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Introdução à Microbiologia Clínica Fases do Ciclo Diagnóstico: • Fase Pré-analítica: Começa na coleta de material, Seja ela feita pelo paciente (urina, fezes e escarro)/seja feita no ambiente laboratorial; • Coleta • Transporte • Fase analítica: Corresponde à etapa de execução do teste propriamente dita; • Fase pós-analítica : Inicia-se no laboratório clínico e envolve os processos de validação e liberação de laudos, encerrando-se após o médico receber o resultado final, interpretá-lo e tomar sua decisão. COLETA, TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO DE AMOSTRA Todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é consequência da qualidade da amostra recebida; A coleta e o transporte inadequados podem ocasionar falhas no isolamento do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante, induzindo a um tratamento não apropriado; Portanto, procedimentos adequados de coleta devem ser adotados para evitar o isolamento de um “falso” agente etiológico, resultando numa orientação terapêutica inadequada; O profissional responsável pela coleta será também responsável por identificar de forma legível e correta o material a ser encaminhado ao laboratório de microbiologia. COLETA, TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO DE AMOSTRA Na amostra devem estar identificados: Nome e registro do paciente (se for o caso); Leito ou ambulatório e especialidade Material colhido Data, hora e quem realizou a coleta Considerações gerais da coleta microbiológica Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível; Instruir claramente o paciente sobre o procedimento; Observar a antissepsia na coleta de todos os materiais clínicos; Colher do local onde o microrganismo suspeito tenha maior probabilidade de ser isolado; Considerar o estágio da doença na escolha do material: ex. Patógenos entéricos causadores de diarreia, estão presentes em maior quantidade e são mais facilmente isolados durante a fase aguda ou diarreica do processo infeccioso intestinal. Considerações de segurança Utilizar as barreiras de proteção necessárias a cada procedimento; Toda amostra deve ser tratada como potencialmente patogênica; Usar frascos e meios de transporte apropriados; Não contaminar a superfície externa do frasco de coleta e verificar se ele está firmemente vedado: caso ocorram respingos ou contaminação na parte externa do frasco, fazer descontaminação com álcool 70% ou outra solução descontaminante disponível; Não contaminar a requisição médica que acompanha o material; As amostras deverão ser transportadas em sacos plásticos fechados; Identificar claramente a amostra coletada, com todos os dados necessários; Colocar a identificação no frasco de coleta e nunca na tampa ou sobre rótulos; Encaminhar os materiais imediatamente ao laboratório. TRANSPORTE DAS AMOSTRAS Transportar as amostras IMEDIATAMENTE ao laboratório para: Assegurar a sobrevivência e isolamento do microrganismo, pois o laboratório de microbiologia trabalha basicamente em função da viabilidade dos microrganismos; Evitar o contato prolongado dos microorganismos com anestésicos utilizados durante a coleta, pois eles poderão exercer atividade bactericida; Evitar erros de interpretação nas culturas quantitativas; Consultar o laboratório para verificar a disponibilidade dos meios de transporte. Principais erros de identificação Discrepância entre a identificação da amostra e o pedido médico; Falta de identificação da amostra; ƒOrigem da amostra ou tipo de amostra não identificada; Teste a ser realizado não especificado; Amostras Inadequadas; Material clínico recebido em solução de fixação (formalina); Material conservado inadequadamente com relação a temperatura (urinas colhidas por mais de 24 horas, que ficaram guardadas em geladeira, ou colhidas há mais de duas horas, sem refrigeração); Frascos não estéreis; Presença de vazamentos, frascos quebrados ou sem tampa, com contaminação na superfície externa; Mais de uma amostra de urina, fezes, escarro e ferida colhida no mesmo dia e da mesma origem; Swab único com múltiplas requisições de testes microbiológicos; Swab seco; Amostras com as características acima descritas são inadequadas e demandam um contato prévio com o médico solicitante para melhores esclarecimentos. Principais erros de identificação HEMOCULTURAS Lavar as mão e EPI; Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer assepsia prévia nas tampas com álcool 70%; Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia adequada. Esta área não deverá mais ser tocada com os dedos; Fazer a antissepsia com álcool 70% - de forma circular e de dentro para fora e solução de iodo (1% a 2%); Coletar a quantidade de sangue e o número de amostras recomendados de acordo com as orientações descritas ou se discriminadas no pedido médico; Remover o iodo do braço do paciente com álcool 70% para evitar reação alérgica; Identificar cada frasco com todas as informações padronizadas e enviar ao laboratório juntamente com a solicitação médica devidamente preenchida. HEMOCULTURA Amostra - 10% do volume do frasco de coleta; ANVISA – frascos que permitem a coleta de 10mL; anticoagulante recomendado é o SPS (Polianetolsulfonato sódico) ; Número de frascos varia de acordo com a Patologia; - 3 culturas (coletas #) bacteremia ou endocardite microbiana Crianças - Coletar amostras com 0,5 ml a 3 ml - 2 culturas para diagnóstico de bacteremias em recém- nascidos. HEMOCULTURA INSTRUÇÕES PARA PONTA DE CATETER INTRAVASCULAR Mesma assepsia para retirada; Manusear assepticamente; Cortar ~ 5 cm do cateter; Colocar em frasco estéril contendo meio de cultura. Não é considerado ideal para avaliação microbiológica do trato respiratório hemocultura, lavado brônquico ou aspirado transtraqueal podem fornecer resultados mais confiáveis (equipe médica). Coletar escarro – não saliva; ESCARRO Tuberculose Aspirado traqueal e secreção obtida por broncoscopia: Procedimento realizado por médico treinado. O material colhido deve ser colocado em recipiente estéril. Lavado Bronquio-Alveolar - Utilizado para obtenção etiológica das pneumonias associadas a ventilação mecânica e em paciente imunodeprimidos, sendo considerado o método mais fidedigno para investigação microbiológica do trato respiratório inferior. Coletar com “swab” estéril; Fazer esfregaços sobre as amígdalas e faringe posterior, evitando tocar na língua e na mucosa bucal – a contaminação com saliva, que contém uma flora bacteriana variada, pode dificultar o isolamento do verdadeiro agente infeccioso; Procurar o material nas áreas com hiperemia próximas aos pontos de supuração ou remover o pus ou a placa, colhendo o material abaixo da mucosa – coletar da área inflamada; Colher dois swabs. Mergulhar o “swab” umedecido em salina estéril e enviar o tubo ao laboratório; MUCOSA ORAL E OROFARINGE Swab Promover a antissepsia com álcool 70%, iodo; Punção percutânea ou cirúrgica - Procedimento realizado por médicos; Direto no frasco de hemocultura ou em frasco estéril. INSTRUÇÕES PARA FLUIDOS ORGÂNICOS ESTÉREIS (Líquidos: Pleural, Ascítico, Biliar, de Articulações e outros) Procedimento realizado por equipe médica especializada. Fazer assepsia rigorosa no local da punção; Recomenda-se jejum; Caso a coleta permita somente a disponibilidade de um tubo, o laboratório de microbiologia deverá ser o primeiro a manipulá-lo; Caso haja coleta de dois ou mais tubos, o Laboratório de Microbiologiadeverá ficar com o tubo que contiver menos sangue; Ao transportar a amostra, nunca refrigerar – imediatamente para o laboratório. LÍQUOR O termo “secreção de ferida” não é apropriado como informação da origem do material coletado – definir o sítio anatômico; Descontaminação das margens e superfície da lesão - solução de povidine iodine (PVPI) e soro fisiológico; Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida - aspirado com seringa e agulha – ou seringa de insulina; Swabs (menos recomendados) serão utilizados quando outros procedimentos não forem possíveis. INSTRUÇÕES PARA FERIDAS, ABSCESSOS E EXSUDATOS Antissepsia com álcool 70% e iodo; Coletar amostra de punção de biópsia (3 mm a 4 mm) para cultura; Colocar num recipiente estéril contendo NaCl 0,85% estéril (solução fisiológica) ou recipiente com meio de cultura líquido fornecido pelo laboratório; Não usar formalina. INSTRUÇÕES PARA AMOSTRAS DE TECIDO SUBCUTÂNEO E AMOSTRAS DE PELE Staphylococcus aureus - Osteomielite/pé diabético - Professor, Department of Medicine, University of Washington. INSTRUÇÕES PARA LESÕES SUPERFICIAIS - coleta para fungos - micológico direto Limpar a superfície com água destilada ou soro fisiológico estéreis; não utilizar iodo; Usando um bisturi, raspar as bordas da lesão; Amostra do couro cabeludo inclui cabelo, que é seletivamente coletado para exame; Amostra de unha - obter raspado e/ou material abaixo da unha; Os materiais obtidos podem ser colocados em placa de Petri estéril e identificados separadamente para cada sítio a ser investigado (por exemplo, unha da mão direita, raspado do pé esquerdo, raspado da região plantar, etc.). INSTRUÇÕES PARA SECREÇÃO DE OUVIDO Procedimento realizado por médico. Enviar ao laboratório no meio de transporte (Stuart). INSTRUÇÕES PARA SECREÇÃO OCULAR Antes da aplicação de antibióticos, soluções, colírios ou outros