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Parto e partograma Cíntia F. Casimiro Pelve materna Pelve verdadeira • Altura da apresentação – Plano de DeLee � Altura da apresentação – Plano de Hodge 1º plano : sínfise púbica até a junção da quinta vértebra lombar com o osso sacral (promontório);estreito superior da pelve. 2º plano : junção da segunda vértebra sacral à borda inferior da sínfise púbica. 3º plano : altura dos espinhos ciáticos. Espinhos ciáticos são duas proeminências dos ossos laterais da pelve. 4º plano : união do sacro com o cóccix. A partir daí, uma linha paralela é desenhada para todas as anteriores. Quando o feto atinge o 4º plano, está prestes a ser expulso. Situação fetal Apresentação fetal • Posição fetal - Apresentação de vértice – OCCÍPITO - Apresentação de face – MENTO - Apresentação pélvica – SACRO - Apresentação córmica – ACRÔMIO • Posição fetal R- DIREITO L - ESQUERDO Estágios do Trabalho de Parto • 1° Estágio (fase de dilatação 0 a 10cm) • 2° Estágio (Dilatação completa até o Nascimento) • 3° Estágio (Estágio Placentário) • Separação e expulsão da Placenta (Baudelocque – Schultze e Baudelocque – Ducan) • 4° Estágio (Pós-parto imediato 1 a 4 horas) • Sangramento pós-parto (Sinais de Choque) Estágios do Trabalho de Parto 1° Estágio (fase de dilatação 0 a 10cm) Primeira Fase (Fase Latente) • Os intervalos entre as contrações são de 10 a 15 min e a duração varia entre 15 e 20 s. • A dilatação do colo uterino encontra-se em até 4 cm, e o apagamento entre 60 e 70%. Segunda Fase (fase ativa) • Contrações tornam-se mais vigorosas e mais longas, aumentando para aproximadamente 30 a 40 s, resultando em uma dilatação de 8 cm e um apagamento a partir de 80% do colo do útero Terceira Fase (fase de transição) • Dilatação de 8 a 10 cm • Contrações ficam mais frequentes, mais intensas e mais longas, alcançando em média entre 45 e 90 s, com intervalos de 1 a 2 min entre as contrações. O colo uterino, em geral mostra-se com 100% de apagamento. 1º estágio Apagamento e Dilatação de primíparas Apagamento e Dilatação de multíparas Amniorrexe • Prematura: antes do início do trabalho de parto; • Precoce: início do trabalho de parto, na fase latente e ativa do primeiro estágio clínico do parto (dilatação); • Oportuna, quando ocorre na fase de transição; • Tardia: somente no momento da expulsão do feto. Amniotomia Ruptura artificial das membranas ovulares, também conhecida como "bolsa d’água”: O profissional poderá utilizar um instrumento próprio para perfurá-la, denominado amniótomo. • Líquido cristalino - indica prematuridade; • Líquido amarelo-pardo, com presença de grumos brancos -gestação a termo Fases mecânicas do parto 1 – Insinuação ou encaixamento Fases mecânicas do parto 2 – Descida da apresentação – polo cefálico atinge o estreito médio (espinhas isquiáticas) Fases mecânicas do parto 3 – Rotação interna da cabeça – menor diâmetro da cabeça para passar pelo estreito inferior Fases mecânicas do parto 4 – Deflexão da apresentação cefálica – occipício no púbis materno Fases mecânicas do parto 5 – Desprendimento da cabeça (face voltada as nádegas da mãe) Fases mecânicas do parto 6 – Rotação externa da cabeça – ombros diâmetro ântero- posterior (rotação interna das espáduas) Fases mecânicas do parto 7 – Desprendimento das espáduas Partograma Partograma • CONCEITO: gráfico no qual são anotadas a progressão do TP e as condições da mãe e do feto. • INDICAÇÔES: - Acompanhar a evolução do TP - Documentar o TP - Diagnosticar alterações no TP - Indicar a tomada de condutas apropriadas - Evitar intervenções desnecessárias Partograma • Iniciar preenchimento: FASE ATIVA DO TP – 4cm • A progressão da dilatação cervical na