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MEDICINA VETERINÁRIA Anatomia - revisão Observar desde a cavidade oral até o ânus. É necessária uma organização sistemática que pode variar de acordo com o avaliador. Observar se o animal tem fome e apetite. o Ingestão de água o Preensão de alimentos o Mastigação o Deglutição Alterações em algum desses parâmetros pode ser decorrente de sistema digestivo, mas também pode ter relação com outros sistemas, como o nervoso por exemplo. É importante lembrar do desenvolvimento dos pré- estômagos. Ruminante neonato lactente tem um abomaso muito maior do que o rúmen em função de sua dieta que é exclusivamente leite e será digerido no abomaso. o Omaso e abomaso mais desenvolvido que o rúmen e retículo. o Primeiros 10-12 dias de idade o Não tem motilidade ruminal nesse tempo o O que gera a motilidade ruminal é o desenvolvimento do rúmen por seu preenchimento com alimento fibroso Observa-se motilidade ruminal a partir de 12-15 dias de idade. Rúmen e retículo (compartimento primário – 30%) Omaso e abomaso (compartimento secundário – (70%) A goteira esofágica é uma prega que se fecha e desvia o leite para não permitir que ele caia no compartimento ruminorreticular, fazendo com que o leite vai para o omaso e depois para o abomaso. o O seu fechamento forma um sulco. o Se o animal ingira leite, ocorre o estímulo para o fechamento da goteira esofágica. o Em animais enfermos que nascem com algum problema e não consegue mamar, é passado uma sonda esofágica até parte do esôfago e coloca o leite através dessa sonda, mas ainda assim há risco de o leite cair no rúmen. o Se há leite no rúmen e retículo, ele fermenta, não é digerido e entra em putrefação. Timpanismo MEDICINA VETERINÁRIA Existe um suprimento nervoso que é fundamental para o funcionamento normal dos pré-estômagos. Em algumas situações a função da inervação fica comprometida. O par de nervo vago tem origem no TE e vai paralelamente para o esôfago. Em uma determinada altura, cada ramo se divide em ramos ventrais e dorsais. o Ramos dorsais esquerdo e direito se juntam e os ramos ventrais esquerdo e direito se juntam também. Disso são formados 2 troncos: Tronco dorsal do nervo vago Inerva mais a parte de rúmen Tronco ventral do nervo vago Inerva a região reticular, orifício reticulomasal e abomaso. Os ruminantes são predisponentes a processos inflamatórios do retículo decorrentes de ingestão de CE metálicos, que quando ingeridos se depositam no saco ventral do retículo e a medida que ocorrem as contrações ruminais, os CE perfuram a parede do retículo e causam a inflamação = é a chamada reticulite traumática. Esses processos inflamatórios comprometem a função do nervo vago. Os receptores espalhados pelo sistema digestório são comprometidos na inflamação. Retículo é o chamado marca passo para a motilidade ruminorreticular, ao comprometimento vagal pode haver alteração na motilidade. o Timpanismo recidivante o Indigestão vagal Na parte mais dorsal há fibras longas e um bolsão de gás onde a fermentação dos alimentos produz gases (ácido graxos voláteis – acético, propiônico e butílico, metano e ácido lático) que se acumulam no topo e são eliminados pela eructação. Necessário que ocorra a movimentação normal dos compartimentos. Em um dado momento o alimento desce para o saco ventral do rúmen e os movimentos ruminais continuam. Os alimentos são mais triturados, densos e líquidos. À medida que o alimento chega a granulometria ideal, eles ficam mais pesados, sedimentam no fundo e vão até o retículo através das movimentações. Quando o alimento está finalmente triturado ele é empurrado, ocorre o fechamento do cárdia e o alimento é encaminhado para o omaso e do omaso para abomaso. Os movimentos ruminantes tem duas fases: Movimento primário = de mistura Movimento secundário = eructação Nervo vago sempre controla isso. Como ocorre a eructação dos ruminantes? Orifício reticulomasal fecha e cárdia relaxa, o saco dorsal do rúmen