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PSA UNIP 2021

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0,5 pontos 
Leia o texto e a figura a seguir, publicados na revista Pesquisa Fapesp. 
A Amazônia perde o gás 
Divulgado em dezembro passado, o mais recente relatório do Global Carbon 
Project estima que, desde a década de 1960, as plantas terrestres retiraram da 
atmosfera cerca de um quarto do dióxido de carbono (CO2), o principal gás de 
efeito estufa que contribui para o aumento do aquecimento planetário, emitido 
pela queima de combustíveis fósseis. Esse efeito benéfico ao clima ocorre porque 
a taxa com que os vegetais fazem fotossíntese – e, portanto, consomem o 
CO2 disponível no ar para se manter vivos e crescer – é ligeiramente maior do 
que o ritmo de emissão de dióxido de carbono por meio da queima de biomassa, 
da decomposição de material orgânico e da respiração das plantas. A diferença 
a favor da coluna das absorções em relação à coluna das emissões é pequena, 
de cerca de 2%, mas suficiente para tornar as florestas, sobretudo as densas e 
exuberantes matas tropicais, importantes sumidouros de carbono. Esse termo é 
usado para designar as áreas em que as absorções de carbono superam as 
emissões. 
Por ser a maior floresta tropical, com cerca de 80% de sua área ainda preservada, 
a Amazônia é considerada um dos mais importantes sumidouros de carbono. Mas 
estudos feitos ao longo dos últimos 10 anos, com o emprego de diferentes 
metodologias analíticas, como dados de satélites, registros de crescimento e 
mortalidade de árvores e amostras sistemáticas do ar sobre a floresta, indicam 
que o leste da Amazônia virou uma fonte de carbono na década passada, ou seja, 
a quantidade de CO2 que saiu desse setor do bioma superou a que entrou. A 
situação é particularmente preocupante no sudeste da Amazônia, entre Pará e 
Mato Grosso, região em que fica o chamado Arco do Desmatamento, que 
concentra o grosso das intervenções humanas, sobretudo o desflorestamento, 
sobre a área. 
 
 
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/a-amazonia-perde-o-gas/>. Acesso em 14 ago. 2021. 
De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. Os vegetais têm a capacidade de emitir e de absorver o CO2. Em 
geral, a quantidade absorvida é maior do que a quantidade emitida, o que 
contribui indiretamente para a regulação da temperatura da superfície terrestre. 
II. Por conta do desmatamento, apenas 2% do CO2 emitido pela 
queima de combustíveis fósseis são absorvidos pelas árvores da floresta 
amazônica. 
III. Entre 2010 e 2018, a região leste da floresta amazônica emitiu 
aproximadamente dez vezes mais CO2 do que a região oeste, como consequência 
da diminuição da pluviosidade e do aumento da temperatura durante a estação 
seca. 
IV. Atualmente, apenas Rio Branco e Tabatinga/Tefé, a oeste da 
floresta amazônica, atuam como sumidouros de carbono. 
É correto o que se afirma em 
 
a. I, apenas. 
 
b. II, apenas. 
 
c. I e II, apenas. 
 
d. II e III, apenas. 
 
e. III e IV, apenas. 
 
 
 
bserve a ilustração a seguir. 
 
 
Disponível em <https://blogdoaftm.com.br/charge-cadastramento/>. Acesso em 13 ago. 2021. 
 
 
É correto dizer que a charge 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
evidencia o fato de que as novas tecnologias não são acessíveis 
a todos, especialmente aos mais necessitados, que precisam 
dos auxílios governamentais. 
 
 
 Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Analise a charge a seguir. 
 
 
 
Considerando as informações, é correto afirmar que a charge 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
remete à reflexão sobre a riqueza do vocabulário 
brasileiro. 
 
 
 Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. 
Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante 
a pandemia 
A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste 
emocional e à falta de infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis 
de sofrimento entre os brasileiros neste período — e nos colocou entre 
os povos mais estressados do mundo. A constatação veio com o 
 
