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PRIMEIROS SOCORROS E URGÊNCIAS NO ESPORTE E-book 1 Andreza Rodrigues Neste E-Book: INTRODUÇÃO ����������������������������������������������4 PRIMEIROS SOCORROS NO ESPORTE 5 Aspectos Éticos e Legais nos Atendimentos de Emergência����������������������������������������������������������5 Terminologias importantes �������������������������������������7 Anatomia sistêmica �������������������������������������������������8 Anatomia regional ������������������������������������������������� 11 Aspectos biomecânicos ��������������������������������������� 12 AVALIAÇÃO INICIAL: CENA E VÍTIMA 14 MANEJO DO ESTADO DE CHOQUE, HEMORRAGIAS E FERIMENTOS NA CABEÇA, TÓRAX E COLUNA VERTEBRAL �������������������������������������������������17 Manejo do estado de choque ������������������������������� 17 Hemorragia ������������������������������������������������������������ 18 Torniquete ������������������������������������������������������������� 21 Lesões na cabeça ������������������������������������������������� 23 Lesões na face ������������������������������������������������������ 24 Laceração na face e na cabeça ��������������������������� 25 Lesões no olho ������������������������������������������������������ 25 Sangramento nasal e fratura no nariz ����������������� 26 Emergências dentárias ����������������������������������������� 27 Coluna vertebral ��������������������������������������������������� 29 2 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������34 SÍNTESE ������������������������������������������������������� 35 3 INTRODUÇÃO Se está pensando que, durante a sua prática profis- sional, você terá apenas que desenvolver aspectos pedagógicos e metodológicos da Educação Física e que não enfrentará situações de risco, independente- mente do contexto em que você atua, sinto informar, mas você está enganado� Além do desenvolvimento dos conteúdos da disciplina, você precisa estar apto a resolver situações que podem colocar em risco a integridade física dos alunos� Dessa forma, acaba por solidificar a importância do domínio e da aplicação dos parâmetros básicos dos primeiros socorros� Para que haja uma real compre- ensão desses parâmetros básicos, este módulo é apresentado da seguinte forma: • A princípio, trataremos dos aspectos éticos e legais que norteiam os primeiros socorros� • Revisitaremos alguns conceitos da anatomia huma- na básica e da biomecânica, com vistas a oferecer as bases conteudistas para uma melhor correlação com a disciplina em questão� • Compreenderemos de que maneira as avaliações da cena e da vítima ocorrem� • Por fim, estudaremos as questões procedimen- tais em situações de manejo do estado de choque, hemorragias e ferimentos localizados na área da cabeça, tórax e coluna vertebral� 4 PRIMEIROS SOCORROS NO ESPORTE Aspectos Éticos e Legais nos Atendimentos de Emergência Os princípios éticos e legais nos atendimentos de emergência não são exclusivamente voltados a pro- fissionais da educação física, visto que englobam um conjunto de ação que deve ser exercido por todo cidadão, independentemente do seu ofício� De fato, em uma situação emergencial, quem atende a vítima é quem tem algum conhecimento prévio em primei- ros socorros e que se sinta seguro em socorrê-la, ajudando da melhor forma� No entanto, isso não significa que quem não tem qualquer conhecimento dos procedimentos de pri- meiros socorros simplesmente esteja livre� Não� A pessoa tem o dever de não abandonar a vítima e auxiliar a equipe de socorristas em ações que lhe cabem, conforme consta na Constituição Federal, no tocante aos direitos e deveres individuais e coletivos: Art. 5 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 5 liberdade, à igualdade, à segurança e à pro- priedade, nos termos seguintes: Da Saúde. Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quan- do possível fazê-lo sem risco pessoal, à crian- ça abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena – detenção, de 1 a 6 meses, ou multa. Parágrafo único – a pena é aumentada de me- tade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Portanto, chamar o socorro especializado, nos ca- sos em que a pessoa ou não se sente confortável para atuar ou não tem qualquer tipo de treinamento específico para primeiros socorros, não caracteriza 6 omissão de socorro, mas evadir do local ou deixar de prestar qualquer tipo de assistência é crime, sujeito a detenção ou multa� Terminologias importantes A fim de atender adequadamente uma pessoa le- sionada, é preciso identificar quais estruturas estão envolvidas e qual é o tipo de lesão presente� Por isso, uma das primeiras iniciativas que devemos tomar, ao começar a estudar primeiros socorros, é a de