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Maria Seiane - Medicina Tuberculose DEFINIÇÃO A tuberculose é uma doença granulomatosa crônica contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Acomete, geralmente, os pulmões, mas pode afetar qualquer órgão ou tecido (miliar). A tuberculose é de longe a mais importante entidade no espectro das pneumonias crônicas; o A pneumonia crônica é frequentemente uma lesão localizada e ocorre em pacientes imunocomprometidos, com ou sem envolvimento dos linfonodos regionais. Tipicamente, há uma inflamação granulomatosa bacteriana ou fúngica; Se não for tratada, a doença pode ser fatal em 5 anos em 50 a 65% dos casos. FATORES DE RISCO A tuberculose prospera em condições de pobreza, idade avançada, aglomeração e doença debilitante crônica. Condições que alteram as defesas do hospedeiro, como desnutrição, AIDS e alcoolismo; Certos estados mórbidos também aumentam o risco: diabetes melito, linfoma tipo Hodgkin, doença pulmonar crônica (particularmente silicose), insuficiência renal crônica, má nutrição, alcoolismo e imunossupressão; TRANSMISSÃO A transmissão se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa pulmonar ou laríngea. As gotículas exaladas (gotículas de Pflüger) rapidamente se tornam secas e transformam-se em partículas menores; Essas partículas menores (núcleos de Wells), contendo um a dois bacilos, podem manter-se em suspensão no ar por muitas horas e são capazes de alcançar os alvéolos, onde podem se multiplicar e provocar a chamada primo-infecção; Outras vias: pele e placenta, são raras e desprovidas de importância epidemiológica. Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel na transmissão. O termo “bacilífero” refere-se a pessoas com TB pulmonar ou laríngea que tem baciloscopia positiva no escarro. o Têm maior capacidade de transmissão, entretanto pessoas com outros exames bacteriológicos como cultura e/ou Teste Rápido Molecular da Tuberculose (TRM-TB) positivos também podem transmitir; O bacilo é sensível à luz solar, e a circulação de ar possibilita a dispersão de partículas infectantes. Com isso, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão. ETIOPATOGÊNESE AGENTE ETIOLÓGICO: Doença infecciosa causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum (isolado de casos na África Ocidental, Central e Oriental), M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae; As do complexo Mycobacterium avium, são menos virulentas e raramente causam doença em imunocompetentes - acometem em 10-30% dos pacientes com AIDS. Em alguns locais, o M. bovis pode ter relevância como agente etiológico da TB, com maior frequência da forma ganglionar e outras extrapulmonares. Maria Seiane - Medicina o Tuberculose orofaríngea e intestinal o A ocorrência é mais comum em locais que consomem leite e derivados não pasteurizados; em em áreas rurais e em profissionais do campo (veterinários, ordenhadores, funcionários de matadouros, entre outros); o Resistente à pirazamida; Em saúde pública, a espécie mais importante é a M. tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch (BK); Mycobacterium ou micobactéria: o Bacilos aeróbicos (tropismo por locais ricos em O2 – pulmões e rins) delgados; o Imóveis; o Parede celular – similar a gram positiva – rica em lipídeos e sem membrana externa; São ácidos micólicos ligados a arabinogalactanos e peptideoglicanos - lhe confere baixa permeabilidade, reduz o efeito da maioria dos antibióticos e facilita sua sobrevida nos macrófagos; Possuem uma superfície hidrofóbica – resistente a álcool e a detergente; Resistente a desinfetantes e métodos de coloração; Álcool-ácido resistentes (coram-se pela técnica de Ziehl-Neelsen [fucsina carbol] e subsequentemente resistem à descoloração); Elevado conteúdo de G + C no DNA o Não formam esporos; o Fatores de virulência: Possui LAM (lipoarabinomanana): estimula resposta antigênica e ajuda a fugir na resposta imune; Fator corda: as espécies mais virulentas produzem (forma um “rolo de barbante”), altera o processo de respiração e fosforilação e impede a migração de leucócitos; ESAT-6: inibe ITL-12 e interferon; Possuem crescimento lento - Parede celular complexa + MO fastidioso; o Interfere no diagnóstico e tratamento – cultura demora a testar +; Os seres humanos são o único reservatório natural; Classificação do gênero Mycobacterium o Acidorresistência; ácido micótico; Elevado conteúdo de G+C no DNA FISIOPATOLOGIA No momento da exposição, M. tuberculosis entra pelas vias aéreas respiratórias e partículas infecciosas penetram nos alvéolos, onde