resultado da primeira fase da pesquisa "Adaptação social em estresse na 
pandemia de covid-19: um estudo transcultural", coordenada pela UERJ 
(Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com mais 24 
países. 
O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do 
individualismo por causa das medidas de isolamento e distanciamento 
social. Em contrapartida, governos que oferecem uma infraestrutura 
coletiva melhor reduzem o impacto emocional nos indivíduos. 
A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de 
intervenções no campo da saúde mental e ajude a sociedade a lidar com 
esse tipo de problema em crises futuras. 
Brasileiro e o mito da alegria contagiante 
À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, 
o brasileiro não é aquele povo alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar 
o próximo na adversidade? Pois a realidade parece não ser bem essa. 
"Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma 
cultura baseada na celebração, na sensação de prazer", afirma a 
professora Edna Ponciano, do Instituto de Psicologia da UERJ e 
coordenadora da pesquisa. 
Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com 
os outros, e isso pode ser um problema. "Nossa maneira de lidar é se 
distrair para esquecer, mas, com isso, deixamos de lidar com os 
problemas e transformamos esses sentimentos em ansiedade, depressão 
e estresse", acredita a especialista. 
Cultura coletivista é mais resiliente 
Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo 
— o que também parece ser um contrassenso, já que o brasileiro tem 
fama de ser solidário e prestativo. "De fato, o brasileiro é solidário, mas 
muito mais direcionado às pessoas que ele conhece, ao seu círculo social 
e familiar", avalia. "O outro desconhecido não nos toca tanto", acredita. 
Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão 
passando pela crise sanitária de forma coletiva estão conseguindo lidar 
melhor com o sofrimento. Em outras palavras, a coletividade permite a 
construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. 
Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento 
do estresse tem relação direta com o individualismo. "Essa falta de 
empatia nos deixa fechados para o outro, fechados em nós mesmos e 
isolados", afirma ele, que é idealizador do primeiro Congresso Brasileiro 
de Felicidade e professor da pós-graduação em psicologia positiva da 
PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). 
Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e 
problemas sociais, mas é uma boa oportunidade para começarmos a 
solucionar essas questões. "Nunca se falou tanto em saúde mental e 
qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento ideal para 
começarmos a refletir sobre como podemos começar a construir a nossa 
felicidade." 
Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-
estresse-do-brasileiro-durante-a-pandemia.htm>. Acesso em 9 ago. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por 
ser naturalmente cordial e alegre, tem se estressado de maneira 
moderada com o isolamento social. 
II. Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é 
individualista, apesar da fama de solidário. 
III. A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a 
empatia, pode auxiliar as pessoas a lidar melhor com o sofrimento. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
II e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
Duas exigências comparecem no discurso científico: 
I) precisa ser lógico, não conter contradições, apresentar-se 
formalmente bem-feito, ordenado, com um texto bem tecido, sobretudo 
bem argumentado; 
II) precisa ser experimental, espelhar-se na realidade empírica, girando 
em torno de dados mensuráveis, comprováveise retestáveis. 
(...) 
De fato, ciência é, substancialmente, questão de método: o que torna 
um discurso científico é o modo como é elaborado, metodicamente, 
analiticamente, ordenadamente, criticamente, muito diferente do que 
seria o discurso do senso comum. 
DEMO, Pedro. Praticar Ciência. Metodologias do Conhecimento Científico. São Paulo: Saraiva, 2011, p.26. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Não basta que os dados científicos sejam mensuráveis, 
comprováveis e possam ser testados, é preciso também que a 
apresentação dos resultados tenha lógica, um bom texto e argumentos 
válidos. 
II. Os resultados dos estudos científicos estão sujeitos à 
interpretação de quem os recebe e às convicções pessoais de cada um; 
por isso, podem ser aceitos ou rejeitados. 
III. O senso comum não é constituído por análise crítica, 
método e possibilidade de comprovação. 
IV. Para duvidar de modo irrefutável de resultados científicos, 
é preciso apenas ter uma opinião diferente daquela que o pesquisador 
exprimiu. 
É correto apenas o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: e. 
I e III. 
 
 
 Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
Capoeira 
Gustavo Pereira Côrtes 
Dança, luta ou jogo de origem negra, a capoeira foi introduzida no Brasil 
pelos escravos bantos de Angola, tendo se difundido com grande 
intensidade no Nordeste do Brasil, especialmente nas capitanias da Bahia 
e de Pernambuco, durante o período colonial. Marcada por movimentos 
que imitavam animais, era utilizada como instrumento de defesa pessoal. 
Seu nome refere-se às antigas roças, conhecidas por capoeiras, onde os 
negros realizavam seus treinos. Após a abolição, a capoeira foi 
marginalizada, sendo reprimida pela polícia da época. 
Em Recife e, também, no Rio de Janeiro, não há um estilo sincronizado, 
sendo considerada um jogo de rua, uma malandragem. Na Bahia, 
assume um caráter especial, uma vez que é marcada pala presença de 
cantigas de roda e pelo uso de berimbaus e pandeiros, o que lhe confere 
um aspecto amigável e menos ofensivo. 
Atualmente, vulgarizou-se e pode ser encontrada em todo o país, 
relacionada a atividades ligadas ao esporte e à educação. A indumentária 
é simples, com calças largas e cordões amarrados na cintura, que 
indicam o estágio no qual o participante se insere. 
CORTES, Gustavo. Dança, Brasil: festas e danças populares. Belo Horizonte: Leitura, 2000. 
 
Com base no texto e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa 
correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
No passado, a prática da capoeira era reprimida, por ser associada a 
populações que viviam à margem da sociedade. 
 
 
 Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', e 
leia o texto a seguir. 
 
 
Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação 
de rua no Brasil 
CNN, São Paulo – 01.06.2021 
"Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito 
ver a pessoa em situação de rua. Pra mim, dói muito". Poucas pessoas 
que não experimentaram o que é dormir sem um teto sobre a cabeça 
poderiam dar uma resposta como essa. O músico Wellington Antônio 
Vanderlei sabe bem o que é isso e, entre suas idas e vindas na rua desde 
a adolescência, é certeiro quando responde qual o sentimento relegado 
 
