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Helena Avelar e Luís Ribeiro - A Astrologia

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A Astrologia 
A Astrologia é uma linguagem simbólica para o estudo da Consciência. 
Baseia-se no princípio "O que está em cima é como o que está em baixo..." e 
estuda a relação entre o Universal e o Individual. Este estudo tem como base a 
interpretação simbólica da posição relativa dos astros e da Terra. 
A Astrologia permite-nos interpretar a nossa relação (o Individual) com o Todo (o 
Universal). Esta relação não é estática nem linear; desenrola-se no tempo. Por isso, só 
é compreendida na sua totalidade quando estudamos os seus vários momentos, ciclos 
e etapas. 
Se tomarmos o indivíduo como o "centro", teremos esta dinâmica retratada no mapa 
natal. Contudo, nem só de indivíduos trata a Astrologia: a perspectiva pessoal (e o 
"mapa natal") é apenas uma, entre as múltiplas áreas de estudo que constituem este 
vasto corpo de conhecimentos. 
A Astrologia parte de uma perspectiva geocêntrica (salvo raras excepções). Mesmo a 
faixa zodiacal, aparentemente exterior ao planeta, resulta de um factor terrestre: a 
órbita aparente do Sol ao redor do planeta. 
Assim, todos os factores astrológicos vão ser intepretados segundo as suas posições 
vistas a partir da Terra (geocêntricas). 
Em termos simbólicos, este é o primeiro passo para correlacionar directamente os 
eventos celestes (o que está em cima) com acontecimentos terrestres (o que está em 
baixo). 
Na interpretação, leva-se em conta os planetas, segundo a sua posição por signo. Em 
Astrologia, os planetas têm um valor simbólico; o estudo dos planetas como corpos 
físicos é da área da Astronomia. 
Outro importante factor de interpretação astrológica são as casas, que enquadram 
numa referência terrestre o acontecimento em análise. 
Todos estes factores são interpretados e correlacionados, formando um todo único: um 
mapa astrológico. Deste, é possível extrair uma imagem simbólica, um padrão 
comportamental. Este aplica-se tanto aos seres humanos individuais como aos eventos 
colectivos. 
O que é a Astrologia? 
A Astrologia tem sido, desde sempre, alvo das mais estremadas reacções: alguns 
condenam-na totalmente, enquanto outros a aceitam sem questionar; poucos são os 
que lhe ficam indiferentes. 
Contudo, qualquer destes extremos - tanto a recusa como a aceitação total - são fruto 
do mesmo desconhecimento. No meio termo fica quem sabe que, antes de acreditar ou 
condenar, importa compreender. 
É este conhecimento que nos propomos descobrir nesta série de artigos dedicados à 
Astrologia. 
Assim como é no Céu, é na Terra... 
A Astrologia é o estudo da relação entre o Homem e o Universo, através da simbologia 
dos corpos celestes. Esta linguagem simbólica baseia-se no princípio da sincronia entre 
o Universo e o ser humano. Ou seja: "O que está em cima é como o que está em 
baixo..." 
Os Astrólogos partem, portanto, do princípio que os acontecimentos da Terra (quer à 
escala individual, quer colectiva) reflectem a dinâmica representada nos céus. É a 
partir desta base que se desenvolve o conhecimento astrológico. 
Importa acrescentar que a Astrologia é uma das mais antigas formas de 
Conhecimento. Tem atravessado séculos, civilizações e Eras. 
Esta longa viagem tem deixado as suas marcas. Em determinadas fases da História da 
Humanidade, a Astrologia tem sido dignificada como linguagem reveladora da Alma 
Humana e do seu papel na Ordem Universal. Noutras fases, tem sido deturpada, 
espoliada do seu carácter "sagrado" e reduzida a simples "arte divinatória". 
Em todas as épocas, contudo, a Astrologia conseguiu manter a capacidade de 
interpretar as necessidades e a dinâmica humanas. 
Acreditar ou compreender? 
Quando conhecemos a essência da Astrologia, compreendemos que não vale a pena 
condená-la, alegando uma suposta "invalidade científica". 
Também não vale a pena aceitar totalmente a ideia de supostas "influências" celestes, 
como se de um dogma religioso se tratasse, e através deste dogma procurar explicar 
todos os acontecimentos da vida. Aliás, os "crentes" mal-informados acabam por ser 
ainda mais prejuciciais para a Astrologia do que os chamados "cépticos". 
Vale a pena, isso sim, procurar entender as bases e ter pelo menos uma noção geral 
sobre o "funcionamento" da Astrologia. Só assim estarão reunidas as condições para, 
com pleno conhecimento de causa, formarmos uma opinião consistente sobre o 
assunto. 
Como "funciona"? 
Quando um astrólogo intepreta uma carta natal, "lê" um conjunto de símbolos. Este 
representam, entre outras coisas, a posição relativa dos planetas e signos. A partir da 
interpretação destes símbolos, vai compreendendo, a níveis cada vez mais profundos, 
a dinâmica interna do indivíduo ou acontecimento ali representado.. Por outras 
palavras: o astrólogo "lê" nos céus o que se passa na Terra. 
Porque é que na interpretação astrológica, a posição dos astros nos céus representa a 
dinâmica interna de um ser humano ou de um acontecimento? 
Porque é que as estrelas e os planetas, nos "falam" de coisas que se passam sobre a 
Terra? Em resumo: porque é que as estrelas "falam" de nós? 
A interpretação astrológica parte do princípio de que "o que está em cima é como o 
que está em baixo". Significa isto que existe uma relação simbólica entre a posição 
relativa dos astros nos céus (o que está em cima) e a vida humana (o que está em 
baixo). É a relação entre o Todo e a Parte: o ser humano é, em pequena escala, um 
reflexo dos céus. 
Influência ou símbolo? 
Importa realçar que este conceito nada tem a ver com as supostas "influências" 
(gravitacionais ou outras) que os corpos celestes possam ter sobre a vida no nosso 
planeta. Não se trata de "raios misteriosos", tracções gravitacionais, radiações ou 
quaisquer outras "influências" que os planetas projectem sobre nós. 
Em Astrologia, a relação entre o Todo e a Parte não é física mas simbólica. 
Quer isto dizer que a posição relativa dos astros nos céus é, em si mesma, um 
símbolo: representa um momento específico, com toda a sua dinâmica de 
probabilidades. A pessoa que nasceu naquele momento, terá, portanto, uma relação 
directa com o que ali está representado. Ela é, de certo modo, uma "encarnação" 
daquele momento; é, por assim dizer, o momento em forma humana. Ao longo da 
vida, a pessoa irá "desenrolar" as probabilidades ali representadas e deparar-se com 
os obstáculos ali descritos. 
Consciência e Liberdade 
Existe ainda um terceiro - e importantíssimo - aspecto nesta equação: a consciência. 
Assim, num mapa natal, é o grau de consciência pessoal que vai determinar até que 
ponto cada indivíduo está condicionado. 
Quanto maior for o grau de consciência de si mesmo e do Todo, maior será a 
possibilidade de escolha pessoal, maior será o grau de liberdade (o tão falado livre-
arbítrio) e menor será o condicionamento ditado pelo exterior (a velha questão da 
predestinação). 
Compreender a relação entre o Todo, a Parte e a Consciência é, portanto, o primeiro 
passo para quem quer estudar Astrologia. 
Por Helena Avelar e Luís Ribeiro 
Como nasceu a Astrologia? 
A Astrologia é considerada uma das mais antigas formas de conhecimento. A sua 
origem perde-se nos tempos. 
Esta arte teve, provavelmente, a sua origem em tempos remotos quando a vida dos 
seres humanos estava intimamente ligada ao ciclos da Natureza. 
A origem... 
Num mundo de caçadores e recolectores, os ciclos mais importantes seriam os ciclos 
lunares e os das estações. Estes ciclos condicionavam a caça e o tipo de alimentos 
disponíveis. 
A observação e estudo destes ciclos naturais levou o ser humano a criar todo um corpo 
de conhecimentos. A vertente simbólica e mística destes conhecimentos viriam a 
constituir as bases da Astrologia, enquanto o aspecto "matemático" constituiria, mais 
tarde, a Astronomia. Até muito tarde na história da humanidade estas duas vertentes 
do conhecimento foram indissociáveis. 
Embora o vestígio mais antigo de observação Astrológica/Astronómica seja de 15.000 
AC, a Astrologia, tal como a entendemos hoje, só começa a desenvolver-se como 
sedentarismo causado pelo aparecimento da Agricultura (10.000 a 5.000 AC). A 
necessidade de compreender os ciclos torna-se vital para as colheitas. Com a 
atribuição de cargas simbólicas a estes ciclos, desenvolve-se toda uma mística e uma 
metafísica ao redor do estudo dos astros. 
Período Mesopotâmico 
Os primeiros astrólogos aparecem em 4.000 AC com o desenvolvimento das 
civilizações mesopotâmicas e egípcias no Médio Oriente. Começam nesta altura a 
desenvolver-se os métodos de observação e cálculo astronómico; paralelamente, 
desenvolvem-se também algumas das bases fundamentais da Astrologia, 
nomeadamente, o conceito de Zodíaco, as características planetárias e a atribuição das 
regências. 
Os astrólogos desta época são conhecido por "caldeus", por grande parte deste 
conhecimento desenvolveu-se na Caldeia. Todo o panorama religioso é favorável ao 
desenvolvimento da Astrologia. Aliás, esta é praticada por sacerdotes, enfatizando o 
seu lado mágico, religioso e sagrado. 
A Astrologia é utilizada para o estudo e previsão de eventos colectivos. Os horóscopos 
individuais raramente são utilizados; geralmente, são feitos apenas para os reis ou 
para figuras muito importantes para a nação. 
Período Grego 
Por volta de 700 AC a expansão das rotas de comércio e do contacto entre os povos 
leva a que muito do conhecimento filisófico, religioso e místico seja difundido. O 
interesse dos gregos pela Astrologia começa a crescer. 
A civilização grega vai dar um grande impulso ao desenvolvimento da Astrologia. 
Figuras muito importantes, como Pitágoras, vão trazer do Médio Oriente todo um 
manancial de conhecimento que será apurado ao longo de séculos. Surgem nesta 
altura as teorias geométricas e as grandes bases filosóficas que sustentam a Astrologia 
moderna. Grandes pensadores gregos, como Anaximandro, Platão, Anaximenes e 
Aristóteles vão desenvolver a Astronomia e a Astrologia com a criação de modelos 
físicos e metafísicos do Universo. 
Com os gregos, a Astrologia torna-se um estudo organizado e adquire um estatuto 
escolástico. 
A civilização grega vai definir as bases filosóficas e promover a estruturação da 
Astrologia desenvolvida pelas civilizações do Médio Oriente. Até aqui a Astrologia tinha 
uma função religiosa que passa a ser substituída por uma abordagem mais intelectual 
e escolástica. 
Nos séculos que antecederam o nascimento de Cristo, a Astrologia esteve 
principalmente centrada no estudo de determinados momentos e na análise de 
situações mundanas, cultivando uma carga muito fatalista e determinista. 
Só na viragem do primeiro milénio da Era Cristã é que os horóscopos individuais 
passam a desempenhar um papel importante. Desenvolve-se a Astrologia Natal e com 
ela implementam-se e reestruturam-se uma série de conceitos, entre eles o 
Ascendente e as Casas Astrológicas. 
O Novo Milénio 
Nos primeiros séculos da Era Cristã surgem uma série de pensadores e de astrólogos. 
Escrevem-se muitos tratados e manuais. Destes estudiosos destaca-se Claudius 
Ptolomeu que na sua obra "Tetrabiblos" reune grande parte do conhecimento 
astrológico da época. Este livro vai tornar-se mais tarde uma das grandes bases da 
Astrologia Árabe e Europeia. 
Com o crescimento do Cristianismo e queda do Império Romano (410 DC) surge duma 
forte corrente de anti-paganismo e a Astrologia torna-se pouco tolerada. Só 
determinadas abordagens são oficialmente toleradas embora a Astrologia continue a 
ser praticada na clandestinidade. 
Com a constante hostilidade por parte da crescente religião cristã, a Astrologia refugia-
se no mundo árabe. 
Período Árabe e Medieval 
A partir de 632 DC os Árabes vão tornar-se uma das grandes potências do mundo 
ocupando todo Médio Oriente, Norte de África e Europa. 
Os Árabes vão reunir todo o conhecimento grego, sumério, babilónico e persa, entre 
outros. Eles vão preservar o conhecimento antigo e desenvolver a Arquitectura, 
Medicina, Astrologia/Astronomia, Filosofia, etc. Por volta 700 DC começam a surgir no 
mundo árabe grandes pensadores, cujas obras de Astrologia vão influênciar e modelar 
o pensamento Astronómico/Astrológico ocidental. 
Com o avanço dos reinos do Norte sobre os territórios ocupados pelos Árabes inicia-se 
uma troca de conhecimento que vai permitir o desenvolvimento e a renovação da 
Astrologia no mundo cristão. 
Muitas obras árabes e gregas vão ser traduzidas, e muito do conhecimento perdido é 
recuperado. 
Os astrólogos conquistam um papel importante na sociedade, actuando como 
conselheiros junto dos reis e nobres. No entanto, os atritos com a Igreja continuam, 
atingindo o seu auge com o surgimento da Inquisição em 1536. 
Declínio e Renascimento 
O declínio da Astrologia começa a fazer-se sentir com a Inquisição e, mais tarde, o 
Iluminismo, o desenvolvimento da Razão e a chamada "abordagem ciêntifica". A 
separação final entre a Astrologia e a Astronomia dá-se em 1650. Ao deixar de ser 
ensinada na Universidade de Salamanca, em 1770, a Astrologia separa-se 
definitivamente do meio académico. 
As tentativas de ajustar o conhecimento simbólico e metafísico da Astrologia à visão 
mecanicista do racionalismo científico, causa uma excessiva simplificação e, por 
consequência, uma perda de qualidade. Também a descoberta dos planetas Urano e 
Neptuno vai "destruir" a suposta perfeição do antigo sistema astrológico. Na tentativa 
de serem aceites, muitos dos astrólogos da época vão tentar explicar cientificamente a 
Astrologia, o que leva à deturpação os princípios fundamentais deste ramo do 
conhecimento. 
Podemos, no entanto, encontrar neste tempo alguns nomes sonantes da Astrologia, 
como Jon Dee e William Lilly. 
 