são fagocitadas pelos macrófagos alveolares; M. tuberculosis evita a fusão do fagossoma com o lisossoma (pelo bloqueio da molécula específica que Maria Seiane - Medicina faz esta ligação, autoantígeno 1 do endossoma primário [EEA1]). Ao mesmo tempo, o fagossoma se funde com outras vesículas, permitindo acesso a nutrientes e facilitando a replicação no vacúolo. A bactéria fagocitada evade a morte no macrófago mediada pelos intermediários reativos do nitrogênio, formados entre o óxido nítrico e ânions superóxido, através da catabolização dos oxidantes formados; Nessa primeira fase (3 primeiras semanas) há proliferação bacilar e espaços aéreos com bacteremia e nidação de múltiplos locais; o Apesar da bacteremia, a maioria das pessoas nessa fase é assintomática ou apresenta doença similar a uma gripe discreta. OBS: Em algumas pessoas com polimorfismo do gene NRAMP1 (natural resistance-associated macrophage protein 1), a doença pode progredir desse ponto sem, no entanto, uma resposta imune efetiva. O NRAMP1 é uma proteína transportadora de íon transmembrana encontrada em endossomos e lisossomos que, acredita-se, contribua para o efeito microbicida. Desenvolvimento de imunidade mediada por células (após 3 semanas) que confere resistência ao organismo e resulta no desenvolvimento de hipersensibilidade tecidual aos antígenos tuberculares; o As características da tuberculose, como os granulomas caseosos e as cavitações, são resultantes da hipersensibilidade destrutiva tecidual que faz parte da resposta imune. Os antígenos micobacterianos processados alcançam os linfonodos de drenagem e são apresentados a linfócitos T CD4 pelas células dendríticas e macrófagos. Em resposta à infecção por M. tuberculosis, os macrófagos secretam interleucina-12 (IL-12) e fator de necrose tumoral-α (TNF-α). Essas citocinas aumentam a inflamação localizada por meio do recrutamento de células T e células natural killer (NK) para a área dos macrófagos infectados, induzindo a diferenciação das TH0 em células TH1 (células T auxiliadoras), com subsequente secreção de interferon-γ (IFN-γ). Na presença de IFN- γ, os macrófagos infectados são ativados, levando ao aumento da fusão fagossoma-lisossoma e morte intracelular; o Macrófagos ativados liberam/expressão mediadores: TNF: recruta monócitos que sofrem ativação e diferenciação em “histiócitos epitelioides”, tendem a se aglomerar e a formar sincícios, originando células gigantes multinucleadas que caracterizam a resposta granulomatosa; Expressão do gene de óxido nítrico sintetase induzível (iNOS), que eleva os níveis de óxido nítrico e a atividade antibacteriana no local da infecção; leva a destruição oxidativa de diversos constituintes micobacterianos compreendidos entre a parede celular até o DNA; Geração de EROs - antibacterianoso A produção diminuída de IFN-γ ou TNF-α, ou aqueles que apresentam defeitos nos receptores, estão em maior risco de gravidade. Formação do granuloma para evitar a disseminação da bactéria - Macrófagos, células epitelioides e linfócitos T causam a morte dos bacilos dentro; Com a morte dos bacilos e o controle da multiplicação bacteriana, o granuloma segue o curso natural de reparação de toda reação inflamatória, que é sua colagenização induzida pelo fator de crescimento de fibroblastos (FGF) secretado por macrófagos. Com isso, a lesão entra em processo de cicatrização, hialinização e calcificação. Pequena carga antigênica: o granuloma formado será pequeno e a bactéria será destruída com dano tecidual mínimo; Maria Seiane - Medicina Número grande de bactérias: forma granulomas grandes necróticos ou caseosos tornam-se encapsulados com fibrina, que efetivamente protege a bactéria da morte pelos macrófagos; A bactéria pode permanecer dormente neste estágio ou pode ser reativada anos mais tarde, quando a responsividade imunológica do paciente diminui como resultado da idade avançada ou de doença ou terapia imunossupressora, caracterizando a tuberculose secundária. Caso os bacilos cheguem a corrente sanguínea podem se disseminar em outros órgãos (Tuberculose disseminada/miliar); TIPOS TUBERCULOSE PRIMÁRIA (PRIMO-INFECÇÃO) É a forma da doença que se desenvolve em pacientes não expostos, não sensibilizados; crianças; Pessoas idosas e pacientes imunossuprimidos podem perder a sensibilidade ao bacilo e desenvolver tuberculose primária mais de uma vez; As lesões são causadas por resposta ao bacilo; Comum se localizar no terço superior do pulmão/ porção inferior do lobo superior ou porção superior do lobo inferior, usualmente próximo à pleura; Na