à população que vive sem ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você 
é invisível mesmo, né?". 
Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do 
poder público. As discussões a respeito do adiamento do censo 
populacional que seria realizado neste ano lançaram luz sobre a 
importância de pesquisas para a formulação de políticas públicas. 
Políticas essas que reduzem os níveis de desigualdade, combatem a 
fome, o desemprego, o abandono escolar e tantos outros gargalos 
sociais. O problema é que quem vive na rua não entra nas estatísticas 
do Censo. 
A única vez em que foi realizado um levantamento nacional 
exclusivamente sobre a população em situação de rua foi em 2008, 
quando foram registradas informações extremamente relevantes e até 
inesperadas, como o fato de que 70% dessa população tinha algum tipo 
de trabalho. Outros dados, nem tão inesperados assim: 67% dessas 
pessoas eram negras, retrato do racismo e da desigualdade no nosso 
país. 
O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua 
é uma estimativa produzida por Marcos Natalino, pesquisador do 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projetou 222 mil 
pessoas vivendo nas ruas do Brasil até março do ano passado. O cenário, 
é claro, agravou-se durante a pandemia. 
"Agora, na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a 
cidade, menos pessoas circulam pelas ruas. Os únicos que circulam nas 
ruas são eles. Então, é um jogo. Ora eles são visíveis, ora eles são 
invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando não incomodam a 
ordem estabelecida, são invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, que 
há anos é uma referência no apoio a quem vive nas ruas. 
Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcast-entre-vozes-alerta-para-invisibilidade-
de-quem-vive-em-situacao-de-rua>. Acesso em 25 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois 
o artista enfatiza, com seus traços, a visibilidade de um menino pobre, 
e a matéria aponta que as pessoas em situação de rua são ora visíveis, 
ora invisíveis. 
II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao 
poder público, e isso implica a criação insuficiente de políticas 
direcionadas a elas. 
III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter 
ascensão social, representada pela escada e pela rampa. 
IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas 
que moram na rua porque gerou mais ações de solidariedade. 
É correto o que se afirma somente em 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
 
 
 Pergunta 7 
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/13/especialistas-veem-aumento-de-populacao-de-rua-mas-nao-ha-dados-oficiais
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
 
A rápida disseminação do novo coronavírus por todo o mundo, as 
incertezas sobre como controlar a doença e sobre sua gravidade, além 
da imprevisibilidade acerca do tempo de duração da pandemia e dos 
seus desdobramentos, caracterizam-se como fatores de risco à saúde 
mental da população geral (Zandifar & Badrfam, 2020). Esse cenário 
parece agravado também pela difusão de mitos e informações 
equivocadas sobre a infecção e as medidas de prevenção, assim como 
pela dificuldade da população geral em compreender as orientações das 
autoridades sanitárias (Bao, Sun, Meng, Shi, & Lu, 2020). Nesse sentido, 
videoclipes e mensagens alarmantes sobre a Covid-19 têm circulado em 
mídias sociais, por meio de smartphones e computadores, 
frequentemente provocando pânico (Goyal et al., 2020). Da mesma 
forma, notícias falsas vêm sendo compartilhadas (Barros-Delben et al., 
2020; Shimizu, 2020), por vezes contrariando as orientações de 
autoridades sanitárias e minimizando os efeitos da doença. Isso parece 
contribuir para condutas inapropriadas e exposição a riscos 
desnecessários, pois os comportamentos que as pessoas apresentam 
estão ligados à compreensão que têm acerca da severidade da Covid-19 
(Shojaei & Masoumi, 2020). Pessoas com suspeita de infecção pelo novo 
coronavírus podem desenvolver sintomas obsessivo-compulsivos, como 
a verificação repetida da temperatura corporal (Li et al., 2020b). A 
ansiedade em relação à saúde também pode provocar interpretação 
equivocada das sensações corporais, fazendo com que as pessoas as 
confundam com sinais da doença e se dirijam desnecessariamente a 
serviços hospitalares, conforme ocorreu na pandemiade influenza H1N1, 
em 2009 (Asmundson & Taylor, 2020). Ademais, medidas como 
isolamento de casos suspeitos, fechamento de escolas e universidades e 
estabelecimento de distanciamento social de idosos e outros grupos de 
risco, bem como quarentena, acabam por provocar diminuição das 
conexões face a face e das interações sociais rotineiras, o que também 
pode consistir em um estressor importante nesse período (Brooks et al., 
2020; Zandifar & Badrfam, 2020; Zhang, Wu, Zhao, & Zhang, 2020b). 
Disponível em <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt>. Acesso em 03 ago. 
2021. 
 
Com base na figura e no texto apresentados, avalie as afirmativas. 
I. A difusão de fake news e de informações incoerentes sobre 
o processo pandêmico do Covid-19 colaboram para o acometimento da 
saúde física e mental da população. 
 
