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Prévia do material em texto

no Enfrentamento 
à Violência 
CONTRA MULHER
Violência de 
Gênero e Modelos 
de Masculinidade
1
Leila Paiva
Lélia Rejane Paiva de Souza
GRATUITA
Esta publicação 
não pode ser 
comercializada
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE2
Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
CEP: 60.055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148
fdr.org.br | fundacao@fdr.org.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Fundação Demócrito Rocha
Bibliotecário Me. Francisco Edvander Pires Santos (CRB-3/1212)
Copyright © 2021 Fundação Demócrito Rocha
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Luciana Dummar Presidente
André Avelino de Azevedo Diretor Administrativo-Financeiro
Marcos Tardin Gerente Geral
Raymundo Netto Gerente Editorial e de Projetos
Chico Marinho Gerente do Canal FDR
Andrea Araujo Gerente Marketing & Design
Aurelino Freitas, Emanuela Fernandes e Fabrícia Góis Analistas de Projetos
Isabel Vale Editora de Mídias
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (Uane)
Viviane Pereira Gerente Pedagógica
Marisa Ferreira Coordenadora de Cursos
Joel Bruno Designer Educacional
Isabela Marques Desenvolvedora Front-End
CURSO O PAPEL DO HOMEM NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
Valéria Xavier Concepção e Coordenadora Geral
Leila Paiva Coordenadora de Conteúdo
Raymundo Netto Coordenador Editorial
Andrea Araujo Editora de Design e Projeto Gráfico
Miqueias Mesquita Designer
Kamilla Damasceno Estagiária de Design
Daniela Nogueira Revisora
Carlus Campos Ilustrador
Beth Lopes Analista de Projetos
Fábio Braga Analista de Marketing
Este fascículo é parte integrante do curso O Papel do Homem no Enfrentamento à 
Violência contra Mulher, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a 
Fundação Demócrito Rocha e Assembleia Legislativa sob o nº 011/2021.
P232 
O papel do homem no enfrentamento à violência contra a mulher / Concepção e 
coordenação geral: Valéria Xavier; coordenação de conteúdo: Leila Paiva; ilustrações: Carlus 
Campos. – Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 2021.
4 fascículos : il. color.
ISBN 978-85-7529-964-7 (Coleção)
ISBN 978-85-7529-965-4 (Fascículo 1)
1. Direitos humanos. 2. Violência contra a mulher. 3. Feminicídio. 4. Machismo. 5. Gênero 
e educação. I. Título.
CDD 341.27
no Enfrentamento à Violência CONTRA MULHER
3
Introdução
1. Direitos Humanos e 
Violência Contra a Mulher
2. Construção Histórica 
das Masculinidades
3. Masculinidades e 
Violência de Gênero: Cenário 
Internacional e Nacional
Referências 
4
6
10
13
15
SUMÁRIO
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE4
INTRODUÇÃO
A proposta do curso O Papel do Homem no Enfrentamento da Violência contra a Mulher é contribuir para o conhecimento 
das diversas faces desse tipo de violência, 
dos alicerces que foram construídos ao 
longo da história que ainda justificam tais 
práticas e de como o universo masculino 
dialoga com o tema nos dias atuais. 
Nos quatro fascículos deste curso, 
será possível ter um panorama do fenô-
meno e das relações e tecidos sociais que 
interferem para a continuidade de práti-
cas tão violentas mesmo em sociedades 
que, como a brasileira, vivem sob a égide 
de uma legislação considerada avançada 
para o tema no mundo. 
O debate é iniciado aqui, a partir do 
universo de garantia dos direitos huma-
nos, os aspectos históricos que fizeram 
com que esse fenômeno tivesse uma di-
mensão tão relevante e os impactos pro-
duzidos nas relações de gênero e pelas 
mudanças e normas.
