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131 GESTÃO DE PROJETOS DE TI Unidade IV 7 AQUISIÇÕES E PARTES INTERESSADAS EM PROJETOS 7.1 Gerenciamento das aquisições em projetos Com base no Guia PMBOK®, a área de conhecimento do gerenciamento das aquisições deve garantir que todo elemento a ser adquirido ao projeto é necessário a ele, respeita acordos, contratos, normas e/ou leis pertinentes e, talvez o mais relevante, toda e qualquer obrigação direta/indireta relacionada à entrega/fornecimento do produto ou serviço adquirido deve ser rigorosamente cumprida. Dessa maneira, cabe ressaltar a importância de não haver qualquer tipo de aquisição de características dúbias e, sempre que pertinente, garantir contingência acerca dos fornecedores de produtos e serviços. Segundo Mazzarone e Brito (2020) é imprescindível que exista um controle tanto de entregas quanto dos resultados esperados sobre os produtos ou serviços adquiridos. Há que se manter milestones na linha do tempo do projeto para o devido e adequado acompanhamento dos fornecedores. Tal prática permite um controle proativo no caso de ocorrências e/ou eventos que possam acontecer e por consequência impactar na garantia da entrega de produtos e serviços por seus fornecedores. Manter fornecedores como parceiros de negócios é substancialmente positivo em gerenciamento de projetos. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre boas práticas para o gerenciamento de aquisições em projetos: MAZZARONE, A.; BRITO, M. E. Estratégias e ferramentas de gerenciamento de aquisições para o controle de desempenho de fornecedores em projetos. Boletim do Gerenciamento, v. 17, n. 17, p. 42-50, 2020. A seguir é possível destacar alguns dos controles sob gerenciamento obtidos a partir da área de conhecimento de gerenciamento das aquisições: • Definir fornecedores com reconhecida reputação, se possível e quando pertinente, e optar por fornecedores de comprovada eficiência em outros projetos é prática que permite ser potencialmente assertivo no gerenciamento dos entregáveis e aquisições. • Em regiões afastadas de centros urbanos, com notável distância para entrega e recepção de produtos, particularidades excêntricas e/ou culturais quanto a horários de trabalho, recepção 132 Unidade IV e provisionamento de recursos necessários à aquisição, torna-se imprescindível a adição de tempo extra na linha do tempo do projeto para garantir que tarefas dependentes tenham seus produtos e serviços em tempo de execução. Este fator deve ser explícito e claro tanto na reunião de kick off quanto em reuniões de alinhamento que devem ocorrer ao longo do gerenciamento do projeto. • Não basta a efetivação de multas e/ou ônus sobre fornecedores quanto ao descumprimento de acordos ou contratos. A monitoria e o controle de todos os processos e a movimentação de fornecedores em prol do cumprimento de entregas fazem-se essenciais para garantir proatividade no caso de ações que permitam prever a impossibilidade de entregas dentro das características contratadas e esperadas. A partir da abstração de Mazzarone e Brito (2020) sobre o Guia PMBOK® (2017), é possível compreender os três processos que compõem a área de conhecimento do gerenciamento das aquisições, como a seguir: • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: desenvolver e declarar o documento de plano de gerenciamento das aquisições. - Conceito: esse processo se trata de um documento – plano de gerenciamento das aquisições – em que serão contemplados tanto todos os aspectos relacionados aos fornecedores conhecidos, parceiros de negócios e cases de sucesso quanto aquisição, características requeridas sobre fornecedores, situações emergenciais e fornecedores a serem considerados nesses casos, por exemplo, fornecedores que prestem serviços de maior custo, porém, que consigam entregar fora de expediente convencional, extensão e/ou upgrade de contratos existentes e fornecedores contingentes para cobrir possíveis ocorrências que afetem entregáveis do projeto. Este tem especial relação com o gerenciamento dos riscos em projetos. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: esse processo contempla a elaboração, manutenção e atualização de diversos documentos. Tais documentos são pertinentes à contratação e/ou adequação de contratados quanto a abrangência dos recursos envolvidos, extensão de duração do contrato em virtude do tempo necessário ao projeto, alteração do tipo de contratos, on premises, in cloud, on demand, entre tantos outros possíveis, relacionamento de características de fornecedores com base nos resultados pretendidos/esperados em produtos e serviços, interpretação e compreensão de acordos, contratos, normas, boas 133 GESTÃO DE PROJETOS DE TI práticas, leis e outros documentos passíveis de conformidade relacionada a produtos e serviços adquiridos para o projeto, declaração das estratégicas adotadas para análise e tomada de decisão sobre as aquisições. Esse processo também gera dados, registros e informações pertinentes a documentos de outras áreas de conhecimento quanto ao gerenciamento de projetos e de controle patrimonial das organizações envolvidas. - Domínios: esse processo é comumente desenvolvido com base em estimativas análoga e paramétrica, e também por pares que têm expertise sobre o adequado uso e a atribuição de players/fornecedores de atividades e/ou recursos em projetos. É comum a integração de ferramentas de gerenciamento de projeto com sistemas corporativos da própria organização não só para a documentação de todo o projeto, mas também para a tomada de decisões estratégicas com o uso de fornecedores especializados de TI. Esse processo permite explorar caminhos alternativos para assegurar a execução e as entregas no menor prazo e custo possíveis. É comum em projetos de médio/grande porte adoção de práticas relacionadas a benchmark a fim de garantir assertiva escolha de um produto ou serviço disposto no mercado por mais de um fornecedor. • Grupo de processo: execução. — Atividade do processo: declarar o plano preconizado para tratamento e negociações sobre as aquisições. - Conceito: esse processo não se trata necessariamente de um documento, mas sim de processos que contemplam todo o relacionamento com os fornecedores a fim de identificar e compreender a relevância de características essenciais aos requisitos do projeto, bem como o valor agregado acerca de produtos e serviços fornecidos. Esse processo compreende a pesquisa no mercado por fornecedores potenciais e emergências, bem como a categorização por eficiência e reputação destes em outros projetos e portfólios. Por fim, cabe a esse processo o envolvimento jurídico do próprio sponsor e/ou terceiros a fim de garantir conformidade pertinente aos contratos e acordos firmados. - Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como os documentos em que constam declarados os requisitos e a forma de rastreio destes. Ainda sobre esse processo, são esperados documentos sobre acordos e/ou contratos formados – devidamente analisados, formatados e formalizados por recurso jurídico apropriado – pesquisa, análise e categorização por relevância de players/fornecedores. A esse processo também é cabível levantamento, compreensão, adequação e uso de recursos da própria organização, bem como de conformidades necessárias a diretrizes, boas práticas, normas e leis institucionais. - Elementos de saída: esse processo gera diversos documentos úteis a outras áreas de conhecimento como o gerenciamento dos riscos em projetos, visto que contratos e acordos selecionados a partir do gerenciamento dasaquisições podem impactar diretamente outras áreas, processos, atividades e recursos envolvidos no projeto. 