo em muitos ordenamentos jurídicos da atualidade, sejam eles provenientes do sistema romano-germânico, do sistema de common law ou, até mesmo, do sistema proveniente da Sharia (Lei Islâmica). O normativismo jurídico: O princípio da legalidade não surgiu com a Escola da Exegese. Ele apareceu pela primeira vez na Magna Carta inglesa em 1215 e voltou a aparecer no Bill of Rights e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Além destes, esse principio fez-se presente em quase todos os códigos criados na virada do século XVIII para o século XIX. Tal fato ocorreu devido a grande influência das ideias de John Locke e de Montesquieu, além de outros filósofos do Iluminismo. A Escola da Exegese tratou de divulgar o conceito do princípio da legalidade, o que possibilitou um fortalecimento ainda maior deste. Tal fato justifica-se, pois “a Escola da Exegese põe a lei acima de todas as vontades, idolatrando-a, e lhe confere o atributo de instrumento de controle do poder, de tal modo que deixa como herança o princípio da legalidade e o da supremacia da lei. JUSPOSITIVISMO - Direito Positivo ➔ Direito temporal, escrito, mutável, com força na idade Moderna. O positivismo jurídico - na visão positivista, a Ciência do Direito tem por missão estudar a correlação entre as normas que compõe a ordem jurídica vigente. Em relação à justiça, sua atitude é a de um ceticismo ABSOLUTO. CORRENTES DO POSITIVISMO JURÍDICO 1) Escola de Exegese: Corrente ordinária do ambiente intelectual posterior à Revolução Francesa tinha caráter formalista, legalista, codicista e livre de qualquer aspecto moral ou tático. Só o Estado pode criar o direito, por meio do Poder Legislativo. O seu objeto de estudo era o Código Civil de 1804, o Código de Napoleão, que representou um marco do movimento de codificação do direito no Século XIX. OBS: Exegese é sinônimo de interpretação. 2) Escola Histórica: "O Direito deve ser a expressão do espírito do povo" Savigny. Seguindo o pensamento de Savigny, trata-se da primeira escola a usar a expressão Ciência do Direito (Juris Scientia) e a adotar uma metodologia histórica de pesquisa jurídica. Foi uma corrente de pensamento capitaneada por civilistas de marcante formação romanista, a exemplo do próprio Savigny, e que, naturalmente, o perfil de sua formação se fez presente em suas ideias acerca do Direito. 3) Pandectismo Alemão (Jurisprudência Conceitual): Representou uma espécie de formalização da metodologia da Escola Histórica sem a História, em situação análoga à relação entre o jusnaturalismo moderno e a Escola de Exegese francesa, sendo a última um Direito Natural Racional sem os valores. Se identificava com as premissas metodológicas (formalismo, sistematicidade, etc.) da Escola de Exegese francesa. Há, contudo, uma diferença fundamental entre as escolas, uma vez que a Escola francesa era codicista, e no caso alemão se tratava de uma Escola eminentemente de perfil doutrinário. Representada por grandes juristas, que tiveram um protagonismo no processo de unificação jurídica e na construção institucional do Estado alemão de Otto Bismarck. O Pandectismo defendia a imperatividade dos conceitos jurídicos construídos a partir do estudo das Instituições do Direito Romano, mescladas com a tradição doutrinária germânica . TEORIA PURA DO DIREITO DE HANS KELSEN Hans Kelsen (1881-1973) dedicou a maior parte de sua vida à discussão da Teoria do Direito. O normativismo jurídico kelseniano consiste basicamente na defesa da construção de parâmetros metodológicos próprios para a Ciência do Direito, expressos na denominada Teoria Pura do Direito, que não fossem uma mera importação das Ciências Sociais e Humanas do Século XIX, tampouco a reprodução dos paradigmas teóricos próprios das Ciências Naturais e Exatas. Pontos Principais da Teoria Pura do Direito: Kelsen priorizava o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre