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Isabela Cerchiari - XL Anatomia III Anatomia Topográfica da Cabeça e da Face A) FACE • Regiões Superficiais • Regiões Profundas: Fossas (Infratemporal, Pterigopalatina e Temporal). • Cavidades: Nasal, Orbital e Auricular. A1) Regiões Profundas • Fossa Infratemporal = Zigomática: Se estende do arco zigomático descendo até a mandíbula; região preenchida pelos músculos da mastigação – Região importante para fins cirúrgicos. • Fossa Pterigopalatina: Entre o osso maxilar e a lâmina do processo pterigoideo. • Fossa Temporal: Onde se situa o músculo temporal, também denominada região profunda do crânio (Abaixo do couro Cabeludo). • Bucal • Faríngea: Mantém comunicação da cabeça, pescoço até o mediastino – Implica em uma via de acesso para infecções – Clínica. B) Crânio B1) Superficial • Composto de partes moles: - Pele + Couro cabeludo - Tela Subcutânea - Músculos B2) Média • Onde se encontra o esqueleto B3) Profunda • Encéfalo + Envoltórios Fossa Temporal Fossa Pterigopalatina Fossa Infratemporal Isabela Cerchiari - XL regiões DA CABEÇA Crânio Superficial - Couro Cabeludo (Escalpo) Possui 5 camadas até o osso: • Skin: Pele. • Connective Tissue: Tela Subcutânea. • Aponeurotic Layer: Camada de tecido conjuntivo denso; Gálea Aponeurótica; Tem a função de separar os músculos. • Loose Conective Tissue: Camada de Tecido Conjuntivo Frouxo; permite o deslizar das três camadas anteriores. • Pericranium: Crânio (Possui Pericrânio (Periósteo que reveste externamente o crânio)). O Couro cabeludo é extremamente sensível – Inervação advinda de diversos nervos sensitivos. E os nervos motores presentes nessa área estão principalmente relacionados aos músculos da mimica. 1) PELE • A pele é variável de acordo com a região que ela se encontra. Exemplo: Na região do couro cabeludo a pele será mais densa devido a presença de folículo piloso e na região orbital ela será mais fina. Além disso, ela pode estar aderida a músculos como no caso dos músculos das mimica; Isabela Cerchiari - XL a expressão facial é causada pela contração dos músculos da mimica abaixo da pele e também por ser fina, em algumas regiões, nota-se a presença de relevos arteriais passando nesse leito da tela subcutânea. Essas regiões são importantes para palpação e além de tudo a pele poder ser móvel (couro cabeludo) ou aderida (orelha). • Também teremos presença de pelos na pele. 2) TELA SUBCUTÂNEA • A Tela Subcutânea é um local onde percorre um vasto leito vascular – Sangramento profuso em pequenos acidentes ou lesões. • Na região superciliar temos uma camada muscular (M. orbicular do olho, M. frontal e outros), uma pequena camada de gordura e encontrados periósteo abaixo do músculo. • Na tela subcutânea é composta de tecido conjuntivo + tecido adiposo. • Essa região possui a função de ligar a pele na gálea, pois nela se localizam as Trabéculas Fibrosas. • Presença de vasos e anastomoses. Relação Clínica: Sangramentos Profusos em Traumas. Quando há uma lesão, mesmo que seja superficial, no epicrânio temos um sangramento grande devido a vasta presença de vasos na tela subcutânea e além disso, o sangramento se torna mais profuso ainda devido a presença das trabéculas, que quando lesadas se retraem e causam o puxamento da luz do vaso e deixam a luz exposta. Esse sangramento possui a função de obliterar o vaso, mas ele ocorre por mais tempo devido a retração das trabéculas que deixa a exposição dos vasos mais longa e mais difícil de coagular. OBS: Vale lembrar que para reparar essas lesões é importante haver bloqueio de nervos para o paciente não sentir dor. • As três primeiras camadas do couro cabeludo movem unicamente, pois deslizam na 4 ª camada (Camada Subaponeurótica ou Subgaleal). Isabela Cerchiari - XL 3) APONEUROSE EPICRÂNICA • Também denominada de gálea aponeurótica. Ela vai ligar dois músculos: o músculo frontal (Porção frontal do Músculo Occipitofrontal) e o músculo occipital (Porção occipital do Músculo Occiptofrontal) e lateralmente temos os Músculos auriculares presos a ela também. 4) TECIDO SUBAPONEURÓTICO FROUXO • Nessa região há um leito vascular que ascende para a tela subcutânea. • Tecido Conjuntivo Frouxo – Permite o movimento das três camadas acima. • Encontramos aqui as Veias Emissárias (Veias que realizam anastomose com as veias do couro cabeludo na tela subcutânea e seguem para Dura-máter) – Comunicam uma região superficial para uma região profunda, ou seja, atravessam o epicrânio e chegam aos seios de drenagem da dura- máter. – ZONA PERIGOSA Relação Clínica: Zona Perigosa. Se uma pessoa tem uma lesão na região do couro cabeludo e ela demora para ir para o hospital essa lesão pode infeccionar. Essa infecção através das veias emissárias pode atingir os seios da dura-máter (Especificamente Seio sagital) e ocasionar uma inflamação. 5) PERICRÂNIO • Periósteo externo que reveste o crânio. Ventre Frontal do M. Occipitofrontal Ventre Occipital do M. Occipitofrontal Gálea Aponeurótica Isabela Cerchiari - XL Relação Clínica: Sinal do Guaxinim e Sinal de Batle. A comunicação da camada subgáleal se estende por todo músculo occipitofrontal desde a região anterior até a posterior, o que torna possível a formação de abcessos sanguíneos (Hematomas) e essa concentração de sangue pode se deslocar anteriormente (Sinal de Guaxinim) ou posteriormente (sinal de battle). Crânio Superficial - Inervação do Couro Cabeludo Inervação Sensitiva A inervação sensitiva do escalpo recebe ramos do N. Trigêmeo (Nervo V) que se estendem da região frontal a região lateral. • Supratroclear • Supraorbital • Zigomáticotemporal Ramo Maxilar V2 • Auriculotemporal Ramo Mandibular V3 • Os nervos supratroclear e supraorbital se encontram próximo da órbita e chegam até a região parietal. • O nervo zigomáticotemporal surge na parte posterior o O.zigomático e se apresenta na região temporal. • O nervo auriculotemporal vem da orelha e chega até a região temporal Nervo estudado na Fossa infratemporal também, pois ele trás fibras nervosas do glossofaríngeo para a glândula parotida (inervada pelo glossofaríngeo.) Importância para a glândula e região temporal. Na região posterior iremos encontrar nervos do plexo cervical que tem origem no pescoso: Ramo Oftálmico V1 Isabela Cerchiari - XL • Occipital menor • Occipital maior • Terceiro Occipital – Na altura da coluna vertebral e ascende para região occipital. • Auricular Magno (Alguns livros citam). Crânio Superficial – Irrigação • Couro Cabeludo Ramos da Carótida Interna • Supra-orbital • Supratroclear Ramos da Carótida Externa • Temporal Superficial – Não irriga o Músculo Temporal • Auricular Posterior • Occipital - São as principais redes vasculares da cabeça. - Essa região é repleta de anastomoses e leitos vasculares, isso ocorre por temos as duas principais artérias que vão em direção da cabeça emitindo ramos. • A artéria oftálmica (localizada dentro da cavidade orbital) vai emitir o ramo supraorbital e supratroclear (Mesmo nome dos nervos). • Da carótida externa teremos o ramo temporal superficial, a auricular posterior (inferior e posterior ao ramo temporal superficial) e o ramo occipital que fica sobre o osso occipital. • Esses ramos vão realizar anastomoses contralaterais e na região da tela subcutânea. Isabela Cerchiari - XL Drenagem Venosa • V. Supratroclear • V. Subraorbital • V. Temporal Superficial • V. Maxilar • V. Auricular posterior • V. Retromandibular • V. Occipital Vv.Vertebrais V. Jugular Interna ou subclávia • Vv. Superficiais do escalpo Vv. Emissárias Seio Venoso. Relação Clínica: Ferimentosno Couro Cabeludo. Os ferimentos no couro cabeludo podem ser profundos ou superficiais. O profissional deve sempre verificar com palpação se houve fratura óssea ou não e ainda verificar se não tem mais alguma lesão que não esteja visível a olho nu. Relação Clínica: Cefaloematoma. Durante o trabalho de parto pode ocorrer uma coleção de sangue no couro cabeludo. Relação Clínica: Cistos Sebáceos. Tumoração móvel debaixo da pele, que desliza sobre o crânio. Patologia frequente no couro cabeludo e seu diagnóstico é feito por palpação (Osteoma – Fixo e Cisto – Móvel). Camada Média do Crânio • Camada que onde se localiza o esqueleto. Divisão do Esqueleto Cefálico • Neurocrânio (Parte Branca) – Parte que abriga a cavidade craniana e o encéfalo. • Viscerocrânio ou Esplacnocrânio (Parte Bege) – 14 ossos • Regiões comuns: Orbita, Fossa infratemporal e Fossa Pterigopalatina. V. Facial ou V. Oftálmica V. Retromandibular V. Jugular Externa Isabela Cerchiari - XL Vista Interna da Base do crânio Fossa Infratemporal Limites 1) Medial: Lâmina lateral do processo pterigóide. 2) Anterior: Face posterior da maxila. 3) Posterior: Processos mastoide e estiloide. 4) Superior: Superfície inferior da asa maior do esfenóide. 5) Lateral: Ramo da mandíbula. 6) Inferior: Inserção do m. pterigoideo medial no angulo da mandíbula. Fossa Pterigopalatina Limites 1) Medial: Lâmina perpendicular do palatino. 2) Anterior: Face posterior da maxila. 3) Posterior: Processo pterigóide do esfenoide. 