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CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MANAUS CEUNI FAMETRO MAYRA CASTRO DOS SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE MANAUS - AM 2021 MAYRA CASTRO DOS SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE Disciplina de Estágio Curricular Obrigatório para o Curso de Graduação em Nutrição, 7º período Matutino do Centro Universitário Metropolitano de Nutrição - FAMETRO. Ministrado pela preceptora Mônica Caroline Guimarães com o objetivo de avaliação para obtenção de notas na matéria de Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica. 19.07 à 06.08.2021 MANAUS-AM 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO… ..................................................................................................................... 4 2 DADOS COLHIDOS DO PACIENTE… ......................................................................5 2.1 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................................5 2.2 HISTÓRIA SOCIAL ........................................................................................................... 5 3 HISTÓRIA CLÍNICA… ................................................................................................ 5 3.1 SINTOMATOLOGIA .......................................................................................................... 5 4 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL… ............................................................... 6 4.1 ANTROPOMETRIA .......................................................................................................... 6 4.2 EXAME FÍSICO ............................................................................................................... 10 4.3 EXAMES LABORATORIAIS .......................................................................................... 10 5 ANAMNESE CLÍNICA… .................................................................................................. 11 6 ESTUDOS DOS ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS… ............................................12 6.1 ASCITE ............................................................................................................................ 12 6.2 EDEMA ABDOMINAL .................................................................................................... 12 7 HÁBITOS ALIMENTARES… ........................................................................................... 14 8 TRATAMENTO DIETOTERÁPICO .................................................................................. 15 9 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO. .............................................................................19 10 CONCLUSÃO… .............................................................................................................. 21 REFERÊNCIAS… ................................................................................................................. 21 1 INTRODUÇÃO A Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), faz parte das instituições de saúde do Estado do Amazonas, integrante da administração Indireta do Poder Executivo, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, SUSAM. Está situada à Avenida Carvalho Leal nº 1778, bairro Cachoeirinha, e tem como finalidade primordial a assistência à saúde da população usuária do Sistema Único da Saúde (SUS). O Hospital Adriano Jorge é uma fonte histórica rica de informações relacionadas a evolução da assistência à saúde na Cidade de Manaus. Criado pela Lei n.