II. A suspeita de infecção pelo coronavírus pode favorecer o 
desenvolvimento de comportamentos obsessivo-compulsivos, como a 
verificação quase contínua da temperatura corporal. 
III. A redução do contato interpessoal, observado pelo 
fechamento de escolas e universidades e pelo isolamento social, tem 
contribuído para o aumento do estresse na população em geral. 
IV. O objetivo da figura é mostrar as atividades que podem 
melhorar a saúde mental, que foi afetada pela pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir, publicado em 8 de agosto de 2021 no site do 
jornal O Estado de S. Paulo. 
Pandemia faz país ter menor número de nascidos em 26 anos 
Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc), do 
Ministério da Saúde, mostram que, com a pandemia de covid-19, o 
número de nascimentos no País em 2020 foi o menor desde 1994, 
informam Fabiana Cambricoli e Paula Felix. Foram 2.687.651 recém-
nascidos no ano passado, ante 2.849.146 em 2019, baixa de 5,66%. Os 
nascimentos já estavam em queda ou em estabilidade nos últimos anos, 
mas em ritmo menos acelerado. Entre 2018 e 2019, a diminuição no 
número de recém-nascidos havia sido de 3,2%. Entre 2017 e 2018, o 
país havia registrado leve alta, de 0,7%. Especialistas dizem que a queda 
de nascimentos é algo comum em períodos críticos e não significa que o 
fenômeno se manterá constante com o passar dos anos. No campo 
econômico, as mudanças na pirâmide etária impõem ao país o desafio 
de aumentar a produtividade nos anos seguintes. 
O impacto da pandemia no número de recém-nascidos foi maior até 
mesmo que o impacto do surto de zika e da microcefalia que afetou o 
país entre 2015 e 2016. Naquele período, em que muitos casais adiaram 
a gravidez por medo das sequelas deixadas pelo zika em algumas 
crianças, a queda de nascimentos foi de 5,3%. A última vez que o Brasil 
registrou número menor de nascimentos do que em 2020 foi há 26 anos, 
quando, em 1994, 2.571.571 bebês nasceram. 
Os dados de 2020 analisados mês a mês demonstram que as maiores 
quedas porcentuais ocorreram em novembro e em dezembro, 
justamente nove e dez meses depois de o coronavírus ser confirmado 
no Brasil. Nesses meses, a queda foi de 9%, quase o dobro da média do 
ano. 
Disponível em <https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/20210808/281479279470929 >. Acesso em 15 
ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 
I. Com a pandemia de covid-19, houve decréscimo apreciável 
na população brasileira, pois a taxa de mulheres que engravidaram em 
2020 diminuiu. 
II. A redução no número de nascimentos altera a pirâmide 
etária da população brasileira e tem impactos econômicos na sociedade. 
III. Desde 1994, o número de nascidos vem decrescendo 
continuamente. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
II, apenas. 
 
 
 Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge a seguir. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas e a relação proposta entre 
elas. 
I. A charge mostra, metaforicamente, que, quanto maior o degrau, mais 
valoroso é o sucesso alcançado. 
PORQUE 
II. Os talentos são diferentes e inatos, o que valida a ideia de ascensão 
social natural. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: c. 
As asserções I e II são falsas. 
 
 
 Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando 
eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, 
celulares e outros eletrônicos com telas pode atrasar o desenvolvimento 
de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com o estudo 
canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de 
idade, é a mais recente evidência no debate sobre quanto tempo de uso 
de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram consultadas, entre 2011 
 
e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários 
sobre as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 
2, 3 e 5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar 
videogames e usar computador, tablet, celular ou qualquer aparelho com 
uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em 
frente a telas por semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 
anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, quando as crianças 
começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que 
há aumento do tempo de uso de telas antes que qualquer atraso no 
desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente 
responsável. O maior tempo da tela pode ser um aspecto simultâneo a 
outros ligados ao atraso no desenvolvimento, como a forma com que a 
criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de 
lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando 
para telas, elas podem estar perdendo oportunidades de praticar e 
dominar outras habilidades importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo 
com que as crianças passam correndo e praticando outras habilidades 
físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus 
colegas, autores do estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar 
o tempo de uso de telas das crianças e garantir que isso não atrapalhe 
as "interações interpessoais ou o tempo em família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais 
vulneráveis aos danos causados pelo uso de telas e qual impacto que 
isso pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka Dubicka, do Royal 
College of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, 
porque há também formas positivas de usar telas". 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da 
influência do uso das tecnologias nas relações interpessoais entre as 
crianças. 
II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode 
ser uma brincadeira produtiva e interativa. 
III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas 
pode influenciar negativamente no desenvolvimento infantil. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 11 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir, retirado do artigo publicado no site da Fiocruz, 
complementado pelo artigo do Instituto Butantan. 
Entenda como acontece o estudo clínico de uma vacina 
(...) 
O processo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova vacina é 
constituído de diversas etapas, tratando-se, portanto, de um processo 
de alto investimento. A primeira etapa corresponde à pesquisa básica e 
é onde as novas propostas de vacinas são identificadas. Na segundaetapa, há a realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo), que 
têm por objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da 
vacina. Por fim, há a terceira etapa, composta pelos ensaios clínicos 
(fases I, II, III e IV). 
A fase I é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por 
objetivo principal demonstrar a segurança da vacina. A fase II tem por 
objetivo estabelecer a sua imunogenicidade (capacidade que a vacina 
tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos). A 
imunogenicidade, frequentemente, é medida por coletas de sangue, 
utilizando metodologias de análise adequadas, para avaliar a resposta 
imunológica à vacina administrada. A fase III é a última fase de estudo 
antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a 
sua eficácia. Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção 
do registro sanitário é que a nova vacina poderá ser disponibilizada para 
a população. A fase IV é o estudo pós comercialização, em que é 
analisado o que ocorre já com a vacina disponível às pessoas. 
Os critérios para seleção dos participantes do ensaio dependem 
fundamentalmente do objetivo do estudo. De modo geral, os 
participantes devem representar o grupo de indivíduos/população para 
os quais o produto foi desenvolvido e aqueles que mais poderiam se 
beneficiar da intervenção. Além disso, é necessário selecionar áreas de 
maior transmissão onde o número esperado de casos é suficiente para 
a realização do estudo e interpretação dos resultados. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/ /index.php/br/noticias/1992-entenda-como-acontece-o-estudo-clinico-
de-uma-vacina>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
 
