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VOLTAR AO SUMÁRIO 1PROENEM.COM.BR
25 REDAÇÕES NOTA 1000
2525252525
1000
redaçõesredaçõesredaçõesredaçõesredações
nota
Sumário
01. Efeitos da banalização de diagnósticos de TDAH na educação brasileira 3
02. Saúde: viver bem na terceira idade 6
03. Direito e dignidade do trabalhador doméstico no Brasil 10
04. Evasão escolar no ensino médio brasileiro 13
05.	 O	desafio	da	doação	de	sangue	em	questão	no	brasil	 16
06. Capacitismo:	o	estigma	relacionado	aos	deficientes	físicos	na	sociedade	brasileira	 19
07. A criminalização do abandono afetivo 22
08. A cultura de consumo entre jovens no Brasil 26
09. A	importância	da	qualificação	da	mão	de	obra	brasileira	 30
10.	 Os	Influenciadores	digitais	e	a	formação	do	jovem	brasileiro	 33
11. A valorização da música popular brasileira 37
12. Educação	financeira	na	sociedade	brasileira	 42
13.	 Água:	de	quem	é	a	responsabilidade?	 44
14.	 A	influência	da	cultura	Indígena	para	identidade	brasileira	 47
15.	 As	principais	causas	da	crise	nos	presídios	brasileiros	 51
16.	 A	questão	do	lixo	no	Brasil	 55
17. Comida industrializada e obesidade entre jovens no Brasil 61
18. Caminhos	para	o	combate	à	violência	urbana	no	Brasil	 64
19.	 Infraestrutura	urbana	e	sua	importância	para	o	desenvolvimento	do	país	 68
20. Caminhos para diminuição da pobreza no Brasil 72
21. A necessidade de acesso democrático à internet no Brasil atual 76
22.	 A	contribuição	da	tecnologia	para	a	prática	esportiva	profissional	no	Brasil	 79
23. A	persistência	da	cultura	de	queimadas	na	sociedade	brasileira	 83
24. A	diminuição	da	prática	de	exercícios	entre	jovens	no	Brasil	 86
25.	 Violência	nos	estádios	de	futebol:	como	promover	a	paz	nesse	esporte?	 89
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
01 Efeitos da banalização de diagnósticos de TDAH na educação brasileira
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	escrita	formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“EFEITOS DA BANALIZAÇÃO 
DE DIAGNÓSTICOS DE TDAH NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA”,	apresentando	proposta	de	
intervenção,	que	respeite	os	direitos	humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	
coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO 1
O que é o TDAH?
O	 Transtorno	 do	 Déficit	 de	 Atenção	 com	 Hiperatividade	 (TDAH)	 é	 um	 transtorno	
neurobiológico,	de	causas	genéticas,	que	aparece	na	infância	e	freqüentemente	acompanha	
o	indivíduo	por	toda	a	sua	vida.	Ele	se	caracteriza	por	sintomas	de	desatenção,	inquietude	e	
impulsividade.	Ele	é	chamado	às	vezes	de	DDA	(Distúrbio	do	Déficit	de	Atenção).	Em	inglês,	
também	é	chamado	de	ADD,	ADHD	ou	de	AD/HD.
Existe mesmo o TDAH?
Ele	 é	 reconhecido	 oficialmente	 por	 vários	 países	 e	 pela	 Organização	 Mundial	 da	 Saúde	
(OMS).	Em	alguns	países,	 como	nos	Estados	Unidos,	portadores	de	TDAH	são	protegidos	
pela	lei	quanto	a	receberem	tratamento	diferenciado	na	escola.
Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?
Não,	nenhuma.	Existe	inclusive	um	Consenso	Internacional	publicado	pelos	mais	renomados	
médicos	e	psicólogos	de	todo	o	mundo	a	este	respeito.	Consenso	é	uma	publicação	científica	
realizada	após	extensos	debates	entre	pesquisadores	de	todo	o	mundo,	incluindo	aqueles	
que	não	pertencem	a	um	mesmo	grupo	ou	instituição	e	não	compartilham	necessariamente	
as	mesmas	ideias	sobre	todos	os	aspectos	de	um	transtorno.
https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/
TEXTO 2
Pais	e	professores	enfrentam	um	dilema:	quando	a	falta	de	atenção	do	estudante	em	sala	
de	 aula	 é	 problema	 de	 saúde	 e	 quando	 é	 um	 problema	 com	 os	métodos	 do	 professor?	
Especialistas	embatem	sobre	o	aumento	do	uso	de	remédios,	como	a	ritalina,	no	combate	
de	deficiências	escolares	e	o	diagnóstico	preciso	do	TDAH	(Transtorno	do	Deficit	de	Atenção	
com	 Hiperatividade).	 Os	 defensores	 da	 campanha	 contra	 a	 medicalização	 da	 educação	
entendem	que	muitas	vezes	existe	um	tratamento	de	diferenças	comportamentais	como	se	
elas	fossem	doença.	Para	eles,	o	diagnóstico	foi	banalizado	e	problemas	que	são	pedagógicos	
–	e	deviam	ser	tratados	com	estratégias	de	ensino	–	vão	parar	no	âmbito	da	saúde.	
https://educacao.uol.com.br/noticias/2012/12/11/especialistas-veem-exagero-em-diagnosticos-do-tdah-e-
reclamam-de-medicacao-excessiva-em-criancas.htm
01 • Efeitos da banalização de diagnósticos de TDAH na educação brasileira
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO 3
Estima-se	que	cerca	de	12%	dos	estudantes	universitários	brasileiros	sofram	com	transtorno	
do	déficit	de	atenção	e	hiperatividade	(TDAH).	Mas	os	especialistas	veem	com	desconfiança	
esse	número,	considerado	alto	demais.	Por	isso,	uma	equipe	liderada	pelo	psiquiatra	Paulo	
Mattos,	do	Instituto	D’Or	de	Pesquisa	e	Ensino	e	da	Universidade	Federal	do	Rio	de	Janeiro	
(UFRJ),	 decidiu	 experimentar	 pequenas	 alterações	 no	 método	 diagnóstico	 atualmente	
utilizado.	O	resultado	indica	que	a	prevalência	do	TDAH	pode	ser,	na	verdade,	bem	menor	
do	que	as	estimativas	atuais	sugerem.
Caracterizado	 principalmente	 pelos	 elevados	 níveis	 de	 impulsividade	 e	 desatenção	 ou	
hiperatividade	 que	 geram	 comprometimento	 em	 funções	 diárias	 do	 paciente,	 como	
atividades	escolares	ou	no	trabalho	e	relações	pessoais,	o	TDAH	pode	ser	diagnosticado	na	
infância	ou	na	vida	adulta.	
Mattos	 e	 seus	 colaboradores	 na	 UFRJ	 e	 no	 Hospital	 Pediátrico	 de	 Toronto,	 no	 Canadá,	
desconfiaram	 que	 o	 diagnóstico,	 feito	 a	 partir	 do	 somatório	 dos	 sinais	 do	 transtorno	
relatados	pelo	paciente,	poderia	estar	superestimando	a	gravidade	dos	sintomas	–	afinal,	
desatenção	e	impulsividade	são	características	que	a	maioria	das	pessoas	experimenta	em	
algum	momento,	sem	que	esse	fato,	isolado,	caracterize	TDAH.
http://www.idor.org/blog/deficit-de-atencao-e-hiperatividade-numero-de-casos-e-menor-do-que-se-pensa
TEXTO 4
https://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/deficit-de-atencao-por-que-deixei-a-
ritalina/
01 • Efeitos da banalização de diagnósticos de TDAH na educação brasileira
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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REDAÇÃO NOTA 1000
Segundo	 o	 pensador	 iluminista	 Immanuel	 Kant:	 “o	 ser	 humano	 não	 é	 nada	 além	
daquilo	que	a	educação	 faz	dele”.	Diante	dessa	afirmação,	de	 forma	danosa,	no	Brasil,	a	
banalização e o estigma associado ao TDAH impedem o aproveitamento educacional 
pleno	de	muitos	estudantes	no	país.	Nesse	âmbito,	a	problemática	em	análise	advém	da	
relativização	do	transtorno	e	repercute	em	malefícios	às	vítimas.
Sob	esse	viés,	ressalta-se	que	o	desconhecimento	e	a	generalização	do	distúrbio	em	
pauta	 agravam	 o	 panorama	 hodierno.	 Partindo	 desse	 pressuposto,	 o	 documentário	
“Take	your	pills”	 revela	a	busca	de	adolescentes,	mesmo	sem	terem	TDAH,	por	 ritalina	e	
outros	medicamentos	restritos	para	melhorar	nos	estudos,	o	que	indica	a	banalização	de	
uma	doença	 séria	 em	prol	da	medicação.	 Logo,	 tal	 comportamento	 corrobora,	de	modo	
prejudicial,	a	ideologia	de	minimização	da	enfermidade	no	que	tange	à	educação.
Ademais,	convém	salientar	que	as	crianças	portadoras	de	TDAH	necessitam	de	amparo	
diferencial	nas	salas	de	aula.	Todavia,	assim	como	retratado	na	série	dinamarquesa	“Rita“,	
na	qual	um	menino	com	déficit	sofre	a	 tentativa	de	“moldagem“	da	escola	e	não	recebe	
atendimento	psicológico,	as	pessoas,	mesmo	com	o	diagnóstico	comprovado,	não	adquirem	
o	apoio	escolar	e	familiar.	Destarte,	tal	conjuntura	prejudica	a	educação	desses	indivíduos,	
os	quais	tendem	a	ter	um	desempenho	ruim	caso	não	haja	acompanhamento	e	auxílio.
Tornam-se	 evidentes,	 portanto,	 os	 desafios	 perante	 os	 efeitos	 da	 banalização	 de	
diagnósticos	de	TDAH	na	educação	nacional.	Visto	isso,	é	imperiosa	a	ação	do	Estado,	na	
figura	de	promotor	do	bem-estar	 social,	de	assegurar	o	aproveitamentoeducacional	por	
todos,	por	meio	da	criação	de	políticas	públicas	que	disponibilizem	psicólogos	nas	escolas	e	
campanhas	informativas,	com	o	fito	de	atenuar	o	quadro	danoso	atual.	Desse	modo,	o	Brasil	
superaria	a	problemática	em	questão	e	tornaria	positiva	afirmação	de	kant.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
02 Saúde: viver bem na terceira idade
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	 escrita	 formal	 da	 língua	 portuguesa	 sobre	 o	 tema	 “SAÚDE. VIVER BEM 
NA TERCEIRA IDADE”,	apresentando	proposta	de	 intervenção,	que	respeite	os	direitos	
humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	
para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO 1
Velhice, qualidade de vida e felicidade
Com o aumento da qualidade e da expectativa de vida, e das mudanças de mentalidade 
com respeito ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa, saudável 
e feliz.
Por:	Maria	Terezinha	Santellano	-	Aposentada,	74	anos,	residente	em	Porto	Alegre	(RS),	é	colunista	convidada	
do Portal Terceira Idade
A	velhice,	de	acordo	com	o	pensamento	de	alguns,	é	uma	estância	de	
recolhimento, anulação e privações.	Pode	ser	uma	longa	espera	para	
o	inevitável.	Um	tempo	de	sossego,	imobilismo	e	meditação	forçada.	
Felizmente nem todos pensam assim.	Desde	a	antiguidade,	sábios,	
serenos,	e	espirituosos	pensam	até	ao	contrário.	Se	observarmos	a	
vida	 dos	 idosos	 atualmente,	 podemos	 facilmente	 concluir	 que	 os	
sábios	de	ontem	estão	mais	próximos	da	realidade	dos	fatos	de	hoje. 
Com o aumento da qualidade e da expectativa de vida das 
populações,	 e	 das	 mudanças	 de	 mentalidade	 com	 respeito	
ao modo de viver,	a	velhice	agora	pode	ser	sinônimo	de vida 
ativa,	 saudável	 e	 feliz,	 em	 toda	 a	 sua	 plenitude.	 Ser	 velho	
pode	então	ser	interpretado	como	alguém	que,	depois	de	uma	
parcela do tempo de vida empregado ao trabalho e à dedicação 
à	 família,	 desfruta	 de	 uma	 etapa	 de	 lazer,	 interação	 social,	
aprendizagem	despreocupada,	busca	de	conhecimento	interior	e	felicidade	desprendida.
É	claro	e	evidente	que	todos	esses	benefícios	só	poderão	ser	conquistados	se	a	velhice	for	
acompanhada necessariamente de boa saúde e lucidez.	O	segredo	de	uma	velhice	saudável,	
todos	nós	sabemos,	é	baseado	em	uma	regra	simples,	de três recomendações: alimentação 
equilibrada,	prática	de	atividades	físicas	compatíveis	e	períodos	de	repouso	restauradores. 