º 1.872, de 27 de maio de 1953 e inaugurado em 30 de junho de 1953 com a disponibilidade de 432 leitos, funcionou inicialmente como Sanatório Adriano Jorge, gerenciado pela Campanha Nacional Contra Tuberculose (CNCT), do Ministério da Saúde, com o objetivo apenas de realizar o tratamento de pacientes com tuberculose, doença que assustava muito a sociedade daquele período. Sua localização no Bairro da Cachoeirinha era considerada muito distante do centro da cidade, tornando-o de difícil acesso para população que se deslocava para lugares muito afastados por meio de bondinhos, transporte comum na década de 50. Seu primeiro Diretor foi o Dr. Kronger Perdigão. Em 1979 foi transformado em Hospital Geral Adriano Jorge, passando a funcionar sob uma gestão formada pelos Governos Estadual e Federal. Na época os pacientes passavam de dois a seis anos internados, ficando sob os cuidados do Estado. Em função desse longo período de internação, o Serviço Social realizava vários eventos e atividades para evitar que os doentes ficassem ociosos, onde participavam de oficinas de trabalhos manuais como artesanato, sapataria, artigos de vime, dentre outros, além de teatro, danças folclóricas e canto. Além disso, essa permanência também propiciava um vínculo emocional entre os profissionais de saúde com os enfermos, o que levou a ocorrência até de casamentos entre pacientes e funcionários do hospital e entre os próprios enfermos. Nas décadas de 60 e 70 havia um alto índice de ocupação no hospital. O pessoal da cozinha servia em média 3.000 mil refeições por dia. Pessoas de todo o Estado e de outras regiões procuravam auxílio no hospital, passando mais de um milhão de pessoas por seus corredores, consultórios, enfermarias e salas de cirurgia. Foi neste hospital que a equipe do Dr. Zerbini, um dos médicos que mais contribuiu para a história da Medicina brasileira, realizou as primeiras cirurgias de tórax no Amazonas. No exercício do ano de 2000, o Hospital Geral Adriano Jorge iniciou uma grande obra de reestruturação para modernizar suas instalações e oferecer melhores condições de atendimento aos seus pacientes e de trabalho aos seus servidores. Contudo, o Hospital não parou suas atividades, pois foram providenciados pelo Governo do Estado na época, outras instalações físicas para a continuidade dos atendimentos. Em 2002, a Clínica Médica passou a funcionar provisoriamente nas dependências da Santa Casa de Misericórdia no Centro de Manaus e o setor Ambulatorial e Internação em um anexo do Hospital localizado na Rua Maceió. Em 2008, depois de muitos esforços, a Fundação torna-se Hospital de Ensino, Certificada pelo Ministério da Saúde e Educação, por meio da Portaria Interministerial n.º 747 de 23 de abril, passando a servir de campo para a prática de atividades curriculares na área da saúde. Ainda no exercício de 2008, O Banco de Tecido Ocular Humano do Amazonas, passou a funcionar das dependências da Fundação, autorizada pela Portaria 414/SAS/MS de 29 de julho de 2008. Em setembro de 2014, a Fundação Hospital Adriano Jorge – FHAJ realizou o seu primeiro Transplante de Fígado e também o primeiro do Amazonas, bem como renovou as concessões para realizar retirada e transplante de fígado no Hospital e à equipe para realizar retirada de órgãos e tecidos no Amazonas, autorizadas pelas Portarias n.º 1.173/SAS/MS, de 31 de outubro de 2014 e n.º1.252/SAS/MS, de 12 de novembro de 2014. MISSÃO: Ser Hospital Público que atua na Assistência, Ensino e Pesquisa de forma interativa, interdisciplinar e qualificada, contribuindo para melhoria dos níveis de saúde da população para o desenvolvimento integrado da região. VISÃO: Ser reconhecido na região Norte, como Hospital de Referência em Assistência, Ensino e Pesquisa nas Áreas Clínica e Cirúrgica. VALORES: Tecnologia; Compromisso com os usuários; Valorização Profissional; Eficiência e Eficácia; Espírito de Equipe; Ética e Ciência; Inovação e Intercâmbio; Qualidade e Incentivo ao Ensino e Pesquisa; Responsabilidade Social 2 DADOS COLHIDOS DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE 2.1 INDENTIFICAÇÃO A.C.M38 anos,3 meses e 22 dias, gênero masculino, nº de prontuário 265179 LEITO 203. 