4) Superior: Superfície inferior da asa maior do esfenoide - Fissura orbital inferior 5) Lateral: Fossa infratemporal Isabela Cerchiari - XL 6) Inferior: Processo piramidal do osso palatino. Comunicações • A partir dessa região tem nervos e vasos que fazem comunicação com outras regiões (Sete Comunicações) • Presença do N. Maxilar e A. Maxilar Zona de Resistência e Fragilidade do crânio • Em qualquer impacto que o crânio receba essa força que ele recebe deve ser dissipada/distribuída afim de neutralizar ou diminuir a força para não ocasionar as fraturas. • Fratura é ocasionada quando a força é maior que a resistência. Zonas de resistência da Face • Pilar Canino • Pilar Zigomático • Pilar Pterigoide Isabela Cerchiari - XL Zonas De resistência Do Neurocrânio • Arco Frontal: O pilar canino acompanha esse arco. • Arco Órbito-esfenoidal: O pilar zigomático acompanha esse arco. • Arco Petromastóideo: O pilar Pterigoide acompanha esse arco. • Arco Occipital OBS: As forças dos seis arcos irão se unir na sutura sagital. Zonas de Fragilidade da Maxila e ossos associados • Le Fort I: Lesão Horizontal causada pela não resistência do pilar zigomático e canino. • Le Fort II: Lesão Piramidal causada pela não resistência dos pilares zigomático e canino. Além disso, ocorre a disjunção do osso frontal com o osso nasal que separou vômer, etmoide e esfenoide. • Le Fort III: Lesão mais grave devido a separação do neurocrânio com o viscerocrânio (Disjunção Craniofacial). Órbita separada, cavidade nasal retalhada. Relação Clínica: Caso Clínico. Um paciente de 35 anos com doença de Crouzon nunca operada para além de uma libertação antecipada cranial. Três anos após Le fort III, numa mentoplastia, rinoplastia e implante de MM. De uma segunda fase – Disostose Crânio-facial. Zonas de Fragilidade da Mandíbula • (36%) Processo Condilar • (21%) Fratura de Corpo • (20%) Ângulo da Mandíbula • (2%) Processo Coronóide • (3%) Processo Alveolar Isabela Cerchiari - XL Dimorfismo Sexual Importância na Medicina Legal. Aspectos Etários • Se os processos alveolares estão ausentes podemos caracterizar que o indivíduo tinha >50 anos. Aspectos Antropométricos • Cefalometria: Mensuração na cabeça do vivente ou cadáver, diretamente ou por raio x. – Pediatria • Craniometria: Medidas do esqueleto da cabeça. Função: Mensurar desenvolvimento e crescimento cranial. Pontos Craniométricos • Básio: Ponto médio na borda anterior do forame magno. • Opístio: Ponto médio na borda posterior do forame magno. • Glabela: Ponto acima da sutura frontonasal, entre os arcos superciliares. Ponto mais saliente do frontal, no plano médio sagital. • Násio: Entre a sutura nasofrontal e a linha mediana anterior. • Gnátio: Ponto situado na linha média da mandíbula anteriormente no seu ponto mais inferior. • Bregma: Ponto de encontro das suturas coronal e sagital. • Lambda: Ponto de encontro da sutura sagital e lambdóide. • Ptério: Ponto de encontro dos ossos frontal, parietal, temporal e esfenóide. • Astério: Ponto de encontro dos ossos parietal, temporal e occipital. • Ìnio: Ponto situado na base da protuberância occipital externa. • Dácrio: Ponto entre os ossos frontal, maxila e lacrimal. Situa-se na parte antero-superior da Órbita. • Orbital: Ponto mais baixo da margem infraorbital. • Pório: Ponto mais externo no teto do meato acústico externo, exatamente na linha média do meato. • Gônio: Ponto no ângulo da mandíbula que se mais projeta para baixo, para trás e para lateral. • Ponto Pterigoideo: Ponto mais superior e posterior da fossa pterigomaxilar. Função: Utilizados para realizar antropometria e assim traçar um perfil do indivíduo para fins de correção (cirurgia). Isabela Cerchiari - XL Relação Clínica: Craniossinostose. Fechamento precoce das suturas. O indivíduo com essa patologia deve ser acompanhado constantemente, pois pode vir a ocorrer comprometimento do encéfalo devido a essa ossificação. CASO 1: Um paciente deu entrada no PS com extenso ferimento de região frontal após acidente automobilístico. O cirurgião que o atendeu verificou que a ferida seccionava transversalmente toda a região frontal logo acima das pálpebras superiores. Durante a anestesia local, falando com um interno de cirurgia, ele disse que iria bloquear os ramos temporais do nervo facial. O interno discordou e disse que os ramos se originavam do nervo maxilar. O cirurgião encontrou uma lesão total do músculo superficial desta região, com a exposição de um músculo profundo, de trajeto oblíquo, desde a pálpebra superior até à raiz do nariz. 1) Quem estava com a razão? Justifique. Nenhum estava com a razão, pois se ocorreu uma lesão na região frontal os nervos bloqueados deveriam ser os ramos do nervo oftálmico (Nervo supraorbital e Nervo Supratroclear). 2) Quais são os tecidos/camadas encontradas nesta região, até o crânio? – SCALP (Pele, Tecido celular subcutâneo, gálea aponeurótica, tecido subgaleal e Pericrânio. 3) Qual é a ação e inervação de cada músculo lesado? - Ventre frontal do occipitofrontal, orbicular do Olho, Corrugador do supercilio 4) De onde se originam os nervos sensitivos e motores desta região? 5) De onde se originam os vasos sanguíneos desta região? A vascularização da face é feita principalmente por três ramos da Artéria Carótida externa: Artéria facial (Irriga Parte superior da face), Artéria Maxilar (Irriga parte profunda da face) e Artéria Temporal Superficial (Irriga parte alta da face). 6) Após a recuperação, o paciente apresentou sinal de guaxinim. Porquê? Sim, o paciente pode apresentar sinal de guaxinim, pois a lesão é frontal. Sendo uma região desprovida de folículos pilosos então o hematoma pode atingir a camada subgaleal e se estender até a região orbital. Isabela Cerchiari - XL Face A face se inicia na região frontal, depois se estende até a região auricular, acompanha também a borda da mandíbula e segue até a região mentual. Limites: • Superior: Fronte (Testa) • Inferior: Mento (Queixo) • Lateral: Orelhas externas 1ª Camada da Face: Pele 2ª Camada: Tela subcutânea. Retirando a pele se observa a região da tela subcutânea. As características dessa tela subcutânea serão variáveis de uma região para outra (Exemplo: Algumas regiões possuem tecidoadiposo e outras não). 3ª camada da Face: Músculos, vasos e nervos. Inervação Sensitiva A inervação sensitiva da face e do escalpo é realizada pelos ramos do N. Trigêmeo (Nervo V). V1 – Ramo Oftálmico V2 – Ramo Maxilar V3 – Ramo Mandibular Ramos de V1 Isabela Cerchiari - XL 1) N. Supraorbital: Região Frontal. 2) N. Supratroclear: Região Frontal. 3) N. Infratroclear: Raiz do Nariz 4) N. Nasal Externo: Lateral do Nariz 5) N. Lacrimal: Região da glândula lacrimal – Trás fibras parassimpáticas para a glândula. Ramos de v2 1) N. Zigomático-temporal: Região da Têmpora 2) N. Zigomático-facial: Abaixo do Zigomático-temporal 3) N. Infraorbital: Região abaixo da órbita. – Sensibilidade da Região Infraorbital e para os processos alveolares superiores (Processo Alveolar da Maxila). Ramos de V3 1) N. Auriculotemporal: Próximo da Orelha 2) N. da Bochecha ou bucal: Região da bochecha – OBS: Existe um ramo do facial com o mesmo nome, origem diferente e motor ao invés de sensitivo. 3) N. Mentual: Região do Mento anteriormente. PELE • Região superficial da face temos mobilidade. Essa mobilidade vem dos músculos da mimica que estão aderidos a pele, ou seja, quando os músculos se contraem ocorre a expressão facial (Movimento). • A pele é continua com as mucosas presente nos orifícios. • Glândulas Sebáceas presentes na face. • Presença de Folículos Pilosos – Homens adultos tem muito e ausência região nasal. Espessura • Variável. – Áreas mais finas e outras áreas mais grossas. • Variabilidade de mobilidade – Áreas mais fixas e outras mais móveis. Pálpebra – Extremamente fina, cuidado ao realizar dissecação. Região da bochecha – Final, Móvel e Vascularizada. Região Labial – Mentual – Grossa e Aderida aos músculos subjacentes. Tela Subcutânea • Espessura Variável – Presença de Tecido Adiposo ou não. • Construção variável Região Mentual: temos trabéculas fibrosas no tecido adiposo; a pele nessa região se adere aos músculos subjacentes ou até ao periósteo Região da Buchecha – Fina lâmina de Tecido conjuntivo + presença maior de tecido adiposo. Nos adultos temos nessa região o corpo adiposo da bochecha (Bola de Bichat). Relação Clínica: BIchectomia. Ato cirúrgico realizado na parte externa da bochecha para não deixar cicatriz e há a retirada da Bola de Bichat. Podem haver complicações devido a presença de ramos de nervos faciais (Podendo haver paralisias). Ou até mesmo uma inflamação que pode afetar o ducto parotídeo causando inflamação da glândula Parótida. Isabela Cerchiari - XL • A região da Bochecha está na parte posterior do músculo masseter, do músculo bucinador e do risório. Região Parotídea ou Massetérica: Rica em tecido adiposo, presença da A. Transversa da Face – Atravessa a glândula parótida e depois faz anastomose com a facial (Ramo da Artéria Temporal Superficial), do Nervo Facial (VII) – Passa pelo forame estilomastoídeo, Músculo Risório, da Glândula Parótida e ducto parotídeo (Fascia da Glândula Parótida e M. Masseter se difundem). • O nervo facial (VII) passa pelo forame estilomastoideo e de divide em dois troncos (superior e inferior). Logo depois, esses troncos passam pela parótida e emitem seus ramos. • VII (N. Facial) é motor para os Músculos da Mimica, Sensitivo para gustação da língua (N. Corda do tímpano) e sensitivo para o pavilhão auditivo. • O ramo nervo para o Músculo estapédio do nervo facial controla a tensão no estapédio e assim controla as vibrações a amplitude das ondas sonoras e limita as vibrações do estribo (SEGURANÇA AUDITIVA). Isabela Cerchiari - XL Quais são as estruturas intrínsecas a Glândula Parótida? – Nervo Facial, Artéria Temporal Superficial, Veia Temporal Superficial, Nervo Auriculotemporal. Ramos do Nervo Facial (Vii) • Ramo Cervical – Inerva o M. Platisma • Ramo Marginal da Mandíbula – Mais acometidos • Ramos Bucais – Inerva M. Bucinador, M. Risório, M. Orbicular da boca, Parte do depressor do ângulo da boca e do Levantador