134 Unidade IV Toda a documentação relativa à aquisição de recursos, produtos e/ou serviços devem estar disponíveis aos seus pares, sponsors e stakeholders pertinentes, de modo que os parâmetros de contratação possam ser acompanhados, controlados, readequados – quando pertinente por gerenciamento de problemas e mudanças – e seja base para atualização de documentos de outras áreas de conhecimento. - Domínios: a esse processo é cabível o uso de recursos de TI que permitam não só a identificação de players/fornecedores de recursos, produtos e/ou serviços no mercado, como também apresente sobre estes ranking, reputação, comentários positivos/negativos, cases de sucesso, entre outras características que facilitem a tomada assertiva de decisão quanto a escolha e adequação de contratos e acordos. Ainda sobre esse processo, cabem reuniões de alinhamento com todos os envolvidos pertinentes do projeto e fornecedores. Em particular a esse último item, é essencial ressaltar a importância de reuniões que antecedam a execução de atividades, assim, é possível ter tempo hábil para contorno de ocorrências que impactem negativamente o projeto. Esse processo busca garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. Ele é comumente mantido com base no uso de recursos de TI – é possível a manutenção sem o uso de aplicações de TI, porém, não é viável – em vista da quantidade de dados, informações, variáveis e elementos a serem monitorados e controlados. • Grupo de processo: monitoria e controle. — Atividade do processo: declarar o formato de controle e monitoria sobre as aquisições. - Conceito: esse processo não se trata especificamente de um documento, mas sim de ferramentas – comumente cabe o uso de recursos de TI – que permitam o acompanhamento e controle de atividades, recursos, produtos e/ou serviços adquiridos por fornecedores e sob manutenção de acordos e contratos. - Elementos de entrada: a manutenção desse processo é obtida na atualização constante do desempenho dos fornecedores com base em tudo que foi preconizado em acordos e contratos. Até mesmo potenciais mudanças, quando cabíveis, devem ser consideradas partes constantes de acordos e contratos – elas serão tratadas em gerenciamento de problemas e mudanças –, bem como o controle do cumprimento de aquisições com entregáveis ao longo do projeto. A esse processo também é cabível levantamento, compreensão, adequação e uso de recursos da própria organização, bem como de conformidades necessárias a diretrizes, boas práticas, normas e leis institucionais. - Elementos de saída: esse processo contempla diversos documentos que servem de entrada a outras áreas de conhecimento, como gerenciamento da integração, partes interessadas e riscos. Os documentos pertinentes fornecerão dados, registros e informações quanto ao devido ou não cumprimento de todos os termos firmados em acordos e contratos, bem como o desempenho obtido, e se a métrica definida foi atingida. A partir desse processo, 135 GESTÃO DE PROJETOS DE TI os documentos são fonte de evidência para o adequado e/ou justo encerramento de acordos, contratos ou até mesmo de parcerias que não serão firmadas em outros projetos. Quando pertinentes, informações de não cumprimentos de termos – desde que permitidas e não sejam demérito ou tragam ônus aos envolvidos contratantes – podem se tornar públicas ao mercado com o fim de contribuir com parceiros que compartilham das mesmas informações sobre fornecedores de mercado. - Domínios: garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. Esse processo é comumente mantido com base no uso de recursos de TI – é possível a manutenção sem o uso de aplicações de TI, porém, não é viável –, tendo em vista a quantidade de dados, informações, variáveis e elementos a serem monitorados e controlados. A esse processo também é cabível controle adequado da gestão de problemas e mudanças, visto que alterações indevidas, independentemente de estas terem sido assertivas ou não, são passíveis de multas e ônus aos envolvidos. Fazem parte desse processo ações de compliance e auditorias internas/externas a fim de qualificar toda a documentação pertinente a aquisição, monitoria e controle mantidos sobre as ações e os resultados obtidos em atendimento ao que foi preconizado nos contratos e acordos. Observação O software ou aplicação utilizado como ferramenta sobre o gerenciamento de projetos deve ser adequado ao uso de tecnologias contemporâneas como redes sociais, integração com apps mobile e outros produtos open source. Assim, não há uma ferramenta correta, mas sim a funcional. Algumas ferramentas de gerenciamento de projetos conhecidas no mercado são eficazes para tornar a gestão de projetos dinâmica e possibilitar o compartilhamento estratégico de informações por integração com outros softwares e plataformas. Esse recurso tem especial importância para aprimoramento da inovação, criatividade e conduta assertiva de processos por meio de recursos contemporâneos. A partir desse contexto, é possível citar o Celoxis, uma plataforma que permite o gerenciamento de projetos de maneira modular, com base no gerenciamento por áreas de conhecimento, além de recursos para integração de dados e ferramentas de terceiros. Através da plataforma, é possível obter recursos para gestão de orçamento, ferramentas de colaboração, gráficos de Gantt, gestão de carteiras e portfólios, gestão de recursos, controle de macros e gestão de ideias, dispondo de um white board e aderente a metodologias ágeis. O Celoxis permite integração com outras plataformas e softwares como Microsoft Project, Microsoft Excel, Microsoft Outook, Google Drive, Salesforce, Jira, Trello, entre outras. Esse recurso de integração permite o compartilhamento estratégico de informações sem a necessidade de aquisição de licenças em uso temporário para um projeto específico. 136 Unidade IV Figura 33 – Celoxis Disponível em: https://bit.ly/356QrY3. Acesso em 24 jun. 2021. Lembrete A área de conhecimento de gerenciamento de aquisições requer especial atenção quanto ao valor agregado sobre os artefatos/aquisições, visto que a mera aquisição ou contratação de um produto ou serviço pode gerar impacto negativo junto ao sponsor do projeto. A seguir apresenta-se uma visão ampla dos elementos de entrada e saída pertinentes à área de conhecimento de gerenciamento das aquisições em projetos. Desse modo, observando a próxima figura, é possível compreender a interação direta que a área de conhecimento de gerenciamento das aquisições em projeto mantém com as demais áreas de conhecimento, como integração, partes interessadas e riscos, e o quão importante é manutenção da documentação por essa área, visto que qualquer ação indevida ou tomada de ação aquém daquilo que foi preconizado no plano de gerenciamento das aquisições poderá acarretar em uma sequência de resultados negativos, como aquisições deficitárias quanto a qualidade, uso, suporte entre outras tantas causas passíveis de demérito sobre os requisitos do projeto. 137 GESTÃO DE PROJETOS DE TI Partes interessadas: cultura, estilo e fatores ambientais Estimar recursos das atividades Elaborar o plano de gerenciamento do projeto Estimar custos Coletar os requisitos Elaborar o cronograma Identificar os riscos Identificar os stakeholders Área de conhecimento: gerenciamento da integração Área de conhecimento: gerenciamento das partes interessadas Área de conhecimento: gerenciamento de riscos Gerenciamento das aquisições Documento: planejar o gerenciamento das aquisições Encerrar as aquisições Documentação do projeto Controle integrado de mudanças Identificar os stakeholders Identificar os riscos Conduzir asaquisições Controlar as aquisições Figura 34 – PMBOK®: conhecimento das aquisições: entradas e saídas Adaptada de: PMI (2017). 