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AULA 01-Normas Brasileiras para o exercício de auditoria

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24/10/2021 21:09 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/24
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA CONTÁBIL E
TRIBUTÁRIA
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Paolla Hauser
24/10/2021 21:09 UNINTER
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CONVERSA INICIAL
Olá alunos(as), como estão? Bem-vindos(as)! Nesta disciplina, discutiremos diversos conceitos
contábeis para execução dos trabalhos de auditoria.
É importante que vocês fiquem atentos aos conteúdos já abordados durante o curso, pois para a
realização da auditoria, é necessário conhecer sobre as demonstrações contábeis e analisá-las de
uma forma mais crítica, por isso, é essencial que os conceitos e métodos contábeis estejam ainda
firmes na cabeça de vocês.
Nossas aulas foram divididas entre conteúdos sobre as noções de auditoria, os tipos e objetivos
de auditoria, a responsabilidade do auditor, normas e procedimentos de auditoria e a realização dos
famosos papéis de trabalho, conhecidos no meio como “WPs” (working paper).
Na aula de hoje, vamos iniciar com uma introdução à auditoria, com os conceitos e papel do
auditor. Trataremos sobre a independência da atividade e os tipos de auditoria assim como as
exigências que a profissão do auditor possui, além das regras para se tornar um, os tipos de auditoria
existentes e a responsabilidade do profissional diante da empresa auditadas e seus órgãos
regulamentadores. Por fim, vamos tratar sobre a ética da profissão.
Nossas aulas iniciais serão bastante teóricas e densas, sugiro então a leitura deste conteúdo e de
materiais complementares para fixar todo o extenso conteúdo! Desejo a todos vocês, alunos(as), um
ótimo estudo!
CONTEXTUALIZANDO
Muitas vezes, o auditor é visto com maus olhos pela equipe contábil de grandes empresas, isso
porque, culturalmente, a auditoria era aquela que vinha para apontar todo e qualquer problema ou
erro contábil.
Atualmente, a realidade mudou um pouco, o auditor pode ser considerado fundamental para
que as demonstrações contábeis das empresas tenham uma maior confiança entre os usuários,
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principalmente investidores.
O maior problema é que a auditoria é feita sempre por grandes empresas, seja por exigência de
lei ou de investidores, mas o profissional pode auxiliar em qualquer tamanho de empresa, desde que
o empresário queira que a sua contabilidade sirva de fato como uma ferramenta para tomada de
decisão.
TEMA 1 – INTRODUÇÃO À AUDITORIA
Como já é de seu conhecimento, as demonstrações contábeis são relatórios que contemplam a
representação monetária e estruturada da posição de uma empresa, tanto patrimonial como
financeira.
Para Adriano (2018, p. 922),
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e
financeira e do desempenho da entidade, tendo como finalidade apresentar os resultados da
atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidade na gestão diligente dos
recursos que forem confiados.
As informações constantes nas demonstrações são apresentadas acerca de:
Ativos;
Passivos;
Patrimônio líquido;
Receitas e despesas;
Alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários assim como a
distribuições aos mesmos;
Fluxo de caixa.
Uma das principais finalidades das demonstrações contábeis é ajudar o usuário a prever os
futuros fluxos de caixa da empresa, para que este possa tomar suas decisões.
Para isso, a contabilidade canaliza uma série de informações dentro de uma empresa. Vejamos, a
seguir, a ilustração trazida pelo Attie (2018):
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A contabilidade tem a função de promover meios informativos para a coleta de fatos ocorridos
na empresa que possam impactar no seu patrimônio. Com isso, poderá realizar a escrituração e
promover base para decisão.
É a administração da entidade que tem a responsabilidade pela elaboração das demonstrações
contábeis, seja para atendimento das demandas internas de informações, seja para divulgação aos
usuários externos.
Tais Demonstrações podem passar por uma auditoria.
A auditoria das Demonstrações Contábeis tem como objetivo expressar opinião sobre elas e
assegurar que estejam adequadas quanto à posição patrimonial e financeira.
A legislação brasileira determina que, de acordo com a Lei n. 6.404/1976, alterada pela Lei n.
11.638/2007 as companhias que possuam capital aberto ou de grande porte são obrigadas a realizar
auditoria anualmente.
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Art. 3º Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedades por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre
escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria
independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou
conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total
superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior
a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
A norma citada determina sobre a obrigatoriedade da auditoria por auditor independente, para
as sociedades por ações que tenham capital aberto, e para as companhias de grande porte. A própria
norma esclarece quem é considerado como grande porte, sendo:
Sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver:
Ativo total superior a R$ 240.000.000,00; no exercício social anterior; ou
Receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00.
