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ESTUDO DIRIGIDO PRÁTICAS LABORATORIAIS EM ANÁLISES CLÍNICAS I 1. As recomendações de coleta venosa e/ou arterial se dão por quais instituições nacionais e internacionais? Lembrando que estamos no continente americano. No continente americano, existem várias instituições nacionais e internacionais que fornecem recomendações para a coleta venosa e/ou arterial. Alguns exemplos incluem: - Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI): é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve diretrizes e padrões para laboratórios clínicos. - The American Society for Clinical Pathology (ASCP): é uma sociedade médica profissional que oferece orientações para a prática de patologia clínica. - Centers for Disease Control and Prevention (CDC): é uma agência de saúde dos Estados Unidos que fornece diretrizes e recomendações para várias áreas da medicina. - World Health Organization (WHO): é uma agência especializada das Nações Unidas que fornece diretrizes e recomendações para saúde global. 2. Qualquer profissional pode realizar coleta? Se não, quais estão habilitados? Segundo a legislação brasileira, os procedimentos para a coleta de materiais biológicos podem ser realizados pelos seguintes profissionais: técnicos em patologia clínica, técnico de análises clínicas, auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, bioquímicos, farmacêuticos, biomédicos e médicos. 3. Quais os melhores locais de escolha para a venopunção? Na fossa antecubital, na área anterior do braço em frente e abaixo do cotovelo por conta do grande número de veias, relativamente próximas à superfície da pele. As veias desta localização variam de pessoa para pessoa, entretanto, há dois tipos comuns de regimes de distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O padrão H foi assim denominado devido às veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e basílica) distribuírem-se como se fosse um H; já no padrão M, a distribuição das veias mais proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica) assemelha-se à letra M. Quando as veias desta região não estão disponíveis ou são inacessíveis, a veias do dorso da mão também podem ser utilizadas para a venopunção. 4. Quais são as técnicas para evidenciação da veia? - Torniquete: A aplicação de um torniquete proximal ao local desejado para a venopunção pode ajudar a dilatar as veias, tornando-as mais visíveis e palpáveis. - Movimentação: pedir para o paciente abaixar o braço e fazer movimentos de abrir e fechar a mão; já que os movimentos de abertura das mãos reduzem a pressão venosa, com o relaxamento muscular. - Massagear suavemente o braço do paciente (do punho para o cotovelo). - Palpação: realizada com o dedo indicador do flebotomista. Não utilizar o dedo polegar devido à baixa sensibilidade da percepção da pulsação; esse procedimento auxilia na distinção entre veias e artérias pela presença de pulsação, devido à maior elasticidade e à maior espessura das paredes dos vasos arteriais. - Fixação das veias com os dedos, nos casos de flacidez. - Transiluminação: o equipamento transiluminador cutâneo é de grande auxílio à localização de veias, por meio de feixes de luz emitidos no interior do tecido subcutâneo do paciente. 5. Qual o uso adequado do torniquete? - Posicionar o torniquete com o laço para cima, a fim de evitar a contaminação da área de punção. - Não se aplica, no momento de seleção venosa, o procedimento de “bater na veia com dois dedos”, pois, esse tipo de procedimento provoca hemólise capilar e, portanto, altera o resultado de certos analitos. - O torniquete não deverá ser usado em alguns testes como lactato ou cálcio, para evitar alteração no resultado. - Aplicar o torniquete de 7,5 a 10,0 cm acima do local da punção, para evitar a contaminação do local. - Não usar o torniquete continuamente por mais de 1 minuto. - Ao garrotear, pedir ao paciente que feche a mão para evidenciar a veia. - Não apertar intensamente o torniquete, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido e o pulso deve permanecer palpável. - Trocar o torniquete sempre que houver suspeita de contaminação. 