A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA- 1º SEMESTRE
LAURA LIMA NOVAES
A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS.
ILHÉUS- BA
2021
LAURA LIMA NOVAES
A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS.
 Portfólio apresentado ao curso de 
Pedagogia da Universidade Pitágoras
 UNOPAR como parte dos requisitos 
 necessários para obtenção de nota.
 
 Tutora: Simara Correa Lima Gomes
ILHÉUS
2021
1. INTRODUÇÃO
Com a inovação da educação é necessário que professores passem por modernização do ensino para acompanhar a cultura digital e se adequarem traçando novas estratégias para a transmissão do conhecimento. Os métodos tradicionais de aula expositiva, sem incluir uso de tecnologias, se tornaram defasados, sendo de extrema importância a capacitação dos profissionais para que possam inserir no dia a dia dos alunos novas formas de ensino.
Desde o início do ano de 2020 esses caminhos foram intensificados, devido ao distanciamento social provocado pela pandemia do novo Coronavírus, por esse motivo foi necessário que as salas de aula migrassem para as telas do computador, celulares ou tablets, ferramentas que facilitaram o processo de aprendizagem.
O ensino remoto favoreceu a inclusão social, sendo possível a utilização de intérprete de libras ou legenda nas aulas, para alunos surdos, por exemplo. Porém, a minoria das escolas se adequaram ao processo de acessibilidade que facilitava a entrega das aulas para todos os alunos. Necessariamente, é preciso que a educação seja um direito de todos, sendo este, assegurado por lei, mas, ainda há um desinteresse por parte do estado em qualificar profissionais para executar da melhor forma às suas atribuições.
Esse processo de aulas de forma remota, contribui para a inserção de métodos de ensino através de plataformas virtuais para o período pós pandemia. Com a familiarização da tecnologia é possível modificar a visão do aluno para o uso de aparelhos digitais, utilizando de metodologias ativas para ter uma maior interação dos estudantes quanto às aulas, fazendo com que ele seja o protagonista do seu processo de aprendizagem
2. DESENVOLVIMENTO
Para que hoje houvesse a transformação digital foi necessário que a sociedade passasse por diversas ondas de inovações desde a descoberta do fogo no período paleolítico até as mais recentes inteligências virtuais. Passaram-se vários períodos históricos marcantes que trouxeram algum tipo de pensamento moderno para criação de novas tecnologias. 
Revolução industrial, I e II guerra mundial, chegada a lua, criação do primeiro computador partindo de um datilógrafo, interconexão digital de objetos cotidianos com a internet, por exemplo, agendas telefônicas, era das redes sociais, celulares e smartphones todos esses períodos foram de extrema importância para alcançarmos a era da inteligência artificial, onde é possível máquinas realizarem tarefas como aprender e raciocinar de forma semelhante a mente humana.
Ao decorrer do tempo é possível acreditar que algumas habilidades sejam facilmente modificadas por automação o que gera maior assertividade, produtividade em menos tempo, padronização . Porém a tecnologia não substitui o pensamento crítico, criatividade dentre outras características atribuídas a seres humanos.
Com esses avanços tecnológicos as escolas também precisaram se adequar a novos métodos de ensino utilizando de inovações educacionais voltadas para meios digitais. Segundo Saviani (1991) a “educação contemporânea” tem estreita relação com a consciência que o ser humano tem de si mesmo, e que essa consciência se modifica em função da época, do lugar e de acordo com o modelo que se tem de sociedade. A partir desse pensamento, podemos observar que é necessário utilizar métodos que mais se equivalem a realidade do aluno fazendo uso de metodologias ativas tornando- o protagonista do seu processo de aprendizagem.
Para Moran(2018), ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade, espaço temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados. A contemporaneidade não permite mais que a sala de aula seja composta apenas de professor expondo aula no quadro e aluno assistindo, é essencial que para uma aprendizagem mais proveitosa haja uma maior interatividade entre todos.
Os recursos tecnológicos permitem uma maior interação entre todos em uma comunidade de aprendizagem, colocando os alunos como protagonistas na produção dessas informações e, consequentemente, na construção de conhecimentos. 