De acordo com Attie (2018), o termo auditor provém do termo inglês to audit que significa
“examinar, ajustar, corrigir, certificar”. Podemos também trazer a origem do termo em latim, que
significa “aquele que ouve, o ouvinte”
Todos os conceitos acima podem expressar qual é a missão do auditor dentro de uma
organização. Primeiro ele ouve sobre o contexto do negócio e da empresa, após isso ele examina os
documentos e operações, sugere correções e ajustes e por fim, concede sua opinião sobre os
números e as operações.
Sabemos que a contabilidade é uma ciência que auxilia na tomada de decisão dos
administradores, nesse mesmo sentido tratamos a auditoria, por meio de suas normas e
metodologia, ela avalia a veracidade das informações contábeis, o correto cumprimento das normas
à licitude da aplicação do capital investido para que com base na opinião do auditor,
administradores, acionistas, investidores e futuros investidores possam tomar decisões.
Vamos agora conhecer a linha cronológica da contabilidade e na sequência da auditoria, já que
ela é proveniente da contabilidade.
Quadro 1 – Linha cronológica da contabilidade
Período Fato
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- Desconhecida a data do início da aplicação do método das partidas dobradas.
1202 Publicação do Liber abacci, de autoria de Fibonacci, expondo cálculos financeiros nas operações mercantis.
1494 Publicação da Summa/Tractatus, de Frá Luca Paccioli. No tratado é apresentada a escrituração das contas
mercantis pelo método das partidas dobradas.
1840 Publicação de A Contabilidade aplicada à administração pública e à administração privada, de Francisco Villa.
1840 Evidencia a Escola Italiana de Contabilidade, iniciando o desenvolvimento da Teoria da Contabilidade,
predominando as discussões teóricas a respeito da disciplina.
1920 Predominância da Escola Anglo-americana de Contabilidade com o desenvolvimento da Contabilidade de Custos,
Contabilidade Gerencial, Análise de Balanços, Auditoria e outras ramificações técnicas.
1934 Predominância da Escola Americana de Contabilidade, que perdura até os tempos atuais.
 
Quadro 2 – Linha cronológica da auditoria
Período Fato
- Desconhecidaa data do início da atividade de auditoria
1314 Criação do cargo de Auditor do Tesouro da Inglaterra
1559 Sistematização e estabelecimento da auditoria dos pagamentos a servidores públicos pela Rainha Elizabeth I.
1880 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados (Institute of Chartered Accountants in England and
Wales), na Inglaterra
1886 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados (AICPA), nos Estados Unidos.
1894 Criação do Instituto Holandês de Contadores Públicos
1934 Criação do Security and Exchange Commission (SEC), nos Estados Unidos
A SEC corresponde à nossa CVM – Comissão de Valores Mobiliários, ela é responsável pelo
mercado de capitais dos Estados Unidos.
Com a criação do SEC é que a auditoria começa a ter maior importância, pois as empresas que
operacionalizavam na bolsa foram obrigadas a ter auditoria para que suas demonstrações tivessem
maior credibilidade.
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No Brasil, a auditoria está principalmente relacionada com a instalação das empresas
internacionais de auditoria independente, já que os investimentos internacionais também foram
implantados aqui e precisavam que suas demonstrações fossem auditadas.
TEMA 2 – NOÇÕES DE AUDITORIA E NORMAS DE AUDITORIA
A auditoria das demonstrações contábeis consiste em um conjunto de procedimentos técnicos
que tem por objetivo a emissão de parecer sobre sua adequação, conforme os Princípios de
Contabilidade.
O objetivo do exame das demonstrações contábeis é o de expressar uma opinião sobre a
propriedade das mesmas e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e
financeira, o resultado das suas operações e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos
períodos em exame.
Para os exames de auditoria, devemos seguir os procedimentos das normas de auditoria
vigentes, chamadas de NBC TA.
Saiba mais
Você pode acessar as normas, pelo portal do CFC, por meio do link: <https://cfc.org.br/tecni
ca/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente/>. Acesso em: 22 set.
2021.
A NBC TA 200 define que o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Para tanto, o auditor emite uma opinião sobre se as
demonstrações foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
Tal opinião expressa se as demonstrações estão apresentadas adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura do relatório financeiro.
Attie (2018, p. 5) explica que a auditoria é uma “especialização da contabilidade e que é voltada
a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial implantado com objetivo de expressar uma
opinião sobre determinado dado”.
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente/
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Sabemos, então, que todos os itens e métodos que influenciaram a escrituração das
demonstrações também devem ser examinados.
Ainda Attie (2018, p. 5) diz que os exames de auditoria obedecem às normas de auditoria, as
quais você pode acessar no link já disponibilizado nesta aula, e incluem procedimentos de
comprovação dos dados em estudo caracterizados por uma atitude de reflexão competente e
independente, por parte do auditor.
