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@estetodabru Fatores que tornam o estudo da mama diferenciado: - Tem função nutritiva - Passa por modificações ao longo da vida como na Gravidez e involuem com o avanço da idade - Possuem um significado social, cultural e pessoal. -Deriva da Epiderme: glândula sudorípara modificada - Estruturas principais: DUCTOS E LÓBULOS - Células epiteliais: Luminal e Mioepitelial - Estroma : interlobular e intralobular -As porções superficiais são recobertas por epitélio escamoso queratinizado que muda abruptamente para um epitélio de dupla camada (células luminais ou mioepiteliais) do restante do ducto/sistema lobular. -Sucessivas ramificações dos ductos principais, eventualmente, levam à formação da unidade ducto lobular terminal. -Em mulheres adultas, os ductos terminais se ramificam em um conglomerado de pequenos ácinos, em forma de cacho de uva, para formar o lóbulo - A drenagem linfática da mama ocorre preferencialmente para a axila (97%), e o restante drena para a cadeia mamária interna (3%). 1- Linfonodos da cadeia axilar 2- Linfonodos da cadeia mamária interna 3- Linfonodos da cadeia supraclavicular -Puberdade: crescimento das mamas em função do desenvolvimento glandular e da deposição aumentada de tecido adiposo. -Durante a menstruação: Assim como o endométrio, as mamas aumentam e diminuem em cada ciclo menstrual. Na primeira metade do ciclo menstrual, os lóbulos são relativamente inertes. Depois da ovulação, sob a influência do estrogênio e aumento dos níveis de progesterona, a proliferação celular aumenta, assim como o número de ácinos por lóbulo. O estroma intralobular se apresenta extremamente edemaciado. Patologia de Mama Neoplasias Benignas @estetodabru @estetodabru Durante a menstruação, a queda dos níveis hormonais induz a regressão dos lóbulos e o desaparecimento do edema. - Gravidez : mama completamente madura com acréscimo de glândulas mamarias. - Após o parto, os lóbulos produzem colostro (rico em proteínas), que se transforma em leite (rico em gordura e calorias) em até 10 dias, enquanto os níveis de progesterona diminuem. As alterações permanentes produzidas durante a gravidez podem explicar a redução dos riscos de câncer de mama observada em mulheres que deram à luz durante a juventude. -Ao fim da lactação, as células epiteliais entram em apoptose e observa-se uma regressão dos lóbulos (mas não completa). - Pacientes que apresentam mamografia com predomínio de tecido fibroglandular (mamas densas) tem maior risco de desenvolver o câncer de mama e, nessa situação, a mamografia tem menor sensibilidade (mamas densas dificultam a avaliação das lesões mamárias) -A gordura é radiologicamente lúcida e parece escura na mamografia. Os tecidos conjuntivos e epiteliais são radiologicamente densos e parecem claros. “Os sintomas mais comuns relatados por mulheres com doenças mamárias são dor, massa palpável, “encaroçamento” (sem uma massa nítida), ou descarga papilar” Não neoplásicas: Mastite Aguda de lactação Mastite Crônica Alterações Esclerosantes Hiperplasia Epitelial sem atipia Hiperplasia Epitelial atípica @estetodabru Neoplásicas Benigna Papiloma Fibroadenomas Tumor Phyllodes -Mastite mais frequente -Primeiras semanas de amamentação -Penetração de bactérias pela papila mamária (‘mamilo’) – fissuras e rachaduras • Staphylococcus aureus e estreptococos • Dor, hiperemia, edema, calor, febre • Exsudato neutrofílico • Uso de antibióticos • Idiopática (provavelmente autoimune, sem agentes identificáveis) • Mulheres pardas na faixa etária de 20 a 40 anos • Micobactérias e fungos (paracoccidioidomicose, histoplasmose, actinomicose) - pacientes imunossuprimidos - mais raras • Histologia: granuloma, necrose, destruição do parênquima - Para o clínico, o termo pode significar mamas “nodulares irregulares” à palpação; para o radiologista, uma mama densa com cistos; e para o patologista, achados histológicos benignos. Essas lesões são denominadas não proliferativas e indicam que elas não estão associadas a aumento do