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ISS
CAMPO GRANDE
Pós-edital
Direito Tributário
IMUNIDADES, LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO 
PODER DE TRIBUTAR E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR: Nathália Souza Medeiros Rodrigues
DIAGRAMADOR: Antonio Jr
CAPA: Washington Nunes Chaves
Gran Cursos Online
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Capitais e regiões metropolitanas: 4007 2501
Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h
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ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida 
sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos 
autorais e do editor.
© 03/2019
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CLAUDIO ROISMAN
Auditor Fiscal do Espírito Santo e desde o ano 
de 2016 e Professor de Direito Tributário e de 
Legislação Tributária para os mais variados 
concursos. Aprovado em vamos concursos, 
dentre eles: Auditor Fiscal da Receita, Auditor 
Fiscal do Espírito Santo, Analista Legislativo do 
Senado, Agente Fiscal de Rendas em Americana, 
SP e Analista Administrativo do TRT, 1ª Região
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 
e Competência Tributária
Prof. Claudio Roisman 
Imunidade Tributária ...................................................................................5
Imunidade Tributária ...................................................................................5
Imunidade Religiosa ....................................................................................6
Imunidade dos Partidos Políticos, das Entidades Sindicais E das Instituições de 
Educação ou de Assistência Social, sem Fins Lucrativos ...................................9
Imunidade Cultural ...................................................................................13
Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos ...................................................13
Imunidade dos Fonogramas e Videofonogramas ............................................15
Imunidade Recíproca ................................................................................16
Outras Imunidades ...................................................................................17
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar ............................................18
Princípio da Legalidade ..............................................................................18
Princípio da Isonomia ................................................................................19
Princípio da Irretroatividade .......................................................................20
Princípio da Anterioridade ..........................................................................21
Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou Noventena ...................................22
Princípio do Não Confisco ...........................................................................24
Princípio da Liberdade de Tráfego ................................................................24
Princípio da Uniformidade Geográfica ..........................................................27
Competência Tributária ..............................................................................28
Competência Cumulativa ...........................................................................34
Resumo ...................................................................................................35
Questões de Concurso ...............................................................................59
Gabarito ..................................................................................................80
Gabarito Comentado .................................................................................81
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Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 
e Competência Tributária
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IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Meu(minha) amigo(a), e aí, como está? Estudando? SIIIIIIIIM.
Hoje veremos Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar e 
Competência Tributária.
Imunidade Tributária
As imunidades estão previstas, isso mesmo, na Constituição Federal. Pode até 
estar escrito não incidência, isenção ou qualquer coisa assim, mas se está na CF é 
imunidade.
CF, art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado 
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c)patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das en-
tidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, 
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musi-
cais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artis-
tas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, 
salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Vamos a alguns conceitos:
De acordo com o tradicional conceito de Aliomar Baleeiro são as “vedações ab-
solutas ao poder de tributar certas pessoas (subjetivas) ou certos bens (objetivas) 
e, às vezes, uns e outras. Imunidades tornam inconstitucionais as leis ordinárias 
que as desafiam”. (1996, p. 82).
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Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 
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Hugo Brito Machado conceitua dizendo que “imunidade é o obstáculo decorrente 
de regra da Constituição à incidência de regra jurídica de tributação. O que é imune 
não pode ser tributado. A imunidade impede que a lei defina como hipótese de inci-
dência tributária aquilo que é imune. É limitação de competência”. (2011, p. 285).
Tem Imunidade, não se cobra imposto. Eu disse imposto.
Temos alguns tipos de Imunidades:Imunidade Religiosa
Vamos começar pela imunidade religiosa.
Questão 1 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR SUBSTITUTO/2015/ADAPTADA) Acerca das 
imunidades tributárias, é correto afirmar que a imunidade dos templos de qualquer 
culto abrange o local de culto e também imóveis de propriedade da entidade re-
ligiosa locados a terceiros, desde que o aluguel reverta em benefício da atividade 
religiosa.
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Certo.
Uma súmula importante sobre esse tema:
Súmula 724 do STF.
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a 
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o 
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
Mas por que existem essas imunidades na nossa Constituição? Elas existem para 
que o Estado não se utilize do poder de tributar como meio de embaraçar o fun-
cionamento de entidades religiosas. Como a liberdade de culto é direito individual 
constitucionalmente assegurado, e a imunidade religiosa é uma das garantias que 
protegem esse direito, ambas estão protegidas por cláusula pétrea. A imunidade 
não é apenas do templo, fisicamente falando, mas também da entidade religiosa, 
abrangendo todas as suas atividades. Assim, o que você acha? A entidade tem um 
carro, ela paga IPVA? É um imposto, não é? Então não paga. Obviamente esse car-
ro teria que ser usado nas atividades da entidade.
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JURISPRUDÊNCIA
O STF, em relação à imunidade de templos de qualquer culto, vem conce-
dendo interpretações amplas, permitindo a imunidade mesmo em atividades 
que não guardem relação direta com os fins da entidade religiosa, desde que 
o produto dessa atividade seja revertido para as finalidades essenciais da enti-
dade. Como disse, o aluguel de imóveis, ainda que tal atividade não tenha 
nada a ver com a atividade religiosa, será imune desde que o produto desse 
aluguel revertido para o templo:
“EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qual-
quer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e 
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, 
VI, “b” e § 4º, da Constituição. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis 
de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no 
art. 150, VI, “b”, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao 
culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços “relacionados com as 
finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas”. 5. O § 4º do disposi-
tivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas “b” e “c” do inciso 
VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das 
alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário provido”. (RE 325822 / SP, Min. 
ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, DJ 14-05-2004)
Mais jurisprudência:
“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRI-
BUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTI-
DADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões 
de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada 
no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU 
em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de 
qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto 
da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, 
“b”. 3. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. Recurso 
extraordinário provido”. (RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 21-05-2008)
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Nem o cemitério nem o estacionamento de entidades religiosas pagam impos-
tos. Coloquei isso porque váaaarias perguntas giram em torno dessas exceções.
Questão 2 (ADAPTADA) Julgue o item.
Os frutos da atividade de locação de espaço para estacionamento dos fiéis pela 
entidade religiosa estão abrangidos pela imunidade tributária, desde que esses va-
lores sejam revertidos para as atividades essenciais da entidade.
Certo.
Professor, para que tanta jurisprudência, é necessário mesmo?
Infelizmente sim, kkkkkk. Prova de nível elevado, para candidatos que almejam um 
salário top, cai jurisprudência, não tem jeito.
Imunidade dos Partidos Políticos, das Entidades Sindicais 
E das Instituições de Educação ou de Assistência Social, 
sem Fins Lucrativos
Espécie de imunidade subjetiva, ligada à entidade.
Nos termos da previsão constitucional, nenhum imposto incide sobre patrimô-
nio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das enti-
dades sindicais dos trabalhadores, não é entidade patronal, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 
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Porém, de acordo com o art. 150, § 4º, tal vedação compreende somente patrimô-
nio, renda e serviços, relacionados com as finalidades essenciais das respectivas 
entidades.
De novo, não é entidade patronal, é entidade de trabalhadores.
Vamos ler dois autores famosos:
Alexandre de Moraes afirma que:
Igualmente, a Constituição de 1988 prevê imunidade tributária aos Partidos Políticos 
para que se evite a possibilidade de nefasta utilização do poder de tributar do Estado 
com a finalidade de restrição e perseguições a determinadas ideologias. Trata-se de 
previsão corolária aos arts. 1º, parágrafo único, 14, § 3º, V e 17 do texto constitucio-
nal, que consagram a regra da democracia representativa, além de alcançar os direitos 
relacionados à criação, organização e participação em partidos políticos como espécies 
do gênero Direitos Fundamentais (capítulo V, do título II), afirmando ser livre a criação, 
fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. (2009, p. 883)
De acordo com a lição de Hugo Machado, a imunidade das instituições de educa-
ção e de assistência social, todavia, é condicionada. Só existe para aquelas institui-
ções sem fins lucrativos. Não ter fins lucrativos não significa, de modo nenhum, ter 
receitas limitadas aos custos operacionais. Essasinstituições, na verdade, podem 
e devem ter sobras financeiras, até para que possam progredir, modernizando e 
ampliando suas instalações. O que não pode haver é distribuição de lucros. Devem, 
assim, aplicar todas as suas disponibilidades na manutenção dos seus objetivos 
institucionais, à luz da inteligência do art. 14 do Código Tributário Nacional (CTN). 
(2011, p. 291-292)
Resumindo: 
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As entidades de educação ou de assistência social podem ter lucros? Sim. O que 
não podem é distribuir esses lucros pelos seus diretores. Podem inclusive, isso é 
meio que óbvio, remunerar seu pessoal.
Questão 3 (CESPE/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017/ADAPTA-
DA) A imunidade tributária assegurada às instituições de educação sem fins lucra-
tivos garante imunidade apenas para os impostos, não vedando a instituição de 
outras modalidades de tributos.
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Certo.
Outra questão recorrente em provas:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 730.
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins 
lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as enti-
dades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos 
beneficiários.
Questão 4 (FCC/SEFAZ-PE/AUDITOR-FISCAL/2014/ADAPTADA) Em relação às 
imunidades tributárias, é correto afirmar1 a imunidade tributária conferida a insti-
tuições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fe-
chadas de previdência social privada, se não houver contribuição dos beneficiários.
Imunidade Cultural
Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos
Espécie de imunidade objetiva, ligada a certos bens, independente da pessoa 
a quem pertençam, prevista no art. 150, VI, “d”, da CF.
1 Gabarito: certo.
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Nos termos da previsão constitucional, nenhum imposto incide sobre livros, 
jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, seja qual for a natureza, 
formato ou conteúdo, haja vista que não há restrições na CF.
Perguntinha que não quer calar. Álbum de figurinha tem imunidade? E revista 
pornográfica? Repetindo, não interessa o conteúdo, tem sim imunidade.
A consagração desta imunidade, de acordo com a Suprema Corte, tem como 
finalidade a garantia e efetivação da livre manifestação do pensamento, da cultura 
e da produção cultural, científica e artística, sem possibilidade de criação de empe-
cilhos econômicos, via tributação, por parte do Estado, capazes de inibir a produção 
material e intelectual de livros, jornais e periódicos. (STF, RE 206.169/SP, 1998)
Vamos aos mestres.
