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Brunna Marquezin Faustini – ATM 2026/2 Histologia Sistema Linfoide Tecidos linfoides: onde são gerados e se concentram células do sistema imune. Tecido linfoide generativo ou primários: medula óssea e timo, os linfócitos são gerados e passam a expressar receptores de antígenos, adquirem maturação funcional. Tecido linfoide periférico ou secundário: linfonodo, baço, MALT, SI cutâneo. Linfócitos têm contato com antígenos estranhos, início do desenvolvimento da resposta adaptativa. Sistema imune: constituído pelos órgãos linfáticos e por células isoladas. Estruturas individualizadas: nódulos linfáticos, linfonodos e baço. Células livres: linfócitos, granulócitos, células do sistema mononuclear fagocitária, células apresentadoras de antígenos. Tecido linfoide primário: tecido responsável pela produção e/ou maturação das células do sistema imune . Medula óssea Timo Tecido linfoide não encapsulado: associado aos tratos do sistema digestório, respiratório e urogenital. MALT -> associado às mucosas. GALT -> associado ao intestino. BALT -> associado aos brônquios. MALT = GALT + BALT Tecido linfoide secundário: tecido onde ocorre a apresentação de antígenos aos linfócitos e consequente ativação destas células. Timo Órgão linfoepitelial situado no mediastino e funcional ao nascimento. Bilobado, envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado. A cápsula dá origem aos septos que dividem o parênquima em lóbulos. Não apresenta nódulos (ao contrário dos outros órgãos linfáticos). Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Brunna Marquezin Faustini – ATM 2026/2 A diferença na coloração da região cortical e da região medular é em função do estágio de desenvolvimento dos linfócitos. Na parte mais cortical há ainda linfócitos imaturos, enquanto que na região medular os linfócitos já estão em processo final de maturação. A invaginação da cápsula é importante para a circulação de vasos que ali se penetram. Externamente ao timo tem-se tecido conjuntivo e internamente diferentes tipos celulares. Células do timo: Timócitos (linfócitos T). Células reticulares epiteliais (não produzem fibra reticular). Macrófagos (principalmente na cortical). Células dendríticas. Células reticulares epiteliais: não produzem fibra reticular, elas acabam ficando lado a lado e projetam uma espécie de teia, aonde os linfócitos vão se depositando. Há seis tipos dessas células. Tipo I, II e III: localizam-se na região cortical do timo. Tipo IV, V e VI: localizam-se na região medular. Os corpúsculos de Hassal são agregados de células do tipo VI. Essas células, quando estão quase morrendo se agregam entre si e modificam o seu metabolismo, extravasando cálcio e que se tende a calcificar e formar uma região mais fibrosa ao redor dessas células, que daria origem ao corpúsculo. As células restantes atuam liberando hormônios para que os Timócitos (células T ainda imaturas) possam se maturar e se desenvolver. As células reticulares do tipo V vão auxiliar na formação da barreira hematopoiética. Linfócitos T: precursores gerados na medula ósseas, expressão de seus receptores funcionais no timo. Linfócitos B: precursores gerados na medula óssea, expressão de seus receptores funcionais na medula. O timo está totalmente formado e funcional por ocasião do nascimento. Persiste como órgão grande até a época da puberdade, quando a diferenciação e proliferação das células são reduzidas, e a maior parte do tecido linfático é substituído por tecido adiposo. O órgão pode ser reestimulado em condições que necessitam de uma rápida proliferação de células T. Cada lóbulo: Zona cortical: proliferação dos linfócitos (hematoxilina), muitos macrófagos, células reticulares epiteliais com prolongamentos unidos por desmossomos. Os linfócitos se multiplicam nessa região, e a maioria morre por apoptose e são fagocitados pelos macrófagos. Porém, muitos migram para a região medular e entram na corrente sanguínea atravessando a parede das vênulas. Esses linfócitos T são transportados pelo sangue para outros órgãos linfáticos, onde se estabelecem. Zona medular: seleção e maturação de linfócitos, presença de corpúsculos de Hassal. A origem embriológica do timo é dupla – linfócitos formam-se a partir de células mesenquimatosas da medula, parte epitelial do endoderma de 3º e 4º bolsa faríngea. A cápsula e as trabéculas contem vasos sanguíneos, vasos linfáticos (mas não aferentes) e nervos. Os aferentes vão ser encontrados nos linfonodos que trazem a linfa. Barreira hematotímica: enquanto os capilares sanguíneos da medula e dos septos são fenestrados, os capilares do córtex são contínuos e, envoltos pelas células reticulares epiteliais. Os componentes da barreira hematotímica são células reticulares epiteliais. Os componentes da barreira hematotímica são células endoteliais fenestradas da parede capilar, lâmina basal das células reticulares. Tem como função dificultar a penetração cortical dos antígenos contidos no sangue, e impede que linfócitos imaturos passem para a região medular e entrem na circulação. Quando os linfócitos atingem a fase de pró-linfócitos ou ainda linfócitos maduros não ativos, eles caem na medular onde penetram nas vênulas (estas não têm barreiras) indo para veias, ou vasos linfáticos e saem do órgão em direção aos tecidos linfoides secundários. Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Brunna Marquezin Faustini – ATM 2026/2 O timo não possui vasos linfáticos aferentes e não constitui um filtro para a linfa como ocorre nos linfonodos. Os poucos vasos linfáticos encontrados são todos eferentes e localizam- se na parede dos vasos sanguíneos e no tecido conjuntivo dos septos e da cápsula. Involução: começa pela zona cortical. Células reticulares epiteliais e corpúsculos de Hassal são mais resistentes que os linfócitos. Involui, mas não desaparece totalmente. Timo de pessoa idosa Células tronco migram continuamente da medula óssea e se alojam no timo, onde proliferam e se diferenciam em linfócitos T. Sendo que mais de 95% dos linfócitos formados são eliminados por apoptose. São eliminados linfócitos que não reagem a antígenos e os que reagem a antígenos do próprio organismo (quando persistem podem causar doenças autoimunes). TIMO -> VÊNULAS PÓS-CAPILARES -> LINFÓCITOS T -> ÓRGÃOS SECUNDÁRIOS. Timo dependentes: zona paracortical dos linfonodos, bainhas periarteriais da polpa branca do baço e no TCF das placas de Peyer e das tonsilas. Células reticulares epiteliais produzem paracrinamente fatores de crescimento que aumentam a proliferaçãoe a diferenciação de linfócitos T -> timosina a, timopoetina, timulina e fator tímico humoral. ACTH: hormônios esteróis e corticosteroides – redução nas mitoses, queda no número de linfócitos e atrofia acentuada da zona cortical. Linfonodos Órgão encapsulado constituído por tecido linfoide que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. Encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço, e em grande quantidade no tórax e abdome. Circulação da linfa: unidirecional. Atravessa linfonodos penetrando pelos vasos aferentes e saindo pelos vasos eferentes. Função: produzir linfócitos, filtrar a linfa antes que retorne ao sistema circulatório, fagocitar material estranho e produzir anticorpos. No HILO entram as artérias e saem as veias e vasos linfáticos. Parênquima é sustentado por um arcabouço de células reticulares e fibras reticulares sintetizadas por essas células, células dendríticas e macrófagos. Cápsula de tecido conjuntivo denso envia trabéculas para seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. Região cortical: cortical superficial (externa – nódulos-B) e cortical profunda (paracortical/interna - T). Região medular: seios medulares e cordões medulares. Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Brunna Marquezin Faustini – ATM 2026/2 Trabéculas de tecido conjuntivo: provenientes da cápsula, estrutura do linfonodo. Esqueleto interno de suporte com vasos sanguíneos que suprem as células do órgão. Cortical superficial - externa: tecido linfoide nodular (nódulos linfáticos). Células: linfócitos B, plasmócitos, células reticulares e foliculares dendríticas (são imunoestimuladoras). Tecido linfoide frouxo que forma: seio subcapsular e seio peritrabecular -> espaços irregulares delimitados de modo incompleto por células endoteliais, células reticulares e fibras reticulares + macrófagos. Trabéculas conjuntivas contendo vasos sanguíneos. Nódulo linfático: agregados de linfócitos B em uma trama de fibras reticulares (originadas da medula óssea). Zona do manto: rica em linfócitos B não ativados. Zona do centro germinativo: linfoblastos em diferentes estágios de proliferação e diferenciação. Cortical profunda – interna: zona de transição entre o córtex e a medula. Tecido linfoide denso difuso (cordões medulares e seios medulares). Predominam linfócitos T (timo- dependentes). Não apresentam nódulos linfáticos. Células reticulares, plasmócitos e macrófagos. Região medular: Cordões medulares – linfócitos B, fibras e célula reticulares, macrófagos e plasmócitos. Seios medulares – continuação dos seios subcapsular e peritrabecular da região cortical, tecido linfoide frouxo onde a linfa vai sendo filtrada até sair pelo hilo através dos vasos eferentes. Os seios medulares recebem linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai dos linfonodos. Trajeto da linfa: vasos linfáticos aferentes -> seios subcapsular -> seios peritrabecular -> nódulos linfáticos -> seios medulares -> vasos linfáticos eferentes. A baixa velocidade do fluxo da linfa facilita a fagocitose e digestão de moléculas estranhas pelos macrófagos. Recirculação dos linfócitos: os linfócitos circulantes chegam aos linfonodos através das vênulas especializadas do endotélio alto (HEVs – região paracortical). A zona paracortical possui vênulas pós-capilares (ou vênulas de endotélio alto, porque o epitélio é cúbico). Suas células endoteliais expressam receptores do tipo adressinas, reconhecidos pelas selectinas dos linfócitos. Eles realizam então diapedese, passando do sangue para o tecido linfoide. Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Brunna Marquezin Faustini – ATM 2026/2 Baço Maior acúmulo de tecido linfoide do organismo, o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Funções: ativação e proliferação dos linfócitos B e T, produção de anticorpos contra antígenos presentes no sangue circulante, remoção de antígenos macromoleculares do sangue e armazenamento do sangue. Funções hemocitopoeticas: remoção e destruição dos eritrócitos e das plaquetas senescentes, danificadas e anormais. Recuperação do ferro da hemoglobina dos eritrócitos, formação de eritrócitos no início da vida fetal e armazenamento do sangue, particularmente dos eritrócitos, em algumas espécies. Trabéculas: tecido conjuntivo denso modelo/não modelão, com miofibroblastos e algumas fibras musculares lisas. No hilo penetram nervos e artérias e saem veias e vasos linfáticos (originados nas próprias trabéculas). Polpa branca: formada por tecido linfático associado as bainhas periarteriais (linfócito T) e pelos nódulos linfáticos (linfócitos B). Associado aos ramos das artérias trabeculares. Os vasos linfáticos originam-se na polpa branca, próximo das trabéculas, e constituem uma via para saída dos linfócitos do baço. Polpa vermelha: formada pelos seios esplênicos e cordões esplênicos (Billroth) separados por sinusóides. Cordões de Billroth são células e fibras reticulares, macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, plaquetas e eritrócitos. Seios marginais: células e fibras reticulares, macrófagos, células apresentadoras de antígenos e células linfáticas. Células reticulares, macrófagos e fibras reticulares são elementos fixos do tecido linfoide do baço e servem de sustentação. As células livres presentes são os linfócitos, os monócitos, os plasmócitos e os elementos do sangue. Circulação: artéria esplênica divide-se no hilo -> trabéculas conjuntivas -> artérias trabeculares -> ao deixarem as trabéculas para penetrarem no parênquima, as artérias são envolvidas por uma bainha de linfócitos (bainha linfática periarterial) e esses vasos são chamados de artérias centrais ou artérias da polpa branca. Depois de deixar a polpa branca, as arteríolas se subdividem formando as arteríolas peniciladas. Arteríolas peniciladas: só ocasionalmente possuem ML. Possuem próximo à sua terminação o elipsoide (macrófagos, células reticulares e linfócitos). Aos elipsoides seguem-se capilares que levam o sangue para os sinusóides ou seios da polpa vermelha (situados entre os cordões de Billroth). Como o sangue passa dos capilares arteriais para o interior dos sinusóides? Assunto ainda não esclarecido. Circulação fechada: capilares abrem-se diretamente nos sinusóides. Circulação aberta: o sangue é lançado nos espaços intercelulares da polpa vermelha, sendo depois coletado pelos sinusóides. Dos sinusóides, o sangue passa para as veias da polpa vermelha que se reúnem umas às outras e penetram nas trabéculas formando as veias trabeculares. Essas vão dar origem à veia esplênica, que sai pelo hilo do baço. Veias trabeculares não tem paredes próprias, isto é, suas paredes são formadas pelo tecido das trabéculas. Elas podem ser consideradas como canais escavados no conjuntivo trabecular e revestidos internamente por endotélio. Destruição dos eritrócitos: as hemáciasduram mais ou menos 120 dias e quando envelhecem são destruídas, principalmente no baço, hemocaterese. Macrófagos dos cordões esplênicos fagocitam hemácias inteiras ou fragmentos. Após a remoção cirúrgica do baço (esplenectomia) as hemácias deformadas nos esfregaços aumentam a concentração de plaquetas no sangue (baço, além de destruir hemácias, também elimina plaquetas). Pontos importantes destacados pela professora: GALT -> associado ao intestino. HEMOCATERESE -> destruição hemácias. VEIAS TRABECULARES -> não tem paredes próprias. Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Brunna Marquezin Faustini – ATM 2026/2 BAINHA LINFÁTICA PERIARTERIAL -> linfócitos T e polpa branca. ZONA DO MANTO -> rica em linfócitos B não ativados. ZONA DO CENTRO GERMINATIVO -> linfoblastos em diferentes estágios de proliferação e diferenciação. VENULAS DO ENTOÉLIO ALTO -> a zona paracortical dos linfonodos possui as vênulas do endotélio alto. Suas células endoteliais expressam receptores do tipo adressinas, reconhecidos pelas selectinas dos linfócitos. Eles realizam então diapedese, passando do sangue para o tecido linfoide – recirculação dos linfócitos. CÉLULAS RETICULARES EPITELIAIS DO TIMO - > produzem paracrinamente fatores de crescimento que aumentam a proliferação e a diferenciação de linfócitos T. HASSAL -> células epiteliais, organizadas em camadas concêntricas unidas por numerosos desmossomos. Algumas destas células, principalmente as mais centrais, podem degenerar e morrer, deixando restos celulares que se podem calcificar. Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar Leila Destacar
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