Prolongar	esse	período	importante	da	vida	possui	uma	receita	mais	simples	ainda: atividade 
e felicidade.	E,	para	manter	a	lucidez,	devemos	ocupar	a	mente	com	atividades	nobres. 
Cícero,	o	grande	orador	e	literato	romano,	no	seu	conhecido tratado ‘Saber envelhecer’,	
resume	em	quatro	as	razões	possíveis	para	as	pessoas	pensarem	a	velhice	como	uma	fase	
file:///C:/Users/diogo.machado/Downloads/javascript:abre('../../apoio/fale_colunista/fale_mariaterezinha.htm','fale_colunista','scrollbars=yes,status=yes,toolbar=no,width=500,height=470,screenX=0,screenY=0,top=40,left=60')
02 • Saúde: viver bem na terceira idade
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 7PROENEM.COM.BR
da	vida	detestável:	1)	ela	nos	afastaria	da	vida	ativa;	2)	ela	enfraqueceria	o	nosso	corpo;	3)	
ela	nos	privaria	dos	melhores	prazeres;	e	4)	ela	nos	aproximaria	da	morte. 
A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em 
um período possível de vida ativa,	 onde	podemos	manter	 o	 nosso	 corpo	 fortalecido	 e	
saudável,	 e	 continuar	desfrutando	os	melhores	prazeres	da	vida.	Esses	benefícios	 juntos	
nos	permitem	manter	afastada	a	trágica	idéia	da	morte	próxima.	Atingimos	assim	a	antítese	
das	condições	detestáveis	tão	bem	enumeradas	por	Cícero. 
De	fato,	a	proximidade	da	morte	ou	a	consciência	da	sua	inevitabilidade	não	parecem	ser	
um	problema	maior	da	velhice.	Esse	é	um	dos	grandes	paradoxos	da	existência:	vivemos	
cada	 dia	 sem	 a	 lembrança	 constante	 de	 que	 a	 única	 certeza	 da	 vida	 é	 a	 morte.	 Como	
apropriadamente	 nos	 afirmou	Sêneca,	 outro	 dos	 grandes	 autores	 romanos	 e	 quase	 um	
contemporâneo	de	Cícero,	no tratado ‘Sobre a brevidade da vida’:	“ninguém	tem	a	morte	
diante	dos	olhos,	todos	projetem	longe	as	esperanças”. 
Na	verdade,	Cícero	em	seu	primoroso	texto	trata	mesmo	é	de	refletir	e	afastar	aquelas	razões	
do	repúdio	à	velhice,	com	argumentos	bem	elaborados	e	exemplos	de	longas	e	fecundas	vidas,	
que	contrastam	ou	mesmo	refutam	as	razões	apresentadas,	defendendo	que é possível, sim, 
encontrar prazer na velhice,	assim	como	em	todas	as	etapas	da	vida.	Prazer	esse	que	hoje	
podemos	sentir	facilmente,	sem	a	necessidade	de	um	exercício	intelectual	profundo	e	refinado	
como	o	de	Cícero,	que	na	sua	época	era	um	privilégio	de	uns	poucos	sábios	e	abonados.
(Disponível	em:	http://www.portalterceiraidade.org.br/dialogo_aberto/arte_cultura/reflexao02.htm.	Acedido	
em:	18/2/2015)
TEXTO 2
Adaptar-se	ao	envelhecimento	garante	mais	qualidade	de	vida	na	terceira	idade
Para	isso,	é	preciso	saber	conviver	com	problemas	e	limitações	que	podem	surgir
Ter	uma	terceira	idade	feliz	depende	de	vários	fatores,	mas	principalmente	da	forma	como	
o idoso se percebe nessa fase da vida e da sua capacidade de se adaptar as mudanças e 
transformações	próprias	do	envelhecimento.	
A	 capacidade	 de	 poder	 realizar	 as	 atividades	 cotidianas,	 desde	 as	 mais	 básicas	 como	
alimentar-se,	tomar	banho	e	andar,	até	as	mais	complexas	como	administrar	as	finanças	e	
realizar	atividades	de	lazer,	são	fundamentais	para	uma	vida	plena.	Para	isso	o	idoso	precisa	
estar	com	suas	plenas	capacidades	físicas,	mentais	e	emocionais,	a	fim	de	poder	cuidar	da	
própria	vida	e	dar	sentido	para	a	própria	existência.	
Para	 algumas	 pessoas	 há	 o	 medo	 da	 velhice,	 da	 solidão	 e	 o	 senso	 de	 sentir-se	 menos	
competente	para	realizar	suas	atividades	cotidianas	ou	sua	capacidade	de	tomar	decisões	
e	governar	sua	vida	influencia	na	maneira	como	cada	um	enfrenta	e	vive	o	envelhecimento.	
Idosos	que	não	conseguem	se	adaptar	a	essas	mudanças	acabam	se	isolando	socialmente	
diminuindo	a	 interação	com	outras	pessoas,	o	que	pode	 levar	a	perda	da	satisfação	com	
a	 própria	 vida,	 do	 prazer	 e	 da	 motivação,	 comprometendo	 suas	 capacidades	 físicas,	
intelectuais	e	emocionais.	
http://www.minhavida.com.br/temas/terceira-idade
02 • Saúde: viver bem na terceira idade
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 8PROENEM.COM.BR
Para	 os	 indivíduos	 que	 apresentam	 alguma	 doença	 crônica,	 como	 diabetes,	
colesterol	 alto,	 artrite	 reumatoide,	 hipertensão,	 adaptar-se	 ao	 processo	 de	 envelhecer	
juntamente	com	essas	doenças	pode	ser	mais	trabalhoso,	mas	não	impossível,	além	de	ajudar	
a	diminuir	o	impacto	da	doença	na	qualidade	de	vida	e	evitar	maiores	comprometimentos.	
É	necessário	reavaliar	as	possibilidades,	redefinir	metas	e	alterar	estratégias	de	enfrentamento	
do ambiente e dos próprios sentimentos para poder se adaptar as novas demandas dessa 
fase	da	vida	e	vive-la	da	melhor	maneira	possível,	mesmo	que	acompanhada	de	doenças	
crônicas	e	limitações	físicas.	
Com	 o	 aumento	 geral	 da	 população	 idosa,	 torna-se	 importante	 garantir	 aos	 idosos	 não	
apenas	maior	longevidade,	mas	felicidade	e	satisfação	com	a	vida.	Pesquisas	são	realizadas	
no mundo todo com o objetivo descrever os fatores associados ao grau de satisfação com a 
vida	entre	a	população	de	idosos.	
Um	estudo	recente	publicado,	em	janeiro	de	2014,	no	Canadian	Medical	Association	Journal	
pesquisou	a	relação	entre	o	prazer	com	a	vida	e	o	declínio	da	função	física	em	idades	mais	
avançadas.	Participaram	3199	homens	e	mulheres	com	idade	acima	de	60	anos.	
Nesta	pesquisa	foi	verificado	que	pessoas	que	tem	mais	safisfação	com	a	vida,	ou	seja,	que	
expressam	sentimentos	de	felicidade	e	prazer	vivem	até	8	anos	mais	e	em	condições	físicas	
melhores	do	que	as	pessoasque	não	estão	satisfeitas	com	suas	vidas.	
Em	2012,	um	estudo	realizado	por	pesquisadores	da	University	College	London	(UCL),	no	
Reino	Unido,	conclui	que	os	 idosos	que	gostam	da	vida	 tendem	a	viver	mais	e	com	uma	
condição	física	melhor	do	que	os	indivíduos	infelizes.	Os	pesquisadores	avaliaram	até	que	
ponto	eles	tinham	dificuldade	em	realizar	atividades	diárias,	como	tomar	banho	ou	se	vestir,	
o	estudo	descobriu	que	as	pessoas	que	 tinham	um	baixo	senso	de	bem-estar	 foram	três	
vezes	mais	propensas	a	ter	problemas	em	realizar	atividades	diárias.	
O	 estudo	mostra	 que	 pessoas	 em	 idades	 avançadas	 e	 que	 estão	 felizes	 e	 aproveitam	 a	
vida	mostram	 declínios	mais	 lentos	 na	 capacidade	 física.	 Ou	 seja,	 conseguir	 adaptar-se	
as mudanças ao longo do processo de envelhecimento e encontrar formas alternativas de 
aproveitar	a	vida	e	ficar	feliz	com	o	que	realiza	contribui	para	uma	vida	mais	longa	e	saudável.	
Publicado	em	28/02/2014	por	Dr. Roberto Miranda GERIATRA	-	CRM	64140/SP	
Escrito em conjunto com Mariela Besse, terapeuta ocupacional do Instituto Longevità. Especialista em 
Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Mestre em Ciências pela Universidade 
Federal de São Paulo. Afiliada à Disciplina de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de São Paulo. 
Membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
(Disponível	em:	http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/17369-adaptar-se-ao-envelhecimento-
garante-mais-qualidade-de-vida-na-terceira-idade.	Acedido	em:	18/2/2015)
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/colesterol
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/artrite-reumatoide
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipertensao
http://www.minhavida.com.br/temas/longevidade
http://www.minhavida.com.br/especialistas/21840-roberto-miranda
02 • Saúde: viver bem na terceira idade
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 9PROENEM.COM.BR
REDAÇÃO NOTA 1000
	 “O	 importante	não	é	viver,	mas	viver	bem”.	Consoante	ao	pensamento	do	dualista	
Platão,	 a	 qualidade	 de	 vida	 tem	 tal	 importância	 que	 é	 capaz	 de	 ultrapassar	 a	 própria	
existência.	 Todavia,	 a	 realidade	 vivenciada	 pelos	 indivíduos	 da	 terceira	 idade	 no	 Brasil	
é	diferente	da	descrita	por	Platão,	uma	vez	que	os	 idosos	 sofrem	com	diversos	entraves	
sociais	na	contemporaneidade.	Desse	modo,	a	fim	de	combater	tal	cenário	nefasto,	convém	
analisar	o	papel	passivo	do	governo	e	a	omissão	familiar.
Sob	esse	viés,	é	fundamental	destacar	a	inação	do	poder	estatal	como	agravante	da	
problemática	 supracitada.	 Para	 entender	 essa	 lógica,	 alude-se	 ao	 contratualista	 Thomas	
Hobbs,	o	qual	afirma	que	o	Estado	deve	garantir	o	bem-estar	da	população.	No	entanto,	
infelizmente,	 tal	 ideal	 é	 deturpado	 no	 corpo	 social	 brasileiro,	 já	 que	 o	 governo	 investe	
minimamente	 em	 estruturas	 adaptadas	 para	 os	 sujeitos	 com	 idades	 avançadas,	 com	
áreas	de	 lazer,	profissionais	 especializados	em	cuidados	de	 idosos.	 É	 inaceitável,	pois,	 o	
Brasil,	signatário	da	Declaração	Universal	dos	direitos	humanos,	permitir	o	avanço	dessa	
adversidade.
Ademais,	 é	 lícito	 postular,	 indubitavelmente,	 a	 ausência	 dos	 familiares	 sendo	
impulsionadora	desse	viés.	 Isso	porque,	embora	seja	dever	da	 família	cuidar	dos	 idosos,	
inúmeras	 pessoas	 não	 seguem	 tal	 princípio.	 Assim,	 percebe-se	 que	 aqueles	 afetados	
negativamente	 sofrem	consequências	 ruins,	posto	que,	 geralmente,	 são	dependentes	de	
alguém	para	realizar	atividades	essenciais,	como	na	prática	de	exercícios	físicos	e	ter	uma	
alimentação	 adequada.	Nesse	 sentido,	 nota-se	 a	 imprescindibilidade	da	participação	da	
família	na	vida	dos	idosos.
