Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA CARDIOVASCULAR - coração Prof. Juliana Osório Alves (juosorio@gmail.com) Centro de Ciências da Saúde Curso de Graduação em Educação Física Disciplina: Fisiologia Humana 1 Sistema cardiovascular Principal função Entrega de sangue aos tecidos; Fornecimento de nutrientes; Remoção de produtos metabólicos indesejáveis (ex. CO2); Outras funções Transporte de hormônios Glândulas endrócinas → células-alvo Transporte de células de defesas e anticorpos; Manutenção da temperatura corporal 2 Sistema cardiovascular Coração (bomba) → contração → propele sangue pelos vasos sanguíneos; Componentes principais Coração; Vasos sanguíneos; Artérias (coração tecidos); Veias (tecidos coração); Capilares (entre as células dos tecidos; trocas); sangue sangue Coração Órgão muscular oco que funciona como bomba contrátil propulsora; Duas bombas separadas – coração direito e esquerdo Coração direito – bombeia sangue para os pulmões Coração esquerdo – bombeia sangue para os outros órgãos Constituído por tecido muscular estriado cardíaco Miocárdio Possui 4 cavidades internas Câmaras cardíacas Câmaras superiores – átrios Câmaras inferiores - ventrículos 4 Coração Câmaras cardíacas Parede dos ventrículos é bem mais espessa que a dos átrios; Átrios bombeiam sangue para os ventrículos; Ventrículos bombeiam sangue Para a circulação pulmonar (VD); Para circulação sistêmica (VE); Coração Impulsionado pelo ventrículo direito, o sangue vai aos pulmões para ser oxigenado, de onde retorna ao coração; Circulação pulmonar (ou pequena circulação) Coração → pulmão → coração Impulsionado pelo ventrículo esquerdo, o sangue vai a todos os sistemas corporais, de onde novamente retorna ao coração; Circulação sistêmica (ou grande circulação) Coração → sistemas corporais → circulação Coração Presença das valvas atrioventriculares – evita o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios; Entre átrio esquerdo e ventrículo esquerdo - valva bicúspide ou mitral; Entre átrio direito e ventrículo esquerdo – valva tricúspide; 7 Coração O sangue chega ao coração pelas veias Veias cavas superior e inferior (átrio direito); Veias pulmonares (átrio esquerdo); O sangue sai do coração por grandes artérias Artéria pulmonar (ventrículo direito) → pulmões; Artéria aorta (ventrículo esquerdo) → demais partes do corpo; Presença das valvas semilunares Valva aórtica e Valva pulmonar Impede o refluxo de sangue da aorta e artéria pulmonar para os ventrículos; 8 Coração Circulação do sangue pelo coração Sangue proveniente do CORPO → ÁTRIO DIREITO (veias cavas sup. e inf.) → VENTRÍCULO DIREITO → artéria pulmonar → PULMÕES → trocas gasosas → sangue oxigenado → ÁTRIO ESQUERDO (veias pulmonares) → VENTRÍCULO ESQUERDO → artéria aorta → TECIDOS DO CORPO; Coração O movimento do sangue é mantido principalmente pelos movimentos rítmicos do coração Câmaras cardíacas se contraem e se relaxam alternadamente; Contração da câmara cardíaca – sístole (sístoles atriais e ventriculares) Câmara cardíaca bombeia o sangue Relaxamento das câmara cardíaca – diástole (diástoles atriais e ventriculares) Câmara cardíaca se enche de sangue Ciclo cardíaco Conjunto de eventos cardíacos que ocorrem entre o início de um batimento cardíaco e o início do próximo; Fases – sístole e diástole Átrios se contraem antes da contração ventricular, bombeando sangue para o interior dos ventrículos antes de começar a forte contração ventricular; Ventrículos propelem o sangue para o corpo; Dura cerca de 0,8s; Ciclo cardíaco Fases do ciclo Sístole atrial Válvula atrioventricular está aberta; Cerca de 80% do sangue flui diretamente do átrio para o ventrículo, mesmo antes da contração atrial; A contração representa os 20% adicionais para acabar de encher o ventrículo; Enchimento ventricular (válvula aórtica está fechada); Ciclo cardíaco Fases do ciclo (continuação) Sístole atrial Enchimento ventricular (válvula aórtica está fechada); Contração isovolumétrica ventricular A pressão no ventrículo é superior a do átrio – válvula atrioventricular se fecha; O ventrículo está cheio de sangue e começa a se contrair; É necessário um período (0,02 a 0,03s) para que o ventrículo gere pressão suficiente para empurrar e abrir as válvulas semilunares (aórtica e pulmonar); Nesse período os ventrículos estão se contraindo, mas não estão se esvaziando – contração isovolumétrica 15 Ciclo cardíaco Fases do ciclo (continuação) Sístole atrial; Enchimento ventricular; Contração isovolumétrica ventricular; Período de ejeção ventricular A pressão no interior do ventrículo aumenta - abertura das válvulas semilunares (aórtica e pulmonar); Sangue começa a ser lançado nas artérias, sendo que 70% do seu esvaziamento ocorre rapidamente (período de ejeção rápida) e 30% ocorre mais lentamente (período de ejeção lenta); 16 Ciclo cardíaco Fases do ciclo (continuação) Sístole atrial; Enchimento ventricular; Contração isovolumétrica ventricular; Período de ejeção ventricular; Relaxamento isovolumétrico ventricular Fechamento das válvulas semilunares; Válvulas atrioventriculares e semilunares estão fechadas; Relaxamento do ventrículo sem ocorrer variação de volume – relaxamento isovolumétrico; Ciclo cardíaco Fases do ciclo (continuação) Sístole atrial; Enchimento