2.2 DADOS SOCIAIS Reside em moradia própria de alvenaria na rua 04 paraiso verde bairro logo azul ; totalizando 5 pessoas na famílias adjunto a ele, brasileiro casado natural de Manaus - amazona.Renda familiar de 1 a 2 salários mínimos,com renda indeterminada à alimentação, consumo de água de poço artesiano, nível de escolaridade não informado. Antecendentes pessoas consta que o paciente fez a retirada da apêndice,habitos intestinais com frenquecias de evacuação 2 vezes, consistência mole, coloração amarelada, nao senti dor. Em relação a urina paciente relatou que não senti dor e pouca quantidade, não uso de tababismo, mas faz uso de bebida alcoólica, não pratica atividade fisica seu menor peso nao foi informado, e seu maior peso foi ao 37 anos com 108kg, acorda ás 4:30 e dorme as 21:00 portanto o paciente dorme 6 horas dias. O Paciente possui historico de diabetes por parte paterna 3 HISTÓRIA CLÍNICA 3.1SINTOMATOLOGIA O paciente A.C.M. veio transferido do hospital pronto socorro de agosto para o hospital Adriano jorge no dia 25 de julho de 2021. O paciente refere de forma subita, há 07 dias, iniciou retenção hidrica ( anasarca + aumento do volume abdominal) assosciado a redução de volume urinario sem outros queixam associadas. Eupneico em ar ambiente, saturação 98%, afebril, anicterico ,abdome: globoso, ascitico,doloroso em mesagastro, presença de hérnia umbilical,edema ++/4+,P 102/69. Foi relalizado no hospital uma tc de torax (24/07/2021) que constou derrame pleural moderado á direita,foi feita uma USG de Abdome(24/07/2021) figado de volume reduzido, medindo lobo direito 10,1cm e lobo esquerdo 11,8cm, contornos serrilhados, com ecotextura heterrogenea com pontilhados hiperrecogenicos, pâncreas não caracterizado, detectados sinais ultrassonograficos de acentuados quantidade de liquido livre nos espaços hepatorrenal, esplenorrenal e fossas iliacas, em seio costofrênico direito e esquerdo e região pelvica acentuada. 4 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 4.1 ANTROPOMETRIA As medidas antropométricas constituem-se em parte essencial na avaliação nutricional como importante ferramenta para indicar seu estado. Além de fornecerem informações básicas sobre as variações físicas e sobre a composição corporal, estas medidas representam um método não invasivo,de fácil e rápida execução (CORTEZ,2021).Dentre as técnicas de avaliação do estado nutricional, a antropometria tem sido muito utilizada em estudos epidemiológicos, devido principalmente ao seu baixo custo e fácil aplicação. a) Dados Antropométrico: Peso habitual:89 kg Peso atual: 99kg Estatura:1,76m Circunferência do Braço( CB) 116%- cm,classifi:sobre peso Altura do Joelho (AJ)- 57 cm, Circunferência da Panturrilha -(33) cm. Paciente com risco aumentado para comorbidade. Parâmetros Avaliados Dados Coletados Classificação CB 35 cm Sobre peso AJ 57cm CP 33cm adequado Estimativa do Peso 90, kg Estimativa do Altura 1,69 m IMC 32,03 Kg/m² Obesidade grau 1 Peso ideal 65,04kg Peso Mínimo 57,30 kg Peso Máximo 77,13kg Peso Ajustado 90,51kg Adequação do Peso 152,21(%) Obesidade Tabela 1-Dados coletados do paciente. Com base nos dados avaliados do paciente, encontra-se em estado obesidade grau 1 de acordo com o IMC 32,03kgfm/m², adequação da CB em estado sobrepeso. b)Descrição dos métodos utilizados Tabela: 2.35 Circunferência do braço: A circunferência do braço(CB) é uma medida utilizada na avaliação nutricional e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).Como braço relaxado ao longo do corpo, essa medida é aferida no ponto médio entre o processo acromial da escápula e o olécrano da ulna.