medicamentos; Desprezar a secreção purulenta superficial e, com swab colher o material da parte interna da pálpebra inferior; Identificar corretamente a amostra e enviar imediatamente ao laboratório, evitando a excessiva secagem do material. INSTRUÇÕES PARA MATERIAL GENITAL Preparo da paciente: Recomenda-se: Não estar menstruada; Evitar ducha e cremes vaginais na véspera da coleta; Três dias de abstinência sexual. Coleta realizada pelo médico – espéculo. INSTRUÇÕES PARA MATERIAL GENITAL INSTRUÇÕES PARA MATERIAL GENITAL INSTRUÇÕES PARA MATERIAL GENITAL Secreção Uretral N. gonorrhoeae - muito sensível e pode morrer rapidamente se não for semeada imediatamente após a coleta; Desprezar as primeiras gotas da secreção; Coletar a secreção purulenta, de preferência pela manhã, antes da primeira micção ou há pelo menos duas horas ou mais, sem ter urinado; Coletar com alça bacteriológica descartável ou swab estéril fino; Colocar a amostra em meio de transporte e realizar as lâminas para bacterioscopia da secreção fresca; Encaminhar imediatamente para o laboratório. INSTRUÇÕES PARA MATERIAL GENITAL Inserir o swab cerca de 1 cm do canal anal e fazer movimentos de lado a lado para coletar material; Colocar a amostra em meio de transporte e enviar o swab imediatamente ao laboratório. INSTRUÇÕES PARA SECREÇÃO ANAL Fazer limpeza prévia da região perineal com água e sabão, desprezar o primeiro jato de urina da manhã, e colher 3 a 5 ml de urina em tubo de ensaio estéril; Em crianças - lactentes – usar o saco coletor (trocar de 30 e 30 minutos); INSTRUÇÕES PARA URINA • Fazer lavagem prévia da região anal com água e sabão, coletar porções de fezes em recipiente estéril com tampa ou “swab” anal, mergulhar o “swab” em salina estéril e enviar o tubo ao laboratório. INSTRUÇÕES PARA FEZES QUAL O TEMPO MÁXIMO PERMITIDO ENTRE A COLETA E O PROCESSAMENTO INICIAL DE MATERIAIS COLETADOS PARA EXAMES MICROBIOLÓGICOS? A definição do tempo máximo permitido entre a coleta e o processamento de um determinado material clínico é um fator importante para um resultado confiável do exame; A temperatura de transporte é outro fator importante; Amostras de secreções do trato respiratório inferior, entre outras, são consideradas de urgência e devem ser processadas o mais rápido possível. Transporte Swab para Coleta e Transporte de Amostras com Meio AMIES com Carvão Estéril coletas em orofaringe, secreções, pele e feridas. Coleta de amostras da garganta, secreções vaginais, pele e feridas. Swab para Coleta e Transporte de Amostras com Meio STUART Estéril Fase Analítica • Seleção de meios de cultura primários; • Transferência e cultura das amostras clinicas; • Interpretação das culturas e análise dos resultados. MEIO DE CULTURA Conjunto de substâncias, formuladas de maneira adequada, capazes de promover o crescimento bacteriano, em condições laboratoriais; Para isso um meio de cultura necessita conter características básicas que incluem: Fonte de carbono e nitrogênio; Fonte de energia - carboidratos; Sais minerais; Fatores de crescimento; Indicadores de pH; Inibidores; Condições Físicas; Esterilização. Líquidos – Também chamados de caldos; Crescimento indiscriminado com turvação do meio; Sólidos - Produzidos com o acréscimo de ágar ao meio líquido; Crescimentos de colônias isoladas, muito utilizado para culturas puras; Semi-sólidos – Adição de menor quantidade de ágar, Mobilidade bacteriana – série de provas bioquímicas. MEIO DE CULTURA Estado físico MEIO DE CULTURA Geralmente líquido, de composição química rica em nutrientes, com a finalidade de permitir que as bactérias contidas em uma amostra clínica aumentem em número. Ex.: Caldo Brain Heart Infusion (BHI) e Caldo Tetrationato. Classificação dos meio de cultura 1. Meio de Enriquecimento: Peptona de caseína: 2,5 g/L; (FN) Peptona de carne: 2,5 g/L; Sais biliares: 1 g/L; Carbonato de cálcio: 10 g/L; Tiossulfato de sódio: 30 g/L; Água purificada: 1000mL Classificação dos meio de cultura Caldo Tetrationato 1. Meio de Enriquecimento: Consiste em um meio pouco nutriente; Geralmente mantém o pH favorável, previne a desidratação de secreções durante o transporte e evita a oxidação (agente redutor) e autodestruição enzimática dos patógenos presentes. Ex.: Meio de Stuart, Meio de Cary-Blair e Caldo Tioglicolato. 2. Meio de Transporte: 3. Meio Seletivo A finalidade deste tipo de meio é selecionar as espécies que se deseja isolar e impedir o desenvolvimento de outros microrganismos (adição de corantes, antibióticos e outras substâncias com capacidade inibitória para alguns microrganismos. Ex.: Agar Manitol Salgado e Agar SS Ágar SS - Tissulfato de sódio e o citrato férrico – H2S Possibilita a distinção entre vários gêneros e espécies de microrganismos, por possuir substâncias que permitem uma diferenciação presuntiva, evidenciada na mudança de coloração ou na morfologia das colônias. Enterobactérias e outros bacilos Gram negativos Ex.: Agar Eosin Methilene Blue (EMB), Agar McConkey e Agar Hektoen Inibe o crescimento de G+ Cor verde: fermentação da lactose e/ou sacarose 4. Meio Diferencial Agar McConkey Agar Hektoen Seletivo: inibem o crescimento das bact. G+ É utilizado no estudo das propriedades bioquímicas das bactérias, auxiliando, assim, sua identificação; O mais simples é aquele usado no estudo das reações de fermentação; Ex.: Agar Triple Sugar Iron (TSI) e Agar Citrato de Simmons 5. Meio Indicador Indicador de pH – azul de bromotimol - A mudança da cor verde para azul- indica que o microrganismo utiliza o citrato como fonte de carbono. Agar Citrato de Simmons A escolha dos meios de cultura, para o processamento inicial das amostras é muito importante e está condicionada à flora patogênica desse local; Em geral é usado mais de um tipo de meio, no sentido de fornecer condições de crescimento a todos os patógenos possíveis de estarem presentes; Para cada caso em particular, existem os meios utilizados rotineiramente na semeadura primária; SELEÇÃO DOS MEIOS DE CULTURA Atualmente, o procedimento mais utilizado é a aquisição de meios pré- fabricados e fornecidos de forma desidratada, onde é necessário apenas a pesagem criteriosa da quantidade necessária ao volume desejado, seguido de dissolução e esterilização... SELEÇÃO DOS MEIOS DE CULTURA Meio de cultura não seletivos • Crescimento: • Ágar chocolate • Ágar sangue • Ágar Cled • Ágar Mueller Hinton Meios não seletivos • Ágar chocolate • meio nutritivo para a maioria bactérias • Adicionado sangue de cavalo, carneiro ou coelho em temperatura alta, o que faz com que as hemácias lisem, liberando hematina. • Crescimento de microrganismos exigentes Haemophilus spp., Neisseria spp., Moraxella spp. , etc. • Ágar sangue: • meio não seletivo, crescimento de bactérias gram – e + • Cled- Ágar cystine lactose eletrolyte deficient: • meio que permite o crescimento de gram+ e gram- . • Ágar Mueller-Hinton: • Meio de cultura microbiológico (Neisseria spp.) e freqüentemente usado para testes de susceptibilidade antimicrobiana. Meio de cultura seletivos • Ágar Manitol • Ágar Mac Conkey, EMB • Ágar Salmomella Shigella • Ágar Sabouraud • Ágar Bili-Esculina • Ágar Dnase • Ágar TSI • Ágar Lowestein Jensen Meios de cultura seletivos • Ágar Manitol – isolamento de Staphylococcus aureus • Ágar Mac Conkey, EMB • Crescimento de bactérias Gram negativas e indicar a fermentação de lactose • Ágar Salmomella Shigella • Ágar Sabouraud - Identificação de fungos patogênicos e leveduras. • Ágar Bili-Esculina - Isolamento e identificação de estreptococos. • Ágar Dnase - Recomendado para a detecção da atividade desoxiribonuclease de bactérias e fungos. Staphylococcus aureus. • Ágar TSI - Diferenciação de patógenos entéricos (E. coli) pela capacidade de determinar a fermentação do carboidrato. • Ágar Lowestein Jensen - Mycobacterium tuberculosis Caldos • Caldo tetrationato • Caldo selenito • Caldo nitrato • Caldo malonato • Caldo triptona e SIM • Caldo BHI Caldos • Caldo tetrationato • Meio de enriquecimento para uso com Salmonella spp.