contrai e empurra o gás que é eliminado pela boca. Estabelecimento da microbiota rumenal A câmara ruminorreticular é um ambiente fechada com pressão e temperatura MEDICINA VETERINÁRIA controlada para que ocorra o funcionamento normal de toda a microbiota responsável pela digestão dos alimentos. São divididos por 3 tipos: pequenos, médios e grandes. É feita uma amostragem, avalia por objetiva e estima quanto % de protozoário é encontrado em cada campo, sendo possível estabelecer se há uma microbiota normal ou não. Bactérias gram negativas* e positivas Fungos Leveduras Protozoários Em animais jovens não há essa microbiota funcionando. Desenvolve por lambedura na mão e de fezes o Contato com o microrganismo7 o Ingestão de alimento fibroso o Observam-se em coleta de suco rumenal. Sequência de exame - bovinos 1- Identificação do animal Idade Peso Raça 2- Anamnese O que está acontecendo? Quando começou o problema? Como esse problema ocorreu? Principais perguntas: Já apresentou o mesmo problema antes? Indica quadro recidivante como o timpanismo ruminal por deficiência em estímulo vagal. Foi feita alguma medicação? E o resultado? (timpanismo recidivante da indigestão vagal não responde ao tratamento). A quanto tempo apresenta a doença? (quadro agudo ou crônico) Qual o regime de criação? Qual a alimentação do animal? Cavidade oral deve ser avaliada. O problema pode ser interno ou externo a cavidade oral. Actino micose – nodulação na mandíbula causada por uma bactéria que pode ser sido causada por lesões na boca ou contaminação da ferida pela bactéria. Actinobacilose (glossite)- a língua fica edemaciada e o animal perde a capacidade de preensão de alimentos dificuldade de deglutição e sialorreia. A regurgitação é um outro problema. Apesar do hábito de ruminar, os animais nunca jogam o alimento para fora da boca. Indicativo de distúrbio de esôfago. o Megaesôfago o Obstrução de esôfago 3- Exame físico geral Observa a simetria do contorno abdominal o O flanco esquerdo é levemente preenchido quando ele acabou de se alimentar ou levemente deprimido quando há um tempo da ultima ingestão do alimento. O mesmo ocorre para o flanco direito. o Timpanismo, indigestão vagal, timpanismo espumoso ou gasoso, hidropsia de membranas fetais MEDICINA VETERINÁRIA são doenças que causam distensão abdominal. Para avaliar a distensão do abdômen é necessário se posicionar de forma caudal ao paciente. Depois se posiciona lateral para observar. Presença de dor abdominal o Alongamento do abdômen afastando os membros torácicos e pélvicos para melhor base. Avaliação da presença de apetite Exame visual: Contorno do animal Postura do animal 4- Exame físico específico Avalia detalhadamente todos os segmentos do sistema digestório dos animais. 5- Exames complementares Avaliação de suco/conteúdo ruminal Avaliação da boca, faringe e esôfago - Inspeção e palpação externa e interna e olfação. Observar a parte de mucosa, dentes e línguas. Observar salivação o Animais que apresentam salivação excessiva e quadro neurológico pode ser suspeita de raiva. o Histórico de disfagia e salivação é obrigatório uso de luvas. Observar aumentos de volume Lesões traumáticas Cortes Objetos perfurativos Para avaliação mais detalhada pode colocar um equipamento chamado abrir boca. Machuca a boca do animal Possibilidade de avaliar toda a mucosa, dentes, gengiva Palpar gengiva, região periodontal e dentes. Exame do esôfago Inspeção direta (externa de esôfago cervical) e indireta (interna) e palpação. Sondagem geralmente é feita para avaliação esofágica. Pacientes com históricode regurgitação, quadros de obstrução ou megaesôfago. o Pode usar a mesma sonda que nos equinos, mas as sondas nasogástricas em equinos só podem ser utilizadas via nasogástrica, já no ruminante é apenas oroesofágica, o que faz com o bovino acabe mastigando e danificando a sonda nas laterais. Assim, a sonda usada em bovino não pode ser usada em equinos em função dessas deteriorações. o Sondagem