ventricular; Contração isovolumétrica ventricular; Período de ejeção ventricular; Relaxamento isovolumétrico ventricular; Enchimento ventricular A pressão no ventrículo é inferior a do átrio - válvulas atrioventriculares se abrem; Cerca de 80% do sangue flui diretamente do átrio para o ventrículo, mesmo antes da contração atrial; Sístole atrial Ciclo cardíaco Enchimento passivo e sístol atrial 19 Ciclo cardíaco 20 Relação entre os sons cardíacos e o bombeamento cardíaco Ao auscultar o coração com um estetoscópio Não se ouve abertura das valvas; Quando as valvas se fecham – produção de sons cardíacos (ou bulhas cardíacas) 1º som cardíaco (ou 1ª bulha) – quando os ventrículos se contraem e ocorre o fechamento das valvas A-V; timbre baixo e duração mais longa; 2º som cardíaco (ou 2ª bulha) – ao final da sístole, quando as valvas aórtica e pulmonar se fecham; rápido estalido 21 Ciclo cardíaco Eventos que ocorrem no lado esquerdo do coração Propriedades elétricas do coração As células do coração são excitáveis e geram potenciais de ação; Esses potenciais promovem a contração e, assim, o ritmo cardíaco Para funcionar como bomba o coração (em especial os ventrículos) devem ser eletricamente ativados e, a seguir, contraírem; No músculo cardíaco, a ativação elétrica é o potencial de ação cardíaco; Inicia-se no nodo sinoatrial (AS) → conduzido para todo o miocárdio numa sequencia temporal (átrios são ativados e se contraem antes dos ventrículos); 23 Origem e propagação da excitação dentro do coração Tecidos de condução elétrica do coração Rede de fibras que permitem a condução ordenada do potencial de ação (PA) para diferentes áreas do coração; Nodo sinoatrial (AS) Nodo atrioventricular (AV); Feixe de His; Fibras de Purkinje; Tecidos de condução elétrica do coração Nodo sinoatrial (AS) Normalmente é o local de geração do potencial de ação cardíaco; Atua como marca-passo cardíaco; Capacidade de auto-excitação; Inicia a distribuição dos potenciais de ação pelos átrios que se propagam através das vias internodais dos átrios; Nodo atrioventricular (AV) A velocidade de condução pelo nodo AV é menor do que nos outros tecidos cardíacos – condução lenta; Assegura que os ventrículos tenham tempo suficiente para se encher de sangue antes de serem ativados e se contraírem; 25 Tecidos de condução elétrica do coração Feixe de His e Fibras de Purkinje Do nodo AV, o potencial de ação é levado para o Feixe de His → invade os ramos direito e esquerdo do feixe → feixes menores das Fibras de Purkinje; Condução pelo sistema His-Purkinjeé muito rápida; Distribui rapidamente os potenciais de ação aos ventrículos; Resumo dos eventos Nodo AS (PA gerado de maneira espontânea) Vias internodais dos átrios Nodo AV (condução lenta) Sistema His-Punkinje Tecidos de condução elétrica do coração Resumo da dispersão do impulso cardíaco ao longo do coração O impulso tem origem espontânea no nodo SA; Espalha-se com velocidade moderada pelos átrios; Tem retardo de mais de 0,1s na região do nodo AV, antes de atingir o feixe de His no septo; Atingido o feixe de His, o impulso se espalha, muito rapidamente, por meio das fibras de Purkinje , para os ventrículos; 28 Potenciais de ação no músculo cardíaco Dois tipos de potencial de ação Resposta rápida Fibras de Purkinje e miócitos atriais e ventriculares; Negatividade de -85 a -90mV 5 fases específicas; Resposta lenta Nodo SA e nodo AV; Capacidade de gerar potenciais de ação espontaneamente Negatividade de -55 a -60mV 3 fases específicas; As várias fases do potencial de ação cardíaco estão associadas às variações da permeabilidade da membrana celular, principalmente para os íons Na+, K+ e Ca2+; 29 Potenciais de ação no músculo cardíaco Resposta rápida Fibras de Purkinje e miócitos atriais e ventriculares; 5 fases específicas Fase 0 – despolarização; Fase 1 – repolarização inicial; Fase 2 – platô; Fase 3 – repolarização; Fase 4 – repouso; Potenciais de ação no músculo cardíaco Resposta rápida – principais eventos Fase 0 – despolarização; Abertura de canais rápidos de Na+; Fase 1 – repolarização inicial; Inativação dos canais de Na+; Abertura de canais de K+; Fase 2 – platô; Abertura dos canais de Ca+2 tipo L; Continuação da atividade dos canais de K+; Corrente de entrada de Ca+2 é equilibrada pela corrente de saída de K+ Fase 3 – repolarização; Inativação dos canais de Ca+2; Permanecem ativos os canais de K+; Fase 4 – repouso; Potencial de membrana retorna às condições normais; 31 Potenciais de ação no músculo cardíaco Resposta rápida – principais eventos Potenciais de ação no músculo cardíaco Resposta lenta Nodo SA e Nodo AV; 3 fases específicas Fase 0 – despolarização; Fase 1 – repolarização inicial; Fase 2 – platô; Fase 3 – repolarização da membrana; Fase 4 – despolarização espontânea; Potenciais de ação no músculo cardíaco Resposta lenta – principais eventos no nodo SA Fase 0 – despolarização; Abertura de canais de Ca+2; Fase 3 – repolarização; Inativação dos canais de Ca+2; Abertura de canais de K+; Fase 4 – despolarização espontânea Quando o potencial de membrana está negativo (cerca de -65mv) Despolarização causada pela abertura de canais lentos de Na+, levando o potencial de membrana até o limiar (-55mv) Responsável pela automaticidade do nodo SA; OBRIGADA!!!!!
Compartilhar