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Morfossintaxe e Semântica da Língua Portuguesa - EAD

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MORFOSSINTAXE E 
SEMÂNTICA DA LÍNGUA 
PORTUGUESA
PROF.A MA. KEILA DE OLIVEIRA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional: 
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Luana Ramos Rocha
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1 - AS CLASSES DE PALAVRAS ................................................................................................................................. 6
1.1. SUBSTANTIVO ...................................................................................................................................................... 7
1.2. ADJETIVO ............................................................................................................................................................. 9
1.2.1. LOCUÇÃO ADJETIVA ........................................................................................................................................ 10
1.2.2. FLEXÕES DO ADJETIVO .................................................................................................................................. 10
1.3. ARTIGO ............................................................................................................................................................... 12
1.4. NUMERAL .......................................................................................................................................................... 12
1.5. PRONOME .......................................................................................................................................................... 13
1.6. VERBO ................................................................................................................................................................ 16
1.6.1. ESTRUTURA DO VERBO ................................................................................................................................. 17
CLASSES DE PALAVRAS
PROF.A MA. KEILA DE OLIVEIRA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
MORFOSSINTAXE E SEMÂNTICA DA 
LÍNGUA PORTUGUESA
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1.7. ADVÉRBIOS ........................................................................................................................................................ 19
1.7.1. ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS ..................................................................................................................... 19
1.7.2. LOCUÇÃO ADVERBIAL ................................................................................................................................... 20
1.7.3. GRAU DOS ADVÉRBIOS ................................................................................................................................. 20
1.7.4. PALAVRAS DENOTATIVAS .............................................................................................................................. 21
1.8. PREPOSIÇÃO ..................................................................................................................................................... 21
1.8.1 LOCUÇÃO PREPOSITIVA ................................................................................................................................. 22
1.8.2. EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES .................................................................................................................... 22
1.9. CONJUNÇÃO ...................................................................................................................................................... 23
1.10. INTERJEIÇÃO ................................................................................................................................................... 24
2 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 26
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INTRODUÇÃO
Em linhas gerais, a área de estudo da linguagem denominada Morfologia estuda a palavra 
em suas diferentes formas, porém várias são as implicações que essa definição pode trazer. O que 
seriam as formas para a Morfologia? Quais combinações, regras e limites que regem a reunião de 
sons que, então, formam as palavras com significado inerente? Essas perguntas são, basicamente, 
a pesquisa na qual a Morfologia procura obter respostas.
Conforme resgatado por Hintze e Pante (2011, p. 11), em uma perspectiva histórica, “a 
língua era considerada uma espécie de espelho do pensamento, e, por isso, deveria ser clara”. É 
por esse motivo que estudos mais aprofundados se debruçaram sobre a pronúncia, ortografia e 
precisão entre a palavra e sua formação. Assim, dois enfoques foram determinados: um para a 
palavra já instituída e outro para as unidades mínimas de significado, os chamados morfemas.
Pela trajetória de modelos de estudos morfológicos, podemos encontrar análises distintas 
que, de alguma forma, se preocupam com a composição de nossa língua. A morfologia de base 
estrutural, por exemplo, considera a língua como um sistema de valores e cria o elemento mínimo 
de significado, o morfema, o qual se diferencia da palavra por não poder aparecer sozinho, 
sendo desprovido de significado autônomo.Esse é, também,o caso de vogais temáticas (morfema 
gramatical) e morfemas modo-temporais, que são aqueles que indicam se um verbo está no 
pretérito perfeito, pretérito imperfeito, futuro do presente, entre outros tempos de conjugação. 
Esse modelo de morfologia é fechado ao sistema linguístico e é, em suma, uma visão analítica 
dessas unidades mínimas.
O modelo gerativista, por sua vez, se atenta à produção de novas formações de palavras 
e suas regras. Aqui podemos citar como exemplo os casos de representações diferentes na escrita 
de um mesmo som (caso do -m antes de -p e -b e -n diante dos demais fonemas) e da adaptação 
de um som para a escrita (caso da colocação de -rr quando se acrescenta prefixo em real e temos 
irreal para manter o som forte). No seguimento desse modelo, “a preocupação recai sobre a 
capacidade ou competência que um falante nativo revelasobre a formação de novas palavras e 
sobre a capacidade de aceitar ou de rejeitar novas formações” (HINTZE; PANTE, 2011, p. 15). 
Assim, o conhecimento inato do falante e sua capacidade de generalização pode, por esse modelo, 
ser formalizado em regras morfológicas. Isso ajuda a identificar quais prefixos e sufixos ainda são 
produtivos e se uma ou outra palavra pode existir, como no exemplo citado pelas autoras: faturar 
(?) faturador; enxergar (?) enxergador.
Enfim, temos a morfologia funcionalista que vai analisar a língua em uso, prevendo que 
o falante possui elementos no sistema da língua que pode escolher conforme suas necessidades 
para se expressar. Aqui entram questões desde maior/menor expressividade de certas palavras 
até formações novas usadas em contexto real e ainda não formalizadas; é um modelo que toma 
o texto como unidade analítica, então não se detém em unidades menores, dedicando atenção às 
formas disponíveis e seus graus de adequação a certas situações.
Tendo em vista a existência da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) e seu 
consequente processo de cristalização de expressões que são tomadas, a partir daí, como corretas 
e dicionarizadas (muitas vezes, sem mesmo uma indicação de regra ou sistema para uso), um 
estudo e entendimento completos da língua portuguesa não podem se limitar a um só modelo 
de análise, considerando a dinamicidade da língua. É claro que o aspecto diacrônico deve ser 
revisitado para entendermos certos fatos linguísticos, e mesmo as explicações das gramáticas 
precisam serem estudadas para se obter um conhecimento analítico da língua, como será feito 
adiante, mas a expansão desse conhecimento até a realidade da língua como é utilizada pelos 
falantes deve sempre ser buscada e mesmo aplicada.
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1 - AS CLASSES DE PALAVRAS
Figura 1 – Classes de palavras.Fonte: Central da Morfologia (2010).
A língua portuguesa possui inúmeras especificidades e é natural que fosse dividida em 
diferentes áreas. Na chamada Morfologia são estudadas a estrutura, a formação e a classificação 
das palavras.Por isso as classes de palavras são estudadas isoladamente, desconsiderando a função 
que exercem dentro da frase ou do período, estudo que será realizado pela sintaxe.
Não é tarefa fácil classificar uma palavra, por isso os vocábulos estão divididos em dez 
classes, são elas: o substantivo, o artigo, o adjetivo, o numeral, o pronome, o verbo, o advérbio, 
a preposição, a conjunção e a interjeição. São agrupadas em classes por possuírem propriedades 
comuns. As particularidades e exceções são registradas quando necessárias.
Agora que você já sabe quais são as classes de palavras, você sabe para que elas são 
utilizadas? Elas servem para construirmos nosso pensamento e elaborar nosso discurso de 
maneira objetiva e clara e, assim, obtermos uma comunicação efetiva, por isso a importância de 
conhecer a gramática.
Na língua portuguesa a categorização gramatical de uma palavra não é fixa, isto é, ela 
depende das relações que estabelece com outras palavras, com as quais combina para formar 
enunciados. Sabendo que a língua é mutável e essas modificações sofridas são de acordo com as 
necessidades do falante, nem sempre podemos ser rígidos com a classificação das palavras, pois 
posso dizer amo podendo ser tanto um substantivo quanto um verbo, dependendo do contexto. 
Se for amo de um senhor é um substantivo, mas se for amo de querer bem, então, será o verbo 
amar. Essas comparações deixam claro que a classe gramatical de uma palavra depende das 
relações que ela estabelece com as outras palavras, com as quais se combina para constituir as 
frases.
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Dessa forma, temos palavras variáveis e outras invariáveis. Começaremos com as palavras 
variáveis que possuem desinências nominais, como o substantivo,o adjetivo,o artigo, o numeral 
e o pronome, que são classificadas gramaticalmente como nomes. As desinências nominais 
indicam a flexão de gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) dos nomes, mas 
também temos as desinências verbais que se encaixam na classe de palavras variáveis, que são 
divididas em modo, tempo, número e pessoa.
Observe a tabela para compreender melhor quais as classes de palavras que são variáveis 
e as invariáveis.
Tabela 1 – Classe de palavras. Fonte: a autora.
1.1. Substantivo
O substantivo possui funções específicas, é a classe de palavra que dá nome a tudo o que 
existe ou que é inventado, ou seja, dá nome a seres em geral, como para pessoas (Maria), animais 
(sabiá), objetos (cadeira), seres animados (criança), seres inanimados (pedra), seres imaginários 
(fada), lugares (sala, Acre), ações e fatos (corrida), atitudes (coragem), sentimentos ou sensações 
(alegria), fenômenos da natureza (chuva), estado de ânimo (cansaço), qualidade das pessoas ou 
das coisas (inteligência), entre outros.