revisitar conceitos importantes de anatomia humana básica� FIQUE ATENTO Suponhamos que em uma de suas aulas, ao re- alizar um exercício com mudança rápida de di- reção, seu aluno acidentalmente venha a torcer o pé� Antes de realizar o atendimento e pensar nos procedimentos a serem feitos, você precisa identificar quais estruturas estão envolvidas. É aí que está a importância do estudo da anatomia humana! Primeiramente, precisamos conhecer qual articulação está envolvida e quais estruturas a compõem; com isso, conseguimos identificar o grau de acometimento da lesão� 7 SAIBA MAIS Saiba mais sobre os aspectos da anatomia hu- mana consultando Atlas da anatomia humana, de Frank Henry Netter, 2018� Inicialmente, devemos lembrar que o corpo é subdivi- dido em diversos sistemas e que a anatomia humana pode ser dividida em duas partes: a anatomia sistê- mica e a anatomia regional� Respectivamente, uma trata dos sistemas em que o corpo é dividido e que funcionam de maneira interdependente, ou seja, se ocorre alguma disfunção em um desses sistemas, os outros também enfrentarão dificuldades de fun- cionamento� Todos os sistemas (tecidos e órgãos envolvidos) são fundamentais para a manutenção da vida, mas também para o desempenho esportivo des- de o nível inicial até o mais alto nível de rendimento� Em relação à divisão regional, o corpo é divido por regiões que facilitam a orientação ao fazer a análise do corpo� A seguir, vamos explorar mais detalhada- mente essas categorizações� Anatomia sistêmica Neste tópico, falaremos sobre alguns sistemas e quais são as suas funções� Comecemos pelo sistema musculoesquelético, o qual é composto por ossos que dão forma e sustentação ao corpo, bem como 8 protegem alguns órgãos importantes, como cérebro, pulmões e coração� Além dos ossos, temos as articulações, formadas a partir da junção de dois ossos, sem as quais nós seríamos incapazes de nos locomover� Imagine uma porta sem a dobradiça� Imaginou? Acredito que tenha chegado à conclusão de que a porta não consegue se movimentar; e é exatamente isso que aconteceria se não tivéssemos as articulações� Os músculos, por sua vez, são tecidos elásticos que movimentam os ossos� Os tendões ligam o músculo ao osso e aos ligamentos que unem os ossos, isto é, as articulações� Há também estruturas como a cartilagem, um teci- do encontrado nas extremidades dos ossos, assim como a Bursa, ou seja, pequenas bolsas cheias de líquido (sinovial) que ficam entre os ossos, músculos, tendões e outros tecidos (SOUZA, 2001)� Frequentemente, o corpo humano é comparado a uma máquina, pois, tal qual a máquina, o corpo hu- mano tem o seu funcionamento perfeito, onde tudo está interligado e,se houver problema em qualquer aspecto, compromete o restante� Como toda máquina, o corpo tem um sistema de controle chamado sistema neurológico� Tal sistema é composto pelo cérebro, que coordena o funciona- mento de todos os sistemas e tecidos� Por exem- plo, a frequência cardíaca, a contração muscular e 9 a maioria das outras funções corporais dependem dos comandos vindos do cérebro� Temos também os nervos� Os nervos transmitem os sinais gerados pelo cérebro e são responsáveis pelo retorno das informações provenientes dos tecidos� Por fim, temos a medula espinal, o tronco principal, onde os nervos são ramificados e a coluna vertebral recebe proteção (SOUZA, 2001)� Podcast 1 Além do centro de controle, temos um centro de geração de energia chamado sistema digestório� Os órgãos envolvidos nesse sistema auxiliam na decomposição dos alimentos em substâncias ener- géticas que servem de combustível (energia) para os músculos e outros tecidos� Já que temos um sistema que controla tudo e um que fornece energia, precisamos de outro que libe- re essa energia� A esses sistemas, damos o nome de sistemas circulatório e respiratório� Ambos tra- balham juntos para fornecer oxigênio para o corpo, simplesmente para manter-se vivo! O sistema respiratório transporta o oxigênio do cor- po; seus órgãos localizam-se na cabeça e no tórax� Já o sistema circulatório transporta o sangue, que é bombeado pelo coração e percorre todo o corpo pelos vasos sanguíneos� 10 https://nv.instructuremedia.com/fetch/QkFoYkIxc0hhUVFIdkVrSU1Hd3JCeDFWT1dBPS0tY2U4NzA2YmQ0YTk0YWVkODIxODE2MjEyYTYwYTQ0N2I3YjM3YzU2ZA.mp4 Após a energia ter sido fornecida pela digestão e liberada para a utilização do corpo pelos sistemas circulatório e respiratório, surgem os subprodutos liberados pelo sistema urinário� Com a decomposição de energia, tal sistema se desfaz desses produtos� O sistema circulatório transporta, pelo sangue, os resíduos para os rins, formando a urina, a qual é libe- rada e chega à bexiga, que por seu turno armazena a urina até que ela seja expelida do corpo� Anatomia