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Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Anatomia ossos do crânio INTRODUÇÃO O crânio é o esqueleto da cabeça, sendo constituído por 22 ossos. Dois conjuntos de ossos formam suas duas partes: ❖ Neurocrânio: caixa óssea do encéfalo e das membranas que o revestem (meninges); ❖ Viscerocrânio: esqueleto facial, compreende os ossos da face. NEUROCRÂNIO: Contém as partes proximais dos nervos cranianos e a vascularização do encéfalo. Em adultos, é formado por 8 ossos: quatro ímpares (linha mediana) e dois pares de ossos bilaterais. ❖ osso frontal; ❖ osso etmoide (é um osso irregular, forma uma parte mediana pequena do neurocrânio, mas faz parte do viscerocrânio); ❖ osso esfenoide; ❖ ossos parietais; ❖ ossos temporais; ❖ osso occipital. Ossos da calvária: basicamente planos (frontal, temporal e parietal). ❖ A maioria: suturas entrelaçadas fibrosas ❖ Infância: esfenoide e occipital são unidos por cartilagem hialina (sincrondroses). Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII VISCEROCRÂNIO: formado por 15 ossos irregulares: três ímpares na linha mediana e seis pares de ossos bilaterais. ❖ ossos nasais; ❖ ossos zigomáticos; ❖ maxilas; ❖ ossos lacrimais; ❖ ossos palatinos; ❖ conchas (cornetos) nasais inferiores; ❖ vômer. OBS: frontal, temporal, esfenoide, etmoide e maxila são pneumáticos. O volume total dos espaços aéreos aumenta com a idade! Plano de Frankfurt: plano estabelecido do ponto mais baixo da margem orbitária ao ponto mais alto da margem do meato acústico externo, visualizado em representações de perfil. VISTA FRONTAL DO CRÂNIO Formada pelos ossos frontal e zigomático, órbitas, região nasal, maxila e mandíbula; O esqueleto da fronte é formado pelo osso frontal, que possui parte orbital (parte horizontal) e escama. Articula inferiormente com o osso nasal e o zigomático. Articula, também, com o lacrimal, etmoide e esfenoide. Possui uma sutura frontal, que divide os ossos frontais do crânio fetal. Forame supraorbital: dá passagem ao nervo e aos vasos supraorbitais. Násio: interseção dos ossos frontal e nasal (área deprimida). Abertura nasal anterior do crânio (piriforme): septo nasal pode ser observado através dessa abertura. VISTA LATERAL DO CRÂNIO Formada pelo neurocrânio e viscerocrânio. Principais constituintes do neurocrânio: fossa temporal, poro acústico externo, processo mastoide do temporal. Principais constituintes do viscerocrânio: fossa infratemporal, arco zigomático, faces laterais da maxila e mandíbula. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII *Ptério: área clinicamente importante! 3 a 4 cm acima do ponto médio do arco zigomático. VISTA OCCIPITAL DO CRÂNIO Occipício: protuberância posterior convexa da escama occipital, partes dos parietais e partes mastoideas dos temporais. Protuberância occipital externa: palpada facilmente no plano mediano. Ínio: extremidade da protuberância externa. Lambda: junção das suturas sagital e lambdoidea. Pode-se palpar como uma depressão. VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO Em geral é pouco ovalada, alargando- se nos túberes parietais. Em algumas pessoas os túberes frontais também são visíveis (dando uma aparência mais quadrada). Sutura coronal: separa o frontal e os parietais. Sutura sagital: separa os parietais. Sutura lambdoidea: separa os parietais e temporais do occipital. Bregma: interseção das suturas sagital e coronal. Vértice: ponto mais alto da calvária. BASE DO CRÂNIO VISTA INFERIOR DA BASE DO CRÂNIO: assoalho é a parte inferior do neurocrânio. É constituído por: arco alveolar da maxila, processos palatinos Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII das maxilas, ossos palatinos, esfenoide, vômer, temporal e occipital. O occipital se articula com o esfenoide anteriormente. As quatro partes do occipital estão dispostas ao redor do forame magno. Côndilos occipitais: protuberâncias nas partes laterais, por intermédio dos quais o crânio se articula com a coluna vertebral. Forame jugular: por onde emergem do crânio a veia jugular interna e vários nervos cranianos (NCs IX ao XI). Forame magno: por ele passa a medula espinal, meninges, artérias vertebrais, artérias espinais e a raiz espinal do nervo acessório. Forame estilomastoideo: dá passagem ao nervo facial (NC VII) e a artéria mastoidea. VISTA SUPERIOR DA BASE DO CRÂNIO: tem três grandes depressões, situadas em diferentes níveis – fossa anterior (situada no nível mais alto), fossa média e fossa posterior (situada no nível mais baixo), formando o assoalho côncavo da cavidade do crânio. Fossa anterior: a mais superficial (superior) das três fossas. É formada pelo frontal (anteriormente), etmoide (no meio), corpo e asas menores do esfenoide (posteriormente). ❖ Parte maior: sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas; ❖ Crista frontal: extensão óssea mediana do frontal, em que na sua base está o forame cego (período fetal). ❖ Crista etmoidal: crista óssea mediana espessa, em que de cada lado dessa crista está a lâmina cribriforme do etmoide (muitos forames pequenos que dão passagem aos nervos olfatórios). Fossa média: tem forma de borboleta. Parte central formada pela sela turca no corpo do esfenoide e grandes partes laterais deprimidas de cada lado. Suas partes laterais são formadas pelas asas maiores do esfenoide e as partes escamosas dos temporais Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII (lateralmente) e as partes petrosas dos temporais (posteriormente). ❖ As partes temporais da fossa média sustentam os lobos temporais do encéfalo. ❖ Processos clinóides anteriores: “pé da cama”, duas projeções ósseas pontiagudas formam os limites mediais das cristas esfenoidais. o Os quatro processos (dois anteriores e dois posteriores) circundam a fossa hipofisial, o “leito” da hipófise. Fossa posterior: é a maior e mais profunda fossa. Aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo. É formada, principalmente, pelo occipital. ❖ Limite anterior: dorso da sela do esfenoide. ❖ Paredes anterolaterais: parte petrosa e mastoidea dos temporais. ❖ Clivo: inclinação acentuada, leva ao forame magno. ❖ Fossas cerebelares. FORAMES: PAREDES DA CAVIDADE DO CRÂNIO A espessura das paredes varia nas diferentes regiões. São mais finas nas mulheres do que nos homens, assim como são mais finas nas crianças e nos idosos. Os ossos tendem a ser mais finos em áreas bem cobertas por músculos. Reforços do crânio: são partes mais espessas dos ossos do crânio que transmitem forças para as regiões mais fracas. REGIÕES DA CABEÇA ANATOMIA CLÍNICA TCE: traumatismo cranioencefálico é uma importante causa de morte e incapacidade. ❖ Complicações: hemorragia, infecções, lesão do encéfalo e nervos cranianos. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Rebaixamento do nível de consciência. ❖ Metade das mortes por TCE se acompanham de lesão do encéfalo. ❖ Mais frequente em jovens (15 a 24 anos). ❖ NEUROPROTEÇÃO. Cefaleia e dor na face: ❖ Geralmente associadas a tensão, fadiga, febre baixa; ❖ Também podem indicar problema craniano grave (tumor, HSA, meningite). ❖ Neuralgia: dor intensa, pulsátil ou em caráter de punhalada no trajeto de um nervo, provocada por lesão desmielinizante. ❖ Neuralgia facial: sensação dolorosa difusa. Lesão dos arcos superciliares: cristas ósseas relativamente salientes. ❖ Um golpe pode romper a pele e causar sangramento. ❖ A contusão da pele ao redor da órbita causa acúmulo de líquido tecidual e sangue no tecido conjuntivoadjacente, que se deposita na pálpebra superior e ao redor do olho. Rubor malar: eritema cutâneo que recobre o processo zigomático (osso zigomático = osso malar). ❖ Elevação da temperatura; ❖ Tuberculose; ❖ Lúpus. Fraturas da maxila: classificado de acordo com Le Fort: ❖ Le Fort I: fraturas horizontais da maxila (raízes dos dentes), cruza o septo nasal ósseo e, possivelmente, as lâminas do processo pterigoide do esfenoide. ❖ Le Fort II: toda a parte central da face, inclusive o palato duro e os processos alveolares. ❖ Le Fort III: fratura horizontal que atravessa as fissuras orbitais superiores, o etmoide e os ossos nasais. Fraturas da mandíbula: normalmente a fratura da mandíbula é dupla! Frequentemente em lados opostos. ❖ Fraturas em colo da mandíbula: costumam ser transversais e podem estar associadas a luxação da ATM ipsilateral; ❖ Fraturas do ângulo da mandíbula: geralmente são oblíquas e podem acometer a cavidade óssea ou o alvéolo do 3º dente molar; ❖ Fraturas do corpo da mandíbula: com frequência atravessam o alvéolo de um dente canino. Fraturas da calvária: reduzir ao máximo a extensão da lesão primária e tratar complicações secundárias. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Fraturas com afundamento: depressão de um fragmento ósseo que comprime ou lesiona o encéfalo; ❖ Fraturas lineares: ocorrem no ponto de impacto; ❖ Fraturas cominutivas: osso partido em vários pedaços; o Se a área da calvária for espessa no local de impacto, o osso pode “afundar” sem fratura. ❖ Fratura por contragolpe: a fratura não ocorre no ponto de impacto, mas no lado oposto do crânio. Acesso cirúrgico à cavidade do crânio: craniotomia. ❖ Retalho ósseo (retirada de parte do neurocrânio); ❖ Capacidade osteogênica do pericrânio do adulto é baixa; ❖ Os retalhos ósseos são recolocados e fixados com fio, ou mantidos temporariamente no lugar com placas metálicas; ❖ Craniectomia: o retalho ósseo não é recolocado, sendo substituído por placa de plástico ou metal permanente. ❖ Na fase aguda do edema cerebral: sepulta a calota craniana no abdome. Fusão das suturas cranianas: começa entre 30-40 anos na face interna e cerca de 10 anos depois na face externa. Craniossinostose e malformações: ❖ Escafocefalia: fechamento prematuro da sutura sagital (fontículo anterior pequeno ou ausente); ❖ Plagiocefalia: fechamento prematuro da sutura coronal ou lambdoidea – torção e assimetria do crânio; ❖ Oxicefalia: fechamento prematuro da sutura coronal – crânio alto. Couro cabeludo INTRODUÇÃO O couro cabeludo é formado por pele, pelos e tecido subcutâneo. Cobre o neurocrânio desde as linhas nucais superiores no occipital até as margens supraorbitais no frontal. Lateralmente, da fáscia temporal até os arcos zigomáticos. CAMADAS O couro cabeludo é composto por cinco camadas, sendo as três primeiras muito próximas, movendo-se como uma só. Pele: Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Fina, exceto na região occipital; ❖ Contém muitas glândulas sudoríparas e sebáceas; ❖ Contém folículos pilosos; ❖ Irrigação arterial abundante; ❖ Boa drenagem venosa e linfática. Tecido conjuntivo: ❖ Forma a tela subcutânea espessa, densa e ricamente vascularizada; ❖ Bem suprida por nervos cutâneos. Aponeurose epicrânica: ❖ Lâmina tendínea larga e forte; ❖ Cobre a calvária; ❖ Local de inserção dos ventres musculares (músculos occipitofrontal, temporoparietal e auricular superior). o Juntas, essas estruturas constituem o epicrânio musculoaponeurótico. ❖ O ventre frontal do músculo occipitofrontal traciona o couro cabeludo anteriormente, enruga a fronte e eleva os supercílios; ❖ O ventre occipital do músculo occipitofrontal traciona o couro cabeludo posteriormente, esticando a pele da fronte. ❖ O músculo auricular superior (parte posterior especializada do músculo temporoparietal) eleva a orelha. Tecido conjuntivo frouxo: ❖ Camada esponjosa contendo espaços virtuais; ❖ Podem ser distendidos por líquido em caso de lesão ou infecção; ❖ Permite o livre movimento do couro cabeludo (as 3 primeiras camadas como uma só) sobre a calvária Pericrânio: ❖ Camada densa de tecido conjuntivo que forma o periósteo externo do neurocrânio; ❖ Firmemente inserido; ❖ Pode ser arrancado do crânio de pessoas vivas, exceto nos locais onde é contínuo com o tecido fibroso nas suturas do crânio. MUSCULATURA Músculo occipitofrontal: é digástrico e plano. ❖ Seus ventres (occipital e frontal) tem um tendão em comum – aponeurose epicrânica. ❖ O ventre occipital (que possui inserções ósseas) e o ventre frontal (sem inserções ósseas) são sinérgicos >> elevam os supercílios e produzem rugas transversais na fronte o Aparência de surpresa. VASCULARIZAÇÃO, DRENAGEM E INERVAÇÃO Irrigação arterial: ❖ Artérias do couro cabeludo: seguem na segunda camada – tecido conjuntivo subcutâneo. As paredes arteriais são firmemente inseridas no tecido conjuntivo denso, o que limita sua capacidade de constrição quando seccionadas. o Feridas no couro cabeludo: hemorragia abundante. ❖ Artérias carótidas externas > artérias occipitais > auricular posterior > temporal superficial; ❖ Artérias carótidas internas > artérias supratroclear e supraorbital; Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ As artérias do couro cabeludo levam pouco sangue para o neurocrânio, que é suprido basicamente pela artéria meníngea média. Drenagem venosa: ❖ Drenagem das partes superficiais: veias supraorbitais e supratrocleares; ❖ Veias temporais superficiais e veias auriculares posteriores: drenam as áreas anteriores e posteriores às orelhas, respectivamente; ❖ Veia auricular posterior: pode receber uma veia emissária mastoidea do seio venoso da dura-máter; ❖ Veias occipitais: drenam a região occipital; ❖ Veias temporais profundas: drenam as partes profundas da região temporal. Drenagem linfática: o couro cabeludo não tem linfonodos. ❖ A linfa do couro cabeludo drena para o anel superficial de linfonodos (submentual, submandibular, parotídeo, mastoideo e occipital). Inervação do couro cabeludo: ❖ Anterior às orelhas: feita por ramos do nervo craniano V; ❖ Posterior às orelhas: nervos cutâneos espinais (C2 e C3). ANATOMIA CLÍNICA Lesões do couro cabeludo: ❖ As artérias do couro cabeludo são bem protegidas por tecido conjuntivo denso. Elas se anastomosam livremente e se originam nas laterais da cabeça. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Couro cabeludo parcialmente descolado: pode ser reposicionado com alta chance de cicatrização, desde que um dos vasos permaneça intacto. ❖ Couro cabeludo propriamente dito (as 3 primeiras camadas) é considerado clinicamente como uma única camada o Permanecem juntas quando se faz um retalho do couro cabeludo durante craniotomia o Permanecem juntas quando parte do couro cabeludo é arrancada (acidentes) ❖ Nervos e vasos do couro cabeludo entram na parte inferior e ascendem através da segunda camada até a pele. Retalhos cirúrgicos são feitos de forma que permaneçam inseridos inferiormente para preservar os nervos e vasos (boa cicatrização). ❖ A perda do couro cabeludo não causa necrose para os ossos da calvária (artéria meníngea média). Feridas do couro cabeludo: aponeurose epicrânica é clinicamente importante! ❖ Devido a resistência dessa aponeurose, feridas superficiais no couro cabeludo não se abrem e as margens da ferida são mantidas juntas. Assim, não são necessárias suturas profundas para feridas superficiais, porque a aponeuroseepicrânica não permite afastamento da pele. ❖ Feridas profundas do couro cabeludo: abrem-se muito quando a aponeurose epicrânica é lacerada no plano coronal por causa da tração dos ventres frontal e occipital do músculo occipitofrontal. Infecções do couro cabeludo: a quarta camada (tecido conjuntivo frouxo) é a área de perigo do couro cabeludo. ❖ Fácil disseminação de pus ou sangue; ❖ Infecção nessa camada pode passar para a cavidade do crânio através de pequenas veias emissárias, que atravessam os forames parietais na calvária e chegam às meninges; ❖ A infecção ou líquido consegue penetrar nas pálpebras e na raiz do nariz, pois o músculo occipitofrontal (ventre frontal) se insere na pele e na tela subcutânea, e não no nosso. Céfalo-hematoma: é o sangramento entre o pericrânio (5ª camada) e a calvária de um bebê, devido a um parto difícil. ❖ Sangue fica aprisionado nessa área; ❖ Rompimento de várias e pequenas artérias periosteais que nutrem os ossos da calvária. face INTRODUÇÃO A face é responsável por nossa identidade como seres humanos. Defeitos congênitos, fibrose, traumatismos têm repercussões acentuadas além de seus efeitos físicos. O formato da face é determinado pelos ossos subjacentes. Individualidade: variações anatômicas no formato e na proeminência relativa dos acidentes ósseos, na deposição de tecido adiposo, da cor e efeitos do envelhecimento sobre a pele, da distribuição dos pelos e os fios de cabelo. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII O tamanho relativamente grande dos corpos adiposos da bochecha em recém-nascidos e lactentes impede o colapso das bochechas durante a sucção. Os ossos da face crescem por mais tempo do que os da calvária. ❖ Etmoide, cavidades orbitais e partes superiores das cavidades nasais estão quase completo aos 7 anos de idade. A expansão das órbitas e o crescimento do septo nasal descolam as maxilas em sentido inferoanterior. A face é importante na comunicação. ❖ Interface: área de interação. ❖ Músculos faciais “falam por você”. MÚSCULOS Os músculos da face (músculos da expressão facial) são localizados na tela subcutânea das partes anterior e posterior do couro cabeludo, na face e no pescoço. São vinte músculos esqueléticos planos. ❖ São eles: occipitofrontal, orbicular do olho, corrugador do supercílio, prócero, nasal, orbicular da boca, levantador do lábio superior e da asa do nariz, zigomático menor, bucinador, zigomático maior, levantador do ângulo da boca, risório, depressor do ângulo da boca, depressor do lábio inferior, mentual, platisma. ❖ A maior parte deles se origina do crânio ou de estruturas fibrosas, e se irradiam para a pele através de um tendão elástico. ❖ Movimentam a pele e modificam as expressões faciais para exprimir humor. ❖ Ao contrário dos outros músculos esqueléticos, os músculos faciais não são revestidos por uma fáscia (exceto o músculo bucinador). São divididos em grupos: bucolabial (músculos da boca), nasal (músculos do nariz), epicraniano (músculos do crânio e do pescoço), auricular (músculos do ouvido externo), orbital (músculos da pálpebra). Músculos da boca, lábios e bochechas: ❖ Os lábios e o formato e grau de abertura da boca são importantes para a clareza da voz. ❖ Vários músculos alteram o formato da boca e dos lábios durante a fala e durante as atividades como cantar, assobiar e fazer mímica. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII O formato da boca e lábios é controlado por: ❖ Músculos elevadores, retratores e eversores do lábio superior; ❖ Músculos depressores, retratores e eversores do lábio inferior; ❖ Músculo orbicular da boca; ❖ Músculo bucinador da bochecha. Músculos do nariz: sinalizam comportamentos respiratórios, possuem pequena importância para os seres humanos. São importantes apenas para expressão facial e cirurgia plástica estética. Músculos da orelha: importantes nos animais que são capazes de levantar ou apontar as orelhas em direção à origem dos sons, possuindo pouca importância nos seres humanos. São músculos estreitos e finos que conectam a orelha ao couro cabeludo e movem-na até uma certa extensão. Músculo orbicular da boca: esfíncter que circunda a boca nos lábios. É o primeiro da série de esfíncteres associados ao sistema digestório. A contração bilateral de todo o músculo junta os lábios e fecha a boca. Controla a entrada e saída através da rima da boca. É importante durante a articulação (fala). Músculo bucinador: forma a base muscular da bochecha, preenchendo o espaço entre a maxila e mandíbula. É retangular, plano e fino. Ocupa um plano mais profundo e medial do que os outros músculos da face. Passa profundamente à mandíbula, de modo que está mais próximo da túnica mucosa da boca do que da pele da face. É formado por TRÊS PARTES: ❖ Parte superior: se origina do processo alveolar da maxila, opostamente aos três dentes molares maxilares. ❖ Parte inferior: se origina da parte alveolar da mandíbula, opostamente aos três dentes molares mandibulares. ❖ Parte posterior: se origina da margem anterior da rafe pterigomandibular, atrás do terceiro molar mandibular. Todas as três partes do bucinador convergem em direção ao ângulo da boca, onde suas fibras se fundem com outros músculos da face (orbicular da boca, depressor do ângulo da boca e zigomático maior). FUNÇÕES: ❖ Comprimir a bochecha contra os dentes molares e contribuir para manter o bolo alimentar centralizado na cavidade oral, prevenindo que ele escape pelo vestíbulo da boca; ❖ Ativo ao sorrir, também mantém as bochechas tensas, evitando seu pregueamento e lesão durante a mastigação; ❖ Ato de soprar (comprime as bochechas ao soprar). Músculo platisma: lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço. Tensiona a pele e produz sulcos cutâneos verticais. As margens anteriores de dois músculos cruzam-se sobre o mento e se fundem aos músculos da face. FUNÇÕES: ❖ Dependem da parte do músculo que se contrai; ❖ A partir de sua inserção anterior, pode contribuir no abaixamento Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII do ângulo da boca e do lábio inferior, depressão da mandíbula e na abertura da boca. Músculo orbicular do olho: fecha as pálpebras e enruga a fronte verticalmente. (as pálpebras protegem os bulbos dos olhos contra lesões e luz excessiva, distribui as lágrimas e mantém a córnea úmida) Suas fibras formam círculos concêntricos em torno da margem orbital e das pálpebras. A contração dessas fibras estreita a rima das pálpebras e auxilia o fluxo de líquido lacrimal. É formado por TRÊS PARTES: ❖ Parte orbital: mais periférica, que fica sobre a rima orbital. Se origina da parte nasal do osso frontal, do processo frontal da maxila e do ligamento palpebral medial. Fecha as pálpebras com firmeza (ao piscar com força) para proteger os olhos contra uma luz forte ou poeira. ❖ Parte palpebral: parte central do músculo, encontrada sobre as pálpebras. Fecha suavemente as pálpebras (ao piscar ou dormir). ❖ Parte palpebral profunda (lacrimal): passa posteriormente ao saco lacrimal e movimenta as pálpebras medialmente, auxiliando a drenagem das lágrimas. Músculo do nariz: sinalizam comportamentos respiratórios. É formado por DUAS PARTES: ❖ Parte alar: encontrada na área das narinas, se originando da parte frontal da maxila. Dilata as narinas. ❖ Parte transversa: encontrada na área sobre o dorso do nariz, lateralmente à parte alar. Comprimi a abertura nasal. As ações desses músculos são importantes na criação de certas expressões faciais, como de raiva,mas também permitem a respiração profunda. Músculos das orelhas: ❖ Auricular anterior: se origina da borda lateral da aponeurose epicraniana e se fixa na espinha da hélice da orelha. ❖ Auricular posterior: se origina no processo mastoide do osso temporal e se insere na eminência da concha. ❖ Auricular superior: se origina da aponeurose epicraniana e converge em um tendão fino e plano que se insere na parte superior da orelha. INERVAÇÃO Nervo trigêmeo (NC V): principal responsável pela inervação cutânea (sensitiva) da face e da parte anterossuperior do couro cabeludo. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Possui duas raízes: uma motora e outra sensitiva. É o nervo sensitivo da face e nervo motor dos músculos da mastigação e de vários pequenos músculos. SE DIVIDE EM: ❖ Nervo oftálmico (V1); ❖ Nervo maxilar (V2) ❖ Nervo mandibular (V3) As duas principais divisões (oftálmico e maxilar) são apenas sensitivas. O nervo mandibular é principalmente sensitivo, mas também recebe fibras motoras – que suprem os músculos da mastigação. Nervo oftálmico: NC V1 – divisão superior do trigêmeo. É o menor das três divisões. Nervo completamente sensitivo. Entra na órbita através da fissura orbital superior e TRIFURCA-SE: ❖ Nervo frontal: maior ramo. o Segue ao longo do teto da órbita, em direção à abertura da órbita. o Bifurca-se no meio do caminho para formar os nervos cutâneos supraorbital e supratroclear, distribuídos para a fronte e couro cabeludo. ❖ Nervo nasociliar: ramo intermediário. o Envia ramos para o bulbo do olho. o Divide-se na órbita em nervos etmoidal posterior, etmoidal anterior e infratroclear. ❖ Nervo lacrimal: menor ramo. o Ramo cutâneo. o Tem fibras secretomotoras. Nervo maxilar: NC V2 – divisão intermediária do trigêmeo. Nervo completamente sensitivo. Fornece receptores nervosos para a face abaixo dos olhos e para a região maxilar. ❖ Nervo alveolar superior: importante ramificação do nervo maxilar. Inerva os dentes da arcada superior no interior da cavidade oral. ❖ Nervo zigomático: originado do nervo maxilar, segue até a parede lateral da órbita, dando origem a dois ou três ramos cutâneos do NC V2 – nervos zigomaticofacial e zigomaticotemporal. Leva fibras secretomotoras para o nervo lacrimal. ❖ Nervo infraorbital: originado do nervo maxilar, dá origem a ramos palatinos – ramos para a túnica mucosa do seio maxilar e ramos para os dentes superiores. Chega à pele da face através do forame infraorbital (face inferior da maxila). Nervo mandibular: NC V3 – divisão inferior e maior do trigêmeo. Única divisão do NC V que tem fibras motoras. União das fibras sensitivas e raiz motora do trigêmeo. Possui três ramos sensitivos que suprem a área da pele. Envia fibras motoras para os músculos da mastigação. DIVIDE-SE: ❖ Nervo alveolar inferior: um ramo principal ao nível da mandíbula. Se ramifica no plexo dentário inferior e no nervo mentoniano. Inerva os dentes e a gengiva da arcada dentária inferior com fibras sensitivas. ❖ Nervo lingual: um ramo principal ao nível da mandíbula. Inerva a língua, o assoalho da boca e as glândulas submandibulares e sublinguais com fibras sensitivas do nervo trigêmeo e fibras parassimpáticas da corda do tímpano do nervo facial. ❖ Nervo bucal. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII *Raiz motora do nervo mandibular inerva os músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigóideos medial e lateral). Nervo facial (NC VII): responsável pela inervação motora dos músculos faciais – músculos da expressão facial. Possui duas raízes: uma motora (primária maior) e uma sensitiva (nervo intermédio). ❖ Fibras motoras: músculos platisma, auriculares e do couro cabeludo; ❖ Fibras sensitivas: podem ser gerais, viscerais, somáticas e especiais. O nervo facial inerva os músculos faciais, uma parte da língua e o palato mole, sendo responsável pelo paladar, mucosa do nariz, do ouvido médio e das glândulas lacrimais e salivares. Na glândula parótida, o nervo facial (NC VII) forma o plexo intraparotídeo, dando origem a CINCO RAMOS TERMINAIS: ❖ Ramo temporal: supre os músculos auricular superior e anterior, ventre frontal do músculo occipitofrontal e parte superior do orbicular do olho. ❖ Ramo zigomático: supre a parte inferior do músculo orbicular do olho. ❖ Ramo bucal: supre o bucinador e os músculos do lábio superior. ❖ Ramo marginal da mandíbula: supre o músculo risório, músculos do lábio inferior e o mento. ❖ Ramo cervical: supre o músculo platisma. VASCULARIZAÇÃO Vascularização superficial: a face é ricamente irrigada e drenada por artérias superficiais e veias externas, possibilitando o rubor e a palidez. Os ramos terminais das artérias e veias anastomosam-se livremente. Artérias superficiais: a maioria é derivada da carótida externa. ❖ Artéria facial: principal. Ramos: artérias labiais superior e inferior e artérias angular (nasal lateral). ❖ Artéria temporal superficial: menor ramo da carótida externa. Veias externas: as veias faciais (que seguem com as artérias faciais ou são paralelas) são avalvulares. ❖ Veia facial: drena direta ou indiretamente para a veia jugular interna. o No ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a veia oftálmica superior, que drena para o seio cavernoso. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII DRENAGEM LINFÁTICA A face não tem linfonodos. A linfa da face drena para o anel superficial de linfonodos (submentual, submandibular, parotídeo, mastóideo e occipital – localizado na junção da cabeça e pescoço). ❖ Os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias; ❖ Os vasos linfáticos profundos acompanham as artérias. Todos os casos linfáticos da cabeça e pescoço drenam para os linfonodos cervicais profundos (VJI). ANATOMIA DE SUPERFÍCIE ANATOMIA CLÍNICA Paralisia dos músculos faciais: lesão do NC VII (facial) ou de um de seus ramos causa a paralisia de alguns ou todos os músculos do lado afetado – paralisia de Bell. Gera flacidez e distorção da expressão facial. ❖ Perda do tônus do músculo orbicular do olho: líquido lacrimal não se espalha sobre a córnea > ulceração da córnea. ❖ Enfraquecimento ou paralisia do músculo bucinador e orbicular da boca: acúmulo de alimento no vestíbulo da boca. Neuralgia do trigêmeo: distúrbio da raiz sensitiva do NC V. Desmielinização de axônios na raiz sensitiva, causada por pressão de uma pequena artéria mal posicionada. Gera crises súbitas e golpes excruciantes. ❖ Desencadeada ao tocar a face, fazer a barba, escovar os dentes, mastigar... ❖ Pode durar 15 min ou mais. ❖ A dor pode ser tão intensa que a pessoa treme (tique – espasmo). ❖ Alterações psicológicas. ❖ Mais comum em pessoas de meia idade e idosas. ❖ Tratamento: clínico ou cirúrgico e, em alguns casos, ambos. o Após tratamento cirúrgico, há perda da sensibilidade à dor, temperatura e tato simples. O paciente passa a não reconhecer alimento no lábio ou bochecha. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Lesões do nervo facial: causa paralisia dos músculos faciais (de Bell). Pode ser associada, ou não, à perda do paladar nos dois terços anteriores da língua ou à alteração das glândulas lacrimais e salivares. As lesões perto da origem do NC VII (ponte do encéfalo) causam perda das funções motora, gustatória e autônoma. Causas: inflamação do nervo (infecção viral), fratura do osso temporal, traumatismo craniano contuso, idiopática (exposição ao frio), complicação cirúrgica (parotidectomia) ou manipulação dentária. pé INTRODUÇÃO Tornozelo: formadopelas partes estreita e maleolar da região distal da perna, proximal ao dorso do pé e calcanhar. Pé: distal ao tornozelo, é uma plataforma de sustentação do corpo e tem papel importante na locomoção. Esqueleto do pé: ❖ 7 ossos tarsais; ❖ 5 metatarsais; ❖ 14 falanges. DIVISÕES ANATÔMICAS Retropé: parte posterior do pé. Ossos tálus e calcâneo. Mediopé: parte média do pé. Ossos navicular, cuboide e cuneiformes. Antepé: parte anterior do pé. Ossos metatarsais e falanges. Planta do pé/região plantar: parte que toca o solo. Dorso do pé/região dorsal: parte voltada para cima. Calcanhar/região calcânea: subjacente ao calcâneo. Bola do pé: parte da planta subjacente às cabeças dos dois metatarsais mediais – tem mto problema, recebe mt impacto, principalmente atletas. PELE E TELA SUBCTÂNEA A pele do dorso do pé é muito mais fina e menos sensível do que a pele na maior parte da planta. A tela subcutânea é frouxa profundamente à pele dorsal, por isso o edema é mais acentuado nessa superfície, principalmente no maléolo medial e ao seu redor. A pele sobre as principais áreas de sustentação do pesa da planta (calcanhar, margem lateral e bola do pé) é mais espessa. A tela subcutânea na planta é mais fibrosa do que em outras áreas do pé. Septos fibrosos: ligamentos cutâneos muito desenvolvidos (retináculos da pele) – áreas cheias de gordura, tornando-o um corpo de absorção de choque, principalmente sobre o calcanhar. Os ligamentos cutâneos também fixam a pele à fáscia muscular subjacente (aponeurose plantar), melhorando a inserção da planta. A pele da planta não tem pelos e há muitas glândulas sudoríparas. Toda planta é sensível (cócegas). Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII FÁSCIA MUSCULAR A fáscia muscular do dorso do pé é fina. Nas faces lateral e posterior do pé, a fáscia muscular é contínua com a fáscia plantar. A fáscia plantar tem uma parte central espessa e partes medial e lateral mais fracas. A arte central e espessa da fáscia plantar forma a forte aponeurose plantar. ❖ A aponeurose plantar protege toda a inervação e vascularização. OSSOS Tarso: (parte posterior) retropé + mediopé. ❖ Tálus (articula-se com os ossos da perna). o Osso muito importante de sustentação. o Tem corpo, colo e cabeça. o TRÓCLEA DO TÁLUS: onde se articula a extremidade distal da tíbia. É arredondada no aspecto superior do osso. o CORPO DO TÁLUS: onde está apoiado o calcâneo. o CABEÇA DO TÁLUS: possui uma rede osteoligamentar. o É o único osso tarsal que não tem inserções musculares e tendíneas. ❖ Calcâneo. o É o maior e mais forte osso do pé – de absorção de impacto, por isso tem mta gordura envolvendo-o. o Na posição de pé, o calcâneo transmite a maior parte do corpo do tálus para o solo. o Os dois terços anteriores da face superior do calcâneo articulam-se com o tálus. o A face anterior do calcâneo articula-se com o cuboide. o TRÓCLEA FIBULAR: crista oblíqua na face lateral do calcâneo o TUBEROSIDADE DO CALCÂNEO: parte posterior do calcâneo, possui uma proeminência grande, de sustentação de peso. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Cuboide. o Formato aproximadamente cúbico. o Osso mais lateral da fileira distal do tarso. o TUBEROSIDADE DO CUBOIDE: onde está localizado o sulco do tendão do músculo fibular longo. o Traumas de cuboide tem ruptura de tendão associada, causando maior dor. ❖ Navicular. o Osso achatado, em forma de barco. o Situado entre a cabeça do tálus e os três cuneiformes. o TUBEROSIDADE DO NAVICULAR: local importante para inserção tendínea. o Há pessoas que nascem com um navicular acessório – variação anatômica que pode inflamar, causar dor etc. ❖ Cuneiformes (3) – medial, intermediário e lateral. o cada cuneiforme articula-se com o navicular posteriormente e com a base do seu metatarsal anteriormente. o O cuneiforme lateral tb se articula com o cuboide. Falanges: ❖ São 14: apenas hálux (dedão do pé) possui duas falanges e os demais dedos, três falanges. ❖ Cada falange tem uma base (proximal), um corpo e uma cabeça (distal). ❖ As falanges do hálux são curtas, largas e fortes. ❖ Em pessoas idosas, pode haver fusão das falanges média e distal do dedo mínimo. MÚSCULOS Dos 20 músculos individuais do pé, 14 estão na face plantar, 2 na face dorsal e 4 são intermediários. Os músculos da planta estão organizados em quatro camadas dentro de quatro compartimentos. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII São pouco importantes individualmente, pq o controle fino dos dedos dos pés não é importante para a maioria das pessoas – não tem mta importância clínica. Em vez de produzirem movimento real, são mais ativos na inserção do pé ou no aumento da pressão aplicada contra o solo por várias áreas da planta ou dos dedos para manter o equilíbrio. NERVOS Parte medial: ❖ Nervo safeno: ramo cutâneo do nervo femoral. o Único ramo que se estende além do joelho. o Supre a pele e a fáscia na face anteromedial da perna. o Segue anteriormente ao maléolo medial até o dorso do pé. o Envia ramos articulares para a articulação talocrural. o Supre a pele na face medial do pé anteriormente até a cabeça do metatarsal I. Parte superior (dorso do pé): ❖ Nervo fibular superficial: o Primeiramente, passa entre os músculos fibulares no compartimento lateral da perna. o Emerge como um nervo cutâneo abaixo do segundo compartimento da perna. o Supre a pele na face anterolateral da perna e divide-se em nervos cutâneos dorsais medial e intermediário. o Prosseguem através do tornozelo para suprir a maior parte da pele no dorso do pé. o Ramos terminais > nervos digitais dorsais (metade medial do hálux e dos três dedos e meio laterais). ❖ Nervo fibular profundo: o Primeiramente, supre os músculos do Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII compartimento anterior da perna. o Depois, segue para suprir os músculos intrínsecos no dorso do pé (extensores dos dedos e extensor longo do hálux). o Supre as articulações tarsais e tarsometatarsais. o Emerge como nervo cutâneo – supre as faces do 1º e 2º dedos. Parte inferior (planta do pé): ❖ Nervo plantar medial: ramo no nervo tibial (maior e mais anterior). o Entra na planta do pé passando profundamente ao músculo abdutor do hálux. o Divide-se em 3 ramos sensitivos: nervos digitais plantares próprios – suprem a pele dos 3 dedos e meio mediais. o Supre maior área cutânea, porém, menos músculos, em comparação ao outro ramo terminal do nervo tibial. ❖ Nervo plantar lateral: ramo do nervo tibial (menor e mais posterior). o Segue profundamente ao músculo abdutor do hálux. o Termina quando chega ao compartimento lateral, dividindo-se em ramos superficial e profundo ▪ Ramo superficial – divide-se em dois nervos digitais plantares (comum e próprio) ▪ Ramo profundo – supre 3ª e 4ª camada muscular ▪ Esses ramos inervam todos os músculos da planta não supridos pelo nervo plantar medial. Parte lateral: ❖ Nervo sural: formado pela UNIÃO do nervo cutâneo sural medial (do nervo tibial) e do ramo comunicante sural do nervo fibular comum, respectivamente. o Nível de junção desses nervos é variável, podendo ser alto (fossa poplítea) ou baixo (proximal ao calcanhar) e, as vezes, os ramos não se unem e não há formação de um nervo sural. o O nervo sural acompanha a veia safena parva e entra no pé posteriormente ao maléolo lateral para suprir a articulação talocrural e a pele ao longo damargem lateral do pé. Parte posterior (calcanhar): ❖ Ramos calcâneo lateral e medial dos nervos tibial e sural. ARTÉRIAS São ramos terminais das artérias tibiais anterior e posterior, respectivamente: dorsal do pé e plantar. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Artéria dorsal do pé: continuação direta da artéria tibial anterior. ❖ Começa nos maléolos e segue no sentido anteromedial. ❖ Se divide dando origem a 1ª artéria metatarsal dorsal e uma artéria plantar profunda. o Essa artéria plantar profunda entra na planta do pé e se une a artéria plantar lateral para formar o arco plantar profundo. ❖ Artéria tarsal lateral: ramo da artéria dorsal do pé. o Segue lateralmente em um trajeto curvo sob o músculo extensor curto dos dedos para irrigar esse músculo, os ossos tarsais e as articulações subjacentes. ❖ 1ª artéria metatarsal dorsal divide- se em ramos que suprem os dois lados do hálux e a face medial do 2º dedo. ❖ Artéria arqueada: segue lateralmente através dos 4 metatarsais laterais, profundamente aos tendões dos músculos extensores, até chegar a face lateral do antepé, onde pode anastomosar-se à artéria tarsal lateral para formar uma alça arterial. o Artéria arqueada dá origem às 2ª, 3ª e 4ª artérias metatarsais dorsais. Artérias da planta do pé: derivadas da artéria tibial posterior. ❖ Os ramos terminais seguem profundamente ao músculo abdutor do hálux, como artérias plantares medial e lateral. ❖ Artéria plantar medial: menor ramo terminal da artéria tibial posterior. Suprem, principalmente, os músculos do hálux. ❖ Artéria plantar lateral: segue em sentido lateral e anterior, de início profundamente ao músculo do hálux, depois entre os músculos flexor curto dos dedos e quadrado plantar. o Curva-se medialmente para formar o arco plantar Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII profundo, que é completado pela união da artéria plantar profunda (ramo da dorsal do pé). o O arco plantar profundo dá origem às 4 artérias metatarsais plantares, três ramos perfurantes e muitos ramos para a pele, fáscia e músculos na planta. DRENAGEM VENOSA O pé tem veias superficiais e profundas. As veias profundas são em pares e acompanham as artérias. As veias superficiais são subcutâneas e não são acompanhadas por artérias. As veias perfurantes fazem o desvio de sangue das veias superficiais para as profundas (bomba musculovenosa). Drenagem venosa profunda: ❖ Substancialmente aumentada pela deambulação (devido a compressão e atividade dos músculos intrínsecos do pé). o Promoção do fluxo arco plantar profundo para a veia tibial posterior. ❖ Compressor pneumático intermitente: pós cirúrgicos e contraindicação de anticoagulação. o Reduz risco de TVP. Drenagem venosa superficial: ❖ Veias digitais dorsais ❖ Veias metatarsais dorsais ❖ Veias digitais plantares o Todas elas drenam para o arco venoso dorsal do pé (na tela subcutânea) ❖ Rede venosa plantar > drenam a parte medial do pé e convergem para a rede venosa dorsal > formam a veia marginal medial > se torna a veia safena magna. ❖ Rede venosa plantar > drenam a parte lateral do pé e convergem para a rede venosa dorsal > formam a veia marginal lateral > se torna a veia safena parva. DRENAGEM LINFÁTICA Começam em plexos subcutâneos e acompanham as veias superficiais. Vasos linfáticos superficiais: são mais numerosos na planta do pé. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Vasos linfáticos superficiais mediais: drenam a face medial do dorso e planta do pé. o Convergem para a veia safena magna e acompanham-na até o grupo de linfonodos inguinais superficiais > linfonodos inguinais profundos (que estão ao longo da veia proximal). ❖ Vasos linfáticos superficiais laterais: drenam a face lateral do dorso e planta do pé. o Acompanham a veia safena parva até a fossa poplítea, entrando nos linfonodos poplíteos. ❖ Vasos linfáticos profundos: seguem a veia fibular, tibial anterior e posterior, poplítea e femoral. o Transportam a linfa até os linfonodos inguinais profundos > linfonodos ilíacos. ANATOMIA CLÍNICA Fasciite plantar: inflamação da fáscia plantar. ❖ Dor na face plantar e calcanhar. ❖ Dor mais intensa depois da pessoa sentar ou ao caminhar pela manhã. ❖ Desaparece após 5-10 min de atividade e reaparece no repouso. ❖ Causada por esforço repetitivo (corrida, exercícios aeróbicos de alto impacto). o Uso de calçado impróprio para a prática da atividade física ❖ Problema comum em corredores (parte posterior do pé) e em atletas. Infecções do pé: extremamente comum! (principalmente pcts de zona rural, sem calçados apropriados ou higiene precária) ❖ Comuns em estações, climas e culturas em que os calçados são menos usados. ❖ Uma ferida puntiforme negligenciada pode causar infecção profunda extensa, causando edema, dor e febre. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Costuma localizar-se entre as camadas musculares. ❖ Incisão cirúrgica e drenagem. ❖ Diabéticos. Contusão do músculo extensor curto dos dedos: os músculos ECD e ECH não tem grande importância. ❖ Clinicamente, precisamos conhecer sua localização para diferenciar uma contusão e distensão das fibras musculares e dos vasos sanguíneos, que resultam em hematoma e edema no maléolo lateral x entorse grave do tornozelo. o Raio X exclui o diagnóstico, mas é possível verificar no exame físico – palpação. Reflexo plantar: raízes dos nervos L4, L5, S1 e S2. ❖ Exame neurológico de rotina. ❖ Face lateral da planta do pé: objeto rombo > do calcanhar até a base do hálux em movimento firme e contínuo. o Não deve ser doloroso nem causar cócegas. ❖ Resposta normal: flexão dos dedos. ❖ Resposta anormal: leve afastamento em leque dos 4 dedos laterais e extensão do hálux. o SINAL DE BABINSKI: lesão neurológica ou doença cerebral, exceto em recém- nascidos/lactentes. Palpação da artéria dorsal do pé: exame físico do sistema vascular periférico. ❖ Pés em ligeira dorsiflexão. ❖ Artérias dorsais do pé são subcutâneas. ❖ Diminuição ou ausência do pulso dorsal do pé geralmente sugerem insuficiência vascular decorrente de doença arterial. ❖ 5 Os da oclusão arterial aguda: o Pain (dor); o Palidez; o Parestesia; o Paralisia; o Pulso ausente. ❖ Pulsos dorsais impalpáveis bilateral em adulto saudável pode ser congênito – clínica é soberana, se está bem perfundido e sem sintomas, pode ser normal. Feridas hemorrágicas na planta do pé: feridas perfurantes da planta do pé afetam o arco plantar profundo. ❖ Hemorragia grave. ❖ A ligadura do arco profundo é difícil devido sua profundidade e estruturas que o circundam. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII pescoço CONSIDERAÇÕES GERAIS Relativamente delgado (flexibilidade). Estruturas importantes aglomeradas: músculos, glândulas, artérias, veias, nervos, vasos linfáticos, traqueia, esôfago e vértebras. Região de vulnerabilidade. Estruturas vitais sem proteção óssea. Principal fluxo sanguíneo arterial para a cabeça e o pescoço – carótidas. Principal drenagem venosa – veias jugulares. ❖ Principais estruturas lesadas por instrumentos penetrantes. Plexos braquiais se originam no pescoço. OSSOS Vértebras cervicais: sete vértebras. ❖ Quatro típicas (3 a 6): corpo vertebral pequeno e mais longo no sentido laterolateral; forame vertebral é grande e triangular; forames transversários (para os vasos vertebrais); processos espinhosos curtos. ❖ Três atípicas (C1, C1, C7). Hioide: nível davértebra CIII. ❖ Suspenso por músculos, que o unem à mandíbula, aos processos estiloides, à cartilagem tireóidea, ao manúbrio do esterno e às escápulas. ❖ Separado do restante do esqueleto, não articulando com nenhum outro osso. ❖ Funcionalidade: local de inserção para músculos anteriores do pescoço e suporte para manter a via respiratória aberta. Manúbrio do esterno. Clavículas. FÁSCIA As estruturas do pescoço são circundadas por uma camada de tela subcutânea e divididas em compartimentos por camadas de fáscia cervical. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Tela subcutânea cervical: camada de tecido conjuntivo adiposo situada entre a derme e lâmina superficial da fáscia cervical. É fina, sobretudo na parte posterior. Contém nervos cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, linfonodos superficiais e quantidades variáveis de gordura. Platisma: parte anterolateral. ❖ Lâmina fina e larga de músculo na tela subcutânea do pescoço. ❖ Suprido por ramos do nervo facial. ❖ Profundamente ao platisma: VJE e principais nervos cutâneos do pescoço. ❖ Cobre a face anterolateral do pescoço. ❖ Tensiona a pele, produzindo sulcos cutâneos verticais e liberando a pressão sobre as veias superficiais. ❖ Ajuda a abaixar a mandíbula e os ângulos da boca. Fáscia cervical: é formada por três lâminas: ❖ Superficial; ❖ Pré-traqueal; ❖ Pré-vertebral. *As 3 lâminas formam planos de clivagem naturais (os tecidos podem ser separados durante cirurgia) e limitam a disseminação de abcessos. Sustentam as vísceras cervicais, os músculos, vasos e linfonodos profundos. Bainha carótica: condensação da fáscia cervical ao redor das artérias caróticas, VJI e nervos vagos. Lâmina superficial da fáscia cervical: circunda todo o pescoço, profundamente à pele e à tela subcutânea. Divide-se em partes SUPERFICIAL e PROFUNDA, para envolver os músculos trapézio e ECM. ❖ Locais de inserção: o Linhas nucais superiores do occipital; o Processos mastoides dos temporais; o Arcos zigomáticos; o Margem inferior da mandíbula; o Hioide; o Processos espinhosos das vértebras cervicais. ❖ Na parte inferior, fixa-se: manúbrio do esterno, clavículas, acrômios e espinhas das escápulas. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Lâmina pré-traqueal da fáscia cervical: limitada à parte anterior do pescoço. ❖ Estende-se inferiormente do hioide até o tórax, onde se funde ao pericárdio fibroso. ❖ Inclui uma parte muscular fina (reveste os músculos infra- hioideos) e uma parte visceral (reveste a tireoide, traqueia e esôfago). Lâmina pré-vertebral da fáscia cervical: fixada à base do crânio superiormente. Na parte inferior, funde-se à fáscia endotorácica (vértebra T3). ❖ Estende-se lateralmente como a bainha axilar (circunda os vasos axilares e plexo braquial). Espaço retrofaríngeo: virtual, tecido conjuntivo frouxo. Permite o movimento da faringe, esôfago, laringe, traqueia, em relação a coluna vertebral, durante a deglutição. ❖ Fáscia alar: subdivisão do espaço retrofaríngeo, estende-se em sentido lateral e termina na bainha carótica. REGIÕES CERVICAIS Região Esternocleidomastoidea: VJE, nervo auricular magno, nervo cervical transverso. ❖ Fossa supraclavicular menor: parte inferior da VJI. Região cervical posterior. Região Suboccipital: parte da VJE, nervo acessório, troncos do plexo braquial, linfonodo cervical, artéria cervical transversa. Região cervical lateral: ❖ Trígono occipital: VJE, plexo cervical, artéria cervical transversa, linfonodo cervical. ❖ Trígono ornoclavicular: parte da artéria subclávia, parte da veia subclávia, artéria supraescapular, linfonodos supraclaviculares. ARTÉRIAS NA REGIÃO CERVICAL LATERAL: ❖ Ramos laterais do tronco tireocervical; ❖ Terceira parte da artéria subclávia; ❖ Artéria supraescapular – supre músculos na parte posterior da escápula; ❖ Artéria cervical transversa – bifurca-se em ramo superficial (a. cervical superficial) e profundo (a. dorsal da escápula); ❖ Artéria subclávia – envia sangue para os MMSS o Sangramento no membro superior: comprimir a artéria subclávia contra a costela I. VEIAS NA REGIÃO CERVICAL LATERAL: ❖ VJE: começa imediatamente inferior à orelha, termina na subclávia. Drena a maior parte do couro cabeludo e região lateral da face. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Veia subclávia: principal canal venoso que drena os MMSS. Une- se com a VJI para formar a veia braquicefálica. NERVOS NA REGIÃO CERVICAL LATERAL: ❖ Nervo acessório: profundamente ao ECM. ❖ Raízes do plexo braquial: aparecem entre os músculos escalenos anterior e médio. o Os cinco ramos do nervo se unem para formar os 3 troncos do plexo braquial, que descem através da região cervical lateral. Em seguida, o plexo passa entre a costela I, clavícula e a margem superior da escápula até entrar na axila. ❖ Nervo supraescapular: se origina do plexo braquial, supre músculos da parte posterior da escápula. Envia ramos articulares para o ombro. ❖ Plexo cervical: situa-se anteromedialmente aos músculos levantador da escápula e escaleno médio, e profundamente ao ECM. Possui ramos cutâneos (sensitivos) e profundos (motores). o Ramos cutâneos (margem posterior do ECM) – denominado ponto nervoso do pescoço (supre a pele do pescoço). LINFONODOS NA REGIÃO CERVICAL LATERAL: a linda dessa região entra nos linfonodos cervicais superficiais situados ao longo da VJE, superficialmente ao ECM. Linfonodos cervicais profundos situam-se ao longo da VJI. Região cervical anterior: é dividida em 4 trígonos (trígono submentual ímpar e 3 pares de trígonos pequenos – submandibular, carótico e muscular). ❖ Trígono submentual: o Área supra-hioidea. o Ápice: sínfise da mandíbula. o Base: osso hioide. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII o Contém vários pequenos linfonodos submentuais e pequenas veias que se unem para formar a VJ anterior. ❖ Trígono submandibular: glândula submandibular, linfonodos submandibulares, nervo hipoglosso, partes de artérias e veias faciais. o Área glandular entre a margem inferior da mandíbula e os ventres do músculo digástrico. o A glândula submandibular preenche quase totalmente esse trígono. o Linfonodos submandibulares: situados de cada lado da glândula e ao longo da margem infe rior da mandíbula. ❖ Trígono carótico: artéria carótida comum, VJI, nervo vago, artéria carótida externa, nervo hipoglosso, nervo acessório, tireóide. o Área vascular. o Artéria carótida comum ascende até o seu interior. o No nível da margem superior da cartilagem tireóidea, a carótida comum se divide em interna e externa. o Estão localizados, no trígono carótico: ▪ Seio carótico: parte proximal da carótida interna. É um barorreceptor (reage a alterações da PA) ▪ Glomo carótico: massa de tecido ovoide marrom avermelhada, situada na face medial da bifurcação da carótida. É um quimiorreceptor (monitora o nível de O2 no sangue). o Bainha carótica: artérias carótidas medialmente, VJI lateralmente, nervo vago posteriormente. o Muitos linfonodos cervicais profundos situam-se ao longo da bainha carótica e da VJI. ❖ Trígono muscular (ornotraqueal). ARTÉRIAS NA REGIÃO CERVICAL ANTERIOR: ❖ Artéria carótida comum e seus ramos: o Artéria carótida direita: começa na bifurcação do tronco braquiocefálico. Outro ramo desse tronco é a artéria subclávia. o Artéria carótida esquerda: a partir do arco da aorta, ascende até o pescoço. Tem um trajeto de cerca de 2cm no mediastino superior, antes deentrar no pescoço. o Artéria carótida interna: são continuações diretas, no nível da margem superior da cartilagem tireóidea. Entram no crânio através dos canais caróticos (região temporal) e tornam-se as principais artérias do encéfalo. o Artéria carótida externa: suprem a maioria das estruturas externas ao crânio. Na glândula parótida, divide-se em dois ramos (maxilar e temporal superficial). Antes dos ramos terminais, seis artérias originam-se da externa (faríngea ascendente, occipital, auricular posterior, tireóidea superior, lingual e facial). Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII OBS: artéria carótida interna não emite ramos no pescoço, enquanto a externa emite vários. VEIAS DA REGIÃO CERVICAL ANTERIOR: a maioria são tributárias da VJI. ❖ VJI drena sangue do encéfalo, da região anterior da face, das vísceras cervicais e dos músculos profundos do pescoço. ❖ Bulbo superior da VJI: dilatação em sua origem. ❖ A VJI está na face lateral da bainha carótica. ❖ VJI une-se a veia subclávia para formar a braquiocefálica. ❖ A extremidade inferior da VJI dilata-se para formar o bulbo inferior da VJI: possui um par de válvulas que permitem o fluxo de sangue em direção ao coração e impedem o refluxo para a veia, no caso de uma inversão (cabeça para baixo – aumento da pressão intratorácica). NERVOS NA REGIÃO CERVICAL ANTERIOR: ❖ Nervo cervical transverso (C2 e C3): supre a pele que cobre a região cervical anterior. ❖ Nervo hipoglosso: nervo motor da língua, entra no trígono submandibular profundamente, passa entre a artéria carótida externa e a veia jugular. ❖ Ramos do nervo glossofaríngeo e vago: o Localizados nos trígonos submandibular e carótico. o Glossofaríngeo: relacionado com a língua e faringe. o Nervo vago no pescoço: da origem aos ramos faríngeos, laríngeo e cardíaco. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII MÚSCULOS DA REGIÃO CERVICAL ANTERIOR: ANATOMIA DE SUPERFÍCIE ARTÉRIAS, VEIAS E NERVOS DA RAIZ DO PESCOÇO Artérias: ❖ Trono braquiocefálico: maior ramo do arco da aorta. Divide-se em carótida comum e subclávia direita. ❖ Artérias subclávias: suprem os MMSS, também envia ramos para o pescoço e encéfalo. o Direita: origem no tronco braquiocefálico. o Esquerda: origem no arco da aorta. o Situam-se posteriormente à parte média das clavículas. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Ao cruzarem a margem externa das primeiras costelas, tornam-se artérias axilares. o As cúpulas da pleura, os ápices do pulmão e os troncos simpáticos situam-se posteriormente às artérias. Veias: duas grandes veias que terminam na raiz do pescoço – VJE e VJA. ❖ VJE: drena sangue recebido do couro cabeludo e face. ❖ VJA: geralmente a menor das veias jugulares. ❖ Veia subclávia: continuação da veia axilar. Começa na margem lateral da costela I e termina quando se une a VJI. Geralmente tem apenas uma tributária (VJE). ❖ VJI: une a veia subclávia para formar a veia braquiocefálica. Essa união é denominada ÂNGULO VENOSO e é o local onde o ducto torácico (lado esquerdo) e o tronco linfático direito drenam a linfa recolhida de todo o corpo para a circulação venosa. Nervos: Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ANATOMIA CLÍNICA Cervicalgia: várias causas (inflamação de linfonodos, distensão muscular, protusão dos discos intervertebrais) ❖ Linfadenopatia cervical: pode indicar um tumor maligno na cabeça. o Câncer primário pode estar no tórax ou abdome. o Pescoço une cabeça ao tronco. o Ex: câncer de pulmão pode enviar metástases através do pescoço para o crânio. Cervicalgia crônica: anormalidades ósseas (ex: osteoartrite cervical) ou traumatismo. Lesões da coluna vertebral cervical: fraturas e luxações das vértebras cervicais podem causar lesão na medula espinal ou das artérias vertebrais e plexos simpáticos que atravessam os forames transversários. Fratura do hioide: ocorre em pessoas estranguladas com as mãos. Compressão da parte oral da faringe. Afundamento do corpo do hioide sobre a cartilagem tireóidea. ❖ Incapacidade de elevar o hioide e de movimentá-lo anteriormente sob a língua dificulta a deglutição e a manutenção da separação dos sistemas digestório e respiratório. o Pneumonia por aspiração. Punção da veia subclávia: ponto de entrada para acessos venosos centrais (comuns, alto fluxo e Swan-Ganz). ❖ Administração de soluções parenterais; ❖ Aferição de PVC; ❖ Colocar o polegar de uma das mãos na parte média da clavícula e o dedo indicador na incisura jugular no manúbrio. ❖ Pneumotórax; ❖ Punção da artéria subclávia. Punção da VJI: fins diagnósticos e terapêuticos. ❖ Preferida: maior e mais reta. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ❖ Palpar a carótica comum: introduz agulha na VJI imediatamente lateral a ela, ângulo de 30º. Dilatação da VJE: quando a pressão venosa está na faixa normal, geralmente um pequeno segmento da VJE é visível acima da clavícula. Porém, quando a pressão venosa aumenta, a veia fica proeminente em todo o trajeto ao longo da face lateral do pescoço. ❖ É um sinal de: o Insuficiência cardíaca; o Obstrução da VCS; o Linfadenopatia supraclavicular; o Aumento da pressão intratorácica. Lesões do nervo acessório (NC XI): traumatismo penetrante (arma branca, PAF), procedimentos cirúrgicos na região cervical lateral, linfonodos cervicais cancerosos, fraturas do forame jugular (onde NC XI sai do crânio). ❖ Geralmente não causa posição anormal da cabeça; ❖ Causam fraqueza e atrofia do trapézio, comprometendo os movimentos do pescoço. ❖ Lesão nervosa iatrogênica MAIS COMUM. Obstrução da artéria carótida e endarterectomia: ❖ Sinais e sintomas: dependem do grau de obstrução. ❖ Oclusão parcial: podem causar AIT, perda focal súbita da função neurológica – que desaparece em 24h. ❖ AVC: mais que 24h, mas pode desaparecer em 3 semanas. ❖ Doppler colorido. ❖ Endarterectomia carotídea: retirada da placa aterosclerótica (usar fármacos pós cirúrgicos que inibam a formação de coágulos) ❖ Risco de lesão dos nervos cranianos IX, X, XI e XII. Proliferação celular – 2º ano | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Pulso carotídeo: face lateral do pescoço. Sulco entre a traqueia e os músculos infra-hioides. Nível da margem superior da cartilagem tireóidea. ❖ Avaliado durante a RCP. Abcesso retrofaríngeo: intervenção cirúrgica. Espaço perigoso:
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