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Inicial. Indenizatória. Luiza Jung. Pronta

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MELISSA CORRÊA PARANHOS
OAB/RS 111.941
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA JUDICIAL DA
COMARCA DE CANDELÁRIA/RS.
LUIZA GABRIELE JUNG, brasileira, solteira, esteticista, portadora de RG
n.° 9107575277, CPF n.° 037. 97.050-54, residente e domiciliada na Rua
Intendente Albino Lenz, n.° 1642, bairro Centro na cidade de Candelária/RS, vem
à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador, propor a
presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA CUMULADA COM DANOS MATERIAIS E MORAIS
em desfavor de SUL AMERICA CIA NACIONAL DE SEGUROS, CNPJ:
033.041.062/0001-09, com endereço profissional na Rua Beatriz Larragoiti Lucas,
n.°121, parte Cidade Nova, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 20211-902, e BOTUCARAI
CORRETORA DE SEGUROS LTDA, CNPJ 18.267.579/0001-19, com endereço
profissional na Avenida Pereira Rego, n.°1071, bairro Centro, na cidade de
Candelária, RS, pelos fatos e fundamentos que segue:
1. DOS FATOS
A autora realizou o contrato de um seguro para seu carro, FIAT UNO
EV. VIVACE CE1. FLEX, ano 2014, com a Seguradora Botucarai Corretora de
Segurados LTDA, qual faz seguros com a Seguradora SUL AMERICA CIA
NACIONAL DE SEGUROS.
Ocorre que no final do ano de 2018, a autora estava residindo na
cidade de Santa Cruz do Sul, sendo necessário o seu deslocamento com o seu
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carro para a cidade de Candelária para fazer seus atendimentos
esporadicamente.
Quando a mesma adquiriu o seu seguro foi informada de que
qualquer problema com seu carro deveria ligar para o dono da seguradora, qual
seja, Sérgio Dihel.
Em uma de suas viagens para a cidade de Candelária, o seu veículo
teve problemas, sendo que a bateria não estava funcionando, pois o seu carro
não ligava, sendo que o veículo “morreu” em um linguajar coloquial.
A autora esperou alguém da seguradora para que trocasse sua
bateria, na garagem do prédio onde residia, pois, entrou em contato com o dono
da seguradora, ele, Sérgio, providenciou a troca bateria do carro da autora,
porém, quando a pessoa que fez a troca de baterias, a autora percebeu que não
era qualquer pessoa credenciada para fazer o mesmo, sendo que foi um homem
desconhecido, se identificou que foi mandado por Sérgio para trocar a bateria do
carro da requerente, dessa maneira, autorizou que trocassem, após a troca, o
homem colocou a bateria no porta malas do carro em cima de um cobertor, e não
deu qualquer informação sobre o que fazer com a bateria usada, a autora seguiu
viagem, já que necessitava ir até a cidade de Candelária.
Chegando em Candelária, a autora necessitava fazer a troca de óleo
em seu veículo, sendo assim, levou seu carro em sua oficina de confiança, de
maneira deixou o carro na oficina, o dono da mesma informou a requerente que
não poderia deixar a bateria dentro do carro, pois poderia causar problemas,
dessa maneira, foi retirada a bateria de dentro do porta malas, e não foi entregue
o casco a seguradora.
Depois de alguns dias e com boatos que teria tido conhecimento, a
autora teve o conhecimento de que a pessoa qual fez a troca de bateria era um
amigo do dono da seguradora Botucarai, e estava indo até a cidade de Santa
Cruz, teria feito um favor ao réu, e ainda que Sérgio, teria conseguido a bateria
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para a troca do carro da autora, em uma revenda na cidade de Candelária.
A autora seguiu com os seus compromissos diários sem qualquer
preocupação, porém, quando foi retirar o seu cobertor do porta malas de seu
carro, percebeu que o mesmo estava furado e que estaria soltando farelos, após
isso a autora começou a perceber que as suas roupas que usava após andar com
o veículo estavam se estragando, furando, bem como as de qualquer outra
pessoa que andava em seu carro.
A autora com preocupação em relação ao que estaria acontecendo,
iniciou uma pesquisa sobre o que poderia estar ocorrendo, até que também
percebeu que havia algo errado com o seu carro, pois os cintos de segurança
estavam se soltando, e no momento que retirou os carpetes do carro para fazer
limpeza percebeu que a lataria estaria se estragando, sendo assim, levou até
uma oficina de sua confiança e lhe informaram que poderia ser do ácido da
bateria que teria ficado no carro e estaria corroendo o mesmo.
Dessa maneira, a autora entrou em contato com a seguradora para
ser feito um acordo, mas foi informada que nada poderia ser feito e tão pouco
poderiam lhe entregar um carro reserva, já que não teria sido acidente e que não
arcariam com qualquer custo proveniente desta troca de bateria.
A requerente com receio de que poderia lhe causar algo mais grave
a sua saúde, ou até mesmo um acidente, já que o seu carro estava com
problemas, levou até a revenda de carro qual comprou o seu veículo, DFSUL
FIAT, já que seriam somente eles autorizados a verificar o que poderia trocado
em seu carro, deixando para avaliação perceberam que necessitava de diversas
trocas de peças, como cintos de segurança, serviço de funilaria, lanternas e de
uma lavagem total no carro com determinado produto para que cessassem a
corrosão do veículo.