Ensaios clínicos 
(...) 
A Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan 
(IB) coordena todos os ensaios clínicos, desde a fase I até a fase IV, 
para os imunobiológicos produzidos pelo instituto incluindo as vacinas. 
Com isso, ela garante a internalização do conhecimento adquirido com 
a realização desses estudos e contribui para a integração de todas as 
etapas do processo de pesquisa e desenvolvimento. Cabe ressaltar ainda 
que esta Divisão também realiza atividades de farmacovigilância para 
todos os soros e vacinas produzidas pelo IB, ou seja, realiza 
 
monitoramento contínuo da segurança desses produtos quando eles já 
se encontram disponibilizados e em uso pela população. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/pesquisa/ensaios-clinicos>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Uma nova vacina só pode ser disponibilizada à população 
após o registro sanitário, que ocorre após a fase IV dos ensaios clínicos, 
os quais compõem a terceira etapa do processo de sua pesquisa e seu 
desenvolvimento. 
II. As atividades de Farmacovigilância para vacinas são 
realizadas durante a fase IV dos ensaios clínicos. 
III. A avaliação da capacidade de o organismo produzir 
anticorpos contra um microrganismo como o coronavírus e o 
monitoramento da segurança das vacinas em uso pela população são 
efetuados durante as fases II e IV dos ensaios clínicos, respectivamente. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
II e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 12 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge e o trecho a seguir e avalie as afirmativas. 
 
 
Algo muito estranho está acontecendo no mundo atual. Vivemos melhor 
do que qualquer outra geração anterior. Pessoas são saudáveis graças 
às ciências da saúde. Moram em residências robustas, produto da 
engenharia. Usam eletricidade, domada pelo homem devido ao seu 
conhecimento de química e física. Paradoxalmente, essas mesmas 
pessoas ligam seus computadores, tablets e celulares para adquirir e 
disseminar informações que rejeitam a mesma ciência que é tão 
presente em suas vidas. Vivemos num mundo em que pessoas usam a 
ciência para negar a ciência. 
KOWALTOWSKI, Alicia. Usando a ciência para negar a ciência. 2019. Disponível 
em https://www.nexojornal.com.br/ (com adaptações). Acesso em 02 ago. 2021. 
 
I. A charge ilustra o paradoxo que se afirma no texto: novas tecnologias, 
frutos do desenvolvimento científico, são usadas para negar a ciência. 
II. A charge tem por objetivo contrapor um professor arcaico com as novas 
tecnologias, que permitem assimilar o conhecimento de forma mais 
rápida. 
III. De acordo com o texto, é paradoxal que as pessoas atualmente, com o 
desenvolvimento científico contemporâneo, ainda fiquem doentes e não 
tenham moradias robustas. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
Resposta Selecionada: a. 
I. 
 
 
 Pergunta 13 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge do cartunista Adão Iturrusgarai e a notícia publicada no 
portal Bahia Notícias. 
 
 
 
Brasil chega a 152 mi de pessoas com acesso à internet; país 
tem aumento de 7% em relação a 2019 
No Brasil, tem crescido, ano a ano, o número de pessoas com acesso à 
internet, e a pandemia acelerou esse processo. Pesquisa promovida pelo 
Comitê Gestor da Internet do Brasil revelou que, em 2020, o país chegou 
a 152 milhões de usuários - aumento de 7% em relação a 2019. Com 
isso, 81% da população com mais de 10 anos têm internet em casa. 
Segundo a Agência Brasil, o coordenador da pesquisa, Fábio Storino, 
destaca que a pandemia fez com que os indicadores de acesso à internet 
apresentassem os maiores crescimentos dos 16 anos da série histórica. 
O crescimento do total de domicílios com acesso à internet ocorreu em 
todos os segmentos analisados. As residências da classe C com acesso 
à internet passaram de 80% para 91% em um ano. Já os usuários das 
classes D e E com internet em casa saltaram de 50% para 64% na 
pandemia. 
Porém Fábio Storino explica que esse acesso à internet é desigual, uma 
vez que cerca de 90% das casas das Classes D e E se conectam à rede 
exclusivamente pelo celular. 
A desigualdade de acesso à internet no Brasil reflete-se também no 
ensino básico. O censo escolar de 2020 revelou que apenas 32% das 
escolas públicas do ensino fundamental têm acesso à internet para os 
alunos, porcentagem que chega a 65% no caso das escolas públicas do 
ensino médio. 
Além de aumentar os investimentos em infraestrutura para internet nas 
escolas, o diretor executivo da ONG D3e, Antonio Bara Bresolin, que atua 
na produção de pesquisas para orientar políticas de educação, afirma 
que é necessário também capacitar os profissionais da área. 
O governo federal espera aumentar a infraestrutura da internet nas 
escolas a partir do leilão do 5G (...). Segundo o ministro das 
Comunicações, Fabio Faria, 6,9 mil escolas públicas urbanas que hoje 
não têm acesso à internet receberão a infraestrutura nos primeiros anos 
da instalação do 5G no Brasil. O edital do 5G prevê investimentos para 
levar internet de alta velocidade para todas as escolas em locais com 
mais de 600 habitantes até 2029. 
Disponível em <https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261360-brasil-chega-a-152-mi-de-pessoas-com-acesso-a-
internet-pais-tem-aumento-7-em-relacao-a-2019.html>. Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura e nos dados apresentados, avalie as afirmativas. 
I. O número de residências da classe C com acesso à internet 
aumentou 11% entre 2020 e 2021. 
II. A charge ilustra o problema de falta de acesso à internet 
enfrentado por muitas pessoas. 
III. Um pouco menos de 107 milhões de pessoas tinham 
acesso à internet em 2019. 
IV. O percentual de usuários das classes D e E com internet 
em casa cresceu 28% durante o período da pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
II e IV. 
 