Na segunda metade do sec. XIX, ocorre um revivalismo do esoterismo e da 
espiritualidade no Ocidente. Muitos conceitos e ramos de conhecimento esotérico 
começam a ser estudados e recuperados. Entre estes encontra-se a Astrologia. 
Infelizmente, com o aumento da popularidade da Astrologia, surgem também os 
primeiros almanques, que divulgam uma astrologia demasiado simplificada e 
"popular". Exemplo disso é o aparecimento do conceito do "signo solar" e os primeiros 
"horóscopos de revista". 
 
Na passagem para o século XX surgem novas correntes de abordagem à Astrologia. 
Com o surgimento da Psicologia e o crescente interesse no desenvolvimento pessoal 
nasce a Astrologia Psicológica e a Astrologia Humanista. 
A Astrologia na actualidade 
A Astrologia tem acompanhado a Humanidade ao longo da sua evolução. Embora 
bastante debilitada com o advento do racionalismo e do materialismo científico, ela 
continua hoje, mais do que nunca, a ter um papel activo no desenvolvimento humano. 
A visão clássica 
Ao contrário do conceito mais divulgado, a Astrologia não é um conhecimento estático. 
Como qualquer campo do conhecimento humano, está em constante evolução, 
adaptando-se às necessidade do ser humano e às correntes de pensamento da época. 
A Astrologia começou por ser um conhecimento do foro religioso, místico e iniciático. A 
sua função era dar ao ser humano uma linguagem que lhe permitisse relacionar-se 
com as verdades ocultas e metafísica do Universo. 
Mais tarde, na era de ouro da Filosofia grega as verdades metafísicas nela contidas são 
aprofundadas e estruturadas na sua forma actual. 
Apesar de tudo, sempre existiu uma vertente mais popular da Astrologia. Para as 
massas, o seu lado "divinatório" e "preditivo" foi sempre muito enfatizado. Devido à 
incapacidade de compreensão metafísica do ser humano comum (ainda hoje notável) a 
prática da Astrologia reduziu-se desde muito cedo a presságios fatalistas e 
predestinações sinistras. Isto é, como facilmente se compreende, uma tremenda 
deturpação da sua verdadeira natureza. 
Nesta abordagem da Astrologia, o ser humano não era muito importante. O seu 
objecto de análise eram os momentos (favoráveis ou desfavoráveis) e os 
acontecimentos mundanos. Predominavam as vertentes Horária e Mundana da 
Astrologia. Sobre estas, falaremos mais tarde. 
A importância doindivíduo 
Actualmente, o ser humano é, sem dúvida, considerado o centro do Universo. Muito do 
pensamento e das ideologias actuais vão centrar-se na importância do indivíduo e do 
seu bem estar. Este tipo de pensamento, no entanto, não é nenhuma novidade: ele já 
era tema de discussão das grandes mentes do planeta, milénios antes da nossa era. 
No entanto, só agora ele chegou às massas. 
Esta perspectiva de centragem no ser humano modificou grandemente as artes e 
ciências. A Astrologia não é excepção. Com o aparecimento da Psicologia e das 
Ciencias Sociais, na viragem do sec. XIX, vão surgir na Astrologia movimentos 
ideológicos que apelam para o seu uso como "ferramenta de auto conhecimento". 
Adapta-se, então, a linguagem psicológica à Astrologia, e surge uma excelente 
ferramenta de aconselhamento. 
Esta perspectiva vai influenciar e determinar todas as linhas de desenvolvimento da 
Astrologia no Sec. XX. Desenvolvem-se as linhas Humanista e Psicológica. 
A Astrologia Natal, que estuda o horóscopo indivídual, torna-se a forma mais 
praticada, relegando para uma posição mais secundária outras linhas, como a 
Mundana e a Horária. 
A Espiritualidade e o "New Age" 
Nos anos 60, há um florescer de toda uma cultura pró-espiritual que surge de uma 
"migração" de conhecimento oriental para o Ocidente. Começa a falar-se de temas 
como reencarnação, karma, meditação, Yoga. 
Este influxo de novas ideias vai afectar também a Astrologia. Enfatiza-se a Astrologia 
"kármica" e a Astrologia Espiritual ou Esotérica começa a dar os primeiros passos. 
No entanto, há que realçar que a maior parte das bases espirituais da Astrologia foram 
perdidas ou esquecidas à 1500 anos atrás. Todos os actuais conceitos esotéricos foram 
reconstruídos recentemente. São ainda um pálido reflexo da verdadeira essência desta 
arte. As ilações que se fazem actualmente são muitas vezes "colagens" feitas por 
indivíduos que, por muito boa vontade que tenham, não possuem um verdadeiro 
conhecimento esotérico. 
O terceiro milénio 
Na véspera do Sec. XXI a Astrologia enfrenta grandes desafios e perigos. 
A sua crescente popularidade faz com que muitas opiniões baseadas em escassos 
conhecimentos sejam tomadas por Astrologia séria. Abundam os chamados "astrólogos 
de fast-food" que, baseando-se em "receitas" e interpretações computorizadas, apenas 
contribuem para o simplismo e deturpação de verdades muito profundas. Além disso a 
moda das terapias alternativas fez surgir nesta classe uma série de pseudo-terapeutas 
mal preparados cuja prática põe em perigo os seus pacientes. 
Urge na actualidade tornar a Astrologia num corpo coeso de conhecimentos, evitando a 
sua degradação. Felizmente, paralelamente à degradação, existem movimentos de 
recuperação e de estudo sério desta arte. A actual crise do materialismo científico, 
provocado pelo aparecimento da "visão quântica" e da relatividade, fez com que a 
necessidade de "explicação ciêntifica" que prendia muito do avanço da Astrologia 
Moderna esteja a diminuir. 
Vamos ver, então, o que o "futuro nos reserva". 
Os Ramos da Astrologia 
Um corpo de conhecimentos tão vasto como a Astrologia tem uma tendência natural a 
especializar-se em vários "ramos". Estes definem-se de acordo com o objecto de 
estudo em questão. Este "objecto" pode ser um ser humano, um evento político, um 
questão específica, um problema de saúde, etc. 
Em qualquer dos ramos astrológicos, o horóscopo é sempre a ferramenta base. 
Contudo, o modo como é calculado pode mudar; o mesmo acontece com as técnicas 
de interpretação e o significado prático dos seus componentes. 
Quais são então os principais ramos da Astrologia? Eis alguns dos principais. 
A Astrologia Natal 
Este é o ramo mais utilizado actualmente, de tal modo que eclipsou os restantes 
ramos. O seu objecto de estudo é o ser humano. O mapa utilizado é o mapa de 
nascimento (ou mapa natal) calculado para a data, hora e local de nascimento. 
Considera-se o momento de nascimento aquele em que o bébé respira pela primeira 
vez. 
Hoje em dia, este tipo de Astrologia assumiu um carácter de estudo psicológico. O 
objectivo desta abordagem é auxiliar o indivíduo no seu auto-conhecimento e 
desenvolvimento pessoal. Antigamente este tipo de Astrologia era mais raro (pois 
raramente existia um registo da hora de nascimento) e possuia uma abordagem mais 
preditiva e fatalista. 
A Astrologia Mundana 
Esta é a Astrologia dos grandes acontecimentos e dos movimentos colectivos. É 
considerada a mais nobre de todas as Astrologias, pois estuda o Macrocosmos, os 
designios da divindade e o desenrolar do plano divino. 
Este ramo é muito complexo e tem vários níveis de abordagem. Ele incluí outros ramos 
dos quais se destaca a Astrologia Política, que estuda os mapas de paises e os eventos 
políticos. Estuda também as influências cíclicas, os grandes alinhamentos, os eclipses 
e, em geral os factores de grande impacto, capazes de afectar a Humanidade como um 
todo. 
A Astrologia Horária 
Esta vertente da Astrologia foi no passado a mais utilizada. A sua filosofia diverge um 
pouco das restantes: procura das resposta directa a perguntas específicas. Para tal, 
estuda-se o "mapa natal" do momento em que a pergunta é feita, acreditando 
encontrar-se nele, através da Lei da sincronicidade, a própria resposta. Rege-se por 
regras e simbolismo muito específicos. 
Esta Astrologia sempre foi bastante questionada, não devido aos seus princípios, mas 
devido ao seu uso abusivo com sistema divinatório, de que foi vítima ao longo da eras. 
Neste ramo inclui-se a Astrologia Electiva cujo objectivo é tentar encontrar o melhor 
momento para um evento ocorrer (por exemplo: uma coroação de um rei, a fundação 
de uma empresa, etc.) 