regional A fim de saber descrever as estruturas anatômicas, precisamos ter uma nomenclatura entendida global- mente� Ao descrever ou analisar estruturas corporais, temos como parâmetro a posição anatômica em que o indivíduo deve estar: em pé, numa postura ereta com a face voltada para frente e o olhar no horizonte; os membros superiores devem estar estendidos e pa- ralelos ao tronco, com as palmas das mãos voltadas para frente; os membros inferiores devem permane- cer unidos e os dedos dos pés voltados para frente� Além da posição, devemos indicar as direções, com isso, somos capazes de descrever uma estrutura e suas partes: superior ou cranial, inferior ou caudal; anterior, ventral ou frontal; posterior ou dorsal, medial, lateral, proximal e distal� 11 Aspectos biomecânicos A biomecânica pode ser dividida em dois grupos: a interna e a externa� A primeira estuda a interação das estruturas do aparelho locomotor; a segunda estuda a interação do corpo com o meio ambiente� De uma forma geral, trataremos a biomecânica a partir das propriedades mecânicas do osso� Antes, porém, temos as abordagens dos planos anatômicos, movimentos articulares, descrição do movimento e muitos outros aspectos que compõem a biomecâ- nica, com base em S� Hall (2009)� É preciso falar sobre os tipos de força (solicitações mecânicas) que podem ser aplicados às estruturas do aparelho locomotor, uma vez que essas solicita- ções são diferentes segundo o tipo de força presente e podem constar, por exemplo, em um contexto de emergência� As solicitações mecânicas são: • Tensão ou tração: envolve duas forças aplicadas na mesma direção, mas em sentidos opostos, sendo que as forças tendem a afastar o material do objeto� • Compressão: envolve duas forças aplicadas na mesma direção, de sentidos opostos, mas que vão no sentido do centro do objeto� • Envergamento ou flexão: envolve a ação de uma ou mais forças externas (transversais à estrutura), com o objetivo de dobrar a estrutura� • Deslizamento ou cisalhamento: é caracterizada como uma força tangencial que ocorre entre duas 12 superfícies de modo que as estruturas se deslocam em sentidos opostos� • Torção: ocorre tangencialmente em rotação na estrutura em que forças externas são aplicadas em sentidos opostos� SAIBA MAIS Saiba mais a respeito dos aspectos biomecâni- cos� Para isso, leia Biomecânica Básica, de S� Hall (2009)� 13 AVALIAÇÃO INICIAL: CENA E VÍTIMA Podcast 2 Em uma emergência, torna-se necessária uma toma- da rápida de decisão que é crucial para a minimiza- ção dos riscos de agravamento do quadro de saúde do aluno� Essa ação está relacionada ao entendimen- to de como ocorreu o fato e qual o procedimento que você deve tomar� Para isso, a avaliação inicial é composta de medidas que devem ser tomadas rapidamente e que ajudam a identificar o problema e proceder da maneira mais adequada� As ações consistem em: • Avaliar o local e o atleta� • Acionar o serviço de resgate� • Seguir o ABC� A princípio, para a prestação de assistência ao atleta, você deve verificar se ele está consciente ou não. Ações como bater no seu ombro ou apertá-lo leve- mente, fazer perguntas sobre como a pessoa está se sentindo e qual seu nome etc� ajudam nesse aspecto� No que se refere à avaliação do local, é preciso atentar se existe alguma possibilidade de haver novas lesões� Para isso, deve-se enfatizar a todas as pessoas que estão ao redor que não toquem no atleta, nem ten- 14 https://nv.instructuremedia.com/fetch/QkFoYkIxc0hhUVFtdkVrSU1Hd3JCeDFWT1dBPS0tOTk0MmY2NDQxMzNlODcyYzM4MzE1MjU4MzQ5MzdhZDhjNDQwYmEzMw.mp4 tem movê-lo� É de fundamental importância que se acalme o atleta, para que ele não se mova ou tente se levantar� Em seguida, deve-se avaliar o ambiente onde ele está, visando a se certificar de que não há riscos de quedas de cabos de energia, tráfego, entre outras questões� Lembre-se que você também deve estar em segurança, visto que é o profissional que prestará assistência ao atleta� A partir disso, analise como a lesão ocorreu, se foi golpe, torção, luxação etc�, pois tudo isso leva ao entendimento sobre quais serão os próximos procedimentos� O próximo passo é decidir se precisa ou não do acio- namento do serviço médico de emergência� Caso o atleta esteja gravemente ferido ou piorando rapida- mente, deve-se acionar a emergência� Avaliada a con- dição do atleta e do local (se há necessidade de acio- nar os serviços de emergência), parte-se para o ABC: Airway, Breathing and Circulation, ou simplesmente checar as vias aéreas, a respiração e a circulação� Ao avaliar as vias aéreas, assegure-se de que estão liberadas, não devendo mover a cabeça da vítima em caso de suspeita de lesão na coluna cervical� Os procedimentos de avaliação da respiração consis- tem