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Bairro Seminário, Av. Nereu Ramos, 3777 D – fone: (49) 3319-2600 – www.unoesc.edu.br – CNPJ 84.592.369/0010-11 – CEP 89.813-000 – Chapecó-SC ANÁLISE DE FILME: TOC TOC Roberta Kist Ribeiro O filme intitulado “Toc Toc” é uma comédia espanhola muito bem estruturada e inteligente, com direção de Vicente Villanueva. O longa nos fornece uma visão totalmente inesperada sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, trazendo seis pacientes bastante distintos entre si que possuem diferentes tipos do transtorno e são colocados juntos em uma mesma sala de espera. O resultado é a criação de laços de amizade e um passo à frente para a superação dos medos e “demônios” desses pacientes, através de muita conversa, apresentações, momentos emocionantes e cômicos. Ana Maria é a quarta pessoa a chegar na sala de espera do Dr. Palomero, o famoso psiquiatra que tem sua agenda sempre lotada de consultas. Ela sofre pelo TOC de verificação, ou seja, sente a necessidade de fazer diversos rituais de verificação antes de sair de casa ou em qualquer outro aspecto de sua rotina (verificar se desligou o gás, por exemplo). Esses rituais também são religiosos, ela é bastante apegada à Bíblia e faz o sinal da cruz diversas vezes (mais um de seus rituais). É evidente que ela é uma pessoa bastante moralista, repugna e fica completamente espantada com certos comportamentos, como os de Frederico, que possui a Síndrome de Tourette e fala obscenidades e palavrões mesmo sem querer. De acordo com Freud, a personalidade é estruturada em três partes: Id, o princípio do prazer e parte instintiva; Ego, mediador e parte que proporciona o equilíbrio; Superego, parte referente aos pensamentos morais e éticos. A personalidade se desenvolve a partir de quatro fontes de tensão: processos de crescimento fisiológico, frustrações, conflitos e ameaças. Como Ana Maria é obcecada por ordem e seus princípios tem uma dinâmica baseada em Deus e moralidade, provavelmente sua personalidade é guiada pelo Superego. Isso acontece quando os impulsos são constantemente negados e reprimidos durante o desenvolvimento, principalmente na fase genital, onde os impulsos sexuais devem ser retomados. Essas repressões estão intrinsecamente interligadas com as fontes de tensão, pois há certos períodos delimitadores em nossas vidas que podem causar sentimentos e traumas que serão indefinidamente suprimidos pelo inconsciente e jamais serão trazidos à tona, salvo em casos muito particulares. http://www.unoesc.edu.br/ Bairro Seminário, Av. Nereu Ramos, 3777 D – fone: (49) 3319-2600 – www.unoesc.edu.br – CNPJ 84.592.369/0010-11 – CEP 89.813-000 – Chapecó-SC Rica em dados, é interessante tomar essa obra como objeto de estudo, sendo de grande utilidade para acadêmicos que querem entender o TOC de uma maneira divertida, não deixando de observar que este transtorno é algo difícil de se conviver e que é necessário buscar ajuda se constatados sintomas, que podem ser diversos. No filme vimos alguns como aritmomania, obsessão por limpeza, os já citados rituais de verificação, compulsão de repetição e necessidade exagerada de simetria e organização, o que o torna atual e indispensável para entendermos o TOC. http://www.unoesc.edu.br/ Bairro Seminário, Av. Nereu Ramos, 3777 D – fone: (49) 3319-2600 – www.unoesc.edu.br – CNPJ 84.592.369/0010-11 – CEP 89.813-000 – Chapecó-SC REFERÊNCIAS: FEIST, Jess; FEIST, Gregory J.; ROBERTS, Tomi-Ann. Teorias da personalidade-8. AMGH Editora, 2015. http://www.unoesc.edu.br/
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