Depreende-se,	portanto,	a	necessidade	da	tomada	de	medidas	para	mudar	essa	atual	
situação.	 Logo,	 o	 governo	 federal,	 como	 instância	 máxima	 de	 administração	 executiva,	
pode	promover	projetos	de	inclusão	dos	idosos,	por	meio	de	investimentos	na	construção	
de	ambientes	para	os	afetados,	com	a	presença	de	médicos,	profissionais	da	educação	física	
e	psicólogos.	Tal	realização	pode	ser	aplicada	a	fim	de	solucionar	esse	triste	impasse.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
03 Direito e dignidade do trabalhador doméstico no Brasil
INSTRUÇÕES
A	partir	da	leitura	dos	textos	motivadores	e	com	base	nos	conhecimentos	construídos	ao	
longo	de	sua	formação,	redija	texto	dissertativo-argumentativo	em	modalidade	escrita	
formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“DIREITO E DIGNIDADE DO TRABALHADOR 
DOMÉSTICO NO BRASIL”,	apresentando	proposta	de	intervenção	que	respeite	os	direitos	
humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	
para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO I
Considera-se	 trabalhador	 doméstico	 aquele	 maior	 de	 18	 anos	 que	 presta	 serviços	 de	
natureza	contínua	(frequente,	constante)	e	de	finalidade	não-lucrativa	à	pessoa	ou	à	família,	
no	âmbito	residencial	destas.	Assim,	o	traço	diferenciador	do	emprego	doméstico	é	o	caráter	
não-econômico	da	atividade	exercida	no	âmbito	residencial	do	empregador.	Nesses	termos,	
integram	a	categoria	os	seguintes	trabalhadores:	empregado,	cozinheiro,	governanta,	babá,	
lavadeira,	faxineiro,	vigia,	motorista	particular,	jardineiro,	acompanhante	de	idosos,	dentre	
outras.	O	caseiro	 também	é	considerado	 trabalhador	doméstico,	quando	o	 sítio	ou	 local	
onde	exerce	a	sua	atividade	não	possui	finalidade	lucrativa.	
Disponível	em:	http://portal.mte.gov.br.	Acesso	em:	27/07/21
TEXTO II
Com	 a	 aprovação	 da	 Lei	 Complementar	 nº	 150,	 de	 2015,	 que	 regulamentou	 a	 Emenda	
Constitucional	 n°	 72,	 os	 empregados	 domésticos	 passaram	 a	 gozar	 de	 novos	 direitos.	
Alguns	desses	novos	direitos	passaram	a	ser	usufruídos	logo	após	a	edição	da	lei,	como	por	
exemplo,	o	adicional	noturno,	intervalos	para	descanso	e	alimentação	etc.	Outros	direitos	
só	passaram	a	ser	usufruídos	pelos	empregados	domésticos	a	partir	de	outubro	de	2015:	
FGTS,	seguro-desemprego,	salário	família.	
Disponível	em:	http://portal.esocial.gov.br.	Acesso	em:	27/07/21
03 • Direito e dignidade do trabalhador doméstico no Brasil
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TEXTO III
Disponível	em:	https://m.leiaja.com/.	Acesso	em:	27/07/21
TEXTO IV
As mudanças propostas na Reforma Trabalhista alteram mais de cem artigos da Consolidação 
das	 Leis	 do	 Trabalho	 (CLT).	 O	 emprego	 doméstico	 também	 será	 afetado,	 porque	 tudo	 o	
que	não	está	previsto	na	Lei	Complementar	150	(que	regulamenta	o	trabalho	doméstico)	
obedecerá	às	novas	regras.	Já	para	as	diaristas,	que	não	têm	vínculo	empregatício,	nada	
muda.	Segundo	a	Reforma	Trabalhista,	considera-se	trabalho	em	regime	de	tempo	parcial	
aquele	cuja	duração	não	exceda	a	30	horas	semanais.	No	trabalho	doméstico,	o	regime	de	
tempo	parcial	é	aquele	que	não	excede	25	horas	semanais,	e	pode-s	fazer	até	uma	hora	extra.	
Por	enquanto,	as	férias	desses	profissionais	domésticos	continuam	sendo	de	no	máximo	18	
dias.	A	nova	legislação	prevê	que	as	empresas	paguem	multas	de	R$	800	(microempresas	
ou	de	pequeno	porte)	e	R$	3	mil	se	não	registrarem	os	funcionários.	Por	isso,	patrões	que	
não	assinarem	carteira	de	 trabalhadores	domésticos	 terão,	em	uma	fiscalização	ou	ação	
trabalhista,	além	dos	custos	com	advogados,	mais	o	custo	desta	multa	de	R$	800	ou	R$	3	mil	
de	acordo	com	o	entendimento	do	juiz.	
Disponível	em:	https://extra.globo.com.	Acesso:	27/07/21
03 • Direito e dignidade do trabalhador doméstico no Brasil
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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REDAÇÃO NOTA 1000
A	 superexploração	 trabalhista	 e	 a	 desvalorização	 social	 são	 problemáticas	 vividas	
por	muitos	trabalhadores	domésticos	no	território	nacional.	 Isso	é	causado,	entre	outros	
fatores,	pela	pouca	intervenção	do	estado	em	combater	a	exploração	análoga	à	escravidão	
no	meio	doméstico	e	pela	precária	atuação	governamental	em	enaltecer	os	indivíduosque	
atuam	profissionalmente	no	reparo	do	lar.	Portanto,	é	indispensável	o	respeito	ao	direito	e	
à	dignidade	desses	servidores	no	Brasil.
Nesse	viés,	 a	 superexploração	da	mão-de-obra	doméstica	é	um	 fator	alarmante	na	
contemporaneidade.	Nessa	 perspectiva,	 segundo	o	 jornal	O	Porco,	 uma	mulher	 recebeu	
uma	 indenização	 milionária	 após	 a	 patroa	 ter	 sido	 presa	 sob	 acusação	 de	 exploração	
análoga	 à	 escravidão.	 Apesar	 do	 ressarcimento	 financeiro,	 essa	 realidade	 inadmissível	
mostra	que	os	empregados	que	atuam	no	 lar,	muitas	vezes,	não	 têm	benefícios	básicos,	
como	folga	remunerada,	reproduzindo,	assim,	barbáries	sofridas	há	séculos	por	imigrantes	
de	 origem	africana	no	 território	 brasileiro.	 Desse	modo,	 é	 de	 suma	 importância	 a	maior	
atuação	 do	 Estado	 em	 garantir	 que	 esses	 indivíduos	 tenham	 os	 direitos	 preservados	 e,	
consequentemente,	em	combater	o	retrocesso	empregatício	presente	em	grande	parte	da	
história	do	Brasil.
Ademais,	segundo	o	jornal	Diário	do	Nordeste,	Paulo	Guedes,	ministro	da	Economia,	
disse	que	era	 inaceitável	uma	empregada	doméstica	 receber	um	salário	digno,	pois	 isso	
tornaria	 possível	 a	 ida	 dela	 à	 Disney	—	 local	 frequentado	 por	 pessoas	 economicamente	
favorecidas.	Esse	pensamento	repugnante	mostra	a	desvalorização	social	dos	profissionais	
que	atuam	na	manutenção	do	lar,	visto	que,	além	de	receberem	pouco	retorno	financeiro	
pelos	serviços	prestados,	eles	são	continuamente	humilhados	pela	classe	mais	abastada	da	
sociedade,	colocando	assim,	em	risco	a	dignidade	dessas	pessoas.	Logo,	é	inquestionável	
a	 necessidade	 da	 maior	 intervenção	 governamental	 no	 estímulo	 à	 valorização	 desses	
trabalhadores.
Diante	disso,	o	Ministério	da	Economia,	em	apoio	ao	Ministério	da	Justiça	e	Segurança	
Pública,	 deve	 assegurar	 que	 os	 direitos	 da	 categoria	 de	 servidores	 domésticos	 sejam	
respeitados,	por	meio	do	incentivo	à	realização	de	denúncias	nos	casos	de	descumprimento	
das	normas	estabelecidas	na	Constituição	Federal,	 em	que	 serão	 realizadas	 campanhas,	
nas	quais	serão	exibidos	alguns	exemplos	de	exploração	empregatícia,	como	ausência	de	
folgas	 semanais	 remuneradas.	 Essa	 iniciativa	 tem	as	finalidades	de	 combater	o	 trabalho	
análogo	à	escravidão	e,	consequentemente,	de	proporcionar	uma	melhora	na	qualidade	de	
vida	desses	cidadãos.	Além	disso,	o	primeiro	órgão	anteriormente	citado,	em	apoio	à	mídia,	
deve	estimular	a	maior	valorização	desses	indivíduos,	por	meio	da	exibição	de	propagandas	
exaltando	a	relevância	dos	profissionais	domésticos	na	sociedade.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
04 Evasão escolar no ensino médio brasileiro
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	escrita	 formal	da	 língua	portuguesa	sobre	o	tema	“EVASÃO ESCOLAR NO 
ENSINO MÉDIO BRASILEIRO”,	apresentando	proposta	de	 intervenção,	que	respeite	os	
direitos	humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	
e	fatos	para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO I
O desafio de manter jovens no ensino médio, principal obstáculo 
à universalização da educação
Garantir	que	os	adolescentes	brasileiros	permaneçam	na	escola	nos	anos	finais	do	ensino	
médio	 é	o	principal	 desafio	para	que	o	Brasil	 consiga	universalizar	 o	 acesso	à	 educação	
básica.	Isso	porque,	de	acordo	com	dados	divulgados	pelo	Instituto	Brasileiro	de	Geografia	
e	Estatística	(IBGE),	a	evasão	escolar	continua	a	afetar,	sobretudo,	jovens	na	faixa	etária	dos	
15	a	17.
Dados	 da	 Pesquisa	 Nacional	 por	 Amostra	 de	 Domicílios	 Contínua	 (Pnad),	 divulgados	 na	
quarta-feira	(19)	mostram	que	no	ano	passado,	11,8%	dos	jovens	nesta	faixa	etária	estavam	
fora	da	escola,	o	equivalente	a	1,1	milhão	de	pessoas,	apesar	de	o	Plano	Nacional	de	Educação	
(PNE),	de	2014,	ter	estabelecido	a	meta	de	universalizar	o	atendimento	à	população	de	15	a	
17	anos	até	2016.	A	pesquisa	mostra	também	que	a	taxa	de	frequência	escolar	para	alunos	no	
grupo	etário	aumentou	um	ponto	percentual	em	relação	aos	dois	anos	anteriores,	passando	
para	88,2%	em	2018,	ou	um	total	de	8,6	milhões	de	jovens	de	15	a	17	anos.
(Disponível	em:	https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/06/20/o-desafio-de-manter-jovens-no-ensino-
medio-principal-obstaculo-a-universalizacao-da-educacao.ghtml)
TEXTO II
04 • Evasão escolar no ensino médio brasileiro
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO III
Índice de abandono escolar alcança 6,1% no ensino médio
O	abandono	escolar	é	um	dos	problemas	persistentes	e	desafiadores	na	educação	em	todo	
país.	 Apesar	 dos	 indicadores	 do	 Instituto	Nacional	 de	 Estudos	 e	 Pesquisas	 Educacionais	
Anísio	Teixeira	(Inep)	apontarem	para	queda	no	número	de	desistências,	a	situação	ainda	
continua	crítica	e	com	taxas	elevadas.	Nos	anos	iniciais	do	ensino	fundamental,	a	taxa	de	
afastamento	é	de	0,7%,	enquanto	que	nas	etapas	finais	sobe	para	2,4%.	Já	no	ensino	médio,	
os	dados	têm	oscilado	pouco	e	estão	em	6,1%.	Buscando	entender	as	principais	causas	e	as	
medidas	necessárias	para	tentar	resolver	esse	conflito,	o	Edição do Brasil conversou com 
Thaiane	Pereira,	coordenadora	de	projetos	do	Todos	pela	Educação.
Existe diferença entre abandono e evasão escolar?
Pelo	Inep	são	coisas	distintas.	O	abandono	é	quando	o	aluno	deixa	de	frequentar	as	aulas	
durante	o	ano	letivo,	porém	reaparece	no	ano	seguinte.	Às	vezes,	como	repetente	muda	de	
escola,	mas	continua	estudando.	Esses	dados	são	catalogados	anualmente.
Já	 a	 evasão	 escolar	 é	 a	 situação	 na	 qual	 o	 estudante	 deixou	 a	 escola	 ou	 reprovou	 em	
determinado	ano	 letivo,	mas	não	se	matriculou	novamente	para	continuar	os	estudos.	É	
preciso	ficar	atento,	pois	os	casos	de	abandono	podem	virar	uma	evasão	escolar.
(Disponível	em:	http://edicaodobrasil.com.br/2019/09/06/indice-de-abandono-escolar-alcanca-61-no-
ensino-medio/)
04 • Evasão escolar no ensino médio brasileiro
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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REDAÇÃO NOTA 1000
A	 Constituição	 Federal	 de	 1988,	 prevê	 em	 seu	 art.	 6o,	 o	 direito	 à	 educação	 como	
intrínseco	a	 todo	cidadão	brasileiro.	Entretanto,	 tal	prerrogativa	manteve-se	unicamente	
no	 papel,	 uma	 vez	 que	 a	 escassez	 de	 auxílio	 quanto	 à	 disseminação	 de	 uma	 educação	
efetiva	e	acessível	ocasiona	a	evasão	escolar	e,	consequentemente,	a	 impossibilidade	da	
consolidação	desse	direito	social	imprescindível.	Dessa	forma,	faz-	se	necessário	averiguar	
os	fatores	que	favorecem	esse	quadro.
