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P1 saude mental 2

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Aluna: Thayssa Christini Rocha Silva Data: 24/09/21 
2
Centro Universitário Saúde ABC Curso de Terapia Ocupacional Terapia Ocupacional em Saúde Mental II Prof. Ms. Cleber Henrique de Melo Prova 1
 O exercício de reconstituição do percurso da reforma psiquiátrica apresenta-se conectado tanto à possibilidade de revisão dos principais referenciais teóricos que influenciam e/ou possibilitam a emergência deste movimento, quanto à reatualização de um olhar históricocrítico sobre os paradigmas fundantes do saber/prática psiquiátrico. [...] Metodologicamente ainda, seguimos a orientação proposta por Birman & Costa (1994) que reformularam a hipótese de que a psiquiatria clássica veio desenvolvendo uma crise tanto teórica quanto prática, detonada principalmente pelo fato de ocorrer uma radical mudança no seu objeto, que deixa de ser o tratamento da doença mental para ser a promoção da saúde mental. É certamente no contexto desta crise que surgem as novas experiências, as novas psiquiatrias. AMARANTE, Paulo. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil – Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995. Pag. 21. 
1. Terapeutas Ocupacionais foram fundamentais no processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira, desta forma contribuíram efetivamente para novas práticas de cuidado na saúde mental. Diante das discussões apresentadas em sala de aula e com o trecho acima, elabore uma reflexão crítica sobre como você, enquanto terapeuta ocupacional, pode continuar favorecendo o modo de cuidado psicossocial. Mínimo de 15 linhas. (5,0) 
R: Na década de 70, o poder da hegemonia era predominante na vigilância sanitária, bem como no contexto saúde-doença, onde os problemas mentais e psiquiátricos eram focados somente no modelo biomédico e hospitalocêntrico. Com isso houveram movimentos sociais que marcaram essa época da transição da psiquiatria clássica, que visava a melhora da doença para retorno do trabalho, para a psiquiatria que visaria a prevenção e promoção a saúde mental. Um momento inicialmente político, de quebra de um modelo critico para um movimento dos direitos e cidadania dos pacientes. A manifestação começou com o movimento dos trabalhadores em saúde mental, um movimento que assume um grande papel ao dar possibilidades de denúncias de violências, negligencia, pisiquiatrização do povo. Nesse período nasce pensamentos críticos sobre a natureza e função social e o modo das praticas médicas e psiquiátrico-psicológica. Um marco do MTSM foi após a queda da Dinsam, que possibilitou uma repercussão nacional ao movimento. Tendo como um segundo momento da reforma psiquiátrica, temos a reforma sanitária, que visava não somente a reforma psiquiátrica mas também de reivindicar o direito da ocupação em espaços públicos de poder, e de caráter universal á saúde. As propostas da reforma sanitária resultaram através do plano Conasp o Suds ( sistema unificados e descentralizados de saúde), que em seguida deu origem ao SUS. 
Durante a discussão em aula, estive refletindo sobre como nossa política ainda intervém e de uma forma “maquiada”, dizem tratar paciente de forma humanizada enquanto ainda seguem o modelo institucional da psiquiatria clássica. O que eu enquanto terapeuta, junto a equipe multidisciplinar poderíamos fazer para cuidados com os pacientes seriam: 
Promover palestras para o publico em geral, orientando a importância do cuidado com a saúde mental;
Teria um olhar centrado na atenção psicossocial 
Ter acesso ao prontuário do paciente e traçar planos de reabilitação psicossocial junto a equipe multidisciplinar; 
Buscaria mais informações do histórico pregresso com a família
Promoveria a inclusão com grupos, oficinas artísticas, abordagens corporais. 
Trabalharia a organização de rotina, sua atividades de vida diária e instrumentais. 
Reinserção ou fortalecimento de vínculos socio-familiar. 
Trabalharia independência e autonomia 
Trabalharia a reconstituição de seu cotidiano, dentro e fora do setting terapêutico. 
Auxiliaria na compreensão e organização das medicações necessárias. 
