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Aula 5

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Aula 5: A perspectiva comportamentalista (Skinner)
Breve panorâmica sobre o behaviorismo
O manifesto behaviorista foi lançado por John Watson (1878-1958), imprimindo um novo rumo à história da Psicologia. O behaviorismo foi um movimento de grande impacto no campo da Psicologia moderna, influenciando-a nos setores do estudo do comportamento humano, nas teorias da aprendizagem e personalidade, até as formas de psicoterapias. O clima intelectual em que se tornou possível o aparecimento do behaviorismo apresenta três aspectos relevantes: o objetivismo, o desenvolvimento da psicologia animal e o funcionalismo.
Explicação expandida: Por influência do positivismo, o estruturalismo foi abandonado pelo behaviorismo, e sua opção foi pela psicologia sem alma. A Psicologia, com o trabalho de Edward Thorndike, resultou em uma teoria marcante da aprendizagem, baseada no comportamento objetivo e sem referência dos elementos da experiência consciente. 
Watson procurou estudar aspectos do comportamento à luz de suas formulações teóricas e, depois de definir o behaviorismo como a nova Psicologia, ele se dedicou ao problema da existência ou não de instintos nos seres humanos, que nada mais seriam do que respostas socialmente condicionadas: todo comportamento é aprendido. O behaviorismo também estuda o problema do talento, tendência e traços mentais hereditários, considerados como comportamentos não aprendidos ou instintivos, defendendo a tese de que tais comportamentos são aprendidos. Watson estudou também as emoções de uma forma radical. Para ele, as emoções eram apenas respostas corporais a determinados estímulos.
O behaviorismo exerceu influência em vários setores da Psicologia moderna, principalmente no campo das teorias da aprendizagem. Dois importantes teóricos da aprendizagem, Tolman e Hull, acreditavam que o comportamento é sempre orientado para alcançar determinado fim, dando maior ênfase ao comportamento molar sem ignorar as variáveis intervenientes do comportamento. 
Skinner foi um dos mais famosos nomes da Psicologia contemporânea; nele encontramos o ponto culminante do behaviorismo. Ele aponta a necessidade da criação de um modelo próprio para uma ciência do comportamento, livre da dependência de outros modelos, somente com o comportamento observável. O behaviorismo de Skinner é chamado “abordagem do organismo vazio”, pois interessava-se pela relação funcional entre o estímulo e a resposta. No mundo contemporâneo, o behaviorismo marcou época e deu um novo rumo ao estudo da Psicologia. 
A teoria de Skinner: personalidade, estrutura e processo
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) nasceu em uma pequena cidade da Pensilvânia e é considerado, hoje, o mais importante behaviorista americano. Decidiu-se pela pós-graduação em Psicologia na Universidade de Harvard, a partir do raciocínio de que a meta de um cientista é compreender o comportamento, e não apenas descrevê-lo. Lecionou ainda nas Universidades de Minnesota e Indiana, além de Harvard. 
Atenção: Concluiu que os eventos ambientais controlam o comportamento. Desta forma, organizou um constructo teórico que priorizou a explicação de um comportamento sem a necessidade de alusão à fisiologia e/ou constructos internos da personalidade. Autor pertencente ao neobehaviorismo, estudou a aprendizagem e o desenvolvimento de leis do condicionamento do comportamento humano. 
Como Skinner é um autor apontado como eminentemente empírico, atribuindo menor importância às teorizações, buscou o uso intenso de seus estudos em um único sujeito, contrariando a tradição da Psicologia contemporânea do uso de grandes análises estatísticas para avaliação de respostas médias entre grupos de sujeitos.
Apostara, assim, na coleta de um grande número de dados de um único sujeito, sob condições experimentais bem conduzidas. Nesse sentido, acredita no método indutivo de estudo. A ciência comportamental, para o autor, deve ser o estudo do condicionamento e extinção dos comportamentos operantes.
Como no quadro abaixo, pode-se comparar os diferentes tipos de condicionamento, utilizando os estudos de Pavlov com o condicionamento clássico, ou respondente, realizado com cães (clique aqui pra saber mais sobre Pavlov):
CONDICIONAMENTO OPERANTE 
•Não há estímulos externos
•A resposta do organismo é espontânea
•O comportamento do indivíduo é mantido em função do reforço obtido
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE 
•A resposta comportamental é suscitada por uma situação específica
•Também chamado de condicionamento clássico
•Influência do estímulo neutro que é associado à resposta
 
Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936) foi um fisiólogo premiado por suas descobertas sobre os processos digestivos de animais. Pavlov veio, no entanto, a entrar para a história por sua pesquisa em um campo que se apresentou a ele quase que por acaso: o papel do condicionamento na psicologia do comportamento.
Na década de 1920, ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos tipos de estímulos palatares, Pavlov percebeu que com o tempo a salivação passava a ocorrer diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento (como, por exemplo, o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). Curioso, realizou experimentos em situações controladas de laboratório e, com base nessas observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico.
 Formula, em acréscimo, um conjunto de conceitos auxiliares ao postulado básico que mantém ênfase no comportamento. Alguns conceitos são importantes:
Lei da aquisição
A força de um operante pode aumentar se este for seguido da apresentação de um estímulo reforçador (ênfase no reforçamento). Clique na palavra em laranja para saber mais sobre esse condicionamento.
O autor é responsável pela construção de um instrumental em forma de caixa, onde o rato aperta uma alavanca para liberar uma recompensa (alimento), e um dispositivo que registra as respostas acumuladas do animal. Veja como funciona o esquema de Skinner: 
 
Condicionamento operante - chama-se de operante o condicionamento capaz de produzir conseqüências. Tal mecanismo é regido pela Lei do Efeito, ou seja, todo comportamento é influenciado por seus efeitos (resultados). O condicionamento operante é composto por um estímulo seguido por um comportamento que dará um resultado que, a partir de então, definirá a freqüência daquele comportamento. Ele (o comportamento) pode ser reforçado por um estímulo reforçador (também chamado apenas de reforçador) que provocará o aumento de sua freqüência. Reforçadores são positivos quando fortalecem o comportamento devido à adição de algum estímulo; e negativos, quando fortalecem o comportamento devido à subtração de algum estímulo. O processo pelo qual o comportamento é reforçado é chamado reforçamento. 
Modelagem
Recompensas que orientam o comportamento do animal para um comportamento desejado. Nesse procedimento, o treinador baseia-se nos comportamentos existentes para o organismo, recompensando as aproximações mais desejadas.
Ambos os comportamentos (advindos do condicionamento clássico e operante) envolvem aquisição, extinção, recuperação espontânea, generalização e discriminação.
1. No condicionamento clássico, o estímulo que passa a ser associado a uma resposta é chamado estímulo: 
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1) Condicionamento; 
2) Modelado; 
3) Generalizado; 
4) Neutro.
2. No condicionamento operante, o comportamento do indivíduo é mantido devido: 
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1) Ao apoio afetivo; 
2) Ao condicionamento clássico; 
3) Ao reforço neutro e operativo; 
4) Ao reforço obtido. 
3. No interior da perspectiva de Skinner, o condicionamento também chamado de clássico é: 
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1) Condicionamento respondente; 
2) Condicionamento parcial; 
3) Condicionamento operante; 
4) Condicionamento reforçador.
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