A seguir você poderá ter uma visão resumida do processo de auditoria.
O autor define como atitude mental a atividade crítica da auditoria, voltada às regras em vigor,
por força das normas implantadas para controle do patrimônio.
Uma condição importante da auditoria é a de não se limitar somente àquilo que está registrado
nos livros oficiais, mas também àquilo que pode ter sido omitido nos registros principais.
Já a atitude profissional visa o objeto em exame, reflete a combinação de uma educação
profissional adquirida com o conhecimento técnico pelo estudo permanente de novas ferramentas
de trabalho, pela experiência adquirida por meio dos diferentes trabalhos.
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Por fim, a atitude preventiva do auditor tem relação com a criação de uma reputação honesta,
criada por padrões morais inatacáveis. Tal atitude mostra credibilidade e moral suficientes para a
assinatura no parecer de auditoria.
Outra norma de auditoria que podemos citar, por ser uma das mais importantes da profissão, é a
NBC PA 400 – Independência para trabalho de auditoria.
Vejamos o que a norma diz:
400.5 A independência está vinculada aos princípios da objetividade e da integridade. Ela
compreende:
(a) independência de pensamento – postura que permite a apresentação de conclusão que não
sofra efeitos de influências que comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa
atue com integridade, objetividade e ceticismo profissional;
(b) aparência de independência – evitar fatos e circunstâncias que sejam tão significativos a ponto
de que um terceiro informado e prudente provavelmente concluiria, ponderando todos os fatos e
circunstâncias específicas, que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da firma, ou
de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos.
Nesta Norma, as menções ao fato de pessoa ou de firma ser “independente” significam que a
pessoa ou a firma cumpriu com as disposições desta Norma.
400.6 Na realização de trabalhos de auditoria, requer-se que as firmas cumpram com os princípios
fundamentais e sejam independentes. Esta Norma descreve os requisitos específicos e o material de
aplicação sobre a forma de aplicar a estrutura conceitual para manter a independência na
realização desses trabalhos. A estrutura conceitual descrita na Seção 120 da NBC PG 100 aplica-se à
independência assim como aos princípios fundamentais descritos na Seção 110 da NBC PG 100.
De forma mais sucinta, quando falamos em auditoria independente, significa que o auditor tem
que ser um terceiro, de fora da entidade, e que não tenha qualquer relação que possa lhe beneficiar,
na empresa auditada, por exemplo, ter algum ganho financeiro com o resultado da empresa.
A norma traz ainda fatores que ameaçam a independência, sendo:
R400.31 Se a entidade se torna cliente de auditoria durante ou após o período coberto pelas
demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá uma opinião, a firma deve determinar se
alguma ameaça à independência é criada por:
(a) relacionamentos financeiros ou comerciais com o cliente de auditoria durante ou após o período
coberto pelas demonstrações contábeis, mas antes da aceitação do trabalho de auditoria; ou
(b) serviços prestados anteriormente para o cliente de auditoria pela firma ou por firma em rede.
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400.31A1 As ameaças à independência são criadas se o serviço que não é de asseguração foi
prestado para cliente de auditoria durante, ou após, o período coberto pelas demonstrações
contábeis, mas antes de a equipe de auditoria começar a realizar a auditoria, e o serviço não seria
permitido durante o período de contratação.
400.31A2   Exemplos de ações que podem ser salvaguardas no tratamento dessas ameaças incluem:
usar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço.
revisão por revisor apropriado do trabalho de auditoria e o de não asseguração, conforme
apropriado.
contratação de outra firma fora da rede para avaliar os resultados do serviço que não é de
asseguração ou encaminhamento do serviço que não é de asseguração para ser refeito por
outra firma fora da rede na extensão necessária para permitir que ela assuma a
responsabilidade pelo serviço.
Quando há a contratação de uma auditoria independente, os sócios e gestores da firma de
auditora precisam estar atentos às condições de independência, para que possam dar opinião sem
nenhum risco.
Importante falarmossobre a auditoria interna e a auditoria externa. A auditoria externa é a
chamada de independente, realizada por pessoas de fora da empresa, e tem por objetivo principal
analisar a veracidade das informações contábeis e operações da empresa contratante.
Já auditoria interna tem como principal objetivo garantir que as normas e políticas internas estão
sendo cumpridas pelos empregados. O setor de auditoria interna responde diretamente para a
administração da entidade.
TEMA 3 – AUDITORIA E A PROFISSÃO DO AUDITOR
Quando você se deparou com essa disciplina, qual foi a primeira coisa que veio à sua cabeça? O
que você entende por auditoria?
Uma das respostas mais comuns que os estudantes dão, quando perguntados sobre “o que é
auditoria?”, é a de que se trata da revisão das informações prestadas pelo contador.
Tal resposta não está errada, no entanto, o conceito de auditoria é muito mais abrangente.