A Astrologia Médica 
Este ramo tem como objectivo tentar compreender as condições médicas de um 
indíviduo. É, no fundo, uma especialização combinada da Astrologia Natal e da Horária, 
pois emprega métodos de ambas. Aqui os factores astrológicos são interpretados como 
partes do corpo (os Signos), funções fisiológicas (os Planetas) e áreas de expressão 
(as Casas). 
Esta Astrologia caiu em desuso com o aparecimento da Medicina moderna. 
Actualmente parece estar a sofrer um revivalismo devido ao ressurgimento das 
chamadas "medicinas alternativas" 
A linguagem dos arquétipos - A mandala astrológica 
Um horóscopo é uma mandala: é um símbolo composto por vários outros símbolos. 
Esta mandala representa o céu, visto a partir da Terra, num determinado dia, hora e 
local. No entanto, há que ter em conta que os corpos celestes ali representados devem 
ser encarados mais como princípios simbólicos do que como corpos físicos. 
Em Astrologia, cada elemento do mapa tem um significado muito rico. 
Os símbolos revelam-se progressivamente a quem sabe interpretá-los. A primeira fase 
de compreensão é de carácter intelectual: compreendemos o significado geral. 
Passamos depois a uma aproximação "emocional", em que nos deixamos tocar pelo 
conceito representado. Finalmente, o símbolo começa a "falar" à nossa intuição. E 
quando chegamos a este estágio, descobrimos que, afinal, ainda nos falta muito mais 
para descobrir! 
O mais interessante é que, apesar de toda a sua riqueza e mistério, os símbolos 
atribuídos aos planetas e signos têm mantido muitas semelhanças ao longo dos 
séculos. Assim, por exemplo, o planeta Vénus, que recebeu o seu nome actual da 
deusa romana da beleza e do amor, foi em tempos chamado Ishtar, que é o nome de 
uma outra deusa, também ela associada à sensualidade e à beleza física. O nome 
muda, os pormenores mudam, a ideia mantém-se. 
Como é possível que várias culturas, separadas por milhares de quilómetros e 
existindo em épocas diferentes, tenham atribuído aos mesmos factores astrológicos 
uma simbologia tão semelhante? 
Os Arquétipos 
A resposta a esta questão leva-nos directamente ao Inconsciente Colectivo, onde 
surgem os arquétipos. É no Arquétipo - palavra grega que significa tipo ou modelo 
primordial - que os símbolostêm a sua fonte e raíz. 
Por estarem tão profundamente radicados no nível colectivo do inconsciente humano, 
estes arquétipos pouco mudam com o passar dos tempos e com a evolução das 
culturas. Contudo, não são estáticos e muito menos estagnados. Pelo contrário, 
renovam-se a cada momento e a cada momento ressurgem, sempre sob novas 
aparências, em cada época, em cada cultura e em cada país. 
O estudante atento poderá reconhecer, subjacente às diferentes aparências, a raíz 
primordial. 
Estes arquétipos (fonte de todos os símbolos) são, portanto, as "palavras" da 
linguagem astrológica. Por estar enraizada no próprio inconsciente colectivo, esta 
linguagem é intemporal e perene. É comum a todos os seres humanos, 
independentemente da suas raízes culturais, religiosas ou étnicas. 
A Astrologia fala-nos, portanto, dos grandes temas de Humanidade, daquilo que está 
subjacente a todas as culturas e épocas: a consciência do ser humano e do seu papel 
no Universo. 
O Horóscopo 
A palavra Horóscopo significa em grego "considerar os céus" ou "ver a hora". Para 
fazer o horóscopo ou mapa natal, os astrólogos consideram, portanto, a posição 
relativa dos astros nos céus (entre outros factores) num dado momento. 
Como já referimos, o horóscopo representa o aspecto do céu, visto a partir da Terra, 
num determinado dia, hora e local. O mapa natal é, portanto, uma representação 
bidimensional do conjunto dos corpos celestes do Sistema Solar e das estrelas que 
formam o Zodíaco. 
Em termos muito simplificados, diríamos que o que está representado num mapa natal 
pode resumir-se em três palavras: signos, planetas e casas. Existem muitos outros 
factores astrológicos, mas estes são, sem dúvida, os principais. 
Os doze signos astrológicos são os factores primordiais do mapa. Eles constituem doze 
"modos" ou "estados do ser", através dos quais a natureza humana se manifesta. 
Estes signos formam uma "cintura", que tem o nome de Zodíaco (em grego: "roda da 
Vida" ou "círculo de animais"). Quando observamos os planetas a partir da Terra, estes 
parecem movimentar-se ao longo desta "cintura". 
Existem dez corpos celestes que em Astrologia recebem a designação genérica de 
"planetas": Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão e ainda 
os Luminares: o Sol e a Lua. (Alguns astrólogos utilizam também o planeta Terra como 
factor de interpretação). 
Em Astrologia, considera-se que a designação de "planeta", que em grego quer dizer 
"corpo errante" (ou seja: em movimento), se aplica a todos os corpos que circulam 
através do Zodíaco, incluíndo o Sol e a Lua. 
A perspectiva actual da Astrologia, considera que os planetas representam "funções" 
ou aspectos da natureza humana. Eles mostram partes de nós, aspectos da nossa 
natureza. A Lua, por exemplo, simboliza as necessidades e os apegos emocionais, 
enquanto Marte diz respeito à capacidade de acção e à afirmação pessoal. 
Quanto às Casas Astrológicas, são projecções geocêntricas, calculadas a partir do 
horizonte. Simbolizam as doze áreas de vida onde vamos viver os temas indicados 
pelos signos, através dos aspectos indicados pelos planetas. Por exemplo: se tivermos 
o planeta Vénus no signo de Gémeos e na Casa VII, podemos inferir que a nossa 
função afectiva e relacional (Vénus) está a expressar um tema de comunicação, troca 
de ideias e curiosidade (Gémeos) na área dos relacionamentos (Casas VII). Assim, 
podemos concluir várias coisas: que temos a capacidade de nos relacionarmos de 
forma viva, rápida e "cerebral"; que procuramos parceiros com estas características; 
que a nossa curiosidade e versatilidade relacional nos levam a ter várias relações ou 
ainda que somos demasiado "leves" e descomprometidos para ter uma relação séria! 
Claro que todos estes factores são apenas um aspecto da nossa natureza. Este aspecto 
deverá ser comparado com o resto do mapa natal, para termos uma ideia correcta. 
Assim, podemos comparar o mapa natal a uma peça de teatro: os Signos seriam os 
"papéis" que nos compete desempenhar; os Planetas seriam os "actores" que os 
desempenham, enquanto as Casas são os "palcos" ou áreas de vida onde vivemos 
esses papéis. 
 
 
Existe ainda um quarto factor: os aspectos, que são os ângulos formados pelos 
planetas entre si, vistos (mais uma vez) do ponto de vista terrestre. São geralmente 
representados por linhas no centro do mapa. Dizem-nos o tipo de relacionamento que 
os planetas (os factores da personalidade) têm entre si. Na comparação da peça de 
teatro, seriam os diálogos entre os vários actores. 
 
 
 
Os Quatro Elementos 
Um dos principais conceitos-chave para a Astrologia é o de Elemento. Os Elementos 
são os componentes básico da estrutura do Universo. Eles representam os estados de 
energia fundamentais da manifestação. 
Em Astrologia consideramos quatro Elementos: a Terra e a Água, de polaridade 
feminina ou Yin e o Fogo e o Ar, de polaridade masculina ou Yang. 
Podemos descrever cada elemento do seguinte modo: 
 
Fogo: este Elemento expressa-se por actividade, energia e busca de conhecimento e 
identidade. A acção é o factor base do Fogo. Ele é o que ajuda a criação, dá vida e 
aquece quando moderado. E é poder que queima, destrói, seca e ofusca quando 
excessivo. 
 
Terra: este é o Elemento da concretização, da tomada de forma, da densidade e peso. 
Ele dá uma estrutura concreta a todas as coisas, confere solidez e substância quando 
moderado. Mas é também o Elemento que prende, rigidifica e limita quando excessivo. 
 
Ar: é o Elemento da comunicação, da ligação. É ele que conceptualiza, relaciona, 
idealiza e explica o Universo. Utilizado correctamente ele dá a capacidade da palavra, o 
poder criador, leve e fluído do pensamento. Utilizado em excesso origina dispersão, 
nervosismo mental e uma comunicação errática, vaga e descontrolada. 
 