maioria dos indivíduos, a tuberculose primária é assintomática e tem evolução “benigna”. TUBERCULOSE SECUNDÁRIA (PÓS PRIMO-INFECÇÃO) Surge em hospedeiros previamente sensibilizados. adolescente e adulto jovem; Pode ser logo após a primária, porém, mais comumente, surge da reativação de lesões primárias dormentes após a infecção inicial, particularmente na queda de resistência do hospedeiro. Também pode surgir após a reinfecção exógena devido à queda na proteção proporcionada; Localiza-se no ápice de um ou ambos os lobos superiores - pode ser relacionada com a alta pressão parcial de oxigênio; A ocorrência de cavitação na forma secundária é rápida, induzindo à erosão e disseminação aerógena; ASPECTOS MORFOLÓGICOS MACROSCÓPICOS Primária: Foco de Ghon: caracterizado por uma área de consolidação inflamatória cinza-branca, na maioria dos casos, o centro sofre necrose caseosa; Os bacilos da tuberculose, livres ou no interior de fagócitos, seguem via drenagem linfática para os linfonodos regionais que também sofrem caseificação. A combinação de lesão parenquimatosa e linfonodal é denominada complexo de Ghon; Com o controle da infecção o complexo sofre fibrose progressiva, seguida de calcificação detectável radiologicamente (complexo de Ranke); A lesão pode alcançar a parede de um brônquio e o material caseoso é eliminado (via brônquica), formando a cavidade/cavernas – principalmente no ápice; Maria Seiane - Medicina No interior das cavernas, os bacilos proliefram e se disseminam por via broncogênica para outras áreas dos pulmões. Secundária: O foco inicial do parênquima sofre encapsulamento fibroso progressivo, deixando apenas cicatrizes fibrocalcificadas; Disseminação pelas vias aéreas e vasculares; Tuberculose pulmonar progressiva: o A lesão apical aumenta com a expansão da área de caseificação. o A cavidade irregular é forrada por material caseoso e grosseiramente circundada por tecido fibroso; o Erosão dos vasos – hemoptise; o Se o tratamento é inadequado ou se as defesas do hospedeiro são prejudicadas, a infecção pode se espalhar, por meios de disseminação através das vias aéreas, canais linfáticos ou sistema vascular. Forma miliar – ocorre quando há drenagem linfática, esvaziando no lado direito do coração, daí para as artérias pulmonares. As lesões são microscópicas, de consolidação branco amarelado disperso através do parênquima pulmonar (milho miúdo). Tuberculose laríngea, endotraqueal e endobrônquica: pode se desenvolver quando material infeccioso é disseminado através dos canais linfáticos ou é expectorado. Tuberculose em órgão isolado: Quando as vértebras são afetadas, a condição é referida como doença de Pott. Tuberculose miliar sistêmica: A lesão pode alcançar a parede de um vaso sanguíneo e despejar bacilos na corrente sanguínea; SNC, ossos, articulações e sistema genitourinário; MICROSCÓPICOS Tem-se a presença de inflamação GRANULOMATOSA, consiste em: células gigantes de Langhans (células epitelioides fundidas com núcleos em ferradura na periferia) com micobactérias intracelulares e células epiteliodes ao redor – formam o cerne central de uma massa necrótica - que é circundada por uma densa parede de células T CD4, CD8, NK, plasmócitos e macrófagos. Maria Seiane - Medicina O principal constituinte dos granulomas é a célula epitelióide: é um macrófago aumentado de volume, com núcleo alongado, de cromatina frouxa, lembrando o de um fibroblasto; são presas umas às outras de aspecto fusiforme; secreta interferon; No centro do granuloma há necrose caseosa de extensão variada; OBS: Histologicamente, na TB secundária, as lesões ativas mostram tubercúlos coalescentes característicos com caseificação central. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PRIMÁRIA o Assintomática ou febre, derrame pleural, a única evidência, se houver, é a formação de um nódulo fibrocalcificado (Foco de Ghon); o Paciente irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna e inapetência. Nem sempre a tosse está presente. O exame físico pode ser inexpressivo. SECUNDÁRIA o Pode ser assintomática; o Possui desenvolvimento gradual dos sintomas; o Mal-estar, anorexia, sudorese, perda de peso, inapetência e febre. Característica principal a tosse seca ou produtiva. o O envolvimento pulmonar progressivo, aumenta os escarros, que inicialmente é mucoide e depois purulento. Quando a cavitação está presente, o escarro contém bacilos tuberculosos; o Hemoptise, dor pleurítica - extensão de infecções das superfícies pleurais; o Na TB miliar o exame pode mostrar hepatomegalia, alterações do SNC e alterações