- • Caldo selenito. • Diferenciar e identificar vários tipos de bactérias especialmente a família Enterobacteriaceae. Inibem coliformes e outras espécies da flora intestinal como estreptococos. • Caldo malonato • Usado para a diferenciação de bactérias gram-negativas com base na habilidade de utilizar malonato e produzir ácido pirúvico. • Caldo triptona e SIM. • Diferenciar gêneros e espécies de enterobactérias, não fermentadores. • Caldo BHI. • Caldo infusão de cerebro e coração e um meio altamente nutritivo empregado para a propagação de cocos. Meios de cultura para transporte e conservação Ágar Nutriente Salina tamponada Cary Blair Meio Stuart Água peptonada • Lag: período variável, onde ainda não há um aumento significativo da população. • Log ou exponencial: nesta etapa, as células estão plenamente adaptadas, absorvendo os nutrientes, sintetizando seus constituintes, crescendo e se duplicando. A taxa de crescimento exponencial é variável, de acordo com o tempo de geração do organismo em questão. • Estacionária: Nesta fase, os nutrientes estão escasseando e os produtos tóxicos estão tornando-se mais abundantes. Nesta etapa não há um crescimento líquido da população, ou seja, o número de células que se divide é equivalente ao número de células que morrem. • Declínio: A maioria das células está em processo de morte Cultura das amostras clínicas: Padrão de estriamento para obtenção de UFC isoladas e puras A cada novo espalhamento, que deve ser feito girando a placa a 90 graus, a alça deverá ser esterilizada para a diluição do inóculo na superfície do meio Padrão de estriamento para realização de contagem semiquantitativa das bactérias Inoculação em meio líquido Inoculação em tubo Avaliação das colônias • Tamanho: diâmetro em milímetros • Forma • Elevação • Margem • Cor: branca, amarela, preta, camurça, laranja... • Superfície: brilhante, opaca... • Densidade: opaca, translúcida, transparente • Consistência: viscosa, membranosa... Avaliação das colônias • Odores: • tênis sujo (citrobacter spp.), • pútrido ( Clostridium difficile), • pêlo molhado ( Haemophillus spp), • chocolate queimado ( Proteus spp) • Mudanças de cor no meio: indicadores de pH Avaliação das colônias Avaliação das colônias Avaliação das colônias Uso de corantes biológicos • Coloração de Gram - bacterioscopia • Coloração ácido resistente • Coloração fluorescente (UV) – fluorocromos (ag/ac) • Laranja de acridina • Azul de Toluidina – biópsia de pulmão e secreções respiratórias Identificação de cocos gram positivos Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes Identificação de cocos Gram+ Staphylococcus Streptococcus S. aureus S. pyogenes S. epidermidis S. agalactiae S. saprophiticus S. pneumoniae S. haemolyticus S. bovis S. lugdunensis S. viridans Enterococcus Staphylococcus aureus • Uma das espécies patogênicas mais comuns, sendo a mais virulenta espécie do seu gênero. • Cresce bem em ambientes salinos. • Cerca de 15% dos individuos são portadores de S.aureus, na pele ou nasofaringe. A infecção é frequentemente causada por pequenos cortes na pele. • As toxinas são proteínas produzidas e secretadas ou expostas à superficie pela bactéria cuja atividade é destrutiva para as células humanas. Doenças causadas pelo S.aureus • Síndrome de choque tóxico • Gastroenterite estafilocócica • Síndrome de pele escaldada estafilocócica • Impetigo • Foliculite e celulite • Endocardite • Osteomielite: infecção da medula óssea após bacteremia. • Pneumonia: pode ocorrer por aspiração de comida semi-digerida (vômito, por exemplo). Síndrome da pele escaldada Doença epidermolítica, mediada por exotoxinas que se caracteriza por eritema, desprendimento generalizado das camadas superficiais da epiderme, envolvendo, principalmente, crianças até os 5 anos de idade Celulite Infecção bacteriana que envolvem as camadas interiores da pele que afeta especificamente a derme e tecido adiposo http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2007/10/mordida.jpg Impetigo • Dermatose superficial, muito comum em crianças pequenas • Pode afetar qualquer segmento da pele, sendo a face e as mãos os locais mais comuns. • Um ferimento mal higienizado favorece o desenvolvimento de infeções bacterianas em geral. Choque tóxico • Intoxicação multissistêmica caracterizada por febre, hipotensão e erupção eritematosa e difusa • Apresenta alta mortalidade quando não tratada. Cultura de S.aureus em ágar sangue Staphylococcus epidermidis • Pertence a flora normal da pele e mucosas. • Não produz toxinas. • É considerado espécie de estafilococos coagulase negativo e catalase positiva de maior prevalência e persistência na pele humana. • É identificado como agente de bacteremia de origem hospitalar e infecções associadas a implantações de próteses (válvulas) cardíacas, articulares e de catéteres intravenosos e peritonias. Staphylococcus epidermidis • Possui uma capacidade de formarbiofilmes, dificultando a chegada de drogas antibacterianas e células fagocíticas no foco de infecção. • Mais comum a ocorrência de infecção no local da sutura. • Identificação da espécie pode ser feito após prova de Catalase e Coagulase com um antibiograma evidenciando a sua sensibilidade a Novobiocina. Cultura de S.epidermidis em ágar sangue Staphylococcus saprophyticus • Causam infecções nas vias urinárias em mulheres jovens sexualmente ativas. • As mulheres infectadas apresentam disúria (dor ao urinar), piúria (pus na urina) e numerosos microrganismos na urina. • Respondem rapidamente a antibióticos e é rara a ocorrência de re-infecção. Staphylococcus saprophyticus • Disposta em cachos, tétrades ou duplas. Apresenta-se como coagulase negativa e catalase positiva. • É resistente à novobiocina (ß-lactâmicos) sendo fator de pesquisa para identificação da espécie. Cultura de S.saprophyticus em ágar sangue Isolamento dos Staphylococcus spp. Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Staphylococcus saprophyticus Identificação de Staphylococcus spp. 1) Bacterioscopia 2) Prova da Catalase 3) Prova da Coagulase 4) Crescimento em ágar Manitol 5) Prova da DNAse 6) Resistência à Novobiocina Provas de identificação: Prova da catalase • Utilização para diferenciação de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. • Diferenciadora de famílias e não de gêneros: • Algumas bactérias possuem a enzima catalase, capaz de converter o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água. catalase 2H2O2 2H2O + O2 Prova da catalase • Em uma lâmina, colocar duas amostras da bactéria isolada. • Pingar sobre a amostra uma gota de peróxido de hidrogênio 3% • Observar a produção da liberação de O2 com a formação de bolhas. • O teste é positivo para Staphylococcus sp. Staphylococcus spp Streptococcus spp Prova da coagulase • As coagulases são enzimas com ação semelhante a protrombina. • Agem sobre o plasma sanguíneo transformando fibrinogênio em fibrina com a produção de coágulo. • Podem ser encontradas em duas formas: conjugada e livre. • Coagulase positiva para Staphylococcus aureus Verificação da coagulase livre • A coagulase livre é uma substância similar a trombina e está presente em filtrados e cultivos. • É secretada extracelularmente e reage com uma substância presente no plasma – CRF (fator de reação com a coagulase) para formar um complexo que reage com o fibrinogênio, formando fibrina. Coagulase livre • Com auxílio da agulha bacteriológica, suspender colônias em estudo em caldo BHI e colocar em estufa à 37ºC até que turve; • Em um tubo de ensaio estéril, colocar 0,5 ml de plasma reconstituído e 0,5 ml do caldo BHI com crescimento bacteriano recém turvado; • Incubar em estufa à 35ºC 4 horas; • Verificar se há presença de coágulo de fibrina; • Se não houver presença de coágulo, incubar o tubo em temperatura ambiente e repetir as leituras com 18 e 24 horas de incubação. Coagulase conjugada • A maioria dos S. aureus possui uma coagulase ligada na superfície da parede celular que reage com o fibrinogênio plasmático causando a coagulação Coagulase conjugada • Traçar dois círculos com lápis de cera em uma lâmina de vidro; • Colocar duas gotas de água destilada ou solução fisiológica estéril dentro de cada círculo; • Com auxílio de um fio bacteriológico agregar a colônia em estudo, homogeneizando delicadamente em cada círculo; • Colocar uma gota de plasma para a prova de coagulase em um dos círculos; Coagulase conjugada • No outro círculo, adicionar outra gota de água destilada ou solução fisiológica estéril, como controle; • Homogeneizar com palito de madeira; • Inclinar a lâmina delicadamente, para frente e para trás; • Observar presença de aglutinação. Prova da Coagulase Staphy test O teste se baseia na capacidade do Staphylococcus aureus aglutinar hemácias de carneiro previamente sensibilizadas com hemolisina e fibrinogênio; Fermentação em ágar manitol (7,5 de NaCl) • O ágar manitol é um meio de cultura seletivo. • Possui grande concentração de NaCl (6,5 a 7,5%) e indicador de pH vermelho de fenol - vermelho em pH alcalino e neutro; amarelo em pH ácido. • A fermentação do manitol pelas bactérias, leva a produção de ácidos, o que determina a mudança de cor do vermelho para o amarelo. • Positivo para Staphyloccus aureus. Algumas amostras podem positivar para S.saprophyticcus. Ágar manitol Prova da DNAse Ágar DNAse S. aureus + - • Semear uma colônia em ágar DNAse e incubar a 35 graus por 24 horas. • No momento da leitura adicionar HCl 1N sobre a placa, aguardar 30 segundos e observar a formação de um halo claro ao redor da colônia. S. epidermidis S. saprophyticus Prova da DNAse Teste de sensibilização a Novobiocina • Ágar Miller-Hinton com disco de novobiocina (5mg) • Formação de halo de inibição para Staphylococcus aureus e S.epidermidis. • Resistência conferida ao Staphylococcus saprophyticus. S. epidermidis S. saprophyticus Tabela para identificação de cocos Gram + Catalase + (Staphylococcus spp.) Coagulase Manitol DNAse Novobiocina S. aureus + + + Sensível S. epidermidis - - - Sensível S. saprophyticus - - - Resistente Todos são Catalase + Streptococcus spp. Importância clínica dos principais Streptococcus spp. • Cocos Gram + • Colônias lineares • Catalase – • Aeróbicos e anaeróbicos facultativos. • Imóveis • Não formam esporos • Fazem parte da microbiota normal da boca, pele, intestinos e trato respiratório superior. Classificação quanto ao grau de hemólise • Total ou beta hemolíticas : positiva para Streptococcus pyogenes. Forma um halo branco ao redor da bactéria; • Parcial ou alfa hemolíticas: positiva para Streptococcus pneumoniae. Forma um halo esverdeado ao redor da bactéria • Não hemolíticas ou gama hemolíticas: positiva para Streptococcus viridans ou