7.2 Gerenciamento das partes interessadas em projetos Com base no Guia PMBOK®, a área de conhecimento das partes interessadas deve garantir exaustivo levantamento de todos os envolvidos direta ou indiretamente a qualquer elemento do projeto. Após levantamento e identificação desses envolvidos, é necessária a qualificação e compreensão do apetite e dos papéis que eles têm tanto na organização quanto na capacidade de influenciar recursos – infraestrutura, aplicações, informações e pessoas – com atribuições necessárias ao projeto. Os interessados/envolvidos não são exclusivos ao espaço compreendido como organização, eles podem ser encontrados em fornecedores, parceiros, sponsors, conselho institucional e/ou familiar e até mesmo por publicações em feeds de notícias e redes sociais. Segundo Ruas e Guimarães (2020), manter bom relacionamento e controle sobre as partes interessadas é fundamental a todas as fases e áreas de conhecimento para gerenciamento de projetos. Essa compreensão é necessária, visto que um envolvido pode imprimir ações e/ou atitudes em demérito de uma atividade, tarefa, recurso e até mesmo acerca da manutenção de acordos, contratos e parcerias firmados em atendimento de necessidades do projeto. Os envolvidos navegam constantemente por emoções que estão entre pró e contra recursos – infraestrutura, aplicações, informações e pessoas – 138 Unidade IV do projeto. Por essa razão, é cabível a expertise na percepção de atitudes/ações tanto positivas quanto negativas dos envolvidos/stakeholders, primeiro do gerente de projetos, mas também de toda equipe de gerenciamento envolvida, visto que os envolvidos podem e comumente terão acesso não só ao gerente, mas a recursos distintos da equipe de gerenciamento. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre boas práticas para o gerenciamento das partes interessadas em projetos: MARTINS, E. G. P.; NETO, J. S. Mensuração do engajamento das partes interessadas em projeto na visão do gerente de projeto e das próprias partes interessadas. Revista de Gestão e Projetos, v. 8, n. 1, p. 42-56, 2017. A seguir, é possível destacar alguns dos controles sob gerenciamento obtidos a partir da área de conhecimento de gerenciamento das partes interessadas: • A expertise de gerente de projetos e equipe de gerenciamento pode ser a diferença na identificação de envolvidos que possam impactar onerosamente qualquer recurso, produto e/ou serviços pertinentes ao projeto. • O constante monitoramento dos envolvidos é extensível a elementos internos e externos à organização. Até mesmo fatores ambientais e/ou políticos podem ser estopim/gatilho para a efetiva ação ou tomada de decisão de envolvidos. O resultado pode, sim, favorecer o gerenciamento do projeto e até mesmo contribuir com recursos antes não destinados inicialmente como parte integrante dele – esse processo deve ser acompanhado por gerenciamento de mudanças –, porém também existe a possibilidade de ações que acabem por interferir onerosamente nos mesmos recursos. • A área de conhecimento do gerenciamento das comunicações tem especial responsabilidade sobre as partes interessadas, visto que a comunicação com cada parte pertinente pode gerar reações adversas. Dessa maneira, saídas dessa área de conhecimento são importantíssimas para a manutenção do gerenciamento das partes interessadas. A partir da abstração de Ruas e Guimarães (2020) sobre o Guia PMBOK® (2017), é possível compreender os quatro processos que compõem a área de conhecimento do gerenciamento das partes interessadas, como a seguir: • Grupo de processo: iniciação. — Atividade do processo: análise, identificação e perfil dos envolvidos. 139 GESTÃO DE PROJETOS DE TI - Conceito: esse processo contempla ações de identificação das partes interessadas a partir do relacionamento com recursos internos da organização, recursos externos de pertinência ao projeto, reuniões para levantamento de requisitos e compreensão da estrutura organizacional da empresa, existência de conselhos familiares, auditores externos, serviços de enquadramento de funções, entre outras tantas formas de contato com recursos que possam apresentar de forma clara e espontânea suas intenções e/ou obrigações com a empresa, assim como recursos que necessitam de especial acolhimento e receptividade para, então, compartilhar as compreensões concebidas sobre os produtos do projeto. - Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como os documentos em que constam declarados os requisitos e sua forma de rastreio. Ainda sobre esse processo, são esperados documentos sobre acordos e/ou contratos firmados – devidamente analisados, formatados e formalizados por recurso jurídico apropriado –, pesquisa, análise, categorização por relevância dos envolvidos identificados. A esse processo também são cabíveis identificação e compreensão da estrutura organizacional adotada e todos os recursos disponíveis e necessários ao projeto. - Elementos de saída: esse processo sugere o uso de recursos de TI que permitam o monitoramento de funções e atividades dos envolvidos – comumente necessita de aceite tanto de diretores, conselho e comissões quanto de recursos jurídicos qualificados –, a fim de garantir adequada comunicação e relacionamento em todas as fases do projeto. A partir do acompanhamento dos envolvidos, é possível ser proativo e tratar assertivas alterações por meio do gerenciamento de problemas e incidentes. Esse processo gera dados, registros e informações a outros documentos do projeto, bem como dos planos de gerenciamento deste e dos riscos. - Domínios: garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. Esse processo é comumente mantido com base no uso de recursos de TI – é possível a manutenção sem o uso de aplicações de TI, porém, não é viável –, tendo em vista a quantidade de dados, informações, variáveis e elementos a serem monitorados e controlados. Os recursos adotados devem exprimir informações por meio de relatórios e gráficos que permitam ao gerente de projeto adequados interação e relacionamento com os envolvidos que podem até mesmo ser partes integrantes da equipe de gerenciamento do projeto. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: desenvolver e declarar o documento de plano para acompanhamento de perfil dos envolvidos. - Conceito: esse processo não se trata especificamente de um documento, mas sim de como os envolvidos serão abordados com base nas informações obtidas sobre suas intenções diante de quaisquer elementos do projeto. A expertise de gerente de projetos e equipe de 140 Unidade IV gerenciamento pode ser a diferença na obtenção da confiança dos envolvidos em prol de necessidades pertinentes ao projeto - Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como os documentos em que constam declarados os requisitos e sua forma de rastreio. Ainda sobre esse processo, são esperados documentos sobre acordos e/ou contratos firmados – devidamente analisados, formatados e formalizados por recurso jurídico apropriado –, pesquisa, análise, categorização por relevância dos envolvidos identificados. A esse processo também são cabíveis identificação e compreensão da estrutura organizacional adotada e todos os recursos disponíveis e necessários ao projeto. - Elementos de saída: esse processo tem por fim o plano de gerenciamento das partes interessadas, em que serão preconizados, entre outras informações, a forma de acesso e o aceite para o monitoramento de funções e atividades dos envolvidos, a identificação da estrutura organizacional, a consolidação de canais para atualização das informações pertinentes aos recursos monitorados e a possíveis ocorrências, assim como a hierarquia de acionamento de superiores egestores pertinentes a equipes, recursos e processos. - Domínios: garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. Esse processo é comumente mantido com base no uso de recursos de TI – é possível a manutenção sem o uso de aplicações de TI, porém, não é viável –, tendo em vista a quantidade de dados, informações, variáveis e elementos a serem monitorados e controlados. Os recursos adotados devem exprimir informações por meio de reuniões, relatórios e gráficos que permitam ao gerente de projeto adequados interação e relacionamento com os envolvidos, que podem até mesmo ser parte integrantes da equipe de gerenciamento do projeto. Os dados coletados e analisados servem de base para a composição de informações que auxiliaram na tomada de decisão e inter-relacionamento entre os envolvidos e a