A violência contra a mulher não é um 
tema dos nossos tempos; é resultado de 
uma construção histórica, o que nos pos-
sibilita a luta pela desconstrução do mo-
delo de relações sociais que a legitimou. O 
modelo que construiu o cenário histórico 
da violência contra a mulher guarda total 
relação com temas como: gênero, classe, 
raça/etnia e relações de poder. 
no Enfrentamento à Violência CONTRA MULHER
5
Mesmo não sendo um debate novo, a 
cada momento da história diferentes desa-
fios foram apresentados ao universo femi-
nino, mas é necessário afirmar que a situa-
ção da mulher no mundo recente mudou 
muito. Se for considerado o período antes 
e após duas grandes guerras mundiais, é 
possível verificar grandes alterações. O sé-
culo XIX e o início do XX se caracterizam por 
um mundo que direciona o feminino para 
o cuidado no ambiente doméstico. Mulhe-
res são formadas para o cuidado com o lar 
e para atividades consideradas como apro-
priadas para elas pelos homens, cobradas 
por comportamentos sociais voltados para 
a cooperação com o outro sexo, o que pres-
supunha obediência, subordinação, al-
truísmo e passividade.
As duas grandes guerras trouxeram 
mudanças no processo de formação das 
mulheres e no modelo de feminilidade. Fo-
ram introduzidos novos papéis ao universo 
feminino, principalmente impulsionados 
pela alteração do conceito de família. 
Contudo, tais alterações guardam uma 
dualidade. Ao mesmo tempo em que se 
acompanha a velocidade de participação 
da mulher nos ambientes externos deter-
minadas pela necessidade do mercado, 
constata-se que essa participação social se 
dá de forma bastante desigual, impondo 
diferenças que vão desde acesso aos direi-
tos até a imposição da convivência com um 
modelo de masculinidade violento e opres-
sor também nesse ambiente externo. 
O diálogo que se propõe neste texto 
pretende contribuir para o entendimento 
do que são esses direitos, quais os princi-
pais direitos violados nesse debate e por 
que esses têm sido negados às mulheres 
por diferentes arranjos societários para 
chegar à análise de quais são os desafios 
que o século XXI aponta no mundo e no 
Brasil para homens e mulheres na busca 
de uma sociedade com igualdade de gêne-
ro. A partir de tais premissas, ainda, tentar 
entender como o modelo de masculinida-
de edificado pelos sistemas alicerçados na 
desigualdade em diversas esferas sociais 
também impacta no crescente fenômeno 
da violência contra a mulher. 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE6
1
DIREITOS HUMANOS 
E VIOLÊNCIA CONTRA 
A MULHER
A Organização das Nações Unidas (ONU) começa a mobilizar os Estados para construir políticas contra essa forma de violência 
em 1946, com a instituição da Comissão 
sobre Status da Mulher, criada pelo Con-
selho Econômico e Social da ONU após a 
Conferência de Beijing, com as funções de: 
preparar relatórios e recomendações ao 
ECO SOC sobre a promoção dos direitos 
das mulheres nas áreas política, econômi-
ca, civil, social e educacional. 
Mas qual é a importância dessa ação 
inicial realizada pela ONU? Bem, a Co-
missão sobre o Status da Mulher (CSW) 
formulou, entre os anos de 1949 e 1962, 
uma série de tratados baseados em pro-
visões da Carta das Nações Unidas e na 
Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos, que declara que todos os direitos e 
liberdades humanos devem ser aplicados 
igualmente a homens e mulheres, sem 
distinção de qualquer natureza. 
Carta das 
Nações Unidas
Documento 
que afirma 
expressamente 
os direitos iguais 
entre homens e 
mulheres.
no Enfrentamento à Violência CONTRA MULHER
7
Além dos Tratados, a CSW formula 
recomendações ao ECO SOC sobre pro-
blemas de caráter urgente que requerem 
atenção imediata aos direitos das mulhe-
res e acompanha a implementação do Pla-
no de Ação de Beijing.
A CSW foi determinante para o avanço do 
debate sobre os Direitos Humanos das Mu-
lheres, sobretudo porque influenciou para 
inclusão do tema na elaboração da Decla-
ração Universal dos Direitos Humanos, em 
1948. Foi a CSW que imprimiu o olhar sobre 
as questões de gênero deixando estabele-
cido naquele documento a perspectiva da 
igualdade entre homens e mulheres. 
Considerando que a história do femini-
no foi marcada por profunda invisibilidade 
determinada pelo imaginário de que o lu-
gar do feminino estava na esfera privada 
(doméstica), e do masculino, pública, isso 
impossibilitou a politização eo debate 
VOCÊ SABIA?