Inicialmente vamos a origem da palavra auditoria, a qual origina-se do latim audire, que significa
“ouvir”. Outra origem também conhecida, é da palavra inglesa to audit que significa “examinar,
corrigir, ajustar, certificar”.
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Dessa forma, o trabalho do auditor, muito mais do que olhar os números apresentados nas
demonstrações, é também o que questionar os envolvidos nas operações da empresa, para que
possa conhecer a operação, e com base nisso, poder avaliar e emitir uma opinião acerca das
demonstrações.
Crepaldi (2013, p. 3) conceitua a auditoria de uma maneira bastante simples, como sendo “o
levantamento, estudo e avalição sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das
demonstrações financeiras de uma entidade”.
O trabalho do auditor deve se concentrar nos dados examinados. O profissional deve olhar para
a empresa, seus administradores, seus colaboradores de forma independente e isenta. Assim, o
auditor não pode ter realizado nenhum tipo de trabalho na empresa auditada que possa
comprometer sua opinião.
3.1 QUEM PODE SER UM AUDITOR?
Antes de identificarmos os tipos de auditoria, vamos conhecer as regras para se tornar um
auditor independente. Para que seja possível um contador se tornar então auditor, é necessário que
este passe por outras provas além do Exame de Suficiência do CFC.
Você já sabe que para se tornar um contador de fato, você precisar passar no Exame de
Suficiência do CFC – Conselho Federal de Contabilidade, prova esta que qualifica o bacharel em
ciências contábeis a se tornar um contador, podendo a partir do registro, assinar as demonstrações
contábeis como técnico responsável.
Já para a atividade de auditoria, o contador deve passar por mais exames de qualificação, a
depende do tipo de empresa a ser auditada. A norma que regulamenta a qualificação da profissão do
auditor é a NBC PA 13 (R3) de 2020 (Norma Brasileira de Contabilidade – Profissional Auditor).
De acordo com a referida norma, o exame de qualificação técnica tem por objetivo aferir o nível
de conhecimento e a competência técnico profissional necessária do contador da área de auditoria
independente.
Atualmente são aplicados cinco modelos de provas distintas para cada área passível de auditoria,
sendo elas:
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1. Prova de Qualificação Técnica Geral (QTG) para atuação em entidades em geral;
2. Prova específica para atuação em instituições reguladas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM);
3. Prova específica para atuação em instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil (BCB);
4. Prova específica para atuação em sociedades supervisionadas pela Superintendência de
Seguros Privados (Susep); e
5. Prova específica para atuação em entidades supervisionadas pela Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc).
O profissional da contabilidade poderá realizar todas as provas simultaneamente. Normalmente,
as provas são aplicadas cada uma em um dia da semana. Porém, para que a prova da CVM, BCB,
Susep ou Previc seja corrigida, é necessário que o candidato tenha sido aprovado na primeira prova,
que é de QTG.
O Exame de Qualificação Técnica para Auditor se dá pela aplicação de provas escritas, podendo
ser de forma presencial ou digital, contemplando questões para respostas objetivas e questões para
respostas dissertativas.
De acordo com a NBC PA 13 (R3), para realização da prova, são exigidos do contador
conhecimento nos seguintes conteúdos:
16. Na prova de Qualificação Técnica Geral (QTG), são exigidos conhecimentos do contador nas
seguintes áreas:
(a) Normas Brasileiras de Contabilidade, Técnicas e Profissionais, editadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC);
(b) Legislação Societária; e
(c) Língua Portuguesa Aplicada.
17. Na prova específica para atuação do contador em auditoria independente, nas instituições
reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), são exigidos conhecimentos de:
(a) Legislação e Normas do Mercado de Capitais e demais normas da CVM pertinentes aos
auditores independentes;
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(b) Legislação e Normas da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão concernentes aos níveis diferenciados de
Governança Corporativa e segmentos especiais de listagem.
18. Na prova específica para atuação do contador em auditoria independente nas instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BCB), são exigidos conhecimentos de:
(a) legislação e normas aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo BCB;
(b) operações de instituições autorizadas a funcionar pelo BCB;
(c) contabilidade de instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo BCB;
(d) legislação e normas emanadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
19. Na prova específica para atuação do contador em auditoria independente nas sociedades
supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), são exigidos conhecimentos
de:
(a) legislação e normas aplicáveis às sociedades supervisionadas pela Susep;
(b) operações de sociedades supervisionadas pela Susep;
(c) contabilidade de sociedades e demais entidades supervisionadas pela Susep.
20. Na prova específica para atuação do contador em Auditoria Independente nas entidades
supervisionadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), são
exigidos conhecimentos de:
(a) legislação e normas aplicáveis às entidades supervisionadas pela Previc;
(b) operações de entidades supervisionadas pela Previc;
(c) contabilidade de entidades supervisionadas pela Previc.