No início de 2020, foi necessário tomar medidas de proteção quanto a pandemia do novo Coronavírus que se iniciava no Brasil, uma das necessidades foi a realização do ensino remoto em diferentes níveis da educação para conter a infecção. Escolas públicas e privadas, tiveram que reestruturar suas atividades pedagógicas de modo emergencial para que a educação não parasse partindo da utilização dos meios digitais. Esse formato apresenta principalmente a necessidade do uso de tecnologias e formação de professores, tendo em vista que se tornam recursos de comunicação podendo utilizar de vários recursos. 
Existem muitos desafios para a inclusão da educação a distância na escola, é necessário primeiramente que ocorra uma mudança de mentalidade, pois ainda há muito preconceito em relação ao EaD, não é fácil para muitos supor que o aluno é sujeito do seu próprio processo de ensino-aprendizagem, pois cria-se uma falsa percepção que o aluno só aprende quando existe uma maior cobrança sob ele, acesso aos novos meios digitais, falta de capacitação profissional, melhorias quanto à qualidade do ensino e planejamento de inclusão social.
É natural que todas as instituições de ensino passem por dificuldades para promover uma rápida adaptação. É necessário o uso de plataformas confiáveis, organização pedagógica, equipe preparada e qualificada para atuar utilizando novos métodos de ensino, garantir que todos os alunos tenham acesso à internet de qualidade e que a educação chegue a todos independente de suas necessidades especiais.
Apesar de tanta tecnologia e facilidade ao acesso a internet, alunos de baixa renda ainda têm dificuldades para utilizar recursos do ensino a distância, estudos mostram que 59% dos estudantes não tem disponibilidade para realizar atividades online, o processo se torna ainda mais difícil pela falta de financiamento por parte do Estado, para melhoria ao acesso a educação, não sendo possível o cumprimento do direito reconhecido na Constituição Federal de 1988, que o Estado tem a obrigação formal de garantir a educação de qualidade a todos os brasileiros. 
Embora a implantação de aulas remotas tenha sido com intuito emergencial, o uso de tecnologias na educação é importante para uma maior familiaridade ao acesso de meios digitais para todos, sendo mais fácil a implementação de novas formas de interação entre aluno e professor no retorno às aulas presenciais. Mas, para que esse formato abranja a todos é preciso criar estratégias e metodologias com que a tecnologia chegue até os menos favorecidos.
Além da falta de disponibilidade de alunos de baixa renda, ainda há a dificuldade da inclusão social para alunos com necessidades especiais, apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN Nº 9.394 de 1996 mostrar conquistas importantes para a educação de alunos com deficiência, ainda há uma dificuldade em adequar o ensino EaD paraesses alunos em escolas públicas, como por exemplo, intérprete de libras ou legenda durante as aulas para alunos cegos, seria uma forma simples que faria total diferença para esses estudantes.
As dificuldades encontradas nos ambientes escolares para alunos com necessidades especiais vão desde as péssimas condições das estruturas físicas das instituições, pois muitas escolas foram construídas a muito tempo, num período onde haviam muitas barreiras de preconceitos, onde não se pensava muito em inclusão social, desse modo as escolas não apresentam uma arquitetura necessária para adaptações. Um fator primordial também tem sido a falta de formação dos professores, dificultando a aprendizagem e adaptação dos alunos em escolas, além do que são poucos os docentes que atuam nessa área da educação por falta de reconhecimento quanto ao trabalho realizado.
Por outro lado, é possível observar que o ensino de forma remota facilitou o processo de desenvolvimento e aquisição do aprendizado para alunos portadores de deficiência democratizando o acesso à educação principalmente para pessoas com dificuldades de locomoção, com o uso de ferramentas digitais, é possível também permitir que o aluno respeite o seu ritmo de aprendizagem individual. Segundo Josiane Tonelotto, superintendente acadêmica do Centro Universitário Belas Artes, esses métodos são de grande valia, pois aumentam as chances dos alunos com limitações recebam o mesmo nível de ensino que outros alunos sem deficiência ou que frequentam a instituição.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) representou uma grande conquista para a humanidade. Ela deixa explícito que os direitos humanos são uma preocupação das diversas nações, consequentemente de todos os cidadãos do mundo e que qualquer desrespeito a eles passa a ser considerado crime contra a humanidade. E ao longo dos anos, pessoas com deficiência obtiveram conquistas sociais traduzidas em respeito aos seus direitos ao longo de um processo histórico que envolveu muitas lutas e pressão incansável sobre o Estado brasileiro.