cutâneas do tipo eritemato-máculo-pápulo- vesiculosas (incomum). MILIAR / EXTRAPULMONAR o Dependem do sistema do órgão envolvido (p. ex., salpigite tuberculosa pode se manifestar com infertilidade, meningite tuberculosa com dor de cabeça e déficits neurológicos, doença de Pott com dor nas costas e paraplegia). o Tuberculose gastrointestinal -> dor abdominal e diarreia; o Tuberculose renal -> disúria, hematúria e dores nos flancos; DIAGNÓSTICO Exame físico: a ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou mesmo ser normal O diagnóstico de doença pulmonar é baseado, em parte, no histórico e nos achados radiográficos e físicos de consolidação ou cavitação nos ápices dos pulmões. Os bacilos tuberculosos podem ser identificados; o A mais comum metodologia para o diagnóstico da tuberculose continua sendo a demonstração de organismos ácido-resistentes em escarros por colorações ácido-resistentes ou pelo uso de rodamina auramina fluorescente; o Culturas convencionais para micobactérias requerem 10 semanas; Microscopia: o É a maneira mais rápida de confirmar a doença causada por micobactérias -> Baciloscopia; o Coloração: Carbofucsina (Método Ziehl-Neelsen ou Kinyoun) Corantes fluorescentes auramina-rodamina(Método de Truant); o São detectadas por microscopia em metade dos espécimes positivos nas culturas; Sensibilidade alta para espécimes respiratórios; Imunodiagnóstico: o Teste cutâneo da tuberculina -> tradicional; Maria Seiane - Medicina Avaliar à resposta do paciente à exposição ao patógeno Diferenciar entre indivíduos infectados e não infectados PPD positivo – 3 a 4 semanas após a exposição; A única evidência de infecção por micobactérias na maioria dos pacientes é uma reação positiva ao teste cutâneo, que persiste por toda a vida e a evidência radiográfica de calcificação de granuloma nos pulmões ou e outros órgãos. Cultura: o Micobactérias que causam doença pulmonar -> abundantes em pacientes com secreções respiratórias; Mais difícil em doença disseminada – TGU/LCR/fluido TRATAMENTO Imunoprofilaxia com o bacilo de Calmee-Guérin (BCG) em países endêmicos; O prognóstico para pacientes com tuberculose geralmente é favorável se a infecção está localizada nos pulmões, mas é significativamente pior quando a doença ocorre em pessoas idosas, debilitadas ou imunossuprimidas, que possuem alto fator de risco para o desenvolvimento de tuberculose miliar, e naquelas com tuberculose multirresistente a drogas. Os regimes de tratamento prolongados com múltiplos fármacos são necessários para evitar o desenvolvimento de cepas resistentes aos antimicrobianos; O esquema básico, denominado esquema 1, de primeira linha, incluía uma fase de ataque com rifampicina, isoniazida e pirazinamida por 2 meses (2RHZ), seguida de uma fase de manutenção com rifampicina e isoniazida por 4 meses (4RH); RESISTÊNCIA BACTERIANA A recidiva da TB é um novo episódio da doença após a cura de um episódio anterior. Pode ser devida à reativação endógena ou à reinfecção exógena, condições indistinguíveis clínica; A resistência a um antibiótico para a TB ocorre devido a 4 principais motivos: a parede celular funciona como uma barreira impermeável face às moléculas ativas dos fármacos; enzimas codificadas pela Mtb que modificam ou inativam as moléculas ativas dos fármacos; sistema de efluxo das moléculas ativas dos fármacos; e, como resultado de mutações que acompanham a replicação das micobactérias. O critério diagnóstico está intimamente ligado à definição do caso e à confirmação laboratorial da resistência, por meio de cultura do escarro e teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA). A tuberculose multirresistente a drogas (TB-MDR) é definida como aquela que apresenta resistência conjunta a rifampicina e isoniazida, enquanto a tuberculose extensivamente resistente a drogas (TB- XDR) é aquela na qual há resistência adicional a uma fluoroquinolona e uma droga injetável de segunda linha; essas são as mais preocupantes formas de tuberculose. Tipos: o A resistência primária ocorre na tuberculose causada por uma população bacilar primariamente resistente a algum fármaco antituberculose. Nesse caso, o indivíduo nunca Maria Seiane - Medicina fez uso de um fármaco antituberculose e é infectado por uma cepa já resistente, presumidamente transmitida por um caso de resistência adquirida. o A resistência adquirida é aquela que surge em uma população bacilar inicialmente sensível aos fármacos antituberculose que posteriormente adquire resistência a algum desses.
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