do ângulo da boca. • Ramos Zigomáticos – Inerva os Músculos zigomático Maior e menor, levantador do lábio superior e da asa do nariz. • Ramos Temporais – M. Auricular superior, auricular anterior, ventre frontal do occipitofrontal e parte superior do orbicular do olho. • Ramo Auricular Posterior – Inerva Músculos auriculares, Ventre occipital do Músculo occipitofrontal • Ramo Para o ventre posterior do músculo digástrico e para o músculo estilo – hioideo. Músculo Masseter • Função na Mastigação • Ação: Elevar a mandíbula para que os molares triturem o alimento; retrai e protrai a Mandíbula. • Origem: Arco zigomático • Inserção: Ramo da mandíbula inferiormente. • Localizado na região superficial da face. • Tem dois feixes: Mais profundo tem mais força e resistência nas fibras e o feixe mais superficial tem fibras de mais velocidade. • Inervação: Nervo Massetérico do Ramo do Nervo Mandibular (Esse Nervo está presente em uma região profunda – Fossa infratemporal). • Vascularização: A. Massetérica ramo da A. Maxilar. Relação Clínica: Infecção do espaço submassetérico. Infecção no 3º molar inferior, descreve um trajeto posterior e lateral ao ramo mandibular e o pus localiza-se à inserção. Este abcesso produz pouco edema visível, mas limita gravemente a abertura da mandíbula. Devido a região vascularizada essa infecção pode se alastrar para demais regiões, principalmente para os seios cavernosos devido as veias comunicantes (Ex: Oftálmica) ou pode se alastrar para o mediastino pelas lâminas cervicais (fáscias cervicais). Isabela Cerchiari - XL OBS: Fáscia Massetérica: Recobre o Músculo Masseter isolando-o totalmente permitindo comunicação apenas com a fossa infratemporal (Local onde se encontra o Plexo venoso pterigoideo) e pela incisura mandibular. OBS 2: Através das comunicações venosas essa infecção pode chegar até o tórax e causar uma pericardite ou endocardite. Glândula Parótida • Localização: Se faz sobrepondo o músculo masseter na região retromandibular, ou seja, atrás da mandíbula e sobrepondo também a face medial do ramo da mandíbula. • Relações Intrínsecas: Artéria Carótida Externa (A. Temporal Superficial), Veia Retromandibular (Veia temporal superficial), Ramos do VII e o Nervo auriculartemporal. Músculos da Mimica • Na região do Pescoço: Um único Músculo – Platisma • Na região da Boca: 11 músculos • Na região do Nariz: Três Músculos • Na região da Pálpebra: Dois Músculos – Orbicular do Olho • Na região da Orelha: Três músculos – Auriculares • Abóbada Craniana – occipitofrontal Isabela Cerchiari - XL Músculo Origem Inserção Ação Ventre frontal Do Occipitofrontal Aponeurose epicrânica Pele e tela subcutânea dos supercílios e da fronte Eleva os supercílios e enruga a pele da fronte; protrai o couro cabeludo (indicando surpresa ou curiosidade) Ventre occipital Do Occipitofrontal Dois terços laterais da linha nucal superior Aponeurose epicrânica Retrai o couro cabeludo; aumenta a eficácia do ventre frontal Orbicular do olho Margem orbital medial; ligamento palpebral medial; lacrimal Pele ao redor da margem da órbita; lâminas tarsais superior e inferior Fecha as pálpebras: a parte palpebral o faz com suavidade; a parte orbital, com firmeza (piscar) Corrugador do supercílio Extremidade medial do arco superciliar o superciliar Pele superior ao meio da margem supraorbital e arco superciliar Leva o supercílio medial e inferiormente, criando rugas verticais acima do nariz (que exprimem interesse ou preocupação) Prócero mais parte transversa do M. nasal Fáscia aponeurótica que cobre o osso nasal e a cartilagem nasal lateral Pele da fronte inferior, entre os supercílios Abaixa a extremidade medial do supercílio; enruga a pele sobre o dorso do nariz (exprimindo desdém ou aversão) Parte da asado nariz mais M. levantador do lábio superior e asa do nariz Processo frontal da maxila (margem inferomedial da órbita) Cartilagem alar maior Abaixa a asa lateralmente, dilatando a abertura nasal anterior (i. e., “alargando as narinas”, como durante a raiva ou o esforço) Orbicular da boca (esfíncter oral) Parte medial da maxila e mandíbula; face profunda da pele perioral; ângulo da boca (modíolo) Túnica mucosa dos lábios O tônus fecha a rima da boca; a contração fásica comprime e protrai os lábios (ao beijar) ou resiste à distensão (ao soprar) Levantador do lábio superior Margem infraorbital (maxila) Pele do lábio superior Parte dos Mm. dilatadores da boca; retraem (elevam) e/ou evertem o lábio superior; aprofundam o sulco nasolabial (exprimindo tristeza) Zigomático menor Face anterior, zigomático Pele do lábio superior Parte dos Mm. dilatadores da boca; retraem (elevam) e/ou evertem o lábio superior; aprofundam o sulco nasolabial (exprimindo tristeza) Bucinador (músculo da bochecha) Mandíbula, processos alveolares da maxila e mandíbula, rafe pterigomandibular Ângulo da boca (modíolo); orbicular da boca Pressiona a bochecha contra os dentes molares; atua com a língua para manter o alimento entre as faces oclusais e fora do vestíbulo da boca; resiste à distensão (ao soprar) Isabela Cerchiari - XL Zigomático maior Face lateral do zigomático Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; elevam a comissura labial — bilateralmente para sorrir (felicidade); unilateralmente para zombar (desdém) Levantador do ângulo da boca Maxila infraorbital (fossa canina) Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; alarga a rima da boca, como ao sorrir com os dentes à mostra ou fazer careta Risório Fáscia parotídea e pele da boca (muito variável) Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; abaixa a comissura labial bilateralmente para exprimir reprovação (tristeza) Abaixador do Ângulo da boca Base anterolateral da mandíbula Ângulo da boca (modíolo) Parte dos Mm. dilatadores da boca; abaixa a comissura labial bilateralmente para exprimir reprovação (tristeza) Abaixador do lábio inferior Platisma e parte anterolateral do corpo da mandíbula Pele do lábio inferior Parte dos Mm. dilatadores da boca; retrai (abaixa) e/ou everte o lábio inferior (“fazer beicinho”, tristeza) Mentual Corpo da mandíbula (anterior às raízes dos incisivos inferiores) Pele do queixo (sulco mentolabial) Eleva e protrai o lábio inferior; eleva a pele do queixo (exprimindo dúvida) Platisma Tela subcutânea das regiões infraclavicular e supraclavicular Base da mandíbula; pele da bochecha e do lábio inferior; ângulo da boca (modíolo); orbicular da boca Abaixa a mandíbula (contra resistência); tensiona a pele da região inferior da face e do pescoço (exprimindo tensão e estresse) Vascularização • Artéria Facial: Tem origem na Carótida Externa. Quando chega na face vai distribuindo ramos de ambos os lados, direito e esquerdo, e esses ramos irão se encontrar em anastomoses contralaterais. Além disso, a artéria facial recebe outros ramos em anastomose (EX: Transversa da Face). • A artéria facial irá fazer união com um dos ramos da artéria carótida interna (A. Supratroclear – Ramo da oftálmica). Ramos da Artéria Facial Ramos Faciais • A. Labial Inferior Isabela Cerchiari - XL • A. Labial Superior • Ramo Lateral do Nariz • Ramos Musculares – Irrigam Músculos da mimica e pele • A. Angular – Raiz do Nariz Ramos da Veia Facial • As tributárias tem os mesmos nomes das Artérias. • A veia facial desemboca na retromandibular e a retromandibular drena para a jugular interna. Obs: Variação anatômica – A veia facial pode desembocar na jugular externa em alguns indivíduos. • Anastomose com Plexo Pterigóideo – Local: Fossa Infratemporal (Veia Maxilar). Relação Clínica: Zona Perigosa da Face. O plexo pode conduzir inflamações para as veias oftálmicas e pode atingir o seio cavernoso, onde pode acometer diversas estruturas. Essa inflamação pode causar Meningite ou Tromboflebite (Essas anastomoses podem liberar trombos no seio cavernoso). Plexo Pterigóideo Isabela Cerchiari - XL Inervação Inervação Sensitiva da Face A inervação sensitiva da face é realizada pelos Ramos do Nervo Trigêmeo (Nervo V). Ramos do N.Trigêmeo • N. Supra-orbital – Ramo de V1 • N. Infra-orbital – Ramo de V2 Atravessa o Forame Infraorbital • N. Zigomáticofacial – Ramo de V2 Atravessa o forame zigomático • N. Mentoniano – Ramo de V3 Atravessa o forame mentual • N. Auriculotemporal – Ramo de V3 Relação Clínica: Esmagamento do N. Auriculotemporal. Síndrome de Frey Nos acidentes que ocorrem na região mentual temos o impacto da mandíbula na fossa mandibular, causando assim a lesão, esmagamento e pressionamento do N. auriculotemporal. Nesse caso o indivíduo terá um prejuízo funcional na região temporal, ou seja, perde a sensibilidade (parestesia) e também pode haver dano para a glândula parótida devido que através do auriculotemporal as fibras do N. glossofaríngeo chegam até ela e assim o paciente não secretará saliva deixando o sinal clínico de boca seca (xerostomia). Além disso, temos a presença de uma vermelhidão na região onde fica a parótida (irritação) e sudorese na região parotídea. OBS: O ramo V3 (mandibular) tem fibras sensitivas e motoras. O ramo v1 (oftálmico) é unicamente sensitivo. O ramo v2 (Maxilar) tem fibras sensitivas e motoras. O nervo Auriculotemporal no seu trajeto acompanha artéria e veia temporal superficial. Isabela Cerchiari - XL Nervo Mandibular (v3) Isabela Cerchiari - XL Relação Clínica: Fraturas de órbita - Hemorragia Intraorbital e Pressão sobre o bulbo do olho (exoftalmia). Nesses casos pode haver prejuízo para os nervos do assoalho da região orbital ou do teto. Podendo perder a sensibilidade da região infraorbital e dos dentes da região anterior da maxila (N. alveolar