equipe de gerenciamento do projeto. • Grupo de processo: execução. — Atividade do processo: declarar o plano preconizado para a manutenção proativa e positiva do perfil dos envolvidos. - Conceito: esse processo não se trata explicitamente de um documento, mas sim o acompanhamento dos envolvidos que pode ser tanto por recursos de TI – com o uso devidamente aprovados por seus pares pertinentes – quanto pelo inter-relacionamento do gerente de projeto e equipe de gerenciamento do projeto com as próprias partes interessadas. Todos os dados e/ou informações obtidos devem ser coletados, analisados e transcritos em relatórios e gráficos que permitam acompanhar – por parâmetros predefinidos – se o envolvido imprime compreensão e atitude em prol das necessidades do projeto. - Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como os documentos onde constam declarados os requisitos e sua forma de rastreio. Ainda 141 GESTÃO DE PROJETOS DE TI sobre esse processo, são esperados documentos sobre acordos e/ou contratos formados – devidamente analisados, formatados e formalizados por recurso jurídico apropriado – pesquisa, análise, categorização por relevância dos envolvidos identificados. A esse processo também são cabíveis identificação da estrutura organizacional adotada, relação de todos os recursos disponíveis e necessários ao projeto, bem como relatórios e/ou gráficos que permitam a compreensão e atitude em prol das necessidades do projeto por parte dos envolvidos. - Elementos de saída: esse processo gera dados, registros e informações para outras áreas de conhecimento, como o gerenciamento das comunicações, escopo, qualidade e riscos, quanto ao acompanhamento e controle dos envolvidos. A partir dessas informações, é possível assertiva adequação de recursos e processos por meio do gerenciamento de problemas e mudanças, assim como a manutenção necessária quanto a import de dados em outros documentos do projeto. - Domínios: garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. Esse processo é comumente mantido com base no uso de recursos de TI – é possível a manutenção sem o uso de aplicações de TI, porém, não é viável – tendo em vista a quantidade de dados, informações, variáveis e elementos a serem monitorados e controlados. Os recursos adotados devem exprimir informações por meio de reuniões, relatórios e gráficos que permitam ao gerente de projeto adequada interação e relacionamento com os envolvidos, que podem até mesmo ser partes integrantes da equipe de gerenciamento do projeto. Os dados coletados e analisados servem de base para a composição de informações que auxiliaram na tomada de decisão e no inter-relacionamento entre os envolvidos e a equipe de gerenciamento do projeto. É essencial a expertise do gerente do projeto em inter-relacionamento pessoal e comunicação com os envolvidos. • Grupo de processo: monitoria e controle. — Atividade do processo: declarar o formato de controle e monitoria sobre os envolvidos. - Conceito: esse processo trata de todos os dados e/ou informações obtidos/coletados, analisadas e transcritas em relatórios e gráficos a fim de monitorar e controlar – por parâmetros predefinidos – se o envolvido imprime compreensão e atitude em prol das necessidades do projeto com base no que foi preconizado através do plano de gerenciamento das partes interessadas. - Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como os documentos em que constam declarados os requisitos e sua forma de rastreio. Ainda sobre esse processo, são esperados documentos sobre acordos e/ou contratos firmados – devidamente analisados, formatados e formalizados por recurso jurídico apropriado – pesquisa, análise, categorização por relevância dos envolvidos identificados. A esse processo também são cabíveis identificação da estrutura organizacional adotada, 142 Unidade IV relação de todos os recursos disponíveis e necessários ao projeto, bem como relatórios e/ou gráficos que permitam a compreensão e atitude em prol das necessidades do projeto por parte dos envolvidos. - Elementos de saída: esse processo gera dados, registros e informações para outras áreas de conhecimento, como o gerenciamento das comunicações, escopo, qualidade e riscos, quanto ao acompanhamento e controle dos envolvidos. A partir dessas informações, é possível assertiva adequação de recursos e processos por meio do gerenciamento de problemas e mudanças, assim como a manutenção necessária quanto a import de dados em outros documentos do projeto. - Domínios: garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. Esse processo é comumente mantido com base no uso de recursos de TI. Os recursos adotados devem exprimir informações por meio de reuniões, relatórios e gráficos que permitam ao gerente de projeto adequados interação e relacionamento com os envolvidos, que podem até mesmo ser partes integrantes da equipe de gerenciamento do projeto. Os dados coletados e analisados servem de base para a composição de informações que auxiliaram na tomada de decisão e inter-relacionamento entre os envolvidos e a equipe de gerenciamento do projeto. É essencial a expertise do gerente do projeto em inter-relacionamento pessoal e comunicação com os envolvidos de um projeto. Observação O software, ou aplicação, utilizado como ferramenta para o gerenciamento de projetos deve ser adequado ao uso de tecnologias contemporâneas, como o uso, quando aplicável, de bots que permitam a automatização de processos repetíveis e intuitivos. Algumas ferramentas de gerenciamento de projetos conhecidas no mercado são eficazes para a consolidação do gerenciamento através de uma plataforma propícia à gestão do conhecimento e ao compartilhamento seguro de informações por apps mobile e/ou outras plataformas de gestão de projetos. Um recurso a ser considerado é a possibilidade de automatização de processos de controle para um bot, mecanismo que contém gatilhos e regras para executar tarefas repetitivas de gerenciamento. Esse recurso tem especial importância para destinar tempo e atenção a tarefas mais nobres e/ou que requerem competência intelectual/cognitiva da equipe de projeto. A partir desse contexto, é possível citar o Trello, uma plataforma que permite o gerenciamento de projetos de forma modular, semelhante ao Celoxis, porém, com recursos adicionais para automação de fluxo de trabalho baseado em bots. Assim como o Celoxis, o Trello também tem base no gerenciamento por áreas de conhecimento, além de gatilhos baseados em starts de atividades e em regras e/ou eventos criados pela equipe de gerenciamento. A plataforma também permite a interação de usuários, equipes e grupos através de um white board, que pode ser estendido e utilizado durante todas as fases de gerenciamento. Esse recurso em especial facilita a tomada de decisão com base em brainstorms e 143 GESTÃO DE PROJETOS DE TI concepções inovadoras para criaruma solução. Em semelhança ao Celoxis, o Trello também permite integração com outras plataformas e softwares, como Microsoft Project, Microsoft Excel, Microsoft Outook, Celoxis, entre outras. Esse recurso de integração permite o compartilhamento estratégico de informações sem a necessidade de aquisição de licenças em uso temporário para um projeto específico. . Figura 35 – Trello Disponível em: https://bit.ly/3cuxH9a. Acesso em 24 jun. 2021. A seguir, é apresentada uma visão ampla dos elementos de entrada e saída pertinentes à área de conhecimento de gerenciamento das partes interessadas em projetos. Dessa maneira, observando a figura a seguir, é possível compreender a interação direta que a área de conhecimento de gerenciamento das partes interessadas em projetos mantém com as demais áreas de conhecimento, como escopo, qualidade, comunicações e riscos, e o quão importante é a manutenção da documentação por essa área, visto que qualquer ação indevida ou tomada de ação aquém daquilo que foi preconizado no documento de plano para acompanhamento de perfil dos envolvidos e/ou ineficaz análise, identificação e perfil dos envolvidos poderá acarretar em uma sequência de resultados negativos, como a incompatibilidade de compreensão de planos e documentos do projeto pelas partes interessadas – envolvidas ou stakeholders –, ocasionando falta de engajamento desses recursos e consequente demérito sobre os requisitos do projeto. Lembrete A área de conhecimento de gerenciamento das partes interessadas requer especial atenção quanto ao valor, o potencial e a capacidade que cada recurso pode agregar ao projeto. Tal visão permite adequada motivação e engajamento dessas partes interessadas com vistas às necessidades do projeto. 