Enterococcus spp. Sem halo. • A classificação de Lancefield leva em conta o tipo de polissacarídeo presente na parede celular bacteriana, chamado de carboidrato C, detectado por técnicas de tipagem (aglutinação simples e reações colorimétricas), ou reações de precipitações com antisoros específicos Classificação de Lancefield • Grupo A: ramnose n-acetilglicosamina • Grupo B: ramnose glicosamina • Grupo D : Acido teicóico glicerol com D-alanina e glicose • Grupo A: Streptococcus pyogenes • Grupo B : Streptococcus agalactiae • Grupo D : Streptococcus bovis e Enterococcus s.p Classificação de Lancefield Streptococcus pyogenes • Beta hemolíticos • Encontrados no trato respiratório superior e lesões cutâneas. • Doenças causadas: – Faringite estreptocócica – Erisipela e impetigo – Piodermite – Fasciíte necrosante – Febre reumática – Glomerulonefrite Erisipela Diagnóstico clínico: presença de placa inflamatória associada a febre, linfangite, adenopatia e leucocitose; Os exames bacteriológicos têm baixa sensibilidade ou positividade tardia; A penicilina continua a ser o antibiótico de referência. Impetigo É a mais comum das infecções da pele; Dissemina-se por auto inoculação, transmissão direta e indireta, por toalhas ou roupas; Faringite A infecção pode iniciar por pequenas rupturas na pele - os sintomas precoces com frequência são ignorados, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento, gerando sérias consequências; A exotoxina A - age como um superantígeno, estimulando o sistema imune a contribuir para a extensão do dano. Fasciite necrotizante Streptococcus agalactiae • Presentes nas mucosas do trato genito-urinário e intestinal • Maioria das amostras são beta hemolíticos. • Anaeróbicos facultativos • Doençascausadas: – Endometrite – Sepse – Febre puerperal – Meningite neonatal Streptococcus pneumoniae • Alfa hemolíticos em aerobiose e beta hemolíticos em anaerobiose • Estão presentes na nasofaringe • Doenças causadas: – pneumonia – meningite – septicemia – otite média – sinusites – infecções trato respiratório Streptococcus bovis • Não hemolíticos, podendo apresentar atividades alfa ou beta hemolíticos • Encontrados no trato gastrointestinal • Doenças ocasionadas: – Endocardite – Abcessos – Infecções urinárias – Doença maligna do cólon Abcesso Streptococcus viridans • Alfa hemolíticos e não hemoliticos • Flora normal da boca, faringe e trato genito-urinário • Doenças ocasionadas: – Endocardites – Abcessos – Infecções no trato genito-urinário – Infecções de feridas – Cáries Enterococcus sp • Esta gênero inclui o E. faecalis, E. faccium • Habitualmente não hemolítico • Oportunistas reconhecidos como causa importante de infecções hospitalares, destacando-se as endocardites e as infecções do trato urinário e de feridas cirúrgicas • Resistência plasmidial à vários antibióticos • Doenças causadas : – Infecções do trato biliar – Peritonite – Meningite – Bacteremia do RN Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Prova da bacitracina – Utilizada para a identificação de Streptococcus pyogenes. – A partir do caldo de BHI ou TSB recém turvado, realizar a semeadura em meio de ágar sangue contendo disco de bacitracina – Incubar a 35ºC por 24 horas sem tensão de CO2. – Positivo para S.pyogenes com formação do halo de inibição ao redor do disco indicando sensibilidade Teste de Bacitracina S pyogenes S. agalactiae Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Camp Test – Na metade da placa de ágar sangue, semeia-se de ponta a ponta, uma amostra de Staphylococcus aureus produtor de beta-hemolisina. – Semear perpendicularmente (90°) a bactéria a ser testada, sem que haja o contato com a estria de Staphylococcus aureus; Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Teste de Camp – Camp test – Incubar em 37ºC durante 24 horas. – A observação de uma hemólise em ponta de seta, indica a interação entre o fator CAMP produzido pelos Streptococcus com a beta hemolisina dos Staphylococcus aureus. – Teste positivo para Streptococcus agalactiae Teste de Camp (Camp Test) Staphylococcus aureus (fita) Streptococcus a ser identificado Incubar a 37 ºC por 24 horas e observar hemólise na região entre o Staphylococcus e o Streptococcus a ser identificado Meio Todd Hewitt Teste de Camp Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Teste de hidrólise de hipurato – Positivo para Streptococcus agalactiae – Apenas S. agalactiae produz a enzima que hidrolisa o hipurato, produzindo coloração púrpura no meio de cultura após adição de cloreto férrico. S agalactiae Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Teste de optoquina – Utilizada para identificação de Streptococcus pneumoniae. – A partir do caldo de BHI ou TSB recém turvado, semear em meio ágar sangue com o disco de optoquina de 5 mg. – Incubar a 35ºC 24hrs – Positivo com formação de halo de inibição de 14mm ou mais para disco de 6 mm Teste de optoquina Teste de bile esculina O Ágar bilie esculina é um meio seletivo para Streptococcus bovis e Enterococcus sp. Semear uma colônia da bactéria a ser identificada em meio bile-esculina e incubar por 24 horas a 37 ºC. Coloração marrom-escuro ou negra: teste é + Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Tolerância ao NaCl – A tolerância ao NaCl a 6,5% é uma prova utilizada para verificar a capacidade de alguns microrganismos crescerem em presença do sal. – Meio base utilizado é o BHI caldo. – Este meio normalmente contém 0,5 % de NaCl e aumenta- se a concentração para 6,5 %, tornando um meio semi- seletivo para o desenvolvimento de alguns microrganismos. – Crescimento bacteriano com turvação do meio. – Positividade para Enterococcus spp. S. pyogenes S. agalactiae S. pneumoniae S. bovis Enterococos Resistência à Bacitracina S R R R R Teste Camp - + - - - Hidrólise do hipurato - + - - - Resistência à Optoquina R R S R R Bile-esculina - - - + + NaCl 6,5% - - - - + Tabela para identificação de cocos G + catalase – Cocos gram negativos Neisseria spp. Neisseria gonorrhoea Neisseria meningitidis Introdução • Maioria das espécies humanas habitam o trato respiratório superior humano e não são patogênicas • Neisseria gonorrhoeae é considerada como patógeno, independente do local onde é encontrado • Neisseria meningitidis, pode colonizar a nasofaringe sem causar doença, mas pode ser extremamente patogênica em determinadas condições. • São consideradas aeróbias, mas crescem em condições anaeróbias Neisseria gonorrhoea • Diplococos Gram-negativos com requerimento de crescimento fastidioso • Intracelulares • Não flagelado, não formador de esporos, encapsulado, anaeróbio facultativo • Cresce melhor de 35º a 37ºC em atmosfera úmida suplementada com CO2 • Oxidase e catalase-positiva (oxidam glicose como fonte de energia) • Sensíveis à penicilina Esfregaço de secreção uretral de homem com uretrite gonocócica Disponíveis em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037- 86822000000500007 Gonorreia Manifestação da gonorreia do redor da boca Secreção purulenta na região ocular Disponível em https://compendiomicrobiologia.wordpress.com/tag/gonococo/ Gonorreia Diagnóstico • Homens – Esfregaço de secreção uretral e coloração de Gram. Análise de diplococos gram negativos associados a leucócitos polimorfonucleares • Mulheres: – Esfregaço de amostra endocervicais e coloração por Gram Diagnóstico • Utilização de meios de transporte quando necessários. – Não seletivos – Stuart ou Amies – Seletivos – meios Gono-Pak • Inoculação em meio de cultura – Não seletivos • Ágar chocolate – Seletivos • Thayer Martim modificado • Martin Lewis • Meio GC-Lect, etc • Os meios contem agentes antimicrobianos para inibição de outros microrganismos Diagnóstico • Incubação em estufa de CO2 com nível de 3 a 7% • Manter o ambiente úmido • Analisar as placas em 24, 48 e 72 horas • Submeter as colônias ao Teste de Gram, prova da catalase e prova de oxidase. • Teste confirmatórios podem ser utilizados como teste de utilização de carboidratos, testes imunológicos, testes de aglutinação em látex e amplificação de ácidos nucleicos Neisseria gonorrhoeae em ágar Martin Lewis Disponível em https://catalog.hardydiagnostics.com/cp_prod/product/e39-martin-lewis-with-lincomycin-for-ineisseria-gonorrhoeaei- 15x100mm-plate-order-by-the-package-of-10-by-hardy-diagnostics-media-prepared O GonoGen II usa uma solução para degradação da parede celular da bactéria, expondo as proteínas da membrana externa que contém antígenos específicos da espécie. Um conjunto de anticorpos monoclonais ligados a um carreador é usado para detectar os antígenos específicos para Neisseria gonorrhoeae . O teste utiliza a colonia bacteriana Neisseria meningitidis • Microrganismo de nível 2 • Coleta de amostra de líquido cefalorraquidiano, sangue e ocasionalmente escarro e swab naso e orofaríngeo • As amostras deverão ser inoculadas em meios não seletivos e seletivos • Meios não seletivos (LCR e sangue) – Ágar chocolate – Ágar sangue de carneiro • Meios seletivos – Thayer Martim modificado – Martin Lewis – NYC Diagnóstico • Incubação em estufa de CO2 com nível de 3 a 7% • Manter o ambiente úmido • Analisar as placasem 24, 48 e 72 horas • Submeter as colônias ao Teste de Gram, prova da catalase e prova de oxidase. • Teste confirmatórios podem ser utilizados como teste de utilização de carboidratos (oxidação de glicose e maltose), testes