Para que o candidato seja aprovado nas provas, deverá obter no mínimo 60% de acerto nas
questões objetivas e 60% nas questões dissertativas em cada uma das provas.
Além das provas, o auditor deverá, em cada ano, comprovar atualização técnica, de no mínimo
40 (quarenta) pontos no Programa de Educação Continuada (EPC) por ano-calendário. Dessa
pontuação anual, no mínimo 8 (oito) pontos devem ser cumpridos com atividades de aquisição de
conhecimento.
Saiba mais
A forma de pontuação está prevista na Tabela I da NBCPG12(R3) que você pode consultar
acessando o link <https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCPG12
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCPG12(R3)&arquivo=NBCPG12(R3).doc
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/24
(R3)&arquivo=NBCPG12(R3).doc>. Acesso em: 22 set. 2021.
A Resolução CVM n. 23 de 2021dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria
independente no âmbito da CVM, e determina que:
Art. 1º O auditor independente, para exercer atividade no âmbito do mercado de valores
mobiliários, está sujeito ao registro na Comissão de Valores Mobiliários, regulado pela presente
Resolução.
Art. 2º O registro de auditor independente compreende duas categorias:
I – Auditor Independente - Pessoa Natural (AIPN), conferidoao contador que satisfaça os requisitos
previstos nos arts. 3º e 5º desta Resolução; e
II – Auditor Independente – Pessoa Jurídica (AIPJ), conferido à sociedade profissional que satisfaça
os requisitos previstos nos arts. 4º e 6º desta Instrução.
§ 1º A Comissão de Valores Mobiliários mantém, ainda, cadastro dos responsáveis técnicos
autorizados a emitir e assinar relatórios de auditoria, em nome de cada sociedade, no âmbito do
mercado de valores mobiliários.
§ 2º Para efeito desta Resolução, os responsáveis técnicos compreendem os sócios e demais
contadores que mantenham vínculo profissional de qualquer natureza com a sociedade de
auditoria, que atendam às exigências contidas nesta Resolução.
§ 3º O Auditor Independente – Pessoa Jurídica é corresponsável pelo cumprimento desta
Resolução, no que se refere à conduta profissional, ao exercício da atividade e à emissão de
pareceres e relatórios de auditoria, pelos seus responsáveis técnicos.
A norma define os registros para as pessoas físicas e para as firmas de auditoria (pessoas
jurídicas).
Saiba mais
Para conhecer a norma completa, você pode acessar o seguinte link: <http://conteudo.cvm.
gov.br/legislacao/resolucoes/resol023.html>. Acesso em: 22 set. 2021.
TEMA 4 – TIPOS DE AUDITORIA
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCPG12(R3)&arquivo=NBCPG12(R3).doc
http://conteudo.cvm.gov.br/legislacao/resolucoes/resol023.html
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Como vimos, a palavra auditoria significa também “examinar”. Tal exame pode ser realizado em
diversos tipos de auditoria.
Vamos definir inicialmente os tipos de auditoria pelas áreas específicas dentro das organizações.
4.1 AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A primeira é a auditoria das demonstrações financeiras. Você já relembrou quais são as peças
contábeis obrigatórias nas entidades nos primeiros temas desta aula. A auditoria das DF’s é o exame
das mesmas, por um profissional independente, com a finalidade de emitir parecer técnico sobre sua
finalidade.
4.2 AUDITORIA OPERACIONAL OU DE GESTÃO
Segundo Crepaldi (2013, p. 13-14), a auditoria operacional consiste em revisões metódicas de
programas, organizações, atividades ou segmentos operacionais dos setores público e privado, com
a finalidade de avaliar e comunicar se os recursos da organização estão sendo usados de forma
eficiente e se estão sendo alcançados os objetivos operacionais. De forma resumida, se trata de uma
análise do desempenho real em confronto com o esperado.
Já a auditoria de gestão está mais ligada às áreas da empresa de maior risco para a continuidade
dos negócios de forma a proporcionar à organização informações que possibilitem a tomada de
decisão.
Crepaldi (2013) cita as formas de auditoria operacional ou de gestão, sendo:
Revisão Limitada: o auditor examina as transações da empresa de modo global ou analítico,
porém sem ter a necessidade de ampliar as normas de auditoria. Para esse tipo de trabalho, o
auditor emite um relatório longo (ressaltando que os serviços não foram executados segundo as
normas) comentando como se compõem os saldos das contas sem entrar no mérito de examinar
ou não, segundo a sua conveniência, os respectivos comprovantes hábeis e não há também a
obrigatoriedade de observação dos inventários físicos.
De caixa: específica para determinar a extensão de fraudes.