Após ser feita a avaliação a autora foi informada de que seria muito
perigoso continuar rodando o veículo e que a troca de peças e a lavagem
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deveriam ser feitas brevemente para que não tivesse perca total do veículo, e que
caso continuasse andando com o veículo poderia causar algum acidente.
Com a apreensão de que poderia lhe ocorrer algo mais grave e que
teria o conhecimento que não poderia também vender o seu veículo pois não
seria certo passar o carro com estragos, fez a troca de peças e a lavagem
necessária.
Dessa maneira, tendo o conhecimento de que não haveria qualquer
acordo com a seguradora, a autora se socorre do judiciário a fim de que os réus
sejam condenados a reparar o dano causado por sua conduta, pois a autora nem
sequer sabe se realmente foi acionado o seguro. Assim, a requerente teve
prejuízos com o seu carro, pois somente com as todas as trocas de peças e
uma lavagem para retirar o ácido, teve o gasto de R$ 11.430,06 (onze mil
reais, quatrocentos e trinta reais e seis centavos), conforme orçamento
acostado e toda a preocupação de que poderia haver um acidente e ainda
não poder utilizar o seu veículo.
Sendo assim, não há de se discutir o dano moral e material
exposto. Sendo que é devido ao dano no valor mínimo de R$ 10.000,00 (dez
mil reais), tendo em vista toda a problematização tida pela autora e pelo
dano material de R$ 11.430.06, (onze mil reais, quatrocentos e trinta reais e
seis centavos).
2. DA JUSTIÇA GRATUITA
A requerente é pessoa de parcos recursos, assim deseja o benefício da
Assistência Judiciária Gratuita, conforme dispõe artigo 98, do Código de Processo
Civil, tendo em vista não dispor de condições financeiras para suportar custas e
despesas processuais sem prejuízo próprio, conforme declaração de
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hipossuficiência anexada.
3. DO DIREITO
Acerca do dever de indenizar, a Constituição da República dispõe,
em seu artigo 5º:
Art. 5º. V - é assegurado o direito de resposta, proporcional
ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou
à imagem;
O dever de indenizar também encontra previsão no Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Há que se transcrever, também, o artigo 186 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
O Tribunal do Rio Grande do Sul, também tem decididoque:
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. ENERGIA ELÉTRICA. AUTOR QUE RESIDE NO
IMÓVEL. DESLIGAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA PELO RÉU
PARA MANUTENÇÕES, SEM QUE O AUTOR FOSSE
NOTIFICADO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM
INDENIZATÓRIO REDUZIDO. Descreve o autor, na inicial, que ao
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chegar a sua residência no dia 11/10/2016, percebeu que houve
um desligamento da energia elétrica. Informa que efetuou contato
telefônico com a RGE, que lhe informou que sua genitora teria
solicitado o desligamento, porém, a mesma faleceu em
01/05/2016. Alega suspeitar de que Carlos Porto de Almeida seria
o autor do ato. Requer indenização por danos morais. Possível
perceber que os danos causados ao autor foram de
responsabilidade do réu. Apesar das partes possuírem outros
processos nos quais contendem acerca da propriedade do imóvel,
quem nele reside atualmente é o autor. Portanto, para efetuar o
desligamento de energia elétrica, mesmo que para fazer reparos
no imóvel, deveria o réu ter notificado o autor, para que ele
soubesse da necessidade da suspensão de energia elétrica pelo
prazo necessário. Conforme o relato da testemunha Zilá (fl. 104),
o réu teria contratado um eletricista para desligar o disjuntor com
o objetivo de fazer manutenções, sendo que a testemunha
Maiquel (fl. 104) confirmou o desligamento pelo réu, dizendo que
o imóvel está no nome do pai dele (réu), o que possibilitou a
medida junto à RGE, o que enseja a responsabilidade do
demandado pelos danos alegados pelo autor. A falta de
notificação ao autor, por parte do réu de que haveria conserto ou
manutenção no imóvel e para tanto necessário o desligamento de
energia elétrica, é passível de indenização por danos morais.
Quantum fixado em R$ 3.000,00(...) que merece redução para R$
1.500,00 (um mil e quinhentos reais), atendendo às circunstâncias
do caso concreto e aos princípios de proporcionalidade e
razoabilidade.
É evidente, assim, a ilicitude da conduta da ré que, dolosamente,
causou danos e prejuízo ao autor que deverá ser indenizado.
4. DOS PEDIDOS
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Assim, postula-se:
a) a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, nos
termos do artigo 98, do CPC;
b) a designação de audiência de conciliação, com a intimação
pessoal da parte demandante e a citação e intimação da parte demandada com
antecedência de vinte dias e advertência de que o não-comparecimento ou a falta
de justificativa implicará ato atentatório à dignidade da justiça (CPC, art. 334);
c) a concessão do prazo de quinze dias para as partes contestarem,
sob pena de serem considerados revéis e presumidas verdadeiras as alegações
de fato formuladas pela parte autora (CPC, arts. 335 e 344);
d) sejam julgados procedentes os pedidos, para que sejam os réus
condenados ao pagamento de indenização pelos danos materiais no valor de R$
11.430,06 (onze mil reais, quatrocentos e trinta reais e seis centavos) e
morais sofridos pela parte autora no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
e) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em
especial documental, testemunhal e pericial.
Dá à causa o valor de R$ 21.430,06 (vinte e um mil, quatrocentos e
trinta reais e seis centavos).
Candelária, 26 de junho de 2019.
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