( Percentis da circunferência do braço em idosos acima de 75 anos. Adequação da CB(%)=CB aferida (cm) x 100 / CB percentil 50* Fonte: Burr e Phillips (1984) Tabela:2,39 Classificação da circunferência do braço Obesidade Sobrepeso Eutrofia Depleção discreta Depleção moderada Depleção grave CB .120% 120 a110% 110 a90% 90 a 80% 80 a 60% <60% Fonte:. Blackburn e Thornton(1979) Altura : é aferida utilizando-se um estadiômetro de haste móvel ou fixa ou por meio do de um antropômetro. Alternativas para estimar a altura em indivíduos impossibilitados, tais como pacientes acamados, em estado crítico ,paralisia cerebral e limitações físicas. Fonte:.(PUC, 2014) Estimativas da altura: A estimativa da estatura para idosos pelo comprimento da perda com fita métrica. Para a estimativa de estatura utiliza-se a altura do joelho (AJ), que com o paciente sentado com os pés apoiados no chão ou em posição supina, mede-se a altura do joelho em relação à altura do chão, a partir do ponto ósseo externo logo abaixo da rótula (cabeça da tíbia) até a superfície do chão. Homens Estimativa (cm)= [64,19 - (0,04 x Idade[anos]+ (2,02 x altura do joelho [cm].Fonte: (PUC,2014) Circunferência da Panturrilha: é medida na maior proeminência da musculatura da panturrilha é um marcador de reserva muscular, técnica para a determinação de risco nutricional ou desnutrição. Sugerem-se valores inferiores a 31cm como marcadores de depleção muscular em idosos. A circunferência da panturrilha também é utilizada na determinação da estimativa de peso.Fonte(PUC,2014 Estimativa de peso: Determinadas situações como traumas, sepse e doenças neurológicas podem dificultar ou impossibilitar a aferição do peso atual do paciente. Nessa situações, pode -se estimar o peso atual para adultos e idosos por meio das fórmulas a seguir: Homens [(0,98 x CP)+(1,16 x AJ+(1,3 x CB)+ (0,073 x PCSE) - 81,69] Fonte: PUC, 2014 Com base nos dados avaliados do paciente, encontra-se em estado de obesidade grau 1 de acordo com o IMC 32,03kgfm/m², adequação da CB em estado de sobre peso, adequação do peso em estado sobrepeso . Peso ideal: Altura x Altura x 21= 1,76 x 1,76 x 21= 65,04kg Peso saudável mínimo: Altura x Altura x 18,5= 1,76x1,76x18,5=57,30kg Máximo: Altura x Altura x 24,9= 77,13kg IMC= P= 99/3,09= 32,03 KG Obesidade grau 1 A𝟐 Adequação de peso: 99x100/65,04=152,21 classificação: obesidade ; < 120% GEB/TMB por Harris&Benedict(1919). 66,5+(13,8x90,51)+(5x1,76)-(6,8x38)= 66,5+1.249,03+880-258.4= 1.937,13kcal GEB/TMB Pelo FAO GEB= (11,3x90,51)+(16x1,76)+901= 1.022,76+28.16+901= 1.951,92kcal GEB X FA X FI 1.951,92 x 1,3= 2.537,49kcal/ dia 2.537,49 x 1,3= 3.298,73 Formula de Venta: 3.298,73/30= 109,95 3.298,73-109,95 x 8= 3.298,73 – 879,6= 2.419,13kcal/dia Obs: utilizei a formula de venta pra diminir o numero de calorias, pois meu paciente se encontra em obesidade, e com isso pode elaborar um cardapio mais adequado possivel para sua patologia. DISTRIBUIÇÃO DE MACRONUTRIENTES weEnergia 2.419,13 20 Carboidrato 41% 991,8 247,96 2,73g hiporglicídica Proteína 24% 580,59 145,14 1,60g hiperprotéica Lipídios 35% 846,69 94,07 1,0g Hipolipídica 4.2 EXAMES FÍSICOS LOCAL MANIFESTAÇÃO CLÍNICA CARÊNCIA CABELOS NORMAL ----------------------------- FACE NORMAL OLHOS NORMAL CAVIDADE ORAL TODOS OS DENTES PELE UNHA NORMAL EDEMAS NA PARTE DO ABNOMINAL - ABDÔMEM Edema Ascite CAPACIDADEFUNCIONAL Executa atividades básicas diárias, funcionamento e emocional normal,participação social. Tabela 2 -Exames Físicos do Paciente Foram identificado nesse paciente edema na parte do abdominal. Ascite acentuada . 