superior). Os ramos motores não ficarão superficialmente como os ramos sensitivos e sim na região profunda do músculo. Na dissecação os nervos que são ramos do facial e são motores estarão indo em direção ao músculo. Relação Clínica: Paralisia de Bell. Há comprometimento da face contralateral, salivação no ângulo da boca e dificuldade da mastigação. As lesões mais comuns ocorrem no canal do nervo facial na orelha média, na origem, a partir do forame estilomastoideo (essa lesão afeta a inervação da face). Essas lesões podem ser causadas por AVC, Derrame afetando o tronco encefálico (afeta o nervo VII por inteiro). Dentro da orelha o nervo facial realiza a inervação do músculo estapédio, esse músculo controla a vibração do estribo. Caso ocorra um AVC nessa localização e ocorra lesão do nervo será afetado a orelha e a musculatura da mimica. Além disso, o ramo corda do tímpano se for lesado, o indivíduo perderá a gustação. Sinais clínicos gerais: Problemas na audição (Hiperacusia – todo som se torna alto), perda da gustação e paralisação dos músculos da mimica. O paciente não perde a audição, pois há a permanência da vibração da membrana timpânica e dessa vibração temos a energia mecânica, que faz com que todos os ossículos vibrem. Então, se não há controle do estribo ele vibra loucamente, pois o músculo limita essa vibração. Perde proteção. Região Profunda da Face Fossa Temporal Limites: Se estende desde a região frontal, parietal, um pouco do occipital e do osso temporal precisamente. Além disso, os limites da inserção do M. Temporal limitam bem o limite superior da fossa. Limite Inferior: Arco zigomático. Musculatura: A musculaturanessa região possui formato de leque, ou seja, um músculo largo com aponeurose e tendão na origem, que está localizada no processo coronóide. E a disposição da fibra muscular possui três posições distintas, que são responsáveis pela movimentação da mandíbula (Elevação e retração). Essas fibras também vão estar conectadas ao disco ou cápsula articular da ATM. Relações laterais: Faz relação lateral com os músculos auriculares, tecido adiposo e tela subcutânea (região por onde vão percorrer os vasos superficiais temporais (drenam a região superficial) e o nervo auriculotemporal). Relações Mediais: Faz relação medial com vasos (veias temporais profundas (drenam o músculo temporal) e A. temporal) e nervos responsáveis respectivamente pela irrigação e inervação do M. Temporal. Para lesar o Músculo a lesão precisa ser profunda, pois se for superficial vai afetar apenas sensibilidade e o músculo continuará trabalhando normalmente. O músculo temporal possui duas fáscias musculares, na qual encontra- se separada mais abaixo por um corpo adiposo, em seguida com o arco zigomático. Entre essas duas fáscias irá passar a A. Temporal Superficial. Qual a Importância disso? A fáscia faz uma limitação quando se prende ao arco zigomático, então até o arco zigomático a região subgaleal não tem uma comunicação com a região abaixo do arco. Isabela Cerchiari - XL Então, se não tivesse essa divisão a camada subgaleal estaria presente na região abaixo do arco zigomático e aquelas estruturas da região seriam facilmente acometidas também por infecções. Irrigação: A irrigação do Músculo temporal é realizada pelas Temporais profundas, Ramo da pterigoidea e Ramo da Artéria maxilar (Ambos da Artéria Maxilar). Legenda: 1 – Parte Mandibular da A. Maxilar; 2- Parte Pterigóidea da A. Maxilar; 3 – Parte Pterigopalatina da A. Maxilar. Inervação: Ramos temporais do N. Mandibular (v3). São Ramos motores para o Músculo temporal e são divididos em três ramos: anterior, médio e posterior. CASO 2: Um comissário de bordo de 32 anos, com tumor na região parotídea direita, foi encaminhado para cirurgia. O cirurgião durante a dissecação da glândula, em sua porção profunda, encontrou um nervo se dividindo em dois ramos que depois se subdividiam. Encontrou também uma veia calibrosa e uma artéria e outro nervo que se dirigia para a região temporal. Durante a dissecação, ele seccionou este último nervo e o ramo superior do nervo encontrado profundamente à glândula. 1) Quais foram os nervos encontrados pelo cirurgião? Quais são seus ramos na cabeça e na face? Resposta: Primeiramente, na dissecação da glândula, o cirurgião encontrou o nervo facial, que possui uma bifurcação e logo se ramifica em cinco ramos: ramo temporal, ramo zigomático, ramo bucal, ramo marginal mandibular, e ramo cervical. Ele também encontrou outro nervo que se dirigia para a região temporal que é o auriculotemporal. Logo, o nervo seccionado foi o auriculotemporal e o ramo foi o temporal do nervo facial. 1 2 3 Isabela Cerchiari - XL 2) Quais foram os vasos encontrados pelo cirurgião, quais são seus ramos e qual é a sua origem? Resposta: A artéria encontrada pelo cirurgião foi temporal superficial. Ela, juntamente com a maxilar interna, fazem a irrigação da glândula. Ela origina da artéria carótida externa e se projeta nos seus ramos frontal e parietal, e também da origem à artéria facial transversa e também à zigomáticoorbital. E A veia que foi encontrada pelo cirurgião foi a retromandibular, que se dá pelo encontro das veias maxilar e temporal superficial; ela realiza a drenagem do sangue para as veias emissárias 3) Que sequelas você espera encontrar neste paciente? Resposta: Com a secção do nervo auriculotemporal, a sensibilidade da pele da região temporal, do lóbulo da orelha, do trago e do meato acústico externo poderá ser comprometida. Além disso, a secção do ramo temporal e/ou zigomático do nervo facial pode comprometer a movimentação da face. Se o desenvolvimento do tumor do paciente continuasse ele poderia apresentar disfunções na capacidade salivatória, diminuição de circulação sanguínea pela compressão da veia e das artérias vascularizantes da glândula e provável distúrbio na função dos nervos afetados. 4) Quais são os territórios de distribuição dos dois ramos do nervo profundo à glândula? Resposta: O nervo profundo a glândula é nervo facial que divide-se em tronco temporofacial e cervicofacial, de onde sairão os ramos terminais frontal, que inerva o músculo frontal, corrugador do supercílio, parte superior do músculo orbicular do olho, auriculares superior e anterior, além de músculos intrínsecos da superfície lateral da orelha; ramo zigomático, que inerva a parte lateral e inferior do músculo orbicular do olho, músculos do nariz e lábio superior; ramo bucal, que inerva os músculos levantadores do lábio superior, levantador do ângulo da boca, nasal, prócero, risório, zigomático maior e menor, orbicular da boca e bucinador; ramo marginal da mandíbula, que inerva o músculo depressor do ângulo da boca, depressor do lábio inferior e mentual; e, por fim, ramo cervical, que inerva o músculo da mandíbula. 5) Quais seriam os músculos que ficariam paralisados? Resposta: Os músculos afetados com paralisia pela lesão do nervo facial nos ramos temporal e zigomático, seriam respectivamente: 1. Músculos auriculares superior e anterior, ventre frontal do occipitofrontal, e parte superior do orbicular do olho (temporal) 2. Músculos zigomáticos - maior e menor - prócero, levantador do lábio superior, músculo nasal, levantador do ângulo da boca, abaixador do septo nasal. E os músculos que perderiam a sensibilidade devido a lesão no auriculotemporal seriam: 1. Temporal, 2. Masseter,3. Pterigóideo lateral,4. Pterigóideo medial, 5. Digástrico e 6. Milo – hioideo. Fossa Infratemporal Limites 1) Anterior: tuberosidade da maxila. 2) Medial: face externa da lâmina lateral do processo pterigóideo + faringe 3) Superior: face infratemporal da asa maior do esfenóide - até a crista infratemporal. 4) Lateral: face medial do ramo da mandíbula. 5) Posterior: Parótida e Aparelho estilóide = bainha carótida. 6) Inferior: plano horizontal - ramo mandíbula Comunicações • A fossa infratemporal se comunica medialmente com a fossa pterigopalatina através da fissura pterigomaxilar. Além disso, ela se comunica com a fossa temporal e parte superficial da face. Isabela Cerchiari - XL • Se comunica com a cavidade orbital através da fissura orbital inferior. Localização • Ela está lateral a região pterigopalatina. • Ela está medial a região massetérica – Mandíbula e Masseter • Ela está inferior a região temporal. Relação Clínica: Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior. O nervo alveolar inferior é um ramo de V3, que está presente na fossa infratemporal. Dessa maneira, um dos principais acesso para bloqueio desse nervo é realizado pela fossa infratemporal. Pontos de acesso: Superficialmente (região submandibular) e na região intraoral. Relação Clínica: Cirurgia Oncológica. Essa fossa pode ser usada como acesso para cirurgias oncológicas, afim de realizar a retirada de tumores. Acesso através do seio Maxilar (acesso transinusal). Relação Clínica: Le Fort – Tipo I. Separação Da maxila inferior, afim de chegar na cavidade nasal. Conteúdo: • Músculos: Mm. Pterigoideos. • Vasos: Artéria e veia maxilar. • Nervo: Mandibular e seus ramos. • Tecido: Tecido adiposo • Vasos linfáticos Músculo Pterigóideo Medial • Origem: Fossa Pterigóidea. • Inserção: Face Medial do Ramo da Mandíbula. • Inervação: A inervação desses músculos são ramos do nervo mandibular (v3). Esse nervo chega até a fossa passando pelo forame oval e emite ramos motores para os Mm. Pterigóideos. – Ramos Pterigóideos do Nervo Mandibular. • Ação: Sinergista ao M. Masseter, elevação e ligeira protução da mandíbula e lateralização da mandíbula. • Vascularização:A vascularização desses músculos se dá através da Artéria Maxilar, através