Educadores que lutam a favor da obrigatoriedade da inclusão escolar têm se movimentado e se associado a outros setores, como o Ministério Público e aos movimentos políticos, para assegurar esse direito constitucional, reforçado pela ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2008.
A luta a favor da equidade, tem mostrado avanços no que diz respeito à oferta de ensino especializado desde o início da educação especial na faixa etária de zero a seis anos de idade em escolas públicas e privadas, e, alunos com necessidades especiais cada dia mais, vem conquistando seu espaço em escolas comuns. (CARVALHO, 1997)
Vários pontos positivos podem ser observados durante a implementação das ferramentas digitais na construção de uma educação para todos, tendo em vista uma abordagem pedagógica de maneira que alcance todos os alunos, é de grande valia a forma com que a tecnologia leva a educação de maneira mais ágil, a lugares de difícil acesso onde antes não era possível ter uma qualidade no ensino.
Com o auxílio das mais recentes tecnologias, planos de aula e diferentes formas de ensino podem tornar o ambiente da sala de aula mais proveitoso utilizando de diferentes formas de atividades, como por exemplo jogos didáticos. Segundo Walsh e Ungson(1991) podemos relacionar que o processo de retenção de conhecimento é preciso definir seu sentido, eles acreditam que o conhecimento adquirido se consiste em aquisição, armazenamento e recuperação do conhecimento.
A implantação das ferramentas digitais vêm como um suprimento para a captação da informação de forma funcional permitindo que tudo o que foi estudado seja armazenado e não esquecido. Muitos estudos comprovam que quando é utilizado meios virtuais os alunos se sentem mais envolvidos e interessados nas aulas, dessa forma sendo mais proveitoso para ambas as partes.
Existem plataformas virtuais como o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) que facilita o acesso à educação onde pode-se encontrar livros, exercícios, aulas, tudo em um mesmo lugar e podendo ser acessado no momento em que for coerente para cada aluno.
A inovação e a modernização quanto a educação e a tecnologia andam juntas e a necessidade de atualização de professores é indispensável para que essa união seja fidedigna, pois, apesar da tecnologia mostrar caminhos de oportunidades também traz muitas dificuldades para o uso dos educadores. Por esse motivo Moran(2009) diz que cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos. Mas também é importante que amplie e aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal e as de comunicação audiovisual.
3. CONCLUSÃO
Podemos concluir que o uso das ferramentas tecnológicas se tornou indispensável no âmbito escolar, pois, oferecem na aprendizagem uma melhor retenção do conhecimento, tendo em vista a possibilidade de realizar as atividades de maneira síncrona e assíncrona, atingir todos os tipos de alunos tendo em vista a realização de planos pedagógicos de inclusão social.
É necessário que a escola tenha uma estrutura que engloba todas as pessoas com diferentes tipos de necessidades especiais, tanto de forma presencial, quanto virtual. Sendo assim, é preciso se adequar a políticas educacionais, contribuindo para democratização do ensino.
 Existem leis que asseguram o direito da educação de qualidade para a criança e o adolescente,porém, a realidade é diferente, muitas escolas públicas não têm a capacidade de se adequar a necessidade de cada aluno, por falta de preparação profissional e verba para implementação de programas sociais que auxiliem no processo de inclusão digital sendo possível que equidade a todos os alunos. 
A escola é feita para todos e o estado precisa observar melhor as estruturas e meios de inclusão em todos os sentidos, qualificar os professores e funcionários para que saibam lidar melhor com a individualidade, além de remunerar de forma justa todos os profissionais.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORAN, J. M. As múltiplas formas de aprender. Revista atividades & experiências, São Paulo, jul 2005. Disponível em: <http://ucbweb.castelobranco.br/webcaf/arquivos/23855/6910/positivo.pdf>. Acesso em: 07/05/2021.
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