144 Unidade IV Partes interessadas: cultura, estilo e fatores ambientais Planejar o gerenciamento das aquisições Elaborar o termo de abertura ou project charter Área de conhecimento: gerenciamento do escopo Área de conhecimento: gerenciamento da qualidade Área de conhecimento: gerenciamento das comunicações Área de conhecimento: gerenciamento das aquisições Área de conhecimento: gerenciamento dos riscos Gerenciamento das partes interessadas Identificação das partes interessadas ou stakeholders Plano de gerenciamento das partes interessadas Coletar os requisitos Planejar o gerenciamento da qualidade Planejar o gerenciamento das comunicações Planejar o gerenciamento das aquisições Planejar o gerenciamento dos riscos Identifição dos riscos Figura 36 – PMBOK®: conhecimento das partes interessadas: entradas e saídas Adaptada de: PMI (2017). 8 MÉTODOS ÁGEIS Os métodos ágeis para gerenciamento de projetos não estão aquém de práticas de gerenciamento tradicional ou são totalmente suficientes, independentemente da área de negócio e/ou de solicitações específicas de documentação exigidas por um cliente. Ainda assim, tais práticas devem ser consideradas em razão da demanda de projetos que podem ser perfeitamente gerenciados por práticas mais flexíveis de gerenciamento. O gerenciamento ágil de um projeto, assim como em outras formas de gerenciamento – como a exemplo do Guia PMBOK® –, deve partir de ações como: 145 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • levantamento de requisitos; • declaração de escopo; • atas de reuniões; • outras documentações relevantes para a execução das atividades. Porém, no método ágil, algumas características devem ser levadas em consideração: • O mercado é dinâmico, alterações podem surgir ainda no levantamento de requisitos. • Todo documento pertinente ao projeto tem seu valor, porém este não pode engessar processos e/ou recursos de maneira que não consigam adequar processos, tarefas e recursos ao longo do projeto, a fim de garantir entregáveis de acordo com a realidade do mercado. • A execução dos entregáveis deve ser acompanhada por todos os recursos pertinentes, e as solicitações de alterações e adequações, devidamente averiguadas e aprovadas, são inseridas na linha do tempo do próprio projeto. • Deve-se ter compreensão sobre o valor agregado ao produto final entregue a partir da absorção de alterações necessárias. Essa característica deve ser compreendida não só pela equipe, como também pelo próprio requisitante do projeto. Com base em Vinhoza et al. (2019), os métodos ágeis para gerenciamento de projetos são indicados em cenários de notável dinâmica, nos quais o fluxo de informações é uma variável que, por vezes, demanda alterações sobre recursos, processos e até mesmo o produto final. Tais métodos são aderentes a projetos de grande complexidade, que envolvem: • tecnologias distintas; • processos; • ferramentas. A partir do ciclo de vida do gerenciamento ágil de projetos, é possível compreender a importância de milestones de iteração durante a dinâmica dos processos dispersos em suas respectivas fases: iniciação, planejamento, execução, monitoria, controle e encerramento. A iteração inserida como um milestone na linha do tempo permitirá o amadurecimento de recursos – infraestrutura, aplicações, pessoas, informações – com o intuito de melhoria contínua, otimização de processos e procedimentos, assim como a consolidação de todas as melhorias, agregando valor ao produto e até mesmo à prática de gestão de projetos. 146 Unidade IV A figura a seguir apresenta a “iteração” inserida como milestones numa linha do tempo: Fase planejamento Fase planejamento Fase planejamento Fase encerramento Fase iniciação Fase execução Fase execução e monitoria e controle Fase execução 1ª iteração Fase execução Fase execução Fase execução Tempo At iv id ad es 2ª iteração 3ª iteração Figura 37 – Ciclo de vida de um gerenciamento a partir de métodos ágeis Adaptado de: Massari (2018, p. 246). Os métodos ágeis para gerenciamento de projetos atendem a uma notável quantidade de projetos quanto a porte de requisitos, recursos, budget, flexibilidade a mudanças, documentações, entre tantas outras características possíveis. Para tanto, é possível destacar alguns frameworks – como estruturas – e métodos, conforme a seguir: • Scrum; • Kanban; • Feature-Driven Development (FDD); • Dynamic Systems Development Method (DSDM); • Prince2®; • Crystal; • Lean; • Extreme Programming (XP). Observação É importante ressaltar ao leitor que não há um método e/ou framework genérico que possa atender às necessidades de todo e qualquer projeto. Nesse contexto, a expertise, assim como certificações reconhecidas no mercado de trabalho, são diferenciais procurados em profissionais para o gerenciamento de projetos. São esses profissionais os mais indicados para interpretar os requisitos de modo que o adequado método e/ou framework possa ser utilizado. 147 GESTÃO DE PROJETOS DE TI A partir da abstração de Ramos e Vilela (2017) sobre o framework Scrum, pode-se compreender que este é totalmente aderente ao gerenciamento ágil de projetos – compreensão ao apetite por mudanças; foco na entrega do produto considerando a aderência estratégica deste ao mercado –, visto que o gerenciamento ágil de projetos por Scrum é adaptável em tempo de execução por: • demandas de recursos; • designação de recursos em prol de um ou mais projetos; • feedback por curto período de execução; • melhoria contínua. Ainda sobre o Scrum, o framework designa um papel chamado de Scrum Master, recurso responsável para facilitar toda a demanda de atividades dos times de projetos. Há também a divisão de trabalhos por sprints, formato que permite evidenciar entregas do projeto a cada sprint concluído. O Scrum foi dividido em quatro sprints: • Planning: é o “pontapé inicial” em que os trabalhos já separados como product backlog serão agora encaminhados às equipes pertinentes para a execução do trabalho. • Backlog: agrupa e separa os trabalhos por prioridade para as equipes pertinentes. As prioridades são definidas por um product owner, recurso responsável por priorizar e encaminharas tarefas à equipe pertinente. • Review: trata-se de uma reunião que ocorre ao final de cada sprint, justamente para alinhar todos os processos pertinentes a ele. • Retrospective: trata-se de um alinhamento com a equipe sobre acertos e erros pertinentes aos sprints executados. • Daily scrum: trata-se de uma reunião rápida – 15 minutos – apenas para alinhar o início dos trabalhos diários. A partir da abstração de Silva e Anastácio (2019) sobre o método Kanban (este método foi baseado no sistema de fábrica da empresa japonesa Toyota), para controle de gestão, é possível compreender que ele se desenvolve sobre um quadro branco em que o fluxo de trabalho é dividido em ordem cronológica e por prioridade e as tarefas são dispostas em notas fixadas em sua divisão de execução pertinente. O Kanban tem por fim controlar tarefas e/ou atividades desde sua entrada no fluxo de trabalho até sua saída, passando pela última divisão dos processos definidos no quadro. 