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PORTIFOLIO - A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO A LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
NOME
 A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS.
CIDADE
2021
NOME
A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS.
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Inovação Educacional; Língua Portuguesa Para Docentes; Educação e Diversidade; Educação Inclusiva; Ed - Cultura Digital; Educação a Distância.
Docentes: Adriana Giarola Ferraz Figueiredo; Andressa Aparecida Lopes; Vilze Vidotte Costa; Natalia Gomes dos Santos; Eliane Zanoni; Lilian Amaral da Silva Souza.
Orientador (a): Maria Nilse Favato
CIDADE
2021
Sumário
1. INTRODUÇÃO	4
2. DESENVOLVIMENTO	5
2.1.	A TECNOLOGIA E A SUA IMPORTÂNCIA E CONTRIBUIÇÃO NA EDUCAÇÃO	8
2.2. TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVA.	11
3. COnsiderações finais	14
4. REFERêNCIAS	15
1. INTRODUÇÃO
Em meados de março de 2020, foi instituído no Brasil a realização do ensino remoto em diferentes níveis da educação para conter a contaminação ocasionada pela pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Sendo assim, as escolas públicas e privadas tiveram que reestruturar suas atividades pedagógicas para atender aos estudantes brasileiros a partir dos meios digitais. Esse cenário apresenta a relevância da presença de tecnologias, tanto nas práticas pedagógicas quanto nos processos de formação de professores, visto que se tornam recursos de comunicação e disseminação de saberes e informações que poderão ser socializados em diferentes tempos e espaços de modo síncrono e assíncrono. Pensar na educação desse século incluindo a Educação Especial é um grande desafio para aqueles que estão dispostos a trabalhar com ela, ajudando esses alunos que precisam de profissionais capacitados que possam estar ao seu lado, para que possam ter uma aprendizagem efetiva e duradoura que contribuirá futuramente para o seu sucesso. Já que aprender não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Mas para isso é preciso respeitar o ritmo de cada um e incentivá-lo. A pesquisa pretende possibilitar reflexões no contexto escolar visando as possibilidades da organização pedagógica e seus desafios em tempos de pandemia e a inclusão á praticas pedagógicas de forma inclusiva e o ensino remoto.
DESENVOLVIMENTO
Desde o início dos tempos o homem busca maneiras de transmitir seu conhecimento de maneira mais rápida e precisa, de forma, que possa facilitar a transmissão e também a recepção destas informações, tendo em vista o avanço da tecnologia, utilizou-se este diferencial para também fins educacionais, onde se possibilitou várias novas modalidades de ensino e experimentos. De acordo com Simons e Masschelein (2011), vivemos em um tempo em que aprender tornou-se um imperativo. Para os autores, vivemos em uma sociedade de aprendizagem, que se caracteriza pelo objetivo de produzir sujeitos comprometidos com sua aprendizagem. Os sujeitos que tomam para si a tarefa de aprender continuamente passam a gerir sua vida como uma empresa, tomando a educação como investimento para retornos futuros. Compreende-se que os espaços escolares vêm sofrendo modificações sem precedentes com o advento das tecnologias, trazendo uma necessidade de modernização das aulas dos professores para acompanhar a cultura digital, que é uma realidade em nossa sociedade. Com isso, não cabe mais, nos dias atuais, modelos de aulas obsoletos, que não façam uma ponte com as ferramentas tecnológicas tão presentes em nosso cotidiano. Ao aprofundar-se no assunto, são encontrados vários pontos positivos, que fazem com que a tecnologia dentro da educação torne possível alcançar e levar a educação e o conhecimento, onde antes era impossível de chegar ou de alcançar. Novos modelos e métodos de ensino foram criados a partir do avanço desta tecnologia, de maneira que se pudesse promover uma educação de qualidade de uma forma mais ágil.
Baseado nisso é que podemos falar da importância da inclusão digital no Brasil, assim como da importância da escola ser um espaço potencializador dessa inclusão, possibilitando aos alunos um uso consciente e saudável das tecnologias digitais, estimulando o aprendizado por meio dela e, desse modo, levando os alunos a tomarem consciência das infinitas possibilidades de acesso ao conhecimento que eles podem desenvolver.