As desinências nominais são marcadas, no português, pela troca da desinência 
“-o”pela “-a” → menino/menina. E para a indicação de número costuma-se agregar 
o morfema “-s” no final da palavra para indicar plural e a ausência desse morfema 
indica o singular → menino(Ø) /meninos. Nos casos de nomes terminados em -r e 
-x, a desinência de plural assume a forma -es, como podemos observar nas pala-
vras mar/mares e juiz/juízes.
Classes de palavras variáveis
1-Substantivo
2-Adjetivo
3-Artigo
4-Pronome
5-Numeral
6-Verbo
10- Advérbio
(é uma classe mista, pois há advérbios que variam e advérbios que não variam)
Classes de palavras invariáveis
7-Preposição
8- Conjunção
9-Interjeição
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Os substantivos recebem classificações distintas, tendo em vista aspectos relacionados à 
formação e ao significado de abrangência. Vejamos cada um de forma particular: 
Tabela 2 – Classificação dos substantivos. Fonte: a autora.
Importante não esquecer que uma classificação não exclui a outra. Veja o exemplo de 
lapiseira, é um substantivo derivado, simples, comum e concreto.
 Os substantivos coletivos são aqueles que, mesmo sendo singulares, designam um grupo 
de seres da mesma espécie: alcateia: de lobos;álbum: de fotografias, de selos; enxame: de abelhas; 
esquadra: de navios; enxoval: de roupas.
Aspecto analisado
Origem
Forma
Designação 
(geral ou específica)
Tipo de ser nomeado
Classificação
Primitivo -não tem sua origem de outra palavra da língua como: lápis, 
árvore, folha, rua etc.
Derivado - são aqueles que provêm de outras palavras já existentes como: 
florista, casebre, pedreira, folhagem etc.
Simples - são aqueles que apresentam um único radical em sua estrutura 
como: livro, pedra, flor, terra etc.
Composto - são aqueles substantivos que têm ao menos dois radicais em 
sua estrutura como em:couve-flor, pombo-correio, girassol, pernilongo etc.
Comum - são aqueles que designam todo e qualquer indivíduo de uma 
espécie de seres como: homem, estrada, animal, escola, montanha etc.
Próprio - São sempre grafados com letra maiúscula e são denominados 
pelo fato de designarem de forma particular um ser de determinada es-
pécie como: João, Praça Tiradentes, Maceió, Rio Tocantins, Alemanha, Vênus 
etc.
Concreto - são aqueles que designam seres de existência independente 
(reais ou imaginários) como: Deus, cidade, saci fada, duende, homem, 
coelho etc.
Abstrato - são aqueles que designam nome a estados, qualidades, senti-
mentos e ações como: amor, paixão, tristeza, honestidade, coragem etc.
Via de regra, são derivados de verbos e adjetivos como em: trabalhar/tra-
balho, belo/beleza.
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Saiba mais sobreos substantivos coletivos acessando: 
<https://www.normaculta.com.br/substantivos-coletivos/>.
Os substantivos são flexionados em: 
a) Gênero: 
Biformes: para designar masculino e feminino (aluno/aluna); e
Uniformes: para designar os que apresentam uma única forma (onça, jacaré. Para 
designar macho e fêmea, devemos acrescentar onça macho, ou onça fêmea).
b) Número:
Quanto ao número, o substantivo pode ser singular ou plural (relógio, relógios). Contudo 
há substantivos que só aparecem no plural, como as cócegas, as custas, as férias.
c) Grau:
Além do grau normal, o substantivo pode apresentar-se no grau aumentativo e no grau 
diminutivo.
Tabela 3 – Grau dos substantivos. Fonte: a autora.
1.2. Adjetivo
O adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo, 
indicando-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto. 
Homem bom
Pessoa feliz
Dia chuvoso
Saiba mais sobre o plural dos substantivos compostos acessando:
<https://www.normaculta.com.br/plural-dos-substantivos-compostos/>.
Aumentativo
Amigo= amigalhão
Casa= casarão
Fogo= fogaréu
Diminutivo
Gota= gotícula
Parte= partícula
Sala= saleta
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1.2.1. Locução adjetiva
É a expressão formada de preposição (ante, após, com, contra, de, desde etc.) mais 
substantivo (ou advérbio) com valor de um adjetivo; como o adjetivo atribui característica a um 
ser. 
Dia de chuva (chuvoso)
Atitudes de anjo (angelicais)
Menino do Brasil (brasileiro)
1.2.2. Flexões do adjetivo
Eles flexionam em:
a) Gênero: 
O adjetivo flexiona-se em gênero (masculino/feminino) para acompanhar o substantivo 
ao qual se refere.
• Biforme: quando apresenta duas formas – uma para o masculino, outra para o 
feminino.
Tabela 4 –Adjetivos biformes. Fonte: a autora.
• Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêneros
Tabela 5 –Adjetivosuniformes. Fonte: a autora.
b) Número: 
• Adjetivos simples: formam o plural da mesma forma que os substantivos simples.
Tabela 6 – Adjetivos simples. Fonte: a autora.
masculino
Homem simpático
Homem alto
Aluno estudioso
feminino
Mulher simpática
Mulher alta
Aluna estudiosa
masculino
Homem inteligente
Homem simples
Aluno feliz
feminino
Mulher inteligente
Mulher simples
Aluna feliz
singular
Pessoa honesta
Regra fácil
Homem feliz
plural
Pessoas honestas
Regras fáceis
Homens felizes
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• Adjetivos compostos: como regra geral, somente o último elemento varia, tanto em 
gênero quanto em número.
Tabela 7 – Adjetivos compostos. Fonte: a autora.
Quadro 1 – Observações. Fonte: a autora.
c) Grau: 
O adjetivo pode apresentar-se no grau comparativo, quando a qualidade que ele expressa 
está em comparação com outros seres, e no grau superlativo, quando a qualidade expressa pelo 
adjetivo apresenta-se em grau elevado. 
Tabela 8 –Grau dosadjetivos. Fonte: a autora.
A mudança de grau do adjetivo pode ser obtida por dois processos:
1- Sintético: quando a alteração de grau é feita por meio de sufixos. 
Esta casa é agradabilíssima.
2- Analítico: quando a alteração de grau é feita pelo acréscimo de alguma palavra que 
modifica o adjetivo. 
Esta casa é muito agradável.
Observações
• Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável.
• Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis.
• No adjetivo composto surdo mudo, ambos os elementos variam.
Comparativo de
Superioridade
Igualdade
Inferioridade
Estrutura de comparação
Mais... (do) que
Tão...quanto/como
Menos...(do) que
Exemplo
A árvore era mais alta 
que a casa.
A noite foi tão quente 
quanto o dia
Seu irmão é menos 
estudioso que você
singular
Camisa verde-clara
Sapato marrom-escuro
plural
Camisas verde-claras
Sapatos marrom-escuros
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1.3. Artigo
O artigo é a palavra que acompanha o substantivo associando-lhe efeitos de determinação 
ou de indeterminação. É variável em gênero e número.Antecede o substantivo para determiná-lo 
de modo:
• Definido: determina o substantivo de modo preciso, particular. Pode ser singular (o, a) 
ou plural (os, as). 
O menino resolveu a questão.
• Indefinido: determina o substantivo de modo vago, impreciso, genérico. Pode ser 
singular (um, uma) ou plural (uns, umas). 
Um menino resolveu a questão.
O artigo possui como uma de suas propriedades, além de determinar e definir o 
substantivo,o poder de substantivar qualquer palavra, como em: “o‘a’é uma vogal” (a letra “o” 
é artigo e a letra “a” é substantivo). Também evidencia o gênero e o número do substantivo, 
como em: “a colega, o colega, o lápis, os lápis”. O artigo também pode aparecer combinado com 
preposições, como em: “ele estava no (em+o) estádio edeixou o livro numa(em+uma) mala”. 
Por último, o artigo indefinido anteposto a um numeral revela quantidade aproximada, como 
em:“faltaram uns seis dançarinos”.
1.4. Numeral 
É a palavra que indica a ordem de sucessão ou o número. São classificados em:
• Cardinais: indicam quantidade e admitem feminino somente os cardinais um (uma), 
dois (duas) e as centenas a partir de duzentos (duzentas, trezentas etc.)
Um, dois, três, quatro...
• Ordinais: indicam ordem de sucessão, lugar, posição que alguém (ou alguma coisa) 
ocupa em determinada sequência.
Primeiro, segundo, terceiro, quarto...
• Multiplicativos: indicam multiplicação, mas os multiplicativos efetivamente empregados 
são dobro e triplo. Os demais são substituídos pelo numeral cardinal seguido da palavra vezes 
(quatro vezes, cinco vezes)
Dobro, triplo, quádruplo...
• Fracionários: indicam divisão, fração. A palavra meio, quando funciona como numeral 
fracionário, deve concordar com o substantivo a que se refere. 
Meio, metade, um terço, um quarto...
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1.5. Pronome
É a classe de palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha 
o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso ou evitando repetições em alguns casos, 
servindo para apontar as três pessoas do discurso ou situá-las no espaço e no tempo. Assim, 
temos a:
1ª pessoa: o emissor, quem fala.