Para Roque Carrazza, o sentido dessa imunidade tributária é “dar meios mate-
riais para que as pessoas possam divulgar suas ideias”. (1997, p. 125)
Sacha Calmon Navarro Coêlho afirma que “a imunidade filia-se aos dispositivos 
constitucionais que asseguram a liberdade de expressão e opinião e partejam o de-
bate das ideias, em prol da cidadania, além de simpatizar com o desenvolvimento 
da cultura, da educação e da informação”. (1989, p. 378)
Decisão recente do STF, livro digital também tem imunidade tributária.
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=337857
Questão 5 (ADAPTADA) Haverá imunidade sobre tributos incidentes sobre livros, 
jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
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Errado.
E aí? Fala mais alto, sim, muito bem, tá prestando atenção na aula. Não são tribu-
tos e sim impostos. Errou? Passou batido? Fique tranquilo, de tanto repetir a gente 
acerta.
Imunidade dos Fonogramas e Videofonogramas
É a famosa imunidade musical.
Espécie de imunidade objetiva e subjetiva (ligada tanto a certos bens quanto a 
determinadas pessoas) prevista no art. 150, VI, “e”, da CF/88.
Tal imunidade foi acrescentada ao inciso VI do art. 150, por meio da Emenda 
Constitucional (EC) n. 75 pulicada em 16 de outubro de 2013, ampliando o rol das 
imunidades tributárias.
Nos termos do texto da EC, nenhum imposto incide sobre fonogramas (CDs) e 
videofonogramas (DVDs) musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas 
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, 
salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Em suma, portanto, há atualmente impedimento de criação de impostos sobre 
CDs e DVDs produzidos no Brasil com obras musicais ou literomusicais de autores 
brasileiros. Estão imunes também aos impostos, as obras em geral interpretadas 
por artistas brasileiros e as mídias ou arquivos digitais que as contenham. (CÂMA-
RA NOTICIAS, 2013).
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A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que deu origem à alteração cons-
titucional, também chamada de PEC da Música, teve como balizadores, de acordo 
com suas Justificativas: 1) o combate à contrafação (pirataria); 2) o revigoramen-
to do mercado fonográfico brasileiro; 3) a difusão da cultura musical a todasas 
classes sociais do Brasil, em especial as menos privilegiadas. Assim, o objetivo 
maior da PEC é reduzir os preços daqueles produtos (com alto valor cultural) ao 
consumidor final, dando a eles condições de competir com a venda de reproduções 
piratas, popularizando ainda mais o acesso às classes menos favorecidas do país, 
o que está alinhado com a diretriz da democratização e acesso aos bens culturais. 
(Botosso; BEHAR, 2013)
Questão 6 (FCC/TCE-PI/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2014/ADAP-
TADA) Antonio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas 
melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.
Errado.
E aí, verdadeiro ou falso? Faaaalso. Produziu na Itália, não tem imunidade.
Imunidade Recíproca
Espécie de imunidade subjetiva, ligada a pessoas, prevista no art. 150, VI, “a”, 
da CF.
Nos termos da previsão constitucional, os Entes federados (União, Estados, Dis-
trito Federal e Município) não podem instituir impostos sobre renda, patrimônio ou 
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serviços uns dos outros, ou seja, reciprocamente. De acordo com o art. 150, § 2º, 
tal vedação é extensiva às Autarquias e às Fundações Públicas instituídas e man-
tidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços 
vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
A garantia constitucional da imunidade recíproca impede a incidência de tributos 
sobre o patrimônio e a renda dos entes federados. Os valores investidos e a renda 
auferida pelo membro da federação são imunes de impostos. A imunidade tribu-
tária recíproca é uma decorrência pronta e imediata do postulado da isonomia dos 
entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa do Estado brasileiro e 
pela autonomia dos Municípios. (STF, Ag. 172.80-7, 1996)
O § 3º do art. 150 estipula que essas vedações não se aplicam ao patrimônio, 
à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas re-
gidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja con-
traprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o pro-
mitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
Outras Imunidades
CF, art. 5º, XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade 
ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclareci-
mento de situações de interesse pessoal;
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Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
Princípio da Legalidade
CF, art. 150 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Famoso Princípio da Legalidade. Para inventar algum tributo ou mesmo aumen-
tar, há necessidade de lei. Todos os elementos essenciais para a criação de um 
tributo devem estar na lei (fato gerador, alíquota, base de cálculo, sujeito passivo 
e multa). Esse Princípio tem exceções, vamos a elas, porque, pra variar, elas sem-
pre caem.
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JURISPRUDÊNCIA
STJ – Súmula 160.
É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual 
superior ao índice oficial de correção monetária.
Em português, isso quer dizer que dentro dos índices de inflação oficiais, pode 
ser por decreto.
O Princípio da Legalidade se aplica a todos os tributos, não somente aos im-
postos.
De uma maneira geral, tributos necessitam de lei. Só necessitam de lei comple-
mentar, esses:
Princípio da Isonomia
CF, art. 150, II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimen-
tos, títulos ou direitos;
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CF, art. 145, § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão gra-
duados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, res-
peitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte.