imunológicos, testes de aglutinação em látex e amplificação de ácidos nucleicos CHEGAAAAAA !!!!!!! Enterobactérias Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes Características gerais • Família: Enterobacteriaceae – Anaeróbios facultativos; – Gram negativos; – Movimentação flagelo (peritríqueo); • Maioria móveis. Exceções: Klebsiella, Shigella, Yersinia – Reduzem nitrato a nitrito (exceção Yersínia). – Fermentam glicose; – Catalase positivos e Oxidase negativos; – Classificação sorológica: O (somáticos), K ( capsulares) e H (flagelares) – Podem causar infecções intestinais e extraintestinais Normalmente não fazem parte da microbiota Presentes onde normalmente não ocorrem; Colonizam indivíduos imunocomprometidos e/ou em idades extremas. Escherichia coli • Bacilo gram-negativo que habita normalmente no trato gastrointestinal inferior de humanos e diversos animais. • A maioria das espécies não são patogênicas, mas alguns sorotipos podem causar graves intoxicações alimentares, gastroenterite com intensa diarreia com muco e infecção urinária. Escherichia coli • EPEC – enteropatogênica; • EHEC ou STEC – enterohemorrágica; • EAEC – enteroagregativa; • ETEC – enterotoxigênica; • EIEC – enteroinvasiva. • DAEC - difusamente aderente Citrobacter spp. • O gênero Citrobacter possui 11 espécies • Encontradas nas fezes de humanos e animais além de amostras ambientais como solo, água, alimentos e esgoto. • Complexo C. freundii é a espécie mais identificada em infeções gastrointestinais com quadros de diarreia, febre e distensão abdominal • Podem ocasionar infeções urinárias. • Espécie C. koseri é a mais frequente em casos de meningite esporádica e abcessos cerebrais em RN e lactentes. Proteus spp. • Gênero encontrado em solo, água e alimentos contaminados • P. mirabilis: espécie mais isolada em seres humanos • Agentes causadores de infeções no trato urinário e feridas • Promovem alcalinidade da urina propiciando a formação de cristais • P. vulgaris: hospedeiros imunossuprimidos Klebsiella spp. • Amplamente distribuídas na natureza e trato gastrointestinal de humanos e de animais • Klebsiella pneumoniae é uma das espécies mais isoladas em amostras clínicas • Raramente encontrada na orofaringe • Causam infeções pulmonares em pacientes hospitalizados • Podem causar uma forma de pneumonia que tende a ser destrutiva com intensa necrose e hemorragia • KPC : multirresistência Serratia spp. • Gênero apresenta 10 espécies reconhecidas • Serratia marcescens é a espécie mais importante e está associada a varias infecções , inclusive pneumonia e septicemia em pacientes com neoplasias reticuendoteliais • Oportunista hospitalar e causador de infeções urinárias • Dotado de propriedades invasores e com tendência a resistência a vários antibióticos • Em condições quentes e úmidas formam colónias vermelhas distintivas Shigella spp. • Bacilo gram-negativo; • A dose infecciosa é baixa (a ingestão de poucas dezenas de células é suficiente para causar a infecção) – 200 microorganimos. • 4 espécies: • S. dysenteriae (A) • S. flexneri (B) • S. boydii (C) • S. sonnei (D) • Diarréia Salmonella spp. • Bacilo gram-negativo • Não fermenta lactose • Salmonella typhi – febre tifoide (único reservatório – humanos); • Salmonella paratyphi – febre paratifoide e gastroenterite • Salmonella typhimurium – gastroenterite e meningite infantil Yersinia spp. Yersinia enterocolitica (alimentos) – gastroenterite • Mais comum, febre, dores abdominais semelhante à apendicite e diarreia. • Leite não pasteurizado, água não tratada, carne de porco contaminada, crua ou mal cozida. • Dose infectante: baixa (10 a 200 células) • Crianças através de contato com pessoas infetadas; Meios de cultura • Ágar sangue ou chocolate: não seletivo • Ágar MacConkey : meio seletivo – Inibidores: sais biliares e cristal violeta, inibem o crescimento de gram positivas – Lactose como único carboidrato – Lac positiva: colônias vermelhas ou “pink” – Lac negativas: colônias incolores, transparentes Colônias de E. coli em ágar MacConkey E. coli Proteus As bactérias fermentadoras de lactose desenvolvem uma coloração vermelha no meio Mac Conkey. E. coli em ágar MacConkey Meios de cultura • Ágar Eosina azul de metileno (EMB) – Presuntivo para Escherichia coli – Inibidores e indicadores de fermentação: eosina e azul de metileno, inibem o crescimento de Gram positivas – Fermentadores de lactose / sacarose formam colônias verdes metálica – E.coli – Fermentadores fracos produzem colônias de cor púrpura. Ex. Klebsiella – Não fermentadoras formam colônias transparentes. Ex Proteus, Salmonella e Shigella. Ágar EMB Lactose positiva Meios de cultura • Ágar SS : • Específicos para Salmonella , Shigella e Yersínia enterocolítica • Enriquecimento em caldo selenito antes da cultura em SS • Possui componentes (sais de bile, verde brilhante e citrato de sódio) que inibem o crescimento de Gram positivos e coliformes. Meios de cultura • Ágar SS : • A incorporação de lactose ao meio permite diferenciar se o microrganismo é lactose positiva (resultando na formação de colônias de cor rosa) e lactose negativa. • Indicador de pH: vemelho neutro • Tissulfato de sódio e o citrato férrico permitem a detecção de H²S evidenciado por formação de colônias de cor negra no centro específica de Salmonella spp. Ágar SS Lactose positiva Meios de cultura • Ágar Hektoen – Isolamento de Salmonella e Shigella – Possui elevada concentração de sais biliares que inibem o crescimento de bactérias gram + e retarda crescimento de outros coliformes – Alteração de cor pela mudança de pH pela fermentação de carboidratos – Tiossulfato de sódio e citrato de amonio férrico para detecção de produção de H2S Ágar Hektoen Salmonella spp. Shigella spp. Provas bioquímicas • Após a realização da cultura, o exame macroscópico e a confirmação da pureza da cultura, uma colônia pode ser identificada com a ajuda de meios presuntivos de identificação, tais como: – Meio de Triple Sugar Iron (TSI), – EPM – MILi – Rugai ou Rugai modificado por Pessoa e Silva (Meio de IAL). – Prova de Citrato de Simmons TSI Para diferenciar os bastonetes gram negativos, utilizando para isso a fermentação de carboidratos e produção de sulfeto de hidrogênio Meio de cultura • Tríplice açúcar e ferro (TSI) – Fermentação de glicose(0,1%), lactose e sacarose(1%) – Tiossulfato de sódio (substrato para a produção de H2S) • Sulfato de ferro para a verificação do produto final. – Produção de gás – Indicador de pH: vermelho de fenol • Ph neutro – vermelho • Ph ácido - amarelo Meio de cultura • Tubo amarelo e superfície vermelha: só a glicose foi fermentada • Tubo amarelo e superfície amarela: Ocorreu a fermentação da lactose e/ou da sacarose, superior a da glicose. • Produção de gás: Nota-se pela ocorrência de rachaduras no meio de cultura. • Produção de H2S: Ocorre enegrecimento, principalmente na zona intermédia do cilindro. • Tubo vermelho e superfície vermelha ou inalterada: Não ocorreu fermentação dos hidratos de carbono presentes no meio, nem produção de gás ou de H2S. TSI Provas bioquímicas • Meio MILi (motilidade, Indol e Lisina) • Motilidade – crescimento apenas na linha de picada = motilidade negativa • Descarboxilação da lisina: • Produção do indol • Meio EPM (Escola Paulista de Medicina) • Glicose • Produção de gás • Produção de H2S• Hidrólise da uréia • Fenilalanina citrato RUGAI MODIFICADO ( IAL ) Motilidade Motilidade + Motilidade - Se a bactéria possuir flagelos, ocorrerá turvação do meio Descarboxilases • Enzimas capazes de reagir com a porção carboxílica (COOH) dos aminoácidos • Cada enzima decarbolixase é específica para um aminoácido. • Aminoácidos testados rotineiramente na identificação de Enterobacteriaceae: – Lisina → cadaverina – Ornitina → putrescina – Arginina → citrulina . A citrulina é em seguida convertida em ornitina, que, a seguir, sofre decarboxilação formando putrescina. Teste de descarboxilação da lisina ◦ Verifica a capacidade de um microorganismo em descarboxilar o aminoácido lisina com consequente alcalinização do meio de cultivo. ◦ Positividade para coloração do meio púrpura e turvo Produção de Indol Produção de Indol Descarboxilação do triptofano ◦ Determina a habilidade de um determinado microorganismo em produzir o indol a partir da molécula de triptofano. Triptofanase H2O Triptofano Indol + AC. Pirurvico + amônia P-dimetil-amino benzaldeído (reativo de Kovacs) Desaminação da Fenilalanina Desaminação da fenilalanina pela enzima fenilalanina-desaminase, com formação de ácido fenil-pirúvico, cuja presença é revelada pela adição de cloreto férrico à cultura. Produção de Indol E coli Teste de produção do sulfeto de hidrogênio (H2S) – As bactérias podem metabolizar aminoácidos que tem enxofre ou degradar o tiossulfato de sódio (substrato) em um ambiente ácido com produção de gás H2S, que é incolor. – O H2S reage com componentes do meio produzem coloração negra Urease • Urease – Determina a habilidade de um determinado microorganismo em degradar enzimaticamente a uréia pela urease, com formação de duas moléculas de amônia. – A amônia alcaliniza o meio e virando o indicador de pH (azul de bromotimol) de verde para azul Prova do Citrato de Simmons • Serve para saber se a bactéria é capaz de utilizar o Citrato de sódio como única fonte de carbono; • Deve ser semeado em primeiro lugar • Cor