Eu saí. Nós saímos. Convidaram-me.
2ª pessoa: o receptor,com quem se fala. 
Tu saíste. Vós saístes. Convidaram-te.
3ª pessoa: o referente, de que ou de quem se fala.
Ele saiu. Eles saíram. Convidei-o.
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.
Ele chegou. Convidei-o.
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extensão de seu 
significado, afirmamos tratar-se de pronome adjetivo.
Esta casa é antiga. Meu livro é antigo.
 
Os pronomes podem ser classificados em seis espécies:
a) Pronomes Pessoais: em uma oração, os pronomes pessoais podem exercer a função 
de sujeito ou de complemento. Devido a essa dupla possibilidade de função, eles subdividem-se 
em dois grupos: retos e oblíquos.
Não se esqueça que, em determinadas regiões do Brasil, o você e o vocês substi-
tuem o tu e o vós.
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Singular
Plural
Caso reto (função 
de sujeito)
Eu
Tu
Ele/ela
Nós
Vós
Eles/elas
Átonos 
(sem preposição)
Me
Te
Se, o, a, lhe
Nos
Vos
Se, os, as, lhes
Caso oblíquo (função de complemento)
Tônicos 
(com preposição)
Mim
Ti
Si, ele/ela
Nós
Vós
Si, eles/elas
Tabela 9 –Pronomes pessoais. Fonte: a autora.
b) Pronomes Possessivos: são aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando 
ideiade posse.
Meu carro é vermelho. Posso ler seu jornal
Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída e, em 
pessoa com o possuidor. 
Eu vendi meus discos.
Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá concordar 
com o substantivo mais próximo. 
Fiquei ouvindo meus discos e fitas.
Tabela 10 – Pronomes possessivos. Fonte: a autora.
As formas comigo, contigo, conosco, convosco e consigo resultam da combina-
ção da preposição com + os pronomes oblíquos correspondentes.
Número
Singular
Plural
Pessoa
1ª
2ª
3ª
1ª
2ª
3ª
Pronomes possessivos
Meu, minha, meus, minhas
Teu, tua, teus, tuas
Seu, sua, seus, suas
Nosso, nossa, nossos, nossas
Vosso, vossa, vossos, vossas
Seu, sua, seus, suas
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c) Pronomes Demonstrativos: são aqueles que indicam a posição da coisa designada no 
tempo e no espaço em relação às pessoas do discurso. 
Os pronomes demonstrativos são os seguintes:
Tabela 11 –Pronomes demonstrativos. Fonte: a autora.
São também pronomes demonstrativos: o (quando equivale a aquele, aquela, aquilo), 
mesmo, próprio, semelhante, tal.
d) Pronomes Relativos: são aqueles que geralmente retomam um termo anterior 
(antecedente) da oração, projetando-o numa outra oração.
Não conhecemos os alunos. Os alunos saíram.
Não conhecemos os alunos que saíram.
Os pronomes relativos são os seguintes:
Quadro 2 –Pronomes relativos. Fonte: a autora.
1ª Pessoa
2ª Pessoa
3ª Pessoa
Este, esta, estes, estas, isto
Esse, essa, esses, essas, isso
Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo
Os pronomes demonstrativos podem aparecer combinados com preposições.
Deste, desta, disto
Nesse, nessa, nisso etc.
Que (quando equivale a o quale flexões)
O qual (e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
O qual (e flexões)
Cujo (e flexões)
Quanto (e flexões)
Onde (quando equivale a no quale flexões).
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Onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento.
Aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale àpara 
onde; é o resultado da combinação da preposição a + onde.
e) Pronomes Indefinidos: são aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de 
modo vago e indeterminado.
Alguém me contou a verdade.
Os pronomes indefinidos são os seguintes:
Quadro 3 –Pronomes indefinidos. Fonte: a autora.
Também podem aparecer sob a forma de locução pronominal:
Cada qual, quem quer que, qualquer um etc.
f) Pronomes Interrogativos: são os indefinidos quem, que, qual e quanto, com os quais 
formulamos frases interrogativas diretas ou indiretas.
Quem chegou? (interrogativa direta)
Gostaria muito de saber quem fez isso. (interrogativa indireta)
1.6. Verbo
Ainda estudando a classe de palavras variáveis, temos as desinências verbais que se 
aplicam às variações dos verbos. Estes podem sofrer modificações ao flexionar-se em número 
(singular/plural) e pessoa (primeira, segunda e terceira), como também em tempo (passado, 
presente e futuro) e em modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) que exprime um fato (ação, 
estado ou fenômeno) no tempo. 
Quem, alguém, ninguém, outrem (invariáveis; referem-se a pessoas).
Algo, tudo, nada (invariáveis; referem-se a coisas).
Onde, alhures, algures, nenhures (invariáveis; referem-se a lugares).
Algum, nenhum, todo, vário, certo, outro, muito, pouco, quanto, tanto, qual, 
qualquer (e flexões).
Que, cada (invariáveis).
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1.6.1. Estrutura do verbo
• Radical: é a parte do verbo que serve como base do significado. Obtém-se o radical do 
verbo retirando-se as terminações – ar, – er, – ir do infinitivo. 
Tabela 12 – Estrutura do verbo. Fonte: a autora.
• Vogal temática: é a vogal que se agrega ao radical, preparando-o para receber as 
desinências. Como nem sempre é possível juntar a desinência diretamente ao radical, usam-se as 
vogais a, e, i como elemento de ligação.
A vogal temática indica a qual conjugação pertence o verbo.
Vogal temática a – 1ª conjugação: cantar
Vogal temática e – 2ª conjugação: bater
Vogal temática i – 3ª conjugação: partir
• Desinências: são elementos que se acrescentam ao radical (ou ao tema) para indicar 
as categorias gramaticais de tempo e modo (desinência modo-temporal) e pessoa e número 
(desinência número-pessoal). 
Observe como ocorrem às desinências verbais:
Tabela 13 –Desinências verbais. Fonte: a autora.
Infinitivo
Cantar
Bater
Partir
Radical
Cant-
Bat- 
Part-
Terminação ou desinência
-ar
-er
-ir
Pessoa gramatical
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa 
Indicativo
Subjuntivo
Imperativo
Presente
Pretérito
Futuro
Singular
Eu canto
Tu cantas 
Ele/ela/você canta
Modo
Exprime certeza
Exprime hipótese, dúvida etc.
Exprime ordem, pedido, ameaça etc.
Tempo
perfeito
imperfeito
mais-que-perfeito
do presente
do passado
Número
Plural
Nós cantamos 
Vós cantais 
Eles/elas/vocês cantam 
Eu cantarei 
Se eu cantasse
Cante amanhã
Ela canta diariamente
Ela cantou no domingo
Ela cantava sempre
Ela cantara ontem
Ela cantará amanhã
Ela cantaria para o público.
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Exemplo: Cant-á-va-mos
cant: radical;
-á: vogal temática – verbos terminados em ar;
-va: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo);
-mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural).
Estudando a classe dos verbos, também existem as vozes verbais, que se constituem em 
três:
1- Voz ativa: quando o sujeito é o agente, isto é, aquele que executa a ação expressa pelo 
verbo.
O gorila comeu a banana.
O aluno leu o livro.
2- Voz passiva: quando o sujeito é paciente, isto é, o receptor da ação expressa pelo verbo. 
Há dois tipos de voz passiva:
a) Voz passiva analítica: formada pelo verbo auxiliar mais particípio.
A banana foi comida pelo gorila.
O livro foi lido pelo aluno.
b) Voz passiva sintética (ou pronominal): quando é formada pelo verbo na terceira 
pessoa mais a partícula apassivadora se.
Comeu-se a banana
Leu-se o livro.
3- Voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, executor e 
receptor da ação expressa pelo verbo.
O gorila cortou-se.
O menino feriu-se.
Na classe de palavras invariáveis da língua portuguesa, temos palavras que não admitem 
alterações em sua forma. Tais palavras, denominadas invariáveis, constituem quatro classes 
gramaticais: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Os verbos possuem diversas classificações: regular, irregular, anômalo, defectivo, 
abundantes, auxiliar. Para entender um pouco das características de cada uma 
delas, visite:
<https://www.normaculta.com.br/classificacao-dos-verbos/>.
E caso precise conjugar os verbos acesse o site a seguir e digite o verbo desejado:
<http://www.conjugador.com.br/index.php?verbo=nadar&pesquisa=1>.
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1.7. Advérbios
Advérbio é a palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo ou ainda outro advérbio, 
exprimindo determinada circunstância.
Observe os enunciados: 
As meninas irão viajar.
As meninas irão viajar amanhã.
A palavra em negrito acrescenta a ideia de tempo. Assim, os advérbios indicam diferentes 
circunstâncias, como tempo, modo, intensidade, lugar, dúvida, afirmação e negação ao fato 
verbal. Além das locuções adverbiais, tais como frente a frente, às vezes, sem dúvida, de modo 
algum, entre outras.