Em	 face	 do	 exposto,	 convém	 ressaltar	 que	 a	 ineficiência	 do	 artigo	 6o	 previsto	 na	
Constituição	é	um	coeficiente	determinante	para	a	prevalência	da	evasão	escolar	no	Brasil,	
visto	que	a	Carta	Magna	não	viabiliza	na	prática	a	concretização	de	um	ensino	alicerçado	
na	 acessibilidade	 universal	 igualitária.	 Tal	 problemática	 fomenta	 a	 predominância	 da	
desigualdade	 social	 e,	 por	 consequência,	 o	 trabalho	 infantil.	 A	 instabilidade	 financeira	
tornou-se	 inerente	a	 família	brasileira	e	esta	disparidade	 incentiva	o	acesso	das	crianças	
e	 dos	 adolescentes	 ao	 trabalho	 de	 forma	prematura,	 isto	 é,	 a	 necessidade	dos	menores	
em	complementar	a	renda	familiar	viabiliza	a	incapacidade	de	conciliar	com	os	estudos,	o	
que	suscita	a	desistência	do	âmbito	escolar.	Logo,	torna-se	evidente	que	tais	conjecturas,	
segundo	as	ideias	do	filósofo	John	Locke,	configuram-se	como	uma	violação	do	“contrato	
social“,	já	que	a	ineficácia	do	Estado	possibilita	a	ausência	da	garantia	de	uma	boa	qualidade	
de	educação	firmada	na	democratização.
Ademais,	a	carência	de	estímulos	quanto	a	participação	dos	alunos	ante	as	aulas	incita	
a	prevalência	do	abandono	escolar,	uma	vez	que	as	aulas	se	tornam	mais	difíceis	e	menos	
acessíveis.	Segundo	a	teoria	do	condicionamento	operante,	desenvolvido	por	Skinner,	os	
esforços	são	técnicasde	modificação	do	comportamento.	De	maneira	análoga,	a	aprovação	
dos	docentes	funcionam	como	reforçadores.	A	utilização	de	materiais	que	sejam	capazes	
de ocasionar atenção e a motivação dos discentes suscita a impossibilidade do surgimento 
de	um	campo	que	se	repele,	isto	é,	ao	afastamento	daquele	que	transfere	para	aquele	que	
o	recebe.	Assim,	há	de	ratificar-se	que	a	presença	ativa	dos	professores	no	aprendizado	dos	
alunos,	possibilita	a	eficiência	do	ensino,	de	tal	forma	que	a	possibilidade	de	um	afastamento	
acadêmico	se	tornaria	inexistente.
Portanto,	deliberações	 são	necessárias	para	erradicar	este	 impasse.	Diante	disso,	o	
governo,	que	é	o	responsável	pelo	bem	estar	da	população,	deve,	por	meio	de	leis	eficientes,	
promover	políticas	sociais	e	econômicas,	as	quais	priorizem	o	acesso	à	educação	de	forma	
igualitária	e	a	extirpação	do	trabalho	infantil,	a	fim	de	que	essas	políticas	contenham	a	evasão	
escolar	no	Brasil.	Dessa	forma,	o	art.	6º	da	Constituição	será	efetivamente	consolidado	e	a	
educação	se	tornará	um	direito	inerente	a	todos.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
05 O desafio da doação de sangue em questão no brasil
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	escrita	formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“O DESAFIO DA DOAÇÃO 
DE SANGUE EM QUESTÃO NO BRASIL”,	 apresentando	 proposta	 de	 intervenção,	 que	
respeite	os	direitos	humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	
argumentos	e	fatos	para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO I
Doação de sangue: um desafio cada vez mais importante de vencer
O	hábito	da	doação	de	sangue	ainda	não	é	forte	no	Brasil.	As	campanhas	tentam	conscientizar	
a	população	sobre	a	importância,	porém	os	resultados	sempre	ficam	abaixo	do	esperado.	
Quantas	vezes	você	já	leu	ou	ouviu	que	determinado	banco	estava	precisando	de	doações?
O	quadro	é	recorrente	e	a	causa	dessa	escassez	pode	ser	associada	a	uma	série	de	questões	
de	 cunho	 cultural	 e	 também	 relacionada	 às	 restrições	 da	 doação.	 É	 preciso	 entender	 o	
motivo	pelo	qual	os	bancos	de	sangue	se	encontram	constantemente	com	baixo	estoque.	
Esses	 fatores	 são	muito	 variados	 e	 estão	 ligados	 a	 questões	 comportamentais,	 sociais	 e	
estruturais.
O	que	motiva	o	cidadão	a	tirar	um	tempo	de	sua	rotina	para	doar	sangue?	Analisar	de	uma	
maneira	fria	é	importante	para	compreender	o	pensamento	geral.	Segundo	o	Ministério	da	
Saúde,	somente	1,8%	dos	brasileiros	da	faixa	etária	de	18	a	69	anos	são	doadores.
TEXTO II
Falta de doadores de sangue coloca em risco vida dos pacientes; 
INTO faz campanha emergencial
Com	média	diária	de	50	 cirurgias	ortopédicas	de	média	e	 alta	 complexidade,	o	 Instituto	
Nacional	 de	 Traumatologia	 e	 Ortopedia	 Jamil	 Haddad	 (INTO),	 do	 Ministério	 da	 Saúde,	
lançou	uma	campanha	emergencial	de	doação	de	sangue.	Nesta	época	do	ano,	os	estoques	
diminuem	pela	falta	de	doadores	e	o	hospital	precisa	de	sangue	para	transfusões.	
A falta de doadores de sangue tem impacto principalmente no tratamento dos pacientes 
graves	que,	às	vezes,	precisam	de	transfusão	imediata.	“E	as	cirurgias	podem	acabar	sendo	
suspensas	por	falta	de	sangue.	Clientes	que	estão	na	fila	há	mais	de	três	anos,	por	exemplo,	
aguardando	uma	cirurgia,	acabam	suspendendo	por	falta	de	sangue.	Por	isso,	a	gente	pede	
a	colaboração	da	população”,	destacou	Elizandra.
https://www.segurancadopaciente.com.br/ev-adversos-riscos/falta-de-doadores-de-sangue-coloca-em-
risco-vida-dos-pacientes-into-faz-campanha-emergencial/
https://www.into.saude.gov.br/
https://www.segurancadopaciente.com.br/ev-adversos-riscos/falta-de-doadores-de-sangue-coloca-em-risco-vida-dos-pacientes-into-faz-campanha-emergencial/
https://www.segurancadopaciente.com.br/ev-adversos-riscos/falta-de-doadores-de-sangue-coloca-em-risco-vida-dos-pacientes-into-faz-campanha-emergencial/
05 • O desafio da doação de sangue em questão no brasil
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO III
https://www.facebook.com/campanhaamigodoador
TEXTO IV
https://saude.gov.br/
https://www.facebook.com/campanhaamigodoador
https://saude.gov.br/
05 • O desafio da doação de sangue em questão no brasil
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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REDAÇÃO NOTA 1000
Em	 um	 dos	 episódios	 da	 série	 americana	 “Grey’s	 Anatomy“,	 é	 narrada	 a	 trajetória	
de	um	paciente	em	estado	grave,	cuja	melhora	depende	de	uma	transfusão	sanguínea,	a	
qual	ele	não	consegue	receber	devido	à	escassez	dos	estoques	do	hospital.	Fora	das	telas	
de	TV,	 especificamente	no	Brasil,	 o	 cenário	 exposto	 é	mais	 comum	do	que	percebemos,	
cabendo-nos,	então,	um	maior	debate	sobre	esse	contexto,	que	pode	causar	distorções	não	
só	pessoais,	mas	também	em	diversos	aspectos	sociais.
Diante	desse	cenário,	a	omissão	do	Estado	frente	à	escassez	de	estoques	sanguíneos	
impossibilita	 o	 comprimento	 do	 6º	 artigo	—	 direito	 irrestrito	 à	 saúde	—	 da	 Constituição	
Federal.	Nesse	viés,	nota-se	que	a	ausência	de	ações	de	incentivo	à	doação	de	sangue	não	
somente	dificultam	a	mobilização	de	doadores,	mas	também	impossibilitam	a	asseguração	
deste	 preceito	 constitucional	 na	 prática.	 É,	 portanto,	 inaceitável	 que	 um	 país	 membro	
da	ONU	não	 seja,	 efetivamente,	 capaz	 de	 garantir	 na	 prática	 o	 acesso	 à	 saúde	digna	de	
qualidade.
Além	disso,	o	individualismo	pregado	pelo	filósofo	Adam	Smith	coloca-se	como	um	
empecilho	para	o	aumento	do	número	de	doadores	de	sangue.	Isso	se	explica,	pois,	para	o	
pai	do	liberalismo,	somente	a	busca	pelos	interesses	pessoais	poderia	levar	a	sociedade	ao	
progresso.	Assim,	a	falta	de	solidariedade	do	sujeito	contemporâneo	não	somente	colabora	
com	o	esvaziamento	dos	bancos	sanguíneos,	bem	como	pode	levar	à	morte	de	enfermos	
que	dependem	de	transfusões.
Em	 virtude	 disso,	 o	 governo	 federal	 deve	 criar	 campanhas	 publicitárias	 nas	 redes	
sociais	que	detalhem	a	 importância	da	doação	de	sangue	no	país,	por	meio	de	parcerias	
público-privado,	 com	participação	do	Ministério	da	Saúde	e	 setores	de	mídia.	Espera-se,	
com	isso,	aumentar	a	quantidade	de	doadores	e	tornar	a	teoria	constitucional	uma	prática	
em	nossos	dias.
VOLTAR AO SUMÁRIO 19PROENEM.COM.BR
25 REDAÇÕES NOTA 1000
06 Capacitismo: o estigma relacionado aos deficientes físicos na sociedade brasileira
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	 escrita	 formal	 da	 língua	 portuguesa	 sobre	 o	 tema	 “CAPACITISMO: O 
ESTIGMA RELACIONADO AOS DEFICIENTES FÍSICOS NA SOCIEDADE BRASILEIRA”,	
apresentando	 proposta	 de	 intervenção,	 que	 respeite	 os	 direitos	 humanos.	 Selecione,	
organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	para	defesa	de	seu	
ponto	de	vista.
TEXTO I 
O	consenso	é	que	o	capacitismo	é	uma	forma	de	preconceito	com	pessoas	com	deficiência,	
e	 está	 enraizado	na	 sociedade.	Como	o	 termo	diz,	 envolve	uma	pré-concepção	 sobre	 as	
capacidades	que	uma	pessoa	tem	ou	não	devido	a	uma	deficiência,	e	geralmente	reduz	uma	
pessoa	a	essa	deficiência.	
Na	prática,	o	capacitismo	não	envolve	apenas	termos	ofensivos,	olhares	de	julgamento	ou	
invasões	de	privacidade.	 Ele	 está	 ligado	à	uma	ausência	de	pessoas	 com	deficiência	 em	
diversos	espaços	da	sociedade.
Disponível	em:	https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,capacitismo-pessoas-com-
deficiencia-explicam-o-que-e-e-como-evita-lo,70003478130#:~:text=O%20consenso%20%C3%A9%20
que%20o,uma%20pessoa%20a%20essa%20defici%C3%AAncia	
TEXTO II
Apesar	 do	 avanço	 conquistado	 com	 a	 lei	 nº	 8.213/91,	 conhecida	 como	 lei	 de	 cotas,	 que	
exige	que	toda	empresa	de	grande	porte	–	com	cem	ou	mais	empregados	–	deve	preencher	
de	2%	a	5%	por	cento	dosseus	cargos	por	profissionais	com	deficiência,	ainda	existe	um	
longo	caminho	para	a	inclusão.	Isso	porque	as	empresas	oferecem	posições	de	trabalho	que	
são	mais	operacionais	e	menos	atrativas	do	ponto	de	vista	de	salário,	 responsabilidades	
e	 oportunidades	 de	 carreira.	 “Quantos	 líderes	 com	 deficiência	 você	 vê	 nas	 empresas?”,	
questiona	 Schwarz,	 que	 também	 é	 empresária	 e	 CEO	 na	 empresa	 iigual	 Inclusão	 e	
Diversidade.	Quase	nenhum,	ela	afirma.	“A	representatividade	de	pessoas	com	deficiência	
na	 alta	 liderança	 das	 empresas	 é	 praticamente	 nula,	 assim	 como	 em	 outros	 espaços	
importantes	como	a	mídia,	a	publicidade,	a	política,	os	influenciadores,	entre	outros”,	diz.