6. Como se deve a posição do paciente? Isso pode interferir nos resultados? - Procedimentos em paciente sentado Pedir ao paciente que se sente confortavelmente em uma cadeira própria para coleta de sangue; recomenda-se que a cadeira tenha apoio para os braços e previna quedas caso o paciente venha a perder a consciência; recomenda-se que, no descanso da cadeira, a posição do braço do paciente seja inclinada levemente para baixo e estendida, formando uma linha direta do ombro para o pulso; o braço deve estar apoiado firmemente pelo descanso e o cotovelo não deve estar dobrado; uma leve curva pode ser importante para evitar hiperextensão do braço. - Procedimento em paciente em leito Pedir ao paciente que se coloque em uma posição confortável; caso esteja em posição supina e um apoio adicional for necessário, coloque um travesseiro debaixo do braço em que a amostra será colhida; posicione o braço do paciente inclinado levemente para baixo e estendido, formando uma linha direta do ombro para o pulso; caso esteja em posição semi sentada, o posicionamento do braço para coleta torna-se relativamente mais fácil. 7. Qual a sequência de coleta para tubos plásticos de coleta de sangue? 1. Frascos para hemocultura. 2. Tubos com citrato (tampa azul-claro). 3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador (tampa vermelha ou amarela). 4. Tubos para soro sem ativador de coágulo, ( tampa branca ou azul marinho). 5. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde). 6. Tubos com EDTA (tampa roxa). 8. Quais os tipos de exames que é realizado a coleta por gotejamento? Alguns exemplos de exames que podem ser realizados por coleta por gotejamento incluem: Testes de glicemia capilar, testes de coagulação; testes rápidos (point-of-care); testes microbiológicos. 9. Diferencia os tipos de pipetas. Há dois tipos clássicos de pipetas: as pipetas graduadas, que possuem uma escala para medir volumes variáveis; e as pipetas volumétricas, que possuem apenas um traço final, para indicar o volume fixo e final indicado por ela, sendo estas mais rigorosas que as graduadas. 10.Para que servem as balanças de laboratório? As balanças para laboratório são equipamentos específicos para medições precisas da massa de um corpo em laboratório, para segmentos em que análises, formulações e experimentos em geral requerem total precisão. 11. Pesquise e exemplifique outros equipamentos de um laboratório de Análises Clínicas. Centrífugas: São utilizadas para separar componentes sólidos e líquidos de amostras biológicas, como sangue, urina e outros fluidos corporais, através da rotação em alta velocidade. Microscópios: Permitem a visualização e análise de células, tecidos e componentes microscópicos presentes em amostras biológicas. Podem incluir microscópios ópticos convencionais, microscópios de fluorescência e microscópios eletrônicos. Analisadores automatizados: São equipamentos de alta tecnologia que realizam análises bioquímicas, hematológicas, imunológicas e microbiológicas de forma automatizada, proporcionando resultados rápidos e precisos. Podem incluir analisadores de bioquímica, hematócrito, coagulação, imunoensaio, entre outros. Espectrofotômetros: Utilizados para medir a absorção de luz em diferentes comprimentos de onda, permitindo a quantificação de substâncias presentes nas amostras. São comumente utilizados na análise de biomarcadores, enzimas e metabólitos. Cromatógrafos: Incluem cromatógrafos gasosos (GC) e cromatógrafos líquidos de alta performance (HPLC), que são utilizados para separar e analisar substâncias químicas presentes em amostras biológicas, como drogas, hormônios e metabólitos. Equipamentos de coleta e processamento de amostras: Incluem seringas, tubos de coleta de sangue, pipetas, agulhas, entre outros, utilizados para coletar, armazenar e processar amostras biológicas. Incubadoras: São usadas para fornecercondições ideais de temperatura e umidade para o crescimento de microrganismos em culturas bacterianas. Freezers e refrigeradores: Utilizados para armazenar amostras e reagentes em temperaturas baixas, garantindo sua estabilidade e preservação. Agitadores e agitadores de placa: São utilizados para misturar e homogeneizar soluções líquidas e culturas celulares. Autoclaves: Utilizadas para esterilizar instrumentos, vidrarias e meios de cultura através da aplicação de calor úmido sob pressão.