da parte pterigóidea da A. Maxilar. Isabela Cerchiari - XL Músculo Pterigóideo Lateral • Origem: Face lateral da lâmina lateral do processo pterigoideo. • Inserção: Cabeça da Mandíbula. • Ação: Feixe Superior: Movimenta o disco no sentido anteroposterior; Feixe Inferior: Traciona o côndilo para anterior retirando-o da fossa mandibular, traciona anteriormente o disco da ATM. • Inervação: A inervação desses músculos são ramos do nervo mandibular (v3). Esse nervo chega até a fossa passando pelo forame oval e emite ramos motores para os Mm. Pterigóideos. – Ramos Pterigóideos do Nervo Mandibular. • Vascularização: A vascularização desses músculos se dá através da Artéria Maxilar, através da parte pterigóidea da A. Maxilar. Espaço Mastigador • Todos os músculos da mastigação formam um compartimento. • Locais onde podem ocorrer infecções, dor e pode acarretar na dificuldade de mastigar. • Espaço preenchido por uma quantidade variável de tecido adiposo, encapsulado por tecido conjuntivo – Corpo adiposo mastigador. • Via de propagação de infecção até as meninges. • O espaço faríngeo, presente na imagem abaixo, pode ser acometido por infecções e chegar até o mediastino através da drenagem venosa. Artéria Maxilar • Origem: A. Carótida Externa. • Trajeto: Medial a mandíbula com sentido à fossa pterigopalatina. • Partes: 1) Mandibular: Dessa parte vão sair o Ramo alveolar inferior, a Artéria timpânica anterior, Artéria meníngea média (passa pelo forame espinhoso), meníngeas acessórias e auricular pofunda. 2) Pterigóidea: Vai emitir o ramo bucal, os ramos temporais, ramo massetérico e as pterigóideas. 3) Pterigopalatina: Ramo alveolar sup. Posterior, palatina descendente do canal pterigoideo, infra-orbital Plexo de Kiesselbach Isabela Cerchiari - XL Relação Clínica: Epistaxe. Hemorragia que ocorre na mucosa nasal, geralmente ocorre na parte pterigopalatina da A. Maxilar. Hemorragia de Difícil contensão. Sistema Venoso (Veias) • A veia maxilar Plexo Pterigóideo. • A veia facial Plexo alveolar Nervo Mandibular (V3) • Passa pelo forame oval e realiza distribuição de ramos até a fossa infratemporal. Ramos do nervo: 1) Meníngeo Acompanha a A. Meníngea 2) Massetérico 3) Temporais Profundos 4) Pterigóideo Medial 5) Pterigóideo Lateral 6) Bucal 7) Auriculotemporal 8) Lingual Sensibilidade da língua 9) Alveolar inferior N. Mentual é o ramo do Nervo alveolar inferior Isabela Cerchiari - XL 10) Gânglio Óptico Se faz presente no N. Mandibular, envia ramos parassimpáticos e simpáticos. 11) Gânglio Submandibular Próximo a glândula submandibular, envia ramos parassimpáticos através do Nervo corda do tímpano e simpáticas através do ramo que acompanha a carótida externa. Relação Clínica: Nevralgia do trigêmeo. As principais causas de nevralgia do trigêmeo são estreitamento de forames (ossificação), artérias (dilatação) que influenciam em constrições causando dor na face, queimação, sudorese. Tecido Adiposo: • Região geniana • Região temporal Vasos Linfáticos • Os linfonodos presentes nessa região drenam para as regiões cervicais jugular-carotídeas. Vias de Acesso: • Pode ser realizado através da fossa temporal se houver rebatimento do músculo. • Transmandibular – Acesso através da região massetérica e rebatimento da mandíbula. • Transbucal – Através da região bucal. Isabela Cerchiari - XL Fossa Pterigopalatina Limites: • Superior: asa maior do esfenóide. • Anterior: tuberosidade da maxila. • Posterior: processo pterigóideo do esfenóide. • Medial: lâmina vertical do palatino • Lateral: Fissura pterigomaxilar • Inferior: palatino – processo piramidal Forma e variações Anatômicas • Forma de pirâmide quadrangular • Paredes - faces • Pode ter variações anatômicas – E essas variações podem ser prejudicais ou não, pois podem estreitar a fossa e assim pode comprimir nervos e vasos. • Também pode ser uma fossa mais ampla e larga. • Essas variações ocorrem devido à um seio maxilar maior ou por causa da presença de uma lâmina lateral também. Comunicações • Fissura orbital inferior (fissura esfenomaxilar – Vaso e nervo maxilar infraorbital. • Forame Palatino Menor – Cavidade bucal; Vaso e nervo palatino menor. • Forame Palatino Maior – Cavidade Bucal; Vaso e nervo palatino maior. • Forame Esfenopalatino – Cavidade Nasal; Vaso e nervo nasais • Forame Redondo – Fossa craniana média; Nervo Maxilar • Canal Pterigóideo – Fossa craniana média; Nervo e A. Pterigóidea. • Canal Faríngeo (Palatovaginal) – Cavidade faríngea; ramos da artéria e do nervo maxilar – N. Faríngeo, Isabela Cerchiari - XL Conteúdo: • Vasos: A. Maxilar, A. Alveolar Superior, A. Esfenopalatina, A. Palatina Maior e menor • Nervos: N. Maxilar, N. alveolares superior (Médio, anterior e inferior), N. Palatinos maiores e menores, N. Zigomatigofacial, N. Zigomaticotemporal, N. Infraorbital, N. Nasopalatino (Vai passar pelo Forame incisivo e dar origem aos nervos palatinos). Gânglio Pterigopalatino. • Tecido Adiposo Vias de Acesso • Pode ser realizado a partir da fossa infratemporal. • Acesso Trans-sinusal maxilar – Recomendado; Acesso realizado por de trás do seio maxilar. • Acesso Trans-temporal ou zigomático Isabela Cerchiari - XL CASO 3: Um vendedor de roupas íntimas femininas, de 40 anos, durante o horário de almoço, procurou seu dentista, que havia obturado um molar dois dias antes. Ele estava preocupado porque não conseguia abrir bem a boca e mal conseguia falar. O profissional então avisou-lhe que na consulta anterior tivera dificuldades em anestesiar o nervo alveolar inferior esquerdo. O diagnóstico do dentista foi de trismo (incapacidade de abrir a boca por espasmo dos músculos da mastigação) devido à injeção inadvertida do anestésico local no músculo pterigoideo medial ou à ruptura de um vaso com a formação de hematoma, edema e espasmo que evitaram o funcionamento normal do músculo. Por ser um processo auto-limitado, medicação anti-inflamatória, dieta leve e exercícios fisioterápicos (alongamento) foram instituídos e após dois meses o progresso, embora lento, era evidente. 1. Quais são as fixações (origem e inserção) e ações do músculo pterigóideo medial? 2. Qual o local anatômico de bloqueio do nervo alveolar inferior? 3. Qual é a origem e a distribuição deste nervo? 4. Qual é a relação anatômica do nervo alveolar inferior com os músculos pterigóideos? 5. Porque a infecção da região é preocupante? Orelha e Estruturas Relacionadas • A Orelha é localizada na região auricular da cabeça. Divisão Anatômica: • A divisão anatômica da orelha é realizada em três partes: 1) Orelha Externa: Pavilhão da orelha, parte externa, caminhando pelo poro acústico externo (ou meato acústico externo) até a membrana timpânica. 2) Orelha Média: Caixa retangular dentro do osso temporal, que faz comunicação com a faringe através da tuba auditiva (Óstio Faríngeo da Tuba Auditiva). Nessa região teremos os ossículos da audição (Martelo, Bigorna, Estribo). 3) Orelha Interna: Estrutura encrustada dentro do Osso temporal, nessa região teremos o órgão vestíbulo coclear, que possui líquido dentro (Perilinfa (Enche as rampas timpânicas e vestibular) e Endolinfa (enche o canal coclear)) Isabela Cerchiari - XL Orelha Externa Pavilhão da orelha • A orelha externa é formada por pele, pouco tecido subcutâneo e grande quantidade de cartilagem (Menos no lóbulo da orelha – grande quantidade de tec. Adiposo). Esses componentes serão responsáveis pelo formato do pavilhão da orelha. • Função: A função do pavilhão da orelha é a Captação do som. Para captar esse som, precisamos inicialmente de três energias que irão gerar o estímulo elétrico. A primeira energia será a onda sonora, que chegaráaté a membrana timpânica. Em seguida a onda sonora fará os ossículos vibrarem gerando uma segunda energia – Energia mecânica. Essa vibração dos ossículos vai causar a movimentação dos líquidos dentro da cóclea gerando a Energia hidráulica. Essa energia hidráulica vai fazer com que os cílios (órgãos sensoriais) sejam ativados, uma vez que esses cílios estejam ativados haverá geração do estímulo elétrico chegando até o Nervo coclear. OBS: Se em uma dessas etapas houver alguma divergência a audição será prejudicada. Anatomia do Pavilhão Auditivo: • Hélice – 1 • Antélice – 2 • Fossa Triangular – 3 • Escafa – 4 • Concha – 5 • Trago – 6 • Antitrago – 7 • Lóbulo – 8 A inervação anterior do pavilhão da orelha é feita pelo N. Auriculotemporal e a inervação posterior é feita pelo N. Auricular Magno. Além disso, na região da concha para o meato acústico externo teremos a inervação feita pelo N. Facial (VII) e pelo N. Vago (X). Estratigrafia: • 1ª Camada: Pele. Presença de pelos no trago e antítrago. • 2ª Camada: Pouco tecido adiposo e subcutâneo nessa parte cartilagínea; contém cartilagem elástica para formar o pavilhão da orelha, que se fixa à parte óssea (osso temporal). • No Lóbulo: Teremos conjunto adiposo e fibroso. Isabela Cerchiari - XL No meato acústico externo temos uma trajetória tortuosa (2,5 – 3 cm até chegar à membrana timpânica) e uma divisão. Essa divisão é feita entre a parte cartilagínea (1/3) e a parte óssea (2/3) incrustada no osso temporal. Relação Clínica: Posição do Otoscópio. O profissional deve elevar a orelha para ter melhor visualização durante o exame e análise da membrana timpânica com o otoscópio. Essa elevação é importante devido a trajetória tortuosa dentro do meato, dessa maneira a trajetória ficaria retilínea e o aparelho não ficaria esbarrando nas estruturas. Na Parte cartilagínea (a) teremos glândulas sebáceas, ceruminosas e folículos pilosos, que são responsáveis pela proteção do conduto de insetos. Dessa maneira, os pelos, o cheiro da glândula do cerúmen e a formação ceruminosa irão repelir os insetos. Já na parte óssea (b) temos apenas o revestimento de tegumento comum, ou seja, de pele e não possui a glândula sebácea e ceruminosa. Membrana Timpânica: • Formato: Possui formato oval e com a face côncava (Lado externo – Interna ela é convexa) (11x9 mm). • Orientação: Ela possui uma orientação oblíqua onde você percebe que o ângulo superior é maior que o ângulo inferior, causando uma inclinação. Além disso, nos bebês essa inclinação é ainda maior, Parte Petrosa do O. Temporal Músculos Auriculares Isabela Cerchiari - XL o que é favorável para proteção da audição do bebê, pois ele não tem instinto de colocar a mão na orelha quando ouve um som muito alto e essa inclinação impede que a membrana timpânica vibre muito. • Composição: Tecido conjuntivo fibroso; circunferência espessada devido a presença dos anéis fibrocartilagíneos (esses anéis se prendem no tecido ósseo). A face latera da membrana timpânica é revestida com tegumento comum (Pele) e internamente ela é revestida por mucosa semelhante à da nasofaringe. Essa mucosa se estende pela tuba auditiva até chegar na orelha média. • Partes: 1) Umbigo – Centro da membrana timpânica onde as fibras radiais vão se prender. 