Disponível	em:	https://revistatrip.uol.com.br/trip/capacitismo-o-que-e-e-porque-e-crime
https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,capacitismo-pessoas-com-deficiencia-explicam-o-que-e-e-como-evita-lo,70003478130#:~:text=O consenso %C3%A9 que o,uma pessoa a essa defici%C3%AAncia
https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,capacitismo-pessoas-com-deficiencia-explicam-o-que-e-e-como-evita-lo,70003478130#:~:text=O consenso %C3%A9 que o,uma pessoa a essa defici%C3%AAncia
https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,capacitismo-pessoas-com-deficiencia-explicam-o-que-e-e-como-evita-lo,70003478130#:~:text=O consenso %C3%A9 que o,uma pessoa a essa defici%C3%AAncia
https://revistatrip.uol.com.br/trip/capacitismo-o-que-e-e-porque-e-crime
06 • Capacitismo: o estigma relacionado aos deficientes físicos na sociedade brasileira
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO III
Art.	2º	Considera-se	pessoa	com	deficiência	aquela	que	tem	impedimento	de	longo	prazo	
de	natureza	física,	mental,	intelectual	ou	sensorial,	o	qual,	em	interação	com	uma	ou	mais	
barreiras,	 pode	 obstruir	 sua	 participação	 plena	 e	 efetiva	 na	 sociedade	 em	 igualdade	 de	
condições	com	as	demais	pessoas.
[...]
Art.	4º	Toda	pessoa	com	deficiência	tem	direito	à	igualdade	de	oportunidades	com	as	demais	
pessoas	e	não	sofrerá	nenhuma	espécie	de	discriminação.
§	1º	Considera-se	discriminação	em	razão	da	deficiência	toda	forma	de	distinção,	restrição	
ou	exclusão,	por	ação	ou	omissão,	que	tenha	o	propósito	ou	o	efeito	de	prejudicar,	impedir	
ou	anular	o	reconhecimento	ou	o	exercício	dos	direitos	e	das	liberdades	fundamentais	de	
pessoa	com	deficiência,	incluindo	a	recusa	de	adaptações	razoáveis	e	de	fornecimento	de	
tecnologias	assistivas.
Disponível	em:	http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm	
Texto IV
Disponível	em:	https://blog.handtalk.me/capacitismo/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
06 • Capacitismo: o estigma relacionado aos deficientes físicos na sociedade brasileira
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 21PROENEM.COM.BR
REDAÇÃO NOTA 1000
De	acordo	com	o	sociólogo	Émile	Durkheim,	a	sociedade	pode	ser	comparada	a	um	
“corpo	biológico“	por	ser,	assim	como	esse,	composta	por	partes	que	 interagem	entre	si.	
Dessa	forma,	para	que	esse	organismo	seja	igualitário	e	coeso,	é	necessário	que	todos	os	
direitos	dos	cidadãos	sejam	garantidos.	Contudo,	no	Brasil,	isso	não	ocorre	uma	vez	que	o	
estigma	relacionado	aos	deficientes	físicos	ainda	é	um	fator	a	ser	discutido	no	país.	Assim,	
é	relevante	analisarmos	as	principais	causas,	consequências	e	uma	possível	medida	desse	
triste	fenômeno	social.
Frente	 a	 tal	 contexto,	 deve-se	 pontuar,	 antes	 de	 tudo,	 a	 nítida	 e	 péssima	 atenção	
governamental	dada	aos	indivíduos	portadores	de	necessidades	especiais.	Sob	esse	viés,	
segundo	pesquisa	publicada	pelo	portal	de	notícias	G1,	cerca	de	2%	das	pessoas	que	portam	
alguma	deficiência	 física	enfrentam	dificuldades	no	processo	de	uma	vaga	pra	 trabalhar,	
ressalta-se	também	que	os	índices	aumentam	a	cada	ano	nos	novos	boletins,	o	que	significa	
um	enorme	desafio	a	ser	enfrentado	pelas	autoridades	na	quebra	da	estigmatização	que	
envolve	esses	cidadãos	no	campo	profissional,	infelizmente.	É,	pois,	inaceitável	que	em	um	
país	que	prega	a	socialização	através	da	Carta	Magna	permita,	de	certa	forma,	a	segregação	
de	minorias	por	algumas	ideias	pre-concebidas	sobre	a	real	capacidade	do	ser	humano.
Além	 disso,	 é	 importante	 considerar	 os	 fortes	 impactos	 do	 preconceito	 latente	 no	
tecido	social,	lamentavelmente.	Nessa	perspectiva,	o	filme	americano	“Como	eu	era	Antes	
de	você“	suscita	a	importância	da	aceitação	dos	indivíduos	no	estágio	da	vida	em	que	se	
encontram,	caso	vivido	pelo	personagem	principal	Will,	antes	de	conhecer	seu	grande	amor	
Emília,	 que	 encara	 a	 depressão	 e	 tenta	 até	mesmo	 suicídio	 sem	 esperanças	 para	 viver,	
por	 falta	 de	 alguém	que	o	 apoie	 em	dias	 difíceis.	 Dessa	maneira,	 tal	 como	demonstra	 a	
narrativa,	observam-se,	fora	da	ficção,	casos	e	efeitos	parecidos	com	o	do	ator	principal	na	
vida	de	muitos	brasileiros	que	são	especiais	e	são	subjugados	tornando-os	incapacitados	
para	grande	parte	da	população.	Logo,	práticas	e	percepções	que	ferem	o	direito	do	outro	
merecem	ser	repensadas	perante	a	nação.
Urgem,	 portanto,	 medidas	 eficazes	 para	 que	 o	 “corpo	 biológico“	 funcione	 em	
equidade	 conforme	 o	 conceito	 de	 Duskheim.	 Desse	modo,	 é	 necessária	 uma	 ação	mais	
efetiva	do	governo.	Assim,	o	Ministério	do	Desenvolvimento	deve	promover	o	debate	sobre	
o	acolhimento	e	oportunidades	das	pessoas	com	deficiência	física	seja	qual	for	o	ambiente,	
por	meio	de	projetos	e	 leis	que	 incluem	essa	minoria	 social,	 em	praças	públicas	e	 redes	
televisivas,	com	exposições	que	procedam	ações	de	acolhimento	desses	cidadãos.	Espera-
se,	com	isso,	ampliar	a	cidadania,	assim	como	mostrado	no	longa-metragem	americano.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
07 A criminalização do abandono afetivo
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	escrita	formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“A CRIMINALIZAÇÃO DO 
ABANDONO AFETIVO”,	apresentando	proposta	de	intervenção,	que	respeite	os	direitos	
humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	
para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO I
Abandono afetivo
Como	é	consabido,	os	pais	têm	o	dever	legal	de	cuidado	e	participação,	material	e	afetiva	no	
processo	de	criação	de	seus	filhos,	sejam	os	pais	casados	ou	separados.
A não participação na vida emocional das crianças e dos adolescentes pode trazer uma 
série	 de	 consequências	 psicológicas	 e	 interferir	 no	 processo	 de	 desenvolvimento	 da	
personalidade	do	indivíduo,	bem	como	de	suas	capacidades	sociais,	visto	que	a	família	é	o	
primeiro	ambiente	em	que	o	indivíduo	tem	contato	com	o	meio	social.
Deste	modo,	a	não	participação	dos	pais	na	vida	de	sua	prole,	de	forma	livre	e	consciente,	sem	
qualquer	justificativa	razoável,	configura	abandono	afetivo	e	pode	ensejar	responsabilização	
civil,	inclusive	indenização	por	danos	morais,	como	tem	entendido	o	Superior	Tribunal	de	
Justiça	em	recentes	julgamentos.
Nas	palavras	da	doutrinadora	Grace	Costa,	o	abandono	afetivo	abandono	afetivo	consiste	
na	“omissão	de	cuidado,	de	criação,	de	educação,	de	companhia	e	de	assistência	moral,	
psíquica	e	social	que	o	pai	e	a	mãe	devem	ao	filho	quando	criança	ou	adolescente”.
(Disponível	em:	https://www.mundoadvogados.com.br/artigos/abandono-afetivo)
07 • A criminalização do abandono afetivo
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO II
As causas do abandono afetivo parental, suas consequências e o dever de indenizar
Embora	a	certidão	de	nascimento	declare	o	estado	de	filiação,	essa	relação	transcende	o	
conceito	jurídico	e	alcança	o	campo	da	afeição,	por	força	da	convivência	familiar.	Ele	está	
previsto	na	Constituição	Federal	de	88,	artigo	227,	§	6º,	bem	como	no	Código	Civil,	artigo	
1.596,	e	no	Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente	(ECA),	artigo27.	Vale	frisar	que	a	previsão	
jurídica	cria,	estritamente,	uma	garantia	normativa.	O	afeto,	por	sua	vez,	condicionado	às	
leis	do	coração.	
Essa	 relação	 de	 afeto	 requer	 a	 aptidão	 em	 experimentar	 uma	 mescla	 de	 sentimentos	
e	emoções.	É	a	partir	dela	que	serão	criados	os	 laços	de	afetividade,	com	base	no	amor.	
E	 o	 campo	 da	 análise	 da	 psique	 humana	 revela	 ainda	mais;	 tal	 abandono	 causa	 danos	
irreparáveis	na	construção	da	personalidade	do	indivíduo.	
As	 principais	 consequências	 são	 a	 ruptura	 das	 relações	 pessoais	 e	 da	 ligação	 de	 afeto,	
sofrimento,	 sensação	 de	 abandono	 e	 desprezo,	 que	 pode	 resultar	 em	 problemas	
comportamentais	e	extravasar	às	relações	sociais	e	amorosas	futuramente,	podendo	atingir	
inclusive	os	pais.	Quem	pratica	o	abandono	afetivo	pode	ser	responsabilizado,	podendo	ter	
que	indenizar	a	vítima.	
O	dano	causado	pode	ser	caracterizado	como	material,	quando	ocorrer	a	deterioração	dos	
bens	e	até	mesmo	dos	lucros	e	vantagens	obtidos	em	razão	da	prática.	E	pode	ser	considerado	
dano	moral	quando	forem	comprovadas	as	consequências	psíquicas	do	ato.	O	‘abandono	
afetivo’	acontece,	muitas	vezes,	em	decorrência	de	uma	separação.	
(Disponível	em:	https://www.olhardireto.com.br/artigos/exibir.asp?id=10926&artigo=as-causas-do-
abandono-afetivo-parental-suas-consequencias-e-o-dever-de-indenizar)
TEXTO III
A EPIDEMIA DE ABANDONO PARENTAL NO BRASIL
O	abandono	afetivo,	talvez	o	que	mais	traga	consequências	a	níveis	psicológicos	para	a	criança	
e	para	o	adolescente,	pode	ser	definido	como	a	indiferença	afetiva	do	genitor	com	relação	
ao	filho.	Mesmo	que	não	haja	o	abandono	material	e	o	abandono	intelectual,	o	abandono	
afetivo	 ainda	 pode	 ocorrer.	 Algumas	 decisões	 recentes	 dos	 tribunais,	 principalmente	 do	
STJ,	têm	concedido	indenização	a	filhos	vítimas	de	abandono	afetivo,	partindo	da	premissa	
constitucional	do	descumprimento	do	dever	legal	de	cuidado,	educação	e	presença.
(Disponível	em:	https://paracatu.net/view/8603-a-epidemia-de-abandono-parental-no-brasil)
07 • A criminalização do abandono afetivo
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO IV
Disponível	em:	https://ianvarella.jusbrasil.com.br/artigos/305897669/o-abandono-afetivo-pode-gerar-
direito-a-reparacao-pelo-dano-causado
https://ianvarella.jusbrasil.com.br/artigos/305897669/o-abandono-afetivo-pode-gerar-direito-a-reparacao-pelo-dano-causado
https://ianvarella.jusbrasil.com.br/artigos/305897669/o-abandono-afetivo-pode-gerar-direito-a-reparacao-pelo-dano-causado
07 • A criminalização do abandono afetivo
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 25PROENEM.COM.BR
REDAÇÃO NOTA 1000
De	acordo	com	Émile	Dorkhein,	sociólogo	do	século	XIX	a	sociedade	funciona	como	um	
organismo	em	homeostase,	de	modo	que,	para	manter	o	equilíbrio,	os	direitos	dos	indivíduos	
precisam	ser	assegurados.	Todavia,	a	inoperância	da	criminalização	do	abandono	afetivo,	
no	Brasil,	rompe	com	essa	harmonia,	haja	vista	que	não	só	fere	o	benefício	de	convivência	
familiar	saudável,	como	também	afeta	a	saúde	mental	da	população	infanto-juvenil.	Nesse	
sentido,	torna-se	premente	explicitar	os	principais	impulsionadores	dessa	problemática:	a	
omissão	das	autoridades	e	da	sociedade.