Parciais: constituindo-se em:
- Auditoria apenas em determinados setores. Exemplos: exame das contas a receber, faturamento e
cobrança, eficiência do setor de crédito, confirmações, etc.
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- Auditoria para determinar responsabilidades contingentes (processos em andamento, cálculos de
juros, correção e outras obrigações);
- Auditoria de estoques e custos de produção.
Combinação de negócios:
- De fusão ou incorporações de empresas.
- De avaliação dos negócios para fins de aquisição.
Ativos
- De ativos fixos, de investimentos etc. (Crepaldi, 2013, p. 15)
Desses exames, somente a auditoria das demonstrações contábeis é que o auditor emite
parecer.
4.3 AUDITORIA TRIBUTÁRIA
A auditoria tributária tem como objetivo examinar e avaliar o planejamento tributário e a
eficiência dos procedimentos e controles adotados para a operação, pagamento e recuperação dos
impostos e contribuições incidentes nas operações desenvolvidas pela entidade (Crepaldi, 2013).
Nesse procedimento, podemos ainda citar o exame das obrigações acessórias do sistema
público de escrituração digital – SPED, que possui um número elevado de informações prestadas aos
órgãos da administração pública e são periodicamente confrontados pelo Fisco Federal, Estadual e
Municipal, por isso há a importância da auditoria nessas declarações.
4.4 AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
A auditoria de sistemas de informações compreende o exame e avaliação dos processos de
planejamento, desenvolvimento, teste e sistemas aplicativos. Nessa auditoria, é possível avaliar o
controle das informações prestadas nos sistemas, como a admissão de informações, controle de
acessos, autorizações, entre outros.
4.5 AUDITORIA DE COMPLIANCE
A palavra compliance significa estar em conformidade com as leis e regulamentos. Atualmente,
diversas empresas têm buscado a implantação, avaliação e revisão da chamada área de compliance,
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seja para fins trabalhistas, operacionais, tributário, almoxarifado, expedição, entre outros. A auditoria
de compliance visa à verificação das definições das áreas e seus resultados.
TEMA 5 – ÉTICA PROFISSIONAL E A RESPONSABILIDADE LEGAL DO
AUDITOR
Como já falamos aqui, um dos objetivos do trabalho do auditor é dar credibilidade às
demonstrações contábeis. Dessa forma, não é aceito qualquer tipo de desconfiança sobre a opinião
dada por ele, pois sua opinião influenciará diretamente no financeiro, comercial e tomada de
decisões dos investidores.
Existem cinco princípios fundamentais de ética para os profissionais da contabilidade:
1. Integridade – ser direto e honesto em todas as relações profissionais e comerciais.
2. Objetividade – não comprometer julgamentos profissionais ou comerciais devido a
comportamento tendencioso, a conflito de interesses ou à influência indevida de outros.
3. Competência profissional e devido zelo – para: (i) obter e manter conhecimento
profissional e habilidade no nível necessário para assegurar que o cliente ou a organização
empregadora receba serviço profissional competente, com base em padrões técnicos e
profissionais atuais e legislação relevante; e (ii) atuar de forma diligente e de acordo com os
padrões técnicos e profissionais aplicáveis.
4. Confidencialidade – respeitar a confidencialidade das informações obtidas em
decorrência de relações profissionais e comerciais.
5. Comportamento profissional – cumprir com as leis e os regulamentos pertinentes e
evitar qualquer conduta da qual o profissional da contabilidade tenha conhecimento ou deva
ter conhecimento que possa desacreditar a profissão.
A independência, como vimos neste material, é condição primordial para o trabalho de auditoria.
O auditor deve ser integro em todos os seus compromissos que envolvem:
- NBC PG 100 (R1) – Cumprimento do Código, dos Princípios Fundamentais e da Estrutura
Conceitual, que inclui os princípios fundamentais e a estrutura conceitual e é aplicável a todos os
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profissionais da contabilidade.
- NBC PG 200 (R1) – Contadores Empregados (Contadores Internos), que apresenta o material
adicional que se aplica aos profissionais da contabilidade em empresas que desenvolvem atividades
profissionais. Os profissionais da contabilidade em empresas incluem profissionais da contabilidade
empregados, designados ou contratados na qualidade de executivos ou não executivos no(a), por
exemplo:
 comércio,indústria ou serviço;
 setor público;
 educação;
 setor sem fins lucrativos;
 órgãos reguladores ou profissionais.
- A NBC PG 200 (R1) é também aplicável a indivíduos que são profissionais da contabilidade na
prática pública que desenvolvem atividades profissionais de acordo com a sua relação com a firma,
seja como contratados, empregados ou proprietários.
- NBC PG 300 (R1) – Contadores que Prestam Serviços (Contadores Externos), que apresenta
material adicional que se aplica a profissionais da contabilidade na prática pública que prestam
serviços profissionais.