Tabela 14 – Advérbios. Fonte: a autora.
1.7.1. Advérbios interrogativos
Quando empregados em frases interrogativas (diretasou indiretas), os advérbios recebem 
o nome de advérbios interrogativos.
Onde você mora? (interrogativa direta)
Não sei onde você mora. (interrogativa indireta)
Tempo
Modo
Intensidade
Lugar
Dúvida
Afirmação
Negação
hoje, ontem, amanhã, já, de vez em quando, neste momento, atualmente, breve-
mente, à noite, à tarde, de repente, agora, logo, sempre, nunca, cedo, às vezes etc.
bem, mal, rapidamente, lentamente, às pressas, à vontade, à toa, facilmente, de 
mansinho, face a face, devagar, às escuras etc.
muito, mais, menos, pouco, bastante, tão, apenas, em excesso, demais, bastante 
etc.
aqui, ali, lá, acolá, além, perto, longe, em algum lugar, à esquerda, à direita, atrás, 
em cima etc.
talvez, acaso, porventura, possivelmente, quem sabe, provavelmenteetc.
sem dúvida, certamente, sim, seguramente, realmente, efetivamente etc.
jamais, não, de modo algum, de jeito nenhum, tampouco etc.
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1.7.2. Locução adverbial
Frequentemente o advérbio não é representado por uma única palavra, mas por um 
conjunto de palavras. A esse conjunto de palavras, geralmente formado por preposição + 
substantivo, adjetivo ou advérbio, dá-se o nome de locução adverbial:
Ele resolveu o problema com calma (=calmamente).
Quadro 4 – Exemplos de locução adverbial. Fonte: a autora.
1.7.3. Grau dos advérbios
São dois os graus do advérbio:
a) Grau comparativo, que pode ser de:
Igualdade: tão + advérbio + quanto (ou como)
Ele chegou tão cedo quanto o colega.
Superioridade: mais + advérbio + (do) que
Ele chegou mais cedo que o colega.
Inferioridade: menos + advérbio + (do) que
Ele caminhou menos contente do que o colega.
b) Grau superlativo, que pode ser:
Sintético: quando a presença de sufixo indicar grau.
Cheguei cedíssimo.
Analítico: quando a indicação de aumento de grau é feita por outro advérbio.
Cheguei muito cedo.
Observe alguns exemplos de locução adverbial:
À direita, à esquerda, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a 
frente, de maneira alguma, de manhã, em breve, de súbito, de propósito, de 
repente, ao léu etc.
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1.7.4. Palavras denotativas
Certas palavras que se assemelham a advérbios não possuem classificação especial. São 
simplesmente chamadas palavras denotativas e podem indicar, entre outras coisas:
Tabela 15 – Palavras denotativas. Fonte: a autora.
1.8. Preposição
A preposição é a palavra invariável que funciona como conectivo ao estabelecer a ligação 
entre as palavras e as orações, o que caracteriza sua relação de subordinação e/ou dependência.
Chegou de ônibus.
As preposições classificam-se em:
• Essenciais: que são palavras que atuam exclusivamente como preposições.
• Acidentais: são palavras que, ocasionalmente, funcionam como preposição. 
Observe alguns exemplos:
Tabela 16 – Preposições. Fonte: a autora.
Inclusão
Exclusão
Explicação
Retificação
Realce
Situação
Designação
Até, inclusive, também etc.
Apenas, salvo, menos, exceto etc.
Isto é, por exemplo, a saber, ou seja 
etc.
Aliás, ou melhor, ou sejaetc.
Cá, lá, é que etc.
Afinal, agora, então etc.
eis
Ele também foi.
Todos, exceto eu, foram à festa.
Ele, por exemplo, não pôde comparecer.
Amanhã, aliás, depois de amanhã iremos à 
festa.
Ele é que não pôde comparecer.
Afinal, quem está falando?
Eis o verdadeiro culpado.
O termo que antecede a preposição é denominado regente, o termo que a sucede 
é denominado regido.
Essenciais
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, 
em, entre, para, perante, por, sem, sob, 
sobre, trás.
Acidentais
Afora, consoante, como, conforme, du-
rante, fora, mediante, salvo, segundo, 
senão, visto etc.
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1.8.1 Locução prepositiva
Chamam-se de locuções prepositivas as preposições formadas por mais de um vocábulo, 
como em abaixo de, acerca de, a fim de, além de, ao lado de, apesar de etc.
1.8.2. Emprego das preposições
Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Quando na 
junção da preposição com outra palavra não houver alteração fonética, teremos combinação. 
Caso a preposição sofra redução, teremos contração.
Tabela 17 – Combinação e contração das preposições. Fonte: a autora.
É importante dar atenção para alguns casos especiais de combinação e contração. A 
preposição a pode se fundir com outro a, gerando o fenômeno conhecido por crase.
Vou a a escola.
Vou à escola.
Também não se deve contrair a preposição de com o artigo que encabeça o sujeito de um 
verbo.
Está na hora da onça beber água. (errado)
Está na hora de a onça beber água. (certo)
As preposições podem assumir inúmeros valores:
Tabela 18 –Valores das preposições. Fonte: a autora.
Combinação
Ao (a +o)
Aos (a + os)
Aonde (a + onde)
Contração
Do (de + o)
Dum (de + um)
Desta (de + esta)
No (em + o)
Neste (em + este)
Lugar
Origem
Causa
Assunto
Ver de perto.
Ele vem de Brasília.
Morreu de fome.
Falava de futebol.
Meio
Posse
Matéria
Etc.
Veio de trem.
Casa de Paulo.
Chapéu de palha.
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1.9. Conjunção
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos que exercem a 
mesma função sintática dentro de uma oração. 
Pedro chegou atrasado e João ficou aborrecido.
Pedro e João chegaram atrasados.
No primeiro caso, a conjunção e liga duas orações; já no segundo, a conjunção liga dois 
termos da oração que exercem a mesma função sintática (sujeito).
As conjunções classificam-se em: 
• Coordenativas: quando ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações 
independentes (coordenadas). As conjunções coordenativas subdividem-se em:
Tabela 19 – Conjunções coordenativas. Fonte: a autora.
• Subordinativas: quando ligam duas orações sintaticamente dependentes. 
As conjunções subordinativas subdividem-se em: 
Tabela 20 –Conjunções subordinativas. Fonte: a autora.
Aditivas (indicam soma, adição)
Adversativas (indicam oposição, contraste)
Alternativas (indicam alternância, escolha)
Conclusivas (indicam conclusão)
Explicativas (indicam explicação)
e, nem, mas também, mas ainda etc.
mas, porém, todavia, contudo, entretanto etc.
ou, ou...ou, ora...ora, quer... quer etc.
pois (posposto ao verbo), logo, portanto, então 
etc.
pois (anteposto ao verbo), porque, que etc.
Causais (exprimem causa, motivo)
Condicionais (exprimem condição)
Consecutivas (exprimem resultado, consequên-
cia)
Comparativas (exprimem comparação)
Conformativas (exprimem conformidade)
Concessivas (exprimem concessão)
Temporal (exprimem tempo)
Finais (exprimem finalidade)
Proporcionais (exprimem proporção)
Integrantes
porque, visto que, já que, uma vez que, como etc.
se, caso, contanto que etc.
que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, 
de maneira que etc.
como, que (precedido de mais ou menos) etc.
como, conforme, segundo etc
embora, se bem que, ainda que, mesmo que, 
conquantoetc.
quando, enquanto, logo que, desde que, assim 
que etc.
a fim de que, para que, que etc.
à proporção que, à medida que etc.
que, se (quando iniciam oração subordinada 
substantiva)
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Observação: As conjunções expressas por mais de um vocábulo recebem o nome de 
locução conjuntiva. 
1.10. Interjeição
Interjeição é a palavra invariável através da qual exprimimos nossas emoções, sensações, 
reações psicológicas e expressões; elas também descrevem ruídos. Utilizando as interjeições não 
há necessidade de estruturas linguísticas mais elaboradas, podendo ser considerada umapalavra-
frase. Geralmente é acompanhada de um ponto de exclamação. 
Seguem alguns exemplos de interjeições:
Tabela 21 – Interjeições. Fonte: a autora.
Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução 
interjetiva, como em: ora bolas!,cruz credo!, puxa vida!, ô de casa!, etc.
Surpresa
Medo
Alegria
Chamamento
Dor
Afugentamento
Advertência
oh!, nossa!, caramba!, 
céus!
uh! credo!, cruzes!
ah!, oba!, viva!
olá!, oi!, psiu!, ô!, ei!
ai!, ui!, au!
xô!, fora!, rua!,passa!
cuidado!,atenção!