 
 Pergunta 14 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a reportagem a seguir, publicada pela agência de notícias da 
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Agência 
FAPESP). 
De cada quatro imperadores romanos do Ocidente, apenas um 
morreu de causas naturais 
De Otávio Augusto (63 a.C. - 19 d.C.) a Constantino XIPaleólogo (1405 
- 1453), o Império Romano teve 175 imperadores. Nesse número, estão 
computados os governantes do Império unificado e os governantes do 
Ocidente e do Oriente, depois da divisão definitiva em 395 d.C. E estão 
excluídos aqueles que, sendo menores ou compartilhando o trono, não 
chegaram a governar por conta própria, embora possuíssem o título. 
Dos 69 imperadores do Império Romano do Ocidente, apenas 24,8% 
chegaram tranquilamente ao final do reinado e morreram de causas 
naturais. Os outros 75,2% morreram de forma violenta, no campo de 
batalha ou em conspirações palacianas. Considerando todos os 175 
imperadores, 30% sofreram morte violenta antes do fim do reinado. 
Estudo realizado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação 
da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, investigou o 
padrão matemático subjacente às trajetórias dos imperadores. E 
mostrou que elas seguem aquela que, em estatística, é chamada de “lei 
de potência”. 
“Apesar de parecer aleatória, essa distribuição de probabilidade é 
encontrada em muitos outros fenômenos associados a sistemas 
complexos, como o tamanho das crateras lunares, a intensidade dos 
terremotos, a frequência com que as palavras aparecem em um texto, o 
valor de mercado das empresas e até o número de ‘seguidores’ que as 
pessoas têm nas mídias sociais”, diz à Agência FAPESP o cientista de 
dados Francisco Rodrigues, professor do ICMC-USP e coordenador do 
estudo. 
Todos esses fenômenos obedecem a um padrão que, genericamente, é 
chamado de “regra 80/20”. Isso significa que, em qualquer um deles, a 
 
chance de ocorrer um evento comum é de 80%, enquanto a chance de 
ocorrer um evento raro é de 20%, aproximadamente. Assim, por 
exemplo, 80% das crateras lunares são relativamente pequenas, 
enquanto apenas 20% são de fato grandes. O mesmo acontece nas 
mídias sociais: 80% das pessoas têm, quando muito, algumas dezenas 
de seguidores, enquanto 20% têm milhares ou até mesmo milhões. No 
caso dos imperadores romanos, o evento raro era não ser assassinado. 
“O primeiro a observar esse tipo de relação foi o economista italiano 
Vilfredo Pareto (1848-1923), ao estudar a distribuição da riqueza na 
Europa. Ele constatou que 80% dos recursos financeiros estavam nas 
mãos de 20% da população. Ou seja, enquanto a maioria das pessoas 
detinha poucos recursos, uma minoria concentrava grande parte da 
riqueza”, informa Rodrigues. 
Além de obedecerem aproximadamente à relação 80/20, as trajetórias 
dos imperadores romanos do Ocidente apresentaram também outro tipo 
de padrão. “Ao examinar o tempo transcorrido até a morte dos 
imperadores, observamos que o risco é alto quando o imperador assume 
o trono. Isso poderia estar relacionado a dificuldades para lidar com as 
demandas que o cargo exige e à falta de habilidade política. Depois, o 
risco diminui sistematicamente, até os 13 anos de governo. Em seguida, 
apresenta um súbito aumento”, conta Rodrigues. 
Se a relação 80/20 corresponde a um padrão conhecido, essa mudança 
brusca na curva de sobrevivência por volta dos 13 anos de governo foi 
um achado novo do estudo. “Levantamos várias hipóteses para explicar 
esse ponto de inflexão. Pode ser que, após o ciclo de 13 anos, os rivais 
do imperador tenham se desalentado diante da dificuldade de chegar 
naturalmente ao poder; ou que os antigos inimigos tenham se 
reagrupado; ou que novos desafetos tenham surgido; ou que todos 
esses fatores tenham se combinado para produzir uma conjuntura 
crítica. O interessante é que o estudo mostra também que, após esse 
ponto de mudança, o risco volta a diminuir”, afirma Rodrigues. 
A inflexão aos 13 anos ainda é uma questão a ser respondida. Mas, 
dando sequência a toda uma linha de história quantitativa, o estudo 
mostrou que a análise estatística pode ser um recurso complementar 
importante no estudo dos fenômenos históricos. “As formações 
históricas são sistemas complexos, compostos por agentes que 
interagem, colaboram e competem por poder e recursos. E as ações 
imprevisíveis dos indivíduos podem produzir padrões de comportamento 
coletivos previsíveis – portanto, sujeitos à investigação matemática”, 
conclui Rodrigues. 
 