suas normas, independentemente de concepções ideológicas e de regimes políticos. Pregava a pureza metodológica de uma Ciência Pura do Direito. Teoria da Interpretação de Kelsen: Fundada no caráter hierárquico e de autorreprodução do Direito, a concepção kelseniana sobre a interpretação do direito segue a premissa da pureza metodológica, presente em toda a sua Teoria. TEORIA PURA DO DIREITO: Conferiu o status de ciência normativa do Direito. É a norma jurídica formalmente válida. Para Hans Kelsen precursor do positivismo moderno a lei deve passar por um processo de elaboração adequado, isto é, legal a partir do cumprimento de 3 exigências para que ao final a lei possa entrar em vigor trazendo como consequência dois princípios jurídicos: Princípio da obrigatoriedade; e Princípio da Igualdade Formal. As três exigências são: 1) A lei tem que ser elaborada pelo poder competente (Legislativo) 2) A matéria legislada tem que ser também da competência do órgão legisferante (Congresso Nacional, Assembleia Legislativa e Câmara dos Vereadores). 3) O processo de elaboração da lei precisa respeitar todas as fases de sua tramitação que de forma objetiva compreende (a iniciativa com apresentação do projeto de lei (parlamentares - regra geral), seguindo-se pela fase de discussão da matéria objetivando as correções que se fizerem necessárias com aprimoramento do projeto de lei nas comissões técnicas de discussão das matérias versadas no projeto de lei, após essa fase, segue-se a votação visando a sua aprovação, uma vez aprovada será apresentado ao Chefe de poder executivo que dependendo da matéria será o presidente, governador ou prefeito. Nesta fase teremos a sanção ou veto pelo chefe do poder executivo. Se concordar, sancionará a lei e em seguida a promulgará o que significa dizer que a lei existe formalmente. E por último mandará que se publique na imprensa oficial (Diário Oficial da União, Estado, Distrito ou Municipal) se não houver, em jornal de grande circulação. PIRÂMIDE DE KELSEN Ordenamento jurídico são normas emanadas pelo Estado, de forma escalonada. dispostas em diferentes níveis hierárquicos. OBS: Norma fundamental é a matriz do ordenamento jurídico, o pressuposto de validade de todas as normas do ordenamento. Não é uma norma jurídica, no sentido próprio do termo, uma vez que está acima da pirâmide. CRÍTICA A TEORIA PURA DO DIREITO A teoria pura do Direito teve uma grande aceitação no século passado (XX), mas sofreu restrições quanto a sua interpretação e aplicação na contemporaneidade, pois sua concepção teórica foi fortemente distorcida, servindo de base para um total afastamento do Direito dos parâmetros éticos de governos autoritários que em nome da autoridade do Estado justificava a perseguição de determinados grupos sociais em minorias (ciganos, judeus, etc.). Porém o que Kelsen pretendia foi na verdade conferir ao Direito o status de ciência normativa apostando no tecnicismo formal quanto a produção das leis pelo Estado tendo na norma jurídica a sua única expressão. A Teoria Pura do Direito de Kelsen teve uma aplicação distorcida, passando a servir de base para um afastamento do direito de parâmetros éticos, algo nunca defendido pelo próprio Kelsen. PRINCIPÍOS DOS ORDENAMENTOS JURÍDICOS Princípio da fundamentação - ordenamento jurídico hierarquizado; Princípio Jurídico do entrelaçamento - os elementos estão interligados, pois o ordenamento jurídico é sistêmico. Visão holística, global do ordenamento jurídico; Princípio da plenitude e completude do ordenamento jurídico - este é a impossibilidade de contradições de comandos sob pena de quebrar uma ordem sistêmica que o mesmo possui. Nesses casos a hermenêutica é usada para solucionar as possíveis antinomias e lacunas que venham a existir. REQUISITOS DE VALIDADE
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