Estímulo
Afugentamento
Alívio, cansaço
Prazer, deslumbramento, 
decepção
Espanto, surpresa
Chamamento
Silêncio
eia!,avante!, upa!, firme!, 
toca!
xô!,fora!, rua!,toca!, passa!, 
arreda!
ufa!,uf!, safa!
ah!
oh!,ah!, ih!, opa!, céus!, 
puxa!, chi!, gente!, hem?!, 
meu Deus!, uai!
olá!,alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, 
ó!
psiu!,silêncio!, calado!, 
quieto!, bico fechado!
Para mais informações sobre o ensino de gramática leia o artigo “O ensino de 
gramática na contemporaneidade: delimitando e atravessando as fronteiras na 
formação inicial de professores de língua portuguesa” da UnB – Brasília de autoria 
de Kleber Aparecido da Silva, Eloisa Pilati e de Juliana de Freitas Dias.
Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rbla/v10n4/a08v10n4>. 
Acesso em: 12 ago. 2018.
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O emprego correto das classes de palavras é uma dificuldade comum entre as 
pessoas, por isso se faz necessário promover uma reflexão sobre tal estudo, pois 
o mesmo é conteúdo obrigatório da grade curricular de Língua Portuguesa, que 
está presente nos anos iniciais da educação básica e perdura aos anos posterio-
res.Desta forma, percebe-se que este conteúdo perpassa os alunos de maneira 
mecanizada, sendo apresentado nas gramáticas tradicionais e livros didáticos de 
forma a caracterizar apenas cada classe de palavras sem compreendê-las.Sendo 
apresentados aos estudantes em forma de modelos tradicionais, o que leva os 
alunos a uma simples memorização, sem ter em mente para que estão aprenden-
do aquilo. É necessário, portanto, que o professor, no trabalho do ensino da língua, 
mostre aos alunos uma perspectiva pautada na aprendizagem ativa, em que eles, 
de fato, aprendem e não apenas decoram. Não se deve pensar o aluno como um 
indivíduo que não sabe sua língua materna, poisesta já está internalizada mesmo 
antes de frequentar a escola.O que os alunos não sabem são as regras gramati-
cais do português impostas pela sociedade.
Uma importante contribuição do cinema nacional 
sobre a importância dos registros escritos para as 
pessoas é o filmeNarradores de Javé(2003).Trata 
de uma pequena cidade submersa pelas águas de 
uma represa e seus moradores só serão indeniza-
dos se houver um registro dos documentos sobre 
as terras, mas só um morador sabe escrever.
Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?-
v=Trm-CyihYs8>. 
Acesso em: 12 ago. 2018.
Figura 2 – Narradores de Javé. 
Fonte: Capas Medina (2012).
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2 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que o trabalho com a Língua Portuguesa só será produtivo e eficiente se for 
trabalhado em conjunto com a tríade leitura, produção textual e análise linguística, que demanda 
reflexão sobre a organização do texto.O aluno só conseguirá construir o sentido do enunciado 
através das estruturas feitas pelo autor. Para isso, é necessário conhecer e compreender as classes 
de palavras, possibilitando assim a construção de sentidos.Não se fixando apenas no estudo da 
nomenclatura gramatical, mas em sua função dentro dos mais variados gêneros que circulam em 
diferentes esferas sociais.
No decorrer dos estudos realizados verifica-se a relevância dos parâmetros morfológicos, 
pois pode-se, através deles, estudar as classes de palavras e suas relações formais que constroem 
o texto em Língua Portuguesa e suas implicações, levando o aluno a identificar as classes e as 
funções das palavras para o ensino de língua no Ensino Fundamental e Médio. No conteúdo 
programático, foram abordadas as classes e categorias em gramática de Língua Portuguesa e 
os critérios de classificação, bem como os problemas de classificação. Estudou-se substantivo, 
adjetivo e verbo, assim como a referenciação situacional e textual com o artigo definido, 
pronome pessoal, possessivo, demonstrativo, além da quantificação e da indefinição pelo artigo 
indefinido, pronome indefinido e o numeral; também a junção com a preposição e a conjunção 
foram abordadas e, por fim, o advérbio e as outras classes e categorias. Conforme evidenciado 
na introdução, um entendimento mais completo e abrangente da língua portuguesa não pode se 
limitar às prescrições da NGB ou gramáticas conceituadas, mas com o estudo dessas fontes, um 
conhecimento analítico e estruturado do funcionamento da língua pode embasar reflexões dos 
mais diversos parâmetros.
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 28
1 - FRASE .................................................................................................................................................................. 29
2 - ORAÇÃO .............................................................................................................................................................. 29
3 - O PERÍODO ......................................................................................................................................................... 30
4 - SINTAGMA .......................................................................................................................................................... 30
5 - A COORDENAÇÃO .............................................................................................................................................. 34
6 - A SUBORDINAÇÃO ............................................................................................................................................. 35
6.1. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ................................................................................................. 36
6.2. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS ......................................................................................................... 39
6.3. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ..................................................................................................... 40
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 44
PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
PROF.A MA. KEILA DE OLIVEIRA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
MORFOSSINTAXE E SEMÂNTICA DA 
LÍNGUA PORTUGUESA
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INTRODUÇÃO
De forma a avançar nos estudos da língua e suas unidades constituintes, a abordagem 
agora será direcionada aos objetos de estudo do ramo chamado Sintaxe. Enquanto a Morfologia 
cuida dos aspectos de formação de palavras, origem e composição de termos mínimos, a Sintaxe 
tem um olhar para a parte estrutural da língua portuguesa.É a construção de frases de acordo 
com aquilo que é exigido pelas diversas situações comunicativas e essa construção é regida por 
algumas regras que tornam a comunicação efetiva e legível. É importante ressaltar que a Sintaxe 
se ocupa apenas do trabalho com a estrutura, não se relacionando com a questão semântica da 
língua.
Para que possamos adentrar nos estudos desses diversos elementos estruturais da 
língua, é necessária a compreensão de alguns termos básicosutilizados pela Sintaxe. Existe 
certa sinonímia (particularidade das palavras sinônimas) entre os termos que serão explicados, 
visto a grande gama de autores gramáticos e suas obras que procuram determinar os elementos 
usados na comunicação. Porém, traremos aqui algumas definições mais recorrentes para que 
se possa entender a noção de período simples e período composto, assunto do capítulo, e seus 
desdobramentos que se dão nos processos de coordenação e de subordinação.
A seguir, serão apresentados os termos da Sintaxe: frase, oração, período e sintagma.
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1 - FRASE
 
A definição de o que seria uma frase remonta desde os estudos saussurianos.Atualmente 
temos alguma concordância entre algumas gramáticas de que frase é “um enunciado de sentido 
completo” (CUNHA; CINTRA, 2013, p. 133), caracterizada com base em uma entonação ou 
melodia típica, “traço essencial para a conceituação de frase, demarcando-lhe começo e fim e 
apontando-lhe o propósito” (LIMA, 1997, p. 232). Ainda existem opiniões diversas quanto a 
necessidade ou não de uma frase ter um verbo, já que alguns autores, como Bechara (2002), 
consideram simples palavras ou expressões como frases. Assim, é plausível definir que a frase é 
qualquer estrutura capaz de comunicar alguma coisa.Ela pode ser constituída:
a) de uma só palavra: 
Fogo! Atenção! Silêncio!
b) de várias palavras, com verbo (frases verbais):
Alguns anos vivi em Itabira.Eles se mudaram para o interior.
c) de várias palavras, sem verbo (frases nominais):
Que inocência! Que alegria!
2 - ORAÇÃO
Por sua vez, a oração é definida como uma frase com verbo. Então, nem toda frase é uma 
oração. Ela é o objeto de estudo mínimo da Sintaxe:
O dia decorreu sem sobressalto.
Fechei meus olhos com força.
Também é considerada oração quando o verbo se apresenta sob duas ou mais formas 
(locução verbal):
Podem vir os dois agora…
Tudo de repente entrou a viver uma vida secreta.
Pelo termo “oração” e seu uso, também existem definições diferentes. Bechara (2002) 
considera que a oração cobre tanto enunciados verbais como não-verbais, ao passo que Cunha e 
Cintra (2013) consideram a oração uma parte da frase, logo, a cada verbo uma oração diferente:
Fui ao mercado e comprei tudo o que me pediu. (3 orações).
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É interessante para o entendimento do conceito de oração o que Perini (1995) afirma 
quanto a sua estrutura interna: a oração sempre tem um predicado e frequentemente um sujeito. 
Vale ressaltar também que as orações podem se combinar umas com as outras para formarem os 
períodos e, dessa forma, adquirem as funções de oração coordenada e oração subordinada, as 
quais serão retomadas adiante.
3 - O PERÍODO
Conforme Kury (1993), o período é o enunciado constituído de uma ou mais orações e 
terminado por uma pausa bem definida, a qual é marcada na escrita por:
a) ponto: Cai o crepúsculo.
b) ponto de exclamação: Não posso mais fazer isso!
c) ponto de interrogação: Você ainda quer ir na aula?
d) Reticências: Ainda consigo fazer isso…
e) dois-pontos (mudança de foco narrativo): E assim me disse a senhora: nunca mais 
volte para aquele lugar.