Considerando esse indicativo, Silveira (2005) aponta que existem três pontos a serem considerados quando pensamos em inclusão digital:
A inclusão voltada para a cidadania, no sentido da busca do direito de interagir e do direito de se comunicar por meio das redes; a inclusão voltada para inserir as camadas mais pauperizadas ao mercado de trabalho - neste caso seria uma inclusão com um foco mais tecnicista, de ações que estão voltadas a meros “cursos de informática”; e por último a inclusão voltada à educação, na perspectiva da importância da formação sociocultural dos jovens, na sua formação e orientação diante do dilúvio informacional. Sendo assim, a definição da inclusão digital se dá com a universalização do acesso ao computador conectado à internet, bem como, ao domínio da linguagem básica para manuseá-lo com autonomia (Silveira, 2005, p. 434).
Com base na citação de Silveira (2005), começa a ficar claro para nós a importância de termos professores preparados pedagogicamente para desenvolver suas aulas com uma didática interativa, dinâmica e que dialogue com a realidade da maioria de seus alunos, que, por sua vez, geralmente já chegam à sala de aula imersos em uma cultura digital, onde as tecnologias da comunicação e informação (TCI), como o uso de celulares e acesso à internet ocupam um espaço significativo em sua rotina diária. O surgimento e o desenvolvimento dos meios de comunicação acarretaram grandes impactos na cultura de todas as comunidades que dela se utilizavam, de maneira a mudar pensamentos, crenças e tradições, essas influências possibilitam a expansão de alguns elementos tecnológicos para área de entretenimento, que por sua vez torna-se cada dia mais popular. Bugay e Ulbricht (2000, p. 40) descrevem que: “No coração do paradigma de hipermídia está um modelo da interação entre os seres humanos e a tecnologia”. E assim, esta tecnologia é abraçada pela incorporada pelas pessoas de todo o mundo, tendo um papel que muitas vezes vai além do entretenimento, chegando até o campo educacional. Sendo utilizado muitas vezes na alfabetização infantil, tendo em vista que o mesmo se utiliza de meios voltados à diversão para trabalhar contextos educativos, os jogos midiáticos têm como objetivo a representação de um determinado conteúdo de forma mais atrativa.
No início de 2020, o mundo foi paralisado por uma pandemia. O alto grau de contágio do vírus COVID-19 fez com que o isolamento social fosse a arma mais poderosa para o combate ao vírus. As instituições educacionais precisaram fechar suas portas e a grande parte dessas instituições deu continuidade às atividades por meio do ensino remoto. Embora o ensino remoto tenha sido regulamentado pelo MEC, ninguém estava preparado para utiliza-lo. Sistemas educacionais, escolas, professores, famílias e alunos tiveram que se adaptar rapidamente às aulas remotas. A utilização da tecnologia digital se tornou imprescindível para a situação e as desigualdades, presentes em nosso país, revelaram grandes desafios para a continuidade das atividades escolares de forma remota. A educação remota vem trazendo questões e desafios para a Educação Básica e para a docência, mas, mesmo com todas as dificuldades, não se coloca em questão a paralisação dessas atividades. Insegurança, necessidade de adaptações rápidas, invasão da casa pelo trabalho e pela escola, ansiedade frente às condições sanitárias e econômicas são elementos presentes no cenário atual que vêm produzindo professores em estado de exaustão. Poderíamos pensar que estamos vivendo em um período de migraçãoe, tal como o pardal de coroa branca, os professores precisam desenvolver essa capacidade extraordinária de trabalhar em um regime de 24/7, como anuncia Jonathan Crary (2016), em seu livro O capitalismo tardio e os fins do sono. Para o autor, o regime 24/7 expõe a inscrição generalizada da vida humana em uma rotina de funcionamento contínuo. Tal regime torna plausível, e até mesmo normal, a ideia do trabalho sem pausa, da produtividade sem limites e de uma disponibilidade quase absoluta às demandas do tempo presente, sejam elas vinculadas ao trabalho profissional ou ao trabalho doméstico. O autor destaca ainda que “[...] essa suspensão da vida não revela o custo humano exigido para sustentar sua eficácia” (CRARY, 2016, p. 18).