esofágica utilizando mangueiras. o Pode-se utilizar guias de sondas ou tracionar a língua, passa a sonda introduzindo por cima da língua. o Também pode ser colocado sondas uretrais de potros introduzidas via nasoesofágica. RX simples e contrastado MEDICINA VETERINÁRIA Endoscopia AVALIAÇÃO DO RÚMEN Inspeção, palpação, percussão, auscultação e olfação. Inspeção - Rúmen ocupa o abdômen esquerdo. O centro de avaliação é principalmente a região de fossa paralombar. Avalia o contorno abdominal Preenchimento da fossa paralombar esquerda Palpação – alimento no rúmen é fibroso e acaba dando uma consistência mais firme que na palpação com a ponta dos dedos ou punho fechado provoca uma depressão que se desfaz com a motilidade ruminal. Há doenças que causam alteração na consistência do conteúdo do rúmen o Indigestão vagal (conteúdo espumoso). o Timpanismo espumoso o Acidose lática ruminal Fossa paralombar esquerda tem 2 situações normais: leve depressão depois de um tempo que o animal se alimentou (6-8horas) e uma leve distensão se o animal acabou de se alimentar. o Distensão: timpanismo gasoso ou espumoso, timpanismo espumoso por indigestão vagal. A palpação da fossa paralombar esquerda a borda caudal da ultima costela forma como um V. A região composta apenas por musculatura e pele (sem estrutura óssea) é onde o rúmen fica e é examinado. A palpação no punho fechado é no intuito de verificar a consistência do rúmen. É possível fazer o movimento de saculação para verificar se tem a consistência normal ou está repleto com líquido. Estratificação do rúmen: na parte superior fica acumulado os gases que se formam em bolhas dentro do conteúdo, que se juntam e forma bolhas maiores, sobem no compartimento e são eliminados por eructação. Na parte média é depositado as partículas de densidade média. Na parte mais ventral é onde se depositam as fibras mais trituradas e líquido. Com a motilidade ruminal o conteúdo é empurrado para o retículo, que contrai e o conteúdo vai para o omaso e segue ao abomaso. Percussão – normalmente tem som timpânico na parte dorsal e som submaciço a maciço na parte ventral (faixa horizontal). Exame de abomaso – Auscultação/percussão Auscultação/baloteamento Na avaliação do rúmen, colocando o estetoscópio na fossa paralombar, é feito o deslocamento do estetoscópio para o 12º espaço intercostal para auscultar e fazer a associação de técnica com a percussão (com martelo ou dedo). Isso é importante para a avaliação do flanco esquerdo, onde uma das enfermidades importantes é o deslocamento do abomaso que sai da direita e vai para o lado esquerdo, ficando armazenado entre o rúmen e gradecostal. Isso gera um som metálico (abomaso deslocado). MEDICINA VETERINÁRIA Auscultação – avaliar se o rúmen está com os movimentos normais feitos para eructação e misturar os alimentos. Normalmente, bovinos tem entre 7 e 12 movimentos em 5 minutos. Ovinos tem ente 7 – 14 mpm Caprinos tem de 6-12 mpm Normalmente a auscultação é feita em 1 minuto (1-2 ou 2-3 mpm) ou 2 minutos (2-4 mpm) para observar se a motilidade está dentro da motilidade. Mas se na ausculta de 1 ou 2 minutos, os movimentos mensurados estiverem acima ou abaixo do normal, é feita a ausculta em 5 minutos para verificar se ele tem atonia ou hipomotilidade ruminal. * Ausente (-) Diminuída (+-) Normal (++-) Aumentada (+++) Exame do retículo – se faz apenas avaliação dos testes de sensibilidade a dor. Está próximo ao diafragma, repousando no esterno e ligeiramente a esquerda da linha média (no apêndice xifoide) e em decorrência dessa posição, não é possível fazer a palpação, percussão ou auscultação ou olfação. As provas de dor são: Prova do bastão o Colocado um bastão de madeira na região do esterno. Um auxiliar de cada lado e é erguido o bastão para cima. O retículo é muito propenso a processos inflamatórios por CE metálicos. Quando o CE perfura o retículo e causa reação inflamatória e o animal sente dor. Um examinador fica na cabeça do animal para observar