Isso não afronta a isonomia. Vamos tratar igualmente os iguais, e desigualmente 
os desiguais, na medida de sua desigualdade.
Questão 7 (FCC/AL-PE/ANALISTA LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Respeita o 
princípio da isonomia a concessão de isenção, em favor do Ministério Público e aos 
membros e servidores do Poder Judiciário, inclusive inativos, de custas processu-
ais, notariais, cartorárias, e quaisquer taxas e emolumentos?
Errado.
Não estaria respeitando a isonomia.
Princípio da Irretroatividade
CF, art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado 
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os hou-
ver instituído ou aumentado;
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Há exceções no CTN:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação 
de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, 
desde que não tenha sido fraudulentoe não tenha implicado em falta de pagamento de 
tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo 
da sua prática.
Via de regra a lei se aplica ao que vai vir, ao que vai ocorrer. Há exceções, que 
foram colocadas. Claro, você já sabe.
Complete a frase:
As exceções sempre.......
a) caem.
b) saem.
c) não caem.
d) não sei.
Isso foi uma tentativa para que você saiba sempre as exceções. Se você fosse 
o examinador, provavelmente também as colocaria na prova.
Princípio da Anterioridade
CF, art. 150, III, b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que 
os instituiu ou aumentou;
Essa é a anterioridade geral.
Vamos a elas, sim, caro(a) aluno(a), as exceções:
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Questão 8 (TRF3/TRF3/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2016/ADAPTADA) O princípio 
da anterioridade genérica significa que as pessoas políticas não podem exigir tribu-
tos sem que haja prévia autorização orçamentária para a cobrança deles em cada 
exercício financeiro
Errado.
Esse é o princípio da anualidade, que não tem em Tributário.
Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou Noventena
O Princípio da Anterioridade Anual Tributária foi revigorado com o advento da 
Emenda Constitucional n. 42/2003.
Essa emenda vedou a cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias (não 
são três meses) da data em que tenha sido publicada a Lei que haja instituído ou 
majorado o tributo, em consonância com a alínea C, do inciso III, do art. 150 da CF.
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Vamos às nossas amigas:
Questão 9 (IBFC/TJ-PR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/2014/
ADAPTADA) Obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não o nonagesimal, 
o imposto sobre produtos industrializados (IPI)?
Errado.
O IPI é exceção à noventena a anterioridade anual.
Vamos pegar emprestada uma tabela do mestre Sabbag:
REGRA GERAL Caso o tributo seja criado ou majorado 
entre os meses de janeiro e setembro 
de um ano, a incidência ocorrerá sempre 
em 1º de janeiro do ano posterior. Se 
isso se der entre outubro e dezembro, 
a data de incidência será posterior a 1º 
de janeiro do ano seguinte.
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Princípio do Não Confisco
CF, art. 150, IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
Essa restrição também, é aplicada às multas.
JURISPRUDÊNCIA
ADI 551/RJ: O 3.º DO ART. 57 DO ATO DAS DOSPOSIÇÕES CONSTITUCIO-
NAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO RECOLHIMENTO E 
SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 
150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A DESPROPORÇÃO ENTRE O DESRESPEITO À 
NORMA TRIBUTÁRIA E SUA CONSEQUÊNCIA JURÍDICA, A MULTA, EVIDENCIA 
O CARÁTER CONFISCATÓRIO DESTA, ATENTANDO CONTRA O PATRIMÔNIO 
DO CONTRIBUINTE, EM CONTRARIEDADE AO MENCIONADO DISPOSITIVO DO 
TEXTO CONSTITUCIONAL FEDERAL. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE.
Outra jurisprudência: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/visualizarE-
menta.asp?s1=000149190&base=baseMonocraticas
Em resumo, tanto os tributos como as multas não podem ter caráter confisca-
tório.
Princípio da Liberdade de Tráfego
CF, art. 150, C, V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utili-
zação de vias conservadas pelo Poder Público;
Pedágio não é tributo. Leia esta jurisprudência, é importante.
JURISPRUDÊNCIA
LEIA, NÃO PASSE BATIDO.
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O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias não tem natureza tribu-
tária, mas de preço público, consequentemente, não está sujeito ao princípio 
da legalidade estrita... (“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegura-
das ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: …V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por 
meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”).. É vedado 
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... II – estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos inte-
restaduais ou intermunicipais”). Ressaltou que a falta de referência à cobrança 
de pedágio, no regime constitucional precedente despertara a controvérsia a 
respeito da natureza dessa exação — se tributária ou não tributária —, diver-
gência que persistiria, especialmente no âmbito doutrinário. Afirmou que os 
defensores da natureza tributária, da subespécie taxa, o fariam sob os seguin-
tes fundamentos: a) a referência ao pedágio, nas limitações constitucionais 
ao poder de tributar; b) o pagamento de um serviço específico ou divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; e c) a impossibilidade de 
remunerar serviços públicos por meio outro que não o de taxa. Aludiu, entre-
tanto, que os defensores da natureza contratual da exação como preço público 
o fariam com base nas seguintes considerações:
a) a inclusão no texto constitucional apenas esclareceria que, apesar de não 
incidir tributo sobre o tráfego de pessoas ou bens, poderia, excepcionalmente, 
ser cobrado o pedágio, espécie jurídica diferenciada;
b) a ausência de compulsoriedade na utilização de rodovias; e
c) a cobrança se daria em virtude da utilização efetiva do serviço, e não seria 
devida com base no seu oferecimento potencial.
ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)
ADI: pedágio e preço público – 2
A Corte realçou que essa discussão teria sido contaminada pela figura do deno-
minado “selo-pedágio”, prevista na Lei 7.712/1988, reconhecido como taxa 
pelo STF. Lembrou, porém, que essa exação seria compulsória a todos os usu-
ários de rodovias federais, por meio de pagamento renovável mensalmente, 
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independentemente da frequência de uso, cobrada antecipadamente, como 
contrapartida a serviço específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou 
posto à sua disposição. Consignou haver profundas diferenças entre o citado 
“selo-pedágio” e o pedágio, na forma em que atualmente disciplinado. Asse-
verou que esse último somente seria cobrado se, quando e cada vez que hou-
vesse efetivo uso da rodovia, o que não ocorreria com o “selo-pedágio”, que 
seria exigido em valor fixo, independentemente do número de vezes que o con-
tribuinte fizesse uso das estradas durante o mês. Destacou que o enquadra-
mento do pedágio como taxa ou preço público independeria de sua localização 
topológica no texto constitucional, mas seria relacionado ao preenchimento, 
ou não, dos requisitos previstos no art. 3º do CTN (“Tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante ativi-
dade administrativa plenamente vinculada”).
ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)
ADI: pedágio e preço público – 3
O Plenário sublinhou que seria irrelevante também, para a definição da natu-
reza jurídica do pedágio, a existência, ou não, de via alternativa gratuita para 
o usuário trafegar. Reconheceu que a cobrança de pedágio poderia, indireta-
mente, limitar o tráfego de pessoas. Observou, todavia, que essa restrição 
seria agravada quando, por insuficiência de recursos, o Estado não construísse 
rodovias ou não conservasse adequadamente as existentes. Ponderou que, 
diante dessa realidade, a Constituição autorizara a cobrança de pedágio em 
rodovias conservadas pelo Poder Público, inobstante a limitação de tráfego que 
essa cobrança pudesse eventualmente acarretar. Registrou, assim, que a con-
trapartida de oferecimento de via alternativa gratuita como condição para a 
cobrança de pedágio não seria uma exigência constitucional, tampouco estaria 
prevista em lei ordinária. Consignou que o elemento nuclear para identificar 
e distinguir taxa e preço público seria o da compulsoriedade, presente na pri-
meira e ausente na segunda espécie. Nesse sentido, mencionou o Enunciado 
545 da Súmula do STF (“Preços de serviços públicos e taxas não se confun-
dem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua 
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cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que 
as instituiu”).
ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)
Questão 10 (UEPA/SEAD-PA/AUDITOR-FISCAL/2013/ADAPTADA) Sobre as taxas 
e o pedágio é correto afirmar que o pedágio, segundo entendimento do STF, é uma 
taxa e não um preço público.
Errado.
E agora? A banca considerou certa, mas está errada, principalmente pelo que le-
mos na jurisprudência que está antes dessa questão. Se você não leu, leia.
Princípio da Uniformidade Geográfica
CF, art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;
Lá vamos nós de novo, fazer o quê?
JURISPRUDÊNCIA
Não é possível ao Poder Judiciário estender isenção a contribuintes não con-
templados pela lei, a título de isonomia.5.Recurso extraordinário não conhe-
cido”. No julgamento do AI 333.862-AgR (RE 159.026)/GO, por mim rela-
tado, o RE não foi admitido (“D.J.”de 14.3.2003) o.Posta assim a questão, 
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nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 11 de junho de 2003.
Ministro CARLOS VELLOSO – Relator –(“D.J.” de 15.3.2002)
Segue o link com a decisão completa: https://stf.jusbrasil.com.br/jurispruden-
cia/14807889/recurso-extraordinario-re-328509-pr-stf
Questão 11 (FCC/TCE-AL/PROCURADOR/2008/ADAPTADA) É exceção ao princípio 
da uniformidade geográfica a concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, de diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em 
razão da procedência.
Errado.
É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedên-
cia ou destino.
Competência Tributária
É o poder constitucionalmente atribuído de editar leis que instituam tributos.
Exemplo: a União institui, por meio de lei, o IR, o ITR, o PIS e a COFINS, entre 
outros tributos.
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Como todos sabemos, a competência tributária é indelegável, é só do Ente cuja 
atribuição foi feita pela CF. A competência tributária é minha, ninguém tasca, eu 
vi primeiro.
Você sabe o que é TRFIPECUR? Prazer em conhecer.
CF, art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrente-
mente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
A CF não cria tributos, apenas outorga competência para que os entes o façam por 
meio de leis próprias.
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E se o ente não fizer, outro pode fazer?
Exemplificando:
A cidade de Vila Velha não instituiu o ISSQN, o Estado do ES pode instituí-
-lo? Não.
Mas, professor, como fica isso?
Não fica, se o ente político nada fizer, nada será feito.
A competência é indelegável para instituir o tributo (competência tributária em 
sentido estrito), e delegável para as funções dearrecadar, fiscalizar ou executar 
leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária (capacidade 
ativa).