Durante a IV Conferência Mundial sobre a 
Mulher, em setembro de 1995, na capital 
da China, foi aprovada a Declaração de 
Beijing, em que os governos participantes 
se comprometeram a cumprir, até o fim 
do século XX, as estratégias acordadas 
em Nairóbi, no Quênia, em 1985. 
Fonte: Agência Câmara de Notícias
social de questões vistas como exclusiva-
mente privadas (domésticas ou familiares) 
por muito tempo. A ONU, por meio de seus 
documentos provoca grandes debates e 
avanços nas normas e nas relações de desi-
gualdade entre homens e mulheres. 
Ao falarmos de direitos humanos para 
todas as pessoas, salienta-se que as mu-
lheres são sujeitas de direitos dos 30 direi-
tos afirmados pela Declaração Universal 
do Direitos Humanos, conforme traduz a 
organização Youth for Human Rights:
Todos nascemos livres e iguais. 2. Não 
ser discriminado. 3. O direito à vida. 4. 
Nenhuma escravatura. 5. Nenhuma 
tortura. 6. Você tem direitos onde 
quer que vá. 7. Somos todos iguais 
perante a Lei. 8. Os direitos humanos 
são protegidos por lei. 9. Nenhuma 
detenção injusta. 10. O direito a julga-
mento. 11. Estamos sempre inocentes 
até prova em contrário. 12. O direito 
à privacidade. 13. Liberdade para lo-
comover. 14. O direito de procurar um 
lugar seguro para viver. 15. Direito a 
uma nacionalidade. 16. Casamento e 
família. 17. O direito às suas próprias 
coisas. 18. Liberdade de pensamen-
to. 19. Liberdade de expressão. 20. O 
direito de se reunir publicamente. 21. 
O direito à democracia. 22. Segurança 
social. 23. Direitos do trabalhador. 24. 
O direito à diversão. 25. Comida e 
abrigo para todos. 26. O direito à edu-
cação. 27. Direitos de autor. 28. Um 
mundo justo e livre. 29. Responsabi-
lidade. 30. Ninguém pode tirar-lhe os 
seus direitos humanos.” 
(Declaração Universal dos Direitos do 
Homem das Nações Unidas - versão 
simplificada)
A Convenção sobre Eliminação de To-
das as Formas de Discriminação Contra 
as Mulheres (Cedaw, em língua inglesa, 
Convention on the Elimination of All Forms 
of Discrimination Against Women) foi pro-
mulgada em 1979 pelas Nações Unidas, 
e no Brasil foi promulgada pelo Decreto 
nº 4.377, de 13 de setembro de 2002. Cha-
mada de Convenção das Mulheres, é o 
primeiro tratado internacional que trata 
dos direitos humanos de mulheres, e de-
fine em seu artigo 1º:
Artigo 1º - Para os fins da presente 
Convenção, a expressão “discrimi-
nação contra a mulher” significará 
toda a distinção, exclusão ou restri-
ção baseada no sexo e que tenha por 
objeto ou resultado prejudicar ou 
anular o reconhecimento, gozo ou 
exercício pela mulher, independente-
mente de seu estado civil, com base 
na igualdade do homem e da mulher, 
dos direitos humanos e liberdades 
fundamentais nos campos político, 
econômico, social, cultural e civil ou 
em qualquer outro campo. 
Outro documento relevante para situar 
a violência contra a mulher no âmbito dos 
direitos humanos é a Convenção Intera-
mericana para Prevenir, Punir e Erradi-
car a Violência Contra a Mulher, a qual 
ocorreu no ano de 1994 em Belém (PA) e 
definiu o fenômeno como “uma ofensa à 
dignidade humana e manifestação das 
relações de poder historicamente desi-
guais entre mulheres e homens”. 
No plano do Direito Internacional 
dos Direitos Humanos, não existe uma 
definição precisa do que é violência de 
gênero. Por isso, a ONU adota uma con-
cepção ampliada da definição de violên-
cia contra mulher em alguns tratados in-
ternacionais que versam sobre o tema.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE8
A seguir, alguns documentos internacionais relevantes para o 
debate da violência doméstica e familiar contra a mulher: 
• Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de 
Discriminação contra as Mulheres (Cedaw) (1979).