Diante	desse	cenário,	a	irresponsabilidade	estatal	se	configura	como	um	sustentáculo	
para	a	negligência	afetiva	do	genitor	em	relação	ao	filho.	Nessa	perspectiva,	o	sociólogo	
Zygmunt	Bauman	evidencia,	em	“Modernidade	Líquida”,	que	algumas	instituições	—	dentre	
elas,	o	Estado	—	perderam	a	sua	função	social,	mas	conservaram	o	seu	formato	a	qualquer	
custo,	de	modo	a	 se	 caracterizarem	como	“instituições	 zumbis“.	 Sob	 tal	ótica,	os	órgãos	
públicos	se	enquadram	no	conceito	criticado	por	Bauman,	na	medida	em	que	se	mostram	
incapazes	de	fomentar	políticas	educativas	e	legislativas	aos	atos	de	omissão	da	assistência	
que	os	pais	devem	aos	filhos,	prática	que	não	apenas	compromete	o	direito	constitucional	
de	 bem-estar	 familiar,	 como	 também	 interfere	 no	 desenvolvimento	 social,	 psicológico	
e	 intelectual	 do	público	 pueril.	 Desse	modo,	 enquanto	 a	 negligência	 das	 autoridades	 se	
mantiver,	a	criminalização	do	desamparo	afetivo	será	uma	realidade	distante	no	país	“verde-
amarelo”.
Além	disso,	não	somente	o	Estado	é	silente:	os	indivíduos	também	são	responsáveis	
pela	supressão	de	cuidados	à	menoridade.	Nesse	viés,	o	pensador	Pierre	Bourdieu	elucida	os	
comportamentos	humanos	como	naturalmente	incorporados	ao	processo	de	socialização	e,	
inevitavelmente,	reproduzidos	ao	longo	das	gerações.	Nesse	cenário,	a	aversão	à	participação	
material	e	diligente	no	dia	a	dia	dos	filhos,	quando	incorporada	desde	cedo	ao	cotidiano	
da	sociedade,	tende	a	se	tornar	um	danoso	hábito	a	ser	perpetuado	aos	descendentes	—	
como	defendido	por	Bourdieu	—,	de	modo	a	não	 só	 fragilizar	a	dignidade	humana,	mas	
também	a	longevidade	social	e	psíquica	das	crianças	e	dos	adolescentes.	Dessa	maneira,	
Torna-se	factual	que	proteger	a	população	infantojuvenil	é	o	caminho	central	para	extinguir	
a	negligência	afetiva.
É	 evidente,	 portanto,	 a	 importância	 da	 criminalização	 do	 abandono	 afetivo	 para	
a	promoção	do	pleno	desenvolvimento	das	crianças	e	dos	adolescentes.	Sendo	assim,	o	
Ministério	Público	deve	 fomentar	 leis	 de	 tipificação	 como	crimes	hediondos	 aos	 atos	de	
desamparo	dos	pais	diante	dos	filhos		—	seja	ele	material,	intelectual	ou	afetivo	—,	por	meio	
de	aplicação	de	multas	e	penas	mais	severas,	com	intuito	de	promover	a	responsabilidade	
social	 e	 humanitária	 dos	 genitores.	 Ademais,	 os	 veículos	 mediático	 devem	 produzir	
comerciais	—	exibidos	em	horários	nobres	das	mídias	sociais	e	televisivas	—,	por	intermédio	
de	implementação	nacional,	a	fim	de	elucidar	a	importância	dos	pais	para	o	desenvolvimento	
dos	filhos,	de	modo	a	expandir	essa	corrente.	Espera-se,	com	isso,	alcançar	uma	sociedade	
coesa.
VOLTAR AO SUMÁRIO 26PROENEM.COM.BR
25 REDAÇÕES NOTA 1000
08 A cultura de consumo entre jovens no Brasil
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	escrita	formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“A CULTURA DE CONSUMO 
ENTRE JOVENS NO BRASIL”,	 apresentando	proposta	de	 intervenção,	 que	 respeite	 os	
direitos	humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	
e	fatos	para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO I
Pesquisa revela hábitos de consumo dos jovens
A	Sociedade	Brasileira	de	Varejo	e	Consumo	–	SBVC,	realizou	uma	pesquisa	para	entender	
os	hábitos	de	consumo	dos	jovens.	O	estudo	“Os	Novos	Consumidores	Brasileiros”,	traça	o	
perfil	de	compra	de	uma	geração	que	já	nasceu	conectada	e	que	pode	mudar	o	mercado	de	
consumo	nos	próximos	anos.
A	pesquisa	foi	realizada	com	623	jovens	de	16	a	22	anos	de	todo	o	Brasil.	Confira	os	principais	
resultados:
 Compras
Entre	os	hábitos	de	consumo	relacionados	a	compras,	cerca	de	75%	dos	entrevistados	afirmou	
já	realizar	compras	online,	sendo	roupas,	calçados	e	acessórios	as	categorias	mais	buscadas:
• 76%	Roupas,	calçados	e	acessórios
• 53%	–	Eletrônicos	e	eletrodomésticos
• 35%	–	Fast	food
• A	maior	 parte	dessas	 compras	 está	 concentrada	 em	grandes	 e-commerces	 e	 sites	de	
revenda:
• 68%	–	Sites	de	lojas	virtuais	(submarino,	americanas.com)
• 57%	–	Sites	de	revenda	(OLX,	Mercado	Livre)
• 40%	–	Aplicativos	de	compra	(Uber,	iFood)
• Um	dado	interessante	e	que	reflete	bem	os	tempos	atuais	é	a	presença	das	redes	sociais	
como	 plataforma	 de	 compra.	 21%	 dos	 jovens	 dizem	 utilizar	 redes	 como	 Facebook,	
Instagram	e	Whatsapp	para	fazer	compras	online.	Sendo	o	Instagram	a	rede	que	mais	
causa	impacto	nas	decisões	de	compra:
• 12%	–	Instagram
• 10%	–	Facebook
• 8%	–	Whastapp
Sobre	os	métodos	de	pagamento	mais	utilizados,	o	cartão	de	crédito	(49%)	e	o	boleto	(40%)	
são	os	mais	utilizados.
(Disponível	em:	https://blog.shoppub.com.br/pesquisa-habitos-de-consumo-jovens/)08 • A cultura de consumo entre jovens no Brasil
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 27PROENEM.COM.BR
TEXTO II
Os jovens e suas relações com o consumo e o consumismo (fragmento)
A corrida pela distinção social
A	ideia	de	 juventude	é	uma	construção	social	que	existe	mais	como	representação	social	
do	 que	 como	 realidade.	 As	 ideias	 atribuídas	 a	 eles,	 de	 revoltados, descolados, viris são 
construções	sociais	nas	quais	alguns	se	reconhecem	como	parte	delas	e	outros	não.
Com	o	desenvolvimento	do	capitalismo	o	 lucro	passou	a	ser	o	objetivo	final,	e	para	 isso	
alguns	meios	foram	sendo	criados	para	alcança-lo.	Com	o	desenvolvimento	das	tecnologias	
de	produção	tornou-se	necessário	ampliar	o	consumo	na	mesma	proporção.	Inicialmente	
isso	se	deu	com	o	fim	da	escravidão;	depois	com	a	inclusão	das	mulheres	no	mercado	de	
trabalho	e,	quase	que	concomitantemente,	à	descoberta	do	mercado	infanto-juvenil.
O	 sistema	 econômico	 baseado	 no	 lucro	 criou	 e	 desenvolveu	 estratégias	 poderosas	 de	
marketing	que	capturam	praticamente	todos	os	possíveis	consumidores.	Nossas	crianças	e	
jovens	são	vítimas	de	campanhas	publicitárias	milionárias	que	produzem	um	consumismo	
que	maximiza	o	lucro	empresarial.	Outro	elemento	que	leva	os	jovens	à	busca	do	consumo	
cada	vez	mais	cedo	é	a	busca	pela	distinção	social.
Pertencer	a	um	dado	grupo,	por	exemplo,	 significa	quase	que	o	mesmo	que	consumir	o	
que	o	grupo	consome.	A	 indústria	e	o	marketing	são	responsáveis	diretos	por	tal	 jogo	de	
pertencimento,	usando	isso	ao	seu	favor	e	promovendo	a	venda	de	seus	produtos	marcados	
por	significados	simbólicos.
Além	 disso,	 os	 jovens	 sofrem	 influência	 da	 grande	 mídia	 e	 das	 redes	 sociais,	 onde	 se	
configuram	e	fortalecem	estilos	de	vida.	Há	uma	corrida	pela	posse	de	determinados	bens	
que	 dão	 distinção	 aos	 indivíduos	 em	 uma	 espécie	 de	 concurso	 promovido	 pela	 própria	
concorrência	que	ele	produz.	O	valor	do	produto,	uma	roupa	de	marca,	por	exemplo,	não	
está	baseado	apenas	no	custo	de	produção,	distribuição	e	de	marketing,	mas	também	pela	
própria	corrida	para	obtê-lo	e	o	valor	simbólico	distintivo	que	ele	possui,	como	bem	abordou	
o	sociólogo	 francês	Pierre	Bourdieu.	Questionar	sua	utilidade	entre	os	amigos	seria	uma	
barbárie	e	um	risco	de	ser	excluído	do	grupo	social.
(Disponível	em:	https://cafecomsociologia.com/os-jovens-e-suas-relacoes-com-o-consumo-e-o-
consumismo/)
08 • A cultura de consumo entre jovens no Brasil
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO III
Jovens chegam ao mercado de consumo com alto grau de endividamento (fragmento)
A	inadimplência,	que	atinge	mais	de	60	milhões	de	brasileiros,	é	um	dos	maiores	problemas	
do	 país.	 Essa	 situação	 de	 não	 pagamento	 dos	 compromissos	 financeiros	 é	 ainda	 mais	
alarmante	nas	gerações	mais	jovens,	que	já	entram	no	mercado	de	consumo	com	alto	grau	
de	endividamento.
Essa	 é	 a	 constatação	 de	 estudo	 inédito	 realizado	 pela	 ANBC	 (Associação	 Nacional	 dos	
Bureaus	de	Crédito),	que	descobriu	que	32%	da	Geração	Z,	faixa	de	idade	entre	zero	e	21	
anos	com	população	total	de	13,8	milhões,	está	inadimplente.	Em	números	absolutos,	são	
4,4	milhões	de	endividados.	Ainda	de	acordo	com	a	pesquisa,	que	se	baseou	nos	dados	do	
IBGE	(Instituto	Brasileiro	de	Geografia	e	Estatística),	o	valor	médio	da	dívida	é	de	R$	1.676,00.
Na	 geração	 seguinte,	 dos	 chamados	millennials,	 faixa	 de	 idade	 entre	 22	 e	 37	 anos	 que	
concentra	51,5	milhões	de	pessoas,	a	situação	é	ainda	pior.	O	percentual	de	endividados	
é	de	40%,	ou	20,6	milhões,	com	uma	dívida	média	de	R$	3.737,00,	mais	do	que	o	dobro	do	
tíquete	médio	apresentado	pela	geração	Z.
Apenas	nessas	duas	gerações,	que	representam	a	população	jovem	do	país,	há	25	milhões	
de	pessoas.	Isso	significa	dizer	que	a	cada	dez	brasileiros	endividados,	quatro	pertencem	às	
gerações	Z	e	millennials.
(Disponível	em:	https://exame.abril.com.br/negocios/dino/jovens-chegam-ao-mercado-de-consumo-com-
alto-grau-de-endividamento/)
08 • A cultura de consumo entre jovens no Brasil
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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REDAÇÃO NOTA 1000
No	decorrer	do	filme	estadunidense	“Clube	da	Luta”,	é	narrada	a	história	de	Jack,	um	
homem	que	busca	preencher	o	vazio	de	sua	vida	a	partir	do	consumismo	exacerbado.	Diante	
disso,	é	possível	relacionar	a	obra	com	o	Brasil	atual,	haja	vista	que	a	cultura	do	consumo	
causa	 grandes	 óbices	 na	 vida	 dos	 jovens.	 Dentro	 desse	 contexto,	 há	 dois	 importantes	
fatores	que	devem	ser	levados	em	consideração:	a	massificação	de	tendências	e	a	influência	
midiática.