em colocar o ouvido na frente da boca/nariz da vítima: se estiver em posição difícil, utilize o dorso da mão e observe as costas se movendo para tentar ouvir a respiração, sentir o ar circulando e verificar se o peito se move� Para avaliar a circulação, localize o pulso radial ou o pulso carotídeo� 15 Tais procedimentos possibilitam a verificação se o atleta precisa de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), bem como a análise de outras condições que possam colocar a vida do atleta em risco, como um sangramento grave� FIQUE ATENTO A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é uma manobra realizada quando ocorre a parada car- díaca, condição em que o coração para de bater, porque o músculo cardíaco não recebe o sangue de que necessita, ou por conta de uma anormali- dade grave do ritmo cardíaco� A parada cardíaca pode ser precedida por sinais e sintomas de in- farto, que estão relacionadas a dor no peito, sen- sação de peso ou aperto, que pode irradiar para pescoço, ombros, maxilar e braços, mas também pode apresentar náusea e/ou vômitos, pele fria, pálida, úmida, pulsofraco e irregular, dificuldades respiratórias e tonturas� 16 MANEJO DO ESTADO DE CHOQUE, HEMORRAGIAS E FERIMENTOS NA CABEÇA, TÓRAX E COLUNA VERTEBRAL Manejo do estado de choque O estado de choque é uma reação sistêmica na qual o organismo desvia sangue das áreas superficiais para priorizar a irrigação da área central do corpo (coração, pulmões, cérebro e outros órgãos vitais)� As causas estão relacionadas a infecções graves, traumatismo, envenenamento, baixa tolerância a dor, excesso de calor, alergia e hemorragia� Os sintomas se apresentam na forma de fraqueza, fadiga, tontura, náusea, sede, ansiedade; e os sinais se manifestam por pele fria e úmida, pálida ou acin- zentada, pulso rápido e fraco, respiração fraca e lenta, pupilas dilatas, olhar vazio, confusão, suor, tremor, calafrios, cianose e inconsciência� Nesse caso, devem ser iniciados os seguintes procedimentos: • Acionar o serviço médico de emergência� • Em relação ao posicionamento da vítima: 17 � Se estiver inconsciente, a vítima deve ser co- locada de lado, para prevenir asfixia por vômito ou saliva� � Se estiver consciente e com respiração anor- mal, a vítima deve ser colocada em decúbito dorsal (deitada), com a cabeça elevada� � Se estiver consciente, com respiração e cir- culação normal, a vítima deve ser colocada em decúbito dorsal e com os pés elevados� � Se houver suspeita de lesão na coluna, a vítima deve permanecer imobilizada� Hemorragia A hemorragia é causada pela perda de sangue decor- rente de algum trauma, corte ou ferimento� O sangra- mento acontece pelas cavidades naturais do corpo (nariz, boca, ouvido etc�) e pode ainda ser interna, quando emergida de um traumatismo ou rompimento de vasos sanguíneos� FIQUE ATENTO Hemorragias graves não tratadas tendem a oca- sionar o desenvolvimento do estado de choque e até a morte; já as hemorragias lentas e crônicas causam anemia, por exemplo, uma úlcera� As hemorragias são classificadas em: 18 • Arteriais: são menos frequentes, porém, mais gra- ve, pois exigem pronto atendimento para sua con- tenção e seu controle� Isso porque, com a pressão das batidas do coração, o sangue oxigenado sai do ferimento em jatos, fazendo com que haja o esvazia- mento rápido do suprimento necessário à circulação no organismo� • Venosas: ao contrário da arterial, a hemorragia venosa não possui tanta pressão e, por isso, é mais fácil de se controlar� Em contrapartida, pelo fato de as veias possuírem grande capacidade de distensão, pode acumular-se dentro delas� Dessa maneira, no caso de uma veia calibrosa rompida, o sangue pode jorrar em profusão� • Capilares: ocorrem em gotas e em todos os feri- mentos� Inicialmente, a perda de sangue é abundante, mas no geral desprezível� • Internas: são sangramentos não visíveis, pois va- zam por uma cavidade� As causas podem ser fraturas ou ferimentos profundos ou uma úlcera de estomago perfurada, por exemplo� É considerada uma hemorra- gia muito grave, visto que, embora não saia do corpo, o sangue deixa de fazer parte da circulação, oca- sionando um acúmulo que pode lesar órgãos vitais, como pulmões e cérebro� Esse tipo pode apresentar alguns sinais e sintomas, como hematomas sobre o abdome, tosse com expectoração espumosa e san- guinolenta, vômitos com sangue vivo ou parecidos com “borra de café”, fezes com sangue ou “cor de piche”, urina avermelhada ou marrom, dores, palidez, 19 suores abundantes, pulso fraco, pele fria ou confusão mental e agitação� • Externas: ocorre quando o sangue é eliminado para o exterior do organismo ou quando se proces- sa nos órgãos internos que se comunicam com o exterior, por exemplo, tubo digestivo, pulmões