Cordeiro (2020) afirma que reaprender a ensinar e reaprender a aprender são desafios em meio ao isolamento social na educação do país. De fato, a pandemia fez com que profissionais aprendessem a ministrarem suas aulas de forma diferente das que eram realizadas presencialmente. Os educadores tiveram que se reinventar para conseguir dar aula à distância através do ensino remoto e os alunos a vivenciarem novas formas de aprender, sem o contato presencial e caloroso da figura do professor.
De forma emergencial e com pouco tempo de planejamento e discussão (o que levaria meses em situação normal, professores e gestores escolares, público e privado, da educação básica a superior, tiveram que adaptar in real time (em tempo real) o currículo, atividades, conteúdos e aulas como um todo, que foram projetadas para uma experiência pessoal e presencial (mesmo que semipresencial), e transformá-las em um Ensino Remoto Emergencial totalmente experimental. Fazendo um recorte desse processo, podemos afirmar que nunca a educação foi tão inovadora. Foi a transformação digital mais rápida que se tem notícia num setor inteiro e ao mesmo tempo. (ENSINO..., 2020, n.p.).
É preciso levar em consideração que o ensino remoto, atualmente, é considerado a melhor saída para continuar as atividades escolares e minimizar o atraso e as dificuldades dos alunos no retorno às aulas presenciais. Entretanto, para que as atividades escolares possam ser significativas e as dificuldades sejam minimizadas, como é esperado, se faz necessário uma grande parceria e colaboração de todos os envolvidos no processo educacional. A docência nos tempos de pandemia é uma docência exausta, ansiosa e preocupada. Que quer acertar, mas que avança no meio da incerteza e da adversidade – e que não tem a menor ideia do caminho. Como todos, os professores estão imersos em uma névoa e seguem através dela, buscando fazer o melhor, mas sem garantias.
A TECNOLOGIA E A SUA IMPORTÂNCIA E CONTRIBUIÇÃO NA EDUCAÇÃO 
Considerando que nas últimas duas décadas do século XX, houve mudanças significativas que ocorreram nos campos sociopolítico e também econômico, cultural, cientifico e tecnológico que por sua vez modificaram de maneira profunda a sociedade humana. A educação é um processo, não um fim em si mesmo, portanto precisa sofrer intervenções positivas para o seu aprimoramento. O uso das tecnologias na área da educação pode exercer um papel importante na relação ensino-aprendizagem.
É por isso, que durante toda a existência da humanidade não se pode ter uma tecnologia definida, podemos comparar a tecnologia com uma chave, sabemos que existem inúmeras chaves com características distintas, mas com a mesma finalidade destravar algo. Assim mesmo é a tecnologia, existem várias no campo educacional onde há diversas características, mas, todas com a mesma finalidade enriquecer o aprendizado dos alunos, educadores e gestores, ressaltando ainda que a tecnologia não seja uma e sim multi na área da Educação que se localiza no universo da diversidade cibe-cultural no espaço escolar, das individualidades, das subjetividades, das socializações, neste sentido crítico o conceito de tecnologia enquanto solução a um determinado problema ou a um conjunto deles deve ser ampliada e revisto na perspectiva educacional. Como situa Nerici, "A educação não podia fugir, também, deste envolvimento apesar de ter sido o último reduto do comportamento humano a render-se a evidência da maior eficácia da tecnologia". (1973, p.9) Tecnologia educacional, portanto, é mais do que um conceito recorrente, representa, a cada momento no tempo histórico, a complexidade dos processos pedagógicos na esteira da tomada de decisão de seus gestores. Por isso que é muito importante uso das ferramentas tecnológicas na vida escolar dos educandos e educador, já que através do conhecimento obtido pelo professor, ele passa a mediar tais conhecimentos com seus alunos.