2) Estria Malear – Internamente o osso martelo se prende à membrana timpânica, dessa maneira se forma uma sombra no formato de “cabo de martelo” que é denominada Estria Malear. 3) Proeminência Malear 4) Prega Malear Anterior 5) Prega Malear Posterior 6) Parte flácida - Essas fibras radiais vão se prendendo ao longo do umbigo e da estria malear e quando chega na parte flácida essas fibras radiais não estão tensas. Nessa região só tem tecido conjuntivo. Relação Clínica: Lesão da Parte Flácida. Nesse local internamente passa o N. Corda do tímpano, ou seja, é um local que deve- se tomar cuidado, uma vez que é menos vascularizada e em caso de lesão demorará para haver cicatrização. Além disso, pode ocorrer uma lesão no Nervo corda do tímpano. 7) Parte Tensa – Região Mais vascularizada. Nessa região é feita a drenagem devido à alta vascularização e alto índice de cicatrização. Relação Clínica: Lesão Na membrana timpânica. O profissional precisará realizar um reparo com sutura se for pequena, agora se a lesão for tão grande a ponto de perder parte da membrana, será usado um tecido homólogo, geralmente tecido de suíno para reparo da membrana. 8) Cone de luz – Ponto que retorna a luz do otoscópio. Sempre estará localizada no quadrante ântero-inferior da membrana timpânica 8 Quadrante ântero-superior Quadrante Ântero - Inferior Quadrante Póstero - Superior Quadrante Póstero – Inferior Isabela Cerchiari - XL Relação Clínica: Otite (Inflamação na orelha). Pode causa uma mudança na estrutura da membrana causando convexidade do lado externo. Essa otite pode ser causada também por água, pois ela pode ser colônia de bactérias. Além disso, a otite pode estar presente na orelha externa e na média. Orelha Média Cavidade Timpânica • A inervação sensitiva da orelha média e da cavidade timpânica provém do N. glossofaríngeo. • Nela temos os ossículos da audição: Martelo, Bigorna e Estribo. Esses ossículos estão presos uns aos outros por articulação sinovial e à cavidade por ligamentos. OBS: Esses ossículos podem ser afetados por doenças reumáticas. • O martelo é preso à membrana timpânica. • O Nervo facial nessa região entra pelo meato acústico interno pelo canal do nervo facial emitindo seu ramo N. corda do tímpano e junto com ele entra o Nervo Vestíbulococlear. • O Nervo Facial vai emitir um ramo que será responsável por inervar o M. estapédio – N. para o músculo estapédio. • O músculo preso ao osso martelo é denominado tensor do tímpano. Ele é inervado pelo N. mandibular. • Essa cavidade é dividida em duas partes: 1) Cavidade Timpânica Propriamente dita 2) Recesso Epitimpânico Paredes da Cavidade Timpânica Isabela Cerchiari - XL • Na parede Membranácea encontraremos a membrana timpânica. • Na parede labiríntica a cóclea causa um abaulamento no osso e temos também o plexo timpânico (Função de sensibilidade da cavidade – Inervação do Glossofaríngeo). • Na parede mastóidea temos uma abertura que será denominada Adito antro mastóideo. Esse adito terá ligação com o espaço antro mastóideo, que tem visualização das células mastóideas. Relação Clínica: Inflamação das células mastóideas (Mastoidite). Se o indivíduo tiver uma inflamação de orelha não tratada, o líquido pode extravasar tanto até chegar ao adito antromastóideo e ocupar as células mastóideas. Nesse paciente teremos uma dor na região posterior da orelha (Região do Processo Mastóideo). Caso o tratamento com antibiótico não seja eficaz, o profissional poderá partir para o método de drenagem no processo mastóideo. • Na parede jugular vamos ter a presença da veia jugular passando pelo forame jugular e na parede carótica temos a presença da carótida que estará passando pelo canal carótico naquela região. Parede Carótica 1. Parte óssea da Tuba auditiva: óstio timpânico. 2. Semicanal para o Músculo Tensor do Tímpano. Figura 2 Parede Carótica - Visão anatômica Adito Antro mastóideo Células Mastóideas Figura 1 Parede Carótica - Visão como quadrado Isabela Cerchiari - XL Curiosidade: Concha na orelha. Quando você coloca a concha abafando sua orelha, o som escutado será do fluxo sanguíneo. Dessa maneira, o fluxo intenso da jugular e carótida vai emitir um som que vai bater no fundo da concha e volta fazendo com que a membrana timpânica capte o som. Tuba auditiva: • A tuba aditiva é dividida em duas partes: Parte óssea e Parte Cartilagínea. • Nessa parte cartilagínea terá presença de mucosa e músculo. Esse músculo terá a função de abrir o óstio faríngeo da tuba auditiva, permitindoa entrada de ar para equilibrar a pressão da orelha média com a orelha externa (Ouvir bem). • O músculo que acompanha inferiormente a tuba é o M. tensor do véu palatino. Ele faz contração e realiza a abertura do óstio permitindo a entrada do ar. Relação Clínica: Processo inflamatório da cavidade nasal. Essa comunicação da tuba auditiva com a nasofaringe, se torna perigosa por causa da via de propagação de infecções, ou seja, qualquer infecção que acometa a cavidade nasal pode passar pelo óstio através da mucosa e ser propaga para a orelha. Relação Clínica: Otite por causa de leite. Na criança essa conexão é mais horizontal do que no adulto (mais oblíqua), favorecendo assim a entrada de leite nessa via. Dessa maneira, pode haver uma proliferação de bactérias. Essa inflamação pode ser prevenida através de uma amamentação mais inclinada e menos horizontal. Músculo Tensor do Véu Palatino Isabela Cerchiari - XL Isso muda no adulto devido ao crescimento craniofacial, deixando essa estrutura mais diagonal. Relação Clínica: Otite. Pode acomete o Ádito antro mastóideo (Mastoidite), pressionar o nervo corda do tímpano (Perde a gustaçã de 2/3 anteriores da língua), prejudicar a audição. Parede Mastóidea: Isabela Cerchiari - XL Parede Labiríntica: 1. Janela do Vestíbulo. 2. Promontório. 3. Janela da Cóclea – Membrana Timpânica secundária. 4. Proeminência do canal do nervo facial. Ossículos da Audição: • A movimentação desses ossículos é realizada em apenas um sentido. Essa movimentação tem como principal função a movimentação do estribo. • O osso estribo movimenta como um pistão, realizando a movimentação da perilinfa dando origem a energia hidráulica. • Martelo está ligado a membrana timpânica, bigorna estará ligado ao martelo e ao estribo e o estribo ligada à janela (Base fica na janela) do vestíbulo e à bigorna. Isabela Cerchiari - XL Músculos dos Ossículos da Audição: Músculo Tensor do tímpano. • Esse Músculo estará ligado ao martelo, ele tem a função de tensionar a membrana timpânica. Assim a membrana ficará mais esticada e sua vibração será menor. Proteção. • Inervação N. Mandibular (V3) – Ramo para o M. tensor do tímpano. Estapédio • Esse músculo está Ligado ao Estribo, ele tem a função de controlar a vibração do estribo. Assim, o estribo vibrará menos e diminuirá a geração da energia hidráulica intensamente. Proteção. Orelha Interna • O arco semicircular da orelha interna irá deixar uma saliência na parte petrosa do O. temporal. órgão vestibulococlear • É uma estrutura que está dentro do O. temporal. • É preenchido internamente por líquidos e células sensoriais especializadas em gerar estimulo elétrico e depois conduzir na referência da audição ou do equilíbrio. Audição: Orelha Externa, Orelha Média, Orelha Interna: Cóclea. Equilíbrio: Vestíbulo. Labirinto Ósseo • Corresponde à cóclea quando ao órgão vestibular. • Cavidades e canais ósseos • Dentro da parte petrosa do temporal • Contém Perilinfa • Dentro dele contém o labirinto membranáceo • Estrutura oca. Labirinto Membranáceo • Sacos e ductos membranáceos • Acompanha o labirinto ósseo Isabela Cerchiari - XL • Contém endolinfa • Contém receptores – Células Ciliares (função de gerar o estímulo elétrico). Audição: A primeira energia será a onda sonora, que chegará até a membrana timpânica. Em seguida a onda sonora fará os ossículos vibrarem gerando uma segunda energia – Energia mecânica. Essa vibração dos ossículos vai gerar ondas na perilinfa na região vestibular, consequentemente essas ondas hidráulicas vão percorrer a cóclea e pressionando o labirinto membranáceo fazendo com que algumas estruturas encostem nas células ciliares e gerem o estimulo elétrico. Divisões do Labirinto Ósseo • Canais Semicirculares: Terminam em pontos próximos ao vestíbulo. • Vestíbulo: Ante - câmara • Cóclea 1. Vestíbulo • Ante-câmara • Local onde se localiza a janela do vestíbulo ou janela oval – Local onde irá se encaixar a base do Estribo. • Região Possui Mácula Crivosas – Local onde saem os filamentos nervosos do nervo vestibular. Que irão se unir com o N. coclear e formar o N. vestibulococlear (VIII) Figura 3 Vista Ântero - Lateral Labirinto ósseo Figura 4 Vista Póstero-Superior Labirinto ósseo Máculas Crivosas Lateral Anterior Posterior Ampola Isabela Cerchiari - XL 2. Canais Semicirculares • Possui três canais semicirculares (Anterior, Lateral, Posterior), que irão se encontrar no vestíbulo. No final de cada canal temos uma parte abaulada denominada ampola, nessas porções temos as células ciliares presentes para gerar o estímulo elétrico e depois fazer sinapse com o centro motor de referência do cérebro (tronco encefálico, cerebelo e encéfalo), gerando o equilíbrio do corpo para não cair durante o movimento. • Se você faz movimento de flexão e extensão com a cabeça, esses movimentos serão condizentes com o canal semicircular anterior. Assim você não vai cair nem pra frente nem para atrás, pois ali há o centro motor fazendo sinapse e gerando força muscular no meu tronco. • Se você faz movimento de rotação lateral e medial com a cabeça, esses movimentos serão condizentes com o canal semicircular lateral. Assim você também não cai. • Se você faz movimento de flexão lateral com a cabeça, esse movimento será condizente com o canal semicircular posterior. Assim você também não cai para os lados. 3. Cóclea • Possui tamanho de 5 mm • É disposta de 2,5 voltas em volta do modíolo (centro ósseo). • O modíolo (Triângulo Vermelho) é uma base óssea toda perfurada onde há passagem de nervos que irão formar o nervo coclear. • Em cada volta temos presentes três canais, pois um dos canais é o labirinto membranáceo (3) • 1 e 2 serão chamados de rampa, pois a energia hidráulica irá subir a rampa do vestíbulo. • A volta da rampa do vestíbulo termina no ápice, que é o helicotrema. Depois que chegar no ápice a energia vai descer a rampa timpânica. • A rampa timpânica tem fim na membrana timpânica secundária na janela redonda ou janela da cóclea. A importância da energia hidráulica é que uma vez que ela desce e sobe irá gerar pressão no labirinto membranáceo, causando estimulo para algumas estruturas pressionem as células ciliares postas na base da membrana do labirinto membranáceo. Figura 3 Azul - Rampa do Vestíbulo e Amarela Rampa timpânica Isabela Cerchiari - XL • A membrana timpânica secundária é feita de um tecido homóloga a membrana timpânica. Ela é importante pois toda vez que o estribo movimenta e gera a onda hidráulica ela também movimenta. Se ela fosse rígida a onda hidráulica não seria gerada dentro da orelha interna. • O meato acústico interno é por onde vai entrar o nervo facial e sai o vestibulococlear. labirinto Membranáceo LaBirinto Vestibular 1. Utrículo - Mácula do Útriculo 2. Sáculo - Mácula do Sáculo 3. Ductos semicirculares (Anterior, Posterior e lateral) – Possuem ampolas, onde se localizaram as células ciliares. 4. Ducto utrículosacular – comunicação entre o utrículo e o sáculo que chega até o ducto endolinfático. 5. Ducto endolinfático. – Sobreposto sobre as meninges da dura-máter, há constante renovação da endolinfa. Isabela Cerchiari - XL Relação clínica: Aumento da endolinfa anormal. Patologia que pode afetar o equilíbrio e a audição. Doença de Méniere ou Hidropsia endolinfática. Essa patologia tem o aumento de endolinfa ou a dificuldade de troca da endolinfa. • O utrículo e o sáculo possuem células ciliares também para movimentos lineares em aceleração (pular de um trampolim, moto em vertical). Relação Clínica: Labirintite. Na endolinfa pode haver concentração de sais e ocorrer a formação de cristais (de carbonato de cálcio) e esses cristais se parados em cima dascélulas ciliares eles continuam pressionando as células ciliares e fazendo estímulo mesmo se o indivíduo estiver parado, causando assim a labirintite. Outro fator que pode causa labirintite é a alteração da pressão da endolinfa que pode causar alteração nas células ciliares e causar a perda de equilíbrio também. Relação Clínica: Manobra de Epley. Fisioterapia para labirintite. O fisioterapeuta faz movimentos que obedeçam aos canais semicirculares em todas as direções, o profissional manipula sua cabeça fazendo com que o líquido gire dentro dos arcos, pois ele não sabe a posição exata do cristal. Assim o cristal vai de um local para outro melhorando o quadro. • O Nervo vestibular vai captar movimento do corpo e da cabeça e o nervo coclear capta a audição. • O nervo vestibular tem filamentos nervosos que vão realizar sinapses no núcleo vestibular, tronco cefálico e temos também os gânglios que irão realizar sinapses também. Isabela Cerchiari - XL Labirinto Coclear • Temos o ducto coclear. • Formato triangular • Ápice: Helicotrema • Assoalho: Lâmina Basilar • Teto: Membrana Vestibular • Parede Lateral: Ligamento Espiral Tanto a lâmina basilar quanto a membrana vestibular são maleáveis. • * Membrana tectória. – órgão espiral de Cort • Na lâmina basilar temos as células ciliares. A Energia hidráulica vai causar um pressionamento na membrana vestibular e na lâmina basilar fazendo com que a membrana tectória entre em contato com as células ciliares, gerando o estímulo elétrico. OBS: Sons graves serão estimulados no ápice e sons agudos na base da Cóclea Nervo Vestibulococlear (VIII) • Possui fibras aferentes somáticas especiais Audição e Equilíbrio. • Origem aparente: Sulco bulbopontino Via auditiva: • Receptores: órgão espiral (de Corti) • Neurônios I: (bipolares) 1. Gânglio espiral 2. Prolong. periférico: órgão espiral 3. Prolong. central: parte coclear do NCVIII • Neurônios II: 1. Núcleos cocleares ventral e dorsal (ponte) 2. Lemnisco lateral (homo e contralateral) • Neurônios III: 1. Colículo inferior (mesencéfalo) • Neurônios IV: 1. Corpo geniculado medial 2. Através da cápsula interna 3. Área auditiva do córtex (lobo temporal) (giro temporal superior) CASO 4: Uma menina de cinco anos de idade, anteriormente saudável, vem apresentando há cerca de um ano infecções recorrentes de vias aéreas superiores, sempre tratadas com antibióticos. Recentemente, seus pais e a professora notaram diminuição da audição. À otoscopia, realizada com extremo cuidado, foi feito o diagnóstico de otite média serosa (secreção amarelada saindo pela membrana timpânica) e hipertrofia das adenóides. Encaminhada ao especialista, foi realizada miringotomia, aspiração da secreção e a drenagem da cavidade timpânica através de tubo plástico. O tratamento clínico para a hipertrofia das adenóides foi iniciado concomitante e a necessidade de posterior intervenção cirúrgica foi discutida com os pais. 1. Porque a introdução do otoscópio tem que ser realizada com cautela? 2. Qual é o tipo de epitélio de revestimento da membrana e da cavidade timpânicas? 3. Quais são as comunicações da tuba auditiva (de Eustáquio)? 4. Qual é a função e a estrutura da tuba auditiva? 5. O que são adenóides, qual é sua função e onde estão localizadas? Isabela Cerchiari - XL Órbita, Olho e Estruturas Relacionadas • Estruturas Localizadas na região orbital da face. Órbitas: • Cavidade Orbital composta de sete ossos (Frontal, esfenóide, zigomático, maxila, lacrimal, etmóide e palatino) duas fissuras (superior e inferior) e um canal (canal óptico). • O eixo dessa cavidade orbital corresponde a um cone. Ápice do cone se localiza posterior e a base do cone anterior. • A mirada do olho corresponde a um eixo reto, diferente do trajeto ao centro da cavidade orbital passando por eixos diferentes. • As paredes mediais da cavidade orbital são paralelas, enquanto as paredes laterais já são oblíquas em 45º • PAREDE SUPERIOR: Face orbital do osso frontal, fossa da glândula lacrimal (parede lateral), asa menor do osso esfenóide (fissura orbital superior). • PAREDE MEDIAL: Lâmina Orbital do Osso Etmóide, Osso lacrimal (anteriormente), fossa do saco lacrimal, crista lacrimal anterior, forame etmoidal anterior e posterior (vasos e nervos etmoidais). • PAREDE INFERIOR: Osso palatino, sulco do canal infraorbital (N. infraorbital). • PAREDE LATERAL: Assa maior do osso esfenóide, face orbital do processo frontal do osso zigomático, forames zigomaticoorbitais (N. Zigomaticofacial e Zigomaticotemporal). Isabela Cerchiari - XL Anel Tendíneo Comum: • No fundo da cavidade orbital temos um tendão comum formando a origem dos músculos extrínsecos do olho. Eles se inserem no anel tendíneo comum e circundam a fissura orbital superior e o canal óptico. Periórbita: • Frouxamente aderida aos ossos • A órbita toda é revestida por um periósteo denominado periórbita. Ela é continua diretamente com a Dura-máter. • Na região do anel tendíneo ela faz continuação com as fáscias musculares e juntamente com a bainha do bulbo do olho. • CONTÍNUA COM: Dura-máter, Periósteo, Fáscias Musculares e Bainha do Bulbo do Olho • ORIGINA: Septo Orbital. Conteúdo: • Periórbita. • Músculos Extrínsecos do bulbo do olho. • Bulbo do olho. • Bainha do Bulbo do Olho. • Aparelho lacrimal. – Fornece a lágrima • Vasos sanguíneos e nervos. Isabela Cerchiari - XL • Corpo adiposo da órbita. – Acomodação das estruturas. pálpebras: • Dividida em parte superior e inferior (Pálpebra superior e inferior). • São conectadas ao osso pelos ligamentos. • Possuem dois ângulos – Lateral e Medial. • Rima Palpebral – Encontra a pálpebra superior com a inferior. • Próximas ao lago lacrimal, onde temos os canalículos e coletores da lagrima. Estratigrafia: • 1 ª camada é feita de pele