Água: este é o Elemento da emotividade e sentimento. Ele amolece a rigidez da Terra, 
controla e regula o poder do Fogo e dá sentimento á comunicação do Ar. Utilizado de 
forma controla dá sensibilidade, intuição, empatia. Em excesso, origina 
sentimentalismo exagerado, pieguice, histeria emocinal, descontrole e confusão. 
Os Elementos Yang têm um relacionamento fácil, dizemos que são compatíveis por 
serem da mesma polaridade. O mesmo acontece entre os dois Elementos Yin. No 
entanto a combinação entre elementos de polaridades opostas é conflituosa. 
Os Elementos também se complementam entre si, existindo Elementos 
diametralmente opostos. Ao Elemento Fogo opõe-se a Água, ao Elemento Ar opõe-se a 
Terra e vice versa. Ao oporem-se estes Elementos vão criar uma complementariedade 
entre si, tal como pólos magnéticos de um íman. 
Qualidades ou modos 
A trama do Universo é contudo mais complexa e não se compõe somente de 
combinações entre Elementos. A cada Elemento (ou energia base) pode ser incutido 
um tipo de movimento. Em Astrologia chamamos a estes factores Qualidades ou 
Modos. 
Exitem três tipos de movimento ou qualidade: 
Cardinal: o início do movimento. Representa o impulso, a afirmação, o movimento 
que começa todos os outros e proporciona a compreensão da actividade do Elemento. 
Fixo: a estabilização do movimento. Aqui tudo pára, define-se e estabiliza obrigando a 
uma profundidade de percepção do Elemento. 
Mutável: a transformação do movimento. Este é o modo que altera, "muta" o estado 
de expressão do Elemento, obrigando-o a rever-se e a relativizar-se. 
Ao combinarmos os Elementos com as Qualidades surgem doze combinações 
possíveis: Os 12 Signos do Zodíaco. 
Elemento: Qualidade: Signo: 
Fogo Cardinal Carneiro 
Terra Fixo Touro 
Ar Mutável Gémeos 
Água Cardinal Caranguejo 
Fogo Fixo Leão 
Terra Mutável Virgem 
Ar Cardinal Balança 
Água Fixo Escorpião 
Fogo Mutável Sagitário 
Terra Cardinal Capricórnio 
Ar Fixo Aquário 
Água Mutável Peixes 
Como podemos ver na tabela existem três Signos de cada Elemento, a cada uma 
destas tríades chamamos Triplicidade. Temos então Triplicidades de Fogo, de Terra, 
Ar e Água. 
As Qualidadesdistribuem-se por quatro Signos - Quadruplicidades. Temos então a 
Quadruplicidade Cardinal, a Fixa e a Mutável. 
 
 
O Fogo é o elemento mais masculino: é yang, quente e seco. 
Os signos de Fogo são o Carneiro, o Leão e o Sagitário. 
Os três signos de Fogo têm em comum as características do elemento: expansão, 
optimismo, afirmação, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua maneira. 
Assim, o Fogo do Carneiro poderia ser representado por uma faísca ou por um fogo de 
palha: acende-se rapidamente mas também se apaga depressa. 
O Fogo do Leão seria a labareda de uma grande fogueira ou o fogo do próprio Sol: 
brilha com intensidade e constância, é bem visível e deslumbrante. 
O Fogo do Sagitário poderá ser comparado ao fogo de uma vela ou ao de uma chama 
de altar: é um fogo controlado, serve um propósito mais definido e exterior ao "eu". 
Este elemento simboliza o espírito, os planos superiores, a vitalidade, a identidade 
pura. Relaciona-se com a função da Intuição: entusiasmo, paixão e individualismo. 
A predominância do elemento Fogo num mapa natal sugere um indivíduo enérgico, 
apaixonado, auto-expressivo, activo, intenso, alegre e com uma fé natural e 
espontânea na vida. 
Quando existe excesso deste elemento, estamos perante um ser exagerado, 
incomodativo, pouco sensível e egocêntrico. 
A falta de Fogo pode, por seu turno, indicar uma pessoa desalentada, "apagada", que 
raramente se entusiasma, dificilmente acredita e que tem medo de se afirmar. 
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que 
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o 
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos 
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo 
elemento. 
 
 
A Terra é um elemento moderadamente feminino: é yin, frio e seco. 
Os signos de Terra são o Touro, a Virgem e o Capricórnio 
Os três signos de Terra têm em comum as características do elemento: objectividade, 
capacidade de realização, sentido prático, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua 
maneira. 
A Terra do Touro é comparável à terra da Primavera, cheia de sementes em 
germinação e de pequenos organismos: é rica, fértil, fervilhante de vida. 
A Terra da Virgem seria a dos campos depois das colheitas: solta e repousada depois 
de ter dado os seus frutos, receptiva a futuras sementeiras. 
A Terra do Capricórnio é a terra do Inverno: aparentemente dura, gelada e árida, 
guarda em si, secretamente, as sementes que germinarão na Primavera seguinte. 
Este elemento simboliza as sensações e a identidade através destas. Corresponde à 
função da Sensação/Experiência: segurança no que é sólido, objectividade, acção, 
pensamento concreto, o corpo, substância, matéria. 
Quando existe muita Terra no mapa, estamos perante um indivíduo prático, objectivo, 
com uma boa noção do real, estável e responsável. 
Excesso deste elemento pode indicar algum materialismo, tendência à valorização da 
posse e excessiva ligação aos sentidos (percepção física das coisas). 
A falta de Terra leva a uma perda de contacto com a realidade, falta de sentido prático 
e incapacidade de prover as próprias necessidades físicas e materiais. 
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que 
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o 
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos 
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo 
elemento. 
 
O Ar um elemento moderadamente masculino: é yang, quente e húmido. 
Os signos de Ar são os Gémeos, a Balança e o Aquário. 
Os três signos de Ar têm em comum as características do elemento: comunicação, 
troca de ideias, tendência para os relacionamentos sociais, etc, mas cada um deles vai 
vivê-las à sua maneira. 
Assim, o Ar dos Gémeos poderá ser comparado ao de um pequeno remoinho: é rápido, 
ligeiro, instável. 
O Ar da Balança seria, um vento de fim de tarde: tranquilo, descansado, gentil. 
O Ar do Aquário poderia ser comparado ao de um vento das altas camadas 
atmosféricas: forte, direcionado, capaz de alcançar longas distâncias. 
O Ar simboliza as ideias colectivas, a intelectualidade, a identidade através dos 
relacionamentos. Tem a ver com a função do Pensamento: sociabilidade, comunicação 
mental, leve, penetrante e relacional. 
Uma forte ênfase de Ar num mapa natal indica uma pessoa que gosta de comunicar, 
de partilhar ideias, é muito virada para a vida social e com a capacidade natural de 
ajustar o seu "eu" aos dos outros. 
Demasiado Ar num mapa natal pode revelar excessiva intelectualização, gosto pelos 
contactos "mentais" e tendência para "viver no mundo das ideias", com uma tendência 
a ser "cerebral" e pouco contacto com a realidade física. 
A falta do elemento Ar, por seu turno, indica alguém com dificuldade em racionalizar e 
conceptualizar, falta de pensamento abstracto, pouca curiosidade e deficiente 
capacidade relacional. 
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que 
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o 
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos 
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo 
elemento. 
 
A Água é o elemento mais feminino. É yin, frio e húmido. 
Os signos de Água são o Caranguejo, o Escorpião e os Peixes. 
Os três signos de Água têm em comum as características do elemento: recolhimento, 
memórias, sentimento, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua maneira. 
A Água do Caranguejo, por exemplo, seria comparável à dos lagos tranquilos cheios de 
vida ou às "águas" do útero materno, onde o bebé vive durante os nove meses de 
gestação: é nutriente, maternal e protectora. 
A Água do Escorpião seria a dos pântanos, a retorta do alquimista ou a do caldeirão da 
bruxa: é misteriosa, secreta, pode ser destrutiva ou profundamente transformadora. 
A Água dos Peixes seria á do próprio mar imensa, abrangente, total, variável, 
incontrolável, fonte de vida e de morte. 
A Água simboliza o inconsciente, o irracional, o caos. Relaciona-se com a Função do 
Sentimento/Emoção: preservação, fertilidade, osmose, sensibilidade, esfera psíquica, 
renovação, ligações, memórias. 
Uma preponderância deste elemento num mapa natal tem uma tendência natural à 
simpatia, compreensão, sintonia, imaginação, nutrição física e emocional, protecção e 
comunhão. 
Excesso deste elemento indica uma intensa ligação ao passado, alienação das 
emoções, dificuldade em expressar os sentimentos (por ficar "afogado" neles) e medo 
de ficar excessivamente envolvido nas ligações emocionais. 
A falta deste elemento leva a uma dificuldade de estabelecer laços afectivos, medo das 
emoções, a pessoa pode ter dificuldade em identificar os próprios sentimentos e 
necessidades afectivas e ser totalmente "impermeável" aos sentimentos alheios. 
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que 
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o 
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos 
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo 
elemento. 
A Combinação de Elementos 
Num mapa astrológico, os Elementos nunca se manifestam em estado "puro". 
Ninguém pertence exclusivamente a um só elemento. No mapa astrológico estes 
aparecem combinados em várias proporções. A interpretação desta combinação 
elemental dá-nos a base das tendencias comportamentais de um indivíduo. 
Como interagem os Elementos num mapa natal? 
O resultado da combinação de Elementos depende da natureza dos próprios 
elementos. O esquema seguinte apresenta as diversas possibilidades de 
relacionamento: 
Os Elementos da mesma polaridade são os que apresentam a combinação mais fluídapois têm origens semelhantes. Assim os Elementos Yang - Fogo e Ar - tem uma 
relação naturalmente fluente. Se fizermos a analogia com os elementos físicos, 
veremos que o Ar alimenta o Fogo e este dá movimento e energia ao Ar. 
Os Elementos Yin - Água e Terra - são igualmente compatíveis. A Terra suporta e dá 
forma à Água e esta alimenta e fertiliza a Terra. 
Noutro extremo, temos as relações tensas. Estas ocorrem em Elementos de 
caracteristicas totalmente opostas, ou seja entre Fogo (quente e seco) e Água (fria e 
húmida) e também entre Ar (quente e húmido) e Terra (fria e seca). O Fogo evapora a 
Água e esta apaga o Fogo, o Ar e a Terra têm "densidades" completamente opostas, 
pelo que têm dificuldade em interagir. 
No termo intermédio temos as relações moderadas, em que os Elementos envolvidos 
são basicamente incompativeis mas, ainda assim, têm algo em comum: Fogo e Terra 
(ambos secos) e Ar e Água (ambos húmidos). 
 