se ele geme. Prova da percussão dolorosa o Um examinar fica na cabeça do animal para ouvir gemidos dolorosos e outro fica batendo na região do esterno com martelo de borracha ou com o punho. Prova do plano inclinado o Colocar o animal para subir (estica o retículo) e principalmente descer uma rampa, onde o rúmen se desloca no sentido cranial e comprime o retículo, que causa dor. processo inflamatório no retículo causa fibrose. Exame do omaso – omaso fica localizado logo após o retículo no terço médio do abdômen direito. Localizado ente a 7 e 9ª costelas direitas. Como há o grade costal, a forma de avaliação é apenas por laparotomia ou rumenotomia exploratória. Laparotomia pelo flanco direito = com a mão pode palpar o órgão. o Aumento de volume e compactação compactação alimentar do omaso. Exame do abomaso – localizado ligeiramente entre a direita da cicatriz umbilical e a veia abdominal superficial. Não é naturalmente auscultado (pode haver interferência de som ruminal) MEDICINA VETERINÁRIA É feita a inspeção direta para verificar se há alguma distensão do abdômen ventral direito indicativo de alteração de volume de abomaso. Palpação externa próxima a região da cicatriz umbilical e verifica se ele apresenta sinal de dor. Palpação indireta com punção para suspeita de compactação do abomaso com areia. Percussão é realizada entre o 7 e 11º espaço intercostal. Som submaciço que pode sofrer interferência. o Se estiver distendido o local é entre a 8 e 13ª costela Abomaso desloca para esquerda* e direita (torce) gera som metálico por distensão, onde há gás e líquido. Exame do fígado – é avaliado principalmente quando o paciente tem histórico de problemas hepático ou de pele (fotossensibilização). Avaliado de acordo com a posição anatômica o Bovinos = 10 – 12º EIC o Ovinos/caprinos = 8 -12º EIC Inspeção indireta o Hepatomegalia a borda do fígado passa do 12º EIC. Palpação Percussão – som maciço o É feita na parte superior do abdômen do lado direito entre os EIC. o Feita sorologia para exames hepáticos. Exames dos intestinos – abdômen direito, fossa paralombar direita. Verificar simetria de contorno abdominal Verificar alteração de volume Problemas intestinais cursam com alterações características o Ausência de fezes no reto o Obstruções Distensão do abdômen ou não a depender da porção obstruída. No terço inicial não distende nada, mas no terço final do intestino delgado, toda a parte cranial fica distendida. A palpação direta é pela fossa paralombar. Palpação retal para observar alteração de posicionamento e consistência do intestino Na percussão o som é timpânico e submaciço A auscultação é feita quando há indicio de problema digestivo o Hipomotilidade o Atonia o Hipermotilidade Hematoquezia e tenesmo são sinais muito vistos. enterite (causa tenesmo e sangramento). A palpação retal é fundamental e pode revelar alterações importantes ou as vezes pode não haver achados. MEDICINA VETERINÁRIA Geralmente os animais tem fezes no reto sempre e ao palpar há fezes na ampola retal. o Se não houver fezes é indicativo que não há passagem da digesta para o intestino: Quadro obstrutivo Compactação de omaso Abomaso comobstrução ou intestino. Aumento de volume e som metálico pode ser observado no flanco direito, que é preenchido pelo intestino. Exames complementares – Paracentese abdominal o No final do esterno 10-12 cm caudal ao esterno (em equídeos) e cranial à glândula mamária ou entre a cicatriz umbilical e veia abdominal superficial é preparado cirurgicamente o local, utiliza a lâmina de bisturi e perfura levemente a pele e entra como uma cânula mamária e abre um orifício aberto na lateral. Coleta da amostra com EDTA. o A coleta de líquido peritoneal no bovino é mais e difícil em função da baixa quantidade de líquido peritoneal em bovinos. Em pacientes com peritonite aguda é mais fácil Laparotomia exploratória o Problemas reticulares (esquerda) o Deslocamento de abomaso para esquerda o Problema de omaso o Diagnóstico