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Formação da urina pelo rim: Processamento do filtrado nos túbulos GUYTON (cap 27)

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ELISA PARANHOS – 73C 
FCMMG 
 
SISTEMA RENAL: 
(RESUMO GUYTON CAPÍTULO 27/ 8ª ED.) 
→ CAPÍTULO 27: Formação da urina pelo rim: Processamento do filtrado nos túbulos 
 Reabsorção e secreção nos túbulos renais 
 Além de reabsorverem, os capilares peritubulares também secretam substancias para os 
túbulos, através de difusão simples para o interstício e do transporte ativo ou passivo dessa 
substancia para o lúmen através do epitélio tubular 
 Ex: íons potássio e hidrogênio, ácidos e bases orgânicas 
 Reabsorção de solutos e água: 
 Membrana epitelial dos túbulos → líquido intersticial → membrana dos capilares 
peritubulares (ultrafiltração) → sangue 
 Transporte através de: 
1. Membranas celulares (via transcelular) → ativo ou passivo 
2. Espaços juncionais intercelulares (via paracelular) → passivo 
 Transporte ativo primário: 
 Bomba de sódio potássio ATPase → reabsorção de sódio no néfron 
 Lado basal e lateral das células epiteliais do túbulo → sistema extenso de 
sódio potássio ATPase hidrolisa ATP para usar a energia liberada para o 
transporte de íons sódio do interior da célula para o interstício 
 Mecanismos adicionais responsáveis por deslocar grande quantidade de sódio para dentro da 
célula: 
 Túbulos proximais → borda em escova no lado luminal da membrana → 
multiplica a superfície em 20x 
 Proteínas transportadoras de sódio → captam o sódio no lado luminal e 
transporta para o interior da célula (difusão facilitada) 
 Transporte ativo secundário: glicose e aminoácidos 
 Ocorre através da membrana dos túbulos renais 
 Duas ou mais substancias interagem com uma especifica proteína de membrana e são 
cotransportados juntos através da membrana 
 Não requer uso direto do ATP → usa energia liberada pela difusão facilitada 
 Transporte máximo de substancias transportadas ativamente → excessos são eliminados 
 Reabsorção passiva da água: osmose através do epitélio tubular 
 Acoplada a reabsorção de sódio 
ELISA PARANHOS – 73C 
FCMMG 
 
 Solutos transportados para fora do túbulo por processo ativo → diminuição de suas 
concentrações no interior do túbulo e aumento no interstício → diferença de concentração → 
osmose da agua (lúmen para interstício) 
 Reabsorção e secreção ao longo do néfron: 
 Túbulos proximais → alta capacidade de reabsorção (água, sódio, cloreto e potássio). 
Preservam as substancias necessárias para o corpo (glicose, aminoácidos, proteínas etc.). 
Mas, não são tão permeáveis aos resíduos corporais, reabsorvendo menor carga filtrada 
dessas substancias. 
 Alça de Henle: 
 Segmento fino descendente: 
 Altamente permeável a agua 
 Reabsorve 20% do filtrado glomerular 
 Liquido tubular se torna hiperosmótico a mede=ida que se desloca na 
direção do interior da medula renal 
 Secreção de ureia 
 Segmento fino e espesso ascendentes: 
 Permeabilidade de agua praticamente igual a 0 
 Reabsorve grandes quantidades de sódio, cloreto e potássio 
 Liquido tubular torna-se hipotônico a medida que volta para o córtex renal 
 Transporte ativo de NaCl do segmento espesso para o interstício eleva a 
concentração desses íons no líquido intersticial da medula renal 
 Reabsorção de NaCl → bomba de sódio potássio ATPase da membrana 
basolateral 
 NaCl → transportado rapidamente para membrana luminal através do 
cotransportador 1 sodio-2 cloreto- 1 potássio 
 Porção inicial do túbulo distal → dilui o líquido tubular 
 Segmento espesso da alça de Henle se esvazia no túbulo distal 
 Primeira parte do túbulo → sistema justaglomerular 
 Porção seguinte (segmento de diluição) → reabsorve ativamente a maioria dos íons, mas é 
quase impermeável a água e a ureia 
 Cotransportador de NaCl → transporta os íons do lúmen para o interior das células epiteliais 
da porção inicial do túbulo 
 Porção final do túbulo distal e túbulo coletor cortical: 
 Compostos por células: 
1. Principais: absorvem sódio e água do lúmen e secretam potássio para o lúmen 
2. Intercaladas: absorvem potássio do lúmen e secretam hidrogênio para o lúmen 
ELISA PARANHOS – 73C 
FCMMG 
 