• Convenção Interamericana Sobre a Concessão dos 
Direitos Civis à Mulher (1948).
• Convenção da OIT nº 100 (1951).
• Convenção sobre os Direitos Políticos da Mulher (1953).
• Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de 
Discriminação Racial (Cerd) (1966).
• Protocolo Facultativo à Convenção Sobre Eliminação de 
Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (1999).
• Convenção da OIT nº 156 (1981). Dispõe sobre a 
igualdade de oportunidades e de tratamento para 
homens e mulheres trabalhadores.
• A Declaração e a Plataforma de Ação de Pequim (1995).
• A Resolução 1325 do Conselho de Segurança da ONU 
sobre Mulheres, Paz e Segurança (2000) e as quatro 
resoluções adicionais sobre mulheres, paz e segurança: 
1820 (2008), 1888 (2009), 1889 (2009) e 1960 (2010). 
• Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e 
Erradicar a Violência contra a Mulher - Convenção do 
Belém do Pará de 1994.
• A Declaração do Milênio e os Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio. 
• Estratégia de Montevidéu para a Implementação 
da Agenda Regional de Gênero no Âmbito do 
Desenvolvimento Sustentável. 
• A partir da mobilização da ONU, várias ações têm sido 
conduzidas, a âmbito mundial, para a promoção dos 
direitos da mulher. No que compete ao Brasil, uma série 
de medidas protetivas vem sendo empregada visando 
à redução dos alarmantes dados de violência. Há dois 
grandes marcos normativos: (1) a Lei Maria da Penha e 
(2) a Lei do Feminicídio.
TÁ NA LEI
no Enfrentamento à Violência CONTRA MULHER
9
Outra norma determinante no enfren-
tamento da violência contra a mulher 
foi a Lei do Feminicídio, que também 
cumpriu um papel de possibilitar a visi-
bilidade dos homicídios cometidos con-
tra mulheres que são consequências de 
sua condição de mulher. Essa alteração 
descortina uma série de homicídios que 
ocorriam todos os dias no Brasil contra 
mulheres, mas não viravam uma estatís-
tica de violência contra a mulher, o que 
impossibilitava a visibilidade necessária 
para a formulação das políticas públicas 
de prevenção e proteção. 
Para entender a relação de violência 
que marcou a história do universo mas-
culino e feminino, é preciso avançar no 
conceito específico e trazer para o debate 
outros fatores, como aspectos culturais, 
dados e normas, que ajudam a entender 
a prática mundial da violência doméstica.
A ONU conceitua violência de gênero 
como “qualquer tipo de agressão física, 
psicológica, sexual ou simbólica contra 
alguém em situação de vulnerabilidade 
devido à sua identidade de gênero ou 
orientação sexual”. Apesar dos vários 
esforços das organizações internacionais, 
esse é um fenômeno mundial, o que de-
monstra a urgência de ampliação do de-
bate para além das instituições de direitos 
ou de atendimento às mulheres vítimas e 
ainda – não envolver apenas o universo fe-
minino. É preciso debater entender e reco-
locar o papel dos modelos de masculinida-
de no crescimento desse tipo de violência. 
VOCÊ SABIA?
Em 2006, foi promulgada a lei nº 
11.340/2006, de 7 de agosto de 2006, 
designada Lei Maria da Penha (Brasil 2006), 
e, em 2015, entrava em vigor a Lei do 
Feminicídio (Lei nº 13.104/15).
A partir da mobilização da ONU, vá-
rias ações têm sido conduzidas, a âmbito 
mundial, para a promoção dos direitos 
da mulher. No que compete ao Brasil, 
uma série de medidas protetivas vem 
sendo empregada visando à redução dos 
alarmantes dados de violência. Há dois 
grandes marcos normativos: (1) a Lei Ma-
ria da Penha e (2) a Lei do Feminicídio.
A Lei Maria da Penha e a Lei do Femi-
nicídio serão detalhadas no decorrer do 
curso, mais especificamente no módulo 
3. Neste momento, é importante chamar 
atenção para as características desses 
dois marcos normativos nacionais. A Lei 
Maria da Penha, que completa, em 2021, 
15 anos, foi um divisor de águas no tema. 