de intussuscepção o Diagnóstico de problemas de ceco (equinos). Laparotomia direita. Exame de líquido rumenal o Etapa fundamental para estabelecer diagnostico, principalmente em indigestões fermentativas. o Geralmente feito no lab. De patologia clínica. o Coleta amostra de suco ruminal e avalia cor, consistência, odor, prova de sedimentação e flutuação. o Na avaliação química: pH*, azul de metileno*, cloreto, fermentação. o Avaliação microbiológica: protozoários e bactérias. o A coleta é feita a partir de sondagem esofágica. Acopla a sonda a uma bomba de vácuo e coleta o suco de rúmen. Pode colocar em proveta e marcar o tempo para observar a sedimentação da parte mais densa (ocorre ente 5-8 minutos). Animais com indigestão fermentativa, timpanismo espumoso tem prova alterada onde tudo MEDICINA VETERINÁRIA sedimenta rapidamente e não há flutuação. o Na avaliação do pH é utilizada as fitas. O pH ruminal é entre 5,5 e 7. < 5,5 é indigestão ácida: protozoários e bactérias gram (-) morrem. > 7 altera menos do que o pH ácido. o A prova de azul de metileno as amostras são colocadas em tubos de ensaio: 1 ml de azul de metileno e 20 ml de suco de rúmen homogeneíza e deixa em temperatura ambiente. As bactérias no suco do rúmen consumem o azul de metileno e a coloração volta ao normal e isso ocorre entre 1-3 minutos. > 3 min e a coloração não mudou a população microbiana foi alterada. Detector de metais ferroscópio o Passar o aparelho ferroscópio onde apita quando passa por objetos metálicos. o É colocado um ímã para se ligar ao objeto. Exame de fezes Provas de avaliação hepática Hemograma Sequência de exame - equinos Identificação do animal Idade Peso Raça Anamnese O que está acontecendo? Quando começou o problema? Como esse problema ocorreu? Maior problema é a cólica (torção, deslocamento, alimentação). Queixa principal Qual o manejo e a alimentação? Muitas vezes a cólica ocorre em mudanças bruscas de alimentação onde subitamente é fornecido alimento mais fibroso. Controle parasitário Alguns parasitas causam um quadro de cólica equina Início do processo Problemas digestivos se não tratados em tempo hábil pode levar a morte de equinos Características da crise (como o processo começou): discreta ou grave. Úteis para identificar pacientes com potencialidade para tratamento cirúrgico. Manifestações de episódios anteriores Quadros redicivantes de cólica podem ser causadas por CE como enterólitos. Tratamentos anteriores realizados Tendencia de criadores aplicar analgésico em animais. MEDICINA VETERINÁRIA Exame físico geral Observa a simetria do contorno abdominal Para avaliar a distensão do abdômen é necessário se posicionar de forma caudal ao paciente. Depois se posiciona lateral para observar. Presença de dor abdominal o Cavalos são mais sensíveis a dor. o Animal olha para o flanco o Pode expor pênis o Animal pode ficar rolando no chão o Animal bate com a pata no chão Avaliação da presença de apetite Exame visual: Contorno do animal Postura do animal Exame físico específico Avalia detalhadamente todos os segmentos do sistema digestório dos animais. Animais com hepatopatia Icterícia Perda de peso Avaliação da boca, faringe e esôfago - Inspeção e palpação externa e interna e olfação. Abrir a boca, tracionar a língua ou usar abrir bocas, uso de pitos. Observar a parte de mucosa, dentes e línguas. Exame do esôfago Inspeção direta (externa de esôfago cervical) e indireta (interna) e palpação. Sondagem o Em equinos existem sondas específicas: sondas com diâmetros variados. Nas extremidades, tem local para administrar medicação e possuem aberturas laterais que evitam que as sondas encostem na mucosa e ocorra obstrução. o Lubrifica a sonda e passa com delicadeza, utilizando sondas com diâmetro compatível com o porte do animal. o Todo equídeo com problema digestivo a sondagem nasogástrica é protocolo básico (diagnóstico e preventiva). Avalia esôfago Avalia estômago Avalia se há refluxo gástrico (cólica). O refluxo