- Normas Internacionais de Independência, que apresenta material adicional que se aplica aos
profissionais da contabilidade na prática pública que prestam serviços de asseguração, como segue:
 NBC PA 400 – Independência para Trabalhos de Auditoria e Revisão, que se aplica à realização de
trabalhos de auditoria e revisão.
 NBC PO 900 – Independência para Trabalhos de Asseguração Diferentes de Auditoria e Revisão,
que se aplica à realização de trabalhos de asseguração que não são trabalhos de auditoria e
revisão.
- Glossário, que contém termos definidos (juntamente com explicações adicionais quando
apropriado) e descreve os termos que têm significado específico em determinadas partes das
normas. Por exemplo, conforme observado no Glossário, na NBC PA 400, o termo
“trabalho de auditoria” se aplica igualmente a trabalhos de auditoria e revisão. O Glossário também
inclui listas de abreviações que são usadas e se refere a outras normas.
Os serviços prestados pelo auditor são de sua responsabilidade técnica intrasferível. A eficiência
dos serviços de auditoria, além de estar relacionada à sua responsabilidade sobre a opinião emitida,
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tem relação também com a estimativa quanto às horas para realização do trabalho, necessidade de
extensão e momento de obtenção das provas.
A confidencialidade, está relacionada primeiro ao acesso à informação, pelo responsável e pelos
assistentes envolvidos no trabalho, além do uso dessas informações serem utilizadas exclusivamente
para a execução do serviço de auditoria.
As normas internacionais de independência exigem que os contadores que prestam serviços
(contadores externos) sejam independentes ao realizar trabalhos de auditoria, de revisão e de outros
trabalhos de asseguração. A independência está relacionada com os princípios fundamentais de
objetividade e de integridade. Ela compreende:
Independência de pensamento – postura que permite a expressão de uma conclusão que não
seja afetada por influências que comprometem o julgamento profissional, permitindo assim que
pessoa atue com integridade e exerça a objetividade e o ceticismo profissional;
Aparência de independência – a prevenção de fatos e circunstâncias que sejam tão
significativos que um terceiro informado e prudente provavelmente concluiria que a
integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da firma ou de membro da equipe de
auditoria ou asseguração tenham sido comprometidos.
Nos termos das normas de auditoria, de revisão e de outras normas de asseguração, os
contadores que prestam serviços (contadores externos) têm que exercer o ceticismo profissional no
planejamento e condução de trabalhos de auditoria, de revisão e de outros trabalhos de asseguração.
Outro fator ligado à ética do auditor é o sigilo profissional. De acordo com Crepaldi (2013, p.
132), “entende-se por sigilo a obrigatoriedade do auditor independente não revelar, em nenhuma
hipótese, salvo as contempladas como exceções, as informações que obteve e de que tem
conhecimento em função do seu trabalho”
A NBC TA 200 (R1) destaca, em seus itens 14 ao 17, os requisitos éticos relacionados à auditoria
das demonstrações contábeis, sendo:
Ceticismo profissional – O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo
profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante
nas demonstrações contábeis.
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Julgamento profissional – O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e
executar a auditoria de demonstrações contábeis.
Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria – Para obter segurança
razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o
risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões
razoáveis e nelas basear a sua opinião.
Saiba mais
Os itens A25 até A46 da norma trazem as regras para julgamento, evidência e riscos de
auditoria. Você pode acessar a NBA TA 200 (R1) pelo link: <https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/d
etalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)>. Acesso em: 22 set. 2021.
TROCANDO IDEIAS
Você já deve ter ouvido falar sobre o escândalo da Enron, em conjunto com a empresa de
auditoria chamada Arthur Andersen. A Companhia Enron, no final de 2001, adulterou sua receita para
esconder bilhões de dólares em dívidas. Na época, sua empresa de auditoria, que também prestava
consultoria (o que foge da independência que a norma exige) a Arthur Andersen, ajudou a
Companhia a forjar os números contábeis, em troca de uma remuneração bastante alta. Sabemos
que o papel do auditor é garantir a veracidade das demonstrações contábeis, com reconhecimento
da sociedade em relação à profissão.
Saiba mais
Para você entender melhor sobre o caso Enron, assista ao filme pelo link <https://www.yout
ube.com/watch?v=6BnkQF5s3_I>(Acesso em: 24 set. 2021) e depois comente sua opinião.
NA PRÁTICA
A NBC PG 100, de 24 de janeiro de 2014 – Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)
https://www.youtube.com/watch?v=6BnkQF5s3_I
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Estabelece a estrutura conceitual que o profissional da contabilidade deve aplicar para: (a)
identificar ameaças ao cumprimento dos princípios éticos; (b) avaliar a importância das ameaças
identificadas; e (c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las
a um nível aceitável.