4.3 EXAMES LABORATORIAIS EXAME RESULTADO 23/07/2021 VALOR DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO HEMATÓCRITO 13,26------8,35 : 36 - 52% Está abaixo do recomendado,caracterizad o por a deficiência Fe no organismo. HEMOGLOBINA 40,59------25,06 : 13,5 - 18,5g/dL valores alterados acima do recomendado, indicam Policitemia.que é o aumento do número das hemácias em que pode haver dor de cabeça , cansaço e coceira na pele. LEUCÓCITO 7,930 :4 a 10 10³/ul Normal PLAQUETAS 36 9300-----36 5700 150.000 - 450.000/mm³ normal AST(TGO) 45 ----------- X : até 38 U/L acima do recomendado, podendo estar relacionado a medicamentos, doenças hepáticas. SÓDIO 140 135 - 145 mEq/L normal POTÁSSIO 4,1 3,5 - 5,0 mEq/L normal ALBUMINA 1.9 3,2-4,5G/DL ALTERADO Tabela 3-Exames laboratoriais da paciente segundo prontuário 5. ANAMNESE CLÍNICA Paciente durante a visita do dia 27/07/2021 falou que faz uso de bebidas alcoólica, urinando normal,alimentação em pouco quantidades pois nao consegue come por senti enjoo e faz de ar, nao esta conseguindo dormir, por causa do abdome globoloso. Paciente esta consiente, consegue se movimenta sozinho,fezes normal. O paciente possue restrição de liquido 1 litros/dia. No questionário de rastreamento metabólico o paciente tever uma pontuação > de 40 pontos que seguinifica absoluta certeza de existência de hipersensibilidade. 6. ESTUDOS DOS ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS 6.1Ascite Segundo DITTRICH, et al (2010) A ascite é a complicação mais comum da cirrose, seu desenvolvimento ocorre em torno de 50% dos pacientes em 10 anos de acompanhamento, empobrecendo o prognóstico dos mesmos, uma vez que sua presença empresta mortalidade de 50% em 3 anos. A hipertensão portal (HP) é uma síndrome clínica caracterizada por aumento patológico na pressão venosa portal e pela formação de colaterais portossistêmicas, através das quais ocorre desvio do fluxo sanguíneo portal para a circulação sistêmica. A causa da HP é vasta, porém, em países desenvolvidos, a cirrose é a principal causa, sendo responsável por mais de 90% dos casos. A principal complicação da HP é a hemorragia digestiva por ruptura de varizes gastroesofágicas, no entanto, exerce papel fundamental na patogênese da ascite. DITTRICH, et al (2010) Fonte: google A cirrose é o estágio final da doença hepática crônica, resultado de uma agressão ao fígado mantida durante anos, que é caracterizada por fibrose e conversão da arquitetura normal do fígado em nódulos regenerativos. Devido à fibrose e ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo, o fígado torna-se insuficiente e desenvolve hipertensão portal, fatores predisponentes das complicações da cirrose. (RUBIM,et al 2019). A saturação da capacidade de drenagem linfática abdominal, e principalmente a limitação da drenagem linfática hepática, contribuem para o acúmulo final de líquido na cavidade peritoneal. Desta forma, diante de um paciente com ascite, podemos especular qual o mecanismo atuante de forma predominante em um determinado momento. (JUNIOR,et al, 2009), Se a história obtida for de ascite de recente começo (até 1 a 2 meses) provavelmente a vasodilatação estará presente e o “overflow” predominará. Um paciente com ascite de longa duração (4 a 6 meses) terá grau mais acentuado de vasodilatação periférica com predomínio do “underfill”. (JUNIOR,et al, 2009). A albumina é a mais abundante proteína plasmática, perfazendo um total de 50% das proteínas totais do soro humano. Comparada a outras proteínas, ela é uma molécula relativamente pequena, formada por uma cadeia de 584 ALBUMINA SÉRICA NA HEMODIÁLISE | 341 Rev. Nutr., Campinas, 17(3):339-349, jul./set., 2004 Revista de Nutrição aminoácidos, constituindo-se em um polipeptídeo simples com um peso molecular em torno de 69000 Daltons, arranjada predominantemente em α-hélices sustentadas e unidas por 17 pontes dissulfeto11. Uma das importantes funções da albumina é o seu papel na manutenção do volume plasmático circulante, devido ao seu peso molecular relativamente baixo e à sua alta concentração.(SANTOS, et,al,2004). 