O exercício da competência tributária é uma faculdade dos entes. Entretanto, 
a LRF afirma que são requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência 
constitucional do ente da Federação. A LRF ainda proíbe transferências voluntárias 
para os entes que deixem de instituir os impostos de sua competência.
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Ah, já entendi. O banco então possui capacidade ativa, pois arrecada tributo. 
Nãaaaaaaao. A função dele é só arrecadar, só isso, ele só arrecada. Isso vive caindo 
nas provas.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PRIVATIVA
UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS
II – IE IR IPI IOF ITR IGF 
EMPRÉSTIMOS COMPUL-
SÓRIOS, CONTRIBUIÇÕES 
ESPECIAIS, CONTRIBUI-
ÇÕES RESIDUAIS, IMPOS-
TOS RESIDUAIS
ICMS, IPVA, ITCMD IPTU ISS ITBI CONTRI-
BUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO 
PÚBLICA (MUNICÍPIOS E 
DF)
Questão 12 (CETRO/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP/AUDITOR-FISCAL MUNICI-
PAL/2014/ADAPTADA) São titulares da competência tributária própria as autar-
quias e as pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislativo.
Errado.
E agora, a pergunta complicou, vou ter que pensar um pouco. Depois respondo.
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Vamos responder agora: são titulares da competência tributária própria:
As autarquias e as pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislati-
vo?
CTN, art. 6º. A atribuição constitucional de competência tributária compreende a com-
petência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, 
nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, 
e observado o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras 
pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que 
tenham sido atribuídos.
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arreca-
dar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas 
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em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos 
termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à 
pessoa jurídica de direito público que a conferir.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa 
jurídica de direito público que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito pri-
vado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.
Art. 8º O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de di-
reito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
Competência Cumulativa
O art. 147 da CF estatui: competem à União, em Território Federal, os impostos esta-
duais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos 
municipais;
Questão 13 (ADAPTADA) Em relação à competência tributária, cabe aos Estados 
e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão causa mortis; II) 
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; III) propriedade de 
veículos de qualquer natureza.
Errado.
Não perca os próximos capítulos.
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RESUMO
Súmula 724 do STF.
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a 
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o 
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
JURISPRUDÊNCIA
O STF, em relação à imunidade de templos de qualquer culto, vem concedendo 
interpretações amplas, permitindo a imunidade mesmo em atividades que não 
guardem relação direta com os fins da entidade religiosa, desde que o pro-
duto dessa atividade seja revertido para as finalidades essenciais da entidade. 
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Como disse, o aluguel de imóveis, ainda que tal atividade não tenha nada a 
ver com a atividade religiosa, será imune desde que o produto desse aluguel 
revertido para o templo:
“EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qual-
quer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e 
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, 
VI, “b” e § 4º, da Constituição. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis 
de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no 
art. 150, VI, “b”, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao 
culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços “relacionados com as 
finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas”. 5. O § 4º do disposi-
tivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas “b” e “c” do inciso 
VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipótesesdas 
alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário provido”. (RE 325822 / SP, Min. 
ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, DJ 14-05-2004)
JURISPRUDÊNCIA
“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRI-
BUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTI-
DADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões 
de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada 
no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU 
em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de 
qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto 
da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, 
“b”. 3. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. Recurso 
extraordinário provido”. (RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 21-05-2008)
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 730.
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins 
lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as enti-
dades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos 
beneficiários.
Decisão recente do STF, livro digital também tem imunidade tributária.
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=337857
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STJ – Súmula 160.
É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao 
índice oficial de correção monetária.
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Essa restrição também, é aplicada às multas.
JURISPRUDÊNCIA
ADI 551/RJ: O 3.º DO ART. 57 DO ATO DAS DOSPOSIÇÕES CONSTITUCIO-
NAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO RECOLHIMENTO E 
SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 
150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A DESPROPORÇÃO ENTRE O DESRESPEITO À 
NORMA TRIBUTÁRIA E SUA CONSEQUÊNCIA JURÍDICA, A MULTA, EVIDENCIA 
O CARÁTER CONFISCATÓRIO DESTA, ATENTANDO CONTRA O PATRIMÔNIO 
DO CONTRIBUINTE, EM CONTRARIEDADE AO MENCIONADO DISPOSITIVO DO 
TEXTO CONSTITUCIONAL FEDERAL. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE.
Outra jurisprudência:
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p?s1=000149190&base=baseMonocraticas
Em resumo, tanto os tributos como as multas não podem ter caráter confisca-
tório.
JURISPRUDÊNCIA
LEIA, NÃO PASSE BATIDO.