risco de câncer de mama. • Ocorre em + 50% das mulheres em idade reprodutiva •Clínica: Massa palpável, nódulos, descarga papilar; dor eventual, caráter cíclico: pior na ‚TPM‛ Patogênese Desequilíbrio na resposta à estimulação hormonal cíclica e involução senil - excesso de estrógeno ou maior resposta do tecido mamário ao estrógeno circulante Morfologia @estetodabru - Adenose: aumento do número de ácinos e volume dos lóbulos Fibrose intralobular: tecido conjuntivo denso As lesões caracterizadas pela proliferação das células epiteliais, sem atipia, estão associadas a um pequeno aumento no risco de carcinomas subsequentes em qualquer mama. -Elas são comumente detectadas como densidades mamográficas, calcificações, ou como achados incidentais em biópsias realizadas por outros motivos. Essas lesões não são clonais e geralmente não estão associadas a mutações. -Embora elas sejam preditoras de risco, provavelmente não são reais precursoras do carcinoma. Os ductos e lóbulos mamários normais são revestidos por uma dupla camada de células mioepiteliais e células luminares). -Na hiperplasia epitelial, o aumento do número de células luminais e mioepiteliais preenche e distende os ductos e lóbulos. Luzes irregulares podem frequentemente ser observadas na periferia das células em proliferação. -A hiperplasia epitelial é geralmente um achado incidental. • Forma mais comum de adenose • Mamografia ou achado incidental na biópsia • Proliferação de ácinos ]• Preservação das camadas luminal e mioepitelial • Esclerose estromal @estetodabru • Crescimento papilar neoplásico benigno que pode ocorrer em qualquer parte do sistema ductal (desde o mamilo até o UDLT - unidade ducto lobular terminal) • + frequente em mulheres na pré-menopausa e manifesta-se com secreção sanguinolenta e aumento do volume subareolar O papiloma intraductal é um tumor menos freqüente da mama feminina, localizado próximo ao mamilo. - -Decorre de proliferação do epitélio dos ductos ou seios lactíferos, formando projeções papilíferas na luz, com aspecto em couve-flor, -que podem preencher o ducto e têm capacidade de secretar. - As secreções podem dilatar o ducto, formando um cisto como no presente caso. -A principal importância é o diagnóstico diferencial com carcinoma, pois o papiloma ductal também produz massa palpável e descarga sanguinolenta pelo mamilo. -O tumor é benigno, não sendo considerado precursor do carcinoma da mama Proliferação ductal (HDA) e lobular (HLA) com atipias celulares • Compartilham alguns dos achados do CDIS e do CLIS • Risco moderadamente aumentado para desenvolvimento de câncer de mama • Relacionado à estados de hiperestrogenismo, com alterações genéticas (16q/+17p e perda da E-caderina) • Tumor fibroepitelial benigno mais comum, que surge do estroma mamário intralobular ]• Mulheres jovens: 20 a 30 anos • Em geral são únicos (múltiplos em algumas pacientes) @estetodabru - A mamografia digital convencional (A), na incidência craniocaudal esquerda, evidencia nódulo com calcificação grosseira de aspecto benigno (compatível com fibroadenoma) no quadrante lateral. Já a mamografia 3D (B), também em craniocaudal, mostra nódulo espiculado com centro radiotransparente na junçãodos quadrantes superiores da mama esquerda, mais bem caracterizado que na imagem convencional. Resultado da biópsia: cicatriz radiada. • Epitélio hormonalmente responsivo: aumento de tamanho durante a gestação - Tumor bifásico: componente estromal e glandular (apenas o componente estromal é neoplásico Tumor fibroepitelial benigno raro • Surgem do estroma mamário intralobular • Faixa etária superior àquela do fibroadenoma - 50 a 60 anos • Normalmente são benignos, propensão a recorrência local quando não totalmente retirados • Benignos, borderline e malignos (maior taxa mitótica, pleomorfismo celular, celularidade estromal e bordas infiltrativas) - Aparência similar ao fibroadenoma: lesão redonda, oval ou lobulada de contornos bem definidos. Calcificações são infrequentes.
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