ou vias urinárias� Em caso de hemorragia, os primeiros socorros visam a suspender o sangramento, com isso, diminuir o risco de desequilíbrio sanguíneo metabólico da víti- ma� Para contê-la, é necessário conter uma proteção individual, como um par de luvas� Em seguida, iniciar o procedimento de exercer pres- são direta usando um curativo simples ou um com- pressivo (gaze esterilizada ou tecido), elevando a parte atingida a um nível superior ao do coração — isso se não houver dor ou suspeita de fratura ou sangramento interno� Não havendo a contensão da hemorragia, pode-se optar pelo método do ponto de pressão, que consiste em comprimir a artéria lesada contra o osso mais próximo, resultando na diminuição da afluência de sangue na região� No geral, as hemorragias podem ser controladas por método de compressão direta, curativo ou compres- sivo� Mas e quanto à hemorragia arterial, conside- rada de grande proporção? Esta pode levar a vítima à morte em poucos minutos, devido à redução do 20 volume intravascular e à hipóxia cerebral, ou seja, a baixa concentração de oxigênio no cérebro� Os sinais e sintomas que se apresentam em casos de hemorragia variam conforme: • A quantidade de sangue perdido, uma vez que, quanto maior for a quantidade, mais graves serão as hemorragias� • A velocidade do sangramento, uma vez que, quan- to mais rápidas forem as hemorragias, menos efi- cientes serão os mecanismos compensatórios do organismo� • O estado prévio de saúde, que está ligado à desidra- tação da vítima e a outras patologias (circulatórias, hematológicas ou sistêmicas)� • A idade da vítima, uma vez que quem se encontra nos extremos das idades tem maior risco de agra- vamento do quadro hemorrágico� Torniquete Quando as hemorragias são intensas, com grande perda de sangue e sem possibilidade de contenção pelos métodos de pressão direta, curativo ou com- pressivo, utiliza-se uma técnica chamada torniquete� É necessário enfatizar que esse recurso deve ser usado em casos extremos� Dado o fato de impedir totalmente a passagem de sangue pela artéria, a técnica é perigosa se utilizada de maneira incorreta� 21 A aplicação da técnica de torniquete exige alguns passos para que não haja o agravamento da vítima� Assim, deve-se: • Elevar o membro ferido acima do nível do coração� • Fazer o uso de uma faixa de tecido largo, que seja longa o suficiente para dar duas voltas no mem- bro acometido, mas deixando um espaço para amarração� • Aplicar o torniquete logo acima da ferida e passear a tira ao redor do membro ferido, duas vezes, dando meio nó� • Colocar um pequeno pedaço de madeira (nunca use arame, corda, barbante ou material sintético) no meio nó e, em seguida, dê um nó completo no pano sobre a vareta� • Fixar a vareta com as pontas do pano e afrouxar o torniquete, girando a vareta no sentido contrário (a cada 10 ou 15 minutos)� Observe a Figura 1: Figura 1: Torniquete. Fonte: Haubert (2018). 22 Lesões na cabeça As concussões, isto é, lesões que ocorriam na região da cabeça, eram classificadas de acordo com os si- nais e os sintomas que se apresentavam no sujeito acometido� Os relatos usados para descrever a con- cussão leve são o fato de o sujeito ouvir “sinos” ou “apitos”, que atordoam temporariamente o cérebro� Ao longo do tempo, foram feitos estudos que mos- traram que tais sinais não podem ser relacionados a lesões leves, pois além de atordoar o cérebro, os impactos podem romper o fluxo sanguíneo, causar desequilíbrios (químicos e elétricos) e lesionar as células cerebrais� Quando da ocorrência de concussões, deve-se ime- diatamente ativar o sistema médico de emergência e monitorar os ABC� Deve-se, ainda, evitar pressão excessiva, se houver sangramento local, e evitar mo- ver o pescoço e a coluna� Se a vítima estiver consciente, procure conversar com ela e fazer perguntas relacionadas a data e lo- cal do acontecido, teste a memória imediata ditan- do cinco palavras e pedindo que ela repita; teste a concentração com uma série inversa de números e meses; teste a memória tardia, para que ela recorde as cinco palavras� Se ainda assim os sinais e sintomas não diminuírem ou houver perda de consciência, trate como estado 23 de choque� Lembre-se sempre de monitorar os ABC� Analise a tabela1: Causas Sinto- mas Sinais Procedi- mentos Lesões na cabeça Golpe direto na cabeça Pancada ou batida súbita ou forte na região Dor de cabeça Tontura Zumbido nos ouvidos Sonolência Náuseas Visão dupla ou embaçada Confusão, instabilidade, perda de memória de curto prazo, mudanças emocionais (irritabilidade ou depres- são), respira- ção irregular, hemorragia ou ferimento no local ou liberação de fluidos pelo nariz, boca ou ouvidos, deformidade, convulsão etc� Acione o sistema médico de emergência Monitore