gástrico é perigoso porque quando ocorre de maneira intensa, a cárdia não relaxa e o conteúdo não volta e o estômago continua a receber fluido do intestino até se romper. Ruptura gástrica gera choque séptico e leva a morte aguda. RX simples e contrastado Endoscopia Avaliação do abdome – é feita a inspeção, palpação e baloteamento, auscultação e percussão. O maior problema é a síndrome cólica o Alteração de postura, comportamento e distensão abdominal (é o que provoca dor). MEDICINA VETERINÁRIA A dor faz com que o animal olhe para o flanco, deite e role (o que danifica mais). O ceco tem muito gás e ele na percussão no flanco direito pode haver som timpânico e à medida que será baixado o som pode ficar submaciço ou maciço A percussão com auscultação é feita pela fossa paralombar. o Abdome direito ausculta o ceco e vai descendo auscultando o ceco. Avaliação de borborigmos - Tem a descarga íleo cecal que ocorre geralmente de 1-2 a cada 3 min. Ceco, cólon direito. o No lado esquerdo começa auscultando na fossa paralombar e pode ir descendo para auscultar os grandes cólons esquerdos. Avaliação de borborigmos – não há descarga, apenas o som de borborigmos. Cólon menor, intestino delgado e cólon dorsal e ventral. Palpação do abdome pelo reto – Avaliação de ausculta de abdome, palpação pelo reto, coloca sonda nasogástrica e a depender do caso faz abdominocentese. Grande importância onde sempre que há síndrome cólica é feito para verificar qual compartimento digestivo está comprometido o Compactação o Deslocamento o Torção o Enterólitos Primeiro é necessária uma boa contenção (derrubada do animal) o Luva de palpação, retirada de objetos e acessórios, lubrificante e identificar os achados sentidos. o Pega a parte de cólon menor onde há uma tênia dorsal com saculações. o Pega o ceco (distendida, gás e tênia medial). lado direito. o Pega flexura pélvica no lado esquerdo. É um ponto de estreitamento onde ocorre muitos problemas de obstruções (animais comendo alimentos muito fibrosos). Achados anormais – Fezes e mucosa retal o Fezes sem revestimento de muco Aumentos firmes do intestino o Comum em animais com obstrução de intestino o Fezes ressecadas ou com muito muco Distensão intestinal As vezes o animal tem cólica por encarceramento nefroesplênico onde a MEDICINA VETERINÁRIA flexura pélvica flexiona e encarcera o rim e o baço. Palpação retal é importante para saber a razão da cólica e fazer a conduta terapêutica correta. Pode haver cólica por torção. Quadro muito agudo e rápido Tratamento apenas cirúrgico Pode haver cólica por compactação. Pode ser tratada clinicamente Abdominocentese– é procedimento padrão porque geralmente todo equino com cólica acaba apresentando quadros de peritonite. Animais com peritonite geralmente morre na cirurgia. Análise de líquido peritoneal (a coleta é exame físico e a avaliação do líquido é exame complementar) Conduta do animal com cólica: Intubação nasogástrica Parâmetros fisiológicos Ausculta de flancos direito e esquerdo Palpação retal Abdominocentese Exames complementares: US do trato alimentar Laparoscopia o Não muito utilizada o Observa posicionamento das estruturas Endoscopia do trato alimentar o Problema esofágico o Problema estomacal Gastrite e ulceras Radiologia da cabeça e trato alimentar o Problemas dentários Paracentese abdominal o No final do esterno 10-12 cm caudal ao esterno é preparado cirurgicamente o local, utiliza a lâmina de bisturi e perfura levemente a pele e entra como uma cânula mamária e abre um orifício aberto na lateral. Coleta da amostra com EDTA. o O líquido peritoneal normal é em coloração amarelada e é transparente. o Animal com líquido alterado é claro. o Líquido contaminado com conteúdo digestivo é inviável para análise. o Líquido peritoneal turvo é provável que o animal tenha peritonite. o Líquido sanguinolento pode indicar extravasamento de sangue para a cavidade (perda da integridade mucosa).
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