fase ativa do TP não deve ser mais lenta que 1cm/h Partograma • Movimento para a linha direita de alerta: necessidade de maior vigilância • Linha de ação: há necessidade de decisão específica de conduta Partograma • Linha de alerta • Linha de ação Partograma normal Partograma – iniciado na fase latente Partograma – Fase ativa prolongada • Dilatação lenta: <1 cm/h • Causa: falta de motor • Correção: emprego de técnicas humanizadas - Deambulação - Adm de ocitocina (posterior) - Rotura da membrana amniótica Partograma – Parada secundária da dilatação • Mesma dilatação após 2 toques com intervalo de pelo menos 2 horas • Causa principal: DCP absoluta ou relativa • DCP absoluta – P. Cesárea • DCP relativa (transverso, deflexão): • Correção da posição a apresentação - Deambulação - Rotura da membrana amniótica - Analgesia peridural *Desproporção céfalo-pélvica Partograma – Parto precipitado • Dilatação cervical, descida e expulsão do feto – em até 4 horas • Causa: descida e expulsão do feto abrupto / admin excessiva de ocitocina • Pode ocorrer lacerações no trajeto e sofrimento fetal - Suspende ocitocina - Atenção a vitalidade fetal - Revisão detalhada do canal de parto Claudete, nulípara, com 38 semanas de gestação apresentou fortes dores. Seu esposo à encaminhou para a maternidade, sendo examinada pelo plantonista às 06:00, o qual informou que a mesma apresentava um quadro de duas contrações uterinas efetivas em 10 minutos, com duração de 38 segundos, associadas a dilatação de dois centímetros do canal cervical. Na sala de pré-parto, a equipe de enfermagem era preparada para oferecer um suporte específico ao mesmo tempo em que se avaliava a progressão do trabalho de parto. Às 12:30, apresentava-se com seis centímetros de dilatação cervical, com o feto no plano -1 de De Lee. Foi iniciado algumas medidas não farmacológicas para dor, e após 1 hora o RN nasceu. • Quais as ações de enfermagem são realizadas durante o pré-parto? Realização de testes rápidos no momento da internação da gestante: HIV, sífilis, Hepatite B e Hepatite C. Anamnese, exame físico detalhado Definição da vitalidade e bem-estar fetal Definição da apresentação fetal (cefálico, pélvico, podálico, transverso) e insinuação Registrar os dados no prontuário Orientar a paciente e familiar sobre o trabalho de parto Familiar vai até o setor de internação para formalizar a admissão hospitalar; Quando não há acompanhante presente, a equipe de internação vem até o setor para recolher os dados necessários; Encaminhar a paciente e acompanhante para o leito • Quais as ações de enfermagem são realizadas durante o pré-parto? Fornecer para a gestante vestimenta folgada e limpa Sinais vitais são monitorizados de rotina a cada 1 ou 2 horas, ou antes se necessário Verificação do BCF a cada 30 minutos A cada 2 horas (120 minutos) é realizado dinâmica uterina – avaliação da contratilidade, intensidade e frequência das contrações Toque vaginal para avaliação da progressão é realizado a cada 2 horas O toque vaginal pode ser realizado antes se desejo da paciente, suspeita de dilatação completa Atentar para fatores e aparecimento de sinais de risco (sangramento importante, bradicardia fetal, taquicardia persistente, mal-estar, etc) Oferecer métodos não farmacológicos de alivio da dor, disponíveis na Instituição Quando possível oferecer alimentos líquidos durante todo o trabalho de parto ativo Caso clínico • Em que momento do caso clínico a paciente se encontrava em “pré- parto”? E corresponde a qual período clínico do parto? Justifique. • Cite as medidas não farmacológicas para dor durante o trabalho de parto? Quais seus benefícios? Obrigada!
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