Nessa	 perspectiva,	 é	 notório	 salientar	 que	 a	 padronização	 de	 hábitos	 consumistas	
impulsiona	 a	 problemática.	 De	 acordo	 com	 o	 escritor	 Jean	 Baudrillard,	 em	 seu	 livro	 “A	
Sociedade	do	Consumo“,	a	aquisição	excessiva	de	produtos,	com	influenciação	externa,	gera	
malefícios	para	o	povo.	Nesse	viés,	os	jovens,	para	se	adequarem	a	determinados	padrões	
impostos	e	serem	inseridos	no	meio	social,	adquirem,	de	forma	contínua,	as	“mercadorias	
da	moda”,	vide	que	os	habitantes	que	não	seguem	tais	modelos	tendem	a	ser	excluídos	das	
interações	sociais,	como	os	moradores	das	periferias	do	país,	que	não	possuem	as	condições	
financeiras	necessárias	para	cumprir	com	as	imposições	das	entidades	capitalistas,	podendo	
ocasionar,	concordante	com	Baudrillard,	problemas	para	a	saúde	mental	dessas	pessoas.	
Desse	modo,	 sem	uma	mudança	de	postura	da	sociedade,	enfermidades,	por	exemplo	a	
depressão	irá,	por	conseguinte,	atingir	uma	gama	maior	de	indivíduos.
Ademais,	vale	ressaltar	a	mídia	como	um	mecanismo	popular	do	consumo.	Conforme	
os	filósofos	Adorno	e	Horkheimer,	membros	da	escola	de	frankfurt,	os	meios	de	comunicação	
visam	a	obtenção	de	lucro	por	intermédio	dos	conceitos	e	itens	por	eles	propagados.	Nesse	
sentido,	com	o	forte	investimento	da	indústria	cultural	em	propagandas	de	TV	e	em	anúncios	
nas	 redes	 sociais,	 cria-se	 um	 desejo	 de	 consumo	 nos	 jovens,	 os	 quais	 são	 alienados	 e	
controlados	pelo	sistema	capitalista,	comprando	exorbitantemente	determinados	produtos	
e,	por	isso,	prejudicando	a	situação	financeira	presente	e	futura,	uma	vez	que,	segundo	o	
Serviço	de	Proteção	ao	Crédito	(SPC),	cerca	de	65%	dos	brasileiros	com	idade	entre	18	e	29	
anos	estão	inadimplentes.	Dessa	forma,	sem	o	maior	senso	crítico	da	população,	os	índices	
de	suicídio	podem,	por	consequência,	aumentar.
Portanto,	 medidas	 são	 necessárias	 para	 atenuar	 o	 quadro	 atual.	 Logo,	 cabe	 ao	
Ministério	 da	 Cidadania,	 órgão	 responsável	 pelo	 bem-estar	 populacional,	 promover	 a	
educação	financeira	e	de	consumo,	por	meio	de	palestras	e	seminários	gratuitos	nas	escolas,	
ministrada	por	psicólogos	e	economistas,	que	expliquem	a	importância	de	consumir	com	
responsabilidade,	além	de	fazer	a	divulgação	de	orientações	sobre	o	tema	em	TV	aberta.Tais	
ações	têm	como	fito	o	amparo	dos	cidadãos.	Assim,	haverá	menos	casos	no	Brasil,	como	
exibido	em	“Clube	da	Luta”.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
09 A importância da qualificação da mão de obra brasileira
INSTRUÇÕES
A	partir	da	leitura	dos	textos	motivadores	e	com	base	nos	conhecimentos	construídos	ao	
longo	de	sua	formação,	redija	texto	dissertativo-argumentativo	em	modalidade	escrita	
formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA MÃO 
DE OBRA BRASILEIRA”,	apresentando	proposta	de	intervenção	que	respeite	os	direitos	
humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	
para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO I
Um	 trabalhador	 brasileiro	 produz,	 em	 média,	 somente	 um	 quarto	 do	 que	 produz	 um	
trabalhador	 americano.	 De	 um	 ponto	 de	 vista	 meramente	 contábil,	 essa	 diferença	 de	
produtividade	pode	ser	explicada	por	três	fatores:	nossos	trabalhadores	são	menos	educados	
e	menos	qualificados;	esses	trabalhadores	têm	a	seu	dispor	menos	máquinas,	equipamentos,	
estruturas	e	infraestrutura;a	ineficiência	da	economia	é	tal	que	trabalhadores	com	mesmo	
capital	humano	e	físico	que	trabalhadores	em	países	avançados	produzem	menos	que	estes	
últimos.	Durante	séculos	o	Brasil	basicamente	ignorou	educação	e	a	formação	adequada	de	
mão	de	obra.	Embora	o	quadro	hoje	seja	outro,	a	média	de	escolaridade	do	brasileiro	ainda	
é	baixa,	e	a	qualidade	da	educação,	sofrível.	
Disponível	em:	www1.folha.uol.com.br.	Acesso	em:	28/07/21
TEXTO II 
O	setor	industrial	brasileiro	enfrenta	um	paradoxo.	Num	país	com	11,6	milhões	de	desempregados,	
metade	das	fábricas	do	país	diz	ter	dificuldade	para	encontrar	mão	de	obra	qualificada.	Os	dados	
integram	um	estudo	da	Confederação	Nacional	da	 Indústria	 (CNI)	divulgado	nesta	terça-feira	
(11).	Em	2011	e	2013,	quando	um	levantamento	similar	foi	realizado,	66%	das	empresas	do	setor	
industrial	reclamavam	de	falta	de	trabalhadores	qualificados.	A	redução	na	fatia	das	fábricas	
que	diz	não	encontrar	mão	de	obra	qualificada	de	2011	para	cá	é	explicada	pela	crise	econômica,	
segundo	a	CNI.	Com	a	recessão	em	2015	e	2016	e	a	lenta	da	economia	nos	anos	seguintes,	muitas	
indústrias	reduziram	o	quadro	de	funcionários	e	deixaram	de	contratar.
Disponível	em:	https://g1.globo.com.	Acesso	em:	28/07/21
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/31/desemprego-fica-em-11percent-em-dezembro-diz-ibge.ghtml
09 • A importância da qualificação da mão de obra brasileira
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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TEXTO III
No	Brasil,	 o	ensino	 técnico	profissionalizante	—	aquele	 voltado	para	estudantes	de	nível	
médio	e	que	capacita	os	jovens	em	uma	profissão	—	sempre	foi	visto	com	certo	desdém.	
Por	muito	tempo,	vigorou	a	ideia	de	que	era	algo	destinado	às	classes	menos	favorecidas.	
Nos	tempos	do	Império,	escolas	técnicas	eram	vistas	como	uma	“benesse”	para	órfãos	de	
famílias	pobres	ou	crianças	com	alguma	deficiência	 física.	Durante	o	governo	de	Getúlio	
Vargas,	 a	 Reforma	 Capanema,	 liderada	 pelo	 ministro	 da	 Educação,	 Gustavo	 Capanema,	
fundou as bases do ensino industrial com a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial	 (Senai)	e	corroborou	a	 ideia	de	que	o	ensino	 técnico	era	“destinado	às	classes	
menos	favorecidas”.	Felizmente,	essa	visão,	aos	poucos,	vai	sendo	superada	—	e	o	Brasil	só	
tem	a	ganhar	com	isso.
Disponível	em:	https://exame.com/.	Acesso	em:	28/07/21
TEXTO IV
A	pandemia	gerou	um	quadro	heterogêneo	no	mercado	de	trabalho.	A	disparidade	não	se	
restringe	a	trabalhadores	no	setor	privado	versus	o	funcionalismo	–	este	preservado	na	crise.	
Há	também	diferenças	dentro	do	setor	privado,	de	acordo	com	a	carreira	e	o	grau	de	preparo	
da	mão	de	obra.	Pelo	grau	de	escolaridade,	nota-se	que	o	número	de	ocupados	com	maior	
instrução	(ensino	superior	completo	e	incompleto)	cresceu	1,8%	ante	recuo	de	12,4%	entre	
os	menos	instruídos	(ensino	fundamental	incompleto	em	diante);	e	houve	sensível	aumento	
do	rendimento	efetivo,	de	10%	ante	3,6%	na	média	dos	menos	escolarizados	–	segundo	a	
PNAD-IBGE.
Disponível	em:	https://oglobo.globo.com/.	Acesso	em:	28/07/21
https://exame.com/
09 • A importância da qualificação da mão de obra brasileira
25 REDAÇÕES NOTA 1000
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REDAÇÃO NOTA 1000
Na	obra	“Vigiar	e	Punir“,	do	filósofo	Michel	Foucault,	é	mostrada	a	relação	de	poder	
que	o	meio	tecnológico	exerce	sobre	os	indivíduos.	Entretanto,	apesar	das	evoluções	das	
máquinas	ainda	há	necessidade	de	mão	de	obra	humana	nas	fábricas,	principalmente	as	
mas	qualificadas.	No	Brasil,	as	taxas	de	desemprego	só	aumentam,	uma	vez	que	a	população	
tem	baixa	escolaridade	e	qualificação,	o	que	afeta	a	economia	em	um	panorama	geral.	Nesse	
sentido,	convém	analisarmos	as	principais	causas	e	consequências	desse	triste	fenômeno.
A	 partir	 desse	 contexto	 é	 nítida	 a	 negligência	 do	 Estado,	 que	 não	 fornece	 uma	
educação	de	qualidade	para	o	povo.	Segundo	o	site	de	notícias	UOL,	os	brasileiros	produzem	
quatro	vezes	menos	que	as	pessoas	dos	países	desenvolvidos,	isso	é	um	reflexo	da	falta	de	
qualificação	e	se	mostra	um	entrave	em	relação	ao	avanço	da	nossa	economia.	De	acordo	
com	o	romantista	Victor	Hugo,	quem	conduz	o	mundo	são	as	ideias	e	não	as	máquinas,	o	
que	revela	a	importância	da	competência	no	trabalho.
Além	disso,	essa	situação	gera	consequências	em	cadeia,	visto	que	sem	as	habilidades	
necessárias,	 o	 número	 de	 desempregados	 aumentam.	 Segundo	 o	 Instituto	 Brasileiro	 de	
Geografia	Estatística	(IBGE),	mais	de	13	milhões	de	brasileiros	estão	sem	trabalho	e	ainda	
assim	 as	 fábricas	 encontram	 dificuldades	 em	 contratar	 novos	 funcionários.	 Portanto,	
aprimorar	a	educação	e	a	qualificação	dessas	pessoas	irá	inverter	esse	crítico	cenário.
Diante	disso,	é	dever	do	Estado,	através	do	Ministério	da	Educação,	fornecer	uma	boa	
formação	aos	indivíduos	e	disponibilizar	cursos	—	para	aperfeiçoar	suas	habilidades	—	em	
todas	as	escolas.	Isso	por	meio	do	redirecionamento	do	dinheiro	dos	impostos,	que	serve	
para	atender	as	necessidades	da	população.	Espera-se,	assim,	reduzir	o	número	de	pessoas	
desempregadas	e	elevar	a	economia	do	país.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
Os Influenciadores digitais e a formação 
do jovem brasileiro10
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	escrita	formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“OS INFLUENCIADORES 
DIGITAIS E A FORMAÇÃO DO JOVEM BRASILEIRO”,	 apresentando	 proposta	 de	
intervenção,	que	respeite	os	direitos	humanos.	Selecione,	organize	e	relacione,	de	forma	
coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	para	defesa	de	seu	ponto	de	vista.
TEXTO I
A	cada	minuto	são	geradas	500	novas	horas	de	conteúdo	no	YouTube	mundial.	Não	se	sabe	
quanto	 dessa	 produção	 é	 brasileira.	 O	 Google,	 dono	 da	 plataforma,	 não	 divulga	 dados	
regionais,	mas	informa	que	o	país	ocupa	o	segundo	lugar	mundial	em	tempo	de	visualização	
de	vídeos	on-line,	atrás	apenas	dos	EUA.
Chamados	de	criadores	pelo	YouTube	e	de	influenciadores	digitais	pelo	mercado	(que	inclui	
também	instagramers,	 facebookers	e	afins),	os	produtores	de	conteúdo	digital	cresceram	
em	número	e	fama;	muitos	ganharam	status	de	celebridade.
O	fenômeno	ganhou	força	por	aqui	há	três	anos,	e	sua	curva	continua	ascendente.	Segundo	
a	Rede	Snack,	rede	multiplataforma	de	canais	reconhecida	e	homologada	pelo	YouTube,	há	
cerca	de	310	mil	canais	de	vídeo	on-line	no	país.