Foi a Lei Maria da Penha que demonstrou 
a existência desse tipo de delito no inte-
rior das “famílias” brasileiras, tipificando 
o crime da violência doméstica. No ima-
ginário nacional, reinava a ideia de que o 
lar guardava as relações sagradas e, por 
conseguinte, harmônicas. A Lei Maria da 
Penha prestou esse indispensável servi-
ço e descortinou a triste realidade dos al-
tos índicesde violência contra a mulher.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE10
2
CONSTRUÇÃO 
HISTÓRICA DAS 
MASCULINIDADES
Para enfrentar a violência contra mulher, é necessário entender que ela não acontece isolada-mente. A violência de gênero 
faz parte de um sistema que estrutura o 
poder e a divisão sexual do trabalho. O pa-
triarcado impôs a mulher ao lugar de cui-
dados com o lar, dentro de relações com a 
família. Mas é claro que essa estrutura não 
seria possível se não fosse atribuída à mu-
lher a condição de menor capacidade para 
atividades intelectuais e frágeis, criando o 
estereótipo ideal para a condição de sub-
jugada. Esse modelo de masculinidade, 
construído de forma conjunta com o mo-
delo da incapacidade feminina, até hoje 
vê a mulher como objeto do homem.
O modelo construído de homem, que 
tem mais força e maior racionalidade ao 
ponto de não chorar, determina compor-
tamentos mais violentos, incapazes de 
dialogar de forma mais equilibrada e inca-
pazes de práticas conciliatórias.
Assim, essa masculinidade “tóxica”, 
apontada como um dos fatores por trás de 
problemas vividos pela sociedade atual, 
que afetam vários países, com o número 
crescente de violência doméstica sobretudo 
durante a pandemia, e que levou as mulhe-
res a ficarem no mesmo ambiente violento 
com estresse pandêmico e violência, preci-
sa ser confrontada por homens e mulheres.
Patriarcado
Sistema 
sociopolítico que 
coloca os homens 
em situação 
de poder.
Esta foi, sem dúvida, mais uma das di-
versas consequências nefastas da pande-
mia causada pela covid-19: o aumento da 
violência doméstica que atinge, na maio-
ria, mulheres. (ONU BRASIL, 2020)
Além de deixar as mulheres mais ex-
postas, por ficarem isoladas junto ao seu 
agressor, a pandemia acirra a desigualda-
de social e de gênero.
No contexto de denúncias de condutas 
sexualmente abusivas e violentas de ho-
mens, surge o debate mais público sobre 
os atributos do que se entende tradicio-
nalmente por “ser homem” e os modelos 
de masculinidade que foram aceitos sem 
questionamentos e que impactavam nos 
comportamentos masculinos caracteri-
zados por homens que não falam de seus 
sentimentos, não cuidam da própria saú-
de, não demonstram fragilidade e resol-
vem seus conflitos de forma violenta. 
Alterar o contexto social que cons-
trói ambiência para uma masculinidade 
tóxica pressupõe o necessário cuidado 
para que sejam promovidas reais trans-
formações nas relações. O modelo de 
masculinidade que foi elaborado com 
características tão violentas não será 
vencido apenas com imposição legal. 
Certamente, isso evitará que os homens 
pratiquem crimes previstos na legislação, 
mas isso não é suficiente.
no Enfrentamento à Violência CONTRA MULHER
11
É preciso romper com os modelos cul-
turais dos estereótipos do feminino e do 
masculino. Recente episódio de violên-
cia física contra a mulher envolvendo um 
músico famoso no Brasil chamou atenção 
pela disparidade de comportamento com 
a música e com a família e o comporta-
mento com a mulher.
Nesse sentido, é urgente ampliar o de-
bate com o universo masculino. Assumir 
que, da mesma forma que as realidades 
sociais são múltiplas e dinâmicas, assim 
se comportam as masculinidades. É preci-
so contar com partes das masculinidades 
que também se sentem oprimidas pelo 
modelo que lhes foi imposto.
No Brasil e no mundo, várias iniciati-
vas surgem no sentido de dialogar com 
esses homens. O primeiro programa de 
intervenção com homens autores de vio-
lência (Emerge) foi criado em Boston, nos 
Estados Unidos, em 1977, a partir dos 
movimentos de mulheres contra a violên-
cia de gênero e dos primeiros serviços de 
apoio para mulheres.