verde : citrato negativo • Cor púrpura: citrato positivo • Citrato de sódio hidróxido de amônia (aumenta o pH) (muda a cor do meio) Prova do Citrato de Simmons Prova positiva Prova negativa Quando as bactérias metabolizam o citrato, alcalinizam o meio. O pH básico faz o meio, que antes apresentava- se verde, ficar azul, devido ao indicador azul de bromotimol. E coli - Klebsiella pneumoniae Inocular na superfície Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para E.coli – Crescimento em ágar MacConkey – Produzem gás a partir da glicose – Lactose e sacarose positivas – Indol positivas – Motilidade positiva – Lisina positiva – H2S negativas – Citrato negativas – Urease negativas – Móveis (exceto EIEC) Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para Citrobacter freundii. – Produzem gás a partir da glicose – Lactose, sacarose e manitol positivas – Podem apresentar prova de Indol positiva ou negativa – Motilidade positiva – Lisina negativas – H2S positivas – Citrato positivas – Hidrólise de uréia positivas/negativas Citrobacter freundii em ágar sangue Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para Proteus mirabilis – Produzem gás a partir da glicose – Não fermentadoras de lactose e sacarose – Indol negativo. Proteus vulgaris: Indol positivo – Motilidade positivo – Lisina negativa – H2S positivo – Citrato positivo – Urease positivo Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para Serratia marcescens – Podem produzir pouco gás a partir da glicose (50%) – Lactose negativa e sacarose positiva – Indol negativas – Motilidade positiva – Lisina positiva – H2S negativo – Citrato positivo – Urease negativa – A DNase é um teste fundamental para a identificação de Serratia, e recomenda-se a utilização rotineiramente. Serratia marcescens https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0716-10182010000300005 Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para Klebsiella pneumoniae. – Cepas de Klebsiella possuem um metabolismo muito ativo. – Produzem colônias mucóides, – Produzem gás a partir da glicose – Fermentam a maioria dos carboidratos • Lactose e sacarose positivas – Indol negativas – Mobilidade negativa – Lisina positiva – H2S negativo – Citrato positivo – Urease positivo Disponível em https://www.microbiologyinpictures.com/bacteria%20photos/klebsiella%20pneumoniae%20photos/KLPN9.html Klebsiella pneumoniae em ágar sangue e Mac Conkey Klebsiella pneumoniae Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para Shigella spp. – Crescimento em ágar SS e Hektoen – Não produzem gás a partir da fermentação de glicose – Não fermentadoras de lactose e sacarose. Fermentam manose – Podem apresentar prova de Indol positiva ou negativa – Motilidade negativa – Lisina negativas – H2S negativo – Citrato negativas – Urease negativas Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para Salmonella spp. – Crescimento em meio SS e Hektoen (coração preta) – Produzem pouco gás a partir da fermentação da glicose – São em geral lactose e sacarose negativas, – Indol negativas, – Motilidade positiva – Lisina positiva. – H2S positiva – Citrato positivas – Urease negativas Agar SS Shigella Salmonella O tiosulfato de sódio e o citrato férrico permitem a detecção da produção de sulfureto de hidrogénio como se pode verificar pelas colónias com centros pretos; Este meio é utilizado para o isolamento primário de Salmonella proveniente de amostras de fezes humanas. Diagnóstico • Principais formas de diagnóstico para Yersinia enterocolitica – Não produz gás a partir da glicose – Sacarose positiva – Indol +/- – Móvel a 22ºC; imóvel a 35ºC – Lisina negativa – Não produz H2S – Citrato negativa – Urease +/- Yersinia enterocolitica em Ágar Mac Conkey Salmonella spp Shigella Escherichia. coli Provas bioquímicas Klebsiella spp. Proteus spp. Serratia spp. Citrobacter spp. Provas bioquímicas Diagnóstico diferencial • Para o diagnóstico das diferentes cepas de E.coli, pode-se utilizar soros monovalentes ou polivalentes específicos contra determinados antígenos expressos pela bactéria. – Ex: Soro anti E.coli enteroinvasiva, enteropatogêoncia clássica, etc. Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter baumannii e Mycobacterium tuberculosis. www.profbio.com.br Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes Introdução • Bacilos Gram-negativo reto ou ligeiramente curvo • Separadas fenotipicamente em cinco grupos • Grupo fluorescente: Pseudomonas aeruginosa • Aeróbio estrito – não fermentadores • Mobilidade através de flagelo polar monotríqueo. • Apresentam fimbrias: importante fator de virulência • Produzem pigmentos fluorescentes difusíveis no meio de cultura (pioverdina e a piocianina) • Algumas cepas produzem um pigmento avermelhado (piorrubina) ou preto (piomelanina) Introdução • Amplamente presente no solo e água • São capazes de sobreviver em ambientes inóspitos como sabão, desinfetantes e plásticos (produzem biofilme) • São resistentes a muitos antibióticos • É considerada um agente de infecção oportunista • Não resistem ao ressecamento e baixas temperaturas • Não exigentes nutricionalmente (cepas multiplicam em água destilada e algumas podem utilizar mais de 30 compostos orgânicos como fonte de C e N. Introdução• Responsável por cerca de 80% das infecções crônicas que infectam as vias aéreas em fibrocísticos • Relacionado a diminuição da função pulmonar e insuficiência respiratória. • Algumas cepas sofrem alteração fenotípica e produzem alginato resultando em uma cepa com fenótipo mucóide (MUC). • Confere proteção ao microrganismo da fagocitose e da atividade de antibióticos como os aminoglicosídeos com dificuldade de erradicação do patógeno Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/aula-pseudomonas-biomed2014-modo-de- compatibilidade.pdf Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/aula-pseudomonas-biomed2014-modo-de-compatibilidade.pdf Infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa • Psedomônada mais isolada em amostras clínicas • Prevalece em feridas por queimaduras, transplante de órgãos e drogas intravenosas • Infecções em locais com umidade – traqueostomias, catéteres de demora, feridas cutâneas • Exsudação de pus azulado com odor de uvas devido a piocianina • Infeções em vias urinárias, especialmente se houver sonda Infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa • Infeções em vias aéreas inferiores. Pneumonia através do uso de respiradores contaminados e fibrose cística • A água presente em equipamentos de terapia respiratória, quando contaminada, pode atingir facilmente pacientes internados • Otite • Conjuntivite (usuários de lentes de contato) • Multirresistência em UTI Notar em A cultura de Pseudomonas alginato negativas em meio Luria-Bertani (LB) - ágar sem NaCl incubados a 37°C durante 12 h e a 25°C durante 24 h. Em B nota-se linhagem mucoide isolada de paciente com fibrose cística. Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/aula-pseudomonas-biomed2014-modo-de-compatibilidade.pdf Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/aula-pseudomonas-biomed2014-modo-de-compatibilidade.pdf Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/aula-pseudomonas-biomed2014-modo-de-compatibilidade.pdf Piocianina Catalisa a produção de superóxido e peróxido de hidrogênio Causam: -Danos aos tecidos endoteliais. -Impede o crescimento de outras bactérias . -Elimina a atividade ciliar respiratória. -Produz danos oxidativos nos tecidos oxigenados, como o pulmonar. Diagnóstico microbiológico Bacterioscópico: bacilos gram negativos Cultura Colônias lactose negativas em meio MacConkey. Pode haver odor típico de frutas Notar pigmentação azulada no inóculo original. (Piocianina) Cultura Colônias mucóides Ágar cetrimide: seletivo para Pseudomonoas aeruginosa A produção de piocianina é estimulada pelo cloreto de magnésio e o sulfato de potássio presentes no meio. A cetrimida (brometo de cetiltrimetilamina) é um composto amónio quaternário, que inibe uma vasta variedade de outros organismos, incluindo outras espécies de Pseudomonas e organismos relacionados Ágar cetrimide: seletivo para Pseudomonoas aeruginosa Cultura Ágar sangue: São beta hemolíticas Provas bioquímicas Teste de oxidase positivo. Aplicar as colônias em um papel de filtro e adicionar o reativo dimetil-p-fenilenodiamina. P-fenilenodiamina é oxidado pela enzima adquirindo cor roxa Pseudomonas (+), Enterobactérias (-) Provas bioquímicas • Catalase positivos • Utilização do citrato como fonte de carbono • Mobilidade positiva • Reduzem nitrato a nitrito • Indol negativo • H2S negativo • Oxidam glicose (citocromo oxidase positivo) • Urease +/- • Lisina negativo Pseudomonas aeruginosa : OF Positivo Meio OF de Hugh Leifson Meio que utiliza menor quantidade de peptona e maior quantidade de CH para visualização do produto acidificado dos não fermentadores Acinetobacter spp. • Cocobacilos gram negativos • Desempenham papel importante de infecções em pacientes hospitalizados • Disseminação rápida atribuída parece ter estreita relação com a multi resistência antimicrobiana desenvolvida por esse patógeno • Resistentes beta lactâmicos, aminoglicosídeos e carbapenens Acinetobacter spp. • Gênero presente e disseminado em diversos habitats: • Microbiota da pele e orofaringe de indivíduos saudáveis • Vegetais, água, solo e animais • Espécie