7. HÁBITOS ALIMENTARES(antes da internação) 7.1 RECORDATÓRIO 24 h Dieta branda com restrição hidrica de 1 litro/ por dia Refeições/h Alimentos Quantidade Desjejum Mingual de tapioca 1 copo 180ml Colação Não informou Almoço arroz 3 colhere s de sopa Frango 1 filé Lanche 15:00 Mingual 180ml Janta 18:00 arroz branco 3 colhere s de sopa peixe cozido 1 filé Ceia Mingual de tapioca 1 copo 180ml Obs: Paciente no dia da coleta dos dados, ja estava internado na unidade hospitalar , não conseguindo se aliementar por esta sentindo muito enjoo e faltar de ar 8. TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Com base nos dados clínicos do paciente, foi proposto uma dieta branda com restrição hidrica 1 litro/dia. Paciente se encontra com obesidade grau1 conforme o IMC calculando e suas medições e seus dados que foram coletados. Para o paciente foi prescrita uma dieta hipoglicidica,hiperproteíca,hipolipidica. A finalidade básica da dietoterapia é oferecer ao organismo debilitado os nutrientes adequados da forma que melhor se adapte ao tipo de condição patológica e características físicas, nutricionais, psicológicas e sociais do indivíduo, recuperando-o. GET : TMBx FAx FIx FT 1.951,92x1,3=2.537,49kcal/dia 2.537,49 x 1,3= 3.298,73 Formula de Venta: 3.298,73/30= 109,95 3.298,73 – 109,95 x 8 3.298,73 – 879,6= 2.419,13kcal/dia GET= 2.419,13kcal/dia GE=1.951,92kcal FA 1,2 F1 :1,5 FT 1,0 GET: 2.419,13 kcal/dia MACRONUTRIENTE (%) Kcal gramas CARBOIDRATOS - 50 a 60% das calorias totais 41(%) 991,8 247,96 PROTEÍNAS 10 a 15 % das calorias totais 24(%) 580,59 145,14 LIPÍDIOS 23 a 35% das calorias totais 35(%) 846,69 94,07 FIBRA ALIMENTAR 20 a 30 % g/dia 21(%) MICRONUTRIENTES Vit A,Vit C Fe , K, Na e Cal dentro do recomendado DRI/ UI Fonte:FAO (2004) Obs: Foi usada a formula de venta, paciente se encontra com obesidade grau 1. 8.1 DISTRIBUIÇÃO POR REFEIÇÃO REFEIÇÕES % USADAS KCAL/dia café da manhã 10% 241,91 lanche da manhã 15% 362,86 almoço 35% 846,67 lanche da tarde 20% 483,82 jantar 15% 362,86 ceia 5% 120,95 TOTAL 100% 2.419,07kcal - Distribuição do VET Horários das Refeições Refeição Medidas Caseiras Desjejum 06: 00 Leite desnatado 100 ml Ovos mexido 3 uni Colação 09:00 Macaxeira cozida 100g Mamão 1 fatia Suco de laranja 100ml Almoço 12:00 Frango (file) 2 uni arroz branco 1 con.cheia Abóbora 100g Beterraba 100g Cenoura 90g Couve 80g Lanche da tarde 15:00 Salada de frutas P P P 1 fatia Banana Abacate Maca Abacaxi Janta 18:00 peixe cozido Prato raso salada de feijão verde 60g arroz branco 100g Ceia Mingual de aveia 180ml Tabela 8- Plano alimentar proposto ao paciente. 8.2 Recomendações: Tipos de alimentos Recomendados Proibidos Carnes em geral e derivados Carnes magras (patinho, coxão duro, coxão mole, alcatra, lagarto, músculo, maminha, etc.), lombo sem a gordura. Carnes processadas (hambúrguer quibe, nuggets, almôndegas), carne seca (charque), chouriço, pertences defeijoada, extratos e caldo de carne. Aves Frango, peru e chester sem pele. Patês, extrato e caldo de galinha. Pescados Peixes frescos (pescada, merluza, badejo, sardinha, etc.) sem pele. Sardinhas, atum, aliche, anchova (todos enlatados), camarão seco, peixe defumado e bacalhau salgado. Leite e derivados Leite e iogurte desnatado, ricota sem sal, margarina sem sal. Leite e iogurte integral (1x/semana), leite em pó, queijos amarelos e curados (parmesão, muzzarela, prato, etc.), queijos cremosos, margarina ou manteiga com sal. Frios/embutidos Não usar. Salame, lingüiça, salsicha, mortadela, presunto gordo, apresuntado, copa, etc. Temperos (ervas aromáticas, especiarias) e molhos Alho, alho poró, cebola, cheiro verde, raiz forte, kummel, manjericão, louro, sálvia, orégano, gergelim, estragão, manjerona, endro, alfavaca, tomilho, páprica, hortelã, colorau, erva-doce, alecrim, noz-moscada, coentro, açafrão, gengibre, semente de mostarda seca, azeite de oliva. Temperos prontos, amaciante de carne, glutamato monossódico (aji- no-moto®), mostarda, catchup, molho de soja (shoyu®), molho inglês, missô (sopa de soja), maionese, molhos para salada, sal marinho, sal light e sal grosso. Bebidas Água, sucos de frutas naturais, chás (erva-doce, camomila, hortelã, cidreira, chá