148 Unidade IV Ainda sobre o Kanban, é importante ressaltar sua divisão em basicamente cinco princípios: • O fluxo do trabalho deve estar sempre visível. Esse princípio permite que todos os recursos envolvidos identifiquem de forma clara em que ponto estão, a sequência das próximas atividades e até propicia a otimização de processos, procedimentos ou tarefas, a fim de organizar e/ou melhorar o quadro de processos estabelecido. • Controlar o work in progress (WIP). Garantir que a quantidade de tarefas por divisão é adequada ao prazo e a quantidade de recursos disponível. Dessa forma, cabe um controle ou especial atenção quanto à limitação de tarefas por divisão. • Gerenciamento de fluxo. A identificação de problemas e melhorias, os fluxos de trabalho, assim como em outras formas de gerenciamento de trabalho, necessita de um recurso que acompanhe o andamento das execuções, visto que a ocorrência de problemas pode e deve ser controlada e, se possível, mitigada, de maneira proativa e/ou ao menos em tempo de execução. • Garantir a compreensão de todos sobre as políticas do processo. Todos os recursos envolvidos devem ter o mesmo entendimento sobre tudo aquilo que foi preconizado para a execução das tarefas e o resultado pretendido. Dessa maneira, não haverá questionamentos independentes fora do contexto já definido. • Agregação de melhoria contínua de processos. Todos os recursos envolvidos devem ser aptos a identificar e propor melhorias pertinentes sobre execução de tarefas e até mesmo simplificação e/ou adequação de procedimentos que colaborem com a melhoria contínua de gestão. A partir da abstração de Paz, Duarte e Bigão (2017) sobre a metodologia ágil feature-driven development (FDD), é possível compreender que esta é composta por: • Abstração, desenho inicial ou versão draft de um produto. • Descrição de propriedades e/ou funcionalidades do produto desenhado. • Planejamento sobre como se dará o desenvolvimento das propriedades e funcionalidades esperadas sobre o produto. Ainda sobre o FDD, é importante ressaltar suas características e boas práticas, divididas em oito princípios: • Todos os envolvidos, independentemente de equipe, devem pesquisar e entender o cenário no qual serão trabalhados os problemas pertinentes ao produto. • Entregas – features – de curta duração e baseadas em características específicas e/ou por funcionalidades. 149 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Associação devida do recurso ao código desenvolvido/escrito. • Separação de times por expertise e/ou funcionalidade requerida. • Monitoramento e controle de execuções e fluxo de trabalho a fim de garantir qualidade aos processos. • Controle de versionamento e até mesmo das liberações de códigos em teste e para produção. • Homologação constante de códigos através de compilação da escrita a fim de garantir integração com códigos existentes. • Monitoramento da evolução do fluxo de trabalho e garantia de que todos os recursos envolvidos tenham acesso a essas informações. A partir da abstração de Alves Jr. et al. (2017) sobre o método ágil de desenvolvimento de software dynamic systems development method (DSDM), é possível compreender a composição do ciclo de vida de um projeto de desenvolvimento de software, conforme a seguir: • Viabilidade obtida a partir do levantamento dos requisitos e recursos. • Iteração a partir de um produto conceito ou de um modal funcional. • Iteração a partir de expertise em design e também construção. • Execução dos processos e/ou implementação. Ainda sobre o DSDM, é importante ressaltar suas características e boas práticas, divididas em oito princípios: • Visão das reais necessidades de negócio. • Monitoramento e controle do fluxo de trabalho a fim de garantir os entregáveis dentro do prazo. • Equipe colaborativa sobre o fluxo de trabalho. • Entregáveis devem atender aos padrões de qualidade preconizados. • Desenvolvimento deve agregar e/ou adicionar entregáveis de modo incremental. • Desenvolvimento dos fluxos de trabalho deve ser iterativo a fim de garantir a melhor otimização da expertise entre os recursos. • Comunicação entre todos os recursos envolvidos deve ser contínua e explícita. • Todos os recursos envolvidos devem garantir expertise sobre o fluxo de trabalho pertinente. 150 Unidade IV A partir da abstração de Sousa e Almeida (2020) sobre o método de gerenciamento de projetos Prince2®, é possível compreender sobre esse modelo de gerenciamento quanto à composição do seu ciclo de vida em sete processos, conforme a seguir: • Starting up a project (SU); em português, iniciando um projeto. • Directing a project (DP); em português, direcionando um projeto. • Initiating a project (IP); em português, iniciando um projeto. • Managing a stage boundary (SB); em português, gerenciando um limite de estágio. • Controlling a stage (CS); em português, controlando um estágio. • Managing product delivery (MP); em português, gerenciando a entrega do produto. • Closing a project (CP); em português, fechando um projeto. Ainda sobre o Prince2®, é importante ressaltar sobre suas características e boas práticas de gerenciamento: • Agrega as melhores práticas de gerenciamento reconhecidas mundialmente. • É aderente a qualquer tipo de projeto independentemente de porte e/ou área de negócio. • Garante clareza quanto à atribuição de responsabilidades, recursos e papéis ao projeto. • O foco está nos entregáveis e/ou no produto. • Permite o gerenciamento com base em exceções. • Trabalha com ferramentas para análise e diagnósticos, assim como templates e/ou relatórios previamente definidos. • Possui templates para notáveis níveis de gerenciamento e gestão. • Trabalha com recursos destinados e/ou focados em stakeholders. A partir da abstração de Baumgartner (2017) sobre a metodologia Crystal, é possível compreender que se trata de um conjunto de pequenas metodologias a serem aplicadas com base em porte, prioridade e criticidade do projeto a ser gerido. Essa metodologia tem peculiar característica que garante melhor aderência a projetos de pequeno porte e compostos por equipes colaborativas. 151 GESTÃO DE PROJETOS DE TI Ainda sobre o Crystal, é importante ressaltar seus cinco princípios: • Fluxo constante de entregáveis: esse fluxo deve ser composto por entregáveis incrementados ao produto. • Reflexão por melhorias: todo o fluxo de trabalho deve ser repensado em prol de melhorias sobre processos e procedimentos. • Comunicação por pares: os times devem possuir expertises complementares, ou seja, que possam ser transmitidas e compartilhadas entre os fluxos de trabalho pertinentes. • Segurança no trabalho: os times devem ter sua segurança física garantida para execução de todo e qualquer trabalho pertinente ao projeto. • Visão e foco: todos os envolvidos devem ter expertise sobre o fluxo de trabalho que se encontra envolvido. A partir da abstração de Rovisco (2017) sobre o Lean, é possível compreender que não se trata de método ágil de gerenciamento de projeto, massim de um conjunto de conceitos e princípios que tem por fim mitigar o desperdício em processos de manufatura, porém, tendo em vista a proximidade desses princípios em comparação a metodologias ágeis de gerenciamento de projetos, o Lean foi concebido ao propósito do manifesto ágil. Ainda sobre o Crystal, é importante ressaltar seus sete princípios aderentes ao manifesto ágil, conforme a seguir: • Mitigação do desperdício: de recursos a tarefas. • Fortalecimento e motivação dos times: equipes envolvidas e motivadas por um propósito em comum produzem mais e melhor. • Entregáveis dentro do prazo: garantir entregáveis incrementais e em fluxo constante pode maximizar o retorno sobre o investimento. • Otimização de todos os entregáveis: a visão do todo é extremamente fundamental para compreender que qualquer processo e/ou procedimento é passível de melhoria e irá agregar/somar ao produto final. • Desenvolvimento com qualidade: monitorar e controlar os fluxos de trabalho através e/ou sob o olhar dos requisitos de qualidade preconizados. • Tomada de decisão com base na expertise: garantir ter todos os elementos e informações possíveis para assertiva tomada de decisão. • Troca de conhecimento colaborativo: a expertise é amplificada a cada execução, processo, procedimento e/ou qualquer atividade pertinente ao desenvolvimento, por isso esse conhecimento deve ser compartilhado por todos os times do projeto. 