A. baumannii, segundo alguns autores, não tem um habitat natural reconhecido fora do ambiente hospitalar. Acinetobacter baumannii • Segundo não fermentador mais encontrado em laboratórios clínicos • Terceiro patógeno mais comum envolvido em pneumonia associada ao uso de ventiladores mecânicos após Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa causando 8,4% dessas infecções • Apresenta relação direta com ocorrência de surtos nos hospitais, sendo capazes de colonizar e infectar indivíduos internados. • habilidade para formação de biofilme em ambientes inertes • resistência aos antibióticos, desinfetantes e antissépticos hospitalares. • Persistem por longo tempo no ambiente hospitalar Acinetobacter baumannii • Patologias ocasionadas: • Infecções graves do trato urinário, feridas cirúrgicas e feridas de pele • sepse • meningite pós-neurocirurgia • pneumonia associada ao uso de ventilação mecânica em pacientes de unidades críticas Acinetobacter baumannii • Cultura em meio LAM - Leeds ACINETOBACTER Medium • Triagem • Cultura em meio LAM modificado • MDR Acinetobacter Medium - detecta cepas resistentes a antimicrobianos. • Meio com adição de antibióticos à base Leeds Medium para seleção de resistentes. Ágar LAM (Leeds ACINETOBACTER Medium) Produção de colônias mucóides de cor rosa a malva difundida no meio. As colônias são circulares, convexas, suaves e opacas com margens inteiras de 1 a 2mm de diâmetro após 24 horas a 35 graus C. Os componentes seletivos em Leeds Acinetobacter Medium são tradicionalmente cefsulodina e cefradina, que inibem o crescimento de bactérias gram-negativas não-Acinetobacter e vancomicina, o que inibe o crescimento de bactérias Gram-positivas. A presença de frutose, sacarose e vermelho neutro permite a diferenciação de bactérias com base nos produtos liberados quando as bactérias utilizam frutose e sacarose como fonte de nutrientes. As colônias que liberam produtos ácidos são amarelas, enquanto as colônias que liberam produtos alcalinos são vermelhas. CHROMagar Acinetobacter Acinetobacter baumannii • Aparecem na forma de cocos ou cocobacilos • Crescimento em ágar MacConkey • Coloração levemente rosada • Não fermentador • Aeróbio estrito • Motilidade negativa • Citocromo oxidase-negativo • Catalase positiva • Identificação definitiva com produção de ácido a partir da glicose em meio OF Identificação definitiva com produção de ácido a partir da glicose em meio OF A. baumannii é sacarolítico e acidifica a maioria dos carboidratos no meio de oxidação e fermentação (OF) Mycobacterium tuberculosis • Mycobacterium tuberculosis ou Bacilos de Koch • Bacilos delgados e ligeiramente curvos • São imóveis, não esporulados e não capsulados • Aeróbios estritos • Faixa de temperatura ótima de crescimento é 35-37°C. • São álcool ácido resistentes corando-se de vermelho • Apresentam parede celular lipídica cérea e espessa que impede a penetração do cristal violeta • Formam agrupamento em ramos alongados e tortuosos, conhecidos como cordas - fator corda. Mycobacterium tuberculosis • Pertencentes ao complexo Mycobactrium tuberculosis juntos com as espécies M.bovis, M. africanum e M. ulcerans • A espécie M. tuberculosis é causa mais comum de doença micobacteriana nos seres humanos • causadora da tuberculose pulmonar • É um parasita intracelular facultativo capaz de sobreviver e se multiplicar no interior de células fagocitárias• Transmitida pelo ar • É resistente à ação de agentes químicos e sensível à ação de agentes físicos como o calor e a radiação ultravioleta mas não ao congelamento e à dessecação. Mycobacterium tuberculosis • Manipulação das amostras biológicas • Utilização de padrões restritos no controle de segurança • Manipulação das amostras biológicas e manipulação de culturas puras realizadas em fluxo laminar com EPI • Amostras coletadas das vias respiratórias superiores ou inferor (escarro e lavado broncoalveolar) • Amostras de urina, fezes, sangue e LCR • As amostras que contenham microbiota normal devem ser processadas rapidamente para diminuir o grau de contaminação Mycobacterium tuberculosis • Abordagem laboratorial • Tratamento das amostras para descontaminação e digestão • Cultura em caldo • Caracterização fenotípica das colônias em cultura ágar • Esfregaços com coloração para álcool-ácido resistentes • Provas bioquimicas • Técnicas moleculares Mycobacterium tuberculosis • Preparação da amostras que podem ter microbiota contaminante: • Utilização de agente descontaminante e mucolítico para liberação das micobactérias • Amostras isentas de contaminação por outros microrganismo podem ser semeadas diretamente • As amostras líquidas (LCR, líquido pleural) devem ser centrifugadas para realização de coloração álcool ácido resistente e inoculação em meio de cultura. Mycobacterium tuberculosis • Tratamento das amostras para descontaminação e digestão • NaOH 2 % e NALC – N-acetil-cisteína : tempo limite de exposição de 15 minutos • Fosfato trissódico a 13% mais cloreto de benzalcônio (Zephiran). • Devem ser semeadas em cultura à base de ovos para neutralizar a inibição do crescimento produzido pelo Zephiran • Em caso de cultura em ágar, a neutralização deve ser feita com lecitina. • A neutralização dos agentes descontaminantes pode ser realizada com adição tampão fostato. • O material deverá ser centrifugado para análise do sedimento Mycobacterium tuberculosis • Coloração álcool ácido resistente. • Tipos de coloração : • Ziehl Neelsen e Kinyoun – utilização de carbolfucsina • Coloração vermelha • Auramina O – utilização de fluorocromo • Coloração amarela brilhante • O ácido micólico, presente na parede celular liga-se ao corante. Mycobacterium tuberculosis A: Coloração com Carbolfucsina pelo método de Kinyoun B: Coloração com utilização de Auramina- rodamina Disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2405579416300080 A B Mycobacterium tuberculosis • Coloração de Ziehl Neelsen • Cobrir o esfregaço seco e fixado pelo calor com o corante Carbolfucsina • Aquecer a lâmina até a emissão de vapores • Lavar • Descorar com álcool ácido • Contracorar com azul de metileno – 1-2min • Lavar • Observar em objetiva de imersão Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium tuberculosis: coloração de Ziehl- Neelsen evidenciando disposição de crescimento em cadeias paralelas formando cordões (expressão do fator corda). Na leitura de todas as baciloscopias devem ser lidos no mínimo 100 campos úteis de microscópico. Mycobacterium tuberculosis Iniciar a leitura pelo quadrante superior direito, entre os números 12 e 3. Utilizar o botão micrométrico para verificar a presença de BAAR na superfície e em profundidade. Mycobacterium tuberculosis • Interpretação dos resultados • Ausência de BAAR nos 100 campos = negativo • 1 a 9 BAAR em 100 campos = relata-se a quantidade de BAAR • 10 a 99 BAAR em 100 campos = positivo + • Média de 1 a 10 BAAR por campo nos primeiros 50 campos = positivo ++ • Média de mais de 10 BAAR por campo nos primeiros 20 campos = positivo +++ Mycobacterium tuberculosis • Meios de cultura • Contém verde de malaquita para inibir o crescimento de contaminantes • À base de ovos • Lowenstein Jensen • Petragnami • À base de ágar • Middlebrook 7H10 e 7H11 Incubação ótima a 37°C com atmosfera de 2% a 11% de CO2 Mycobacterium tuberculosis • Morfologia das colônias: • Aspecto seco, rugoso, acamurçado e sem produção de pigmento. • Período de incubação prolongado. • Microcolônias em 5 a 10 dias em ágar Middlebrook • Colônias em 14 a 28 dias a 37°C • Apresenta coloração creme no crescimento em meio Lowenstein- Jensen Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium tuberculosis inoculadas em meio Lowenstein Jensen incubadas com CO2 por 21 dias à 35ºC. Meio Lowenstein Jensen Disponível em https://catalog.hardydiagnostics.com/cp_prod/Content/hugo/LJMedia.htm Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium tuberculosis inoculadas em meio Middlebrook 7H10 incubadas com CO2 por 21 dias à 35ºC. Meio Middlebrook 7H10 Disponível em https://catalog.hardydiagnostics.com/cp_prod/Content/hugo/Middlebrook7H10.htm Mycobacterium tuberculosis • Análise bioquímica • Acúmulo de Niacina (vitam B3)no meio • Redução de nitrato a nitrito • Catalase termoestável negativa a 68°C • Urease positiva BD BACTEC™ MGIT™ 960 Mycobacterial Growth Indicator Tubes Utiliza caldo middlebrook 7H9. Avalia a fluorescência na base do tubo pela quantidade de O2. Quanto menor a taxa de O2 , maior a fluorescência produzida Quanto maior o crescimento bacterianao, menor taxa de O2. https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://slideplayer.com/4063169/13/images/14/BACTEC%2BMGIT%2B960%2BCulture%2BSystem.jpg&imgrefurl=http://slideplayer.com/slide/4063169/&docid=qCVTevZrMuY-0M&tbnid=NN7k6DXnhMtgGM:&vet=1&w=960&h=720&bih=786&biw=1440&ved=0ahUKEwibrMmKwfbZAhUMi5AKHaIKCEYQMwg2KAMwAw&iact=c&ictx=1 Mycobacterium tuberculosis • Detecção e identificação de micobactérias por métodos moleculares • Utilizados para confirmação de isolados em cultura obtido de amostras utilizando sondas de DNA. • Sondas de ácidos nucleicos: substitui as provas bioquímicas convencionais • Filamentos simples de DNA marcados que hibridizam com RNA liberado da bactéria através da ação de uma agente lítico • Identificação através da determinação da sequência de DNA • Detecção direta de