2. Severina, 32 anos, frequenta o CAPS aproximadamente há 2 meses. Severina é inserida para acompanhamento em um equipamento de saúde mental para adulto, após ter tido uma crise, no qual saiu comprando diversas coisas no shopping com o cartão de crédito do esposo. Severina refere que sentiu uma vontade enorme de sair comprando as coisas, não se preocupando com o valor e/ou onde iria guardar as coisas, em última ocasião daria para as pessoas que encontraria na rua. (SIC). Seu esposo fica desesperado com o valor do cartão e refere não saber o que fazer com tanta coisa, em discurso refere que já há alguns dias sentia que sua esposa estava com comportamentos diferentes dos habituais, apresentava-se mais agitada, as vezes falava coisas desconexas do que acontecia na realidade e tinha uma fala de que ajudaria muitas pessoas e que era essa sua missão. Ainda segundo o esposo, Severina sempre foi uma mulher cuidadosa com o que falava, era dona de casa e cuidava dos filhos muito bem, sua rotina era composta de atividades do lar enquanto seu marido trabalhava como caminhoneiro, retornando a cada 15 dias. Depois dessa crise, a rotina da família mudou, sendo que agora o marido era o responsável por cuidar dos filhos e da casa, visto que Severina não apresenta condições de assumir tais responsabilidades. 
2. Diante do caso apresentado, trace um plano de intervenção em terapia ocupacional à curto, médio e longo prazo. Justifique as suas propostas de intervenções. (5,0)
R: Curto Prazo: 
Entrevista com a paciente, diria qual seria o meu papel como terapeuta. 
Estabelecer vínculo com a paciente com empatia e olhar técnico 
Faria um acolhimento em setting visando uma postura mais estruturada.
Levaria em conta a postura da paciente, véstias e cuidados básicos. 
Através de perguntas mais objetivas e dinâmicas como: Qual a sua profissão? ; buscaria realizar uma anamnese, e aos poucos ir colhendo informações como histórico pregresso e outros dados pessoais, se possível pediria informações ao marido também. 
Explicaria ao marido que foi uma crise de extrema euforia e que requer tratamento para melhor qualidade de vida. 
Avaliar a cognição, funções executivas – memória, comunicação, atenção
Verificar se há uso de psicotrópicos e quais suas interações no organismo. 
Estar em contato com o médico psiquiatra e psicoterapeuta para discutir o caso e ter uma melhor qualidade no processo terapêutico. 
 Médio prazo: 
Solicitaria junto com a equipe, análise de novos exames complementares, neurológico e físico, pra melhor procedimento. 
Iniciaria a paciente com trabalhos individuais em casa e com a terapeuta no setting. 
Como: Desenhar tabelas dividindo eu quero X eu preciso, fazer tabela de controle financeiro, desenhos ou diário para expressar as emoções. 
Trabalhar a rotina, criar uma higiene do sono.
Auxiliar na organização dos remédios que toma.
Trabalhar a atividade de dialogar 
Fortalecer vínculo socio- familiar 
Criar dinâmicas que trabalhem na auto confiança, motivação 
Trabalhar as AVD’s e AIVD’s. – sempre incentivando a autonomia e independência.
Realizar exame psíquico para ver possibilidades de ingressar em atividades sociais e laborais, bem como avaliar o progresso da paciente. 
Longo: 
Trabalhar com mais autonomia e independência
Inserir a paciente em meio social; oficinas de arte, danças, pinturas corporais 
Inserir em dinâmicas grupais com pacientes de problemas em comum
Trabalhar expressão em conjunto grupal, de modo a expressar sentimentos sem verbalizar
Promover oficinas de geração de renda – se atingiu maior estabilidade do quadro maníaco. 
Estimular as AVD’s e AIVD’s 
Trabalhar no fortalecimento de novos vínculos 
Manter contato com psiquiatra e equipe que acompanha. 
Através de dinâmicas e oficinas artísticas bem como nas abordagens corporais, trabalhar a desorganização mental e reestruturar o cotidiano. 
Justificativa: 
Acredito que com esses recursos terapêuticos, aliado a uma equipe multidisciplinar, é possível alcançarum estado de melhora do quadro eufórico, visto que acompanhado de tratamentos farmacológicos o paciente consegue se dedicar melhor aos tratamentos não medicamentosos. 
É preciso estar atento que a princípio nós devemos observar nossos pacientes desde a postura, véstias, vaidades, forma de falar e com isso abordar o jeito mais adequado de comunicação com o paciente. É importante também que o terapeuta vise o sujeito muito além de seu diagnóstico, auxiliando o paciente na quebra de estigmas que os fazem muitas vezes se rotular, atrapalhando o andamento do processo terapêutico. Também penso que para alcançar uma inclusão e independência total no campo social, afetivo-relacional, laboral e até mesmo da própria identidade, é preciso todo um processo como se fosse uma “analgesia” para depois treinamento de força, cujo o exercício tem que ser constante para a qualidade de vida. 
 
 Boa Prova!

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