É preciso que os educadores se preocupem com a construção pedagógica e tecnológica que irão usar para com seus alunos, é importante ressaltar que embora muitas escolas tenham em seus planos e projetos pedagógicos o uso do recurso tecnológico como aulas multimídias, laboratório de informática, sendo que nem sempre os alunos podem usufruir desses instrumentos. Isso porque muitas vezes não há uma educação midiática voltada para suprir a necessidade escolar dos educandos. Como relata Orofino, "O interessante é apelar ao acervo de formas culturais que antecedem a tecnologia digital. Pois estas novas linguagens digitais oferecem ricas possibilidades de uso, produção e transformação das formas culturais". (2005, pág. 72). Com todos esses recursos usados pela humanidade, a escola tem o dever de preparar novas relações com o saber, pois não basta só os alunos relembrarem as informações recebidas, eles terão que adquirir as habilidades, utilizá-las e avaliá-las para construir um pensamento reflexivo e crítico, porque isso o torna importante para eles tanto em sala de aula quanto para sua vida social na sociedade.
É importante destacar que o professor exerce um papel de extrema importância na vida escolar dos alunos. Por outro lado, é preciso que o professor desempenhe seu papel de mediador de informações e passe a mediar os conhecimentos com os alunos. Como afirma Nerici (1973).
A tecnologia da Educação implica em saber-se que modificações são desejadas no comportamento do educando de que tipo de comportamento é desejo (objetivos) que elementos devem, para isso atuar sobre o educando (meios), como se afeta essa atuação (ação didático de orientação do ensino da aprendizagem e que resultados são efetivamente alcançados (avaliação da aprendizagem e confronto com os objetivos), a fim de que seja cada vez mais, aperfeiçoado o funcionamento do processo da educação). (p, 19)
O contato regrado e orientado da criança com o computador em situação de ensino-aprendizagem contribui positivamente para seu desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no que esse desenvolvimento diz respeito ao raciocínio lógico e formal, à capacidade de pensar com rigor e sistematicidade, à habilidade de inventar ou encontrar soluções para problemas. (CHAVES, 2004 apud ANDRADE, p.12). Sendo assim, utilizar as tecnologias como ferramentas pedagógicas podem auxiliar o aluno no processo de construção do conhecimento. Para isso a capacitação e inclusão digital do profissional da educação são de suma importância, porque professor é a figura central da mediação do saber. 
Demo (2008, p.134) ainda ressalta:
Temos que cuidar do professor, pois todas as mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor, ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal. (Apud ANDRADE, p.16)
Considerando que essas ferramentas serão de suma importância para o educador planejar suas aulas e interagir com os educandos através dos recursos tecnológicos. Nesse contexto é preciso despertar o interesse dos professores para as novas tecnologias de comunicação com os alunos em sala de aula tanto presencial quanto virtual. Vale ressaltar que são através desses recursos tecnológicos que as aulas se tornam mais atraentes para os educandos, ou seja, os educadores usaram esse ambiente virtual para interagircom os alunos e para postar atividades, assim como vídeo aulas, textos e planejamento escolar, esses recursos sendo bem empregados nas redes de ensino felicitaram a vida dos educadores e também dos educandos que passaram a manusear tais ferramentas. Estas inovações tecnológicas são essenciais para que a escola aprenda os conhecimentos referentes a elas e para poder repassá-los a comunidade escolar, sendo que é preciso que a escola propicie esses conhecimentos e habilidades necessários aos educandos para que eles exerçam inteiramente sua cidadania com relação aos meios tecnológicos o qual era desconhecido até então para eles.
Dessa forma, o incremento de tecnologias de comunicação e informação no contexto da educação tem como objetivo promover a diversidade cultural e a quebra do paradigma da cultura de massa. Visa a desmistificação de estigmas históricos entre as diversas culturas, através do estreitamento de distâncias entre diversas formas de expressões culturais presentes no planeta, beneficiando a interação entre ambas, almejando a conservação da identidade cultural, promovendo tanto a inclusão digital quanto a social.
TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVA.