Nos anos 1990, algumas iniciativas 
de atendimento aos homens envolvidos 
com violência contra a mulher foram 
iniciadas, porém essa entrada se dava a 
partir do sistema de justiça, ou seja, a vio-
lência já tinha ocorrido.
Outras ações encontradas foram a do 
Núcleo de Atendimento à Família e aos 
Autores de Violência Doméstica, criado 
em 2003, no Distrito Federal, e alguns que 
sugiram em outros estados, como Santa 
Catarina e Minas Gerais.
Em 2008, na esfera das ações do Pac-
to Nacional de Enfrentamento à Violência 
contra as Mulheres, a Secretaria de Políti-
cas para Mulheres da Presidência da Re-
pública (SPM) desenvolveu as Diretrizes 
Gerais dos Serviços de Responsabilização 
e Educação do Agressor, documento que 
integra as orientações sobre a Rede de En-
frentamento à Violência (BRASIL, 2011).
SAIBA MAIS
O movimento “#MeToo” ganhou força em 
2017, quando a atriz Alyssa Milano publicou 
no seu perfil no Twitter um pedido para que 
todas as pessoas que já sofreram assédio 
sexual usassem a hashtag #MeToo. 
O termo viralizou não só em Hollywood, 
mas no mundo todo. Homens e mulheres 
compartilharam inúmeras histórias de 
abusos e assédios sexuais.
Leia sobre o assunto em: https://veja.abril.
com.br/videos/veja-explica/voce-sabe-o-
que-e-o-movimento-metoo-veja-explica/
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE12
No contexto pós-Lei Maria da Penha, 
o primeiro serviço criado de acordo com 
seus artigos 35 e 45 foi o Serviço de Educa-
ção e Responsabilização para Homens au-
tores de violência contra mulher (SERH), 
no âmbito do Ministério da Justiça. 
Uma contribuição importante foi o 
Relatório mapeamento de serviços de 
atenção grupal a homens autores de vio-
lência contra mulheres no contexto bra-
sileiro, publicado em 2014 pelo Instituto 
Noos. Foram encontrados, na época, 25 
programas em diferentes estados brasi-
leiros, obtendo informações mais deta-
lhadas sobre 19 deles.
Atualmente várias iniciativas tanto no 
âmbito da justiça quanto em perspectiva 
preventiva ocorrem no Brasil. É o caso do 
programa PapodeHomem, que aborda 
esse modelo possível de masculinidade 
mais sensível às questões privadas e sociais.
PapodeHomem
É tempo de homens 
possíveis. É um espaço 
criado, no qual todos 
são bem-vindos, 
independentemente 
de sexo, gênero, 
orientação sexual, 
credo ou raça. 
Implementa diálogos 
permanentes sobre o 
tema dos modelos de 
masculinidades que 
precisam ser alterados 
para pensarmos em 
uma sociedade mais 
justa e igualitária. 
Conheça: 
papodehomem.com.br
no Enfrentamento à Violência CONTRA MULHER
13
MASCULINIDADES 
E VIOLÊNCIA DE 
GÊNERO: CENÁRIO 
INTERNACIONAL 
E NACIONAL
3
Os dados demonstram que é necessário aumentar as polí-ticas públicas destinadas ao enfrentamento da violência 
contra a mulher. É preciso um esforço 
conjunto e mundial. 
Em números absolutos, nosso país é 
um dos que mais matam mulheres no 
mundo. Um levantamento do Fórum Bra-
sileiro de Segurança Pública, publicado no 
início de julho/2021, traçou um mapa da 
violência contra a mulher nos meses da 
pandemia de covid-19. Os dados foram le-
vantados pelo Instituto Datafolha, que fez 
2.079 entrevistas em 130 cidades em maio 
de 2021. O levantamento mostra que um 
quarto das mulheres entrevistadas rela-
tou ter sofrido violência física, sexual ou 
verbal nos 12 meses anteriores. 