Uma vez que um período pode ser composto por uma ou por mais orações, sua 
classificação pode ser em período simples e período composto. O período simples é aquele com 
apenas uma oração, ou seja, apenas um verbo, e pode ser chamado também de oração absoluta:
Os olhos azuis da mulher encararam o horizonte.
O período composto é aquele formado com mais de uma oração, ou seja, mais de um 
verbo:
As horas passaram, o silêncio e a noite caíram.
Antes de voltarmos mais detidamente ao estudo dos períodos, mais especificamente as 
relações de coordenação e subordinação que são feitas em um período composto, é pertinente 
esclarecer a respeito de mais um termo recorrente na Sintaxe.
4 - SINTAGMA
Esse elemento é o constituinte imediato da frase, uma vez que é o primeiro que se 
depreende na decomposição da frase. Basicamente, um sintagma é colocado junto ao outro e, 
como são elementos consecutivos, haverá uma relação de dependência/subordinação entre eles. 
Essa relação pode ser de concordância (o determinante deve concordar com o determinado, por 
exemplo), de regência (o verbo deve seguir a regência exigida pelo sujeito) e de colocação (o 
artigo vem antes do substantivo). Em um primeiro momento, podemos identificar três tipos de 
sintagma:
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Sintagma nominal e verbal
Sintagma oracional
Sintagma superoracional
Determinante + determinado.
Ex.: O professor (artigo+substantivo); 
Sujeito + predicado.
Ex.: Os dois irmãos compraram uma casa.
Sintagma oracional + sintagma oracional.
Ex.: As professoras informaram que as aulas foram 
canceladas.
Tabela 1 – Tipos de sintagma. Fonte: a autora.
Com a tabela, é possível perceber que a oração equivale ao que chamamos sintagma 
oracional, o qual é formado por um sujeito e um predicado e constitui um período simples 
(composto por apenas um verbo). 
Quando se fala em termos da oração, existem três tipos, conforme previsto pela NGB 
(Nomenclatura Gramatical Brasileira): termos essenciais, termos integrantes e termos 
acessórios. Por termosessenciais entendemos que se trata do sujeito (quem) e do predicado (o 
que), indispensáveis em qualquer oração:
Quem comeu o bolo? Paulo esteve aqui.
Sujeito predicado sujeito predicado
Aqui é necessário ressaltar que, em uma análise sintática completa, outras denominações a 
respeito do sujeito e do predicado são contempladas, como os diferentes tipos de sujeitos (simples, 
composto, indeterminado, oculto, oracional e oração sem sujeito) e as diferentes classificações do 
predicado (verbal, nominal ou verbo-nominal).
Para conseguir identificar quantas orações existem em um período e quais são 
elas, torna-se mais prático seguir os seguintes passos:
1 - Encontrar os verbos do período;
2 - Procurar conectivos entre os verbos (pronomes relativos, conjunções, preposi-
ções) e fazer um corte ou uma barra antes desse conectivo;
Ex.: Contaram / que eles receberam os visitantes para o jantar. (2 orações).
3 - Caso não hajam conectivos, procurar pausas (vírgula, ponto e vírgula, traves-
são, parênteses)
Ex.: Entrou, /mas não houve tempo, /tudo já estava terminado. (3 orações).
Obs.: o corte ou barra deve ser colocado de forma que cada verbo fique em uma 
oração.
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Questões como regência verbal – que abrange os verbos transitivos, intransitivos e 
ramificações – e vozes verbais – voz ativa, voz passiva e voz reflexiva – também devem aparecer 
em uma análise sintática que pretende contemplar a maioria das instâncias estruturais da língua.
Nos termos integrantes se encaixam os complementos nominal e verbal. O primeiro se 
liga sempre por preposição ao substantivo, ao adjetivo ou ao advérbio cujo sentido integra:
A resposta ao aluno foi completa
complemento nominal
A vida dele era necessária a ambas.
 complemento nominal
Quanto aos complementos verbais, eles se dividem emobjeto direto e objeto indireto. O 
objeto direto é aquele que não tem preposição ligando ao verbo:
Encontrei Maria desanimada. Os jornais nada publicaram.
 V.T.D. O.D. O.D. V.T.D.
*V.T.D. - verbo transitivo direto.
*O.D. - objeto direto.
Já o objeto indireto é aquele que se liga ao verbo por meio de preposição:
Duvidava da riqueza da terra. Quem daria dinheiro aos pobres?
 V.T.I. O.I.V.T.I. O.D. O.I.
*V.T.I. - verbo transitivo indireto.
*O.I. - objeto indireto.
Mais um dos termos integrantes da oração é o agente da passiva, o qual aparece somente 
quando a oração está na voz passiva (sintética ou analítica):
A carta foi escrita por um marinheiro.
 agente da passiva 
Foi tudo exposto por ambos.
agente da passiva
Para compreender a contração de pronomes aos verbos, bastante recorrente na 
hora de conjugar alguns casos, acesse:
<https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/ofereci-lhas-ontem-con-
traccao-de-pronomes/21446>.
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Enfim, chegamos aos termos acessórios que se constituem o adjunto adnominal, o adjunto 
adverbial e o aposto. O adjunto adnominal, como já pressuposto pela própria nomenclatura, irá 
delimitar o significado de um substantivo e pode ser um adjetivo, uma locução adjetiva, um 
artigo, um pronome adjetivo, um numeral ou uma oração adjetiva (CUNHA; CINTRA, 2013):
Podíamos fazer castelos soberbos.
 ADJ. ADN.
O problema foi os vários empecilhos que surgiram em cima da hora.
 ADJ. ADN. ADJ. ADN.
*ADJ. ADN. - adjunto adnominal
O adjunto adverbial irá, então, completar o sentido do verbo de forma a denotar alguma 
circunstância do fato expresso por ele. Os adjuntos adverbiais seguem, basicamente, as mesmas 
classificações dos advérbios, uma vez que é essa classe de palavras (e suas locuções e orações da 
mesma natureza) que oferece vocabulário para delimitar sentidos aos verbos.
Aqui não passa ninguém. Gosto muito de ti.
 ADJ. ADV. ADJ. ADV.
 (lugar e negação) (intensidade)
Perdi todo o esforço por causa de um exame.
 ADJ. ADV.
 (causa)
 *ADJ. ADV. - adjunto adverbial
Por fim, outro termo acessório da oração é o aposto. Ele é um elemento explicativo que, 
geralmente, explica um termo antecedente e pode também substituir esse termo. É importante 
lembrar que o valor sintático do aposto é o mesmo do termo a que se refere, logo, podemos 
encontrar aposto no sujeito, no predicado, no objeto direto, no indireto e assim por diante.
Ela, Dora, foi bem discreta.
 aposto
São três conteúdos: período simples, período composto e regência.
aposto (enumerativo)
Todas essas nomenclaturas e pormenores da sintaxe precisam ser conhecidos para que 
o processo de coordenação e subordinação dos períodos compostos sejam legíveis. É a partir 
dessas funções exercidas pelos termos da oração que a própria oração poderá ser classificada em 
sua instância de coordenada ou subordinada.
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5 - A COORDENAÇÃO
 
Assim como os outros campos da sintaxe que, por consequência, apresentam imprecisões 
ou mesmo possibilidades diversas de análise, os critérios para se dizer que uma oração é 
coordenada ou subordinada também apresentaram incertezas no decorrer dos estudos da área. 
Conforme Abreu (1997) discute, a coordenação se daria em uma relação sintática entre duas 
orações independentes, enquanto que a subordinação seria o processo no qual uma oração 
completa o sentido da outra, mas “o conceito de independência entre orações coordenadas é 
bastante discutível –independentes segundo que critérios?” (p. 13, grifo do autor). É por esse 
motivo que o parâmetro de paralelismo é mais preciso.
Por paralelismo, na sintaxe, entendemos que é quando as orações apresentam a mesma 
função ou valor sintático, ou seja, não exercem função em outra oração, apenas podem enriquecer 
o sentido ou totalidade uma da outra, por exemplo:
Entrou em casa, /fechou a porta, /respirou aliviada.
Eu compro os refrigerantes, /e vocês compram as pizzas.
Aqui temos um período composto por três orações e outro composto por duas orações, 
mas cada uma está completa e não depende da seguinte para o ser, todas tem um verbo e um 
sujeito implícito, até mesmo um complemento após o verbo, então estão completas.
As orações coordenadas podem aparecer apenas justapostas, sem qualquer conectivo 
ligando-as, como nos exemplos dados, ou podem apresentar as chamadas conjunções 
coordenativas, que nada mais são que conectivos que irão estabelecer certos sentidos. Quando 
aparecem justapostas, as coordenadas recebem o nome de assindéticas, enquanto as que se ligam 
por conectivos são chamadas de sindéticas e se subdividem em cinco categorias.
a) Aditivas: a conjunção prototípica das coordenadas aditivas é o “e” (ou “nem” no sentido 
de “e não”) e a ideia que se expressa é a de adição.
Ele trouxe o presente /e foi embora.