O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias não tem natureza tribu-
tária, mas de preço público, consequentemente, não está sujeito ao princípio 
da legalidade estrita... (“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegura-
das ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: …V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por 
meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”).. É vedado 
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... II – estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos inte-
restaduais ou intermunicipais”). Ressaltou que a falta de referência à cobrança 
de pedágio, no regime constitucional precedente despertara a controvérsia a 
respeito da natureza dessa exação — se tributária ou não tributária —, diver-
gência que persistiria, especialmente no âmbito doutrinário. Afirmou que os 
defensores da natureza tributária, da subespécie taxa, o fariam sob os seguin-
tes fundamentos: a) a referência ao pedágio, nas limitações constitucionais 
ao poder de tributar; b) o pagamento de um serviço específico ou divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; e c) a impossibilidade de 
remunerar serviços públicos por meio outro que não o de taxa. Aludiu, entre-
tanto, que os defensores da natureza contratual da exação como preço público 
o fariam com base nas seguintes considerações:
a) A inclusão no texto constitucional apenas esclareceria que, apesar de não 
incidir tributo sobre o tráfego de pessoas ou bens, poderia, excepcionalmente, 
ser cobrado o pedágio, espécie jurídica diferenciada;
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b) A ausência de compulsoriedade na utilização de rodovias; e
c) A cobrança se daria em virtude da utilização efetiva do serviço, e não seria 
devida com base no seu oferecimento potencial.
ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)
ADI: pedágio e preço público – 2
A Corte realçou que essa discussão teria sido contaminada pela figura do deno-
minado “selo-pedágio”, prevista na Lei n. 7.712/1988, reconhecido como taxa 
pelo STF. Lembrou, porém, que essa exação seria compulsória a todos os usu-
ários de rodovias federais, por meio de pagamento renovável mensalmente, 
independentemente da frequência de uso, cobrada antecipadamente, comocontrapartida a serviço específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou 
posto à sua disposição. Consignou haver profundas diferenças entre o citado 
“selo-pedágio” e o pedágio, na forma em que atualmente disciplinado. Asse-
verou que esse último somente seria cobrado se, quando e cada vez que hou-
vesse efetivo uso da rodovia, o que não ocorreria com o “selo-pedágio”, que 
seria exigido em valor fixo, independentemente do número de vezes que o con-
tribuinte fizesse uso das estradas durante o mês. Destacou que o enquadra-
mento do pedágio como taxa ou preço público independeria de sua localização 
topológica no texto constitucional, mas seria relacionado ao preenchimento, 
ou não, dos requisitos previstos no art. 3º do CTN (“Tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante ativi-
dade administrativa plenamente vinculada”).
ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)
ADI: pedágio e preço público – 3
O Plenário sublinhou que seria irrelevante também, para a definição da natu-
reza jurídica do pedágio, a existência, ou não, de via alternativa gratuita para 
o usuário trafegar. Reconheceu que a cobrança de pedágio poderia, indireta-
mente, limitar o tráfego de pessoas. Observou, todavia, que essa restrição 
seria agravada quando, por insuficiência de recursos, o Estado não construísse 
rodovias ou não conservasse adequadamente as existentes. Ponderou que, 
diante dessa realidade, a Constituição autorizara a cobrança de pedágio em 
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rodovias conservadas pelo Poder Público, inobstante a limitação de tráfego que 
essa cobrança pudesse eventualmente acarretar. Registrou, assim, que a con-
trapartida de oferecimento de via alternativa gratuita como condição para a 
cobrança de pedágio não seria uma exigência constitucional, tampouco estaria 
prevista em lei ordinária. Consignou que o elemento nuclear para identificar 
e distinguir taxa e preço público seria o da compulsoriedade, presente na pri-
meira e ausente na segunda espécie. Nesse sentido, mencionou o Enunciado 
545 da Súmula do STF (“Preços de serviços públicos e taxas não se confun-
dem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua 
cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que 
as instituiu”).
ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)
JURISPRUDÊNCIA
Não é possível ao Poder Judiciário estender isenção a contribuintes não con-
templados pela lei, a título de isonomia.5.Recurso extraordinário não conhe-
cido”..No julgamento do AI 333.862-AGR (RE 159.026)/GO, por mim rela-
tado, o RE não foi admitido (“D.J.” de 14.3.2003) o.Posta assim a questão, 
nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 11 de junho de 2003.
Ministro CARLOS VELLOSO- Relator -(“D.J.” de 15.3.2002)
Segue o link com a decisão completa: https://stf.jusbrasil.com.br/jurispruden-
cia/14807889/recurso-extraordinario-re-328509-pr-stf
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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PRIVATIVA
UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS
II – IE IR IPI IOF ITR IGF 
EMPRÉSTIMOS COMPUL-
SÓRIOS, CONTRIBUIÇÕES 
ESPECIAIS, CONTRIBUI-
ÇÕES RESIDUAIS, IMPOS-
TOS RESIDUAIS
ICMS, IPVA, ITCMD IPTU ISS ITBI CONTRI-
BUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO 
PÚBLICA (MUNICÍPIOS E 
DF)
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 730 do STF.
“A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins 
lucrativos pelo art. 150, vi, “c”, da constituição, somente alcança as entidades 
fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos bene-
ficiários”.
JURISPRUDÊNCIA
“Os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos estão alcançados 
pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, d, da Constituição Fede-
ral” (imunidade cultural). (RE 179.893, de 15/04/2008.)
JURISPRUDÊNCIA
“As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, por-
quanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito 
lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição.” (ADI 
3.089, de 01/08/2008).