Como "funcionam" estas combinações no plano psicológico? 
Fogo e Ar - Indivíduos dinâmicos, muito "acelerados", com grande actividade mental 
mas dificuldade em trazer as idéias à "terra". 
 
Fogo e Terra - Grande poder de concretização e estabilidade. Muito direcionados para 
os resultados das sua acções, mas correndo o risco de serem pouco sentimentais e 
pouco sensíveis. 
Fogo e Água - Seres emocionalmente intensos, passionais. Dividem-se entre a 
expressão radiante das suas emoções e periodos mais introvertidos e sentimentais. 
Ar e Água - Sonhadores, sentimentais e românticos mas com pouco sentido prático e 
muitas vezes perdidos no seu mundo de sonho. 
Ar e Terra - Expressão primariamente mental e racional dando origem muitas vezes a 
uma abordagem "cerebral" e pouco sentimental da vida. 
Terra e Água - Sensibilidade, estabilidade e uma natureza introvertida e calma que 
pode muitas vezes originar uma grande inércia. 
Como saber que combinação está presente num mapa natal? 
É necessário realçar que estas combinações resultam de uma "soma" dos vários 
factores astrológicos de uma mapa astrológico. Muitas vezes a "pesagem" de 
elementos é muito complexa sendo difícil perceber qual o elemento dominante ou qual 
a combinação presente. 
Um exemplo de pesagem muito simples seria a combinação Sol - Lua - Ascendente. 
Mas mesmo esta pode ser desiquilibrada pelos restantes planetas. 
O Modos ou Qualidades 
Em Astrologia existem três estados possíveis para cada Elemento: Cardinal, Fixo e 
Mutável. Estes estados caracterizam o tipo de acção ou "movimento" que o elemento 
apresenta. Cada um dos signos resulta, portanto, da combinação entre um Elemento - 
Fogo, Terra, Ar ou Água - e um Modo - Cardinal, Fixo ou Mutável. 
Estes três modos de movimento representam as três qualidades da matéria segundo a 
metafísica: Rajas - Actividade, Tamas - Inércia, Sattva - Equilíbrio. 
Representam as três fases da energia: o impulso inicial (Cardinal), a estabilização e 
concentração (Fixo) e a transformação e adaptabilidade (Mutável). 
 
Como surge esta divisão? 
 
Para melhor compreender estes três modos, podemos compará-los às estações do 
ano: ele representam o princípio, meio e fim de uma sequência sazonal. Cada uma das 
quatro estações (Primavera, Verão, Outono e Inverno) divide-se em três tempos, ou 
melhor, em três signos. 
O primeiro signo é sempre Cardinal, pois representa o impulso inicial que começa a 
estação. 
O signo seguinte representa o meio da estação e é aquele que melhor a define (ou 
"fixa"); temos então um signo Fixo. 
O último momento é o de transição entre duas estações, temos então um signo 
Mutável, durante o qual a estação "muda". 
Assim, as Primavera, por exemplo, teria início com o Carneiro, seria fixada em Touro e 
mudaria em Gémeos. A sequência repete-se para as restantes estações. (Falaremos 
deste assunto, com mais pormenores, nos próximos artigos). 
Os modos também são conhecidos por Quadruplicidades, pois existem quatro signos 
de cada modo. 
Cardinal: Carneiro, Caranguejo, Balança e Capricórnio 
Todos estes signos marcam o início de uma estação. Todos se caracterizam pela 
necessidade de iniciar coisas. São geralmente impulsivos e activos. Cconcentram-se no 
imediato e no momento. Dão mais importancia ao movimento do que ao resultado. 
Fixo: Touro, Leão, Escorpião e Aquário 
Estes signos marcam o meio das estações. Todos apostam na estabilidade e 
necessitam de bases sólidas. Têm tendência à permanência, sendo por vezes um 
pouco inertes. Resistem à mudanças mas, quando se "movimentam" ou transformam, 
fazem-no com grande intensidade. 
Mutável: Gémeos, Virgem, Sagitário e Peixes 
 
Este quatro signos surgem no fim das estações. Têm em comum uma forma de estar 
variável e "instável", como resultado da sua necessidade de adaptação. Mudam 
constantemente de forma de expressão, oscilando entre o extremamente preciso e o 
incrivelmente vago. 
Note-se que estas caracteristicas base são alteradas e "mascaradas" pelos Elementos 
presentes no mapa astrológico. Tal como para estes, uma análise das Qualidades ou 
Modos requer um "contagem" dos planetas em cada signo. 
O Modo Cardinal 
O Modo ou Qualidade Cardinal indica acção, actividade, afirmação, assertividade e 
energia direccionada. A abordagem é lenta e segura: precisa de um tempo para 
assimilar novos acontecimentos e situações, 
Os signos cardinais são o Carneiro, o Caranguejo, a Balança e o Capricórnio. 
A presença de energia Cardinal num mapa astrológico dá-nos a noção da capacidade 
de impulso e de iniciativa desse indivíduo. É o motor da energia pessoal. Os processos 
mentais manifestam-se de forma franca e simples, passando facilmente do plano das 
ideias ao da acção. 
Excesso de Modo Cardinal indica actividade, impulsividade, impaciência, dificuldade em 
respeitar limites, recursos e pessoas. Há uma grande actividade, que começa muitos 
projectos, mas dificilmente acaba algum. 
Falta de Cardinal sugere falta de iniciativa, dificuldades em agir e pôr as coisas em 
movimento. 
No Carneiro, signo de Fogo, a energia Cardinal manifesta-se primariamente na área da 
individualidade, do ser: é a identidade (Fogo) em acção (Cardinal). A expressão da 
identidade é directa, franca, aberta e imediata. Quando em desequilíbrio pode também 
ser demasiado activa, agressiva, susceptível, incapaz de entender o ponto de vista 
alheio e de fazer compromissos. 
No Caranguejo, signo de Água, a actividade Cardinal tem como área de expressão a 
vida afectiva, as memórias e os sentimentos: é o sentimento (Água) em acção 
(Cardinal). A expressão é geralmente reservada e defensiva mas, quando ameaçada, 
pode tornar-se extremamente agressiva. 
Na Balança, signo de Ar, o tom Cardinal manifesta-se sobretudo a nivel da 
comunicação e dos relacionamentos: é a relacionalidade (Ar) em acção (Cardinal). 
Tendo como motor os relacionamentos (tanto pessoais como sociais), a energia 
Cardinal pode tornar-se muito activa no estabelecimento de pontes e vias de 
comunicação. Em excesso, pode ser inconsequente e superficial, por ser demasiado 
focado nos relacionamentos, esquecendo o propósito dos mesmos. 
No Capricórnio, signo de Terra, o tema Cardinal vai manifestar-se através do que é 
físico, experienciável, prático, mensurável: é a acção (Cardinal) concreta (Terra). Há 
uma necessidade de estruturação, planeamento e actividade estratégica. Em excesso, 
pode gerar uma actividade muito rígida, demasiado virada para os fins mas sem olhar 
a meios, e "materialista" (focada na forma exterior e não na essência das coisas). 
O Modo Fixo 
O Modo ou Qualidade Fixa indica concentração, fixidez, necessidade de segurança e de 
"saber onde pisa". 
Os signos fixos são o Touro, o Leão, o Escorpião e o Aquário. 
A presença de energia Fixa num mapa astrológico mostra-nos uma forte motivação 
para a segurança, a defesa e o auto-controlo. Há uma certa rigidez e alguma 
dificuldade em fazer compromissos ou ceder. 
Excesso de Modo Fixo sugere reacções lentas, receosas, defensivas, muito 
controladorase fechadas. Há tendência para manter tenazmente os seus pontos de 
vista, sendo por vezes incapaz de compreender outras ideias e perspectivas. 
Falta de energia Fixa pode indicar pouca estabilidade, insegurança, medos e, por 
vezes, em certo grau de descontinuidade afectiva: é difícil manter o mesmo nível de 
interesse e motivação nos relacionamentos. 
O Touro, signo de Terra, é fixo ao nível da experiência concreta: procura segurança na 
vivência do que é palpável, sólido, passível de ser possuído. Aproveita os prazeres da 
vida mas receia largar o que possui (quer a nível material, quer na área das ideias e 
dos relacionamentos). Pode tornar-se muito apegado e "avarento". 
O Leão, signo de Fogo, é fixo ao nível da identidade: procura segurança na auto-
expressão exuberante, viva, expansiva. É muito criativo e generoso mas não quer 
abandonar o seu "teatro", por medo de perder a personalidade. Pode tornar-se 
demasiado teatral e exibicionista. 
O Escorpião, signo de Água, é fixo ao nível emocional: procura segurança no reviver 
de emoções intensas, mesmo as mais dolorosas e negativas. Vive de forma intensa e 
profunda mas teme "largar" velhas emoções e sentimentos, por receio de perder-se e 
de ficar "vazio". Corre o risco de se tornar rancoroso, amargo ou mesmo destrutivo. 
O Aquário, signo de Ar, é fixo ao nível das idéias: procura segurança em ideologias e 
pontos de vista. Tem dificuldade em largar as suas ideias e não se deixa "convencer", 
para não ser "privado de liberdade e autonomia". Goza de grande liberdade e 
originalidade de pensamento mas pode tornar-se teimoso, excêntrico e "rebelde sem 
causa". 
O Modo Mutável 
O Modo ou Qualidade Mutável indica variedade, dispersão, adaptação, experimentação 
e flexibilidade. 
Os signos Mutáveis são os Gémeos, a Virgem, o Sagitário e os Peixes. 
A presença de energia Mutável num mapa astrológico indica vivacidade, curiosidade e 
poder de síntese. Há uma tendência natural para a adaptação e para a experiência 
directa: é muito virada para a aprendizagem. 
Excesso de modo Mutável pode revelar falta de concentração, desgaste nervoso e 
dificuldade em levar os projectos até ao fim. 
Falta de Mutável sugere pouca curiosidade, pouca motivação para a troca de ideias e 
um certo grau de estagnação intelectual. 
Devido à sua grande adaptabilidade e poder de sínrtese, os Signos Mutáveis podem, 
em certas situações, apresentar caracterísicas do seu oposto polar. Assim, Gémeos 
pode "trocar de papéis" com Sagitário, o mesmo acontecendo entre Virgem e Peixes. 
Para os Gémeos, signo de Ar, a mutabilidade expressa-se através dos 
relacionamentos e das trocas intelectuais: é a aprendizagem das ideias e do 
quotidiano. Relaciona-se com o estabelecimento de "pontes" e de vias de comunicação. 
É muito curioso e diversificado mas, se se apegar demasiado à variedade, pode tornar-
se fútil, instável, superficial e pouco profundo. 
Na Virgem, signo de Terra, a energia Mutável manifesta-se através do que é concreto 
e palpável: é a apredizagem do trabalho e do serviço. Funciona de forma meticulosa, 
procurando sempre a exactidão e a correcta funcionalidade das coisas. O seu desejo de 
perfeição pode, contudo, gerar criticismo desnecessário, que leva à perda da visão 
global das situações. 
A qualidade Mutável do Sagitário, signo de Fogo, expressa-se sobretudo através da 
expressão da identidade: é a aprendizagem do Ser. Procura identificar-se com algo 
maior: um sistema de referências social, ético ou religioso. Esta procura, que o leva a 
horizontes mais vastos, pode também degenerar em dogmatismo, opiniões excessivas 
e descabidas e arrogância intelectual. 
Para os Peixes, signo de Água, a energia Mutável encontra o seu campo de expressão 
na emotividade: é a aprendizagem do sentir. Há uma enorme sensibilidade, muitas 
vezes "osmótica" e uma permeabilidade a tudo o que é sentimento e emoção. Esta 
faculdade pode gerar muita empatia e compaixão mas, nalguns casos, é também fonte 
de auto-piedade, dispersão e caos emocional. 
Para determinar o excesso ou a falta de um modo num mapa natal há que ter em 
conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o 
Ascendente) nos signos e também nas casa. 
Elementos e Modos no Zodíaco 
Vamos ver agora como os Elementos e Modos vão estar associados e caracterizar os 
doze signos zodiacais. 
Ao combinarmos estes três Modos ou Qualidades com os quatro Elementos obtemos 
doze combinações diferentes. São estas combinações que definem grande parte das 
características dos Signos. 
Os Elementos surgem no zodíaco com uma sequência definida e inalterável: Fogo, 
Terra, Ar, Água. Esta sequência inicia-se no signo de Carneiro e repete-se três vezes 
até ao último signo do Zodíaco, Peixes. Por isso muitas vezes os elementos são 
designados por Triplicidades (três signos para cada elemento) 
Os Modos sugem na sequência: Cardinal, Fixo, Mutável, novamente começando no 
Carneiro e terminando em Peixes. Esta sequência repete-se quatro vezes, sendo os 
modos conhecidos também como Quadriplicidades (quatro signos para cada modo). 
Ao fazermos a combinação obtemos: 
Elemento + Modo = Signo 
 