(Disponível	em:	http://temas.folha.uol.com.br/influenciadores-digitais/a-fama/brasil-so-perde-para-os-eua-
em-tempo-de-visualizacao-de-videos-on-line.shtml)
TEXTO II
Um	 rapaz	 chamado	 Júlio	Cocielo	decidiu	 falar	 sobre	o	 jogador	 francês	Mbappé,	 um	dos	
maiores	 destaques	 da	 Copa	 da	 Rússia.	 “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na 
praia hein”.	Sua	piada	grassou	as	redes	sociais	debaixo	de	uma	avalanche	de	acusações	de	
racismo.	A	bola	de	neve	aumentou	quando	“brincadeiras”	antigas	do	mocinho	começaram	
a	ser	desencavadas(...).	DEZESSEIS	MILHÕES	DE	SEGUIDORES.	A	repercussão	negativa	de	
seus	posts	racistas	chegaram	às	empresas	que	associaram	suas	marcas	a	ele:	Submarino,	
Coca-cola	 e	 Itaú	 emitiram	 declarações	 rompendo	 relações	 com	 o	 rapaz	 chamado	 Júlio	
Cocielo,	com	o	discurso	de	que	repudiam	discriminação	etc.
No	dia	 seguinte,	 a	 devassa	 continuou:	 outro	 “influenciador	 digital”,	 Cauê	Moura,	 perdeu	
seu	patrocínio	com	a	fintech	Warren	por	 tuítes	que	 faziam	graça	com	necrofilia,	estupro,	
homofobia,	 transfobia	 e,	 de	 novo,	 racismo.	 Porque,	 claro,	 a	 Warren	 repudia	 “todo	 e	
qualquer	discurso	de	ódio,	segregação,	machista	e	homofóbico”.	Graças	a	seu	comunicado	
oficial,	agora	sabemos	que	a	empresa	gosta	mesmo	é	de	“amor,	 respeito	e	união”,	 yeah.	 
Faz	tempo	que	eu	profetizo	que	o	período	de	glória	dos	influenciadores	digitais	vai	acabar	em	
escândalo.	Na	verdade,	nem	tanto	tempo	assim:	em	2017,	quando	a	Câmarados	Deputados	
aprovou	 a	 comercialização	 de	 remédios	 para	 emagrecer	 que	 a	 Anvisa	 afirma	 causarem	
10 • Os Influenciadores digitais e a formação do jovem brasileiro
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 34PROENEM.COM.BR
problemas	cardíacos.	Imaginei	aquela	youtuber	fitness	recebendo	um	caminhão	de	dinheiro	
para	fazer	“unboxing”	de	sibutramina,	aquela	fashion	discontroller	tomando	femproporex	
no	café	da	manhã	ou	aquele	xovem	youtuber	mergulhando	a	avó	numa	banheira	cheia	de	
anfepramona.	E	pessoas	morrendo	por	causa	de	sua	publicidade	disfarçada	de	conteúdo,	
de	sua	irresponsabilidade	para	com	o	que	produzem	e	a	relação	de	intimidade	devassada	
que	é	a	base	do	conteúdo	youtuber.
Mas	 parece	 que	 o	 escândalo	 está	 chegando	 de	 forma	 paulatina,	matando	 os	 peixes	 por	
aquilo	que	lhes	deram	fama:	a	“ousadia”,	a	“coragem”	de	falar	e	fazer	o	que	lhes	dá	na	telha,	
na	maior	veleidade	e	cara-de-pau.
Fica	claro	que	a	pretensa	“ousadia”	nada	mais	é	do	que	aquilo	que	há	20	anos	chamávamos	
de	“apelação”.	A	banheira	do	Gugu	de	ontem	é	o	banho	de	geleia	de	hoje.	A	“liberdade	de	
expressão”	de	hoje	é	o	Homem	do	Sapato	Branco	de	ontem.	O	merchan	durante	o	café	da	
manhã	da	novela	de	ontem	é	o	 “influenciador	digital”	 fazendo	 cara	de	 surpresa	 com	as	
porcarias	que	seu	patrocinador	lhe	enviou	hoje.	Mesmo	que	seja	ilegal,	como	a	publicidade	
para	crianças	feita	pelo	rei	dos	youtubers	brasileiros,	Felipe	Neto.	
(Disponível	em:	http://www.ricardoalexandre.jor.br/artigos/deu-ruim-para-os-influenciadores-digitais-e-vai-
piorar/)
TEXTO III 
Como ‘comportamento de manada’ permite manipulação da opinião pública por fakes
Juliana	GragnaniDa	BBC	Brasil	em	Londres
A estratégia que vem sendo usada por perfis falsos no Brasil e no mundo para influenciar 
a opinião pública nas redes sociais se aproveita de uma característica psicológica 
conhecida como “comportamento de manada”.
O	conceito	faz	referência	ao	comportamento	de	animais	que	se	juntam	para	se	proteger	ou	
fugir	de	um	predador.	Aplicado	aos	seres	humanos,	refere-se	à	tendência	das	pessoas	de	
seguirem	um	grande	influenciador	ou	mesmo	um	determinado	grupo,	sem	que	a	decisão	
passe,	necessariamente,	por	uma	reflexão	individual.
“Se	muitas	 pessoas	 compartilham	 uma	 ideia,	 outras	 tendem	 a	 segui-la.	 É	 semelhante	 à	
escolha	de	um	restaurante	quando	você	não	tem	informação.	Você	vê	que	um	está	vazio	
e	que	outro	tem	três	casais.	Escolhe	qual?	O	que	tem	gente.	Você	escolhe	porque	acredita	
que,	se	outros	já	escolheram,	deve	ter	algum	fundamento	nisso”,	diz	Fabrício	Benevenuto,	
professor	da	Universidade	Federal	de	Minas	Gerais	(UFMG),	sobre	a	atuação	de	usuários	nas	
redes	sociais.
Ele	estuda	desinformação	nas	 redes	e	 testou	sua	 teoria	com	um	experimento:	 controlou	
quais	comentários	apareciam	em	um	vídeo	do	YouTube	e	monitorou	a	reação	de	diferentes	
pessoas.
Quanto	mais	elas	eram	expostas	só	a	comentários	negativos,	mais	tendiam	a	ter	uma	reação	
negativa	em	relação	àquele	vídeo,	e	vice-versa.
“Um	vai	com	a	opinião	do	outro”,	conclui	Benevenuto.	Em	seu	experimento,	os	pesquisadores	
http://www.ricardoalexandre.jor.br/artigos/deu-ruim-para-os-influenciadores-digitais-e-vai-piorar/
http://www.ricardoalexandre.jor.br/artigos/deu-ruim-para-os-influenciadores-digitais-e-vai-piorar/
10 • Os Influenciadores digitais e a formação do jovem brasileiro
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 35PROENEM.COM.BR
chegaram	à	conclusão	de	que	a	influência	estava	também	ligada	a	níveis	de	escolaridade:	
quanto	menor	o	nível,	mais	fácil	era	ser	influenciado.
Disponível	em:	https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42243930
TEXTO IV
Disponível em: http://www.vendamais.com.br/investir-em-influenciadores-digitais-realmente-da-retorno/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42243930
10 • Os Influenciadores digitais e a formação do jovem brasileiro
25 REDAÇÕES NOTA 1000
VOLTAR AO SUMÁRIO 36PROENEM.COM.BR
REDAÇÃO NOTA 1000
A	 terceira	 revolução	 industrial,	 ou	 Revolução	 Técno-Informacional	 possibilitou	 o	
advento	 da	 internet	 junto	 as	 novas	 formas	 de	 comunicação.	 Apesar	 dessa	 tecnologia	
ter	 significado	 um	 avanço	 nas	 relações	 interpessoais,	 por	 ter	 aproximado	 as	 pessoas	
geograficamente	distantes,	nota-se,	hodiernamente	a	sua	 limitação	social,	em	virtude	do	
surgimento	de	influenciadores	digitais,	ou	seja,	formadores	de	opinião.	Essa	adversidade,	
além	de	abrir	caminho	para	uma	nova	forma	de	manipulação	mental,	mostra-se	perigosa	
para	os	jovens.	Logo,	convém	analisar	essa	conjuntura,	com	propósito	de	encontrar	soluções	
viáveis	para	questão.
De	antemão,	é	impreterível	enfatizar	que	os	influenciadores	digitais	são	direcionados	
pelas	grandes	marcas,	por	meio	de	altas	remunerações,	a	convencer	seu	público	a	escolher	
a	favor	delas.	Desse	modo	a	indústria	cultural,	de	acordo	com	a	teoria	dos	filósofos	Adorno	
e	Horkheimer,	tem	como	objetivo	manipular	o	pensamento	dos	indivíduos	e	impedir	que	
estes	desenvolvam	o	pensamento	crítico.	Por	essa	lógica,	a	ação	dos	formadores	de	opinião	
se	mostra	como	mais	uma	estratégia	por	parte	da	indústria,	para	vender	seus	produtos	e	
trazer	lucro	extra.	Com	isso,	as	pessoas	são	instigadas	a	consumirem	itens	desnecessários	
para	poder	sentirem-se	próximos	de	seus	influenciadores.
Ademais,	torna-se	fundamental	ressaltar	que	o	controle	de	opinião	só	é	possível	se	
os	seres	não	tiverem	capacidade	de	pensar	sozinhos.	Nesse	modo,	a	educação,	conforme	
a	teoria	de	Immanuel	Kant,	é	o	único	caminho	que	possibilita	a	criação	de	autonomia,	ou	
seja,	 conseguir	guiar-se	 sozinho	no	processo	de	 tomada	de	decisões.	Desse	 jeito,	a	 forte	
ação	dos	“digital	influencers”	sobre	jovens	evidencia	uma	falha	no	sistema	educacional	do	
país,	pois	esses	não	analisam	as	situações	e	se	deixam	levar	pela	decisão	das	massas.	Logo,	
caso	nenhuma	providência	seja	tomada,	a	sociedade	não	conseguirá	evoluir,	em	vista	que	o	
pensamento	crítico	de	será	característica	rara.
Depreende-se,	 portanto,	 a	 importância	 da	 educação	 para	 combater	 o	 impacto	 dos	
influenciadores	digitais	sobre	os	adolescentes.	A	fim	de	que	tal	fato	seja	concretizado,	é	dever	
do	Ministério	da	Educação	orientar	os	jovens,	por	intermédio	da	implementação	de	tópicos	
do	assunto	retratado	na	matéria	de	sociologia,	com	o	objetivo	de	evitar	a	dominação	mental	
exercida	pela	indústria	cultural	e,	por	conseguinte,	estimular	a	autonomia	estabelecida	pela	
teoria	Kantiana.
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25 REDAÇÕES NOTA 1000
11 A valorização da música popular brasileira
INSTRUÇÕES
A	 partir	 da	 leitura	 dos	 textos	 motivadores	 seguintes	 e	 com	 base	 nos	 conhecimentos	
construídos	 ao	 longo	 de	 sua	 formação,	 redija	 texto	 dissertativo-argumentativo	 na	
modalidade	escrita	formal	da	língua	portuguesa	sobre	o	tema	“A MÚSICA BRASILEIRA”,	
apresentando	 proposta	 de	 intervenção,	 que	 respeite	 os	 direitos	 humanos.	 Selecione,	
organize	e	relacione,	de	forma	coerente	e	coesa,	argumentos	e	fatos	para	defesa	de	seu	
ponto	de	vista.
TEXTO I
Uma rota musical para conhecer o Brasil e seus ritmos
O	 Brasil	 está	 longe	 de	 ser	 homogêneo.	 O	 país	 é	 um	 verdadeiro	 mosaico	 de	 diferentes	
vertentes	culturais	 influenciadas	por	muitos	povos.	E	 isso	pode	ser	ouvido	e	 sentido	em	
nossa	música.
Um	fato	curioso	é	que	alguns	estilos	são	tão	representativos	que	podem	ser	relacionados	
diretamente	 a	 determinada	 região.	 Com	 ajuda	 do	 pessoal	 da	 momondo,	 buscador	 de	
passagens	aéreas	e	reservas	de	hotéis,	listamos	oito	cidades	brasileiras	que	deixaram	sua	
assinatura	no	mundo	com	muita	melodia	e	ritmo.	Confira	abaixo:
Salvador (BA) – Axé
Uma	coisa	é	certa:	poucos	lugares	oferecem	tanta	energia	como	o	Pelourinho.	Local	bonito,	
cheio	de	história	e	agito,	é	o	rito	turístico	imperdível	para	quem	visita	a	região.
Foi	 em	pleno	 Carnaval	 de	 Salvador	 que	 nasceu	 o	 axé,	 espécie	 de	 assinatura	musical	 da	
cidade,	nos	anos	80.	Mesclando	ritmos	como	reggae,	forró,	maracatu	e	merengue,	explodiu	
na	década	seguinte,

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