De acordo com o Fórum de Segurança 
Pública, o número de vítimas de feminicí-
dio foi recorde em 2020. Houve 1.350 víti-
mas, um aumento de quase 1% em relação 
ao ano anterior. Ainda segundo o estudo, 
quase 15% dos homicídios de mulheres 
cometidos em 2020, em que os autores do 
crime eram parceiros ou ex-parceiros das 
vítimas, não foram registrados como femi-
nicídio. Esse dado demonstra que ainda 
é preciso investir muito na formação do 
sistema de segurança para que se tenha a 
real dimensão do fenômeno no Brasil. 
Os dados indicam que 9 em cada 10 
mulheres vítimas de feminicídio morre-
ram pela ação do companheiro, do ex-
-companheiro ou de algum parente. 
Essa é a forma mais impactante de vio-
lência contra a mulher e atinge o maior 
direito: o direito à vida. Considerando 
que as mulheres têm sido assassinadas 
por sua condição de mulher, mas que a 
maioria dos casos aponta o seu parceiro 
íntimo como autor, éclaro que o papel do 
homem nesse contexto é determinante. É 
preciso incluir os homens no processo de 
desconstrução desse modelo tão violen-
to de relações sociais.
Outro contexto que assusta são os am-
bientes de trabalho. São ambientes ex-
tremamente machistas, com homens ocu-
pando mais os postos de poder, e acabam 
sendo bastante violentos com mulheres, 
porém são ambientes propícios para os 
debates necessários sobre masculinidade.
Apesar de ser um grande instrumento 
de empoderamento feminino, o mercado 
de trabalho ainda violenta muito as mu-
lheres. Nesse caso, em comum com os 
outros, ocorrem diversas formas de vio-
lência, que alertam para a necessidade 
de inclusão do universo masculino nas 
políticas de prevenção.
Um dos comportamentos mais graves e o 
mais conhecido é o assédio sexual, conduta 
que se manifesta por meio de contato físico, 
palavras, gestos ou outros meios, propostas 
ou impostas, que causam constrangimento 
ou violam a liberdade sexual da mulher. É 
importante ressaltar que, sob o aspecto tra-
balhista, nesse caso não é necessária supe-
rioridade hierárquica para sua ocorrência.
O assédio moral é caracterizado pela 
abordagem abusiva, reiterada e sistemáti-
ca, realizada por meio de gestos, palavras, 
agressões ou comportamentos, que atin-
gem a vítima causando-lhe humilhação e 
constrangimento. 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE14
O preconceito de gênero, que gera 
distinção, exclusão ou preferência injusti-
ficada em relação à mulher, a coloca em 
situações desafiadoras para se manter 
no emprego. Segundo pesquisa realizada 
pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto 
Locomotiva em 2020, 40% das mulheres 
afirmam ter sofrido supervisão excessiva 
do trabalho. A cada 10 mulheres, 7 têm 
mais medo de relatar gravidez ao superior 
do que a um homem que será pai.
Além disso, é importante ressaltar 
que os comentários relacionados às ca-
racterísticas físicas da mulher se natu-
ralizaram. A pesquisa apontou que 57% 
das entrevistadas concordaram que a 
aparência física de uma pessoa conta na 
contratação. Esse comportamento não 
só aprisiona as mulheres em padrões es-
tabelecidos pelos homens como também 
gera clima de competitividade e insegu-
rança entre as mulheres.
Em contrapartida, pouco se fala sobre 
a punição aos agressores. O estudo des-
tacou que, em apenas 28% dos casos, as 
vítimas souberam que o agressor sofreu 
algum tipo de penalidade pelo fato.
As diversas faces da violência contra a 
mulher demandam formação continuada 
e atualização frente as alterações da legis-
lação como forma de melhor preparar os 
diversos profissionais que atuam com o 
tema. Nesse sentido, é preciso considerar 
VOCÊ 
SABIA?
Como Denunciar
• Disque 180: O Disque 180 é o 
telefone exclusivo do Governo 
Federal para atendimento à mulher. 
O número presta apoio e escuta 
mulheres em situação de qualquer tipo 
de violação ou violência de gênero. 
Por meio do canal, os casos são 
encaminhados a órgãos competentes.
• Delegacias de Defesa da Mulher nos 
Estados e Distrito Federal.
• Casa da Mulher Brasileira nos Estados.
no seu enfrentamento o quanto ele foi mo-
vido pela pandemia da covid-19.