1 - Fogo + Cardinal = Carneiro 
2 - Terra + Fixo = Touro 
3 - Ar + Mutável = Gémeos 
4 - Água + Cardinal = Caranguejo 
5 - Fogo + Fixo = Leão 
6 - Terra + Mutável = Virgem 
7 - Ar + Cardinal = Balança 
8 - Água + Fixo = Escorpião 
9 - Fogo + Mutável = Sagitário 
10 - Terra + Cardinal = Capricórnio 
11 - Ar + Fixo = Aquário 
12 - Água + Mutável = Peixes 
 
 
Os Signos e o Zodíaco 
Os Signos são o grande pilar da Astrologia. Eles representam os 12 modos de ser, os 
12 modos de expressão da energia, as 12 fases do ciclo anual. 
Tecnicamente são sectores de 30º da eclíptica - o caminho aparente do Sol ao redor da 
Terra. É nesta faixa que circulam também os planetas e a Lua. 
A divisão é feita a partir do Equinócio da Primavera. Este evento marca os 0º de 
Carneiro. A partir daqui, fazendo divisões em sectores de 30º cada, surgem os 
restantes Signos. O Caranguejo marca o Solstício de Verão, a Balança (oposto a 
Carneiro) marca o Equinócio de Outono e finalmente Capricórnio (oposto a 
Caranguejo) o Solstício de Inverno. 
 
 
 
Existem portanto 3 Signos por cada estação: 
• Primavera: Carneiro, Touro e Gémeos 
• Verão: Caranguejo, Leão e Virgem 
• Outono: Balança, Escorpião e Sagitário 
• Inverno: Capricórnio, Aquário e Peixes 
A este conjunto ou faixa de 12 Signos chamamos Zodíaco, que significa disco da vida 
ou disco dos animais, devido a muitas das suas constelações representarem animais. 
No entanto, é importante frisar que um Signo não é o mesmo que uma constelação, 
embora existam signos e constelações com os mesmos nomes. Uma constelação é um 
conjunto ou agrupamento de estrelas, enquanto que um Signo é, como dissemos, um 
sector de 30º da eclíptica cuja divisão surge dos ciclos do próprio planeta Terra. 
Houve um tempo em que Signos e constelações coíncidiram; contudo devido a um 
fenómeno complexo, chamado Precessão dos Equinócios,começou a haver um 
desfasamento entre estes dois factores. Este desfasamento, que se vai acentuando ao 
longo dos séculos, dá origem às Eras Astrológicas. 
Qual é então o significado prático dos Signos? 
Cada Signo representa um modo de expressão, um processo. Nenhum Signo é igual a 
outro, assim como nehum é bom ou mau, cada um tem característica bem definidas. 
 
 
- Carneiro representa a acção impulsiva baseada numa necessidade de exprimir um 
desejo, a identidade. Simboliza tudo o que é impulsivo, imediato, desde a precipitação 
não pensada ao pioneirismo. 
Elemento: Fogo, Modo: Cardinal 
 
- Touro representa a fase de estruturação, do adquirir de forma e substância. 
Simboliza todos os processos em que o sentido de ter e de valor estão envolvidos. A 
estabilidade é um tema deste Signo que tanto se pode manifestar por possessividade e 
teimosia ou como resistência e preserverança. 
Elemento: Terra, Modo: Fixo 
 
- Gémeos é o Signo da diversidade,da comunicação e do movimento constante. 
Caracteriza-se por uma necessidade de relativizar do Universo, uma constante 
conceptualização da vida e de todas as coisas. Os processos deste Signo são 
maioritariamente cerebrais, sendo a comunicação, a informação e entendimento uma 
parte muito importante. As manifestações podem variar desde a leveza e futilidade até 
à curiosidade e comunicação. 
Elemento: Ar, Modo: Mutável 
 
- Caranguejo é o Signo da maternidade, do conforto emocional, o nutrir e ser nutrido. 
Neste Signo as coisas vão ser vivenciadas através das ligações emocionais de conforto 
e desconforto com as experiências de vida. Este é o Signo do apego e da dependência 
e também da maternidade e protecção. 
Elemento: Água, Modo: Cardinal 
 
- Leão relaciona-se com a expressão criativa do ego. Representa todos os processos 
de procura de identidade. Todas as experiências de vida do Leão são vistas como uma 
transformação de identidade, um desafio à estrutura pessoal. É tanto o Signo da 
vaidade e egoísmo com o da dignidade e generosidade. 
Elemento: Fogo, Modo: Fixo 
 
- Virgem representa o processo da purificação e da busca da perfeição. Neste Signo 
vive-se a procura de eficiência e funcionalidade. Há nele uma necessidade inata de 
"arrumar, limpar e organizar" o Universo e a Vida. Neste Signo encontramos tanto a 
"piquinhice" e o criticismo como a eficiência e a ordem. 
Elemento: Terra, Modo: Mutável 
 
- Balança representa o confronto e a comparação entre o Eu e o Outro. Neste Signo, a 
busca do equilíbrio e a harmonia com o exterior são peças fundamentais. Há um forte 
impulso para os relacionamentos, pois os outros vão servir de espelho e de "válvula 
reguladora" a essa necessidade de harmonia. 
Elemento: Ar, Modo: Cardinal 
 
- Escorpião tem como temática o desejo e as suas consequências. Aqui o indivíduo 
vai ao encontro das suas motivações mais profundas (as "forças ocultas" que o 
movem) e também dos resultados dos seus actos. Este processo, que é um "teste de 
poder", implica uma transformação profunda da natureza emocional, uma "morte" de 
padrões comportamentais. É tanto o Signo da manipulação como o da purificação e 
regeneração. 
Elemento: Água, Modo: Fixo 
 
- Sagitário é o Signo da aventura e dos ideiais. Expressa o processo de busca de uma 
identidade maior, que relaciona o indivíduo não apenas com ele próprio mas com um 
significado mais colectivo e abrangente. Neste Signo tudo vai ser vivenciado segundo 
filosofias, valores e padrões de ética, que tanto podem ser dognáticos e doutrinadores, 
como altamente idealistas e éticos. 
Elemento: Fogo, Modo: Mutável 
 
- Capricórnio representa o processo de estruturação e hierarquização da Vida e de 
todas as coisas. Neste Signo, há uma necessidade de compreender as estruturas de 
poder geralmente associadas a uma vivência do social muito intensa. O 
posicionamente na estrutura geral de forças (status) é muito importante. São 
expressão deste Signo a avareza e a rigidez mas também a estratégia, a sobriedade e 
a estruturação. 
Elemento: Terra, Modo: Cardinal 
 
- Aquário representa o procesos de individualização e de reconhecimentos dos 
"papéis" sociais face ao colectivo. Neste Signo há uma tendência ideológica 
revolucionária que procura o entendimento do colectivo humano. Podemos também 
encontrar um certo orgulho intelectual e uma resistência em "ser como os outros". Sâo 
expressão deste Signo o humanismo, a fraternidade e a globalização, assim como a 
rigidez mental, o orgulho arrogante e a excetricidade sem sentido. 
Elemento: Ar, Modo: Fixo 
 