152 Unidade IV A partir da abstração de Schmidt et al. (2018) sobre a metodologia extreme programming (XP), é possível compreender seu valor para gerenciamento de projetos de desenvolvimento de software, distribuído em seus cinco valores – alinhados ao manifesto ágil –, conforme a seguir: • Simplicidade: o time deve estar focado no resultado esperado sobre o produto. • Comunicação: todos os times e recursos envolvidos devem ter acesso a todas as informações pertinentes aos fluxos de trabalho. Esse canal deve ser consolidado a todos os recursos envolvidos. • Feedback: todos os recursos envolvidos devem receber retorno sobre o cumprimento de seus fluxos de trabalho. Esse processo garante melhoria contínua de processos e até mesmo da expertise dos recursos. • Coragem: todos os recursos envolvidos devem ser encorajados a expor suas opiniões de maneira concisa e pertinente aos seus fluxos de trabalho a fim de garantir que o trabalho colaborativo seja uma constante em todos os times. • Respeito: não só por hierarquia, mas principalmente por se tratar uma característica positiva, o respeito deve vigorar entre todos os recursos envolvidos independentemente da sua relação com o fluxo de trabalho. Observação Os métodos ágeis de gerenciamento de projeto não são por si onipresentes em todo o projeto. Para tanto, assim como em gerenciamento clássico de projeto, é cabível e/ou extremamente necessário o uso de softwares como ferramentas adequadas às boas práticas e/ou metodologias utilizadas para a gestão do projeto. Entender se o software e/ou plataforma é adequado ao conceito de gerenciamento por áreas de conhecimento ou trabalha com o moving de sprints é fundamental para a escolha assertiva desse recurso de TI. Algumas ferramentas de gerenciamento de projetos conhecidas no mercado são eficazes para consolidação do gerenciamento alinhadas a metodologias ágeis de gerenciamento. Um recurso a ser considerado é a possibilidade de criação, controle e moving de sprints em tabelas e enquadramentos do projeto. Esse recurso tem especial importância quanto à otimização do tempo gasto para assertivo acompanhamento de migração do status de tarefas e recursos em relação aos sprints Scrum/Agile. A partir desse contexto é possível citar a plataforma Miro. O Miro é uma plataforma que possibilita o gerenciamento consolidado de carteiras, portfólio e projetos alinhados a metodologias ágeis – Agile –, a fim de garantir notável otimização e controle de fluxo de sprints e posts. O Miro permite conference calls remotos consolidados, através de recurso da própria plataforma, assim como recursos de white board colaborativo, quadros de agrupamento e moving de sprints, seções de brainstorming colaborativa, mapeamento visual e diagramada de processos, além 153 GESTÃO DE PROJETOS DE TI da essencial integração de fluxos de trabalho. Possui relação com outras plataformas de gerenciamento quanto a integração, como Dropbox, Box, Google Suite, Jira, Slack e Sketch, entre outras. Exemplo de aplicação Há uma grande quantidade de informações disponíveis da internet sobre guias de boas práticas, métodos e dicas para a gestão e o gerenciamento de projetos, porém, há que se atentar à fonte de tais informações. Assim, sempre que possível pesquise em fontes confiáveis como institutos, workshops divulgados de forma pública, profissionais de conhecimento e/ou certificações publicamente reconhecidas. Essa prática garante real e assertivo uso de práticas de gerenciamento adequados às necessidades requeridas em exames de certificação, entrevistas profissionais e do gerenciamento de um projeto propriamente dito. . Figura 38 – Miro Disponível em: https://bit.ly/3zNhfdY. Acesso em: 24 jun. 2021. 154 Unidade IV Resumo Esta quarta unidade iniciou contextualizando com certo grau de profundidade algumas das áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos com base na sexta edição do Guia PMBOK® e em métodos e frameworks ágeis para gerenciamento de projetos. No capítulo 7, comentou-se a importância da compreensão e adequação do gerenciamento das aquisições e das partes interessadas como áreas que permeiam todo o ciclo de vida de seu gerenciamento, com processos nos grupos de iniciação, planejamento, execução, monitoria e controle. Nesse capítulo, foi abordada a importância de documentos fundamentais para a prática do gerenciamento de projetos quanto à gestão das aquisições e das partes interessadas: o plano de gerenciamento das aquisições, como documento de entrada para as áreas de conhecimento integração, partes interessadas e riscos, e o plano de gerenciamento das partes interessadas, como documento de entrada para as áreas de conhecimento escopo, qualidade, comunicações e riscos. No gerenciamento das aquisições, foi destacada a importância quanto a identificação e análise de informações que permitam assertiva aquisição de recursos, produtos e serviços essencialmente necessários ao projeto. Para tanto, foram abordados elementos de entrada, saída e domínios cabíveis a cada um dos processos – com base no Guia PMBOK® – que compõem a área de conhecimento do gerenciamento das aquisições. Ainda em destaque sobre o gerenciamento das aquisições, tratou-se da importância de garantir que as aquisições estejam de acordo e/ou em conformidade com acordos, contratos, boas práticas, normas e leis já institucionalizadas pela organização contratante do projeto. No gerenciamento das partes interessadas, sobre os envolvidos, foram destacados levantamento, identificação, categorização/relevância e papéis deste na estrutura organizacional. Nesse contexto, abordou-se considerar não somente recursos internos da organização, mas também parceiros de negócios, membros de conselho, fornecedores e/ou quaisquer outros elementos que possam de alguma maneira persuadir os envolvidos no projeto. 155 GESTÃO DE PROJETOS DE TI No capítulo 8, foram abordados conceitos e princípios acerca de metodologias ágeis, bem como características de alguns frameworks ágeis conhecidos por garantir alinhamento a práticas de gestão de projetos mundialmente utilizadas nos mais diversos segmentos. Ainda sobre o gerenciamento ágil de projetos, destacou-se que não há um template, método ou guia de boas práticas padrão ou genérico a ser utilizado sobre qualquer projeto. Esse processo de adoção de uma metodologia ou guia de boas práticas depende de fatores como porte do projeto, expertise dos envolvidos, budget para o gerenciamento, documentação gerada como evidência e controle, otimização eflexibilização do gerenciamento em prol da dinâmica de processos e tarefas, bem como da correlação dos elementos e recursos de um projeto por seus pares no método ágil escolhido para gerenciamento. O conteúdo desta quarta unidade, em seus sétimo e oitavo capítulos, transcorreu com base no guia de boas práticas PMBOK®, profissionais de relevante importância no segmento de gerenciamento de projetos e métodos e frameworks ágeis de gestão. 156 Unidade IV Exercícios Questão 1. No desenvolvimento de um certo produto de software, foi determinado que um dos requisitos do produto seria a exibição de informações em planilhas eletrônicas. Contudo, durante uma reunião de revisão, a equipe do projeto verificou que esse formato não facilitava a interpretação das informações e sugeriu que fosse construído um gráfico que permitiria a identificação mais rápida de informações importantes. Diante desse fato, o gerente do projeto deve: A) autorizar a equipe do projeto a implementar o gráfico e registrar a mudança. B) solicitar à equipe do projeto que ignore a sugestão, uma vez que ela está fora do escopo definido. C) analisar o impacto da modificação e submetê-la à aprovação do cliente, independentemente da relevância do impacto. D) analisar o impacto da modificação e, somente se o impacto no projeto for grande, submetê-la à aprovação do cliente. E) autorizar a equipe do projeto a implementar o gráfico e desprezar o registro da mudança, atendendo à recomendação de que sejam rastreadas apenas mudanças cujo impacto seja significativo no custo ou nos prazos do projeto. Resposta correta: alternativa C. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa. nesta alternativa, o cliente não é consultado. Uma das funções de um gerente de projeto é garantir que exista a aprovação dos interessados antes da implementação de uma mudança. B) Alternativa incorreta. Justificativa: ignorar uma eventual melhoria no projeto é impedir seu desenvolvimento e o aprimoramento da equipe que a propõe. Isso irá coibir a participação coletiva. C) Alternativa correta. Justificativa: a análise do impacto da modificação proposta e sua submissão ao cliente mostram que o gerente trabalha em equipe e que não toma nenhuma decisão que altere o projeto sem que o cliente seja consultado. Isso transmite ao cliente uma sensação de segurança quanto à condução do projeto e ao resultado esperado. 157 GESTÃO DE PROJETOS DE TI D) Alternativa incorreta. Justificativa: a submissão da mudança proposta ao cliente independe de sua relevância. E) Alternativa incorreta. Justificativa: toda mudança, antes de ser implementada, deve ter a aprovação do cliente. Questão 2. Leia o texto a seguir. O futuro do gerenciamento de projetos no Brasil Agliberto Alves Cierco – 14.01.2021 Há muito tempo, quando comecei a trabalhar efetivamente com gerenciamento de projetos, o principal fator que tornava os projetos cansativos com equipes, por vezes desmotivadas, era que a comunicação entre as partes era difícil e manter o cronograma em dia era complicado, já que os interessados ora não se entendiam, ora o escopo dos projetos era modificado frequentemente, sem que todos estivessem efetivamente cientes do que estava acontecendo. É claro que essa situação foi sendo alterada com o tempo, para melhor, e hoje temos ferramentas que permitem o desenvolvimento dos projetos com o apoio e com a confirmação de cada etapa do projeto. Surgiram ferramentas como MS-Project e Primavera, entre outras, que permitem o acompanhamento efetivo de maneira prática e, em muitos casos, simples. Um ponto que precisa ter atenção dos profissionais é a documentação dos projetos. Por algum motivo, que tem a ver com a personalidade do brasileiro, a correta anotação de todos os fatos e dados do projeto não é uma questão muito considerada pelos gerentes de projeto. Todo projeto é iniciado com a aprovação de um Plano de Projeto, que precisa ser seguido, pois nem sempre o que está sendo gerenciado é um projeto simples, com soluções simples, o que leva a equipe a ficar atenta ao que está definido, para que as etapas sejam acompanhadas e os resultados sejam aferidos. Tudo deve ser anotado em locais de fácil acesso para que as próximas equipes, de outros projetos, possam saber o que aconteceu e como aconteceu para o sucesso ou o fracasso da empreitada. Já tivemos a primeira onda do gerenciamento de projetos, em que surgiram entidades como o IPMA (International Project Management Association), em 1965, e o PMI (Project Management Institute), em 1969, que apresentaram as suas versões dos corpos de conhecimento e as práticas respectivas, documentos que contém uma compilação de práticas de mercado que possibilitam que os gerentes de projetos, juntamente com as organizações, produzam os seus próprios Planos de Projetos, à luz de as melhores formas dos projetos serem gerenciadas. 158 Unidade IV O PMI publica, a cada quatro anos, o PMBOK® (Project Management Body of Knowledge), que traz as melhores práticas do conhecimento de projetos, atualizadas por diversos profissionais de gerenciamento de projetos ao redor do mundo. O PMBOK® é o guia para a certificação denominada PMP (Project Management Professional), que é um teste de múltipla escolha em que, ao ser aprovado, o profissional consegue o título, reconhecido internacionalmente, de Gerente de Projetos Profissional, PMP. No Brasil havia 17.000 profissionais reconhecidos como PMP em janeiro de 2021. Adaptado de: https://bit.ly/3gWEiKO. Acesso em: 24 jun. 2021. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. I – Alguns dos entraves pelos quais a área de gerenciamento de projetos já passou foram a dificuldade de comunicação entre os envolvidos e a manutenção do cronograma. O uso de ferramentas que possibilitam a confirmação das fases de um projeto e seu acompanhamento auxiliou na solução dos problemas apontados. II – Um dos aspectos fundamentais para o eficaz gerenciamento de projetos é a detalhada documentação dos fatos ocorrido durante o desenvolvimento e a implantação dos projetos e dos dados utilizados, de modo que tais registros possam ser conhecidos por equipes que venham a assumir funções nesse escopo. III – O PMBOK® (Project Management Body of Knowledge), publicado quadrienalmente pelo PMI (Project Management Institute), é o guia para a certificação PMP (Project Management Professional). É correto o que se afirma em: A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I e II, apenas. E) I, II e III. Resposta correta: alternativa E. 159 GESTÃO DE PROJETOS DE TI Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. Justificativa: segundo o autor do texto, “há muito tempo, quando comecei a trabalhar efetivamente com gerenciamento de projetos, o principal fator que tornava os projetos cansativos com equipes, por vezes desmotivadas, era que a comunicação entre as partes era difícil e manter o cronograma em dia era complicado, já que os interessados ora não se entendiam, ora o escopo dos projetos era modificado frequentemente, sem que todos estivessem efetivamente cientes do que estava acontecendo”. Ele complementa que “é claro que essa situação foi sendo alterada com o tempo, para melhor, e hoje temos ferramentas que permitem o desenvolvimento dos projetos com o apoio e com a confirmação de cada etapa do projeto”. II – Afirmativa correta. Justificativa: segundo o texto, “um ponto que precisa ter atenção dos profissionais é a documentação dos projetos”. Além disso, “todo projeto é iniciado com a aprovação de um Plano de Projeto, que precisa ser seguido, pois nem sempre o que está sendo gerenciado é um projeto simples, com soluções simples, o que leva a equipe a ficar atenta ao que está definido, para que as etapas sejam acompanhadas e os resultados sejam aferidos”. Adicionalmente, “tudo deve ser anotado em locais de fácil acesso para que as próximas equipes, de outros projetos, possam saber o que aconteceu e como aconteceu para osucesso ou o fracasso da empreitada”. III – Afirmativa correta. Justificativa: segundo o texto, “o PMI publica, a cada quatro anos, o PMBOK® (Project Management Body of Knowledge), que traz as melhores práticas do conhecimento de projetos, atualizadas por diversos profissionais de gerenciamento de projetos ao redor do mundo”. Além disso, “o PMBOK® é o guia para a certificação denominada PMP (Project Management Professional), que é um teste de múltipla escolha em que, ao ser aprovado, o profissional consegue o título, reconhecido internacionalmente, de Gerente de Projetos Profissional, PMP”. 160 REFERÊNCIAS Textuais ABNT. NBR ISO 9001:2015. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. Disponível em: https://bit.ly/33GNBYU. Acesso em: 29 jun. 2021. ALMEIDA, A. et al. Inovação e gestão do conhecimento. Rio de Janeiro: FGV, 2016. ALMEIDA, H. R.; RAMOS FILHO, A. C. Conceitos da gestão de mudanças organizacionais aplicados à efetividade do gerenciamento de projetos: um estudo com gerentes seniores. Revista de Gestão e Projetos, v. 10, n. 2, p. 79-92, 2019. ALMEIDA, M.; BERTEGES, L. F. C. Utilização de técnicas de gestão de projetos como instrumento avaliativo de construção de maquete residencial de palito. Revista Eletrônica TECCEN, v. 13, n. 1, p. 25-32, 2020. ALMEIDA, N., ALMEIDA, F. Metodologia de gerenciamento de portfólio. 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