No ano passado, os canais Disque 100 
e Ligue 180 receberam uma denúncia de 
violência contra a mulher a cada cinco 
minutos. Segundo o Ministério da Mulher, 
Família e dos Direitos Humanos, 72% des-
sas denúncias eram relacionadas a casos 
de violência doméstica e familiar. As ca-
racterísticas do fenômeno, multifaceta-
do, demandam soluções amplas e que 
atendam a sua diversidade. 
Assim, além de métodos diferenciados 
e estudos para melhor conhecer e acom-
panhar como se manifesta essa violência, é 
preciso abrir os espaços de debate, chamar 
todos e todas para somar na busca de solu-
ções conjuntas e ganhar novos braços para 
obter mais força de reação a fim de enten-
der e vencer esse grave problema que tem 
crescido no Brasil. Não é possível enfrentar 
a violência sem contar com o público mas-
culino. Enfrentar a violência é enfrentar o 
modelo de masculinidade que a perpetua.
O tema demanda alteração de estratégias 
para avançar no sentido de reduzir esse tipo 
de violência. É muito ruim que se perceba 
que até agora as políticas estejam voltadas 
apenas a evitar conflitos ou punir agressores. 
É necessário promover uma alteração 
significativa nas relações de gênero e esta-
belecer políticas que efetivem o caminho 
para a igualdade de gênero. 
no Enfrentamento à Violência CONTRA MULHER
15
Brasil. Constituição da República Federativa do 
Brasil. Brasília: Casa Civil, 1988. Disponível em: << 
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version ISSN 1809-4449. Cad. Pagu no.31 Campinas 
July/Dec. 2008. https://doi.org/10.1590/S0104-
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novos dilemas uma contribuição de Joan Scott* 
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br/wp-content/uploads/2018/05/violencia-domestica-
covid-19-v3.pdf Acesso em: 10 de setembro de 2020. 
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DOS DIREITOS DO HOMEM DAS NAÇÕES UNIDAS. 
Versão Simplificada dos 30 Artigos da Declaração 
Universal dos Direitos do Homem. Disponível em: http://
br.youthforhumanrights.org/what-are-human-rights/
universal-declaration-of-human-rights/articles-1-15.
html Acesso em 28 de julho de 2021.
INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO: 
https://agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/
pesquisa-revela-76-das-mulheres-ja-sofreram-
violencia-e-assedio-no-trabalho/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/
noticia/2020-12/estudo-mostra-que-76-das-
mulheres-sofreram-violencia-no-trabalho
https://movimentomulher360.com.br/wp-content/
uploads/2019/01/cartilha_violenciagenero-11.pdf
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO https://
www.trt13.jus.br/informe-se/noticias/2020/08/
tribunal-lanca-cartilha-violencias-contra-a-mulher-
no-trabalho/cartilha-violencia-contra-a-mulher-no-
trabalho-versao-final.pdf
REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE16
AUTORAS
Leila Paiva é advogada e mestra em Direito pela Universidade 
Católica de Brasília (UCB). É especialista em Direito Público e Processo 
Penal pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e presidente da Comissão 
de Direitos Humanos da OAB-CE. É professora de Direitos Humanos 
e Direito Tributário e consultora na área de Direitos Humanos, Direitos 
da Criança, Gênero, Tributação e Direitos Humanos e Advocacy. 
Atuou como coordenadora do Programa Nacional de Enfrentamento 
da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da SDH/Presidência 
da República e do Serviço Disque 100. É assessora parlamentar. 
Lélia Rejane Paiva de Souza é advogada com MBA em Gestão 
Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestranda em 
Administração pela Universidade de Fortaleza (Unifor), com estudos 
na área de governança e compliance. É funcionária do Banco do 
Nordeste desde 2004, onde atualmente gerencia a Assessoria a 
Comitês e Colegiados Estatutários da empresa. 
ILUSTRADOR
Carlus Campos é artista gráfico, pintor e gravador, começou 
a carreira em 1987 como ilustrador no jornal O POVO. Na 
construção do seu trabalho, aborda várias técnicas como: 
xilogravura, pintura, infogravura, aquarelas e desenho. Ilustrou 
revistas nacionais importantes como a Caros Amigos e a Bravo. 
Dentro da produção gráfica ganhou prêmios em salões de 
Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
PatrocínioApoio Realização

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