Quanto aos princípios éticos que o profissional da contabilidade deve cumprir, analise as
afirmativas a seguir.
I. Integridade: ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais e
comerciais.
II. Objetividade: cumprir as leis e o regulamento pertinentes e evitar qualquer ação que
desacredite a profissão.
III. Competência profissional e devido zelo: manter o conhecimento e a habilidade
profissionais no nível adequado para assegurar que clientes e/ou empregador recebam serviços
profissionais competentes com base em desenvolvimentos atuais da prática, legislação e
técnicas, e agir diligentemente e de acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
A) I, II e III.
B) I, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
FINALIZANDO
Nesta aula, começamos com os conceitos da profissão do auditor. Você aprendeu que existem
várias áreas que a auditoria pode seguir, e que, além disso, há diferença entre a auditora interna e
externa. Sendo que a primeira, atua diretamente com a direção da empresa, internamente, e tem por
objetivo a verificação do cumprimento das políticas da empresa. Por outro lado, a auditora externa
ou auditoria independente é de fora da empresa, não tem relação com a entidade auditada.
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Você aprendeu sobre a profissão do auditor, o caminho que é preciso ter para se tornar um
auditor independente. E por fim, falamos sobre a ética da profissão, com o estudo de caso da
Companhia Enron e sua auditoria, que é um importante estudo para entender melhor sobre a ética e
a responsabilidade da nossa profissão, seja como contador ou auditor.
REFERÊNCIAS
ADRIANO, S. Manual dosPronunciamentos Contábeis Comentados. São Paulo, Atlas, 2018.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo, Atlas, 2018.
BRASIL. Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez.
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>.
Acesso em: 22 set. 2021.
CREPALDI, S. A. Auditoria Contábil – Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2013.
CVM. Resolução 23 de 26 de fevereiro de 2021. Dispõe sobre o registro e o exercício da
atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, define os deveres
e as responsabilidades dos administradores das entidades auditadas no relacionamento com os
auditores independentes. Disponível em:
<http://conteudo.cvm.gov.br/legislacao/resolucoes/resol023.html>. Acesso em: 22 set. 2021.
CFC – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC PA 400. Independência para trabalho de
auditoria. Disponível em: <https://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2019/NBCPA400&arquivo=NBCPA400.doc>. Acesso em: 22 set. 2021.
_____. NBC PG. Código de Ética Profissional do Contador. Disponível em:
<https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2019/NBCPG01&arquivo=NBCPG01.doc>. Acesso em: 22 set. 2021.
_____. NBC TA 200 (R1) Objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em
conformidade com normas de auditoria. Disponível em:
<https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)>. Acesso em: 22
set. 2021.
24/10/2021 21:09 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/24
_____. NBC PA 13 (R3). Dá nova redação à NBC PA 13 (R3), que dispõe sobre o Exame de
Qualificação Técnica para Auditor. Disponível em:
<https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2020/NBCPA13(R3)&arquivo=NBCPA13(R3).doc>. Acesso em: 22 set. 2021.
RESPOSTAS
I: Verdadeira -
(a) Integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais e comerciais.
II: Falsa
(b) Objetividade – não permitir que comportamento tendencioso, conflito de interesse ou
influência indevida de outros afetem o julgamento profissional ou de negócio.
III: Verdadeira:
(c) Competência profissional e devido zelo – manter o conhecimento e a habilidade profissionais
no nível adequado para assegurar que clientes e/ou empregador recebam serviços profissionais
competentes com base em desenvolvimentos atuais da prática, legislação e técnicas, e agir
diligentemente e de acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis.
NBC PG 1000: Princípios éticos
100.5 O profissional da contabilidade deve cumprir os seguintes princípios éticos:
(a) Integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais e comerciais.
(b) Objetividade – não permitir que comportamento tendencioso, conflito de interesse ou
influência indevida de outros afetem o julgamento profissional ou de negócio.
(c) Competência profissional e devido zelo – manter o conhecimento e a habilidade profissionais
no nível adequado para assegurar que clientes e/ou empregador recebam serviços profissionais
competentes com base em desenvolvimentos atuais da prática, legislação e técnicas, e agir
diligentemente e de acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis.
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(d) Sigilo profissional – respeitar o sigilo das informações obtidas em decorrência de
relacionamentos profissionais e comerciais e, portanto, não divulgar nenhuma dessas informações a
terceiros, a menos que haja algum direito ou dever legal ou profissional de divulgação, nem usar as
informações para obtenção de vantagem pessoal pelo profissional da contabilidade ou por terceiros.
(e) Comportamento profissional – cumprir as leis e os regulamentos pertinentes e evitar
qualquer ação que desacredite a profissão.
Todos esses princípios éticos são discutidos mais detalhadamente nas Seções 110 a 150.

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