Tecnologia Assistiva é uma área de conhecimento com grande relevância, principalmente em relação à inclusão tecnológica das pessoas com necessidades educacionais específicas. De acordo com o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) (2007) Tecnologia Assistiva é conceituada como:
Uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social”. (CORDE – Comitê de Ajudas Técnicas – ATA VII)
Entende-se a partir dessa definição que a TA é um recurso que pode ser utilizado como suporte para pessoas que tem dificuldades de realizar determinadas atividades com certa autonomia, provocadas por algum distúrbio funcional temporário ou permanente.
As redes de ensino devem organizar-se para implementar o atendimento educacional especializado que inclui o serviço de TA em informática acessível. Nesse serviço o aluno conhece e experimenta diferentes ferramentas de acesso ao computador e decide, com o auxílio de sua equipe de TA, qual delas corresponde à sua Necessidade educacional. (BRASIL, 2007, p. 11).
Nesta perspectiva, Oliveira (2012) explica que é importante ter o cuidado de que a criança com Necessidades Educativas Específicas (NEE) não assuma uma posição diante de suas limitações, deixando-a condicionada a esperar que outros solucionem seus problemas. Portanto, tem que manter um diálogo franco e aberto sobre as preocupações não só do professor e da família, mas também do próprio sujeito, deixando sempre a criança informada do que está acontecendo durante a inserção de tais tecnologias, o que é permitido e o que se espera com o uso das mesmas. Percebe-se que a evolução tecnológica segue na direção de tornar a vida mais fácil. Utilizamos quase sempre ferramentas desenvolvidas a favor das atividades do cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma infinita lista de recursos que estão apreendidos na nossa rotina e no senso geral. Essa tecnologia é utilizada por pessoas com deficiência e que têm o objetivo de arrombar as barreiras cognitivas, sensoriais e motoras que impedem o acesso às informações, ou o acesso à participação ativa e autônoma em projetos pedagógicos (MANZINI, 2005). O recurso multifuncional em salas de recursos é utilizado para atendimento exclusivo na escola; o aluno irá experimentar várias opções de equipamentos, até encontrar o que será melhor à sua condição e necessidade.
Em contrapartida, sabemos que essa realidade ainda é um desafio a ser enfrentado pela maioria dos profissionais da educação, haja vista que a utilização dos recursos tecnológicos exige conhecimentos específicos e capacitação adequada às demandas que se apresentam na escola. A partir da avaliação e diagnóstico da equipe responsável pelas ações de inclusão, profissionais especializados podem dar suporte na elaboração de projetos de Tecnologia Assistiva nas escolas, sugerindo quais as adaptações necessárias a cada necessidade específica identificada, desse modo é imprescindível que a escola estabeleça uma rede de parcerias, sendo articuladora e multiplicadora de práticas que favoreçam a inclusão. Um sistema de ensino que reconhece a importância das novas tecnologias e incentiva a sua utilização como um suporte pedagógico, pode contribuir no processo de integração do aluno com necessidades educacionais específicas, favorecendo o seu desenvolvimento. Na perspectiva de uma educação dinâmica e inclusiva, as TICs e outros dispositivos de acesso à internet podem ser de grande relevância, considerando a variedade de recursos que eles podem proporcionar em vários contextos de aprendizagens. No entanto, na maioria das escolas ainda existem lacunas que devem ser preenchidas para que ocorra a implantação e o funcionamento de um espaço tecnológico com acessibilidade ou do uso das novas tecnologias aplicadas à educação inclusiva. 
Para obter sucesso na utilização das novas tecnologias aplicadas ao processo educativo Kenski (2006, p. 73) alerta que:
Para que as novas tecnologias não sejam vistas como apenas mais um modismo, mas com a relevância e o poder educacional transformador que elas possuem, é preciso refletir sobre o processo de ensino de maneira global. Antes de tudo, é necessário que todos estejam conscientes e preparados para assumir novas perspectivas filosóficos, que contemplem visões inovadoras de ensino e de escola, aproveitando-se das amplas possibilidades comunicativas e informativas das novas tecnologias, para a concretização de um ensino crítico e transformador de qualidade.
