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Embargos de Declaração

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃOEmbargos de Declaração
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATGS 1022 A 1026 CPC
		1-CONCEITO E HIPÓTESES.
“São o recurso interposto perante o mesmo juízo em que se proferiu a decisão recorrida, visando aclara-la ou melhor esclarece-la, por que padece de obscuridade, contradição, omissão, ou ainda erro material a ser corrigido.”
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
Recurso diferente de todos que vimos, em relação a terminologia, sempre se fala “os embargos de declaração” sempre no plural, por isso conceito em plural, pois se refere aos embargos de declaração.
EMBARGANTE: QUEM EMBARGA
EMBARGADO: CONTRA QUEM
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
II - por meio de embargos de declaração.
Quando o juiz profere uma sentença, qualquer que seja a instancia, ele esgota a sua função jurisdicional prioritária, que é entregar a tutela jurisdicional, no mundo dos recursos, os embargos são cabíveis em QUALQUER decisão, perante o mesmo juízo que proferiu a decisão.
Ex.: ação de indenização, em que o autor pede condenação do réu a pagar danos materiais e danos morais, o juiz julga procedente o pedido, mas não fundamenta o porquê condenou o réu a pagar os danos morais, e a sentença não é clara de como o juiz chegou a esse valor, é omissa e obscura, ou se por exemplo falou que o autor tem razão completamente e julgou parcialmente procedente, contraditória
Obscuridade: falta de clareza
Omissão: Lacuna
Contradição: Falta de coerência.
A Hipótese de cabimento estão nos 3 incisos, sendo que o III é uma novidade OCO (obscuridade, contradição e omissão) e para corrigir erro material.
A omissão, obscuridade ou contradição tem que ser interna, ou seja, dentro da própria decisão, eu não posso entrar com embargos e falar 	que a sentença está contraditória com a prova, isso seria apelação.
		2- FINALIDADE RECURSAL. CRITERIO LEGAL NÃO EXAUSTIVO PARA DEFINIR OMISSÃO. POSSIBILIDADE EXCEPCIONAL DE EFEITO INFRIGENTE.
Embargos de declaração não tem efeito infringente, ou seja, em regra, não mudam o conteúdo da sentença ou decisão. A finalidade é integrativa e não modificativa, tem fim de arrumar o resultado e não modificar, se eu quiser modificar o recuso é a apelação.
Acontece que, excepcionalmente, na tentativa de aclarar, ou caso esteja omissa, contraditória ou para corrigir erro material, seja necessário mudar a sentença ou decisão, esse efeito infringente (modificativo) é um efeito excepcional, pois não ocorre sempre de se mudar a sentença.
		3-PRAZO E CONTRADITÓRIO EXPRESSAMENTE FACULTATIVO.
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Não tem preparo, único recurso que tem prazo distinto de 5 dias, não se sujeitam a preparo, o órgão que vai julgar é o mesmo que já julgou.
O contraditório é expressamente facultativo, só se ele perceber que o juiz vai mexer na decisão e vai modificar o resultado da sentença.
Ainda que sua sentença tenha OCO, se não vai modificar a sentença, não é necessário o contraditório.
Professor entende que “opor” embargos é errôneo, continuar usando Interpor.
		4-PRAZO PARA O JUIZO DECIDIR. FUNGIBILIDADE E SIMULTANIEDADE DE RECURSOS.
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o.
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Nos recursos a fungibilidade só é aceita, só existe quando a lei prevê, como nesse caso.
§1º ex.: se o relator tem que julgar um acordão e um embargos, ele julga os embargos primeiro, pois é uma decisão que ele já proferiu.
§2º se o relator tomar uma decisão monocrática e nele tiver embargos, ele mesmo vai arrumar.
§3º Fungibilidade, entrou com embargos mas na verdade o correto seria agravo de instrumento, se o juiz entender que seria esse o recurso cabível, dará um prazo de 5 dias para o recorrente complementar as razões legais do Art 1021.
§4º Ex.: saiu uma sentença, tenho 15 dias para apelar, e 5 dias para entrar com embargos, tenho uma simultaneidade de recursos, A entra com apelação, B com embargos, caso o acolhimento dos embargos aplique modificação (efeito infringente), o embargado que já tiver interposto outro recurso, tem direito de alterar ou acrescentar sua decisão.
§5º Se não houver alteração a apelação vai ser julgada independentemente.
		5-INCLUSÃO DOS ARGUMENTOS DO EMBARGANTE COMO PRE QUESTIONAMENTO.
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
No REX e RESP, veremos que um dos requisitos de admissibilidade é o pre questionamento, sentença proferida em 1ª instancia, vai ao tribunal, se eu quiser levar ao STF (REX) ou ao STJ (RESP) tem que ter um pre questionamento de questão federal (RESP) ou constitucional (REX), não se pode inovar.
Se eu quero pre questionar alguma questão constitucional mesmo que não caiba embargos, eu posso utiliza-lo, para depois levar para o STF ou STJ, não posso chegar nesses superiores se as questões constitucionais ou federais não forem questionadas anteriormente.
		6-EFEITO E INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO DE OUTRO RECURSO. RECURSO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multaserá elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
Não tem efeito suspensivo, e interrompe o prazo para interposição de outro recurso.
§1º pode ter efeito suspensivo se demonstrar o periculum in mora.
§2º manifestamente protelatório, ou seja, feito para enrolar. Legislador adotou uma postura rígida, pois fez um código para más profissionais, mas dá uma engrossada, entrei com embargos, juiz rejeitou, não fiquem entrando com mais embargos protelatórios, se for o caso entre logo com a apelção.
“reiterar” significa entrar com diversos embargos sob a mesma sentença, diversas vezes.
Ana Bonfim- Processo Civil							2

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