JURISPRUDÊNCIA
É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas públicas 
que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros requisitos 
constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados direta ou indi-
retamente a particulares, ou tenham por objetivo principal conceder acrés-
cimo patrimonial ao poder público (ausência de capacidade contributiva) e não 
desempenhem atividade econômica, de modo a conferir vantagem não exten-
sível às empresas privadas (livre iniciativa e concorrência). O Serviço Autô-
nomo de Água e Esgoto é imune à tributação por impostos (art. 150, VI, a e 
§ 2º e § 3º da Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, 
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não altera a conclusão.” (RE 399.307-AgR,Rel. Min. Joaquim Barbosa, julga-
mento em 16-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.)
JURISPRUDÊNCIA
“As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, 
cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributá-
ria prevista na alínea”a” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal.” (RE 
580.264/RS 16/12/2010.)
JURISPRUDÊNCIA
A nossa Súmula 724 subiu de nível, virou SV:
Súmula Vinculante 52.
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel perten-
cente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição 
Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as 
quais tais entidades foram constituídas.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 730 STF.
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins 
lucrativos pelo Art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades 
fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos bene-
ficiários
JURISPRUDÊNCIA
STF – AG. REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA ACO 1331 GO (STF)
Data de publicação: 11/12/2014
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. DIREITO CONS-
TITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ESTADO QUE NOTIFICOU A ECT PARA RECO-
LHIMENTO DE ICMS. INCIDÊNCIA DA IMUNIDADE RECÍPROCA ÀS EMPRESAS 
PÚBLICAS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO 
DESPROVIDO. 1. A ECT, atuando como empresa pública prestadora de ser-
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viço público, está albergada pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, 
alínea a, do texto constitucional. Precedentes. 2. No julgamento da ADPF 46, 
o Supremo Tribunal Federal afirmou o entendimento de que o serviço postal, 
prestado pela ECT em regime de exclusividade, não consubstancia atividade 
econômica estrita, constituindo modalidade de serviço público. 3. Agravo regi-
mental a que se nega provimento.
STF – AG. REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO RE 542454 BA (STF)
Data de publicação: 16/02/2012
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁ-
RIO. ISS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. INFRAERO. EMPRESA PÚBLICA 
PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. EXTENSÃO. 1. Ao julgar o ARE 638.315, 
da relatoria do ministro Cezar Peluso, o Plenário Virtual do Supremo Tribunal 
Federal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional analisada e 
resolveu reafirmar a jurisprudência desta nossa Casa de Justiça no sentido de 
que as empresas públicas prestadoras de serviço público estão abrangidas pela 
imunidade tributária recíproca prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da 
Magna Carta de 1988. Ressalva do ponto de vista pessoal do relator. 2. Agravo 
regimental desprovido.
STF. Plenário. RE 566622, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/02/2017 
(repercussão geral).
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Decisão: o Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, apreciando o 
tema 32 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário, vencidos 
os Ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Re-
ajustou o voto o Ministro Ricardo Lewandowski, para acompanhar o Relator. Em se-
guida, o Tribunal fixou a seguinte tese de repercussão geral: “Os requisitos para 
o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei complementar”. Não 
votou o Ministro Edson Fachin por suceder ao Ministro Joaquim Barbosa. Ausente, 
justificadamente, o Ministro Luiz Fux, que proferiu voto em assentada anterior. Pre-
sidência da Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 23.02.2017.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 50.
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se 
sujeita ao princípio da anterioridade.
Vamos ver esse RE( recurso extraordinário)
DIREITO TRIBUTÁRIO. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 
1988 DO ACORDO GERAL DE TARIFAS E COMÉRCIO. ISENÇÃO DE TRIBUTO 
ESTADUAL PREVISTA EM TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO PELA REPÚ-
BLICA FEDERATIVA DO BRASIL. ARTIGO 151, INCISO III, DA CONSTITUI-
ÇÃO DA REPÚBLICA. ARTIGO 98 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. 
NÃO CARACTERIZAÇÃO DE ISENÇÃO HETERÔNOMA. RECURSO EXTRAORDI-
NÁRIO CONHECIDO E PROVIDO.
1. A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comér-
cio para as mercadorias importadas dos países signatários quando o similar 
nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pela Constituição da Repú-
blica de 1988.
2. O artigo 98 do Código Tributário Nacional “possui caráter nacional, com 
eficácia para a União, os Estados e os Municípios” (voto do eminente Ministro 
Ilmar Galvão).
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 
e Competência Tributária
Prof. Claudio Roisman 
3. No direito internacional apenas a República Federativa do Brasil tem com-
petência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da República), 
dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Pre-
sidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas 
como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção 
heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição.
4. Recurso extraordinário conhecido e provido.
SÚMULA DO CLAUDIO ROISMAN
PARA ALTERAR PRAZO DE RECOLHIMENTO NÃO HÁ NECESSIDADE DE LEI, BASTA UM 
DECRETO DO PODER EXECUTIVO.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – Veda expressamente à União Federal, aos Es-
tados, ao DF e aos Municípios exigir ou aumentar tributos (e contribuições) 
sem lei que o estabeleça.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – Veda a cobrança de tributos no mesmo exer-
cício financeiro em que houver sido publicada a lei que instituiu ou aumentou.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE – Por este princípio ficou vedado à cobrança 
de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei 
que os houver instituído ou aumentados.
JURISPRUDÊNCIA

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