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DOENÇA DE CHAGAS • Agente etiológico: Trypanossoma cruzi • Supergrupo excavata (possuem pelo menos uma fase flagelada) • Vetor: Barbeiro (ordem: hemíptero - classificação de inseto dele, gênero: triatomíneo) • Formas apresentadas: o Tripomastigota: forma infectiva, fica no sangue de forma extracelular. É metabolicamente ativa mas não se multiplica. o Amastigota: flagelo dentro do bolso flagelar e não projetado. É a forma de reprodução no hospedeiro e encontra-se de maneira intracelular. o Epimastigota: presente apenas no vetor, é a forma reprodutiva nele. • Transmissão: picada e raspado sanguíneo do barbeito (tripomastigota), transfusão sanguínea (tripomastigota), oral pela ingestão de alimentos associados ao barbeiro (teoria da ingestão de epimastigota que mata rápido). • Ciclo: o Nos humanos: o parasita entra no corpo pelo sangue na forma tripomastigota quando o barbeiro faz uma picada + raspado sanguíneo, emitindo fezes infectadas que vão para o orifício da picada. No sangue o parasita fica como tripomastigota no meio extracelular, até que vai para os tecidos para se multiplicar. Nos tecidos ele fica na forma amastigota de maneira intracelular para a multiplicação, que causa a lise das células infectadas liberando tripomastigota. Quando ocorre a lise da célula infectada, surgem danos que podem causar a lise de outras células. No lugar onde ocorreu a lise, o corpo pode reconstruir/regenerar o tecido (mantém a função tecidual), ou, geralmente quando o estrago é maior, fazer uma cicatrização, ou seja, coloca um novo tecido que acaba não tendo a mesma função que a original (fibrose), o que faz com que o resto do tecido fique sobrecarregado causando uma hipertrofia (aumento do tamanho do órgão e diminuição da funcionalidade). o No vetor (barbeiro): ele pega o parasita na forma tripomastigota presente no sangue de um humano infectado ao picar e fazer o raspado sanguíneo. Ele se transforma em epimastigota para a multiplicação, mas volta a ser tripomastigota para sair nas fezes. • Doença de Chagas Aguda: pode ser assintomática ou sintomática e geralmente tem parasitemia (parasita no sangue). o Manifestações clínicas: Sinal de Romanã (edema bipalpebral e unilateral), Chagoma de Inoculação (tumoração cutânea com hiperemia e dor), hepatomegalia, cardiopatia, esplenomegalia, febre. o Diagnóstico: exame de sangue ou imunológico (busca por IgM) • Doença de Chagas Crônica: pode ser assintomática ou sintomática e apresenta baixa ou nula parasitemia. o Manifestações clínicas: forma cardíaca: insuficiência cardíaca congestiva (devido a diminuição da massa muscular e substituição por fibrose, destruição do SNA simpático e parassimpático e lesão vorticilar ou aneurisma de ponta), fenômenos tromboembólicos (entupimento de veias causando infarto) e hipóxia. Forma digestiva: megaesôfago (disfagia: dificuldade de deglutição, odinofagia: deglutição dolorosa, dor retroesternal, regurgitação, pirose: queimação, soluço, tosse e sialose) e megacólon sigmóide e reto (obstrução intestinal, perfuração e peritonite). o Diagnóstico: exame imunológico (busca por IgG) ou HAI • Tratamento: praticamente ineficiente o Benzonidazol (age apenas nas formas sanguíneas então não impede o dano tecidual). o Nifurtimox (age principalmente contra os danos teciduais).
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