muito final. – Pele continua com a mucosa palpebral internamente. • 2ª camada é composta pela tela subcutânea. – Tecido conjuntivo frouxo, ausência de gordura e presença de cílios (margem livre, órgão anexo da pele). • 3 ª Camada composta pelo M. orbicular do olho. • 4ª camada composta pelos tarsos (estruturas cartilaginosas) e glândulas tarsais (produtoras de lagrimas). Ligamentos palpebrais mediais e laterais são ligados a essa estrutura. Isabela Cerchiari - XL • Tanto os músculos (Músculo de Horner ou Tensor do Tarso) quando os ligamentos tem a função de abrir os canalículos toda vez que pisca pra drenar a lágrima. Relação Clínica: Terçol. Se um desses canalículos de lágrimas for obstruído ou gerar uma inflamação haverá a formação de bolhas/bolsinhas que denominamos de terçol, mas dado como calázio. • 5ª camada composta pela Túnica Conjuntiva, que faz comunicação com a pele e depois a conjuntiva palpebrar vai fazer conexão com a conjuntiva bulbar (Transparente, dá visão ao bulbo do olho diretamente) • A parte palpebral vai formar uma forníce superior e outra inferior (Saco da conjuntiva). Isabela Cerchiari - XL Aparelho Lacrimal Circuito das lágrimas. • Glândula Lacrimal é Responsável por produzir a lágrima, limpar essa conjuntiva bulbar e depois é drenado para o saco lacrimal através dos canalículos. Logo em seguida, temos uma comunicação com a cavidade nasal denominada Ducto lacrimonasal (Meato nasal inferior). Bulbo do Olho • O eixo do bulbo do olho desde o polo posterior até o polo anterior é distinto do eixo do nervo ótico. Isabela Cerchiari - XL Estratigrafia: • 1- Túnica Fibrosa: Esclera (Branca) e córnea (Transparente) Tem músculos fixando essa parte, por isso é denominada esqueleto do olho. • 2- Túnica Vascular: Corióide, Corpo ciliar, íris. Uvea (Três estruturas juntas). • 3 – Túnica Interna: Retina. Estrutura sensorial da visão. Túnica Fibrosa • Esclera: 1. Esqueleto do olho 2. Opaca e resistente3. 5/6 posteriores 4. Branca e lisa 5. Inserção dos músculos – M. Extrínsecos do Olho. 6. Lâmina cribriforme – Passagem dos vasos e nervos que passam pela região posterior. 7. Contínua com a bainha do n. óptico 8. Pouco vascularizada – Vasos que perfuram posteriormente, percorrem a corióide e chegam até a esclera. Isabela Cerchiari - XL • Córnea: 1. 1/6 anterior 2. Transparente 3. Mais convexa 4. Limbo da córnea (junção esclerocorneal) 5. Totalmente avascular Nutrição e limpeza (Lágrima e Humor aquoso). 6. Tem sensibilidade. Túnica Vascular • Corióide: 1. Fina, marrom escuro 2. Serve de leito para os vasos – Vasos que vão vascularizar a esclera e a retina. 3. Reveste maior parte da esclera (até a ora serrata) 4. Fortemente ligada a esclera 5. Frouxamente ligada a retina 6. Contínua com o corpo ciliar e a íris. Obs: As artérias presentes aqui são as A. ciliares posteriores longas e curtas e as Veias vão chegar as maiores que são as chamadas vorticosas. E os nervos vão acompanhando os vasos, são denominados ciliares longos e curtos, irão perfurar posteriormente o bulbo do olho e serão responsáveis pela motricidade (aos músculos intrínsecos) e sensibilidade (ao olho). Isabela Cerchiari - XL • Corpo Ciliar: 1. Da ora serrata ao nível do limbo da córnea 2. Vascular e Músculo ciliar (liso Modificação da lente (visão perto e longe): 2.1 Orbículo ciliar 2.2 Processos ciliares: Secretam o humor aquoso (importante para pressão intraocular) e forma o humor vítreo, Pregas ant.: contínuas com a Íris, Pregas post: Fibras zonulares (Fixação e Acomodação da lente Formaram ligamentos) • Íris: Projeção da corióide, externamente possui melanócitos (quanto menos mais claro o olho). 1. Circular e de cores variadas 2. Abertura central: Pupila A íris vai controlar a entrada de luz pela pupila. 3. M. Esfíncter da pupila (parassimpático) 4. M. Dilatador da pupila (simpático) 5. Anterior a lente, imersa no humor aquoso (Produzido pelo corpo ciliar) 6. Câmara anterior (Nutrição da córnea por causa do humor aquoso) e posterior 7. Periferia: continua com o corpo ciliar Obs: O humor aquoso após ser secretado pelas células ciliares vai ser dispersado para a parte entre lente e íris (câmara posterior) e vai passar pela pupila chegando até a câmara anterior nutrindo a córnea. Quando o Humor aquoso está presente ele também é drenado por uma veia que fica na região esclerocorneal, essa veia é denominada seio venoso da esclera. Esse seio chegará até as grandes veias vorticosas e veia oftálmica. Relação Clínica: Glaucoma. Se esse humor aquoso não for bem drenado (obstrução) pode ocasionar um problema na pressão intraocular causando glaucoma e se não for tratada cegueira. Isabela Cerchiari - XL Relação Clínica: Midríase e Miose. Midríase é dita como o ato de dilatação da pupila e Miose é dita como o ato de contração da pupila. Túnica Interna • Retina: 1. Parte Óptica: Possui estrato nervoso (sensitiva); contínua com o N. óptico. 2. Ora serrata 3. Parte Cega: Parte ciliar, Parte Irídica. • Fundo do olho: 1. Mácula lútea: Correspondente ao eixo central do olho, local com mais cones. Já os bastonetes estão mais na periferia da retina. 2. Disco Do nervo óptico: Ponto cego da retina, não possui nem cones nem bastonetes OBS: Nessa região teremos a Artéria e a Veia central da retina, que vão acompanhar o nervo óptico. Câmaras Oculares 1. Câmara Anterior: Entre a córnea e a íris 2. Câmara Posterior: Entre a íris e a lente. 3. Câmara Postrema: Entre a lente e a retina Humor vítreo (Mantém o formato do bulbo do olho, mantém posicionado a retina (Descolamento de retina)) Meios de Refração • Córnea • Humor aquoso: 1. Nutre a córnea e a lente 2. Produzido: processos ciliares 3. Drenado: seio venoso da esclera 4. Glaucoma: ↓ drenagem ↑pressão intraocular Isabela Cerchiari - XL • Lente ou cristalino: Alterações da lente prejudicam na focalização. Possui uma cápsula gelatinosa e totalmente maleável quando há contração do M. ciliar. 1. Biconvexa 2. Cápsula da lente 3. Catarata: opacificação da lente. • Corpo vítreo: 1. Humor vítreo Erros de Refração • Astigmatismo: Aumento na convexidade da córnea para alguma direção • Ceratocone: Córnea perde sua convexidade e adquire um aspecto cônico • Miopia: Dificuldade de focar à distância e o Diâmetro do olho maior que o normal • Hipermetropia: Dificuldade de focar objetos próximos e o Diâmetro do olho menor que o normal. Músculos Extrínsecos do Bulbo do Olho 1. Músculo Reto Superior - Elevar 2. Músculo Reto Inferior – Deprimir 3. Músculo Reto Lateral – Abduzir 4. Músculo Reto Medial – Aduzir 5. Músculo Oblíquo Superior – Mira o olho pro canto lateral inferior 6. Músculo Oblíquo Inferior – Mira o olho pro canto superior e lateral 7. Músculo Levantador da Pálpebra superior – Eleva a pálpebra superior. Isabela Cerchiari - XL Nervo Oculomotor (III • Via eferente somática: Inervar Músculo estriado esquelético (M. Extrínsecos do olho). • Via Eferente viscerais: envia fibras parassimpáticas para o M. Intrínseco do olho (Músculo ciliar e o esfíncter da pupila). OBS: Passa no seio cavernoso, ou seja, pode ser acometido por uma meningite. • Ramo Superior: 1. M. Reto Superior 2. M. levantador da pálpebra superior. • Ramo Inferior: 1. M. Reto Medial 2. M. Reto Inferior 3. M. Oblíquo Inferior 4. Ramo para o Gânglio ciliar (Fibras parassimpáticas). Nervo Troclear (IV) • Inerva o M. Oblíquo Superior. OBS: Passa Pelo seio cavernoso. Isabela Cerchiari - XL Nervo Abducente (VI) • Inerva o M. Reto Lateral. OBS: Passa pelo seio cavernoso. Isabela Cerchiari - XL Pescoço 1. DEFINIÇÃO Parte do corpo que liga a cabeça ao tronco. (Aurélio,2010) Talvez pela semelhança com o pescoço, collum passou a indicar, em terminoloiga médica, a porção estreitada de um órgão (Colo uterino, Colo da vesícula biliar, etc). Região do corpo que se situa entre a margem inferior da mandíbula e a linha nucal superior do osso occipital acima e a incisura jugular e a margem superior da clavícula abaixo. Entre a cabeça e as clavículas, passagem obrigatória de vasos e nervos, sede de glândulas endócrinas, órgãos dos sistemas respiratório e digestório. 2. FUNÇÃO • Proteção de Determinados órgãos. • Sustentação a determinados músculos e órgãos. • Pontos de fixação para costelas e músculos do dorso. 3. REGIÕES CERVICAIS Dividido em quatro regiões que são demarcadas por trígonos: • Região Cervical Anterior • Região Esternocleidomastoidea • Região Cervical Lateral • Região Cervical Posterior (Nuca). Região Cervical Anterior Região Cervical Lateral Região Cervical Posterior Região Esternocleidomastoidea Isabela Cerchiari - XL 3.1 REGIÃO CERVICAL ANTERIOR Região dividida em dois trígonos cervicais anteriores. Esse trígono será dividido em quatro partes: 1. Trígono Submentual. 2. Trígono Submandibular. 3. Trígono Carótico. 4. Trígono Muscular. Além desses quatro trígonos teremos mais dois que não fazem parte do trígono cervical anterior: 5. Trígono Occipital ou Trígono cervical lateral 6. Trígono Subclavicular ou Trígono Omoclavicular. No trígono cervical anterior iremos encontrar: linfonodos submentuais, submandibulares e cervicais profundos; glândulas submandibulares e parótida; a. e v. Facial, a. carótida e v. jugular interna e os nervos glossofaríngeo (IX), vago(X), acessório (XI) e hipoglosso (XII). 3.2 REGIÃO CERVICAL LATERAL Está dividida em dois trígonos e uma região: 1. Trígono Cervical lateral ou occipital 2. Trígono Omoclavicular ou Subclavicular 3. Região Occipital Nessa região temos: Nela está a fossa supraclavicular maior (depressão ao lado da origem clavicular do músculo esternocleidomastoideo). Além
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