Tomando como base os apontamentos de Cavalcante (2017), compreendemos que um trabalho pedagógico exige o uso de recursos, no qual estes podem ser adaptados quando necessário, de maneira que possibilite ao aluno deficiente o entendimento dos conteúdos no mesmo nível de conhecimento das atividades propostas aos demais alunos da sala, porém é preciso ficar atento quanto a estas adaptações, elas devem estar de acordo com os objetivos da atividade. Sobretudo, as TICs com acessibilidade se tornam um meio apropriado para o desenvolvimento do aprendizado dos alunos com deficiência, neste processo ele é capaz de criar sua autonomia realizando atividades independentes e interagindo com os outros, participando assim de um ensino inclusivo.
COnsiderações finais
As necessidades educativas especiais têm revelado quais são os tipos de ajuda que são requeridos, de modo a cumprir as finalidades da educação, visto isso, a organização do projeto político pedagógico da escola e o sistema escolar como um todo, introduz as adaptações necessárias para a inclusão e participação efetiva dos discentes com necessidades educativas especiais em todas as atividades escolares o conteúdo a ser ministrado e as formas que se ensinam e avaliam, são definidas como alterações realizadas nos critérios e procedimentos de avaliação e atividades para atender às diferenças de cada educando está inovação cada vez mais vem implicando mudanças de paradigmas educacionais gerando uma reorganização nas práticas escolares baseada no propósito de ensino especializado. O que se espera é que a inclusão escolar permita a interação de todos os agentes do processo educativo, como reconhecedores de uma legislação que norteia a práxis pedagógica em prol da inclusão. Culminando, com isso, na mudança de princípios e valores, para que a instituição de ensino seja, de fato, um espaço inclusivo. A intenção de refletir sobre tecnologia e a mediação pedagógica é chamar a atenção para a presença e influência que a tecnologia tem na sociedade e na educação escolar e informal,tanto na presencial como à distância. A mudança nos conceitos, nas atitudes, com maior valorização da figura humana é um dos fatores principais para que possamos construir planejar e idealizar um futuro próspero para as instituições escolares.
REFERêNCIAS
ANDRADE, Ana Paula Rocha de. Uso das tecnologias na educação: computador e internet. (monografia) Universidade Estadual de Goiás. Brasília, 2011.
CAVALCANTE, Fabiana Silva Zuttin. Tecnologia Assistiva na educação: uma análise sobre o recurso pedagógico adaptado. In: V Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial, 2009, Londrina. 
CORDE, Comitê de Ajudas Técnicas, ATA VII. 2007. Disponível em: http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/corde/comite_at.asp.
CRARY, J. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu, 2016.
CORDEIRO, Karolina Maria de Araújo. O Impacto da Pandemia na Educação: A Utilização da Tecnologia como Ferramenta de Ensino. 2020.
ENSINO Remoto Emergencial: a oportunidade da escola criar, experimentar, inovar e se reinventar. SINEPE/RS, Porto Alegre, 17 abr. 2020. Disponível em: https://www.sinepe-rs.org.br/noticias/ensino-remoto-emergencial-a-oportunidade-daescola-criar-experimentar-inovar-e-se-reinventar. 
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 4. Ed.Campinas, São Paulo. Papirus, 2006.
MANZINI, Eduardo José. TA para educação: recursos pedagógicos adaptados. Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: SEESP/MEC, p. 82-86, 2005. Disponível em: acesso em: 06/09/2018
NERICI, Emídeo. G. Educação e tecnologia. Editora fundo de cultura, 1ª edição abril de 1973.
OLIVEIRA, Viviani.O uso de TAs: visando potencializar a aprendizagem de alunos com necessidades educativas especiais. Porto Alegre, 2012.
OROFINO, Maria Isabel. Mídias e Mediação escolar. Editora Cortez, 12 edição Instituto Paulo Freire, 2005.
SARAIVA, Karla; TRAVERSINI, Clarice; LOCKMANN, Kamila. A educação em tempos de COVID-19: ensino remoto e exaustão docente. Práxis Educativa, v. 15, p. 1-24, 2020.
SIMONS, M.; MASSCHELEIN, J. Sociedade da Aprendizagem e Governamentalidade: uma introdução. Currículo Sem Fronteiras, v. 11, n. 1, p. 121-136, jan./jun. 2011.
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