o ABC Controle qualquer hemorragia profusa, mas sem exercer pressão excessiva sobre uma ferida na cabeça Se ne- cessário, trate como choque Tabela 1: Procedimentos iniciais. Fonte: Elaboração própria. Lesões na face No tocante a esportes de contato, sabemos que a face e a cabeça são regiões consideradas sensíveis e que estão suscetíveis a sofrer lesões� Por conta dessa sensibilidade, a região exige do socorrista um cuidado maior, pois tende a apresentar sangramentos abundantes, visto que contém uma rede considerada grande de vasos sanguíneos� 24 Laceração na face e na cabeça A laceração pode ser causada por um golpe direto ou choque com o cotovelo (ou objetos como bola ou raquete)� Há ocorrência de dor e sangramento imediato, apresentando edemas e possíveis hema- tomas� Nesse sentido, devem ser tomados os se- guintes procedimentos: • Colocar o atleta sentado, cobrindo a lesão com gaze esterilizada e aplicando pressão� Quando o sangramento for estancado, cobrir o local com gaze esterilizada� • Se acontecer de as bordas do ferimento estive- rem abertas e for difícil de limpar o ferimento ou se contiver resíduos ou um corpo estranho incrustado, encaminhe o atleta a um médico� • Se o sangramento não estancar e o atleta apresen- tar problemas respiratórios, havendo lesão na cabeça ou na coluna (ou outras lesões graves), acione o sistema médico de emergência, monitore o ABC e, caso necessário, trate como choque� Lesões no olho As lesões no olho podem ser causadas por golpe direto, gerando a falta de visibilidade, visão dupla, manchas na visão, embaçamento, dor e sensação de clarões luminosos� Os sinais são apresentados pelo acúmulo de sangue na parte branca do olho, restrição 25 dos movimentos oculares, corte na córnea, falta de uniformidade da pupila, incapacidade para abrir os olhos, perda da visão periférica, sensibilidade à luz, entre outros� Diante desse tipo de quadro, deve-se: • Acionar o sistema médico de emergência e, se de- morar mais do que 15 minutos, aplicar delicadamente um tampão sobre ambos os olhos� • Colocar o atleta sentado em uma posição ereta� • Monitorar o ABC e, se necessário, tratar como caso de choque� Sangramento nasal e fratura no nariz O sangramento nasal pode ser causado por golpe direto, possível lesão na cabeça, pressão arterial alta ou um simples ressecamento das vias nasais� Os sintomas se apresentam pela dor (no caso de golpe direto) e pela obstrução nasal, sendo sinalizada com sangramento� A fratura no nariz, por sua vez, é causada especi- ficamente por um golpe direto que ocasiona dor e desconforto� Apresenta-se na forma de edema, man- cha ou possível deformação, não necessariamente há sangramento e gera incapacidade para respirar pelo nariz� No caso de sangramento nasal, os procedimentos a serem tomados são: 26 • Colocar o atleta sentado com a cabeça para a frente� • Usar gaze esterilizada, apertando as narinas de 5 a 10 minutos� • Caso o sangramento não estanque, encaminhar o atleta a um médico e aconselhá-lo a não assoar o nariz� Quando houver fratura nasal, deve-se colocar o atleta sentado com a cabeça para frente, aplicando gelo suavemente durante por 15 minutos� Depois, apertar com cuidado as narinas, usando gazes (se houver sangramento) e encaminhá-lo a um médico� Emergências dentárias Mesmo que este tipo de emergência não coloque a vida do sujeito em risco, é bastante dolorosa� Portanto, o rápido atendimento melhora conside- ravelmente o prognóstico da vítima, que deve ser encaminhada imediatamente ao tratamento com um dentista� No caso de sangramento, procure colocar a vítima em posição que permita que o sangue escorra, man- tendo as vias respiratórias abertas� Lembre-se que, se houver suspeita de lesão no pescoço, cabeça ou costas, é preciso tomar cuidado com a mobilização da vítima, procurando não agravar e ocasionar outros tipos de lesões mais graves� 27 Se uma lesão na boca envolver a língua, aplique um curativo sobre ela e faça pressão direta para con- trolar o sangramento� Se a lesão for no lábio, colo- que um pedaço de gaze (esterilizada) entre o lábio e a gengiva e um segundo curativo na parte externa do lábio� Aplique pressões diretas para controlar o sangramento� Em caso de dor de dente, peça à vítima para lavar a boca com água morna, utilizando fio dental. Deve-se tentar a remoção de quaisquer sementes ou partí- culas de alimentos que possam estar causando a pressão, ocasionando a dor� E o mais importante: instrua a vítima para que procure um dentista� No caso de os dentes estarem quebrados e até que a vítima seja atendida por um dentista, execute os seguintes procedimentos: • Use um pano limpo e água morna para limpar o sangue e quaisquer resíduos ou fragmentos do dente quebrado� • Se não houver lesão no