 
O gráfico mostra o tempo de reinado dos imperadores romanos do 
Ocidente. E posiciona na curva a probabilidade acumulada (soma das 
probabilidades) de sobrevivência de quatro imperadores bem 
conhecidos. Note-se que a chance de morte violenta é muito alta assim 
que um imperador assume o trono. Decresce progressivamente até o 
13º ano de governo. Apresenta um ponto de inflexão nessa data. E volta 
a diminuir ainda mais rapidamente. Calígula e Nero tiveram reinados 
curtos, sofrendo uma morte violenta. Augusto governou por mais de 40 
anos e morreu de forma natural. A partir de Marcus Aurélio, como a 
curva não aumenta, a chance de sofrer uma morte violenta será quase 
nula, como ocorre com Augusto. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/de-cada-quatro-imperadores-romanos-do-ocidente-apenas-um-morreu-
de- causas-naturais/36643/>. Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos dados apresentados, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, aproximadamente 52 imperadores do 
Império Romano do Ocidente que governaram por conta própria 
morreram por causas violentas. 
II. A regra 80/20, observada pelo economista italiano Vilfredo 
Pareto, estipula que a chance de acontecer um evento raro é 80%. 
III. O estudo revela que 80% dos imperadores romanos 
morriam antes de completar 13 anos de governo. 
IV. O estudo revela que, após os 20 anos de governo, a 
probabilidade de morte violenta de um imperador romano cresce 
indefinidamente. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
I. 
 
 
 Pergunta 15 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Para realizar pesquisas sobre o desemprego no Brasil, o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide a população total do 
país em dois grupos: os que têm e os que não têm idade para trabalhar. 
O grupo da população em idade para trabalhar, posteriormente, é 
subdividido em mais algumas categorias. As principais classificações do 
mercado de trabalho utilizadas pelo IBGE podem ser observadas no 
organograma a seguir. 
 
 
 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD 
Contínua) é a pesquisa do IBGE que visa a acompanhar as flutuações 
trimestrais e a evolução da força de trabalho brasileira, assim como 
outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento 
socioeconômico do país. O gráfico a seguir mostra os dados de 
ocupação, desocupação e outras divisões do mercado de trabalho 
brasileiro no 1º trimestre de 2021, de acordo com resultados da PNAD 
Contínua. 
 
 
 
 
De acordo com as informações apresentadas no gráfico, avalie as 
afirmativas. 
I. A população total do Brasil é composta por mais de 210 
milhões de pessoas. 
II. Há, aproximadamente, 100 milhões de pessoas com 14 
anos ou mais no país. 
III. Quase metade da população do Brasil é formada por 
pessoas que fazem parte da força de trabalho. 
IV. Os aposentados não foram incluídos no gráfico por não 
fazerem mais parte da força de trabalho. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e III. 
 
 
 Pergunta 16 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o poema de Conceição Evaristo e avalie as afirmativas. 
Vozes-mulheres 
A voz de minha bisavó 
ecoou criança 
nos porões do navio 
ecoou lamentos 
de uma infância perdida. 
A voz de minha avó 
ecoou obediência 
aos brancos-donos de tudo. 
A voz de minha mãe 
ecoou baixinho revolta 
no fundo das cozinhas alheias 
debaixo das trouxas 
roupagens sujas dos brancos 
pelo caminho empoeirado 
rumo à favela 
A minha voz ainda 
ecoa versos perplexos 
com rimas de sangue e fome. 
A voz de minha filha 
recolhe todas as nossas vozes 
recolhe em si 
as vozes mudas caladas 
engasgadas nas gargantas. 
 
A voz de minha filha 
recolhe em si 
a fala e o ato. 
O ontem – o hoje– o agora. 
Na voz de minha filha 
se fará ouvir a ressonância 
O eco da vida-liberdade. 
Poemas de recordação e outros movimentos, p. 10-11. 
Disponível em <http://www.letras.ufmg.br/literafro/24-textos-das-autoras/187-conceicao-evaristo-textos-
selecionados>. Acesso em 06 set. 2021. 
 
I. O poema, por meio das vozes de gerações de mulheres, revela aspectos 
históricos e sociais do Brasil, como a escravidão e as desigualdades 
econômicas. 
II. O poema afirma que a voz da atual geração expressa a liberdade, sem 
ecos do passado, pois a escravidão acabou. 
III. O poema exalta a importância da ancestralidade e da memória na 
formação da mulher negra. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 17 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia as informações a seguir. 
 
 
Ética 
Substantivo feminino 
1. parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que 
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, 
refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, 
prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. 
2. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um 
indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. 
Disponível em <https://www.abecbrasil.org.br/eventos/meeting_2019/palestras/segunda/rui.pdf>. Acesso em 27 
set. 2021. 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A imagem circular representa melhor a ética ambiental porque considera o 
ser humano no mesmo nível dos demais seres, mostrando que somos parte 
do meio ambiente e merecemos respeito tanto quanto qualquer ser vivo. 
 
 
 Pergunta 18 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e o gráfico. 
 