- Peixes é o último Signo do Zodíaco e, assim sendo, é nele que se sintetizam os 
processos de todos os Signos anteirores. Há uma tentativa de apreender 
emocionalmente o Todo: as coisas são vividas com grande sensibilidade emocional ao 
Universo. Como as fronteiras emocionais são difusas, existe a possibilidade de 
transcendência e "iluminação" mas também a de perda e desagregação do Eu. São 
expressões deste Signo a confusão e a "vaguez", asism como a intuição e a empatia. 
Elemento: Água, Modo: Mutável 
Estas doze qualidades (Signos) ou modos de ser vão "colorir" e qualificar os planetas, 
casas e outros pontos de um mapa natal. São o factor mais abstracto na Astrologia, 
mas também o mais importante e fundamental. 
O Signo solar 
Quando dizemos que somos do Signo de Balança (por exemplo), estamos, na verdade, 
a dizer que quando nascemos o Sol estava posicionado nesse Signo. A importância od 
Signo solar é muito relativa, pois há que ter em conta não só aLua e os outros 
planetas, mas também outros factores astrológicos, que podem estar posicionaod sme 
Signos completamente diferentes. Signifrica isto que saber o Signo solar não basta, de 
maneira nenhuma, para ter uma ideia, mínima que seja, da estrutura psicológica de 
um indivíduo. Assim, qualquer afirmação (seja uma interpretação de personalidade ou 
uma previsão) baseada apenas no Signo solar, é, sempre, extremamente incompleta e 
descontextualizada. (Assim, podemos comprender que os chamados "horóscopos de 
revista" que são derivados do Signo solar são uma forma simplista e redutora de dar 
informação astrológica e em nada contribuem para a correcta divulgação da 
Astrologia). 
O Zodíaco 
O Zodíaco é uma estrutura celeste muito antiga. Foi, provavelmente, definida pelas 
civilizações mesopotâmicas à 7.000 anos. 
Podemos encontrar representações do Zodíaco em quase todas as civilizações antigas, 
mesmo as mais orientais. Apenas muda o seu nome e o das 12 constelações (ou 
signos) que o constituem. 
Do ponto de vista Astronómico o Zodíaco é uma faixa de constelações na qual a partir 
da Terra se podem observar os movimentos do Sol (através da linha imaginária 
chamada eclíptica), da Lua e dos planetas. 
Ao observar isto, os antigos definiram nesta faixa doze constelações, que 
representariam "lugares" ou "terrenos" por onde os vários astros estariam situados e 
que lhes dariam diferentes características. Estas doze divisões foram provavelmente 
originadas pelas estações do ano (ver próximo artigo) e pelo movimento lunar. 
Constelação versus Signo 
Em Astrologia falamos de signos e não de constelações. Qual a diferença? Na 
antiguidade os astrólogos decidiram (porque a Astrologia é um conhecimento 
basicamente simbólico) associar e definir o Zodíaco a partir dos ciclos naturais do 
nosso planeta. 
Assim sendo, os signos passaram a ser definidos pelos equinócios e solstícios e não 
pelas constelações. Esta definição foi introduzida pelos gregos na época clássica. Parte 
da razão pelo qual isto aconteceu foi a discórdia geral de onde começava e terminava 
cada constelação. 
O signos foram definidos como divisões de 30º do Zodíaco (ou melhor da eclíptica) 
começando os 0º ou zero de Carneiro (ou ponto vernal) com o equinócio da Primavera 
e fazendo divisões sucessivas de 30º, tendo como marcadores os 0º de Caranguejo 
(solstício de Verão), 0º Balança (equinócio de Outono) e 0º de Capricórnio (solstício de 
Inverno). 
É devido ao facto de haver esta diferença entre Signo e Constelação que o movimento 
celeste conhecido por Precessão dos Equinócios faz com que actualmente as 
constelações e signos não coincidam. 
Quando alguém diz que que nasceu no Signo da Balança (referindo-se, portanto, ao 
signo solar) ficará, talvez, surpreso ao descobrir que, do ponto de vista astronómico, o 
Sol estava, afinal, na Constelação de Virgem. 
Este facto não invalida a Astrologia, como tantas vezes se afirma, apenas realça uma 
diferença substancial de método e de abordagem em relação à Astronomia. 
A Astronomia estuda os astros enquanto corpos físicos e a Astrologia estuda esses 
mesmos astros numa perspectiva simbólica. 
Os signos e o ciclos natural 
Nos tempos antigos, quando as comunidades humanas viviam segundo os ritmos da 
Natureza, a sequência das estações marcava o ritmo da vida. 
Vejamos, então, como o ritmo sazonal determina as energias de cada signo. Importa 
realçar queestas energias dizem respeito ao próprio signo e não às pessoas desse 
signo, já que a personalidade de que um ser humano resulta de uma combinação 
complexa de factores e não de um único signo. 
Há que ter em conta que as datas apresentadas para cada signo são aproximadas: 
devido à existência de anos bisextos e a outros factores, estas datas podem antecipar-
se ou atrasar-se um dia 
Primavera - Época de esperanças e promessas. Plantar as sementes. 
Carneiro - de 21 de Março a 20 de Abril - Fogo Cardinal. 
Equinócio da Primavera: o verdadeiro início do ano. A vida em "hibernação", retorna à 
actividade: a seiva volta a circular. Um novo ciclo começa. 
Forte impulso vital, afirmação, "agressividade", vontade de avançar. 
Touro - de 21 de Abril a 21 de Maio - Terra Fixa. 
Meio da Primavera: fecundação da terra fértil; a vida desponta, cria raízes. 
Estabilização do impulso vital: experiência centrada na sensação física (sentidos). 
Gémeos - de 22 de Maio a 21 de Junho - Ar Mutável. 
Fim da Primavera: as plantas estão em flor e trocam pólen. As sementes já fertilizadas 
começam a dividir-se. Trocas, divisões, intercâmbios. 
Transformação do impulso vital: curiosidade, variadade, comunicação. 
Verão - Época de crescimento e plenitude. Nutrir de plantas e frutos. 
Caranguejo - de 22 de Junho a 23 de Julho - Água Cardinal 
Solstício de Verão: nutrição das plantas, formação e crescimento dos frutos. 
Impulso de exteriorização: gestação protegida; a vida adquire forma. 
Leão - de 24 de Julho a 23 de Agosto - Fogo Fixo. 
Meio do Verão: frutos na sua total expressão, amadurecimento. 
Máximo da exteriorização: crescimento e expressão pessoal, auto- afirmação. 
Virgem - de 24 de Agosto a 23 de Setembro - Terra Mutável 
Fim do Verão: época das colheitas, da organização e do armazenamento; sementes e 
frutos como símbolo de perfeição e de esperança no futuro. 
Transformação da exteriorização: sentido do trabalho feito, da ordem alcançada. 
Outono - Época de colheita. Ceifar, guardar e armazenar. 
Balança - de 24 de Setembro a 23 de Outubro - Ar Cardinal 
Equinócio do Outono: meio do ciclo. Ponto de equilíbrio: as colheitas estão feitas, é 
tempo de trocas, dádivas, festas e romarias (pontos de convívio). 
Impulso de interiorização, virado para o equilíbrio e a harmonização. 
Escorpião - de 24 de Outubro a 22 de Novembro - Água Fixa 
Meio do Outono: tempos dos frutos secos (sementes); as folhas caem e apodrecem; 
cortam-se os ramos velhos; fermentação e transformação: prepara-se o humus que 
fertilizará e sustentará uma nova Primavera. 
Máximo da interiorização: tempo de fazer o luto de tudo o que morreu neste ciclo; 
libertar-se de emoções do ciclo passado, aceitar a transformação. 
Sagitário - de 23 de Novembro a 22 de Dezembro - Fogo Mutável 
Fim do Outono: todos os frutos colhidos, últimas folhas secas, últimas sementes, 
época de abundância e preparação para a escassez futura. 
Transformação da interiorização: antecipação do Inverno, tempo pensar no sentido da 
vida, para fazer o balanço de tudo o que se aprendeu neste ciclo. 
Inverno - Época de protecção da vida latente. Abrigar e conservar. 
Capricórnio - de 23 de Dezembro a 20 de Janeiro - Terra Cardinal 
Solstício de Inverno: culminar do ano, o auge do frio; altura de proteger a vida latente 
nas sementes que jazem adormecidas na terra. 
Impulso de protecção e recolhimento: começam a consumir-se os recursos 
armazenados; tempo fazer o balanço material do que foi obtido neste ciclo, gozando o 
êxito e reputação social alcançados. 
Aquário - de 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro - Ar Fixo 
Meio do Inverno: escassez de recursos, vive-se agora quase excluvidvamente do que 
foi acumulado no Verão anterior; trocam-se e partilham-se recusos. 
Máximo da protecção: tempo para recolher-se, meditar e libertar-se de ideias e 
conceitos do ciclo passado e preparar o futuro. Vida em comunidade. 
Peixes - de 20 de Fevereiro a 20 de Março - Água Mutável 
Fim do Inverno: gastam-se os últimos recursos; altura do degelo; redenção, fim de um 
ciclo, o fechar do ano "natural". 
Transformação da protecção: à medida que o ciclo termina, aumenta o sentimento de 
perda, de fatalidade, de términus; contudo, se todas as etapas anteriores tiverem sido 
devidamente vivenciadas, este fim pode ser sentido como uma libertação emocional 
profunda; estão, assim, criadas as condições para que as sementes deste ciclo nasçam 
enfim, na Primavera que se seguirá. 
Nota: Os signos relacionam-se com as estações do ano no Hemisfério Norte, uma vez 
que foi aqui que nasceram e floresceram todas as civilizações que contribuíram para a 
sua simbologia. Contudo, são também aplicáveis aos nascidos no Hemisfério Sul, uma 
vez que a sua simbologia é universal. 
O Signo de Carneiro 
 
Elemento: Fogo 
Modo: Cardinal 
Planeta regente: Marte. 
Palavra-chave: "Eu ajo". 
Disposição: Iniciar, ser activo. 
Este é o signo onde tudo começa: é o primeiro signo do Zodíaco. 
O Carneiro marca o início de um ciclo completo de experiência. Está cheio de energia, 
vitalidade e força. 
O seu principal impulso é direccionado para a acção. O tema do signo tem, por isso, a 
ver com os inícios, o pioneirismo, a coragem, a vontade de ser o primeiro. A outra face 
da acção é a luta, o combate e a conquista, estas também características deste signo. 
O Fogo, elemento deste signo, confere-lhe a capacidade de expansão, a expressão de 
vontade e de identidade. Ao associar-se ao Modo Cardinal, toda esta expansão 
exterioriza-se de modo imediato, rápido, directo. 
Por ser Fogo Cardinal, o Carneiro é o signo que mais directamente se relaciona com o 
aspecto masculino da personalidade. 
Quando o signo de Carneiro está muito acentuado num mapa natal, a necessidade de 
acção imediata e directa é parte integrante da personalidade. 
A expressão é, muitas vezes, competitiva e bélica, mesmo em situações que requerem 
equilíbrio e diplomacia. Há uma resposta imediata, quase que uma reacção às 
situações, que pode gerar atritos. Longe de serem temidos e evitados, estes atritos 
são, muitas vezes, desejados e vividos como desafios estimulantes. 
A necessidade de ser sempre o primeiro pode levar a grandes vitórias e a importantes 
empreendimentos. Contudo, é esta mesma necessidade que constitui também um dos 
seus principais problemas: a sua impaciência leva-o a desvalorizar o que já 
conquistou, a deixar a meio o que começou. Procura, então, novas conquistas e novas 
batalhas. 
Quando este signo está bloqueado no mapa, pode dar origem à dificuldade de tomar 
iniciativas, expressar a vontade e ser assertivo. 
Como signo complementar ao Carneiro temos a Balança, onde as qualidades de 
diplomacia, tacto, equilíbrio e consideração aos outros temperam a impulsividade de 
Carneiro. 
O regente de Carneiro é o planeta Marte que, como veremos mais adiante, é o 
indicador de acção, conquista, iniciativa e movimento. 
O Signo de Touro 
 