 Membranas quase impermeáveis a ureia e permeabilidade a água é controlada pela [ADH] 
→ alta concentração = alta permeabilidade 
 Aldosterona → controla a reabsorção de sódio e a secreção de potássio pelas células 
principais 
 Ductos coletores medulares → sítios finais do processamento da urina 
 Determinam a quantidade final de água e solutos a serem eliminados 
 Permeabilidade a agua controlada pelo ADH → alto ADH = rápida reabsorção de agua = 
redução do volume urinário = maior concentração de solutos 
 Altamente permeável a ureia → parte da ureia é absorvida para o interstício medular e ajuda 
a elevar a osmolalidade da medula 
 Secreta íons hidrogênio contra o gradiente de concentração → papel chave na regulação 
ácido-base 
 Regulação da reabsorção tubular: 
 Equilíbrio glomerulotubular → a capacidade do túbulo para elevar sua taxa de reabsorção 
em reposta a um aumento da carga tubular 
 Quando a TFG se eleva, a taxa absoluta de reabsorção tubular aumenta 
quase proporcionalmente à elevação da TFG 
 O equilíbrio glomerulotubular ajuda a evitar a sobrecarga das partes mais 
distais do túbulo renal quando a TFG aumenta 
 As forças físicas presentes nos capilares peritubulares e no líquido intersticial renal 
influenciam a reabsorção tubular 
 À medida que o filtrado glomerular passa pelos os túbulos renais, mais de 
99% da água e a maior parte dos solutos são reabsorvidos – primeiro para o 
interstício renal e, em seguida, para os capilares peritubulares 
 A reabsorção para os capilares é regulada por pressões hidrostáticas e 
coloidosmóticas 
 Os dois fatores determinantes primários da reabsorção para os capilares 
peritubulares influenciados diretamente pelas alterações hemodinâmicas 
renais são as pressões hidrostáticas e coloidosmótica dos capilares 
 A pressão hidrostática dos capilares é influenciada por: Pressão arterial e 
Resistência das arteríolas aferentes e eferentes 
 A pressão coloidosmótica dos capilares peritubulares é influenciada por: 
Pressão coloidosmótica do plasma sistêmica e Fração de filtração. Quanto 
maior for a fração de filtração maior será a fração do plasma filtrada através 
dos capilares –consequentemente, mais concentradas se tornam as proteínas 
no plasma que ficam para trás. Portanto, um aumento na fração de filtração 
tende a elevar a taxa de reabsorção para os capilares peritubulares 
ELISA PARANHOS – 73C 
FCMMG 
 
 A elevação da PA reduz a reabsorção tubular 
 A elevação da PA provoca pequenos aumentos no fluxo sanguíneo renal e 
na TFG → Em rins normais, a TFG e o fluxo sofrem mudanças de menos de 
10% pelo fato da existência dos autorreguladores 
 A elevação da PA aumenta a pressão hidrostática dos capilares, sobretudo 
dos vasos retos da medula renal → Esse aumento, por sua vez, diminui a 
reabsorção para os capilares peritubulares – aumenta o vazamento de sódio 
de volta para o lúmen tubular. Como consequência, ocorre diminuição da 
reabsorção efetiva de sódio e água e aumento do débito urinário 
 A elevação da PA também diminui a formação de angiotensina II → Reduz 
a reabsorção de sódio pelos túbulos renais 
 A aldosterona aumenta a reabsorção de sódio e a secreção de potássio 
 A aldosterona, secretada pelo córtex da suprarrenal, atua sobre os receptores 
de mineralocorticoides, especialmente sobre aqueles das células principais 
do túbulo coletor cortical → estimula a bomba de sódio-potássio ATPase, 
que aumenta a reabsorção de sódio presente no túbulo e a secreção de 
potássio para o túbulo 
 Na ausência de aldosterona, como ocorre na destruição ou no mau 
funcionamento das glândulas suprarrenais, ocorre uma perda acentuada de 
sódio do corpo e acúmulo de potássio – o contrário também é válido 
 A angiotensina II aumenta a reabsorção de sódio e água 
 A angiotensina II é o hormôniode retenção de sódio mais potente do corpo 
→ Estimula a secreção de aldosterona – aumenta a reabsorção de sódio, 
contrai as arteríolas eferentes – diminui o fluxo sanguíneo renal → reduz a 
pressão hidrostática dos capilares → aumenta a fração de filtração, 
Estimula diretamente a reabsorção de sódio na maioria dos segmentos 
tubulares 
 Essas múltiplas ações fazem com que os rins retenham quantidades 
consideráveis de sódio e água em circunstâncias associadas à PA baixa e ao 
volume reduzido de líquido extracelular 
 O ADH aumenta a reabsorção de água 
 O ADH, secretado pela parte posterior da hipófise, aumenta a 
permeabilidade dos túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores à 
água 
 Por conseguinte, essas porções do néfron reabsorvem água avidamente e 
formam uma urina concentrada 
 Esses efeitos ajudam a conservar a água em situações como desidratação 
ELISA PARANHOS – 73C 
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 O peptídeo natriurético atrial diminui a reabsorção de sódio e água 
 Níveis elevados desse peptídeo inibem a reabsorção de sódio e água pelos 
túbulos renais – aumento da excreção de sódio e água 
 O hormônio paratireóideo aumenta a reabsorção de cálcio e diminui a reabsorção de fosfato 
 Esse hormônio é um dos reguladores de cálcio e fosfato mais importantes do 
corpo 
 Sua principal ação nos rins é aumentar a reabsorção de cálcio, sobretudo nos 
túbulos distais 
 Outra ação é a inibição da reabsorção de fosfato pelo túbulo proximal 
 A ativação do sistema nervoso simpático aumenta a reabsorção de sódio 
 Contrai as arteríolas aferentes e eferentes e, dessa forma, reduz a TFG 
 Ao mesmo tempo, aumenta diretamente a reabsorção de sódio no túbulo 
proximal, na alça de Henle ascendente e no túbulo distal, enquanto estimula 
a liberação de renina e a formação de angiotensina II

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