Não é chuva, nem (e não) égente.
Observação: é preciso ficar atento, pois nem todo “e” enquanto conjunção expressa ideia 
de adição, pode também expressar ideia adversativa: “Joel estudou muito e (mas) reprovou”.
b) Adversativas: as conjunções prototípicas mais comuns são “mas”, “porém”, “contudo”, 
“no entanto”, “todavia” e “entretanto”. A contradição expressa deve, normalmente, ser uma quebra 
de expectativa.
O jogador era alto, /mas era péssimo pegador de rebotes.
Estava frio, /contudo ela não o sentia.
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Aqui é interessante destacar que a ordem dos conteúdos pode afetar o efeito produzido, 
pois aquilo que vem após a conjunção (a segunda oração coordenada) fica evidenciado, em 
destaque.
O professor é rabugento, / mas (é) competente.
O fato de o professor ser rabugento não é tão relevante quanto a ideia de que é competente.
c) Alternativas: as conjunções prototípicas comuns são “ou”, “ora… ora”, “quer… quer” e 
“seja… seja”. A relação pretendida é a de ideias que se excluem ou se alternam.
Essa é a verdade, /quer você acredite, /quer você não acredite.
Você vai sair agora /ou vai esperar seu irmão?
d) Conclusivas: as conjunções prototípicas mais comuns são “portanto”, “logo” e “pois”. 
As orações são colocadas de forma que aquilo que se afirma na segunda oração é conclusão, 
resultado ou efeito do que se declara na primeira.
Você cumpriu seu dever, /portanto não há motivo para censuras.
Ninguém se manifestou a favor, logo a obra não será refeita.
e) Explicativas: as conjunções prototípicas são “porque” e também o “pois”. É preciso ter 
atenção para não se confundir uma explicativa com uma conclusiva; para isso, inverter as orações 
é um bom método.
A moça vai viajar, / porque vi seu passaporte ontem.
Porque vi seu passaporte ontem, a moça vai viajar.
A inversão não fica clara, logo essa oração não pode ser conclusiva, o motivo da moça 
viajar não é porque vi seu passaporte, assim, é uma oração coordenada explicativa.
Outro caminho para não restar dúvidas se a oração é explicativa ou causal é a pontuação. 
Quando se é uma oração explicativa, é obrigatório o uso da vírgula antes do “porque”, enquanto 
que, nas causais, o uso é facultativo.
Vistas as orações coordenadas, as quais não exercem função sintática uma na outra, 
veremos agora as orações que complementam, em termos sintáticos e de estrutura, outra oração. 
É aqui que as várias nomenclaturas de funções sintáticas vistas anteriormente serão resgatadas 
para definirmos não apenas palavras ou termos, mas orações inteiras.
6 - A SUBORDINAÇÃO
Se, por um lado, as orações coordenadas não desempenham função sintática em outra e são 
completas quanto aos seus termos – existe um paralelismo de funções –, as orações subordinadas 
não subsiste por si mesma, ou seja, sem o apoio de sua oração principal.Na subordinação, não 
há paralelismo de funções, e sim hierarquização: há uma oração principal na qual a subordinada 
se apoia para exercer uma função sintática, uma vez que a oração principal carece de algum dos 
elementos essenciais, integrantes ou acessórios.
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É por esse caminho que as orações subordinadas funcionam como termos essenciais, 
integrantes ou acessórios para a oração principal.
O que seria, então, a oração principal? Conforme encontrado em Cunha e Cintra (2013), 
a oração será classificada como principal quando não exercer nenhuma função sintática em outra 
oração do período, mas terá uma subordinada que exercerá uma função essencial, integrante ou 
acessória. Por exemplo:
É necessário /que você venha agora.
Ninguém esperava /que viesses.
Ainda não o tinha visto /depois que voltara.
No primeiro período, a segunda oração “que você venha agora” funciona como sujeito 
da primeira oração “é necessário”, logo é um termo essencial. No segundo período, “que viesses” 
funciona como objeto direto da oração “ninguém esperava”, exercendo função de termo 
integrante. Por fim, no terceiro período, “depois que voltara” serve como adjunto adverbial para a 
oração “ainda não o tinha visto”, sendo assim, um termo acessório. Em todos os casos, a primeira 
oração é classificada como principal por estar “recebendo” outra oração com função sintática, 
não desempenhando nenhuma função na segunda oração e servindo de suporte a esta última; em 
qualquer período com subordinação, apenas uma das orações será a principal.
Antes de seguirmos às classificações das orações subordinadas, vale destacar uma 
conclusão vista em Cunha e Cintra (2013, p. 614, grifos dos autores) a respeito desse processo, a 
qual esclarece que “o período composto por subordinação é, na essência, equivalente a um período 
simples. Distingue-os apenas o fato de os termos (essenciais, integrantes e acessórios) deste serem 
representados naquele por orações”.
Agora vejamos as ramificações das orações subordinadas, que se dividem em substantivas, 
adjetivas e adverbiais. Cada uma das três categorias também apresenta outras divisões internas.
6.1. Orações Subordinadas Substantivas
Também chamadas de “encaixadas”, as orações subordinadas substantivas são equivalentes 
ao que, no período simples, chamamos de sintagmas nominais cujo núcleo é um substantivo ou 
palavra substantivada. Abreu (1997) considera a subordinada substantiva a oração subordinada 
prototípica, com base nos seis critérios que estabelece para analisar a prototipicidade da 
subordinação.
Abreu (1997) aborda no seu estudoos limites e graus do que chama de prototipici-
dade das orações subordinadas. Para isso, o autor considera seis requisitos para 
avaliação do quão prototípica uma oração é: identidade de tempo e/ou sujeito, 
possibilidade de redução, incorporação marcada (1º grau), ligação entonacional, 
2ª oração dentro do escopo da 1ª e ausência de iconicidade.
Para conhecer mais sobre isso e observar algumas orações que o próprio autor 
analisa, acesse:
<https://repositorio.unesp.br/handle/11449/107747>.
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As subordinadas substantivas também dependem de uma conjunção integrante para 
serem inseridas com a oração principal, que geralmente é a conjunção “que” e, às vezes, a conjunção 
“se”; “quando”, “onde”, “quanto” e “como” também exercem essa função esporadicamente. Outro 
detalhe interessante diz respeito à pontuação, pois o uso de qualquer tipo de pausa entre uma 
oração subordinada substantiva e sua oração principal é proibido (salvo o caso da substantiva 
apositiva).
Quanto às subdivisões, uma oração subordinada substantiva pode exercer, em relação à 
oração principal, a função de:
a) Sujeito - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
É bom /que você venha logo.
Seria interessante /que você viesse logo.
Foi correto /que eles entregassem o dinheiro ao banco.
O uso de verbos de ligação na oração principal de uma subordinada substantiva 
subjetiva é bastante comum, assim a oração principal é constituída de um desses verbos junto ao 
predicativo. Para identificar o que está faltando na oração principal e determinar o tipo da oração 
subordinada, diante de um verbo de ligação, basta fazer a pergunta “quem/o que?”:
O que é bom? Que você venha logo.
O que seria interessante? Que você viesse logo.
O que foi correto? Que eles entregassem o dinheiro ao banco.
Seguem alguns exemplos de verbos de ligação:
Figura 1 – Principais verbos de ligação. Fonte:Prezi (2017).
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b) Objeto direto - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
Perguntei-lhe /se já tinha lido aquele livro.
O diretor disse /que o aluno será advertido.
Respondi /que já tinha lido a receita em qualquer parte.
c) Objeto indireto - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Não me esqueci /de que estás doente.
O rapaz depende /de que a família o ajude.
Eles necessitam /de que o banco lhes empreste o dinheiro.
d) Complemento nominal - Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
Eu tenho certeza /de que você me ajudará.
Ele tem a crença /de que alho faz bem à saúde.
Tenho necessidade /de que eles me ajudem.
Para não se confundir entre a completiva nominal e objetiva indireta é preciso verificar 
a natureza da palavra que está sendo complementada. Nos exemplos, são “certeza”, “crença” 
e “necessidade” que recebem um complemento em forma de oração, todas essas palavras são 
substantivos; assim, temos a regra de que o complemento nominal só aparece para completar 
substantivos ou palavras substantivadas, da mesma forma a oração subordinada completiva 
nominal.
e) Predicativo - Oração Subordinada Substantiva Predicativa
A verdade é /que eles se amam.
O fato é /que sempre discutiam na reunião.
Ele está /com dificuldades para entendera matéria.
Uma dica para reconhecer a oração subordinada predicativa é observar se a oração 
principal possui verbo de ligação, a subordinada predicativa sempre será antecedida de um verbo 
dessa natureza.
Para determinar corretamente o complemento verbal como objeto direto ou in-
direto – ou ainda o verbo como intransitivo – é necessário conhecer um pouco 
da regência verbal, para saber se certo verbo exige ou não preposição para seu 
complemento. Caso precise fazer uma consulta de qual é a regência do verbo 
que vai utilizar, acesse o site com alguns exemplos de verbos e suas respectivas 
regências:
<https://www.normaculta.com.br/regencia-verbal/>.