M.tuberculosis em amostras com ensaios de amplificação de ácido nucléico • Fingerprinting do DNA e tipagem de cepas de espécies de M. tuberculosis • Realização de PPD (derivado protéico purificado): mede a região de endurecimento. • Método: intradermo-reação com 2 UT (Unidades de Tuberculina) e leitura após 72 horas ou eventulamente 48 horas. • Negativo: sem endurecimento ou endurecimento com menos de 5 mm de diâmetro. • Limítrofe: endurecimento de 5 a 9 mm de diâmetro. • Positivo: endurecimento com mais de 9 mm de diâmetro. Teste de Mantoux Teste de Mantoux • Os resultados são classificados como forte, fraco ou não reativo. • Uma reação com área de mais de 5-15 mm (dependendo dos fatores de risco da pessoa) a 10 unidades de Mantoux é considerado um resultado positivo, indicando infecção pelo M. tuberculosis. ANTIBIOGRAMA www.profbio.com.br Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes Antibiograma • Prova de sensibilidade aos antibióticos • Utilizado para microrganismos cuja sensibilidade às drogas normalmente não seja previsível • Realizado em um isolado bacteriano de cultura recente Teste de sensibilidade - Métodos • Kirby-Bauer: Difusão com disco (disco-difusão) • Diluição em caldo (macro ou micro) • Etest® • Automação Métodos de sensibilidade: Difusão • Utilização de discos de papel filtro impregnados com concentração padrão de antibiótico • Os discos são colocados na superfície do ágar Mueller-Hinton semeado com uma suspensão padronizada da bactéria a ser testada. • O método informa se a bactéria é resistente, sensível ou se possui sensibilidade intermediária à determinado antibiótico pela medição do halo de inibição Métodos de sensibilidade:Difusão Técnica • Teste indireto: realizado com cultura pura de 24 horas de crescimento de bactérias devendo ser feito Gram antes do antibiograma. • Teste direto: utilização do material pesquisado (urina, sangue, pus, etc). A desvantagem da utilização direta destes materiais dá-se pela dificuldade de controle da quantidade de inócuo e o isolamento da bactéria. Técnica • Com a alça de semeadura, transferir 3 a 4 colônias (teste indireto) com a mesma morfologia e inocular em 2,0 a 3,0 mL de solução fisiológica estéril, caldo MH ou caldo TSB. • Esperar 15 minutos observando a turbidez da solução. • Utilizar como referência de turbidez o tubo 0,5 da escala de McFarland Escala de McFarland • Padrão de turvação utilizado para determinar a intensidade de multiplicação bacteriana em meios de culturas líquidos • O grau de turvação indica a [ ] das bactérias. • O método consiste em uma escala de onze tubos 0,5 a 10 com diferentes quantidades de cloreto de bário e ácido sulfúrico para se obter diferentes concentrações de sulfato de bário. Tubo 0,5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 n.Bact x 108 1,5 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 Técnica • Com um swab estéril, semear a solução no Agar Mueller-Hinton. • Aguardar 5 minutos à temperatura ambiente para que o inócuo seja completamente absorvido pelo ágar. • Colocar o disco com o auxílio de uma pinça previamente flambada. – Os discos devem ter uma distância de 2,5cm – Máximo de 12 discos em placas de 15 cm e 5 discos em placas de 9 cm Técnica • Após 15 minutos da colocação dos discos, as placas são invertidas e incubadas • Incubar de 18 a 24 horas à 35 +/- 1º C • Medir o diâmetro dos halos. • Classificá-los quanto a resistência, sensibilidade intermediária e sensibilidade. Resultado Leitura e interpretação Leitura realizada no fundo da placa com auxílio de uma régua Fatores que influenciam o halo de inibição • Composição do meio de cultura: algumas substâncias presente no meio de cultura podem atuar na diminuição do halo de inibição. – Timidina ou purinas antagonizam alguns fármacos • Por este motivo, utiliza-se a padronização do meio de cultura, utilizando-se para o antibiograma o meio Mueller Hinton. Fatores que influenciam o halo de inibição • Inócuo com mais de um microrganismo • Alteração de pH • Espessura do meio menos do que 4 mm – Ágar com menor profundidade aumenta a difusão e o diâmetro do halo • Tempo e temperatura de incubação • Armazenamento inadequado dos discos • Discos não pressionados no ágar • Erro na medição do halo Fatores que influenciam o halo de inibição • Densidade do inócuo: quanto maior o inócuo, menor a sensibilidade e por este motivo é necessária a utilização de uma padronização. Fatores que influenciam o halo de inibição • Difusibilidade do antibiótico: alguns antibióticos tais como vancomicina e colistina não se difundem rapidamente a partir do disco no ágar, por esta razão o diâmetro do halo é extremamente pequeno Métodos de sensibilidade: Diluição em caldo • Verificação quantitativa da atividade do antibiótico para obtenção da concentração inibitória mínima capaz de inibir o crescimento bacteriano. • Diluições do antibiótico são incorporadas ao meio de caldo ou ágar, o qual é inoculado com o organismo em teste. • A menor concentração que inibe o crescimento na incubação de 12 horas é conhecida como CMI (concentração inibitória mínima) Métodos de sensibilidade: Diluição em caldo • Tubos de caldo ou placas de ágar são preparados com diluições sequenciais com valores expressos em µg/ml. • Uma suspensão de bactérias padronizadas são inoculadas e incubadas • A leitura é realizada pela turvação do meio que evidencia o crescimento bacteriano Resultado CIM - dose mínima de antibiótico que, adicionada ao meio de cultura (líquido ou sólido), é capaz de inibir totalmente o crescimento de um inócuo padrão. ETEST® • Método de quantificação para obtenção da concentração inibitória mínima (CIM) • Realizado através de utilização de uma fita (5 cm) que apresenta concentrações diferentes do antibiótico ao longo da fita. • Método que combina os princípios de difusão e diluição ETEST® ETEST® Elipse de diluição CIM Evitar o uso de mais de 6 fitas em placas de 15 cm e mais de uma fita em placa de 9 cm. ETEST® Automação Walk Away Plus 96 • Identifica bactérias Gram-Negativas fermentadoras e não-fermentadoras, Cocos Gram-Positivos e Listeria, Anaeróbicos, Leveduras e microrganismos fastidiosos como Neisseria e Haemophilus. • Especifica a Concentração Inibitória Mínima com a utilização de uma ampla variedade de antibióticos Automação Walk Away Plus 96 Automação Walk Away Plus 96 • Utiliza microplacas (painéis) de 96 poços, impregnados com a série bioquímica (cerca de 30 substratos) para a identificação bacteriana • Agentes antimicrobianos com suas respectivas diluições para a susceptibilidade antimicrobiana com concentração inibitória mínima. • Contém cerca de 20 ou mais antibióticos por painel, dependendo do tipo de painel. Automação Walk Away Plus 96 Antibióticos • Inibição da síntese de parede celular • Inibição da síntese de proteínas • Inibição da transcrição e replicação • Lesão de membrana plasmática Antibióticos • Inibicão da síntese da parede celular: – Betalatâmicos: Ligam-se a PLPs (proteínas de ligação da penicilina) e enzimas responsáveis pela síntese de peptideoglicano • Penicilina: oxacilina, amoxicilina, meticilina, etc • Cabapenens: imiprenem, meropenem, etc • Cefalosporina – Antibiótico polipeptídico • Bacitracina – Antibióticos glicopeptídicos • Vancomicina Antibióticos • Inibição da síntese protéica: – Tetraciclina : Impede o alongamento do polipeptídeo no ribossoma 30S – Macrolídeo: Impede o alongamento do polipeptídeo no ribossoma 50S • Eritromicina, azitromicina, claritromicina, etc. – Aminoglicosídeo: Liga-se a proteínas ribossomais • Estreptomicina Antibióticos • Inibição da síntese de ácidos nucléicos : – Quinolona: Liga-se a subunidade alfa da DNA- dependente – Rifampina : Impede a transcrição da RNA- polimerase DNA dependente – Metronidazol: Impede a transcrição da RNA- polimerase DNA dependente Resistências bacterianas de importância clínica • Klebsiella pneumoniae resistentes à cefoxitina e ceftazidima (cefalosporinas) • Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium resistentes à vancomicina; • Staphylococcus – resistente a - lactâmicos e vancomicina; • Streptococcus -hemolíticos – resistente à penicilina; • Streptococcus viridans - vancomicina; • Neisseria gonorrhoeae - resistente à ceftriaxona; • Neisseria meningitidis - resistente à penicilina; • Enterobactérias - resistentes ao imipenem. Década de 60 – resistência à penicilina – produção de beta-lactamases Década de 70 – surgiram cepas resistente à meticilina (MRSA) ou à oxacilina (ORSA) S. aureus resistente à todos s beta-lactâmicos; Ocorre uma alteração do sítio de ação dos beta- lactâmicos Alteração das proteínas ligadoras de penicilinas denominadas PBPs- (importantes na síntese da parede bacteriana) A presença de enzima alterada, denominada PBP2a ou PBP2’, leva a baixa afinidade da oxacilina pelo local de ligação na parede celular da bactéria com consequente inatividade. Gene mecA Detecção de beta-lactamase (ESBL) Detecção de ESBL • ESBL: betalactamases de espectro ampliado – Podem ser produzidas durante a terapêutica antimicrobiana • hidrolisam todos os β-lactâmicos, à exceção dos carbapenems e cefamicina – Triagem para E.coli. K. pneumoniae, K.oxytoca e P.mirabilis – Os inóculos devem ser padronizados para escala 0,5 de McFarland – Discos utilizados: cefotaxima, ceftazidima,
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