Seca e fogo amplificam morte de árvores e emissões de CO2 na 
Amazônia 
Elton Alisson, Agência FAPESP – 20/07/2021 
As secas extremas estão se tornando cada vez mais frequentes e 
intensas devido às mudanças climáticas, o que pode ter grandes 
impactos na Amazônia. Entre o final de 2015 e o início de 2016, durante 
o verão, o bioma foi atingido por uma grande estiagem e incêndios 
florestais associados ao El Niño. Os efeitos do evento climático duraram 
pelos três anos posteriores, resultando, até 2018, na morte de 3 bilhões 
de árvores e na emissão de 495 milhões de toneladas de gás carbônico 
(CO2) – superior à média anual do desmatamento em toda a Amazônia 
brasileira. 
(...) Em circunstâncias normais, por causa dos altos níveis de umidade, 
a floresta amazônica não queima. No entanto, a seca extrema torna a 
floresta temporariamente inflamável. Dessa forma, o fogo utilizado para 
queimar a floresta derrubada em uma área desmatada ou para auxiliar 
na limpeza de um pasto pode escapar do controle e se dispersar pela 
floresta, provocando grandes incêndios florestais. 
(...) A perda de árvores foi muito pior nas florestas secundárias e em 
outras florestas afetadas pela intervenção humana. As árvores com 
menor densidade de madeira e cascas mais finas foram mais propensas 
a morrer com a seca e os incêndios. Essas árvores menores são mais 
comuns em florestas afetadas pelo homem. 
(...) As emissões de CO2 das florestas queimadas por incêndios florestais 
foram quase seis vezes maiores do que as florestas afetadas apenas pela 
seca. 
(...) Após três anos, apenas cerca de um terço (37%) das emissões foi 
reabsorvido pelo crescimento das plantas na floresta. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/seca-e-fogo-amplificam-morte-de-arvores-e-emissoes-de-co2--na-
amazonia/36372/>. Acesso em 14 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Desmatamento da Amazônia dispara de novo em 2020 
Herton Escobar – 07.08.2020 
 
 
 
I. O texto afirma que o principal causador dos incêndios na 
floresta Amazônica em 2020 foi a seca decorrente das mudanças 
climáticas do fenômeno El Niño. 
II. Embora as emissões de CO2 a partir do ano de 2015 
estejam associadas ao fenômeno El Niño, danos ambientais também são 
provocados por intervenção humana na floresta Amazônica. 
III. O gráfico mostra que a taxa de desmatamento na 
Amazônia em 2019/2020 aumentou mais de 50% em comparação com 
o mesmo período do ano anterior. 
É correto o que se afirma somente em 
Resposta Selecionada: d. 
II. 
 
 
 Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
A tabela a seguir mostra o número de doentes e de mortes por covid-19 
nas diferentes regiões brasileiras, segundo dados fornecidos pelas 
secretarias de saúde dos estados em 15 de agosto de 2021. 
 
 
 
Com base na leitura da tabela, avalie as afirmativas. 
I. A região Sudeste concentra o maior número de casos de 
covid-19 e responde por aproximadamente 38% do total de casos 
observados no país. 
II. A taxa de letalidade da doença no Brasil, calculada como a 
proporção entre o número de óbitos e o número de casos, é da ordem 
de 25%. 
III. Os óbitos por covid-19 na região Centro-Oeste 
correspondem a aproximadamente 10% do total de mortos pela doença. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 20 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto e a figura a seguir, publicados na revista Pesquisa Fapesp. 
A Amazônia perde o gás 
Divulgado em dezembro passado, o mais recente relatório do Global 
Carbon Project estima que, desde a década de 1960, as plantas 
terrestres retiraram da atmosfera cerca de um quarto do dióxido de 
carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa que contribui para o 
aumento do aquecimento planetário, emitido pela queima de 
combustíveis fósseis. Esse efeito benéfico ao clima ocorre porque a taxa 
com que os vegetais fazem fotossíntese – e, portanto, consomem o 
CO2 disponível no ar para se manter vivos e crescer – é ligeiramente 
maior do que o ritmo de emissão de dióxido de carbono por meio da 
queima de biomassa, da decomposição de material orgânico e da 
respiração das plantas. A diferença a favor da coluna das absorções em 
relação à coluna das emissões é pequena, de cerca de 2%, mas 
suficiente para tornar as florestas, sobretudo as densas e exuberantes 
matas tropicais, importantes sumidouros de carbono. Esse termo é 
usado para designar as áreas em que as absorções de carbono superam 
as emissões. 
 
Por ser a maior floresta tropical, com cerca de 80% de sua área ainda 
preservada, a Amazônia é considerada um dos mais importantes 
sumidouros de carbono. Mas estudos feitos ao longo dos últimos 10 
anos, com o emprego de diferentes metodologias analíticas, como dados 
de satélites, registros de crescimento e mortalidade de árvores e 
amostras sistemáticas do ar sobre a floresta, indicam que o leste da 
Amazônia virou uma fonte de carbono na década passada, ou seja, a 
quantidade de CO2 que saiu desse setor do bioma superou a que entrou. 
A situação é particularmente preocupante no sudeste da Amazônia, 
entre Pará e Mato Grosso, região em que fica o chamado Arco do 
Desmatamento, que concentra o grosso das intervenções humanas, 
sobretudo o desflorestamento, sobre a área. 
 
 
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/a-amazonia-perde-o-gas/>. Acesso em 14 ago. 2021. 
De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, avalie as 
afirmativas. 
I. Os vegetais têm a capacidade de emitir e de absorver o 
CO2. Em geral, a quantidade absorvida é maior do que a quantidade 
emitida, o que contribui indiretamente para a regulação da temperatura 
da superfície terrestre. 
II. Por conta do desmatamento, apenas 2% do CO2 emitido 
pela queima de combustíveis fósseis são absorvidos pelas árvores da 
floresta amazônica. 
III. Entre 2010 e 2018, a região leste da floresta amazônica 
emitiu aproximadamente dez vezes mais CO2 do que a região oeste, 
como consequência da diminuição da pluviosidade e do aumento da 
temperatura durante a estação seca. 
IV. Atualmente, apenas Rio Branco e Tabatinga/Tefé, a oeste 
da floresta amazônica, atuam como sumidouros de carbono. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. 
I, apenas.

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