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f) Aposto - Oração Subordinada Substantiva Apositiva
Desejo-lhe isto: /que passe no vestibular.
É preciso que reconheça isto: /que aquela moral éirrepreensível.
 
Como mencionado anteriormente, é a única das substantivas que permite pausa entre a 
oração principal e a subordinada.
g) Agente da passiva - Oração Subordinada Substantiva Agente da Passiva
O texto foi lido / por quem tinha boa dicção.
As ordens são dadas /por quem pode.
6.2. Orações Subordinadas Adjetivas
Como já pressuposto pelo nome, as subordinadas adjetivas são equivalentes aos adjetivos 
como orações. O que se destaca de sua inserção junto a oração principal é a presença do pronome 
relativo, mais comumente o “que”, que não só vai introduzir a oração subordinada, como também 
vai representar, anaforicamente, a palavra com a qual a oração se relaciona. Por serem introduzidas 
por pronomes relativos, alguns estudiosos as nomeiam como orações relativas. Vejamos alguns 
exemplos:
Os turistas cariocas e os dois rapazes mineiros visitaram o museu da cidade.
Os turistas que chegaramdo Rio de Janeiro e os dois rapazes que vieram de Minas 
Gerais visitaram o museu da cidade.
No primeiro exemplo, “cariocas” e “mineiros” são adjetivos que, no segundo exemplo, 
foram transpostos para orações que se comportam também como caracterizadoras dos sujeitos. 
Por essa equivalência é que as orações são denominadas adjetivas, e geralmente são orações que 
aparecem intercaladas à oração principal:
Deus, que é justo, dará a cada um segundo as suas obras.
Minha irmã que mora em Salvador passou no concurso público.
As orações subordinadas adjetivas também se subdividem em duas categorias: as 
restritivas, que exercem função de adjunto adnominal junto a um substantivo, e as explicativas, 
que funcionam como aposto.
a) Restritivas: como o nome indica, as orações adjetivas restritivas limitam, restringem a 
significação do substantivo ou palavra substantivada que acompanham, além de não permitirem 
pausa em sua ligação com o antecedente, portanto não se pode usar vírgula antes do pronome 
relativo que insere uma subordinada adjetiva restritiva.
A criança /que venceu o torneio /não veio para a escola hoje.
Ajuda o próximo o homem /que é bom.
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Nessas orações restritivas é possível de se identificar um subconjunto dentro de um 
conjunto maior. Assim, no primeiro exemplo, pressupõe-se que várias crianças vão para a escola 
e só a que venceu o torneio não foi hoje, bem como no segundo exemplo que podem existir vários 
homens, mas só o que é bom ajuda o próximo.
b) Explicativas: essas orações servem para acrescentar uma informação acessória ao 
antecedente, esclarecendo sua significação de forma semelhante a um aposto. Nesse caso, a oração 
é separada por pausa, portanto é utilizada a vírgula antes do pronome relativo que a insere.
O homem/, que é um ser racional/, deve ponderar suas ações.
Minha irmã/, que mora em Salvador/, passou em um concurso público.
Aqui, entendemos que a explicação “que é um ser racional” abrange todos os homens 
que devem ponderar suas ações, da mesma forma que quem fala sobre a irmã ter passado no 
concurso só está acrescentando a informação que ela mora em Salvador; neste último caso, se 
não houvessem as vírgulas para isolar a oração adjetiva explicativa, ela se tornaria uma restritiva 
e seu sentido seria o de que a pessoa que fala tem várias irmãs, mas só aquela que mora em 
Salvador passou no concurso. Dessa forma as orações explicativas dão um caráter universal ao 
elemento do qual falam. 
Para se identificar qualquer uma das orações subordinadas adjetivas, deve-se lembrar que 
elas vêm introduzidas por um pronome relativo (que, o qual, a qual, onde, quanto, cujo), logo é 
preciso verificar se o pronome que inicia a oração realmente tem valor relativo, se retoma algo 
que foi dito anteriormente.
6.3. Orações Subordinadas Adverbiais
Chegamos, enfim, a última classificação de orações subordinadas. As subordinadas 
adverbiais são equivalentes aos advérbios em função e podem aparecer com conectivos 
(desenvolvidas) ou justapostas (reduzidas) sem que a conjunção esteja expressa:
Confio em você /porque conheço o seu passado. (desenvolvida)
Confio em você /por conhecer o seu passado. (reduzida de infinitivo)
De acordo com a divisão feita por Bechara (2009), temos as orações adverbiais propriamente 
ditas e as de natureza quantificadora (intensificadora). Na primeira divisão, encontram-se as 
orações circunstanciais, que não complementam o verbo, ou seja, as propriamente acessórias; 
isso pode ser verificado quando é possível inverter as orações sem prejuízo no sentido:
O casal partiu/quando parou a chuva. (adverbial temporal)
Quando parou a chuva, o casal partiu.
Você poderá sair/, se fizer o trabalho. (adverbial condicional)
Se fizer o trabalho, você poderá sair.
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Já na segunda divisão, temos as orações subordinadas adverbiais que estabelecem relação 
de comparação ou de consequência com a oração principal. Nesse tipo, é estabelecido um 
continuum entre ambas que impede que sejam invertidas e o sentido seja mantido:
Janete estuda mais /que trabalha. (adverbial comparativa)
Janete é tão aplicada aos estudos/ que não lhe sobra tempo para o trabalho. (adverbial 
consecutiva)
Por serem equivalentes aos advérbios, as orações subordinadas adverbiais também se 
subdividem nos tipos de advérbios que existem. Serão colocados alguns exemplos de cada, e vale 
ressaltar que essa divisão segue mais critérios semânticos do que propriamente sintáticos, por 
isso que deve ser prestada atenção maior a tais critérios seletivos em estudo do significado; para 
a sintaxe, basta entender que são orações de natureza acessória em relação à oração principal. As 
orações subordinadas adverbiais podem ser do tipo:
a) Causal - causa, efeito, razão, motivo.
Tomo leite diariamente /porque o cálcio é bom para a saúde.
Como estava adoentado/, não veio.
b) Consecutiva - efeito ou resultado de um evento expresso na oração principal.
Comi tanto /que acabei me sentindo mal.
Eu fiquei tão feliz /que não consegui /me concentrar!
c) Comparativa - interdependência de dois elementos.
Maria brincatanto/ quantoestuda.
Ele lê muito mais /do que a maioria das pessoas leem.
d) Concessiva - construções contrastivas, quebra de expectativa.
Ainda que se esforçasse/, nada conseguiu.
Embora seja uma situação difícil/, encontramos forças para vencer.
e) Condicional - hipótese, a oração subordinada é a condição para a realização e a oração 
principal é o resultado da resolução da condição.
Só irei/ caso não chova.
Se ele insistir/, vou chamar a polícia.
f) Conformativa - fato que se dá em conformidade, em concordância, “conforme”.
Viver é muito perigoso/, segundo disse Guimarães Rosa.
Conforme declarei/, Maria possuía um excelente coração.
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h) Proporcional - sensação de equilíbrio, simetria entre certa situação.
Os alunos se cansavam/ à proporção que o palestrante falava.
Quanto mais se mexia/, mais preso à rede ficava.
i) Temporal - um fato que se dá em uma linha do tempo.
Eles partiram/ quando parou de chover.
Antes que eu pudesse protestar/, o diretor retirou-se da sala.
Além dos nove tipos apresentados, mais dois tipos de orações subordinadas adverbiais 
podem ser apresentados.
j) Locativa - corresponde ao adjunto adverbial de lugar, não é acessório, é um complemento 
do verbo.
Os mortos ficam bem/ onde caem.
Vou aonde /você for.
k) Modal - equivale ao adjunto adverbial de modo, exprime a maneira ou meio pelo qual 
se realiza o fato enunciado na oração principal.
Cheguei-me a ele/ sem que me sentisse.
Cavalguei/ semdizer palavra.
No site a seguir você pode encontrar duas tabelas que sintetizam esquematica-
mente as ideias de cada oração coordenada ou subordinada, bem como apresen-
tam conjunções e locuções para estabelecer a ligação entre as orações.
<https://vemqueteexplico.blogspot.com/2012/04/oracoes-coordenadas-e-subor-
dinadas.html>.
Para complementar os estudos sobre o período simples e composto acesse o 
vídeo do professor Guido Bellati. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=bKMr0rLG3Ow>.
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Você conhece o fenômeno linguístico chamado “hipercorreção”? Diante de tantos 
estudos sobre a estrutura da língua e quais são as regras vigentes, esse é um 
acontecimento que se torna pertinente, visto que muitos podem alegar que o por-
tuguês brasileiro das gramáticas não é o português brasileiro falado no país. Para 
entender mais sobre a hipercorreção, acesse: 
<https://revistaidentidade.webnode.com.br/news/o%20fenomeno%20da%20hi-

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