maxilar, faça com que a víti- ma enxágue delicadamente a boca com água morna� Assim, aplique compressas frias na face da vítima sobre os dentes quebrados, com vistas a aliviar a dor e reduzir o inchaço� 28 Coluna vertebral Sabemos que a coluna vertebral é constituída de ossos que protegem a medula espinal� Sabemos também que as vertebras são fixadas por ligamentos e músculos, o que faz com que os nervos tenham ramificações na medula espinal entre vertebras. Conforme estudamos anteriormente, o tecido que se encontra na extremidade do osso e que auxilia na absorção do impacto entre os ossos é a cartilagem� Assim, quando ocorre um movimento de torção for- çado, compressão, alongamento além do normal na coluna, esse local pode sofrer diversas lesões, tais quais distensões, entorses, contusões, fraturas e até mesmo ruptura de discos� Essas lesões podem causar dormências e, nos ca- sos mais graves, paralisia� Em ambos os casos, é de extrema importância, pois qualquer movimento pode agravar o quadro do atleta. Verifique na tabela 2 os sintomas e os procedimentos: 29 Causas Sinto- mas Sinais Procedi- mentos Lesões na coluna vertebral Golpe direto Compressão Torção ou rotação Dores na c o l u n a vertebral ou em região próxima Dormência ou formiga- mento nos pés ou nas mãos Verificar o ní- vel de respos- ta do atleta Respi ração irregular Hemorragia profusa Hemorragia ou liberação de líquidos pela boca, na- riz ou ouvidos Deformidade n a c o l u n a vertebral Paralisia Acione imedia- tamente o sis- tema médico de emergência Cheque o ABC sem mobilizar o atleta (se ele não respira, peça para alguém sustentar a cabeça e o pes- coço enquanto você inicia as manobras de reanimação Se ele respira, es- tabilize a cabeça e o pescoço Controle qual- quer t ipo de sangramento S e n e c e s s á - rio, trate como choque Tabela 2: . Fonte: Elaboração própria. FIQUE ATENTO Caso a vítima esteja inconsciente, sempre sus- peite de lesão grave na coluna vertebral ou na cabeça� 30 • Tórax Sabemos que os ossos são estruturas que dão sus- tentação ao corpo, bem como protegem os órgãos internos� Podemos dizer que somos protegidos por um escudo determinante, assegurando que, dificil- mente, os órgãos internos serão acometidos por algum tipo de golpe ou trauma� Ainda assim, existem situações em que o atleta sofre algum tipo de lesão em um desses órgãos� Com isso, é preciso tomar uma decisão rapidamente, ou seja, solicitar atendimento emergencial (equipe médica especializada) para o atleta acometido� As primei- ras ações podem, noentanto, ser tomadas por você, procurando minimizar as possíveis complicações desse tipo de lesão� Você deve reconhecer os sinais e sintomas das le- sões de baço, lesões renais e testiculares, sabendo instruir os atletas sobre quais são os sinais e sinto- mas de lesões internas� Além disso, você precisa monitorar o quadro do atleta até que o serviço mé- dico de emergência chegue� O fato de fornecer instrução aos atletas (e possi- velmente aos pais) mostra-se relevante, pois tais lesões podem se manifestar tardiamente e, com isso, o monitoramento dos sinais e sintomas será crucial para um atendimento mais rápido, minimizando o agravamento do quadro do atleta� Para isso, porém, é preciso que você reconheça al- gumas fraturas e seus sintomas: 31 • Ruptura de baço: é causada pelo golpe no lado esquerdo do tórax, abaixo das costelas� O golpe pro- voca lesão no tecido do baço e pode causar hemor- ragia interna profusa� Os sintomas são dor na região abdominal superior esquerda, que pode evoluir para o ombro esquerdo e o pescoço, tontura e desmaio� Os sinais, em estágio inicial, são sensibilidade ao toque no local e hematoma sobre a área lesionada; em estágios avançados, podemos observar palidez, pulso rápido, vômito, rigidez abdominal, pressão arte- rial baixa e falta de ar� Quando da situação, se houver sintomas além da dor local, ativar o sistema médico de emergência e tratar para choque, atentando-se para outras lesões� Se a dor persistir, aconselhe o atleta a procurar auxílio médico� • Lesão nos rins: é causada pelo golpe direto na região central das costas, apresentando dor local e podendo irradiar para a região lombar, pélvica e late- ral das coxas. Pode causar vômito, tontura, desmaio, vontade de urinar frequente e com ardência, em co- loração turva ou de sangue� É necessário monitorar os ABC, devendo tratar como estado de choque e, se os sintomas evoluírem, deve-se ativar o sistema médico de emergência� • Trauma testicular: é causado por golpe direto na região da virilha, apresentando dor e até mesmo náuseas� Solicite à vítima que realize o autoexame, procurando algum tipo de edema, hematoma e de- formidade� Deve-se atentar, também, aos espasmos dos testículos� 32 