verde). Refrigerantes (inclusive light e diet), bebidas energéticas (gatorade®), sucos artificiais, bebidas alcoólicas, suco de tomate. Conservas/enlatados Picles sem sal (feito em casa) e conservas do tipo caseiro sem sal. Picles, azeitona, chucrute, aspargos, palmito, ervilha, milho verde, alcaparra, seleta de legumes, extrato e molho de tomate, etc. Diversos Frutas, verduras e legumes sem restrição, pipoca sem sal (faça com margarina sem sal e orégano), massa tipo espaguete. Sopas desidratadas ou enlatadas, salgadinhos/aperitivos (amendoim, castanha de caju, batata frita, etc.), salgados de lanchonete (coxinha, quibe, pastel, etc.), bolacha água e sal, biscoito de polvilho salgado, pão de queijo, massas com recheio, pizza, adoçante à base de sódio, pipoca com sal. ADEQUAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR Desjejum QT g/ml kca mg Chg g Ptn g Lip g Fib mg Cal mg Vit A Vit C Z mg Na mg Fe mg k mg Leite desnatad o 100g 35g 5,0 3,60 0,0 1,8 18,5 10,2 11 0,2 0,9 0,1 - Ovo mexido 100g 199 1,96 13,1 13,21 0 690 555 - 3,06 704 0,18 126 Lanche da manhã Macaxeira cozida Mamão 100hg 61,20 125 14,11 30,1 0,85 0,6 0,66 0,3 4,8 - - - - 0,07 - 597 Suco de laranja 95,70 21,62 0,99 0,66 0,5 Almoço Frango 150g 239 00 27,30 13,60 4,0 - - - - 708 - - Abóbora 100g 117 18,9 1,5 0,1 2,6 5,0 - - - - - 203 arroz branco 100g 125 28 2,5 0,2 0,8 7,0 - - 0,6 - 0,2 - Beterraba Couve Cenoura 100m 100g 50g 358 146 70 30,4 7,25 0,5 01,6 075 0,90 1,36 0,18 14,11 7,8 - - - 0,1 - - - Lanche da tarde Banana p 39,60 10,2 1,8 8,1 9,6 156 - - - 5 2,3 - Maça Abacate abacaxi P P p 104 96,15 23,2 6,03 1,1,3 1,23 0,2 8,39 1,04 - - - - - - - Jantar peixe cozido 100g 112 0 24,2 4 0,93 - - - - 0,22 - 339 arroz 100g 125 28 2,5 0,2 0,8 7,0 - - 0,6 - 0,2 - Cenoura 1 xic 34 7,84 2,0 0,13 3,7 - - - - 0,02 - 230 Ceia Mingual de aveia 1 xic 136 22,70 3,60 0,03 1,04 0,6 417 Total:2.419 ,07kcal/dia 9. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO MEDICAMENTO AÇÃO INTERAÇÃO FÁRMACO NUTRIENTE FUROSEMIDA 100MG/ML- 2ML AMP TRATAMENTO ALIVIO DA PRESSÃO ALTA E DO INCHAÇO ASSOCIADO A DOENÇAS ESPECIFICAS. Arroz, alimentos ricos em Sódio (Na) cenoura e carne/Na ALBUMINA HUMANA 20% EXPANSOR DE VOLUME SANGUÉNEO N/D ESPERONOLACTONA 25 MG COMP DIURETICO, ANTI- HIPERTENSIVO Leite, alimentos ricos em potássio (K) e carne/K METOCLOPRAMIDA 50G/ML2 ML AMP UTILIZADO PARA PREVENIR NÁUSEAS E VÔMITO N/D LOSARTANA 500MG COMP REDUZ A PRESSÃO ARTERIAL IMPEDINDO A CONSTRIÇÃO DAS ARTERIAS E FACILITANDO A CIRCULAÇÃO DE SANGUE NO CORPO. 10 CONCLUSÃO Paciente encontra-se internado e com plano terapêutico necessário para que sua recuperação seja eficaz. O objetivo nutricional é a recuperação do estado nutricional, com perda de peso pois o paciente se encontra com obesidade grau 1, forma muito grande para futura doencas relacionadas a obesidade. Ofertar um tratamento dietoterápico necessário para manutenção das necessidades nutricionais para que possa melhorar o seu quadro patologico e evitar possiveis complicações. . REFERÊNCIAS BLACKBURN, G. L.; THORNTON, P. A. Nutri tional assessment of the hospitalized patients.Medical Clinics of North America v. 63, p. 1103, 115,1979 Bigal ME, Bordini CA, Speciali JG. Intravenous dipyrone for the acute treatment of episodic tension-type headache: a randomized, placebo-controlled, double-blind study. Braz J Med Biol Res. 2002 Oct;35(10):1139- 45. Epub 2002 Oct 13. CHUMLEA, W. A.; ROCHE, A. F.; MUKHERIEE, D.Nutritional assessment of the elderlythrough anthropometry.Columbus: Ross Laboratories. 1987 DUARTE, A. C.; CASTELLANI, F. R.Semiologia nutricional .1. ed. Rio de Janeiro: Axcel Books,2002.115 p DeVault KR, Castell DO. Updated guidelines for the diagnosis and treatment of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol 2005;100:190-200 DUKE, J.H. Jr. e BOWEN, J.C. 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