Elemento: Terra 
Modo: Fixo 
Planeta regente: Vénus 
Palavra-chave: "Eu construo". 
Disposição: Suster, ser aquisitivo. 
Em Touro, a energia primordial começa a ser estabilizada e toma forma pela primeira 
vez. O impulso é para a estabilidade, para a vivência do lado "prático" da vida. Todo o 
tema do signo envolve posses, "lucro" e a segurança que surge da obtenção de um 
território pessoal e bem definido. Neste contexto, pode surgir um grande apego a 
formas (de pensar, sentir, obejctos materiais, etc.) A outra face deste signo é a 
inércia, a preguiça, a indolência e a possessividade. 
O elemento Terra que caracteriza este signo, confere-lhe o modo de funcionar concreto 
e prático. Há uma tendência a experimentar do mundo através dos sentidos - 
saborear, cheirar, sentir, etc. O Modo Fixo aumenta a tendência para a estabilidade e a 
"estática" associadas ao elemento Terra. 
A combinação Terra Fixa exterioriza-se muitas vezes por uma resistência à mudança, 
forte ênfase no mundo concreto e muita teimosia. 
Quando este signo está muito acentuado num mapa natal, existem valoresmuito 
concretos e práticos, grande capacidade de trabalho, persistência e paciência. O 
sentido estético e a sensualidade andam a par: há uma capacidade natural para 
apreciar a beleza e as "coisas boas" da vida. O exagero destas qualidades pode, 
contudo, gerar um forte apego à segurança e ao bem-estar, que acentuam a 
sensualidade de forma pouco saudável, impedem o progresos e estagnam a natural 
gestão dos recursos. 
Quando este signo está de alguma forma bloqueado no mapa, pode haver uma falta de 
sentido prático, incapacidade de tomar forma ou dar forma; e uma dificuldade em 
"saborear" a vida. 
No signo complementar, Escorpião, vamos encontrar a capacidade de reciclagem da 
segurança e das posses. A estabilidade de Touro é substituida por uma constante 
transformação. 
O Planeta Vénus, que rege o signo de Touro, dá-lhe capacidade valorativa, capacidade 
de empatia, e sensibilidade à beleza e à estética. 
O Signo de Gémeos 
 
Elemento: Ar 
Modo: Mutável 
Planeta regente: Mercúrio 
Palavra-chave: "Eu comunico". 
Disposição: Transmitir, ser volátil. 
Em Gémeos, vive-se pela primeira vez a dualidade e a comunicação. 
O tema do signo é a troca de ideias, a relativização, a compreensão intelectual do meio 
próximo. A curiosidade e a vontade de comunicar, que estão sempre presentes, 
transforma-se, por vezes, num "saltitar" nervoso e desgastante. 
Por ser o primeiro signo do elemento Ar, Gémeos representa a comunicação próxima, 
pessoal e informal, sem grandes pretensões generalistas. O Modo Mutável acrescenta-
lhe um toque de "nervosismo", indecisão e versatilidade. 
O Ar Mutável confere ao signo de Gémeos a sua característica vivacidade mental, 
leveza e capacidade adaptativa. 
Quando o signo de Gémeos está acentuado num mapa natal, toda a personalidade é 
permeada pela constante necessidade de comunicação, movimento e leveza. 
A expressão natural tende a ser rápida, dispersa, juvenil e alegre. Há uma grande 
acentuação na comunicação verbal e na troca de ideias. 
Esta tendência a verbalizar e a "intelectualizar" todos os aspectos da vida pode ser 
exagerada ao ponto de não deixar espaço para outras formas de estar. Nessa situação, 
o sentimento, a intuição e até a experiência concreta podem ser relegados para 
segundo plano. 
Quando a vivência intelectual ganha primazia sobre tudo o mais, a capacidade 
valorativa pode perder-se; surge então a dificuldade em distinguir entre o "bem" e o 
"mal", entre o "sério" e o "fútil": há uma espécie de postura "amoral", que se recusa a 
tomar posição pessoal entre o enorme conjunrto de conceitos e idéias que vai juntado 
ao longo das suas vivências quotidianas. 
Quando este signo está bloqueado num mapa natal pode representar dificuldades em 
comunicar no meio próximo e em gerir os conceitos do dia-a-dia. 
O signo complementar dos Gémeos, o Sagitário, representa o contraporto que faltava: 
vem dar significado e direcção a este mundo de idéias soltas e sem propósito comum. 
O regente de Gémeos é Mercúrio, planeta da comunicação e expressão em geral (em 
particular na sua forma falada e escrita). 
O Signo de Caranguejo 
Elemento: Água 
Modo: Cardinal 
Planeta regente: Lua 
Palavra-chave: "Eu alimento". 
Disposição: Conter/nutrir, ser defensivo. 
No Caranguejo, signo com que se inicia o Verão, surge pela primeira vez a componente 
emocional. Neste quarto signo, a ênfase está nas qualidades de protecção, 
acolhimento, sustentação e carinho. 
O tema geral do signo é a manutenção de um estado de protecção e segurança que é 
por vezes pode tornar-se excessivamente receoso e desconfiado. 
Este primeiro signo de Água relaciona-se com a expressão primordial dos sentimentos; 
a emoção é vivida de modo simples, quase infantil. Esta emotividade, contudo, 
expressa-se através do Modo Cardinal, que lhe acrescenta uma nota de dinamismo e 
assertividade. 
A Água Cardinal revela uma interessante combinação de fragilidade e força: a sua 
acção, que pode ser muito directa e assertiva, é basicamente motivada pela segurança 
emocional. 
Se o signo de Caranguejo estiver muito destacado num mapa natal, há tendência a pôr 
as necessidades emocionais pessoais em primeiro lugar, em detrimento de quaisquer 
outras considerações. 
Estas necessidades são, como já foi referido, principalmente direccionadas para a 
segurança e o conforto. O sentido de família e de "tribo" é muito forte assim como o 
sentimento de "pertencer" a um determinado grupo com características familiares. 
Uma excessiva ênfase de Caranguejo pode indicar uma necessidade de segurança de 
tal ordem que tudo o mais fica relegado para segundo plano. O resultado extremo 
desta situação pode ser estreiteza de vistas (dificuldade em pensar para além do ponto 
de vista pessoal) e uma incapacidade total de responder emocionalmente a pessoas ou 
situações que não sejam conhecidas ou familiares. 
Se houver alguma forma de bloqueio nas energias deste signo, a capacidade de 
reacção emocional pode ser fraca ou estar inibida. Há dificuldade em apreciar um 
ambiente seguro e familiar e é quase impossível ter o sentimento de pertencer ou 
"estar em família". 
Capricórnio, o signo complementar de Caranguejo, representa a estrutura e a 
organização necessárias para conter e dar rumo a todo este fluxo emocional. 
A Lua, regente de Caranguejo, está ligada à temática do inconsciente, à sensibilidade e 
à receptividade. 
O Signo de Leão 
 
Elemento: Fogo 
Modo: Fixo 
Planeta regente: Sol 
Palavra-chave: "Eu brilho". 
Disposição: Exibir, governar. 
No pino do Verão o impulso vital iniciado em Carneiro atinge a sua máxima expressão. 
É a época da realização das promessas iniciadas na Primavera e desenvolvidas ao 
longo da primeira fase do ano. 
Assim, o quinto signo do Zodíaco tem como tema a expressão plena de um potencial. 
Esta expressão, que geralmente é forte, rica, diversificada e criativa, pode também 
tornar-se excessiva, descabida e pomposa. 
O segundo signo de Fogo representa a expressão criativa da identidade; em vez de 
uma expresão directa e imediata, como em Carneiro, a identidade procura agora 
formas únicas, exuberantes e carismáticas de se manifestar. O Modo Fixo vem 
potenciar esta manifestação, conferindo-lhe força e estabilidade. 
Por ser um signo de Fogo Fixo, o Leão corresponde à mais intensa, tenaz e exuberante 
expressão de identidade. 
Se o signo de Leão estiver acentuado num mapa natal, a expressão da personalidade é 
viva, alegre, generosa e multifacetada. Há uma necessidade constante de enquadrar 
todas as circunstâncias da vida segundo um referencial próprio, único, pessoal. 
Apesar de existir uma auto-imagem forte e irradiante, há uma busca constante pela 
expressão total: o Leão procura no processo criativo o reflexo da sua própria criação - 
procura descobrir quem em através daquilo que cria. 
O excesso de energia leonina num mapa natal é bastante fácil de identificar: a 
expressão pessoal é tão forte (e por vezes tão exagerada) que raramente permite que 
qualquer outra se manifeste. Em casos extremos, esta tendência pode chegar ao 
egocentrismo total, acompanhado de mania das grandezas e pomposidade. Pode haver 
uma auto-imagem exageradamente positiva, levando à total falta de perspectiva do 
valor próprio e das capacidades pessoais. 
Se houver algum bloqueio deste signo, a expressão da identidade pode ficar bastante 
debilitada; a auto-imagem pode ser vaga, fraca ou confusa. 
O signo de Aquário, com a sua acentuada consciência de grupo, apresenta o 
complemento directo à postura egocentrada de Leão. 
O signo de Leão é regido pelo Sol, planeta da auto-consciência e da irradiação. 
O Signo de Virgem 
 
Elemento: Terra 
Modo: Mutável 
Planeta regente: Mercúrio 
Palavra-chave: "Eu analizo". 
Disposição: Analizar, ser descriminativo. 
É chegado agora o momento de experimentar, classificar e apurar o sentido do ego, 
que atingiu o seu máximo desenvolvimento na etapa anterior. 
O tema deste signo é a funcionalidade e a visão pragmática, mas também busca da 
perfeição

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