SAIBA MAIS O filme 127 horas (2011) conta a história de um alpinista que lutou para salvar a vida após um acidente� É baseado em uma história real e mostra que, em mais uma de suas escalas na montanha, Aron Ralston cai acidentalmente em uma fenda e lá segue por cinco dias, lutando pela sobrevivência� 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste módulo, antes mesmo de termos contato com nosso objeto de estudo, pudemos revisitar alguns conceitos importantes� Isso nos ajudou a fazer me- lhores associações entre os conceitos estudados, bem como os conceitos que vamos estudar� Por esse motivo, tratamos de aspectos anatômicos, metabó- licos e biomecânicos antes mesmo de entrar nos conceitos de primeiros socorros� Com isso, compreendemos a importância da ava- liação do ambiente e da vítima e que, em diferen- tes situações, há procedimentos adequados e que devemos sempre estar atentos a todos os sinais e sintomas que a vítima venha a apresentar� 34 SÍNTESE PRIMEIROS SOCORROS E URGÊNCIA NOS ESPORTES CONTEÚDO: Antes de iniciarmos os estudos em primeiros socorros, devemos compreender que não basta seguir uma ordem de procedimentos para o atendimento da vítima, como se fosse uma receita de bolo� Logicamente, esse é o aspecto crucial do atendimento, mas existem outros aspectos subjacentes a essa prestação de socorro, que devem ser levados em conta� Assim, em um primeiro momento, abordamos os aspectos legais e éticos do atendimento de emergência� Verificamos que a omissão de socorro é crime e que o fato de um indivíduo não estar seguro ou não dominar as técnicas de atendimento não caracteriza tal infração� Na sequência, revisitamos algumas terminologias importantes relacionadas aos aspectos anatômicos, metabólicos e biomecânicos� Isso porque é de extrema importância o domínio das estruturas corporais e todos os aspectos que a envolvem, tendo em vista um atendimento eficiente e certeiro no que tange aos primeiros socorros� Em posse dos aspectos éticos e legais, bem como das terminologias anatômicas, partimos para os primeiros socorros� Antes de mais nada, foi necessário conhecer quais são os procedimentos básicos para a avaliação da cena e da vítima� Depois, discutimos quais métodos devem ser utilizados quando a vítima se enquadrar no estado de choque, ou mesmo quando ela apresentar hemorragias ou ferimentos em áreas específicas, como a cabeça, o tórax e a coluna vertebral� Referências Bibliográficas & Consultadas BOTELHO, M� H� C� Manual de primeiros socorros do engenheiro e do arquiteto� 2� ed� São Paulo: Blucher, 2009 [Minha Biblioteca]� FLEGEL, M� J� Primeiros socorros no esporte� 5� ed� Barueri: Manole, 2015 [Minha Biblioteca]� HALL, S� Biomecânica básica. 5� ed� Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009� HAUBERT, M� Primeiros socorros� Porto Alegre: Sagah, 2018 [Minha Biblioteca]� KEITH, J�; KARREN, B� Q�; HAFEN, D� L�; JOSEPH J� M� Primeiros Socorros para Estudantes 10� ed� Barueri: Manole, 2013 [Minha Biblioteca]� LAMBERT, E� G� Guia prático de primeiros socor- ros� 3� ed� São Paulo: Rideel� [Biblioteca Virtual]� MARTINS, H� S� Pronto-socorro: medicina de emer- gência� Barueri: Manole, 2013 [Minha Biblioteca]� MELILLO, K� M�; KAWASAKI, T� F� Kit de primeiros socorros: um guia para professores que, repentina- mente, passam a atuar na EaD� Bolema — Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, v� 27, n� 46, aug�/2013� p� 467-480� Disponível em: http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- -636X2013000300009&lng=en&nrm=iso� Acesso em: 26 fev� 2020� NETTER, F� H� Atlas de Anatomia Humana. 7� ed� Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2018� SANTOS, E� F� dos� Manual de primeiros socor- ros da educação física aos esportes: o papel do educador físico no atendimento de socorro� Rio de Janeiro: Galenus, 2014 [Biblioteca Virtual]� SOUZA, R� R� Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 2001� http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-636X2013000300009&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-636X2013000300009&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-636X2013000300009&lng=en&nrm=iso _GoBack INTRODUÇÃO PRIMEIROS SOCORROS NO ESPORTE Aspectos Éticos e Legais nos Atendimentos de Emergência Terminologias importantes Anatomia sistêmica Anatomia regional Aspectos biomecânicos AVALIAÇÃO INICIAL: CENA E VÍTIMA MANEJO DO ESTADO DE CHOQUE, HEMORRAGIAS E FERIMENTOS NA CABEÇA, TÓRAX E COLUNA VERTEBRAL Manejo do estado de choque Hemorragia Torniquete Lesões na cabeça Lesões na face Laceração na face e na cabeça Lesões no olho Sangramento nasal e fratura no nariz Emergências dentárias Coluna vertebral CONSIDERAÇÕES FINAIS SÍNTESE
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